A balbúrdia democratizante das redes sociais

Antes de ontem, em São Paulo, houve um evento de lançamento do novo site do “Carta Maior”.

Trata-se de um portal assumidamente de esquerda, que congrega pensadores brasileiros e internacionais, unidos em torno das mesmas ideias e da Internet. Havia desde intelectuais latino-americanos até o espanhol Ignácio Ramonet, fundador do prestigiado Le Monde Diplomatique.

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A saga do Carta Maior repete-se em outras iniciativas da Internet. Em meio ao caos que domina o meio, aos ataques destrambelhados de esquerda e direita, à nova não-etiqueta – de um pessoal capaz de cometer, pela Internet, grosserias que jamais cometeriam presencialmente – começam a se moldar as referências, um pequeno arquipélago de blogs e sites independentes, capazes de fazer o contraponto.

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É uma construção algo complexa, devido à diluição das vozes.

No velho modelo de jornal, um percentual maior de leitores lê Esportes, talvez os cadernos culturais e o Cidade – o caderno inicial com reportagens locais e, especialmente, policiais. Um contingente menor lê economia, política nacional e política internacional.

Só que essa leitura, menor porém mais qualificada, acabava disfarçada pelo modelo da velha mídia, no qual todos compravam o jornal inteiro para ler apenas partes dele.

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No velho modelo, havia inicialmente uma divisão nítida entre os chamados tablóides (os jornais sensacionalistas), a imprensa de opinião e o jornalismo regional.

Embora de menor alcance, a imprensa escrita de opinião acabava pautando toda a cadeia da mídia, a imprensa regional, o jornalismo radiofônico e televisivo.

A partir de meados dos anos 90, a busca incessante de audiência acabou rompendo muitas barreiras que separavam o jornalismo de opinião do sensacionalismo barato dos tabloides. Mesmo assim, mantiveram os chamados artigos e colunistas de fundo, ajudando a disciplinar os conceitos junto ao público remanescente de formadores de opinião, que continuaram seguindo os jornais.

Com isso, o discurso político permaneceu bastante restritivo, externando a opinião de grupos restritos, em geral do eixo Rio-São Paulo.

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A Internet surge para romper esse bloqueio. Ainda é uma realidade caótica, mas já dividida em camadas hierárquicas – do público menos intelectualizado, que se move por slogans, aos formadores de opinião, que se articulam em torno de conceitos.

São esses blogs e sites que ajudarão no trabalho civilizatório da rede, de disciplinar os ímpetos ativistas dos militantes, organizando o debate em torno de conceitos.

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A Carta Maior cumpre essa função. No outro lado do espectro político, o site  do Instituto Millenium tenta articular ideias e conceitos mais à direita. A maioria absoluta de seus colaboradores se criou à sombra do jornalismo tradicional.

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Gradativamente, surgem outros pontos de referência, que se articulam com os blogs de combate (aqueles que buscam fazer barulho em torno de cada assunto, por mais insignificante que seja), destes com seus seguidores, se espraiando pelo Facebook e pelo Twitter.

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Está-se na infância das redes sociais e existe muita balbúrdia. Mas é essa balbúrdia que permite ampliar a democracia.

Luis Nassif

18 Comentários

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  1. Novas mídias, mas velhos conceitos!

    Novamente o tio Nassif (ops, olha a ironia, tio não, Senhor Nassif), então vamos: Novamente, o Senhor Nassif traz concepções que buscam “inovar” na percepção daquilo que considera “novo”, mas só replica antigas premissas sob figurinos reciclados, vamos lá:

    a) a tentativa de esquematizar a fórmula de leitura e compreensão das ferramentas de comunicação(ontem, jornais, hoje a internet e suas diversas plataformas) obedece a mesmíssima lógica (ideológica) daqueles que imaginam poder classificar as interações das pessoas com as mídias a partir de suas referências: menos intelectualizados leem isto, mais intelectualizado leem aquilo.

    b) embora há de reconhecer a existência desta tendência (sempre uma imposição de quem produz o conteúdo, e quase nunca uma escolha de quem o consome, por isto temos tão poucas ou nenhuma livraria ou blblioteca nas periferias, pelo julgamento prévio de que determinado público não é merecedor desta ou daquela manifestação mais “culta”), o fato é que reproduzí-la busca afirmar um corte de classe para a disseminação de ideias, delimitando desde o início quem pode, ou quem não pode estar apto a participar deste ou daquele debate.

    c) é assim que transforma-se, mesmo que involuntariamente, democracia em atomização, que não é a mesma coisa.

