Mais jornalistas denunciam casos de assédio sexual

Jornal GGN – O número de denúncias de assédio sexual em empresas de jornalismo está crescendo depois da iniciativa da estagiária do iG de denunciar o comportamento do cantor MC Biel. Foi o que afirmou a diretora do Sindicato de Jornalistas do Estado de São Paulo e do Centro de Estudos do Barão de Itararé, Priscilla Chandretti, em entrevista à TVT.

A gente está vendo que a partir dessa primeira iniciativa da estagiária, que teve a coragem de ir a frente com a denunciar e o fato de outras mulheres de outros setores começarem a se reconhecer no que estava acontecendo, vimos várias jornalistas sentindo um espaço de colocar o que está acontecendo com elas também”, disse Priscilla.

“Tem casos com entrevistados, também tem casos com colegas de trabalho e superiores. Nas empresas, em geral, a gente sabe que as mulheres sofrem muito assédio sexual, mas, no caso das jornalistas, além de ter um assédio dentro da empresa, tem o assédio quando ela vai cobrir a pauta”, relatou.

Ela condena a atitude do iG, primeiro em pautar uma estagiária para fazer o trabalho de uma profissional, segundo em demitir a jovem depois de realizada a denúncia de assédio. A questão foi tema de debate no Sindicato, com o mote “Jornalistas contra o Assédio. Mexeu com uma, mexeu com todas.

Veja a entrevista em vídeo no final da matéria:

Da Rede Brasil Atual

Caso de estagiária do IG estimula jornalistas a denunciar assédio sexual

Para debater o assédio e trabalhar propostas para mobilizações, o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo fará hoje (7) um debate

São Paulo – Em entrevista à TVT, a diretora do Sindicato de Jornalistas do Estado de São Paulo e do Centro de Estudos do Barão de Itararé Priscilla Chandretti afirma que as denúncias de assédio sexual no trabalho feita por jornalistas estão crescendo. Segundo Priscilla, a iniciativa da estagiária do portal IG – que, em junho, denunciou um caso de assédio durante entrevista com o cantor MC Biel – motivou as colegas de trabalho a debater e denunciar os episódios.

Para debater o assédio e trabalhar propostas para mobilizações, o Sindicato dos Jornalistas fará hoje (7) um debate com o tema “Jornalistas contra o Assédio. Mexeu com uma, mexeu com todas”, a partir das 19h, na sede da entidade, que fica na Rua Rego Freitas, 530, região central da capital paulista.

Confira parte da entrevista:

O assunto ganhou espaço por conta do caso da jornalista do portal IG, mas outras denúncias têm vindo à tona.

A gente está vendo que a partir dessa primeira iniciativa da estagiária, que teve a coragem de ir a frente com a denunciar e o fato de outras mulheres de outros setores começarem a se reconhecer no que estava acontecendo, vimos várias jornalistas sentindo um espaço de colocar o que está acontecendo com elas também.

Tem casos com entrevistados, também tem casos com colegas de trabalho e superiores. Nas empresas, em geral, a gente sabe que as mulheres sofrem muito assédio sexual, mas, no caso das jornalistas, além de ter um assédio dentro da empresa, tem o assédio quando ela vai cobrir a pauta.

Esse caso do portal IG é muito absurdo, porque, ao invés de ser solidário e apoiar esta repórter, eles a demitiram e, logo depois, eles demitiram também a editora de entretenimento do portal que tinha redigido esta reportagem. Como vocês avaliam a situação?

O sindicato acha que o IG foi errado do início ao fim da história. Primeiro, ela, como estagiária, não deveria ter sido pautada para cobrir o trabalho de um profissional. Então, já foi errado ela ter sido exposta. O fato de ela ter sido demitida, quando recusou a ceder de sua decisão de denunciar e se manteve firme. Demitir a jornalista é uma forma de dizer que as vítimas precisam ficar quietas no seu canto, em vez de se manifestar.

Como é a atuação do sindicato quando uma jornalista denuncia assédio?

A primeira medida é não deixar de denunciar e tentar, na medida do possível, se proteger. A jornalista pode tentar documentar o que aconteceu, para ter uma prova e ir em frente em relação ao caso. Mas é preciso procurar o sindicato para ajudarmos na medida do possível.

Assista:

https://www.youtube.com/watch?v=b6Ue39jfJto height:394

Redação

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