Lagarde parabeniza criação do Arranjo Contingente de Reservas dos Brics

Jornal GGN – Christine Lagarde, presidente do Fundo Monetário Internacional (FMI), parabenizou a presidente Dilma Roussef pela realização da IV Cúpula dos Brics em Fortaleza, especialmente a criação do fundo de reservas (Contigency Reserve Arrangement), anunciando na reunião. Lagarde ainda afirmou que o staff do Fundo “terá grande satisfação” de trabalhar com a equipe dos Brics responsável pelo projeto. Leia o comunicado abaixo:

Senhora Presidente,

Gostaria simplesmente de transmitir-lhe minhas felicitações pela realização da bem-sucedida reunião dos líderes do Brics em Fortaleza e, em especial, pelo estabelecimento do Arranjo Contingente de Reservas, anunciado na reunião. O staff do FMI terá grande satisfação de trabalhar com a equipe dos Brics responsável por este projeto, com vistas a reforçar a cooperação entre todas as partes integrantes da rede internacional de segurança destinada a preservar a estabilidade financeira no mundo.

 
Como a Senhora sabe, o FMI mantém relacionamento com todas as nações dos Brics, que são membros-chave desta instituição. Esperamos fortalecer ainda mais a nossa cooperação futura.
 
Tenciono também compartilhar publicamente a minha manifestação de apoio.
 
Saudações cordiais,
 
Christine Lagarde
 
Com informações do Blog do Planalto

 

Redação

18 Comentários

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  1. Fora daqui, o FMI!

    Acho que o FMI está cobiçando a grana do BRICS Bank. Daqui a pouco vão querer saber onde é que fica o cofre do banco. Para roubá-lo, claro!

  2. Não, obrigado. Fique aí com

    Não, obrigado. Fique aí com seu fundinho e suas exigencias sem pé nem cabeça.

    Ou como diz o amigo José Ricardo Sasseron,

    …No dia seguinte fazem uma reunião com os chefes de governo de 12 países latinoamericanos e anunciam que o dinheiro do novo banco pode financiar obras de infraestrutura também para estes países. Pelo jeito, outros fugirão da águia americana no futuro, agora que já têm outra opção.
     

    Agora vem a diretora-gerente do FMI, a francesa dona Lagarde, e diz que teria muito prazer em trabalhar com os BRICS. Uai, por que não fez isso antes e por que dividiu o poder deles lá?
     

    Simples assim. Quando se mostra dignidade e determinação, os outros respeitam. Lembram-se como o Brasil era respeitado quando o príncipe dos sociólogos entrava no FMI de pires na mão? Depois de ter tirado o sapato no aeroporto de Nova York…

    Lembro o poema de Manuel Bandeira:
    “Irene preta, Irene boa,
    Irene sempre de bom humor.
    Imagino Irene entrando no céu:
    – Licença, meu velho.
    – Pode entrar, Irene,
    Você não precisa pedir licença.”

  3. Não sei porque mas senti uma

    Não sei porque mas senti uma certa ironia na manifestação da Sra Lagarde. Se o fundo do Brics é alternativa ao imperialismo do FMI como poderiam trabalhar juntos?

  4. e eu que pensei que o Brasil era o país da piada pronta…

    … aí vem está “sidadan” e me sai com esta preciosidade : “O staff do FMI terá grande satisfação de trabalhar com a equipe dos Brics responsável por este projeto, com vistas a reforçar a cooperação entre todas as partes integrantes da rede internacional de segurança destinada a preservar a estabilidade financeira no mundo.” 

    Só rindo…

    Pensando bem: será que ela está se candidatando a uma futura “boquinha” no board do futuro banco ? rsrsrsrs…

    Quanta cara de pau meunnnn deusssss…

  5. E então………………..

    Não devemos nos radicalizar, nem se intransigentes. Afinal a representante do FMI está se mostrando educada.

