A dura transição do consumo para os investimentos

São complexos os desafios do segundo governo Dilma Rousseff para a transição de uma economia baseada no consumo para o investimento.

Há o desafio de recuperar a confiança dos agentes econômicos. O maior fator de desconfiança é o estilo autocrático da presidente, de tomar medidas no impulso sem consultar ninguém e sem pesar as consequências. E há o desafio de organizar as contas públicas.

No primeiro governo, o voluntarismo de Dilma resultou no seguinte:

  1. No início de governo, um choque na demanda com as medidas prudenciais que derrubaram a economia sem derrubar a inflação.

  2. No meio do governo, o recuo da estratégia de derrubar a taxa Selic e as manobras contraditórias entre aumento da Selic numa ponta e flexibilização monetária na outra.

  3. Quando a economia desabou, medidas de estímulo fiscal, sem análise mais aprofundada das consequências sobre o orçamento público.

***

A maneira de Dilma recuperar a confiança dos agentes econômicos depende de alguns fatores centrais.

O mais relevante é a garantia de que acabou a era das decisões de impulso e do gerenciamento pessoal da economia pela presidente. Por tudo isso, a decisão intempestiva de aumentar a taxa Selic em 0,25 pontos não ajuda.

A alegação de fontes do Palácio é que teria sido uma sinalização para acalmar o mercado enquanto não se define o próximo nome para a Fazenda. Com a divulgação, ontem, do maior déficit público pós-Real, ficou claro que era um antídoto contra a péssima notícia, que provavelmente provocará o rebaixamento do risco Brasil pelas agências de rating.

***

E aí se entra no segundo desafio: a transição entre o modelo atual (baseado no consumo) para um novo fator dinâmico, baseado no investimento. Não se trata de um trabalho trivial, mecânico, de reduzir (ainda mais) o consumo para automaticamente brotar o investimento.

Consumo é condição necessária para o investimento. E se não é mais o fator dinâmico, que sustenta o crescimento, é a perna que ainda sustenta a economia. Se quebrá-la, a economia afunda e o desemprego aflora. E toda o cacife eleitoral de Dilma vai por água abaixo em pouco tempo.

***

O desafio é grandioso. Trata-se de escolher o timing correto para manter de pé a perna do consumo enquanto tenta-se deslanchar o investimento.

Certamente não serão o Ministro da Fazenda Guido Mantega, o Secretário do Tesouro Arno Agustin e o presidente do Banco Central Alexandre Tombini os condutores ideais dessa travessia. Conseguiram perpetrar a maior barbeiragem fiscal da história recente do país, ao provocar um déficit público recorde. Há meses voltou a praga do contingenciamento, desorganizando todo o sistema de despesas públicas.

***

Agora – para acalmar o mercado, aumenta-se a Selic, para recompor o “bom ambiente” econômico.

  1. Aumenta o custo fiscal da dívida.

  2. Encarece a Taxa Interna de Retorno de todos os projetos de investimento. Quem vai investir, agora, com essa Selic e a perspectiva de novos aumentos?

  3. Reforça a ideia do voluntarismo de Dilma Rousseff.

***

Mesmo que se considerasse inevitável o aumento da Selic, se deveria aguardar o próximo Ministro, a próxima equipe econômica, a elaboração de um plano factível a ser anunciado por um Ministro com um mínimo de capacidade de organizar as ideias centrais em torno de um discurso público.

Luis Nassif

76 Comentários

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  1. CONSUMO E INVESTIMENTO / BRASIL VS. BRAZIL

    Muito bom artigo. O Nassif coloca muito bem este assunto e, em verdade, reflete exatamente o ponto em que a economia real (relativa à produção) se encontra.

    CONSUMO

    A elevação da massa salarial (diversas ações, desde maior emprego, valorização real do salário mínimo, até o Bolsa Família) permitiu que vastos setores da sociedade entrassem ao mercado pelo lado do consumo. O carro chefe industrial, para atender esse consumo, foi liderado pela fabricação de carros.

    Esse modelo se esgotou – a meu ver – e, o consumidor de classe média deu o que tinha que dar. Já o consumidor de classe A nunca deixou de ir a Miami a fazer compras e até mesmo de adquirir imóvel por lá. Brasil caminhou tudo o possível no rumo da política do Governo, mas o Brazil rico continuou como sempre alienado, e hoje reivindica a volta incondicional para os EUA. Juntar Brasil + Brazil será uma enorme tarefa, se não queremos claudicar dos rumos escolhidos, tanto no lado econômico (MERCOSUL e BRICS) como social.

    INVESTIMENTO

    Seguindo a linha de raciocínio do Nassif, acho que o Brasil não aplica todas as ferramentas que dispões para a dinamização da economia nos setores estratégicos. Hoje apenas o BNDES parece ser o motor que impulsiona ou direciona as atividades privadas para os caminhos planejados. Os industriais “privados” não parecem muito dispostos a seguir estratégias de Governo, mas apenas as políticas ditadas desde fora, pelo mundo global.

    Por outro lado, o Governo, ao invés de implantar atividades permanentes de apoio em determinados setores (novas empresas estatais ou mistas), optou pela execução de grandes obras estruturantes (PAC), fazendo uma bela (e necessária) contribuição ao objetivo final, embora limitada, esperando que por aí se encaixe o setor privado, mas isso é insuficiente.

    Em suma, o PIG e os setores do atraso, demonizaram e ainda estão a demonizar qualquer presença estatal na economia, pois sabem que é exatamente por aí o caminho de saída para o desenvolvimento do Brasil. A campanha não é apenas contra a Petrobrás, mas contra qualquer intento de estímulo do governo à política industrial do Brasil. O “mercado” não vai resolver o nosso problema, mas apenas seguiremos sendo explorados.

