Haddad é classificado como ‘visionário’ pelo Wall Street Journal

Jornal GGN – Em matéria publicada nesta quarta-feira, o jornal norte-americano de economia Wall Street Journal analisa a política de implantação de ciclovias do prefeito Fernando Haddad (PT) em São Paulo. O jornal elogia as ações de Haddad, mas ressalta que elas são controversas, afirmando que elas deixaram os motoristas “cuspindo de raiva”.

O WSJ diz que “se o prefeito altamente impopular de São Paulo fosse o líder de São Francisco ou Berlim, ele poderia ser considerado um visionário urbano”. Os autores do texto também dizem que a iniciativa provavelmente será utilizada pelos adversários de Haddad nas próximas eleições, e citam especialistas estrangeiros que elogiam as medidas, como Janette Sadik­-Khan, que presidiu a expansão de ciclovias em Nova York. Não é de se espantar que o prefeito Haddad tem ouvido alguns resmungos. Quando você pressiona o status quo, o status quo reage”, diz Sadik-­Khan.

Do Estadão

‘Wall Street Journal’ chama Haddad de ‘visionário urbano’

O jornal norte-­americano econômico Wall Street Journal publicou nesta quarta-­feira em seu site sobre a política do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, de investir em ciclovias na cidade. O texto explica que a medida é controversa e vem recebendo críticas de alguns setores, mas elogia a ação do prefeito. 

“Se o prefeito altamente impopular de São Paulo fosse o líder de São Francisco, Berlim ou de alguma outra metrópole progressiva, ele poderia ser considerado um visionário urbano”, escrevem Reed Johnson e Rogerio Jelmayer logo no início do texto.

Segundo os autores, seu “esforço progressista mais visível é tentar converter esta cidade de 12 milhões de pessoas sufocada pelo tráfego em uma zona amigável para bicicletas e ônibus onde carros particulares são tratados como uma peste”. Para a dupla, a iniciativa provavelmente será usada por adversários nas próximas eleições.

Eles afirmam ainda que a iniciativa “de modo geral ganhou altas notas do público, mas enfureceu alguns motoristas que veem o prefeito como uma intromissão quase socialista que está fora de sintonia com a sua cidade auto­cêntrica”.

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Redação

22 Comentários

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  1. O mais interessante de tudo é ler a crítica dos paulistas.

    Teve um que chegou a dizer que o Haddad comprou a reportagem no WSJ, merecem tomar aguinha de m…. do Alckmin.

  2. “Se o prefeito altamente

    “Se o prefeito altamente impopular de São Paulo fosse o líder de São Francisco, Berlim ou de alguma outra metrópole progressiva”

     

    ou seja, por contraposição, o jornal CHAMOU SAO PAULO DE REACIONARIA, titulo que setores da cidade estão lutando bravamente pra ser cada vez mais de SP.

     

    espero que isto mexa com os brios da parcela moderna da cidade para que este reacionarismo seja somente um temporal indesejado… e que passe.. e que temporais só na cantareira.

     

    SP NÃO MERECE ESTE REACIONARISMO, NEM O BRASIL.

  3. O problema é que o Pig,

    O problema é que o Pig, macissamente concentrado em São Paulo, Veja, Folha, Estadão, Band, transformou os paulsitanos médios num exercito de coxinhas que obviamente não estão à altura de um prefeito como o Haddad.

  4. Impressionante é ver a

    Impressionante é ver a mudança de atitude da esquerdolandia. Quando o mesmo WALL STREET JOURNAL ataca politicas do governo brasileiro é o porta voz do Demonio, quando faz um afago ao grupo passa a ser a Biblia dos puros.

    Comparar San Francisco e Berlim com São Paulo é uma visão tipica de observadores ligeiros. Os problemas urbanos de San Francisco cabem na Rua Oscar Freire em São Paulo, Berlim é cidade plana, espalhada, com excelente metro e

    abundancia de parques, otimas avenidas, população descolada e com muita vida alternativa, um dos centros mundiais do ambientalismo, da visão holistica do mundo, de artes e cultura, tem pouquissima industria, não tem favela, sem teto e gente que tabalha a 40 quilometros de onde mora, as condições de vida de Berlim não tem a mais remota semelhança com a Grande São Paulo, alem do que a Grande São Paulo é dez vezes maior em população e vinte em territorio.