    Quanto a aceitar suas sugestões, é outro departamento.

    SE realmente os Brincs firmarem com esta ideia, e a alavancarem, podem ter certeza que isto implodirá em grande parte a atuação nociva do FMI, que até hoje só fizeram arrazar com as economias dos emergentes.

    Tendo sucesso, esta nova proposta dos Brincs, devem eles se cercarem de todas as garantias, e as possiveis tentativas de sabotagem por parte dos desenvolvidos, pois não irão sorrirem vendo que o potencial destes paises, podem estar lhes fugindo das mãos!

    Como citaram, ” Pelo jeito, outros fugirão da águia americana no futuro, agora que já têm outra opção.”, e sendo assim, é certo que não entregarão o ouro, sorridentes. Pode vir chumbo grosso por aí!!!!!!!!!!!!!!!!!! 

  6. o apoio do fmi não  deixa der

    o apoio do fmi não  deixa der importante mas concordo com o heitorm cuidem do cofre senão eles levam!

    mas a questão aí é mais política pois, embora não sendo um breton woods do século 21, pode sê-lo, com o tempo,porque fortalece o multilateralismo defendido pelos brics e, consequentemente, retira um pouco poder praticamente unipolar dos eua no mundo….

    com essa aí os urubus brasileiros não esperavamvam ssim tão cedo  – depois do sucesso da copa das copas mais uma bordoada dessas e eles vão a nocaute definitivo.

    1. Essa foi a melhor.

      Muito criativo seu comentário. Quer trabalhar com o BRICS, mande o currículo.

      A senhora Lagard ficou parecendo aquela pessoa que não é convidada para a festa, mas liga avisando que vai ver se dá pra comparecer. Cômido.

  7. Oh, agradecemos

    Oh, agradecemos sensibilizados essa sua preocupaçao, sra. lagartixa.

    Mas em nosso colégio as regras sao outras.

    PS.No recentissimo caso da queda do  aviao MH17 da malasia sobre territorio do leste da Ucrania, o previsivel roteiro das acusaçoes ja começou.

    Mas a russia leva uma grande vantagem: ja tem ali perto seus militares, e  caras da segurança de voo, fora a escuta de torres e mais a lingua falada na região. Nao vai ser facil sacanear, qualquer que seja a atitude dos separatistas do Leste.

     

  8. Fico pensando em caso de uma

    Fico pensando em caso de uma crise em algum dos BRICS, onde vai parar nosso suado dinheiro….. Já pensaram o Ditador Russo meter a Rússia em uma crise e nosso dinheiro ir parar na Rússia????? Acho que temos muitos problemas para colocar dinheiro em risco.

  9. A chave de tudo é a confiança do dinheiro que usarão entre si

    A Lei de Gresham resume-se na seguinte oração:

    ” A má moeda tende a explusar do mercado a boa moeda”

    No fundo é um princípio econômico que diz que moedas que têm valor pleno em termos de metal precioso tendem a desaparecer quando circulam num sistema monetário depreciado.

    De acordo com esta lei, as boas moedas são exportadas ou derretidas para se capitalizar o seu valor de mercado mais alto no câmbio estrangeiro.

    No presente estágio das moedas fiduciárias, só se têm que ser melhor do que o Dólar, o que, convenhamos, não está tão difícil assim.

    A sra. Lagarde têm com o que se preocupar.

    1. O Euro

      Sir Thomas Gresham está preocupado com o euro

      JOSÉ PAULO KUPFER

      Terça-Feira 23/02/10

       

      Este nobre cidadão, que nos contempla com esse olhar severo, impede que a solução da gravíssima crise do euro seja fácil. A ideia de que a Grécia deve voltar, ainda que temporariamente, ao velho dracma, é inviável por conta de uma lei econômica formulada (mas não escrita como tal) por este senhor circunspecto. Sir Thomas Gresham (1519-1579), comerciante e […]

      Sir Thomas Gresham

      Este nobre cidadão, que nos contempla com esse olhar severo, impede que a solução da gravíssima crise do euro seja fácil. A ideia de que a Grécia deve voltar, ainda que temporariamente, ao velho dracma, é inviável por conta de uma lei econômica formulada (mas não escrita como tal) por este senhor circunspecto.

