Jornal GGN – A Comissão de Transportes da Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou uma lei que cria vagões exclusivos para as mulheres nos trens e no metrô, e deve entrar em breve na pauta do plenário.
A proposta do deputado Geraldo Vinholi (PDT), serviria para “coibir as oportunidades de assédio sexual” das passageiras. Além dos trens e metrô, também devem ser criados espaços reservados em ônibus.
Se for aprovado no plenário o projeto segue para a sanção do governador Geraldo Alckmin (PSDB), que terá 180 dias para regulamentar a proposta.
O deputado Gerson Bittencourt (PT), que deu parecer favorável, reafirmou a relevância do projeto por conta da superlotação do transporte no horário de pico. No parecer o deputado declara que “os efeitos psicológicos decorrentes dessa bolinação são gravíssimos, trazendo sérias consequências como: insegurança, culpa, depressão, problemas sexuais e de relacionamento íntimo, fobias, entre outros”.
Desde 2006, há vagões voltados para mulheres do metrô do Rio de Janeiro. Eles funcionam nos horários de pico, de segunda a sexta, das 6h às 9h e das 17h às 20h.
Mulheres são maioria no metrô de São Paulo
Uma pesquisa divulgada no dia 7 de março apontou que as mulheres representam 58% dos passageiros transportados pelo metrô de São Paulo.
O sexo feminino ultrapassou o masculino nos trens em 2008, quando chegou a 54% do total. Desde então aumentou a proporção, até chegar aos 58% em 2012.
A pesquisa “Caracterização socioeconômica dos usuários e seus hábitos de viagem” é realizada a cada dois anos e serve de base para o planejamento, campanhas e comercialização de espaços nas estações.
Segundo o Metrô, o motivo principal para o fenômeno é o fato da rede atual atender uma área em que predominam os setores de serviços e comércio, “segmentos que incorporam maior número de representantes do gênero feminino”.

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