BC vende quase US$ 3 bi em contratos cambiais

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – Para tentar conter o ritmo de alta do dólar, o Banco Central realizou novas intervenções no mercado de câmbio nesta quinta-feira (20). As negociações, no entanto,  não foram suficientes para conter a moeda: às 11h49, o dólar avançava 2,14%, a R$ 2,26, depois de atingir R$ 2,27 no teto do dia.

Às 9h20, o BC anunciou leilão de swap cambial tradicional, negociação equivalente à venda de dólares no mercado futuro. O BC negociou todos os contratos ofertados no leilão. Foram 30 mil contratos com vencimento em 2 de setembro e outros 30 mil, em 1º de outubro. O valor total da primeira data de vencimento ficou em US$ 1,495 bilhão, e no segundo caso, US$ 1,491 bilhão.

Boa parte desse comportamento instável se deve a sinalizações do Federal Reserve (Fed), o Banco Central norte-americano, de que deverá reduzir o ritmo de ajuda monetária para a economia do país. Durante a entrevista, o presidente do Fed, Ben Bernanke, declarou que pretende manter o ritmo de injeção de dólares no país, mas admitiu que pode reduzir o ritmo de compras de ativos, caso a situação apresente melhora durante os próximos meses.

Segundo informações da Agência Brasil, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, declarou, em entrevista coletiva, que os técnicos da pasta ainda estavam analisando o comunicado do Fed. Segundo ele, as turbulências no câmbio nas últimas semanas decorrem do fato de existirem dúvidas sobre a velocidade do ajuste monetário. “A fala deles [dos diretores do Fed] é enigmática. Não sei se confirmaram nem se deram o horizonte de qual será a velocidade [da retirada dos estímulos monetários]. Então, o cenário fica instável, acarretando a desvalorização das moedas de vários países”, declarou.

Contudo, Mantega ressaltou que acredita que tal processo é transitório. “Neste primeiro momento, observa-se maior volatilidade do dólar, mas os mercados se reposicionam e depois se acalmam novamente”, disse. Mantega reiterou ainda que o Brasil está preparado para lidar com a alta repentina da moeda norte-americana. “O Banco Central e a Fazenda estarão atentos para evitar volatilidade excessiva. Temos muita bala na agulha para fazer isso. Temos muitas reservas [internacionais], muito dólar em carteira”, acrescentou.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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