A relevância de confiar no invisível a todo e qualquer momento, por Matê da Luz

por Matê da Luz

Há tempos sigo uma caminhada espiritual amparada pela vivência na Umbanda. 

Para mim, trilhar este caminho estudando, conhecendo e aplicando as sabedorias invisíveis e culturais tem importância vital: a inserção em um grupo de afins, a convivência com explanações possíveis sobre assuntos que vez ou outra parecem impossíveis de lidar, o acolhimento dos braços da mãe de santo e das próprias entidades, que despencam dos ceús para trabalhar em prol das melhorias humanas, tudo isso e mais um tanto, acalmam minha busca por paz de espírito, que é aquela sensação de que está tudo bem, independente de como esteja. 

No meu post sobre a participação da minha filha nas manifestações escrevi que acendi uma vela para seu anjo da guarda e, para minha surpresa, um dos comentários dava conta de lembrar que este é um hábito incomum nos dias de hoje. Por aqui, de forma ritualística, as velas são acesas como forma de encaminhar pedidos, agradecimentos e incendiar energias de movimento, conectando minha mente às vibrações invisíveis, estas que me são tão preciosas e que acabam por abrandar o nervosismo, a ansiedade, as amarguras comuns a esta vida. 

É claro que eu sei, e compreendo e aceito, que esta não é a única forma de manifestar a conexão com o que aquece a alma, mas estou aqui para escrever sobre minhas experiências e, quem sabe, trocar uma ideia ou outra sobre a forma como estamos praticando este tipo de exercício que, hora ou outra, acaba servindo como válvula de escape para a correria rotineira. Entendo e celebro todas as formas que cada indivíduo busca para evocar melhorias no seu entorno, e fico chateada demais quando escuto frases como “sou assim, nasci assim, não tem jeito mesmo”, à la Gabriela , porquê, quase não tenho dúvidas sobre isso, nossa função nesta vida é a transformação por meio de vivências, para que possamos ser melhores e melhores, ampliando nossa contribuição para o todo, num ciclo sem fim. 

Cansativo, né? 

Justamente por isso, recarrego as baterias com meus banhos de ervas, em conversas com entidades de luz e manipulando energias que agem de acordo com determinações mágicas e poderosas da natureza. E dançando. Dançar limpa meu corpo, faz circular o que está atravancado e ilumina minhas escolhas.

Ah, o poder dos rituais! 

Me conta, como você vem movimentando isso tudo por aí? 

Mariana A. Nassif

13 Comentários

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  1. “entidades, que despencam dos céus (…)”

    A frase acima me fez  lembrar da seguinte passagem do Evangelho:

    “E disse-lhes: Eu via Satanás, como raio, cair do céu.” Lucas 10:18

     

    Precisa dizer mais?

    1. “Precisa dizer

      “Precisa dizer mais?”

       

      Precisa. O restante da frase que vc suprimiu (um truque conhecido): “… que despencam dos céus para trabalhar em prol das melhorias humanas” . Em sua inteireza a frase não evoca a citada passagem do evangelho.

      1. Despencam

        Os enviados de Deus não despencam ou despencaram dos céus, Satanás e seus anjos sim, logo, estes não vêm para “trabalhar em prol das melhorias humanas”, mas sim, para roubar, matar e destruir.

        “O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância.” João 10:10

        1. O sentido do texto da Matê da

          O sentido do texto da Matê da Luz não leva a esse entendimento. O uso talvez inadequado da expressão “despencar” não  significa qq referência a anjos caídos, destituidos de sua luz, de sua divindade. Entender dessa forma, ignorando toda a mensagem, é forçar a barra para desqualificar uma crença.

          1. Sentido do texto

            Eu não ignorei o sentido do texto, mas descrevi o sentido exato do verbo despencar. E considero que o seu uso não foi inadequado, muito pelo contrário, ela acertou na “mosca”, mesmo sem querer.

    2. Não há nada que dizer
      Água despenca do céu, raios também. Por vezes, meteoros ou cocô de passarinho, mas, se isso nada tem a ver com Deus, tanto menos com Satanás

      1. Inanimadas

        Todas as suas citações são de coisas inanimadas, Satanás e seus anjos caídos, não são.

        Já os anjos de Deus não caem ou “despencam” dos céus, são enviados.

  2. Sincronicidade

    Hoje, ao acordar, e realizar meu ritual espiritual, me veio a mente que preciso unificar o lado espiritual com o mundo. Como caminhar integrando esses dois “opostos”?.

    Há um livro Chinês O Segredo da Flor de Ouro, trazido ao ocidente por Wilhelm Reich e comentado por CG Jung, onde há uma explicação sobre a nossa exitência. Antes da nossa concepção, a vida e o ser são únicos, ao nascermos acontece a separação e a partir daí nasce o ego que influencia fortemente, para a luz ou para as trevas, a nossa ínfima existência neste mundo.

    A realização e a paz, segundo o livro, pode ser realizada quando procuramos novamente tentar a unificação entre a Vida e o ego.

    Há uma frase no livro que dá o conceito dessa integração: Não sou eu quem vivo, mas sou vivido.

    Mas por que mencionei a sincronicidade, que segundo Jung, seria uma coincidência de acontecimentos, mas que na verdade são elos da mesma corrente, otítulo do seu post e o pensamento de integração espiritual e material que tive.

    Com sua licença, mando um beijo no seu coração!

     

    1. Sincronicidade

      RETIFICANDO

      Richard Wilhelm – Sinólogo ,téologo alemão, tradutor do I Ching, considerada a melhor tradução ocidental realizada. 

  3. E o homem criou Deus
    Eu, tu e todos no mundo, no fundo, tememos por nosso futuro.

    Ah, como somos pequenos e frágeis diante de todo o mal que pode nos afligir. Como somos tão menores e mais frágeis diante de todo o mal que pode atingir nossos filhos.

    Deus nos valha nesta quadra dura que teremos de atravessar.

    Minha oração: “Fora Temer” , “Fora Alckmin”, vele por nós o Ministério Público em defesa dos direitos humanos e que não seja eu quem dê as boas novas aos companheiros de viagem: nada sobrenatural nos governa. A aleatoriedade é a maior força universal. Deus não existe, dependemos apenas de nós mesmos.

  4. Sou do candomblé e esse texto

    Sou do candomblé e esse texto veio em hora oportuna, simplesmente para ratificar meus posicionamentos. Concordo em tudo, acredito mesmo que o simples ato de acender uma vela (hoje mesmo acendi uma para o Orixá que rege o dia, Ogum) fortalece e move energias que nos ajudam a enfrentar as vicissitudes cotidianas. Um banho de ervas, uma conversa silenciosa com seres de luz… Que nossas energias sejam sempre movidas de forma responsável e positiva. Axé!

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