Unicamp terá debate sobre riscos do impeachment para a estabilidade democrática

Jornal GGN – O Centro de Convenções da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) receberá nessa quinta-feira (28) o movimento Caravana da Democracia, que desde o começo do mês vem percorrendo todo o estado de São Paulo para alertar sobre os riscos que a tentativa de impeachment da presidente eleita traz para a estabilidade e a legalidade democrática do país.

A Caravana já realizou mais de 80 eventos em universidades, escolas e espaços públicos. O primeiro foi o ato “Cultura pela democracia”, que reuniu milhares de pessoas na capital paulista, no Teatro Oficina e no seu entorno. Entre os presentes na ocasião estavam o cantor e compositor Chico César, o ator e humorista Gregório Duvivier, o diretor de teatro José Celso Martinez Corrêa e o ator Sergio Mamberti.

Na Unicamp, o coletivo apresenta a partir das 19h o debate “Aprofundar a democracia em defesa dos nossos sonhos”. Estarão presentes docentes da casa, como o professor de Ciência Política da universidade, Armando Boito Jr, e o professor de Filosofia, João Quartim de Moraes. Também são convidados: o professor de Economia das Facamp (Faculdades de Campinas), Luiz Gonzaga Belluzzo, e a jornalista Renata Mielli, coordenadora do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação.

A Caravana da Democracia é organizada pela União Estadual dos Estudantes (UEE), com apoio da União Nacional dos Estudantes (UNE), da União Paulista dos Estudantes Secundaristas (UPES) e da Associação Nacional dos Estudantes de Pós-graduação (ANPG).

“O debate desta quinta-feira na Unicamp tem como tema central o momento de crise política que atravessamos a partir da tentativa de impeachment da presidenta Dilma, e as dimensões e consequências do embate político travado hoje no Brasil”, explicou Cris Graziana, dirigente da UNE.

O debate é aberto a toda a população e as entidades organizadoras emitirão certificados para os participantes que fizerem suas inscrições no saguão de entrada do Centro de Convenções. Depois do debate, a Liga do Funk realiza uma apresentação para os presentes.

Redação

3 Comentários

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  1. Excelente iniciativa

    São estes multiplicadores que farão a diferença! É preciso levar o debate sério, as idéias sem o ranso ideológico ou os subterfúgios aplicados pela grande mídia para impor um “controle” da opinião.

    Mas o que precisamos mesmo é que os multiplicadores extrapolem as fronteiras  dos redutos mais intelectualizados e que levem para a periferia, para a comunidade carente, a informação do que está acontecendo. Eles precisam saber por que serão os mais atingidos e ainda podem reagir contra isso.

  2. Patrão, eu te amo.

    Debatedores, vamos ao que interessa. E aqui estou desafiando alguém a provar o contrário.

    Vejamos.

    Na boa e com muito respeito pessoal,  mas esse debate aí da Unicamp, como outros, em outros lugares, com outras pessoas, ditas, progressistas, “de esquerda”,  não serve para quase nada aqui no Brasil. Ou, no mínimo, está fora de época, vez que  a pseudo democracia de araque nessa terrinha, mostrou a sua cara!

    Digo isso com  muita tristeza; com um sentimento de pesar mesmo.

    Por que? Explico.

    Esse debate da Unicamp  talvez sirva para, pelo menos,  propagar alguém, colocar luzes em alguém para  que esse alguém- os integrantes da mesa  por exemplo – possa ganhar certa fama e ficar por aí dando palestras  e tocar a sua vida. Se for para isso. Bom para os organizadores. Pra mim, particularmente,  nada agrega! Ponto final.

    Ponto final porque nós vimos o “DEBATE” que interessa ao povo, qual seja, o debate da câmara dos deputados- lugar onde se encontram os REPRESENTANTES DO POVO BRASILEIRO,  ao longo do processo de impeachment.