    Em principio todos são a favor das ciclovias mas existem criticas racionais a maior das quais é que elas não vão nunca

    atender as necessidades de deslocamento das vigaens de carro, em 99,9% dos caos. Os usuarios da ciclovias são ciclistas, jovens, de classe media, que gostam de esportes e tem flexibilidade de horario. Não é a MASSA, portanto elas podem ser tudo mas não serão soluções para o trafego congestionado. Para este há sim uma solução alternativa, a melhora do transporte coletivo, que tiraria uma parte dos carros da rua e Haddad está investindo nessa solução com os corredores de onibus, isso é muito mais importante que as ciclovias, o WSJ não falou porque ciclovia é algo charmoso,

    corredor de oninus definitivamente não é, a matéria do WSJ está na linha de temas bonitinhos para leitores descolados.

    1. Ah tá.

      E o que a Direitópolis tucana fez em São Paulo pelos transportes de massa? Superfaturou o metrô? Atrasou em 6 anos o monotrilho que hoje é a piada do monotralha? Pelo menos a única medida que estava ao alcance do prefeito ele fez: baixou a velocidade das marginais e hoje o tempo de percurso médio nesses trajetos diminuiu nos horários de pico.

    2. Impressionante é ver a

      Impressionante é ver a mudança de atitude da coxinholândia. Quando o mesmo WALL STREET JOURNAL ataca politicas do governo brasileiro é a Biblia dos puros, quando reconhece o valor de um governante de esquerda passa a ser o porta voz do Demonio.

      Ou seja, a frase do Sr. Araujo vale para ambos os lados. Como ele é coxinha só cita o lado que interessa para a coxinholândia, da qual faz parte.

      Mas há uma diferença que faz o fiel da balança pender para um dos lados.

      É que o WALL STREET JOURNAL é um jornal conservador do coração da pátria do liberalismo. Quando até esse farol coxinhístico reconhece o lado positivo de um prefeito petista sinto trincar os dentes da coxinhada nacional entre uma lambida e outra nas botas do “Tio Sam”…

      E isso, Sr. Araújo, realmente não tem preço.

      Concordo consigo que os corredores de ônibus são mais importantes ue as ciclovias, mas discordo que essas sejam desprovidas de importância ou apenas coisa de “descolados”. Trabalho na Avenida Paulista (centro coxinhístio nacional), bem em frente à ciclovia que foi tão duramente combatida pelas forças conservadoras, midiáticas e coxinhentas da cidade e posso lhe garantir que é um sucesso estrondoso. Cada dia mais e mais pessoas usam a via que ocupa um espaço antes inútil e que passou a ser muito bem utilizado. Não são apenas os “descolados” que usam a ciclovia, o público é sim de maioria de classe média para cima, até pelo bairro em que se encontra, mas não é raro ver pessoas de classe social menos abastada passando pelo mesmo caminho.

      Agora quero comparar essa obra tão combatida na mídia com outra para a qual a mídia não tem a mesma preocupação.

      A ciclovia da PAulista custou 30 milhões de Reais, foi construída em poucos meses e já está em pleno uso, completa, há vários meses.

      O monotrilho da Vila Prudente, que fica próximo à minha casa, teve seu início de construção em 2010, deveria ter 24,5 Km, 15 estações e estar pronto em 2014. Nesse ano o desgovernador Alckmin fez uma inauguração fajuta dos apenas 2,6 Km construídos entre duas únicas estações, que por estarem incompletos mantiveram-se em operação “experimental” (uns poucos passeios por dia fora do horário de pico) por mais de um ano. Hoje, em 2015, ainda opera com horário reduzido e com preocupantes trepidações, acima do normal. A brincadeira custou 3,8 bilhões de reais e o governo de estado já avisou que desistiu de continuar a obra que vai ficar mesmo com 10% do projetado.

      A primeira obra, a ciclovia foi criticada, xingada e vilipendiada diuturnamente na mídia por meses e meses a fio, diminuindo-se a sua exposição apenas após seu flagrante  sucesso. A segunda obra, o monotrilho, não tem destaque algum na mídia e quando aparece as críticas são minimizadas e relativizadas como se fossem de menor importância.

      A diferença é que a obra atacada pela mídia é do prefeito da “esquerdolândia” e a obra que a mídia esconde é do governador da “coxinholândia”.

      Cada um que tire a suas conclusões.