    Numa cadeia produtiva rumo ao desenvolvimento de setores denominados estratégicos, existem atividades à montante e outras à jusante do módulo principal ou mola estratégica deste fluxo econômico. Por exemplo, se a implantação de transporte ferroviário no seu conjunto (carga, passageiros, trem bala, metrôs, etc.) e o estimulo ao transporte fluvial e marítimo fossem prioridade, identificaríamos então um módulo central na fabricação de aço.

    Assim, o governo poderia abrir um poder comprador de minério de ferro local, em três ou mais pontos estratégicos do território nacional (hoje comprado e mal pago por empresas maiores, que levam o minério para fora do Brasil), mediante a implantação de siderúrgicas, estatais, do tamanho certo para cada realidade, considerando trilhos de ferro, corpos moedores (para mineração) e outros produtos simples que viabilizariam a fabricação local. O BNDES estimularia empresários para o investimento em fábricas de locomotivas, vagões (do tipo “Santa Matilde”). Obras do PAC seriam implantadas ao redor de cada pólo siderúrgico criado, que utilizariam integralmente a produção da “Santa Matilde” e dos produtos derivados do aço.

    Além da vontade política sobre o assunto. O Governo ficaria exatamente posicionado na atividade que a especulação mundial de hoje impede que pequenas empresas possuam estabilidade adequada para crescer e se desenvolver, tanto à montante como à jusante da produção de aço e da indústria-mãe (tipo Santa Matilde) que daria vida a este pólo de desenvolvimento nacional

    Este foi apenas um exemplo de outros pólos possíveis de desenvolver, desde obras navais, aérea (que já temos um bom exemplo com EMBRAER), no Agro-Negócio, até atividades de alta tecnologia.

    CONCLUINDO

    Em resumo, deve-se identificar, ao longo da cadeia produtiva (de diversos setores), o ponto neurálgico que dividiria à montante e à jusante as atividades complementárias. Nesse ponto, o Governo deve abrir poder de compra, aplicar apoio do BNDES e, ainda, colocar obras do PAC dando vida a esse vetor, no momento do seu nascedouro. A presença do Governo naquele ponto estratégico da cadeia tiraria a vulnerabilidade das indústrias locais do “humor” do mercado global. O Governo deverá criar empresas públicas ou mistas, naqueles pontos neurálgicos, até que estes caminhem pelos seus próprios pés. Pouco ou nada podemos esperar do atual empresariado nacional, e uma nova cultura empresarial deverá ser criada, com líderes que enxerguem no Brasil o que outros apenas pensam no Brazil.

     

    1. Foi o governo federal, na

      Foi o governo federal, na pessoa de uma das suas Instituições. A Dilma é a presidenta. Logo, a decisão foi do que chamamos de Governo Dilma. Ou, pra simplificar, foi a Dilma que aumentou a Selic.

      1. Ja ouviu falar em

        Ja ouviu falar em “independencia” dos sabot, digo, do bc na sua vida inteira?

        Aquela paulistada sabotou o Brasil, ta?

        Mais uma vez.

  2. Cada vez que leia as críticas

    Cada vez que leia as críticas do Nassif á (indi)gestão econômica do governo Dilma, fico com a sensação de que foi um erro dar a ela uma segunda chance. Se em condições muito mais favoráveis ela só fez besteira, quem garante que ela, com a pressão máxima de não poder errar mais, vai conseguir um acerto espetacular? Nunca dependemos tanto de um Ministro da Fazenda competente. O único nome que não aceito é Beluzzo, o dedo podre.

    1. Presunçao da troll 2

      Vc nao aceita, é? Ah, entao a Dilma nao vai fazer, imagine, deixar de levar em conta o que diz a Jo Lima… Mais uma vez, seria a maior falta de senso de ridículo se viesse de um(a) comentarista real. Mas é só um(a) troll tentando desconstruir a figura de Dilma. 

  3. Industrialização X especulação. Desinvestimento

    Industrialização X especulação. Desinvestimento

    O imediatismo, o medo, a vulnerabilidade, e a aparência da sociedade líquida de Zygmunt Bauman.

    Nos debates sobre qual o modelo econômico que o próximo governo de Dilma irá abraçar tornou-se uma unanimidade de que a desindustrialização terá que ser atacada para que o Brasil volte a crescer. As dúvidas pairam sobre se os instrumentos para tal vão advir do neoliberalismo ou do desenvolvimentismo.

    A tentativa de alguns de apresentarem como novo a possibilidade de harmonizarem os princípios neoliberais e os desenvolvimentistas não se sustenta frente à história com os exemplos do malfadado governo de Tony Blair e a sua “terceira via” e as necessidades de reformulação dos princípios defendidos pelo programa de Marina Silva a todo o momento em que ela ou seus assessores de economia abriam a boca na apresentação de cada um dos pontos do seu projeto para a economia.

    O imediatismo, o medo, a vulnerabilidade, e a aparência da sociedade líquida abordada por Zygmunt Bauman não permitem que se faça um estudo concreto dos motivos da crise no Brasil e pelo mundo.

    Não se pode analisar com profundidade a desindustrialização de forma desconectada do modelo atual de financeirização da economia. A visão de economistas do mainstream promovidos a gurus pela mídia é a de substituir a visão a longo prazo, própria da indústria, pelo ganhar o máximo possível no mais curto espaço de tempo. Uma perfeita adaptação ao pensamento de Bauman em suas constatações sobre os dramas e incertezas da sociedade moderna.

    Nesse modelo atual os lucros buscados pelo capital entraram no circuito da especulação financeira, paradoxalmente seguro e altamente lucrativo. Os exemplos são onde na Europa e nos EUA com juros beirando ao negativo, ou mesmo negativo, o capital não migrou para a produção. Em países com o Brasil de juros altíssimos, mais certo ainda que o capital não irá para a produção.

