Os aniversários de Doris Day e Marlon Brando

Enviado por Mara L. Baraúna

Do Blah Cultural

Doris Day completa 90 anos

por Ariadne Rodrigues 

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Doris Day, famosa atriz e cantora dos anos 40,  50 e 60, completa hoje (3) seus 90 anos. A aniversariante, em ótima forma e com boa saúde, nos últimos dias foi fotografada em sua casa na Califórnia. Em meio a flores e sempre ao lado de um de seus animais de estimação, Doris esbanja um largo sorriso, que demonstra sua felicidade pela vida.

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Fonte: www.people.com/people/article/0,,20801233,00.html

Talvez o segredo do sucesso de Doris Day seja levar a vida de forma tranquila e principalmente sempre buscar fazer o bem. Como em seus aniversários anteriores, a atriz disponibilizou um link aos que desejarem enviar um cartão de aniversário on-line à ela, acompanhado de uma contribuição para sua instituição de proteção aos animais, o Doris Day Animal Foundation. É uma oportunidade para parabeniza-la e ao mesmo tempo ajudar sua fundação.

“Se eu achar um cachorro, vou tentar encontrar o dono, claro. Mas eles são meus, não poderia viver sem eles, eu os amo muito. Tenho gatos também. Pessoas me chamam o tempo todo e perguntam, “ficou sabendo de uns gatinhos que ninguém mais quer?” Eu falo, “pode trazê-los!” É isso, apenas estas palavras. Estou sempre disponível.” Doris Day

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Carreira

Doris Day ganhou destaque no cinema e na música pela sua voz e atuação. É eternizada principalmente por seus filmes musicais. Seu talento a permitia variar de romance como “Love Me or Leave Me” (1955) até “The Man Who Knew Too Much” (1956), de  Alfred Hitchcock. Uma canção marcante no filme de Hitchcock,  “Que Sera, Sera (Whatever Will Be, Will Be)”, foi introduzida por Doris no filme e é conhecida até hoje.

Outros filmes memoráveis de Day são “The Pajama Game” (1957),  “Send Me No Flowers” (1964) e “That Touch of Mink” (1962). Entre 1960 e 1964, Doris foi a atriz mais rentável de Hollywood. Em 1968 Doris ganhou seu próprio programa de TV, o “The Doris Day Show”, que ficou no ar até 1973. Na música Doris é lembrada por diferentes canções e albuns. Seu último cd foi lançado em 2011 e se chama “My Heart”.

Doris Day Animal Foundation
A instituição, fundada em 1978 por Doris Day, protege os direitos dos animais, defendendo-os de maus tratos e abandono. Entre as ações do programa estão o auxílio veterinário, abrigo, alimentação, reabilitação de animais machucados e reeducação de animais selvagens, para que estes possam retornar ao seu habitat natural com segurança. Também há programas de adoção e diversos projetos de conscientização. Após os animais encontrados pela ONG receberem o tratamento adequado, estes ganham a oportunidade de serem adotados por pessoas que os respeitam e os tratam com dignidade.

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Doris Day

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Ator, que completaria 90 anos hoje, permanece como um dos grandes do cinema 

Marlon Brando, Jr.  (Omaha, Nebraska, 3 de abril de 1924 –  Los Angeles, 1.º de julho de 2004)  

Do Estadão

Marlon Brando completaria 90 anos hoje

Ator, que morreu em 2004, imortalizou-se em papeis como Vito Corleone

 Com seu magnetismo visceral e um estilo moderno de interpretar, o ator e diretor Marlon Brando impôs um padrão de comportamento que influenciou uma geração de atores. Também fora da tela, o ator teve uma série de atitudes polêmicas, indiferente dos riscos que isso poderia causar à sua carreira. Brandon completaria 90 anos neste 3 de abril – ele morreu em julho de 2004, de causas desconhecidas, aos 80 anos. 

Foi assim, por exemplo, em 1972, quando sua interpretação como Vito Corleone, o patriarca de um clã mafioso em O Poderoso Chefão, rendeu-lhe uma indicação para o Oscar. Brando já ganhara uma estatueta, em 1954, por Sindicato de Ladrões, e sua vitória era dada como certa. Genioso, compusera um tipo especial para o personagem, utilizando enchimento de algodão entre as bochechas para, além de ressaltá-las, modificar a pronúncia de sua voz. 

Como era esperado, Brando foi aclamado vencedor na noite da entrega, mas o ator não estava lá para receber o prêmio. Em seu lugar, subiu ao palco uma índia dizendo-se sua representante, que fez um discurso contra a maneira como o cinema americano retratava os índios. Suspeitou-se depois que era uma desconhecida atriz, chamada Sacheen Littlefeather – era o auge de mais uma investida de Brando em polêmicas campanhas políticas. 