    Engraçada também é a reivindicação da etiqueta e da não-etiqueta, como só em determinados casos uma ou outra se manifestasse…

    Não é verdade…ainda que usando talheres, os canibais “intelectualizados” ainda comem gente…

    Divertido o conceito de “disciplinar o ímpeto ativista”, como se isto fosse, per si, um obstáculo a construção de conhecimento, difusão de ideias, ou democratização…rsrs (ops, desculpe o riso).

    É mais ou menos como imaginar uma cena de algum filme (que titia já viu), onde os judeus são massacrados nos campos de extermínio ao som de Wagner, ou Bethoveen, não me recordo…Coppola fez o mesmo com a Cavalgada das Valquírias e o ataque da Cavalaria Aérea em uma praia vietnamita (Apocalipse Now).

    Ou seja: nada pode ser incivilizado sob tamanha beleza da criação…Mais ou menos como se imaginam os não-ativistas, ou blogs “sérios”…

    Tenham santa paciência…

  2. Caro Nassif
    Ignacio Ramonet

    Caro Nassif

    Ignacio Ramonet não fundou o “Le Monde Diplomatique”. O jornal  mensal foi criado em 1954 por Hubert Beuve-Méry, o grande intelectual da esquerda católica e, na minha opinião, o maior jornalista europeu do século 20,  que criou o Le Monde como um jornal diario que pertencia a seus proprios jornalistas, em 1944, a pedido de De Gaulle.  O Diplomatique permaneceu um jornal mensal pouco expressivo, até que o grande jornalista do diário Le Monde, Claude Julien assumiu a direção em 1973. Ex-resistente anti-nazista,  Claude Julien deu uma virada no Diplo, tornando-o um órgão  que passou a apoiar as lutas anti-autoritárias e anti-colonialistas no mundo. A oposição brasileira à ditadura sempre teve a simpatia ativa de Claude Julien. Foi nesta época que o jornal aumentou sua difusão e tornou-se leitura obrigatória da juventude pós-meia oito européia. Nesta época, Ramonet também entrou no Diplo para ser crítico de cinema do jornal e aprendeu com Claude Julien tudo o que sabe até hoje.

    Luiz Felipe de Alencastro

    a.k.a. Julia Juruna ex-colaborador do Le Monde Diplomatique

  3. “A Internet surge para romper

    “A Internet surge para romper esse bloqueio. Ainda é uma realidade caótica,”

    E assim continuará por muito tempo.

    Para se entender os acontecimentos no Brasil e no mundo, nada melhor do que dar uma passada na filosofia que se distancia do usual, do dito correto, da nossa sociedade, e por isso mesmo, denominada brilhantemente de “sociedade de pensamento único”

    Diz Hermes Trismegisto:

    Lei da Correspondência: “Aquilo que está em cima é como aquilo que está embaixo”Lei da Vibração: “Nada está parado, tudo se move, tudo vibra”.Lei da Polaridade: “Tudo é duplo, tudo tem dois polos, tudo tem o seu oposto. O igual e o desigual são a mesma coisa. Os extremos se tocam. Todas as verdades são meias-verdades. Todos os paradoxos podem ser reconciliados”Lei do Ritmo: “Tudo tem fluxo e refluxo, tudo tem suas marés, tudo sobe e desce, o ritmo é a compensação”.Lei do Gênero: “O Gênero está em tudo: tudo tem seus princípios Masculino e Feminino, o gênero manifesta-se em todos os planos da criação”.Lei de Causa e Efeito: “Toda causa tem seu efeito, todo o efeito tem sua causa, existem muitos planos de causalidade mas nenhum escapa à Lei”.

    Acadêmicos, sacudam a poeira e percebam o que é o mundo e que a internet apenas reflete o que ele é na atualidade.