    No Brasil a situação é ainda mais cruel pelas propagandas da mídia e de seus gurus econômicos que massificam a ideia de tirar os instrumentos de gestão do Estado para equilibrar as finanças públicas na tentativa de impor critérios que conduzem à recessão ou estagnação econômica, nas pressões sobre o aumento dos juros que leva à necessidade crescente de mais percentagem do PIB para pagar a dívida pública.

    A financismo bloqueia o desenvolvimento, toma o lugar do investimento produtivo, os capitais refugiam-se na especulação ou em paraísos fiscais. No período de FHC esse rentismo aniquilou a procura agregada, esmagou as micro, pequenas e médias empresas. No seu governo ficou demonstrado que quanto mais medidas de incentivos à “iniciativa privada” e privatizações houve, mais o investimento se reduziu e o endividamento cresceu.

    http://assisprocura.blogspot.com.br/2014/10/sem-mais-e-sem-menos.html

    1. Europa e EUA

      O PIB da União Europeia ainda não voltou ao patamar anterior à crise de 2008/2009. O consumo está retraído, vários países, sobretudo no sul, estão em depressão, com taxas de desemprego altíssimas. A ociosidade industrial é gigantesca. Nessas condições quem é o louco que investiria em ampliação de capacidade produtiva, mesmo com juros irrisórios?

      Já nos EUA a produção industrial está aumentando bastante, tanto no setor de gás e petróleo quanto em outras indústrias repatriadas da Asia, com elevado grau de automação. Lá as empresas estão aproveitando os juros baixos para investir em aumento de capacidade, com a vantagem da retomada da demanda.

      No Brasil uma taxa de juros no patamar atual dificulta sobremaneira o investimento: é muito mais fácil e menos arriscado aplicar em renda fixa com retorno garantido de 11% ao ano do que se lançar numa aventura arriscada de investir numa nova planta ou em ampliação de capacidade, ainda mais quando as regras do jogo mudam com frequência ao sabor da conjuntura.

      Da mesma forma que não se pode generalizar dizendo que todo político é corrupto ou todo beneficiário do bolsa familia é vagabundo, nem todos os empresários brasileiros pensam em Miami antes de pensar no Brasil. Eles querem ganhar dinheiro, é normal, e querem faze-lo nas melhores condições possíveis. Não são altruístas e não investirão se não tiverem expectativa de retorno maior do que aplicando no mercado financeiro. 

      Se o Brasil quiser resgatar a indústria, o governo precisa oferecer condições atrativas para os empresarios. Essa é a realidade, não adianta culpar os empresários ou criticá-los por isso. Ninguém pode obrigá-los a investir, e se eles não o fizerem, quem será?

       

  4. O novo ciclo de

    O novo ciclo de desenvolvimento precisa do Congresso Nacional

    Alguns setores da sociedade demonstraram preocupação que a indicação de um nome ligado ao mercado para ocupar o alto escalão pode fazer com que o governo dê uma guinada à direita.

    Nem sempre isso ocorre. Foi com Henrique Meirelles no Banco Central e Guido Mantega no Ministério da Fazenda que em 2008 o Brasil realizou a maior política anticíclica e contrária aos desejos do mercado em nossa história.

    O que Dilma prometeu durante a campanha foi o controle do déficit, inflação dentro da meta, manter o superávit fiscal com crescimento e sem austeridade, promover a desvalorização do real para aumentar a competitividade das nossas empresas, e manter a política redistributiva.

    Esse conjunto anunciado por Dilma é a base da sua política monetária, fiscal, cambial, e redistributiva.

    Os ministros do governo e mesmo o diretor do Banco Central não poderão fugir dessas diretrizes, e terão sob suas responsabilidades a realização dessa política governamental.

    Não há risco de retrocesso que ponha o fiscalismo prejudicando a estrutura produtiva interna. Hoje o Brasil conta com uma sólida reserva em dólar que protege o país contra ataques especulativos que obriguem o governo a seguir rigorosamente a cartilha neoliberal como ocorreu no primeiro governo Lula.

    O que Dilma defende é o chamado novo-desenvolvimentismo que oferece uma alternativa às políticas neoliberais e ao “velho desenvolvimentismo”. Para Dilma e os formuladores da política econômica do PT não é o rentismo e o mercado desregulamentado e nem intervenção estatal isolada dos agentes privados que devem prevalecer.

    O que se propõe é a complementaridade entre Estado e mercado que dê ênfase na competitividade internacional através da incorporação de progresso técnico, e a necessidade da equidade social para o desenvolvimento do país.

    Dilma e o PT seguem esse pensamento novo-desenvolvimentista. Para eles:

    – não há mercado forte sem Estado forte;

    – não haverá crescimento sustentado sem o fortalecimento do Estado e do mercado e sem implementação de políticas macroeconômicas adequadas;

    – mercado e Estados fortes somente serão construídos por um projeto nacional de desenvolvimento que compatibilize crescimento com equidade social;

    – e não é possível manter o combate a desigualdade sem crescimento econômico a taxas elevadas e continuadas.

    Para os que se preocupam com os avanços pedidos, com o aprimoramento da nossa democracia e a continuidade das bandeiras progressistas digo que o nosso maior problema não está nos comandos dos ministérios ou do BC e sim no nosso Congresso.

    É de lá que deverão (deveria?) sair as legislações que permitam tais avanços.

    Sem as reformas política, fiscal e tributária pouco se conseguirá criar condições de melhorias econômicas e de representatividade tão reclamadas.

    Reforma Fiscal e Tributária

    Para que o país volte a crescer dentro do desenvolvimentismo é necessário que o Congresso aprove uma legislação que aumente a receita remanejando a carga tributária com o objetivo de desonerar a produção e a contribuição da classe média e de impedir a cobrança de impostos em efeito cascata, para isso deverão ser aprovadas leis que onere a renda e patrimônio. Por outro lado é preciso que o Congresso transfira atribuições para estados e municípios para dar-lhes mais autonomia dentro de um novo pacto federativo e a consequente redistribuição orçamentária terá que ocorrer. Um vespeiro difícil de ser acalmado.

