Nos EUA, consumidores querem que embalagens informem sobre nanotecnologia em alimentos

Jornal GGN – Uma pesquisa feita em conjunto por duas universidades norte-americanas revelou que a maioria da população de pelo menos dois estados deseja ser informada, na embalagem, se há nanotecnologia envolvida na fabricação de alguns alimentos. Segundo o estudo, o interesse não significa necessariamente rejeição à nanotecnologia. Além disso, os consumidores estariam dispostos a pagar mais por um produto se soubessem que ele foi fabricado com nanotecnologia.

“Queríamos saber se as pessoas querem ser informadas, pelos rótulos, se há nanotecnologia nos alimentos, e nosso estudo diz que a grande maioria dos participantes tem esse interesse”, diz Jennifer Kuzma, uma das responsáveis pela pesquisa. “Nosso estudo é a primeiro em que os consumidores são consultados sobre a veiculação de informações sobre nanotecnologia em rótulos. Isso pode ajudar a compreender a percepção pública da nanotecnologia em alimentos”.

Os pesquisadores reuniram seis grupos de consumidores e deram a eles algumas informações básicas sobre nanotecnologia e seu uso em produtos alimentícios. O passo seguinte foi pedir que os participantes respondessem questões sobre a rotulação de embalagens: se os rótulos deveriam vir, como no caso de alimentos transgênicos, com informações sobre se havia nanotecnologia envolvida.

Em geral, os participantes da pesquisa se mostraram favoráveis à rotulagem de produtos em que a nanotecnologia foi utilizada no processo de fabricação do alimento em si, mas eles também eram a favor da rotulagem de produtos em que a nanotecnologia só havia sido incorporada nas próprias embalagens. Os coordenadores do estudo dizem, contudo, que a preferência pelo aviso nas embalagens não significa rejeição ao uso desse tipo de tecnologia em produtos alimentares.

Alguns dos participantes, por exemplo, se mostraram satisfeitos com a ideia de a nanotecnologia ser usada para fazer alimentos mais nutritivos ou dar-lhes uma vida útil mais longa – mas sobre isso, eles queriam o aviso nos rótulos dos produtos. “As pessoas não têm muitas perspectivas sobre isso. Querem a rotulagem, mas também querem ter acesso a informações confiáveis, baseadas em pesquisas sobre os riscos associados”, explica Kuzma. Além disso, 60% dos entrevistados se mostraram dispostos a pagar um adicional de 5 a 25% do preço do produto, tanto para produtos livres de nanotecnologia ou no que foi empregada.

Com informações do Phys.org

Redação

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