      1. Meu caro Ruy, sou fã do

        Meu caro Ruy, sou fã do Prefeito, afinal é do mesmo sangue, eu sou Haddad por parte de mãe, as mini-pracinhas que ele colocou nas ruas são magnificas, uma ideia fantastica, ilhas de civilização nas ruas, eu tambem sou ciclista há 50 anos

        e meu bairro é um dos que mais tem cinclovias implantadas, tem uma estação de bicletas do Itau na frente de minha casa,

        portanto eu convivo com o tema das ciclovias e digo a voce que o usuario típico é o que vê a bicicleta como ESPORTE e qualidade de vida, não é o empregado que vai de casa ao trabalho porque geralmente isso é impossivel de bicicleta.

        Então é o publico DESCOLADO, alternativos de todas as tribos, não é DEFINITIVAMENTE o pai ou mãe de familia levando filhos ao médico ou à escoal, que é algo que movimento boa parte do transito em São Paulo. Se a ideia da ciclovia era aliviar os congestionamentos NÃO vai funcionar, não tirou carros das ruas ou se tirou é coisa pouquissima.

        Esteticamente até que as ciclovias são bonitas, dão um novo ar à cidade mas se o objetivo era substituir carro por bicicleta não tem o menor sentido porque são usos completamente diferentes, as ditancias de ir e vir são incompativeis com bicicleta, o carro que leva os filhos à escola jamais será substituido por uma bicicleta. Então é uma questão de FINALIDADE.

        Se as ciclovias são para civilizar e humanizar a cidade, nota dez, mas não são para diminuir o uso do carro. É isso.

      2.  
        Eh…ruyacquaviva. Não

         

        Eh…ruyacquaviva. Não adianta. Quando o homi vem com a mesma abordagem sociolinguística do acadêmico de diamantino Gilmar Mendes, deve estar de ovo virado. Esquerdolândia?  Não encaixa.

        Isso não fica bem, nem em tipos como os mequetrefes: Gilmar Mendes, mesmo num Paulinho da Farsa Sindical . Mas, ai não se vai comparar. Pois, os gajos aqui citados são cabras cujas biografias, nada tem que se aproveite. Muito pelo contrário, há que se tomar severos cuidados para seu descarte. Não é em qualquer lixão que se pode depositá-las.

        Orlando

         

    3. AA
      São duas as questões

      AA

      São duas as questões envolvidas nos seus argumentos, o econõmico e o da mobilidade urbana, esta última bem mais associada com a cidade, seu urbanismo e a vida em sociedade.

      Deixando um pouco de lado sonhos de consumo e a visão que a nós a propriedade de um carro desperta, temos que considerar também a saúde do ser humano, com a possibilidade aberta pelo uso da bicicleta como opção. No mais, tudo é uma questão de conveniência, uma solução para os que poderiam dispensar um carro, desde que disponham de uma ciclovia próxima entre casa e trabalho. Diria mais até, se muitos puderem, racionalmente considerarem até uma bicicleta elétrica como opção. Afinal, precisamos aproveitar melhor os anos que temos a frente, com as melhorias nas espectativas de vida que a tecnologia tem nos acrescentado.

      Abraços

  5. Hahahah

    Logo o WSJ…

    Não dá nem pra dizer que foi o NYT, hahaha.

    A imprensa daqui oscila entre a maldade e a pena na relação com seu próprio público. Maldade porque fazem o qe querem com o bestunto deles para satiisfazer seuss interesses econômicos e políticos. Muitas vezes, inclusive, é pura demonstração de controle.

    Pena porque certas coisas eles acabam decidindo censurar pra não derreter o que resta do cérebro dessas criaturas. Só pode ser; afinal, não vão destruir ativos assim, né? Não vão sacrificar seu próprio rebanho sem nada em troca.

  6. Sei que vou apanhar aqui, mas

    Sei que vou apanhar aqui, mas vamos lá.

    Eu entendo que ciclovia é lazer.  Não consigo imaginar a massa de trabalhadores indo e voltando do trabalho pedalando trinta, quarenta, cinqüenta quilometros na ida e na volta, perfazendo o trajeto casa-trabalho, trabalho-casa diariamente. Imagine uma grávida, um idoso, um advogado (que tem de usar terno) pedalando e chegando no escritório todo suado. Mulher de salto alto então… Isso sem contar o sacrifício que é pedalar nos dias chuvosos.  Tem que investir em transporte público que seja rápido e eficiente, e que atenda a necessidade de deslocamento da massa trabalhadora, e não gastar dinheiro fazendo firulas. 

    p.s.  Os visionários vão atirar na minha cara que metrô é coisa pro governo estadual, e não função da prefeitura.  Então, que o prefeito pensasse em outras alternativas de transportes que não fosse essa de querer transformar ciclovia de lazer em transporte de massa.