    Sobre isso, outro brilhante pensador que analisa o mundo pós-moderno, Zygmunt Bauman, o define como “um mundo líquido” e portanto difuso.

    A internet segue esta linha que caracteriza o mundo como difuso e efêmero, portanto individualista, passageiro, e mutante.

    É esse aparente caos (difuso e efêmero), facilmente observado nas relações diárias, que, paradoxalmente, manterá a sociedade em seu sonho por mudanças.

    Esse caos é que leva leitores a concordarem ao mesmo tempo com o que está escrito na Carta Capital e no Instituto Millenium, a depender da “inspiração” do momento.

    A ansiedade da sociedade de consumo que se caracteriza exatamente por tornar qualquer produto efêmero para criar a dependência por produtos ou conceitos novos a cada respiração, leva os leitores a procurar muito mais “slogans” do que a busca por conhecimento.

    O “slogan” de logo estabelece a ligação rápida e prática entre o que busca o internauta para “confirmar” a sua opinião, enquanto a busca de conceitos e fundamentos se torna muito mais enfadonho.

    Os BBB não fazem sucesso apenas nas TVs, aqui pela internet é comum o sucesso de post que favoreçam o julgamento, o linchamento ou o aplauso, a depender daquilo que lhe, simplesmente, agrade ou desagrade.

  4. Tá certo que na internet rola

    Tá certo que na internet rola muita baixaria, mas essa baixaria não supera a baixaria que rola, às vezes disfarçadamente, às vezes explicitamente, na imprensa tradicional. E a baixaria que circula na internet é fruto da má influência exercida sobre os leitores ou espectadores pela imprensa tradicional, que dissemina mentiras, falsos conceitos e  preconceitos e ódio entre os diversos segmentos sociais. A maioria dos jornalistas formados pelas escolinhas do professor Raimundo ou não tem uma boa formação ou não tem formação nenuma.

  5. Um pouco mais de filosofia

    Um pouco mais de filosofia para se entender as mudanças do tempo.

    De Nassif:

    “A Internet surge para romper esse bloqueio. Ainda é uma realidade caótica, mas já dividida em camadas hierárquicas – do público menos intelectualizado, que se move por slogans, aos formadores de opinião, que se articulam em torno de conceitos”

    Faço a seguinte releitura;

    A internet surge para romper o bloqueio do mundo intelectualizado e o acesso restrito que lhes era garantido pelo sistema para o diferenciar da massa, criar a falsa sensação de superioridade e saber…..

    Ou como diz Arthur Schopenhauer:

    “Os eruditos são aqueles que leram nos livros; mas os pensadores, os gênios, os iluminadores do mundo e os promotores do gênero humano são aqueles que leram diretamente no livro do mundo.”

    Esse pensamento de Schopenhauer parece explicar com perfeição a diferença entre os leitores da grande mídia e o povão em geral, e mais especificamente a diferença entre as ações de Lula e FHC.

  6. é o mercado, mermão… é tudo mercado!

    “A insegurança cultural gera um equivalente linguístico. O mesmo vale para avanços tecnológicos. No mundo do Facebook, MySpace e Twitter (para não mencionar as mensagens), a alusão incisiva tomou o lugar da explicação. A internet parecia uma oportunidade para comunicação irrestrita, mas a vocação comercial crescente da rede – “eu sou o que eu compro” – embute um empobrecimento do meio. Meus filhos comentam sobre sua geração que a comunicação simplificada usada em seus equipamentos já começou a se infiltrar na própria comunicação: “As pessoas falam como mandam mensagens.”

    Eis um motivo para preocupação. Quando as palavras perdem sua integridade, o mesmo ocorre com as ideias que elas expressam. Se privilegiamos a expressão pessoal em detrimento das convenções aceitas, então estamos privatizando a linguagem, do mesmo jeito que privatizamos tantas outras coisas. “Quando eu uso uma palavra”, Humpty Dumpty disse, em tom de desprezo, “ela significa exatamente o que eu escolho que significa – nem mais, nem menos.” Alice disse: “O problema é se você pode fazer com que as palavras tenham tantos significados.” Alice estava certa: o resultado é a anarquia.