      Sir Thomas Gresham (1519-1579), comerciante e financista inglês do século XVI, entrou para a história econômica como o autor da “Lei de Gresham”, segundo a qual, num resumo conhecido, “a moeda má expele a boa”. Conselheiro de Eduardo VI e de Elisabeth I, Gresham convenceu a rainha a revalorizar a moeda inglesa com certa quantidade de ouro por peça, depois que Henrique VIII e seu filho Eduardo rebaixaram o valor metálico da moeda, acrescentando cobre à liga de prata. A solução de Gresham custou caro, mas, de acordo com a História, salvou a Inglaterra da insolvência e abriu caminho para a expansão imperial dos séculos seguintes.

      A lógica da “lei de Gresham” é a seguinte: onde circulam duas ou mais moedas, as pessoas tentam se livrar das moedas percebidas como menos valiosas, usando-as, sempre que possível,  como meio de pagamento nas transações, ao mesmo tempo em que procuraram guardar a moeda tida como mais valiosa, pois esta tem valor de reserva. Nesse processo, a moeda boa tende a sair de circulação e as moedas ruins trocam de mãos cada vez mais rapidamente.

      A introdução de uma moeda nova, no caso da Grécia, o velho dracma, numa economia em que o euro operava em curso forçado, além de dificuldades institucionais (reforma de contratos) e físicas (a logística de imprimir e distribuir a nova moeda), produziria uma catástrofe econômica. E, muito possivelmente, uma convulsão política. Não é por coincidência que já pipocam greves e protestos em Atenas.

      Como já mencionou Paul Krugman em seu blog, citando Barry Eichengreen (veraqui), quem pudesse escaparia para o euro, em outros países da área do euro, visto que há mobilidade de capital intra-membros. Para os demais gregos, que receberiam salários e remunerações em dracmas, seria um calote com características de confisco. A corrida para se livrar da moeda, aumentando sua velocidade de circulação, potencializaria pressões inflacionárias irresistíveis.

      O euro entrou em área de imensa e perigosíssima turbulência por uma combinação perversa de descontrole fiscal (não é possível a existência de uma  moeda única sem controle fiscal nos países membros) e fraudes contábeis para camuflar esse descontrole. O gravíssimo é que a ação deletéria, segundo sérias suposições, deu-se num conluio entre governos e instituições financeiras privadas, caso do americano Goldman Sachs. O fato é que, agora,  dos 16 países do euro, 12 estão sob investigação, sob suspeita, como escreveu nesta terça-feira o ex-ministro Delfim Netto, em sua coluna no jornal “Valor”, de produzir contabilidade  “criativa”.

      Vamos falar claro: não há solução econômica para o caso das economias europeias em risco de solvência soberana. E, pior, para o próprio euro. Já pensaram num calote em cadeia de dívidas soberanas na Europa, como já tem gente insinuando?

      Tanto quanto a criação da moeda única comum foi, no fim das contas, um ato de vontade política da comunidade europeia, a salvação do sistema exigirá saída política. Ao contrário de ideia simplória de desligar os “maus filhos”, a tendência é que a integração dos países se acelere e aprofunde. As esperadas resistências apenas retardarão um processo praticamente inevitável.

      Fora disso, nem é bom pensar o que pode suceder.

