A ONU fará todo o possível para apoiar os povos indígenas

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Jornal GGN – A sede das Nações Unidas, em Nova York, será palco da Primeira Conferência Mundial sobre os Povos Indígenas, parte da 69ª sessão da Assembleia Geral da ONU e um dos eventos especiais de alto nível. A Conferência acontece hoje, dia 22, e amanhã, dia 23.

Mais de mil delegados indígenas e não indígenas poderão compartilhar suas perspectivas para a realização dos direitos dos povos indígenas, incluindo a continuação dos objetivos da Declaração da ONU sobre os Direitos dos Povos Indígenas.

A Conferência Mundial deve produzir um documento conciso, orientado para a ação, sobre a implementação dos direitos dos Povos Indígenas e a promoção dos objetivos de desenvolvimento acordados internacionalmente e deve ser preparado pelo presidente da Assembleia Geral com base em uma consulta aberta e inclusiva com os Países-membros e os povos indígenas.

Preliminares

Ontem, Ban Ki-moon explicou em discurso que, com o fim de preparar-se para esta conferência, se reuniu anteriormente com vários líderes e visitou comunidades em diferentes países, entre eles Costa Rica e Bolívia.

“Em junho fui à Bolívia, país que alcançou grandes progressos no que se refere aos direitos dos povos indígenas. O presidente Morales impulsionou esta importante Conferência de maneira decisiva”, disse ele.

Ban declarou que os povos indígenas são centrais no discurso da ONU sobre os direitos humanos e o desenvolvimento global e espera que as deliberações e decisões desta conferência tenham um impacto na comunidade internacional e nas vidas dos povos indígenas.

Ele agradeceu também ao trabalho da Costa Rica na organização da conferência. Ban disse se sentir encorajado pelo documento, que poderá ser aprovado nesta Conferência, que contém compromissos encaminhados para a ação e que pede ao Secretário-geral que desenvolva propostas concretas para que os indígenas participem mais diretamente nas atividades das Nações Unidas.

Com informações da ONU

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

9 Comentários

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  1.  
    Joaquim Nabuco dizia que a

     

    Joaquim Nabuco dizia que a “raça negra” tinha o direito de protestar perante o mundo e perante a história contra a escravatura no Brasil, mas que havia renunciado a esse direito na busca de uma solução que fluísse internamente da generosidade brasileira. Já os indígenas, hoje, não vacilam em procurar tribunas de denúncia no exterior, escoltados por organizações não governamentais. É necessário, pois, que o próprio Estado brasileiro defina com segurança sua política indigenista, estruturando-a até nos diversos detalhes de sua aplicabilidade e que depois não hesite em executá-la. O destino desses brasileiros não pode ser depositado irresponsável e dispersivamente nas mãos de ONGs e sim tomado cuidadosamente nas mãos do Estado. E essa política de ação não pode deixar de envolver também os aspectos econômicos das regiões indígenas. Não pode deixar que prevaleçam nem considerações puramente desenvolvimentistas que tendam a excluir ou inferiorizar os indígenas, nem mistificações românticas que tendam a aliená-los.

  2. Leia-se…

    A ONU fará todo o possível para usar os índios para deter o desenvolvimento das nações.

    Sinceramente, dia após dia vemos a ONU como excelência em engenharia social. Aos poucos uma agenda de planejamento mundial é imposta. E, o pior, eles são blindados pois travestem suas bandeiras de politicamente correta em seus discursos e ações. Uma pena que o que era antes uma boa e necessária ideia tornou-se uma organização manipuladora.

  3. “Fará todo o possível”? Tipo

    “Fará todo o possível”? Tipo Iraque, Síria, Afganistão? Vem aí um mandato da ONU para os States e aliados bombardearem quem não ceder? “Raposa Serra do Sol” vira nova “Terra Santa”, dos ancestrais, etc? Com o “direito de se defender”?

    Sobre os agricultores (não eram latifundiários, não…) mortos a pauladas e facão pelos “índios” no RS, nenhuma palavrinha, blogueiro?

    Valei-nos…

  4. Vamos mal nesse aspecto.

    Apenas um comentário parcialmente favorável aos índios, primeiros habitantes desta terra, e dela desterrados nela mesma. Seria inacreditável se não fosse duro retrato da realidade de injustiças seculares sofridas pelos povos indígenas do Brasil. Aqui, vários apoiadores de latifundiários, madereiros e mineradoras, ou seja, de interesses econômicos poderosos, contra os mais desvalidos. Que isso mude no segundo governo Dilma. Se não, este não valeria a pena plenamente. O Executivo deve ser mais efetivo nesse aspecto, mesmo porque o Legislativo e o Judiciário, sem as respectivas reformas, são essa lástima que a gente sabe…

    1. Todos são

      Todos são favoráveis aos índios. Queremos que tenham educação, saúde e desenvolvimento, igual que qualquer outro brasileiro.

      Quem defende reserva quer defender que o índio continue igual, sem progredir.

      Não sou favorável aos planos globais de apropriação desses territórios para a “humanidade”.

      Brasil parece que recebeu a tarefa de preservar um Parque Temático na Amazônia.

      1. “Quem defende reserva quer

        “Quem defende reserva quer defender que o índio continue igual, sem progredir.” Nada disso, nenhum povo continua “igual”, tudo muda, embora a noção de “progresso” seja algo do século XIX. Os índios são cidadãos brasileiros, com direito à educação, saúde, ao futebol e às câmeras digitais, mas principalmente com direito à suas terras, a seus modos de vida e às suas vidas, pois inclusive são perseguidos, acuados, alccolizados, assassinados e suicidados.

         

      1. Usar argumentos contra o

        Usar argumentos contra o preconceito e a ignorância que estão base da injustiça agora é “intimidar o contraditório”? Aliás, os comentaristas de O Globo e da Folha é que pensam como vocês… 

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