Meu pai Oxalá é o rei, venha me valer, por Matê da Luz

Meu pai Oxalá é o rei, venha me valer

por Matê da Luz

Começa Agosto – o mês do desgosto para tantos, tempo de expurgar para então curar, para outros. Eu, se você acompanha as postagens por aqui, sabe que me enquadro no segundo time. Desgosto, à propósito, não tem mais espaço no meu coraçãozinho. 

Pesquisando aqui (usei até a Barsa, antiquíssima mas que enfeita as prateleiras aqui em casa!) pra entender de onde vem esta má fama que acompanha Agosto.

De acontecimentos históricos infelizes às crendices católicas que dão conta que, durante o mês de Agosto, em determinada época, uma horripilante criatura pairava sobre os céus cuspindo fogo e dizimando populações; em outros tempos, o mês é associado ao martírio de São Bartolomeu, cuja morte foi terrível; e, ainda, segundo a Bíblia, é nesta época do ano que acontece a abertura do inferno por Pedro. 
Dando conta de outras religiosidades e lendas que cercam o mês de Agosto, existe a celebração, na Umbanda e no Candomblé, dos Orixás Obaluaê e Omulú, também associados a doenças e à morte mas, nestes contextos, abordados de forma a possibilitar a transformação de energias muito mais do que castigar ou amedrontar. Também em Agosto comemora-se Exú, entidade comumente relacionada às trevas que, entretanto, atua como guardião na manutenção da luz frente as sombras que atormentam e paralisam. 

Ainda temos São Roque e São Lázaro, também associados às doenças e à cura. 

Ufa! Haja lenda e história, não é mesmo? 

Aproveito a oportunidade para me recolher, mesmo que meu trabalho dependa um tanto de exposição, tomando contato com o que ainda existe de machucado por aqui para fazer-me curada. Permitindo que as palhas que cobrem o senhor da terra levem as dores e infecções da alma, para que então eu possa florescer quando a Primavera chegar.

Fica de presente o Vinícius cantando lindamente:  https://www.youtube.com/watch?v=_ahsXzmmplU 

Mariana A. Nassif

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