    De uma lado, há um número de deputados que diz que “é” crime,  por que “é” crime. E os  fundamentos do crime baseiam-se na “aceitação” do crime pelo  presidente a câmara. Melhor dizendo: Como foi aceita a peça inicial pelo presidente da câmara então é crime. Passou pela mão delle, desculpe-me aqueles que pensam o contrário, mas “é crime”.

    Noutras palavras, o crime justifica o próprio crime. A “criminosa” é “criminosa” por que é criminosa. Logo, devemos “aceitar” a admissibilidade do processo – dando amplo, total e irrestrito direito de defesa e contraditório, para quem já definiu que é crime por que é crime e não se fala mais nisso. Ou melhor, fale o que quiser, estarei ouvindo. Mas, já lhe adianto o meu voto: é crime! Sim! por deus…

    E esse crime aruinou o pais, mesmo sabendo que o “arruinar” o país, não faz parte da exordial!

    Ademais, o  “povo brasileiro,  que não é o povo brasileiro, mas sim, uma parte do povo brasileiro, algo em torno de   6 milhões de pessoas, movidas pelo mais profundo sentimento democrático, foi para a rua. Errei o número? Tudo bem, vou chutar mais 4 milhões aí nesse povo que não é o povo, mas sim, parte do povo. Portanto, 10 milhões de brasileiro, movidos pelo mais profundo sentimento democrático, qual seja,  o sentimento de “vem para rua” do tipo  fora Dilma, Fora Lula, Fora PT, intervenção militar já, foi pra rua!

    E foi pra rua   com profundas e “revolucionárias  ideias democráticas para a construção de uma ponte para no presente para futuro, a qual  nos levará ao mais PURO país terrestre, sem corrupção, sem qualquer tipo de crime que se auto justifica, sem quaisquer tipo de crime que é crime por que é crime!

    Acredita-se que o código penal e de processo penal será plenamente revogado, exceto, é claro,  para os menores infratores e os “terroristas” que se reunirem em alguma praça particular, outrora pública.

    Entretanto, só pra lembrar, sabe-se  que há mais de 130 milhões de eleitores no Brasil( ou algo em torno disso).

    E o resultando as últimas eleições,  que só serviu para movimentar PROPINAS, não serve para quase nada   a não ser movimentar propinas, abrir contas no exterior, tirar dinheiro dali e passar para acolá, fazer com que a gente ( povo que é bobo, avante  rede globo) saia de casa em pleno domingo,  para ter que votar obrigatoriamente e ver a rua cheia de papéis espalhados pelo chão, numa demonstração da mais alta e pura ética de boca de urna!

    E o “debate” do senado já está a todo vapor! Lindo debate!

    É bonito de ver toda aquela argumentação na tribuna. A gente se emociona até.

    Senadores, com o dom da palavra, argumentando para o “povo” brasileiro. Uns aceitando o crime que é crime por que é crime e já proferindo o seu voto de aceitação do crime que é crime por que é crime!

    Outros , com muita ênfase, dizendo que não houve crime por que este processo teria sido fruto de uma “vingança” do presidente da casa do povo. 

    Mas,aí indago-me. Ora,  se é casa do povo, então é  povo e o presidente da casa é também presidente da “representação do povo”. O povo não é bobo,  avante rede globo, isso mesmo, repetindo, o povo NÃO É bobo, AVANTE a  concessão pública rede globo ad eternum)

     E olha que esse povo que votou ( mais ou menos: 54 +52=106 milhões que votaram,  mais uns  30 milhoes que não votaram, mais uns quebrados que votaram em outras “empresas” com nome de partido, soma mais ou menos  130 milhoes de pessoas do povo, tirando a fraude eleitoral em função  urnas fraudulentas!) , no vem para rua  já reduziu para  10 milhões( com os de pinga que dei acima) , sendo que  na casa do povo,  já caiu para 513 pessoas que “representam”  os 130 milhões. .

    Enfim, como é bonito ver a nossa “democracia” em pleno vigor!