    Em “Politics and the English Language”, Orwell censura seus contemporâneos por usarem uma linguagem que mais mistifica do que informa. Dirigiu sua crítica à má-fé: as pessoas escrevem mal por tentarem dizer algo que não está claro, ou falseiam de propósito. A prosa de má qualidade de hoje revela insegurança intelectual: falamos e escrevemos mal porque não sentimos confiança no que pensamos e relutamos em fazer afirmações taxativas (“É só a minha opinião…”). Em vez de viver submetidos ao princípio da “novilíngua”, corremos o risco de chegar à “deslíngua”.

    Tenho hoje mais consciência dessas questões do que em qualquer momento do passado. Como sofro de um transtorno neurológico, estou perdendo rapidamente o controle sobre as palavras no momento em que minha relação com o mundo reduziu-se a elas somente (Em 2008, Judt foi diagnosticado com esclerose lateral amiotrófica, também conhecida como doença de Lou Gehrig). As palavras ainda se formam com impecável disciplina e ampla abrangência no silêncio dos meus pensamentos – a vista de dentro é tão rica quanto antes – , mas não consigo mais pronunciá-las com facilidade. Sons de vogais e consoantes sibilantes atrapalham-se na boca, disformes e incoerentes até para meu colaborador mais próximo. O músculo vocal, durante sessenta anos meu alter ego confiável, está falhando. Comunicação, desempenho, afirmação: agora são minhas características mais fracas. Traduzir o ser em pensamento, o pensamento em palavras e as palavras em comunicação logo estará além do meu alcance, e ficarei confinado à paisagem retórica de minhas reflexões interiores.

    Embora as pessoas forçadas ao silêncio contem agora com mais compreensão de minha parte, permaneço avesso à linguagem truncada. Incapaz de exercitar a linguagem, valorizo mais do que nunca a comunicação, algo vital à república: não somente como meio pelo qual vivemos juntos, mas como parte do próprio sentido da vida em comum. A riqueza de vocabulário na qual fui criado constituía um espaço público em si, e hoje fazem muita falta os espaços públicos adequadamente preservados. Se as palavras entrarem em decadência, o que as substituirá? Elas são tudo o que temos.”

    O Chalé da Memória, de Tony Judt. Trad. Celso Nogueira. Editora Objetiva, 2012.

  7. 1 [ de um pessoal capaz de

    1 [ de um pessoal capaz de cometer, pela Internet, grosserias que jamais cometeriam presencialmente]  Há coisa que s doido cometaria perto o sufiiciente para levar um tapa

     

    2 [Em meio ao caos que domina o meio, aos ataques destrambelhados de esquerda e direita, à nova não-etiqueta ]  A esquerda tá usando tudo que pode das estatais, deixando até de pagar melhor os seus funcionários,  para paitrocianar gente que a chama de destrambellhada 

     

  8. A balbúrdia das redes sociais

    A balbúrdia das redes sociais são essencialmente conservadoras, de maioria tucana, de gente que não faz quase nada e tem muito no bolso. Para atingir um mínimo de reflexo da sociedade, será preciso 3 gerações, até que os veículos de informação recobrem sua confiabilidade (internet e mídia não são agentes de informação confiáveis).

  9. As pessoas, maravilhadas como

    As pessoas, maravilhadas como crianças diante de um brinquedo novo, olham para a internet como sendo a descoberta que ira salvar a humanidade.

    Não conseguem ver que ela nada mais é de que um correio mais moderno.

    E o que, verdadeiramente, interessa é a carta, não o carteiro.

    Aquele que le a Veja vai procurar na internet o blog do Reinaldo Azevedo.

    Os que não acreditam nas mentiras e manipulações da Folha ou da Globonews se dirigirão aos “blogs sujos”.

    Como todos os mais antigos instrumentos de comunicação social, a internet acabara controlada pelos poderes dominantes.

    Talvez isso ja esteja acontecendo, sem a nossa devida atenção.

    Ja é nitido o poder das “redes sociais” para desestabilizar governos inconvenientes a politica dos grandes poderes.

    O governador do Rio tinha 67% de aprovação popular pelo seu governo.

    No dia seguinte a “manifestação do face” caiu para 5%.

