Prefeitura desmente Vejinha sobre custo de ciclofaixas

Jornal GGN – Depois de uma longa matéria da Veja São Paulo, que veio questionar a implementação das ciclofaixas na cidade, a Prefeitura emitiu uma nota com o desmentido. Para começar, de acordo com o esclarecimento, o custo médio de R$ 650 mil por quilômetro de obra (principal mote da reportagem) está incorreto.

A revista fez o cálculo simples, somou o orçamento de projetos diferentes e dividiu pela quilometragem de ciclovias. Acontece que essa fórmula não leva em conta outras intervenções urbanas realizadas nos mesmos trechos.

“Teria sido necessário extrair o custo específico para a ciclovia para chegar ao cálculo desejado pela reportagem. Tirando as três obras citadas, a implantação teve custo médio de R$ 180 mil por quilômetro, até o fim de 2014”, afirmou a Prefeitura.

De acordo com o cálculo da Prefeitura, foram R$ 180 mil por quilômetro, considerando que a instalação de 156 quilômetros demandou um investimento de R$ 28,3 milhões até o final de 2014. Além disso, outros R$ 10,8 milhões foram investidos nos projetos dos 361 quilômetros de ciclovias que estão sendo implantadas. Se forem considerados no cálculo, resultam e, R$ 250 mil por quilômetro.

“Ambas contas deixam São Paulo em posição mais modesta no ranking apurado pela revista, que não detalha a metodologia de elaboração do custo médio em outras capitais do mundo nem detalha que cada cidade tem peculiaridades e pontos de partida completamente distintos”.

O comunicado ressalta também, que além da pintura das ciclovias, outras intervenções estão sendo realizadas. Como correções geométricas viárias, melhorias na acessibilidade, recapeamento das faixas de tráfego, implantação de infraestrutura de rede de transmissão de dados, modernização e melhoria na sinalização (horizontal, vertical e semáforos), tubulação enterrada, iluminação e paisagismo ao longo dos trajetos.

“O cálculo da implantação da ciclovia, propriamente dita, precisaria excluir as demais obras para a realização do cálculo de custo médio do quilômetro de ciclovia”.

Leia também: Vá de Bike desconstrói matéria da Vejinha sobre ciclovias

 

Redação

5 Comentários

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  1. Quem usa?

    As próprias fotos que ilustram este texto demonstram nitidamente o uso “intenso” que se faz das ciclovias…

    Se esta turma está brigando sobre o custo destas pinturas e tacões delimitadores (250 paus por quilômetro ainda é um acinte), imaginem se forem discutir estes mesmos custos relevando a quantidade de usuários…

    Mesma coisa com os arcos do Jânio: emporcalharam uma das poucas memórias decentes da cidade.

  2. fático vs estratégico
    Assusta nesse papo todo a (pouca) distância da visão. Fala-se em ciclovias como se fossem uma ação tática, trivial de curto prazo e impacto imediato. Como se a simples existência de ciclofaixas fossem mudar hábitos seculares…

    A questão é: Daqui a 50 anos queremos que cidade?

    Assusta ver que algo tão bom, moderno e saudável seja alvo de tanta polêmica. Se não conseguimos consenso nisso, vamos conseguir no que?

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