    Reforma Política

    A chamada mãe de todas as reformas visa basicamente criar condições que:

    – Melhorem a representatividade com a ampliação dos espaços deliberativos;

    – Objetivem o fortalecimento dos partidos políticos para possibilitar que os representados e os eleitores saibam dos seus pensamentos e das suas propostas para evitar que suas escolhas recaiam nos interesses individuais disfarçados de interesse público;

    – Barateiem as eleições e dificultem a formação do famigerado caixa dois de campanha.

    Pelo exposto, dependerá do Congresso Nacional a formulação de Leis urgentes e necessárias para que a nossa democracia avance e a economia volte a crescer.

    http://assisprocura.blogspot.com.br/2014/10/o-novo-ciclo-de-desenvolvimento-precisa.html

    1. O novo ciclo de

      O novo ciclo de desenvolvimento precisa do Congresso Nacional

      Agora lascou. O novo Congresso tem uma “cara” bem mais conservadora do que o anterior. Apesar de teoricamente o governo ainda contar com uma maioria simples nas duas Casas, ela se assenta em bases muitos mais frágeis, As bancadas mais fíeis, ou seja, da esquerda, minguaram(o posicionamento do PSB é ainda incerto).

      Para adentrarmos nesse novo ciclo (novo-desenvolmentismo) há que se retirar os entulhos do velho. Não depende de voluntarismos, mas de medidas que busquem ajustar os desequilibrios macroeconômicos surgidos em funçao do processo eleitoral. 

      Qualquer cenário para 2015 inclui graves e complexos problemas para o início do segundo mandato de Dilma. 

       

       

  5. Nassif
    Falta planejamento

    Nassif

    Falta planejamento estratégico para o desenvolvimento, não creio que o consumo irá mudar, pois a inserção social foi muito grande e se tornou irreversivel, e com uma das menores taxas de desemprego do mundo . Acho que só estamos olhando o desenvolvimento atraves das comódities minerais e agricolas mas não estamos por exemplo verificando a area super estratégica que é a saúde: cadê as nossas fabricas deste setor? Importamos quanse 80%, do que consumimos, é um absurdo; muitos remédios estão com patentes vencidas, porque não produzimos aqui…

    1. Mário

      “Muito se tem falado em um novo modelo econômico casado com as demandas sociais, explorando as necessidades do país em saúde, educação, saneamento etc.

      O modelo existe e está pronto para servir de modelo a outros setores. Trata-se do Programa de Desenvolvimento Produtivo (PDP) do Ministério da Saúde, a melhor e mais promissora política industrial moderna lançada no país.”

      Artigo completo:
      https://jornalggn.com.br/noticia/brasil-2015-a-politica-industrial-da-saude

      1. Mais artigos interessantes sobre o tema:

        No plano estratégico Nassif já indicou que Dilma está no caminho certo.

        Abordou no GGN sobre a industria Naval, a de medicamentos e a do pré-sal, e no Brasilianas.Org sobre a indústria de defesa, como indústrias mães, geradoras de várias outras, que criará a nossa nova indústria e a articulação produtiva

        Nos links:

        “Brasil 2015: a política industrial da saúde

        “Brasil 2015: os novos passos da indústria naval

        “A estratégia para a indústria de defesa nacional

        “Brasil 2015: o modelo Prominp de articulação produtiva

        “Brasil 2015: os novos passos da política industrial

        Brasil 2015: infraestrutura e o fim das gambiarras

        1. Prezado Assis
          Concordo que

          Prezado Assis

          Concordo que poderá vir em 2015, mas a pergunta é,  porque ainda não veio; são 12 anos de governo.

          Perdem-se janelas de oportunidades e gasta-se horrores por esta demora.

          Este foi o sentido de minha colocação.

          Da-se a impressão que os ministérios do Planejamento, Fazenda e Saude não se entendem ou não se conversam. 

          Abração

           

          1. Mário, como não veio?

            A extinção da miséria se constituiu no primeiro plano (rumos e metas) de desenvolvimento do governo do PT e se inicia com Lula.

            O segundo plano (rumos e metas)  de desenvolvimento do projeto do PT se dá na área da educação, e aqui já se podem observar as inúmeras inaugurações de escolas técnicas e novas Universidades, a melhoria da disponibilização de recursos federais para que municípios e estados invistam no setor educacional de suas responsabilidades. A vitória do governo na disputa pela destinação dos riquíssimos royalties do petróleo para a área da educação. A criação de um salário mínimo para os professores muito mais alto do que era pago anteriormente. Os vários planos de acesso às universidades, o financiamento público para alunos, as cotas, o Enem, são inúmeras medidas que irão permitir e facilitar o acesso de todos a esta carente e destruída área importantíssima para o desenvolvimento de qualquer país.

            O terceiro plano (rumos e metas)  de desenvolvimento se dá na área de diversificar a economia pelas diversas regiões do país.

            O quarto plano se dá na infraestrutura:

            1) Qualquer análise sistêmica observará que o desmonte da nossa infraestrutura se deu no meio do período militar e se manteve nos governos seguintes até a chegada do PT ao governo, e apenas para citar o verdadeiro “apagão” elétrico no governo FHC;

            2) É uma injustiça colocar nossos problemas no setor da infraestrutura no colo do atual governo quando há muito tempo não se via a melhoria deste setor, ao contrário houve um grande desmonte. São as inaugurações de várias hidrelétricas e outras matrizes energéticas, vários leilões vitoriosos para os portos, aeroportos e estradas, a retomada do importante meio ferroviário com as ferrovias Leste – Oeste, e a Norte – Sul com as suas várias “espinhas” (ramais perpendiculares).

