O software brasileiro

Por marlon

Nassif,

duas notas dadas em rodapé em jornais do interior:

1. Por meio da holding MAP, o empresário Miguel Abuhab (foto) comprou, por 5,5 milhões de euros, a Vivacadena, fornecedora holandesa de soluções para software da gestão da cadeia de suprimentos.

O negócio foi realizado por meio da Agentrics, empresa americana focada no varejo, que a holding já tinha comprado em agosto, por R$ 700 milhões, depois de ter vendido a Datasul para a Totvs.

A solução apresentada pela Vivacadena coordena automaticamente os níveis de inventário de mercadorias, capacidade de resposta dos fornecedores e níveis de estoque por toda a cadeia de suprimentos. Este mercado, no mundo, cresce 40% ao ano.

O apetite de Abuhab está longe do fim. Clique aqui.

Comentário

O Miguel é um visionário e um cabeça dura, que se estrepou com o banco de dados que escolheu (qual era o nome mesmo?) e, depois, fez uma baita reengenharia na sua empresa para dar a volta por cima. Mesmo assim, achei exagerado esse valor de US$ 700 milhões. Quem tiver mais dados, façavor.

the talk of the town

Olha só o pro ai foi a/o jornalista que escreveu na correria. 700 milhoes de reais, dizem que foi o valor da compra da Datasul pela Totvs. Só que em outros lugares li 95 milhoes. Ai eu nao sei. Clique aqui.

http://computerworld.uol.com.br/negocios/2008/07/22/totvs-fecha-a-compra-da-datasul-por-cerca-de-r-700-milhoes/

A Agentrics foi comprada por 50 milhoes de dolares.

http://www.terra.com.br/istoedinheiro/edicoes/569/artigo99665-1.htm

Luis Nassif

9 Comentários

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  1. Era o PROGRESS. Foi uma boa
    Era o PROGRESS. Foi uma boa opção na época e ainda é hoje para o mercado de empresas de tamaho médio usuárias de UNIX (Linux, FreeBSD). Não é “widely used” mas existe. E é bom tecnicamente falando, mas ruim de marketing. Acho que na época que o Datasul começou era uma opção melhor que Oracle (muito caro) ou SQLServer (caro e limitado a Windows). Hoje acho que ele optaria por um software livre (PostgreSQL, provavelmente).

  2. Olha só o pro ai foi a/o
    Olha só o pro ai foi a/o jornalista que escreveu na correria. 700 milhoes de reais, dizem que foi o valor da compra da Datasul pela Totvs. Só que em outros lugares li 95 milhoes. Ai eu nao sei.

    http://computerworld.uol.com.br/negocios/2008/07/22/totvs-fecha-a-compra-da-datasul-por-cerca-de-r-700-milhoes/

    A Agentrics foi comprada por 50 milhoes de dolares.

    http://www.terra.com.br/istoedinheiro/edicoes/569/artigo99665-1.htm

  3. O Progress é uma “gambiarra”
    O Progress é uma “gambiarra” que começou como base de dados, englobou recursos para criar e gerenciar interfaces de usuário, foi inchando e acabou virando algo que não consegue fazer bem nem uma coisa nem outra (ser banco de dados / ser interface com o usuário). Só sobrevive nas corporações mais antigas porquê seria muito caro e/ou trabalhoso trocar toda a base de código baseada nele por algo mais atual.

  4. Se 1% dos empresários
    Se 1% dos empresários brasileiros tivesse a “fome de bola” do Abuhab, o Brasil teria crescido tanto quanto a Coréia nos últimos 20 anos. Teríamos produtos próprios (alguém viu um carro brasileiro depois da Brasília?) e fatias importantes de mercados de outros países.

    Os outros 99% pegam os R$ 700 milhões e compram um pijama. Já o Abuhab “torrou” tudo para começar tudo de novo…

    Tem minha admiração.

  5. No época em que o Magnus
    No época em que o Magnus (primeiro ERP da Datasul) foi criado, o desenvolvimento de software era tipicamente atrelado a um banco de dados. A Datatul tinha de escolher um. O Progress foi uma boa escolha naquele momento, tanto que o Magnus se tornou um produto de sucesso.

    O erro da Datasul foi insistir no Progress por tanto tempo, enquanto os fornecedores de ERP mundo afora já estavam todos criando versões multi-banco para os seus softwares.

    Se fosse criar um software corporativo do zero hoje, o Abuhab, ou qualquer outro empresário de TI bem informado, provavelmente desenvolveria uma camada de acesso a banco de dados baseada em linguagem SQL padrão, permitindo que seu cliente possa escolher o banco de dados de sua preferência.

  6. O cara foi visionario, ganhou
    O cara foi visionario, ganhou muito dinheiro com o tal Magnus (por conta das ferramentas de correcao monetaria de balanco e US GAAP principalmente), sou ex-auditor dos anos 90, e posso dizer que qualquer auditor ficava tranquilo quando sabia que o sistema era esse.
    A Datasul tinha muito cuidado com os detalhes de toda a legislacao fiscal e trabalhista no Brasil, bem como suas atualizacoes para garantir a integridade e fidedignidade do produto. Nunca ouvi dizer de problemas de implementacao de Datasul como ouco hoje com os ERPs “internacionais”, os quais nao preciso nomear.
    Ouvi dizer que o ERP atual que substitui o Magnus (se chama EMS), ja roda com banco de dados Oracle.

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