Jornais do grupo Europa afirmam que continuarão publicando

Jornal GGN – Em resposta ao atentado contra a redação do periódico francês Charlie Hebdo, cinco jornais europeus assinaram um editorial conjunto afirmando que continuarão a publicar suas críticas sem se deixar abater pelo medo da violência.

“Com o mesmo ânimo, nós, os jornais europeus que trabalhamos juntos habitualmente dentro do grupo Europa, continuaremos dando vida aos valores de liberdade e independência que são o fundamento de nossa identidade e que todos compartilhamos. Continuaremos informando, investigando, entrevistando, editando, publicando e desenhando sobre todos os temas que nos pareçam legítimos, em um espírito de abertura, enriquecimento intelectual e debate democrático”.

Do El País

Seguiremos publicando

Editorial conjunto do EL PAÍS e outros cinco jornais europeus

atentado cometido em Paris na quarta-feira 7 de janeiro contra o Charlie Hebdo e o odioso assassinato de nossos colegas, ferrenhos defensores do pensamento livre, não é apenas um ataque à liberdade de imprensa e à liberdade de opinião. É além disso um ataque aos valores fundamentais de nossas sociedades democráticas europeias.

Já nos últimos meses, a liberdade de pensar e informar estava sob a mira, com a decapitação de outros jornalistas, norte-americanos, europeus e de países árabes, sequestrados e assassinados pelas mãos da organização Estado Islâmico. O terrorismo, seja qual for sua ideologia, rechaça a busca da verdade e não aceita a independência de espírito. O terrorismo islâmico, ainda mais.

Depois de negar-se a ceder às ameaças por ter publicado, há quase 10 anos, caricaturas de Maomé, o jornal Charlie Hebdo não mudou em nada sua cultura da irreverência. Com o mesmo ânimo, nós, os jornais europeus que trabalhamos juntos habitualmente dentro do grupo Europa, continuaremos dando vida aos valores de liberdade e independência que são o fundamento de nossa identidade e que todos compartilhamos. Continuaremos informando, investigando, entrevistando, editando, publicando e desenhando sobre todos os temas que nos pareçam legítimos, em um espírito de abertura, enriquecimento intelectual e debate democrático.

Devemos isso a nossos leitores. Devemos isso à memória de todos os nossos colegas assassinados. Devemos isso à Europa. Devemos isso à democracia. “Nós não somos como eles”, dizia o escritor tcheco Vaclav Havel, opositor do totalitarismo que triunfou e se tornou presidente. Essa é nossa força.

Editorial conjunto dos diários Le Monde, The Guardian, Süddeutsche Zeitung, La Stampa, Gazeta Wyborcza e EL PAÍS.

1 Comentário

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  1. Só um adendo sobre esse El

    Só um adendo sobre esse El País do grupo Prisa e o papel podre que ele exerce no Brasil, sei que o assunto no post é outro mas como citaram este jornal o comentário épertinente pois fiquei espantado com a quantidade de comentário xenófobo, racista e até pedindo genocídio na matriz desse entulho ibérico.

    Este jornal foi comprado por norte-americanos, o grupo Prisa em crise vendeu uma parte ou a maioria das ações pra norte-americanos. Desde então a linha editorial dele na Espanha foi totalmente pra direita e resvalando na extrema-direita só que defendendo um liberalismo radical (como a Veja e Globo no Brasil) e criou uma versão em português voltada pro Brasil que ataca diariamente o governo federal, PT, esquerda, Venezuela etc. Eu sempre chamo esse jornal de panfleto da OTAN pois ele tem uma agenda atlantista da mesma e quem manda nele são norte-americanos com toda a agenda de “guerra ao terror”, islamofobia e afins.

    Isto só ocorre porque o Brasil não fez a regulação da mídia que iria discutir a presença desses pasquins estrangeiros no Brasil pra fazer panfletagem de quinta categoria, como faz a Veja, pra incitar atritos e conflitos no país, pois nenhum grupo de imprensa estrangeiro entra em outro país pra fazer bom “jornalismo” ou por caridade, e isso só pode ser tratado com a regulação da mídia.

    Alguém vê grupos brasileiros ou mesmo norte-americanos de mídia operando em países europeus? Não conheço as restrições das leis deles, mas eles devem ter restrições à entrada de grupos estrangeiros de mídia na Europa ou regulação sobre isto, coisa que no Brasil inexiste, abrindo espaço pra livre difamação como a que faz o correspondente deste jornal no país, o tal Arías, constantemente. Cansei dessa xenofobia espanhola, e mais ainda da xenofobia deles direcionada ao Brasil.

    P.S. sobre a discussão de “liberdade de expressão” e o ataque aquela revista racista francesa, essa é a agenda oficial da mídia ou grande mídia, nacional ou estrangeira, no fundo o que rola na França e Europa é um conflito étnico e cultural pesado que tende a piorar ainda mais, terreno propício pra ascensão de líderes fascistas e não mais em países sem importância e sim em potências como a França, Alemanha etc.

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