            O quinto plano (rumos e metas) se dá no plano de se criar uma nova industrialização no país capaz de concorrer com industrias internacionais já solidificadas e de difícil concorrência. Neste sentido os governos Lula e Dilma fomentaram as indústrias  farmacêuticas, aeroespacial, naval, da defesa e a do pré-sal com a obrigatoriedade de componentes fabricados no Brasil e transferência de tecnologia para alavancar um novo processo na nossa indústria que foi destruída pela abertura de Collor sem a preocupação de se crias mecanismo de defesa das nossa indústria contra as “leviatãs” internacionais processo que teve continuidade com a desastrada privatização de FHC.

            Portanto, o “novo” está sendo feito e qualquer tentava de se buscar o outro “novo” sem que antes se consolide o que está sendo feito cairemos nos mesmos erros de governos anteriores que priorizando com sofismas o que estava à frente ( os princípios neoliberais), o que era o “novo”, permitiu que a educação, saúde, infraestrutura e as nossas indústrias fossem sucateados, provocando a imensa massa de desempregados, aumentando a miséria e pobreza.

    2. Estratégico, Mário Mendonça,

      Estratégico, Mário Mendonça, diz respeito ao longo prazo. O que necessitamos agora são  de ações táticas, sem prejuízo, é claro, das iniciativas visando o médio e longo prazo. Há demandas represadas e projeções preocupantes. As primeiras com relação, por exemplo, ao controle da inflação ao tempo em que se faz necessário o realinhamento dos ditos preços controlados; viés de alta na taxa de juros com a necessidade de crescimento do,produto; permanência, pelo menos nos patamares atuais do consumo em contrapartida a um nível quase insuperável do endividamento. 

      Quanto as projeções a dor de cabeça virá das demandas trabalhistas quer certamente incorporarão a inflação(alta) passada mais algum ganho real. Na área pública será muito mais gravoso haja vista contenciosos passados com relação a certas categorias, mas e principalmente, pelas consequências do aumento imposto pelo STF a seus ministros dado o consequentente efeito cascata para todo o Judiciário e o Legislativo. Um “senhor” rombo. 

      Induzir à inserção social é muito mais fácil que mantê-la. A chamada mobilidade social incorpora no seu processo não só ganhos políticos, mas também riscos altíssimos. Máxime a que vimos prosperar nesses últimos dez anos na qual a participação de recursos do Estado foi o vetor principal. Ou seja, com uma base economica-social muito frágil. 

      A manutenção dessa conquista dependerá além do fator econômico de políticas na área educacional, em especial a voltada para a profissionalização. 

  6. Efetivamente, o cenário atual

    Efetivamente, o cenário atual e as projeções não são nada auspiciosos. O quarto mandato petista vai iniciar num contexto não só de dificuldades econômicas, mas também políticas. E não há mais espaço para repartir culpas e responsabilidades dado que as referências passaram a ser auto referências. 

    Dilma está, estará naquela posição do equilibrista de circo cuja missão é rodar na ponta de uma haste vários pratos(variéveis econômicas) ao tempo em que  equilibra um no queijo(política). Só que com dificuldades ainda maiores que o artista circense: o giro um dos pratos são interdependentes; pior:  a força(ênfase) a ser dada para uma condição de equilibrio varia de acordo com a variável.  Esse negócio de ceteris paribus é só na teoria. 

    É inédita desde 2003 essa conjuntura na qual se somam entraves políticos, impasses econômicos e a área internacional se não totalmente desfavorável, mas nada equivalente aos bons tempos de outrora.

    Para ilustrar o nível de dificuldades, temos já postas à mesa a imposição  do STF para um aumento de vencimentos de seus ministros na casa de 22% que se efetivado irá se alastrar pelo efeito cascata para todo as demais instâncias do Judiciário e do Legislativo. 

    Vamos torcer para o sucesso no número da equilibrista Dilma. 

     

  7. A dura transicao do consumo para os investimentos

    Nassif,

    O seu comentario nao esta compativel com os seus artigos anteriores a reeleicao da presidente Dilma. Somente agora, pos-reeleicao, que as barbeiragens feitas na economia sao claramente divulgadas Gostaria de entender o porque.

     

      1. Pouso suave?

        Eu nunca entendi o discurso governista no início do primeiro mandato Dilma de que a economia estava “superaquecida” e que era necessário um “pouso suave” para conter a “volta da inflação”. Quem foi que botou essas sandices na cabeça do governo?

        O que se viu foi um pouso de barriga, senão a queda pura e simples da economia.

        O que faltou aos analistas para uma crítica bem mais contundente a essas idiotices primárias?

      2. Li, sim. Cosntatei que seus

        Li, sim. Cosntatei que seus comentarios eram sempre brandos e pouco alertavam sobre a gravidade dos fatos na politica economica. Espero que continue a escrever como neste ultimo artigo, ou seja, com riqueza de detalhes sobre os problemas que assolam nosso pais.

      3. Já quase te xinguei sob outro Nick q tu conhece

        Entende, agora, quando apelo na denominação de Irmandade que precisaria ler com atenção antes de criticar e antes de aplaudir ? (deve ser um saco pra ti aguentar os puxa-saquismos, assim como se chatear com alguns coices – meus, p.ex., dos mais recentes – com tanta coisa vc não deve se lembrar – um foi sobre seu simplista Post sobre provocadores e trolls, outro foi em pleno dia de votação já começar a lavar roupa suja e criticar erros do retilíneo concebido sem pecado PT ). Como fiz questão de psotar lá em cima, você muito antes já fazia críticas, pra não apavorar o rebanho, creio, e por ser época preeleitoral muito antecipada não podia, nem devia por pingos nos iiis. E faltam muitos pingos ainda.

