Brasil fica em penúltimo lugar entre os Brics no desenvolvimento

Jornal GGN – Apesar de ser a segunda maior economia do Brics – grupo formado por Brasil, Rússia, Índia e China e África do Sul -, o Brasil aparece mal colocado entre os países que trabalham no desenvolvimento de novos medicamentos, segundo estudo inédito feito pela ViS Research, plataforma nacional que reúne dados sobre mais de 400 mil centros de pesquisa clínica em todo o mundo. O relatório aponta que, nos últimos cinco anos, o país realizou menos pesquisas clínicas do que Rússia, China e Índia. No ranking geral, o país aparece como 17º colocado, atrás de economias mais frágeis como Polônia e República Tcheca.

De 2008 até agora, foram desenvolvidas 6.611 pesquisas clínicas, enquanto na Rússia foram realizadas 11.440, e outras 10.716 na China e 7.891 na Índia. O Brasil só aparece melhor colocado do que a África do Sul, que desde 2008 realizou apenas 3.919 testes. Em número de centros dedicados à pesquisa clínica, o Brasil é o 3º dentre os Brics, com 942 instituições, atrás da Índia (1.157) e da Rússia (1.072).

Apesar de possuir 69 centros a mais do que a China, o Brasil implementou quatro mil pesquisas a menos que os chineses no período. Segundo o levantamento, essa baixa produtividade brasileira acontece porque as instituições nacionais participam de menos estudos globais. Além disso, falta comunicação e visibilidade junto à comunidade internacional, segundo Fábio Thiers, fundador do ViS.

A coisa muda de figura em número de pesquisadores. Nesse aspecto, o Brasil aparece em segundo nos Brics, com 3.530 cientistas. O país é superado apenas pela China, que possui 3.803. Outro destaque positivo no cenário é em relação a estudos de remédios para combater câncer de mama (391), HIV (198) e câncer de próstata (140). Nesse contexto, o Brasil também é o segundo colocado dentro do bloco.