Drone ajuda cientista a obter dados para inventários florestais na Amazônia


Foto: Henrique Lima/Inpa

Jornal GGN – Uma pesquisa feita pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) está usando drones para obter dados e estimar o nível de carbono da floresta. O trabalho é coordenado pelo cientista Carlos Celes, que realiza pesquisa como parte de seu doutorado no instituto. A pesquisa foi apresentada durante o Seminário Final do Projeto Cadaf (Carbon Dynamics of Amazonian Forest), realizado entre os 27 a 29 de abril, na sede do Inpa, em Manaus.

Em sua palestra de apresentação dos resultados do estudo, o cientista explicou o processo pelo qual obteve as imagens e como as fotos registradas pelo aparelho são convertidas em dados. O modelo de drone usado no trabalho é o Md4-1000, feito de fibra de carbono. O aparelho tem a capacidade de voar durante cerca de uma hora e vinte minutos.
O cientista explica que o uso do drone no experimento tem como vantagem o fato do aparelho exigir baixo custo de manutenção e operação. Outro ponto favorável é que o equipamento é resistente a eventuais variações de temperatura, chuva e poeira. O drone, no caso, é muito mais versátil que aviões, que também poderiam ser usados para o trabalho, mas não com as mesmas facilidades.

“O avião precisa de uma infraestrutura muito maior para sua operação. Você precisa de uma pista de decolagem, um piloto, um co-piloto, uma torre de comando; toda essa infraestrutura. Em compensação, o avião consegue fazer a cobertura de uma área muito maior. O drone não consegue fazer essa cobertura tão grande, mas ele apresenta essa vantagem de ser versátil, então se você falar ‘eu preciso voar agora’ em 15 minutos eu faço o plano de voo, a gente coloca o drone onde ele tem que ir e já está voando”, explica o cientista.

O equipamento realiza os sobrevoos das áreas pesquisadas com uma câmera fotográfica digital abordo, captando sequências de imagens que, posteriormente, serão sobrepostas. A ideia é fazer um mosaico 3D. O equipamento inclui um sensor que emite pulsos de laser infravermelho, registrando fotos para controle da área. O laser faz o mapeamento e permite melhor captura de dados.

O pesquisador Carlos Celes começou o trabalho em julho do ano passado e, desde então, foram operacionalizados aproximadamente 150 voos em duas unidades de conservação e de pesquisa situadas em Manaus. “Quero estimar o nível de carbono na floresta e tentar extrapolar esse número para uma área maior”, afirma o cientista. Assim, será possível compreender como o carbono está mudando na floresta com as árvores caindo, morrendo e nascendo.

Com informações do NCD/Inpa.

Redação

1 Comentário

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  1. câmera digital 3d

    Se pensarmos um futuro melhor, teremos que mudar de sistema econômico. Os nossos países precisam de investimentos de grande tamanho nas áreas da biomedicina, nano tecnologia, pesquisas agro industriais e tudo aquilo em relação com o micro. Porém, as vezes não temos em conta que já possuímos à tecnologia necessária, por exemplo em câmaras 3D. Olhemos para frente mais ajudando também as nossas empresas tecnológicas!

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