    1. soluções

      Fulvia, seus comentários são pertinentes. E é justamente porque alguém os faz que podemos pensar em soluções.

      Uma das coisas que defendemos é a integração dos modais, de modo que seja possível levar a bicicleta no trem, no metrô, no ônibus. Então, para grandes distâncias, isso resolve.

      Para as profissões que exigem trajes como terno, vestidos e salto alto, há a proposta de criação de vestiários e bicicletários nos locais de trabalho, de modo que as pessoas possam se arrumar lá. Mas podemos pensar que há maneiras de pedalar de terno e gravata, como se vê em cidades europeias e americanas. Claro, o calor é maior aqui, mas há momentos que é possível, principalmente no outono e no inverno.

      Grávidas e idosos não tem problemas para pedalar, principalmente se há infra-estrutura pra isso.

      Eu também defendo que é preciso gerar empregos nos bairros, de modo que as pessoas possam morar a uma distância razoável do local de trabalho, facilitando o transporte a pé e de bicicleta.

    2. Não se trata de fazer da

      Não se trata de fazer da bicicleta meio de transporte de massa, mas de criar alternativas a este, enquanto não se têm meios de transformar o transporte coletivo. A saída principal é a de se melhorar este último, mas é tanta máfia e tantos obstáculos que não dá pra ficar parado esperando. E bicicleta não é só lazer. Aumentou muito o contingente de quem a  usa pro trabalho e outras atividades. É só ter a chance de poder fazer isso.

    3. Fulvia, entendo suas

      Fulvia, entendo suas colocações, mas quando se fala sobre o Haddad ser visionário, é porque ele é visionário MESMO. Não no sentido de ver algo que ele só vê (no mundo inteiro fazem as mesmas medidas), mas no sentido da distãncia do tempo. O que ele está fazendo é preparando a cidade para décadas daqui por diante, quando aí realmente os carros vão ser abandonados em favor de transporte público e bicicletas. Você acha que cabe mais carro nos próximos 20 ou 30 anos? Só se fizerem aerovias, como no filme “De Volta Para o Futuro”…

      Então o caminho é, sim, bicletas, não talvez para o exato agora (pelo menos não como transporte de massa), mas para os anos que se seguem. É uma tendência a diminuição no uso de carro e é preciso que a cidade já mire esse futuro aí. Cidades que já fizeram isso há décadas já contam com um bom uso dos carros como transporte dos trabalhadores mesmo, como Amsterdam e Copenhagem. Pegue qualquer vídeo no Youtube dessas cidades e vai ver um monte de biciletas. 

      Abraços

    4. A bicicleta é um meio válido

      A bicicleta é um meio válido de transporte, é só observar países europeus ou a China e o Japão. Funciona. Nesses países há uma integração dos transporte, há muitos estacionamentos voltados apenas para bicicletas. Se o caminho é muito longo, dá para percorrer parte do trajeto com trem/metrô/ônibus e o resto de bike. Carro é um verdadeiro trambolho! É realmente um meio ultrapassado de tranporte, só entopem a cidade e as ruas quando estacionados. Diminuindo o número de carros logicamente também aumenta a agilidade dos transportes públicos. Além disso melhora a qualidade do ar. A fase da ciclovia ainda é inicial, por isso parece voltado apenas para lazer.

  7. Em terra de cego

    Em terra de cego quem tem um olhô é caolho….

    Precisariamos de nove planetas para manter a população mundial com um IDH no patamar anglosaxônico…

    Precisariamos de três planetas para manter a poulação mundial com um IDH no patamar brasileiro…

    Nossos descendentes irão ao ciclismo não por opção descolada de um estilo de vida,  sim por absoluta necessidade que as várias questões economicas, finaceiras e ambientais vão impor ao estilo cada vez mais insalubre das urbes modernas…

    Sua geração será pobre em termos financeiros e nossos netos nos chamarão de mentirosos quando contarmos que antigamente as pessoas tinham veículo particular…quem viver verá!

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