As discussões sempre o atraíram, fazendo o possível para realizar seus planos. Antes de encenar Vito Corleone, por exemplo, Marlon Brando autoconvidou-se para trabalhar com o diretor Gillo Pontecorvo ao afirmar que só filmaria na Europa se você sob sua direção. O ator maravilhava-se com as questões sociais e políticas tratadas por Pontecorvo em A Batalha de Argel.

Foi o suficiente para o cineasta convidá-lo para Queimada!, rodado em 1970. Brando deixou de filmar com Elia Kazan para dar participar no que se transformou em um clássico do cinema político, no momento em que o mundo sofria profundas turbulências – guerra fria no auge, Estados Unidos atolados no Vietnã, rebeldia generalizada no meio universitário, ainda como ressaca do maio de 68 francês, tudo isso tornava vital o tipo de discussão sobre o colonialismo inglês na América Latina trazido pelo filme. 

O roteiro não estava pronto, mas Pontecorvo não precisou mais do que meia hora para garantir a participação do astro. Brando, aliás, entregou-se de corpo e alma ao filme, não se importando em até dividir a cena com um ator amador, Evaristo Márquez, um não profissional que o diretor encontrou no próprio local da filmagem (Cartagena, na Colômbia). Pontecorvo lembra que Brando foi generoso com Márquez, chegando a pedir que fosse enquadrado de costas para a câmera, o que lhe permitisse fazer as expressões que o outro deveria reproduzir, olhando para o aparelho. 

Como era de se esperar, Queimada! causou polêmica praticamente em todo o mundo – no Brasil, o filme foi proibido pela censura, sendo liberado somente anos depois, em 1980. A mesma censura que, em 1973, vetou a exibição de outro filme de Brando, O Último Tango em Paris, de Bernardo Bertolucci, considerado pornográfico – a liberação só veio em 1979. 

Pode-se resumir a trama em poucas palavras: americano que vive em Paris (Brando) tenta se recuperar do choque causado pelo suicídio da mulher ligando-se sexualmente a garota parisiense (Maria Schneider) que conhece em apartamento vazio. A violência do filme não está nas imagens, mas nos diálogos, em que um homem de meia-idade, atribulado por dúvidas éticas, morais e religiosas, tenta arrasar todos os valores atribuídos à “civilização”. Trata-se da tragédia da vida, as dificuldades de uma existência fragmentada. 

A sociedade da época, porém, preferia se escandalizar com as cenas de sexo, especialmente a que se tornou mais famosa e polêmica: o uso de manteiga no auxílio do ato sexual. Com o filme considerado pornográfico, Brando, ao lado de Bertolucci, Schneider e o produtor Alberto Grimaldi, teve de enfrentar o Tribunal de Justiça de Bolonha, na Itália, que queria queimar todas as cópias do filme e condená-los por ofensa moral. A pendenga teve um ponto final com uma absolvição coletiva. A partir da década de 70, Brando decidiu reduzir suas participações no cinema, aceitando apenas aquelas que lhe rendessem um cachê milionário. Conseguiu faturar até com os fracassos, cristalizando a crença de ser um ator invariavelmente superior aos seus papéis. 

Em 1976, começou a filmar Apocalipse Now, de Francis Ford Coppola, recebendo fabulosos US$ 2,5 milhões. Sua primeira aparição logo se tornou clássica: ele surge deitado numa cama na penumbra, depois se senta, seu rosto misterioso quase que totalmente na escuridão, de quando em quando iluminado por um facho de luz. 

Na verdade, o ator engordara acima do esperado, deixando Coppola e a equipe técnica com um grande problema a resolver, corrigindo trabalhos de câmera e luz. Mas sua figura rotunda e misteriosa domina o filme. 

Até o fim da vida, Brando não admitia fugir de seu padrão. Em A Cartada Final, seu último filme, brigou com o diretor Frank Oz e se recusava a gravar qualquer cena se o cineasta estivesse presente. O ator Robert De Niro teve de dirigir uma delas, com instruções dadas a ele por um assistente do diretor, que via tudo por um monitor em outra sala.

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Redação

2 Comentários

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  1. Uma excelente atriz e cantora

    Uma excelente atriz e cantora estigmatizada como a namoradinha da América. E um gênio da interpretação que sucumbiu à própria exentricidade.

  2. Marlon Brando, o homem mais

    Marlon Brando, o homem mais belo do mundo e em todos os tempos uma estrelíssima do cinema, incomparável e insubstituível sob todos os aspectos. 

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