Ativos de mercados emergentes sofrem feroz liquidação

Jornal GGN – Os mercados emergentes foram afetados em bloco nesta terça-feira (11) por um movimento de venda de ativos, afirma análise publicada pelo jornal britânico Financial Times. Segundo o jornal, a forte liquidação de moedas, ações e títulos destes mercados se deve à perspectiva da redução da compra de títulos pelo Federal Reserve Bank (FED, o Banco Central dos EUA).

Além das indicações de recuo no programa norte americano, que reduz a taxa de juros de longo prazo com a compra de US$ 85 bilhões em título por mês, outra razão para a preocupação dos investidores são os sinais de desaceleração na China, afirma a análise. Os mercados emergentes são os principais beneficiários da política monetária de compra de títulos, liderada pelo Fed, que lançou US$ 12 trilhões em liquidez adicional.

Moedas como o rand sul africano e o real brasileiro, minimamente afetados pelas variações de mercado nos últimos quatro anos, além da rupia indiana, registraram uma baixa recorde. Segundo o texto, mesmo mercados considerados relativamente mais fortes pelos investidores, como as Filipinas e o México. foram atingidos pela liquidação. Alguns Bancos Centrais intervieram para conter a queda da moeda.

O índice FTSE de Mercados Emergentes registrou uma queda 1,7 pontos na terça-feira, acumulando baixa de 10 pontos desde seu nível mais alto em maio. No Brasil, um dos quatro grandes mercados emergentes, o FT registra que  a BM&FBovespa sofreu uma queda de mais de 3%, numa queda de mais de 20% em relação ao pico deste ano.

A estrategista sênior da Société Générale, Benoit Anne, afirmou ao jornal britânico que esta não será uma liquidação curta, já que o Fed tinha inflado a bolha nos mercados emergentes, e os investidores agora percebem e incorporam aos preços uma mudança nessa política.

 

 

Redação

1 Comentário

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  1. O deus mercado considera que

    O deus mercado considera que o México e as Filipinas são “mercados fortes”. Ou seja, isso não tem nada a ver com a qualidade de vida dos povos, mas sim com lucro dos acionistas.

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