    2. Desestatização do Dinheiro

      Desestatização do Dinheiro 

      VI – A CONFUSÃO SOBRE A LEI DE GRESHAM 

      É um equívoco sobre o que se denomina lei de Gresham acreditar que a tendência do dinheiro ruim de afastar o dinheiro bom torna necessário um monopólio governamental.  O ilustre economista W.S. Jevons enfaticamente propôs a lei sob a forma de que um dinheiro melhor não pode afastar um dinheiro pior precisamente para provar isso.  É verdade que argumentou contra uma proposta do filósofo Herbert Spencer de abrir a cunhagem do ouro à livre-competição, em uma época em que as únicas moedas diferentes que existiam eram as de ouro e prata.  Talvez Jevons, que havia sido levado à economia por sua experiência como verificador numa casa da moeda, mais que seus contemporâneos em geral, não considerasse seriamente a possibilidade de qualquer outro tipo de moeda.  No entanto, sua indignação sobre o que descreveu como a proposta de Spencer de

      que, tal como confiamos que o merceeiro nos forneça chá, que o padeiro nos forneça pães, da mesma forma podemos confiar que Heaton and Sons, ou alguma outra firma empreendedora de Birmingham, nos forneça soberanos e xelins, por sua própria conta e risco [29],  levou-o a declarar, categoricamente, que, em geral, na sua opinião, “não há nada menos adequado que o dinheiro para ser deixado ao sabor da ação da competição” [30].

      Talvez seja significativo o fato de que até mesmo Herbert Spencer tenha imaginado que a empresa privada deveria ter permissão para produzir o mesmo tipo de dinheiro que o governo produzia, ou seja, moedas de ouro e prata.  Parece ter pensado nelas como o único tipo de dinheiro que poderia ser racionalmente considerado, e, consequentemente, que haveria, obrigatoriamente, taxas fixas de câmbio (a saber, de 1:1, se do mesmo peso e pureza) entre o dinheiro governamental e o privado.  Se fosse esse o caso, a lei de Gresham de fato se verificaria sempre que qualquer produtor fornecesse produtos inferiores.  Jevons tinha isso em mente, o que fica claro pelo fato de ele justificar sua condenação da proposta sob a alegação de que

      em todos os outros problemas, as pessoas são levadas pelo interesse próprio a escolher o melhor e a rejeitar o pior; mas, no caso do dinheiro, paradoxalmente, tudo se passa como se retivessem o pior e rejeitassem o melhor [31].

       O que Jevons, como tantos outros, parece não ter visto, ou pode ter considerado irrelevante, é que a lei de Gresham se aplica somente a tipos diferentes de dinheiro entre os quais uma taxa fixa de câmbio é imposta por lei [32].  Se a lei torna dois tipos de dinheiro substitutos perfeitos para o pagamento de débitos e força os credores a aceitarem uma moeda de menor teor de ouro no lugar de uma com um teor mais alto, os devedores, é claro, pagarão somente com a moeda de menor teor de ouro e procurarão um uso mais lucrativo para o ouro da que o contém em mais elevado teor.

      Com taxas de câmbio variáveis, porém, o dinheiro de qualidade inferior seria avaliado a uma taxa inferior e, particularmente quando seu valor estiver ameaçado de cair ainda mais, as pessoas tentariam livrar-se dele tão rapidamente quanto possível.  O processo de seleção, que continuaria em direção àquilo que fosse considerado o melhor tipo de dinheiro entre aqueles emitidos pelas várias agências, rapidamente eliminaria o dinheiro considerado inconveniente ou sem valor [33].  Na verdade, sempre que a inflação realmente se acelerou, todos os tipos de objeto de valor mais estável — de batatas a cigarros, de garrafas de conhaque ou ovos a moedas estrangeiras, tais como notas de dólares — tornaram-se cada vez mais usados como dinheiro [34].  Foi por isso que, no final da grande inflação alemã, afirmava-se que a lei de Gresham era falsa, e o contrário do que preconizava essa lei, verdadeiro.  Ela não é falsa, mas aplica-se somente se for estabelecida uma taxa de câmbio fixa entre as diferentes formas de dinheiro.

       

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