Banco Central eleva intervenção cambial

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O Banco Central (BC) decidiu ampliar a intervenção no mercado cambial nesta sexta-feira (07), após seis dias consecutivos de alta do dólar. Nesta quinta-feira (06), o dólar comercial fechou o dia vendido a R$ 3,537, com alta de R$ 0,048 (1,39%), seu maior patamar desde 5 de março de 2003, quando fechou em R$ 3,555. Hoje, por volta das 10h, o dólar comercial para venda estava cotado em R$ 3,548, alta de 0,30%.

Na noite de ontem (6), o BC informou que o leilão de hoje de rolagem (renovação) de swaps cambiais, operações equivalentes à venda de dólares no mercado futuro, alcançará 11 mil contratos. Anteriormente, o BC estava colocando no leilão 6 mil contratos, ou seja, a renovação englobava 60% dos contratos. Se mantiver o ritmo, com 11 mil contratos, o BC poderá rolar 100% dos contratos.

Segundo informações da Agência Brasil, a cotação do dólar começou a subir desde que a equipe econômica anunciou, há duas semanas, a redução para 0,15% do Produto Interno Bruto (PIB) da meta de superávit primário (economia para pagar os juros da dívida pública). Para economistas, a possibilidade de o país perder o grau de investimento das agências de classificação de risco pressionou o câmbio.

Para tentar conter a alta, o diretor de Política Monetária do BC, Aldo Mendes, disse ontem em entrevista ao jornal Valor Econômico que o “preço do dólar está claramente esticado” e que os agentes econômicos estão agindo “aparentemente com pouca racionalidade”.

Desde maio de 2013, quando os Estados Unidos começaram a reduzir as injeções de dólares na economia mundial, o BC voltou a vender dólares no mercado futuro para segurar a cotação da moeda norte-americana e oferecer proteção cambial para as empresas em momentos de forte oscilação da moeda. Em agosto daquele ano, o programa tornou-se permanente, com o BC ofertando diariamente contratos de swap.

A política durou até março deste ano, quando o Banco Central parou de ofertar novos lotes. Desde então, a autoridade monetária passou a rolar 70% dos contratos em vigor. Depois, o BC reduziu essa rolagem para 60%.

Nos meses em que o dólar sobe, o BC tem prejuízo com as operações de swap. Quando a cotação cai, o órgão tem lucro. Os resultados são transferidos para os juros da dívida pública, aliviando as contas públicas quando os contratos de swap são favoráveis à autoridade monetária e precisando ser cobertos com as emissões de títulos públicos pelo Tesouro Nacional quando ocorrer o oposto.

 

 

(com Agência Brasil)

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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