Seguranças de shopping abordam jovens e ameaçam com multa

São Paulo – Seguranças do Shopping Center Norte de São Paulo abordaram neste sábado (19) dez jovens que pretendiam fazer um rolezinho no centro comercial e os comunicaram, ainda no estacionamento, que poderiam ser multados, caso causassem problemas, ou fizessem algazarra. Os adolescentes desistiram de entrar no shopping. Eles foram os únicos que compareceram para um programado rolezinho no local.

De acordo com a assessoria de imprensa do Center Norte, o estabelecimento obteve na Justiça uma liminar que permite a abordagem de participantes dos rolezinhos e o aviso sobre a multa – que não teve o valor divulgado.

Segundo o shopping, quando um rolezinho é marcado para ocorrer no estabelecimento, oficiais de Justiça vão ao local e, com auxílio de informações do setor de inteligência da polícia, identificam organizadores e demais participantes. Eles indicam as pessoas para os seguranças fazerem a abordagem.

O Center Norte ressalta que os jovens não seriam impedidos de entrar. No local, segundo a assessoria, é recorrente o encontro de dezenas de jovens que utilizam o estacionamento do estabelecimento para se divertir.

O shopping informou que buscou a Justiça para se prevenir. De acordo com a assessoria de imprensa, para o estabelecimento os rolezinhos são um movimento ainda desconhecido, e “a mídia tem mostrado que pode haver grupos infiltrados, roubos e demais irregularidades”. A polícia informou que não foi acionada ontem para nenhuma ocorrência relacionada a rolezinhos.

Edição: Beto Coura

Redação

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  1. Construído sobre um lixão, o

    Construído sobre um lixão, o Center Norte era um dos melhores passeios da minha infância.

    Sempre morei da Zona Norte de S. Paulo e, entre 1986 e 1990, estudava na Federal, (do outro lado do Rio Tietê) e, quando tínhamos dinheiro, íamos ao shopping pra comer, passer, paquerar, namorar, ou seja, dar um rolezinho.

    Meus colegas que moravam na Zona Sul não achavam o Center Norte um shopping de verdade. Cade as fontes e escadas rolantes (do Eldorado e Morumbi)? Cadê as lojas chiques (do Iguatemi)? Era Shopping de pobre. E toca zoar com a nossa cara provincial de morador da ZN.

    Era fácil perceber que a nossa horda de 20 moleques incomodava as pessoas. Mas éramos brancos, orientais, um ou outro mulato…

    Ah! Fazíamos o mesmo no metro. A grande “aventura” era ver quantos de nós passava de graça na catraca: o primeiro passava o bilhete e, numa virada de quadril, passava e fazia a catraca retornar e assim “enganar” a máquina que não registrava a passagem até a roda virar totalmente.

    Quem não conseguia passar sofria “bullying” a tarde inteira. Não era ruim: em outro dia, quem te assediou era assediado pelo mesmo motivo.

    Sinceramente, sempre tive mais medo de motorista que é capaz de fazer tudo por uma vaga no estacionamento…

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