    Portanto, não há falar em falta de crime. Ou melhor, há indícios de crime porque os indícios de  crime, que são indícios de crime, já foram admitidos como crime, por que este crime é crime por que é crime , na casa do povo que não é bobo…

    E vale observar que os nobres representantes do povo, para ganhar tempo democrático,  já adiantaram o seu voto, qual seja, eu voto sim, pela família, com deus, pela liberdade de mercado, no presente e para o  futuro! Com pinguela, ponte, viaduto,  e tudo mais!

    Portanto, esse debate na Unicamp, com todo o respeito aos organizadores,  não representa o povo. O povo JÁ FOI representando na câmara dos deputados. E ali foi , sem dúvida, uma demonstração do avanço de nossa democracia, pela democracia, para a democracia, e NA democracia! 

    E viva a democracia! Viva!

    _____________

    Vejamos nossa democracia, pragmaticamente:

     

    – Patrão, quero sair de férias, pois já estou trabalhando aqui há 5 anos sem sair de férias. Posso sair?

    – Ainda não   obreiro.  Temos de entregar um projeto de propina na semana que vem e ainda, nem sequer, conseguimos abrir a conta no exterior. A propósito, como está o  nosso caixa 2? Pergunta o patrão. 

    – Está com muito dinheiro vivo,patrão. Há dólares também, diz o obreiro sem equipamento de proteção individual.

    E prossegue:

    -Aliás, patrão, um cliente  enviou aos senhor,  este pato de presente. Ele disse que não pagou o pato. Eu disse também que é amigo do senhor. Disse também que espera o senhor na festa que ele vai dar lá no planalto central.

    – Ah sim, eu sei quem é. Diz o patrão. E prossegue:

    -Obreiro, pode deixar o pato ali com o  direpone( diretor de porra nenhuma).

    – Mas, patrão,  e quanto às férias? Diz o obreiro.

    – Bom, acho que daqui a três anos você poderá emendar o natal com ano novo. Mas, caso queira sair de férias antes, pode procurar o departamento de colaboradores meritocráticos da escola pública( antigo departamente de pessoal) e pedir a conta. Tá bom assim pra você, obreiro?

    -Tá ótimo patrão. Acordo fechado. Eu te amo!

     

     

     

     

     

     

  3. Nada contra

    Mas enquanto isso os golpistas através da Fiesp do Skaf começam a substituir a PM de São Paulo, contratando jagunços aramados com porretes para barrar manifestações contra os movimentos sociais a favor da democracia.

    Está claro para todos que são favoráveis a legalidade que as intutições do país estão corrompidas, ou submissas, neste caso o STF acovardado. Lula tinha razão quando disse que o STF estava de joelhos.

    Tem-se uma informação de uma alta fonte que diz que qualquer ação do STF a favor da legalidade pode implodir não só o STF como outras personalidades que não jogarem a favor do golpe.

    Quer dizer, o crime organizado tomou conta do país para levar avante suas pretensões, e as intituições subordinadas a eles. E assim coagidos são obrigados a jogarem a favor deles.

    Passou pela minha cabeça que essa figura pode tratar-se de Eduardo Cunha.

    Se não vejamos: o dito cujo está com o processo de sua cassação no STF há132 dias aguardando o seu julagamento, e não há sinais de que o faça.

    O senado caminha pelo mesmo caminho. Pois vejam esta informação do tijolaço extraída do Valor:

     Às vésperas da votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff no Senado Federal e a possível troca de governo, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, recebeu o apoio líderes de partidos na Câmara, que, em acordo, vão tentar aprovar o reajuste salarial de servidores do Judiciário e de magistrados rapidamente. A ideia é aprovar a urgência do projeto de lei nesta quarta-feira e, no mesmo dia, analisar o mérito do texto no plenário da Casa.

    Como pode-se ver, não há mais nada a fazer se as forças legalista não partirem para o pau, porque pelo poder de convencimento pela saliva, está esgotada.

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