Uma lenda de Iansã, a orixá sincretizada com Santa Bárbara, por Matê da Luz

Orikis

    Não são “traduziveis” literalmente, mas o 1o tem o significado de que todos os que se encontram no local ( Ilê ou terreiro ), no momento que Yansã dá a dgina ( o “nome” ), todos se maravilham perante a presença desta MÂE ( Odari-ê ), portanto o “emifê” ( varias traduções ) demonstra o respeito de todos com ela, a MÃE que em tese ( tradição ketú ), independente de quem seja a filiação, a todos algum dia irão encontrar.

     Já o 2o, que não coloquei por inteiro, é mais cantado quando no Olubajé, pois se dá um “rum” para Yansã, que ela vai ao centro da roda para dançar com Omulu ( o “dono” do Olubajé ) e Exú – ou seja : Os caminhos dos orixás ( Exú ), o tempo ( Yansã ), respondendo a Terra – a Nós – já na 2a parte deste oriki, caso seja necessário e os fundamentos exijam, toca -se :

     O Yabá kao in kabecile ya hê ( chamando Xangô ), ou Alê Yabá, ade Aborimessan Ayê abá Xoroquê infé ( chamando Ogun ).

      Sou suspeito em comentar sobre Yansã, pois após anos ( décadas ), muitos candomblés e nações, ainda é o unico orixá que me faz chorar, afinal mães tem muitas, mas a unica que aceita seus filhos – mesmo os que ela “adota”- como eles o são, sem cobranças, é a Senhora dos Ventos e Tempestades, a Mãe dos desamparados, Yansã pode ser “pimenta” para os que não a conhecem, pois é voluntariosa, extremamente protetora, mas quando conhecida é mel, te entende e lhe compreende, pois o instinto dela é proteger, defender aos que ela assume enquanto seus filhos.

       Minha querida, depois desta, nem preciso dizer qual é meu Orisá, minha Mãe.