  8. Nassif, nos últimos 12 meses

    Nassif, nos últimos 12 meses o governo pagou R$ 280 bilhões de juros da dívida pública. Com o aumento da Selic, os gastos com os juros vão aumentar, portanto, o déficit público não vai subir? O governo Dilma não piscou ao aumentar a Selic e se mostrou vulnerável e fraco para com os especuladores/rentistas? O governo Dilma passa a sensação de ser um governo amador, pouco profissional, que joga na retranca e não possui um time entrosado para marcar gols e ganhar o compeonato. Os EUA nos últimos 06 anos aumentaram em 80% suas exportações, mesmo com uma economia mundial fraca. Falta pragmatismo ao governo Dilma em colocar os interesses da Nação acima dos interesses dos especuladores. Falta Estadista no Brasil, infelizmente.

  9. Quem investir cara pálida?

    Fora micro, mini e pequeno empreendedor/empresário apenas o governo investe.

    Médios, grandes empresários e grupos econômicos o que fazem é pegar dinheiro do Estado (via emprestimo e sonegação) e aumentar patrimônio e “investir” no mercado financeiro.

    Fora disso é blablarinagem.

    Além de que as “perdas internacionais” que Brizola tanto combateu, ninguém fala nada, por que será?

    Quanto a esse modelo ter se esgotado?…

    Tá é longe. 

    O governo deve é perseverar na Diistribuição de Renda – cada vez mais – porque Distribuir Renda é Desenvolvimento.

    Acreditar que o empresariado brasileiro e mesmo estrangeiro tira uma tusta para isso, é acreditar em saci-pererê!

    Isso é o fato. O mais é pastel de vento.

     

  10. Nassif deveria admitir que

    Nassif deveria admitir que também fez previsões bem equivocadas acerca dos resultados de ações do governo na economia. Lembro-me bem que ele passou a maior parte do governo criticando apenas o estilo de discurso da Fazenda e afalta de clareza, e não as ações em si. Aliás, lembro-me bem que ele falou que bastaria que se agurdasse, pois o crescimento aceleraria novamente com as medidas anticíclicas tomadas por Guido Mantega e cia. Agora que o desastre é evidente, faz um texto falando do esgotamenteo do modelo econômico baseado em consumo das massas. Brilhante.

    1. Exatamente isso o que pensei quando também li o o artigo..

      Este blog e as opiniões de Luis Nassif são de um crédito e de uma respeitabilidade sem par.

      Acompanho seu trabalho (assim como vários amigos meus) há muitos e muitos anos e temos nele uma figura única, um profissional raro e, principalmente, depois do advento deste blog, e vom a agregação do jornal aqui, e do Brasilianas.org, tambem passou a ser brilhante e de uma importância absoluta.

      Agora, realmente, as vezes sinto falta de algum “mea culpa”, de algum balanço que contenha ambos os lados (um simples, “lista do que pensamos que eles estavam fazendo errado” versus “lista do que, depois, vimos que eles acertaram”), uma eventual mas constante, singela catárse imparcial das ações e previsões, de ambos os lados.. 

      Abraço a todos os colegas do blog..

      Adoro este lugar.

  11. Infraestrutura

    A situação chegou neste ponto porque desde Getulio os politicos vem criando leis demagogicas e oportunistas, para sairem bem na foto, e se manterem mamando nas tetas dos bens publico. Nasceu o politico profissional e a informalidade. Sindicatos fortalecem categorias de trabalhadores, quem não faz parte do corporativismo sindical fica desprotegido e relegado as inteperies economicas. Como não é possivel favorecer todos os trabalhadores brasileiros com estas leis demagogicas a informalidade não acaba.

    Politicos oportunistas criam leis demagogicas sem se preocupar quem paga a conta e deu no que deu. Afora as manobras dos políticos oportunistas que historicamente, criam leis demagógicas aumentando salários sem a contrapartida na produção

    As grandes empresas se safaram com a terceirização, as coitadas das medias e pequenas empresa ficaram a merce do tubarão encarnada pela CLT, verdadeira excrecencia juridica, que faz com que qualquer sujeito mal intencionado entre na justiça do trabalho, contratando um advogado de fundo de quintal para extorquir os pobres empresarios das pequenas e médias empresas, nasceu ai a extorsão oficial, verdadeira instituição de achaque.

    A fatia mais expressiva do PIB sofre com a falta de interlocutores que defendam e imponham uma agenda favorável. O setor de serviços, a força produtiva representada pelas pequenas e medias empresas que representa mais da metade do PIB continua relegada a intempérie do abandono e sob o jugo predatório das grandes empresas do monopólio e da prioridade que se da ao setor financeiro.

    Sobra aos terceirizados, a responsabilidade de se defenderem, se quiserem sobreviver é uma insensatez que a partir de agora, quando os modelos de crescimento adotados dão sinais de esgotamento, que não se volte para este mercado, incentivando-o e protegendo-o.

    Tanto o entulho a ser retirado que realmente desanima.

  12. A Dilma precisa de uma Dilma e de um Lula.

    A Dilma precisa de uma Dilma e de um Lula. Ela precisa de alguém como ela para organizar a casa e coordenar os ministérios e precisa de um animador da galera. O ministro da casa civil deveria ser o Mercadante, parece ter capacidade para isso. Já o Lula do governo Dilma, não sei quem poderia ser. Talvez o próprio Lula, não sei se é possível. A presidente não pode tratar todos os assuntos pessoalmente, vai ter que se arriscar. Ela fica brava, porque tem que lidar com tudo, ela se sobrecarrega e se descuida do governo. Ta na hora do pessoal se erguer e ajudar a presidenta. O PT tem muitos intelectuais capazes de darem esses conselhos e fazerem a diferença e tem muita gente com moral para falar com a Dilma. Espero que o façam, esse governo do PT, será determinante, para um próximo ciclo petista no poder ou para balizar uma oposição futura, a munição petista das últimas eleições acabaram  não funcionaram em 2018. É preciso pensar os próximos 10 anos do petismo. Ele vai acabar? Ou vai continuar sendo relevante para o país?

