A inversão dos polos magnéticos da Terra

Por Paulo Gurgel Carlos da Silva, no Portal LN

Não é uma exceção, é a regra. A cada 200 ou 300 mil anos, em média, a Terra inverte os polos magnéticos.

O campo magnético da Terra — que ajuda a proteger os seres vivos da radiação solar — origina-se do núcleo do planeta onde placas sólidas e um oceano de metais derretidos, e que criam correntes elétricas muito fortes, são a base do eletromagnetismo terrestre. Quanto a este, muda a sua orientação conforme as placas vão mudando de posição no interior da Terra.

Atualmente, o polo norte magnético “viaja” a 64 quilômetros por ano. Sendo a explicação de por que se encontra a 1.100 quilômetros do ponto em que foi localizado pela primeira vez, no século 19.

Atrasos acontecem: já faz 800 mil anos desde que ocorreu a última mudança.

Mas, acalmai-vos, irmãos.

A inversão dos polos magnéticos da Terra não causará nenhum Apocalipse. Será a oportunidade de bons negócios para os fabricantes de bússolas.

Blog EntreMentes

 

Redação

14 Comentários

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  1. Na  verdade, existe perigo

    Na  verdade, existe perigo sim. A inversão não é imediata. Pode levar meses ou anos. Nesse intervalo, o campo magnético fica bem mais fraco, permitindo que as partículas do vento solar atinjam a terra. Isso pode ser prejudicial não apenas aos seres vivos, mas também a toda a tecnologia de nossa era.

      1. Basta pesquisar. Já ocorreram

        Basta pesquisar. Já ocorreram inúmeras inversões durante toda a história da terra. E todas as pesquisas mostram que as inversões não são instantâneas, mas são precedidas de um grande enfraquecimento do campo magnético (o que vem acontecendo atualmente), até que ocorra a inversão, quando o campo começa a se fortalecer de novo.

        Embora não exista nenhuma evidência de extinções em massa relacionadas a inversões geomagnéticas, nenhuma inversão do passado aconteceu quando a humanidade tinha satélites ou redes de energia elétrica.

        Além disso, podemos tomar como exemplo o planeta Marte. Segundo astrônomos, Marte possuia um campo magnético como a Terra, mas como ele é menor, seu núcleo esfriou antes e isso eliminou o seu campo magnético, fazendo com que o vento solar atingisse com força a sua atmosfera superior, levando-a para o espaço.

        Sem uma camada de ozônio, a superfície de Marte é bombardeada de forma direta pelos raios ultravioleta do sol. O enfraquecimento do nosso campo magnético pode ampliar o “ataque” do vento solar a nossa camada de ozônio, gerando a sua redução ou até mesmo eliminação, deixando a superfície muito mais exposta aos raios ultravioleta, que podem causar problemas para a agricultura e um aumento nos casos de câncer de pele.

        Pode não ser o fim do mundo, mas bom também não vai ser.

  2. Novos satélites europeus

    Novos satélites europeus revelam mudanças no campo magnético da Terra Por Izabela Prates | 12p1, 24 de Junho de 2014

    Os primeiros resultados da missão Swarm, composta por um grupo de três satélites lançados em novembro de 2013 pela Agência Espacial Européia (ESA), mostram que o campo magnético terrestre está enfraquecendo.

    O Swarm vem fornecendo informações sobre o complexo funcionamento do campo magnético da Terra. Medições feitas ao longo dos últimos seis meses confirmaram uma tendência de enfraquecimento do campo magnético, especialmente no hemisfério ocidental, embora em outras áreas, como o sul do Oceano Índico, esteja acontecendo o fenômeno inverso.

    Além do enfraquecimento do campo magnético as últimas medições confirmam, também, o movimento do norte magnético para a Sibéria. Estas mudanças são baseadas nos sinais magnéticos provenientes do núcleo da Terra.

    swarm1 Novos satélites europeus revelam mudanças no campo magnético da Terra

    Os primeiros resultados da missão Swarm mostram que o campo magnético terrestre está enfraquecendo

    Nos próximos meses, os cientistas analisarão os dados para obter  uma melhor compreensão sobre a razão do campo magnético terrestre estar enfraquecendo e desvendar as contribuições magnéticas provenientes do manto, crosta, oceanos, ionosfera e da magnetosfera terrestre, o que poderá proporcionar nova visão sobre muitos processos naturais, especialmente daqueles que ocorrem no interior do nosso planeta.

    Segundo Rune Floberghagen, diretor da missão Swarm, estes resultados iniciais demonstram o excelente desempenho da missão e, além disso, os dados exibem a capacidade de mapear recursos numa escala precisa do campo magnético.

    Os primeiros resultados da missão foram apresentados em uma conferência organizada pela ESA, em Copenhague.