    O mesmo tem acontecido onde interessa enfraquecer ou derrubar governos pelo mundo afora.

    Repetindo o que disse ontem, num comentario sobre a biografia do Caetano, a internet é um instrumento perfeito para tranformar um cretino em alguem ainda mais cretino.

    Quem gosta da “literatura” do Paulo Coelho não se interessara pela obra de Shakespiere, mesmo que ela esteja de graça pelo mundo virtual.

    Quem gosta de “sertanejos” jamais escutara Erick Satie, mesmo de graça.

    Os que acreditam que a internet anda iluminando as mentes humanas deveriam ler os comentarios no post sobre Caetano Veloso.

    A maioria acha, com total convicção, que as pessoas não deveriam ter mais direito sobre as intimidades de suas vidas.

    Pensam ser justo que os seres humanos estejam expostos a qualquer curiosidade, sem direito a privacidade.

    Detesto esse Caetano Veloso, não conheço ninguem mais pobre de espirito no mundo artistico.

    Agora, é o seu direito, como de todos, preservar nossas vidas privadas.

    A moda na internet é defender a quebra de mais esse direito basico da civilidade.

    Alem, é claro, do absurdo de se achar absolutamente normal usufruir do trabalho dos artistas sem remunera-los por isso.

  10. No final todos querem a mesma

    No final todos querem a mesma coisa:  contruir império que imponha do que o povo deve e apenas deve saber, o que sempre rende fábulas dos poderosos, que nunca tiram dos seus bolsos, mas do povo 

  11. São esses blogs e sites que

    São esses blogs e sites que ajudarão no trabalho civilizatório da rede, de disciplinar os ímpetos ativistas dos militantes, organizando o debate em torno de conceitos.

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    A Carta Maior cumpre essa função. No outro lado do espectro político, o site  do Instituto Millenium tenta articular ideias e conceitos mais à direita. A maioria absoluta de seus colaboradores se criou à sombra do jornalismo tradicional.

    O problema é fazer os 2 “lados” conversarem de forma civilizada. Não resolve muito se cada um ficar no seu canto dando tiros de canhão para o outro lado, tentando afundar um navio da esquadra inimiga.

    Dependendo do caso, mesmo dentro de um dos 2 lados o debate construtivo é difícil pela falta de moderação, seja dos usuários, na hora de participar, como dos “donos” do espaço, que deixam a coisa correr solta sem estabelecer ou impor regras. Hoje em dia até o UFC (vale-tudo) tem regras do que pode o do que não pode entre os combatentes.

    O que eu vejo nos comentários, quando leio o site da Folha não é o que vejo, por exemplo, no site da Zero Hora do grupo RBS, que atual em RS-SC. Ou no Correio do Povo, do grupo Record. E não acho que a diferença resida numa superioridade política, moral, educacional (ou de qualquer outra espécie) do povo daqui do sul em relação aos paulistas e demais brasileiros. No fundo, somos tão brasileiros quanto os demais. 

    E é possível que haja outros exemplos positivos similares em outros estados brasileiros. Um caso de mudança recente, foi o “novato” Brasil247, que começou dias atrás um processo de “saneamento” para reduzir a quantidade de “detritos”.

    Talvez fosse o caso de propor um mutirão para os leitores do blog, para ajudar numa tentativa de mapear o comportamento dos comentaristas nos principais portais nacionais e regionais do país.

  12. Meu ponto de vista

    A mídia que irá mudar o planeta ainda não surgiu.

    A discussão hoje , nos blogs e nos blogs dos jornais, nada mais é do que o aperfeiçoamente dos boletin borders, das BBSs e listas de discussão por e-mail.

    Coisa da década de 1980, existe pois há mais de 35 anos, não é um fenômeno novo, já data de uma geração.

    A alta cultura, que realmente empolga e move o planeta continua restrita a uma elite, basta ver o processo do mensalão e o espanto da população quando descobriu a palavra infringente. O povo chafurda na ignorância e cada vez mais conhecimento é poder, vide o empenho da NSA.

    Estamos levantando o véu da ignorância, mas novas tecnologias apontam para significativas melhoras, existe esperança no fim do tunel.

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