  13. Escancarou-se o conto do

    Escancarou-se o conto do vigário que foi a reeleição de Dilma. Contas deficitárias ciosamente escondidas, para serem reveladas só após a eleição. O Brasil já vinha crescendo pouco, sem sinais de melhora, mas sempre havia uma justificativa na ponta da língua da presidente e do ministro Mantega: crescíamos mais que a Europa e Estados Unidos, tínhamos pleno emprego. Quando se queria comparar a outros emergentes, a desculpa era… bem, sempre havia uma. Agora só falta perder o grau de investimento, importantíssimo para o país conseguir capital externo. Esse grau de investimento, que foi celebrado, com razão, pelo ex-presidente na época, agora vai ser desdenhado, como “coisa de neoliberais”, provavelmente. O país é um navio à deriva, nas mãos de capitão e tripulantes incompetentes.

    1. Sem dúvida. Quem está bem

      Sem dúvida. Quem está bem governado é o Estado de S. Paulo, nas mãos do PSDB há 20 anos. Ganha um caminhão pipa cheio de água potável quem quiser o mesmo destino para o Brasil!!!!

      1. Se São Paulo é bem governado

        Se São Paulo é bem governado ou não, não vem ao caso. O que estou falando é das mentiras de campanha de nossa Presidente. E do péssimo governo, voluntarista e afugentador de investidores. Caimos no conto do vigário, que muitos ajudaram a propalar, inclusive o nosso blogueiro Nassif, que manifestou seu apoio à reeleição da Presidente.

        Mas, se quer falar de SP, não vai bem porque a indústria não está bem. Sugiro ler o post com a entrevista de Delfim Netto, para entender o motivo.

  14. Ah, os economistas…

    O problema é que você não consegue encontrar dois economistas que proponham o mesmo elenco de medidas para recolocar o Brasil nos trilhos. A menos, é claro, que sejam da turma do Armínio – esses pelo menos dizem todos a mesma coisa: aplicar o tal “tripé macroeconômico”.

    Não votei na Dilma esperando que ela achasse o Santo Graal de uma política econômica desenvolvimentista inclusiva. Votei nela esperando que ela enfie um conjunto de medidas ortodoxas um pouco mais suaves que as do Armínio e não entregue o pré-sal às petroleiras gringas. Dos males, o menor.

    Em que país do mundo teríamos, hoje, uma política econômica vitoriosa de matiz desenvolvimentista inclusivo, capaz de nos servir de inspiração??? O neoliberê é feito os zumbis dos filmes trash: quanto mais destrói, mais se propaga.

    Agora, seu Nassif, por que você não promove aqui no Blog – ou no Brasilianas –  um ciclo de debates com economistas heterodoxos, pra ver se sai pelo menos algum consenso entre eles?

    Você também pode escalar sua própria seleção de medidas econômicas. Fique à vontade, o Blog é seu! (rs)

    E nós todos aqui podemos fazer uma campanha: Nassif pra ministro da Fazenda!!!!

  15. Análise Econômica BNDES(pdf)


    Biblioteca digital do BNDES

    A atuação do BNDES compromete a eficácia da Política Monetária?
    Segundo a literatura moderna (Novo Keynesiana) que embasa a atuação dos principais bancos centrais do mundo, o objetivo das ações de política monetária pode ser resumido, sem que isso acarrete grande perda pela generalização, como sendo de estabilização dos ciclos econômicos, evitando que distorções no nível de preços no curto prazo comprometam a trajetória de crescimento de longo prazo.
    Para tanto, utilizam-se os instrumentos de política monetária, cujos efeitos sobre o nível de atividade e preços se manifestam basicamente por quatro canais(1) : Expectativas, Condições de oferta de crédito, Preços de Ativos e Taxa de câmbio. Por esses quatro “caminhos” diferentes, espera-se que um aumento dos juros ou uma equivalente contração na evolução dos meios de pagamentos (quer por medidas macroprudenciais, quer por um mero aumento do compulsório bancário) afete a trajetória do nível de preços gerais da economia.

    Em relação aos impactos da política monetária sobre os investimentos, podemos considerar, sobretudo, os três últimos canais. Vale ressaltar que o canal do câmbio, no curto prazo, pode gerar efeitos ambíguos sobre estes.
    a) Condições de Crédito: Uma elevação na taxa de juros básica ou na disponibilidade de liquidez, implica, geralmente em deslocamentos de diversos vértices da curva de juros, elevando o custo do investimento e tornando desejável o adiamento ou cancelamento de projetos. Ao mesmo passo, a restrição de liquidez causada por uma política monetária contracionista está associada a uma redução na disposição dos bancos e investidores para a concessão de novos financiamentos.Potencialmente, haverá uma ampliação das restrições financeiras ao investimento para um grupo maior de empresas.
    b) Preços de ativos: A melhor forma de considerar o canal preços de ativos sobre o investimento é a partir da definição de Tobim. Basicamente, trata-se de um quociente, cujo numerador é o preço de mercado dos bens investidos e o denominador o custo associado a esses investimentos. Uma elevação de juros, implica em uma maior taxa de desconto dos fluxos de rendimento futuros e, portanto, faz declinar o valor de mercado dos ativos de produção. Considerando seus custos relativamente rígidos no curto prazo, a queda no preço de ativos implica em uma redução do quociente, que por sua vez indica a atratividade do investimento. Para um conjunto maior de projetos, que passaria a apresentar quociente abaixo de 1, o investimento simplesmente deixaria de fazer sentido.
    Outro ponto importante é a queda do valor presente dos ativos da empresa e seu impacto sobre a avaliação de risco dela. Ao reduzir o valor presente desses ativos, a empresa torna-se mais alavancada e com condições menos favoráveis para novos endividamentos.
    c) Taxa de Câmbio: Podemos afirmar que um aumento da taxa de juros doméstica no presente levaria, via paridade de juros e considerando os prêmios de riscos estáveis, a um esperado ajuste no diferencial entre o câmbio futuro e o câmbio presente, geralmente implicando em alguma valorização implícita do câmbio spot(2) . Os efeitos da apreciação da moeda doméstica são bastante ambíguos: Sepor um lado, uma moeda mais forte reduz o custo dos investimentos em bens de capital importados (efeito expansivo sobre o investimento, apesar de se tratar de uma política monetária contracionista), por outro lado, essa apreciação pode comprometer a rentabilidade dos investimentos nos segmentos mais voltados para a exportação, agindo de forma contracionista.

