Secretaria de Educação de São Paulo estuda enxugar gastos da pasta

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Jornal GGN – Com as dificuldades orçamentárias, a capital paulista estuda rever gastos das Secretarias de Transporte e Educação. Nesta última, o secretário Alexandre Schneider (PSD) afirmou que todos os contratos e projetos passarão por um pente fino, podendo ser enxugados ou não.
 
“Todos os contratos e projetos estão sob revisão. Mas, se tiver que rever o leite, contratos de serviços terceirizados, se tiver que aprofundar esse revisão, por mais mérito que tenha, vamos fazer”, afirmou o secretário de João Dória (PSDB), à Folha de S. Paulo.
 
O objetivo é tentar reduzir o orçamento com a nova gestão do prefeito em São Paulo. Por isso, todos os gastos da pasta que atingem juntos mais de R$ 1 bilhão deverão ser estudados. É o caso do programa Leve Leite, que oferece latas de leite em pó a cerca de 900 mil alunos de creche até o 9º ano da rede municipal.
 
O programa tem a previsão de R$ 340 milhões de gastos em 2017. Apesar de ainda em fase inicial das análises, o secretário Schneider admitiu as possibilidades de paralisação ou redução de projetos, mas ainda sem confirmações ou especificações.
 
 
Ao contrário do que divulgou a Folha de S. Paulo, na reportagem “Doria vai rever material escolar, entrega de leite e transporte a alunos”, o secretário apenas começou a analisar os planos para a Educação.
 
“O novo secretário de Educação não deu detalhes de como esses gastos podem ser reduzidos, mas a Folha apurou que o programa de entrega de leite deve ser restringido para crianças de 0 a 6 anos”, intuiu o jornal.
 
Outro projeto que pode passar por um pente fino é o transporte de alunos. Cerca de R$ 260 milhões da previsão de gastos de 2017 estão para isso, e outros R$ 400 milhões para o programa de passe livre para estudantes criado na gestão de Fernando Haddad (PT) e que pode ser paralisado.
 
Schneider admitiu que o projeto é “socialmente interessante” e ressaltou os aspectos positivos. Mas confirmou que está criando “um problema no orçamento”. Mais uma vez, não há garantias se o programa será alterado.
 
Por outro lado, novamente ao contrário do divulgou o diário, a compra de material escolar não deve ser modificada. Os recursos de apoio pedagógico, relacionados à sala de aula, somam R$ 130 milhões do orçamento. Mas o secretário de Educação indicou que esses repasses serão preservados: “os recursos que vão para a escola terão prioridade”, disse à Folha.
 
 
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

7 Comentários

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  1. Administrador publico nem

    Administrador publico nem deve PENSAR em algo como reduzir leite para crianças, pode todavia comprar melhor, no passado a Prefeitura comprou leite em po uruguaio de marcas desconhecidas pagando muito caro, o Brasil produz leite em abundancia e de otima qualidade, importar deve ser o ultimo recurso.

    1. André, eles nem pensam – eles

      André, eles nem pensam – eles fazem mesmo. Se até remédio pra pressão alta – provavelmente um dos remédios mais baratos – vira e mexe as pessoas não encontram em postos de saúde. E não se esqueça que estamos no Estado em que uma CPI da merenda não deu em nada – porque não era do PT quem senta lá no palácio dos Bandeirantes. Aliás, SP é o exemplo perfeito do que é um partido tomar conta total do sistema político. Aqui o metrô está parado por corrupção, um buraco se abre no meio de pinheiros, o PCC toca o terror por dias, em 2006, uma crise hídrica que só foi resolvida por São PEdro e não acontece nada com os tucanos. Acho que a única eleição em que eles tiveram o risco de perder foi em 98, Covas x Maluf. Nas demais, ganhou sem susto nenhum – e até de lavada quando puseram a ameba do Mercadante, nosso rasputim de butique rs. Acho que é mais fácil o Texas um dia votar num democrata do que São Paulo sair dos domínios do PSDB, tamanho é o controle que vemos que o partido tem no Estado de São Paulo. É hilário ver analistas alardeando que a queda de Dilma impediu o  PT de se tornar nosso PRI tropical –   e ao mesmo tempo se fazem de cegos pra não ver que o PRI é aqui – no Estado de SP.  

       

       

  2. A ladra do leite

    Isso fez-me lembrar da “dama de ferro” margareth thatcher, também conhecida pelos britanicos como A Ladra do Copo de Leite.Pelo visto, roubar leite de crianças é prática comum entre os neoliberais.

  3. Dificuldades orçamentarias ?

                   Haddad deixou no caixa da prefeitura  6 bi , como assim ´´dificuldades orçamentarias´´?

                   Cortar, alimentaçao ,transporte, material escolar uniformes escolares , passe livre nos onibus para estudantes, alem de bloquear 40 mil bilpetes unicos em um unico dia , mas fico aliviado , afinal tinhamos um governo comunista que estava tirando nossa liberdade e direitos e transformando nosso pais em uma Venezuela ou Cuba 

    1. “Haddad deixou no caixa da

      “Haddad deixou no caixa da prefeitura  6 bi”:

      E agora voce descobriu:  a pasta nao esta mollhada.  Quem vai ser enxugado vai ser esse orcamento.

  4. Vai transformar de novo SP
    Vai transformar de novo SP num caos e ai o paulistano usa seu voto de protesto para trazer de volta o PT pra arrumar a casa e, em seguida, devolve-la aos ratos novamente: carma…

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