    Fonte: ESA

    http://mundogeo.com/blog/2014/06/24/novos-satelites-europeus-revelam-mudancas-no-campo-magnetico-da-terra/

  3. Não é tão simples assim.

    O problema não é a inversão dos polos, mas sim o que leva a esta inversão e quais as conseqüências da mesma.

    Os modelos físicos que explicam o funcionamento do Sol é tremendamente deficiente, ninguém sabe direito como ele funciona. Há um modelo que os astrofísicos empregam, o chamado dínamo solar que explica a grosso modo como o Sol funciona, porém quando se chega ao nível dos detalhes diversos detalhes ainda não são conhecidos, e detalhes no funcionamento do Sol não é o mesmo do que detalhes no funcionamento de um equipamento qualquer, não esqueçam que um pequeno “resfriado” no Sol pode corresponder uma “pneumonia” na Terra. 

    O Sol vem sendo estudado desde a origem do homem, porém a observação com mais dados do mesmo é algo recente. A quantidade de observatórios especiais que seguem o Sol com mais detalhes cada vez cresce mais, e a cada nova configuração de observatório há novas descobertas e novos detalhes, e nestes detalhes é que mora o perigo.

    Lembre-se desde a criação do Sol até agora são aproximadamente 4,57 bilhões de anos, e o homem o observa com uma visão mais científica a no máximo 2 mil anos, ou seja, nem estatística sobre o mesmo podemos fazer com um mínimo de certeza.

    1. Terra, não Sol

      O campo magnético do Sol tem polaridade revertida a cada 11 anos. Esse artigo trata da inversão da polaridade do campo magnético da Terra. A inversão do campo magnético solar não causa inversão no campo magnético terrestre. Você misturou os assuntos.

  4. Magnetismo terrestre e reeleição de Dilma: nada a ver

    Toda vez que fazemos uma leitura com relação ao norte magnético (todas as bússolas são fabricadas para assim procederem), precisamos convertê-la (a leitura) com relação ao norte geográfico. O motivo é que o norte magnético varia anualmente, e de lugar para lugar. Como o Norte-Sul geográficos são pontos fixados pelo homem, a mudança do polo norte magnético não trará problema para os futuros navegantes uma vez que a referência N-S geográfica é imutável e a partir dela foram elaborados todos os mapas conhecidos na atualidade.

    Assim, todos os mapas são elaborados utilizando um conjunto de medidas que foram feitas com relação ao Norte-Sul magnéticos, que é para onde aponta a agulha de uma bússola, sendo a ponta que aponta para o norte diferente daquela que aponta para o Sul.

    Você pode declinar uma bússola para que uma leitura seja feita diretamente com relação ao Norte geográfico. Ou então fazer a leitura com relação ao N magnético e depois fazer a conversão. Portanto, a agulha de uma bússola é orientada pelo magnetismo terrestre, que é fraco, mas que sem ele não haveria mísseis balísticos que destroem e matam milhões de pessoas no mundo inteiro, pois tais mísseis são orientados pelo magnetismo do nosso planeta.

    E  é aí que entra Bill Gates na jogada: toda a orientação de um projétil fabricado para atingir um alvo (civil ou militar) depende do magnetismo terrestre, de satélites e de softs que possam fazer a correção de rota com relação ao N geográfico ao longo de todo o trajeto.

    No dia em que o magnetismo terretre se extinguir, a  humanidade ficará completamente desorientada e provavelmente sem guerras. E como isto poderá acontecer? Se o Planeta Terra se resfriar por inteiro e completamente. Mas isto NÃO vai acontecer durante a Copa do Mundo no Brasil, mas só daqui a  bilhões de anos. Portanto, vai dar DILMA na cabeça na eleição de 2014.

     

  5. duvida

    Vejo sempre uma certa contradição naquilo que é mencionado:

     

     “A cada 200 ou 300 mil anos”

    “já faz 800 mil anos desde que ocorreu a última mudança.”

     

    Não importa o problema que é mencionado sobre o planeta terra, a única prova que está na cara de todos é a falta de conhecimento profundo para com nosso planeta, tanto é que o que mais tem como especulações são teorias e nunca provas, grandes cientistas são…falam de provas mais tudo que são capazes de fazer são teorias com bases lógicas apenas, gastam se bilhoes para ir ao espaço sendo que nem aqui nós conhecemos…

     

    Lamentável isso, mais quem sabe um dia entenderão melhor o planeta terra.

     

     

  6. Duvida

    “Não é uma exceção, é a regra. A cada 200 ou 300 mil anos”

    “já faz 800 mil anos desde que ocorreu a última mudança.”

     

    A ciencia fala demais e pouco sabe, sabendo pouco não saberá o que fazer quando a bomba estourar…

     

    também não sou nem um pouco especialista, mais é provável de que o planeta inteiro torre por conta dessa inversão, uma vez que ocorrer, a proteção magnetica não existirá, dando inúmeras vulnerabilidades, sem falar que com isso também pode ocorrer uma nova era do gelo!

     

     

     

     

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