#BrasilEmGreve – Correios de todo o Brasil paralisam por tempo indeterminado

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Foto: FENTEC
 
Jornal GGN – Os Correios começaram a Greve Geral ainda na noite desta quarta-feira (26), quando decidiram aderir às paralisações por tempo indeterminado. Em nota, a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect) informou que serão, ao todo, 33 sindicatos da categoria na greve geral.
 
Estarão em greve os Correios do Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Juiz de Fora e Uberaba (Minas Gerais), Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima, Santa Catarina, Tocantins, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Santa Maria (Rio Grande do Sul), e mais cinco no estado de São Paulo.
 
Divulgado pelo Conversa Afiada
 
Trabalhadores dos Correios antecipam as mobilizações do País
 

Na noite dessa quarta-feira (26), 33 sindicatos da categoria aderiram à greve geral por tempo indeterminado. Mais uma vitória para os trabalhadores, que permanecerão unidos, lutando por direitos e pela empresa, contra a privatização. A paralisação foi colocada em pauta no XVIII Conselho de Representantes da federação, realizado no mês de março deste ano.

Ecetistas de todo o Brasil vão permanecer mobilizados enquanto a direção da ECT não recuar na retirada de direitos promovida com insistência. A empresa, que constantemente alega à mídia falta de recursos financeiros, com declarações negativas do presidente Guilherme Campos, mas permanece, no entanto, promovendo gastos exorbitantes com patrocínios e viagens de vice-presidentes, por exemplo.

Enquanto isso, promove intenso assédio moral contra os próprios empregados, ameaçando cortes como o das férias e cobranças, como no plano de saúde.

Preocupada com o lucro, a direção dos Correios tem abandonado o caráter social da empresa, com descaso à sociedade. Essa perderá, pois diversas agências já estão sendo fechadas. Boa parte da população brasileira não terá acesso aos serviços bancários e postais em locais onde os Correios são os únicos a chegar. 

Com isso, a diretoria da FENTECT ressalta que é preciso haver luta, sim, até que seja restabelecido o padrão de qualidade perpetuado nos mais de 350 anos de Correios. É hora de levantar as bandeiras de luta e ir para as ruas mostrar ao povo e à gestão da ECT que a categoria não vai aceitar o desmonte do patrimônio nacional. A estatal é dos brasileiros e precisa ser mantida, pelo bem dos 117 mil trabalhadores de todo o país e dos clientes espalhados no território brasileiro. 

Os sindicatos que aderiram à greve geral são: ACR, AL, AM, BA, CE, DF, ES, GO, MA, MG, JFA (MG), URA (MG), MT, MS, PA, PI, PR, RJ, RN, RO, SC, TO, PB, PE, RS, SMA (RS).

Em São Paulo: RPO, BRU, VP, STS, CAS, SJO, SPI.

 

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

4 Comentários

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  1. Eu compro bastante pela

    Eu compro bastante pela internet, portanto dependo muito dos Correios. Mesmo assim, apoio totalmente o movimento. Só acho que vai ser difícil obter alguma coisa. A atual direção é completamente entreguista. Vão usar a greve a seu favor, para apressar a privatização.

  2. Os patos dos Correios agora

    Os patos dos Correios agora estão arrependidos? Tá aí uma instituição que eu acho que deve ser privatizada. Tomara que privatizem logo, quero ver funcionário ficar batendo papo enquanto a fila tá bombando.

    1. Desde quando privatização
      Desde quando privatização aumenta a eficiência? Estão aí as telefônicas, que não me deixam mentir.

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