    O efeito líquido de curto prazo da valorização do câmbio, no Brasil, parece ser dominado pela redução do custo do investimento. Os setores que exportam mais de 10% da produção, são responsáveis por somente 16,4% do investimento não-residencial no país.

    Outro ponto a ser considerado quanto ao impacto das alterações cambiais sobre o investimento, refere-se ao efeito overshooting(3). Alterações na política monetária geralmente são acompanhadas de movimentos acentuados no câmbio que tendem a ser minorados ao longo do tempo. Considerando que os agentes já antecipem esse comportamento da variável, é razoável pensar que alguns investimentos sejam deslocados no tempo, aguardando a convergência da taxa de câmbio para o seu novo valor de equilíbrio.

    Políticas contracionistas, preços e atuação do BNDES.
    A exceção do efeito possivelmente ambíguo do câmbio, espera-se que um aumento da taxa de juros se manifeste sobre os investimentos, reduzindo-os e, por conseguinte, contraindo a demanda agregada. Se, por um lado as restrições monetárias impostas por uma política
    contracionista têm em vista a desaceleração da demanda, por outro, atuações expansivas ou a manutenção do crédito para o financiamento do investimento podem retirar parte da potência do ajuste monetário, ao tornar o investimento mais resiliente. Uma consequência natural disso seria a necessidade de taxas básicas de juros mais elevadas ou medidas contracionistas mais dramáticas para promover o mesmo grau de ajuste na trajetória de preços.

    Uma questão recorrente, colocada por economistas de diversos matizes se refere exatamente ao quanto a existência, ou a expansão, do crédito do BNDES ao investimento pode implicar em redução da potencia da política monetária e, como consequência, tornar necessário aumentos mais acentuados dos juros básicos por parte do Banco Central.

    Para endereçar essa questão é adequada tanto a qualificação quanto a quantificação do problema. Para isso, seguem observações que são importantes ter em mente quando se trata desta questão:
    a) A atuação do BNDES se dá exclusivamente sobre o investimento, mais especificamente sobre o investimento não-residencial e, sobretudo, sobre o financiamento de bens de capital. Portanto, seu impacto sobre a demanda é restrito e concentrado.
    Essa consideração é importante, pois qualquer expansão de crédito do BNDES tem como objeto uma parcela do investimento que representa 62,9% da formação bruta (FBKF total, ex-construção residencial e outros investimentos). Considerando que o investimento representa atualmente 17,7% da demanda agregada, o BNDES afetaria diretamente apenas 11,1% da demanda doméstica. Por outro lado, a política monetária afeta a demanda como um todo, sobretudo o consumo das famílias, com participação de 61,4% na absorção.

    b) A atuação do BNDES permite mitigar os efeitos da PM contracionista sobre o investimento, segregando seus efeitos mais intensos apenas sobre o consumo. Algo bastante desejável em qualquer economia e, especialmente, em economias em desenvolvimento.
    Em um país no qual a taxa de investimento é de 17,7% do PIB, e cujos anseios de desenvolvimento social e melhoria da renda tornam necessárias taxas de crescimento superiores às observadas recentemente, é, certamente, indesejável que movimentos cíclicos da economia afetem de forma significativa o nível de investimento. Uma redução de 5 p.p. do investimento em relação à sua trajetória, por exemplo, pode retirar 0,4 p.p. do PIB potencial, segundo estimativas a partir do modelo de PIB potencial da APE.

    c) O BNDES tem pouco impacto sobre o mecanismo de Taxa de Câmbio de transmissão sobre o investimento.
    O BNDES atua sobre o financiamento de bens de investimento, geralmente requerendo certo grau de nacionalização. Portanto, parte substancial dos bens de capital financiados pelo BNDES é produzida domesticamente. A parcela dos bens de capital com origem externa, que representa, aproximadamente, 40% do total, sofre o efeito do câmbio da mesma forma e, portanto, não é afetado de forma significativa pelo crédito do Banco.

    d) Elasticidade dos juros básicos em relação a variações nos desembolsos do BNDES é relativamente baixa quando estimada em modelo macroeconômico.
    A partir da aplicação do modelo macroeconômico utilizado pela APE, realizamos exercícios para quantificar o deslocamento dos juros básicos em função de alterações nos desembolsos do BNDES. Como resultado, temos que: um aumento de 10% nos desembolsos (em termos reais) do BNDES, em um ano, gera um deslocamento de meros 0,08 p.p. na taxa Selic em relação a sua trajetória. Portanto, se considerassemos que os desembolsos do BNDES estivessem 30% acima do “ideal” (R$ 195 bi previstos para 2014, frente a hipotéticos R$150 bi) teríamos que a Selic estaria 0,24 p.p. acima do seu valor esperado (com BNDES = R$ 150 bilhões). Em outras palavras, um corte de R$ 45 bilhões no orçamento, em um ano, ajudaria a flexibilização da política monetária levando a selic de atuais 11% para 10,76%, coeteris paribus. O efeito é, de fato, pouco significante.

    Assim sendo, em resposta à questão incialmente colocada, concluímos que a atuação do BNDES, como a de qualquer outro instrumento do setor público que possa influenciar uma parte da demanda, afeta de alguma forma a potência da política monetária. Contudo, considerando a concentração da sua atuação e as restrições que coloca em sua política operacional, bem como os efeitos calculados a partir de modelos macroeconômicos, é possível afirmar que esse impacto é bastante reduzido, podendo ser desprezível (menor que 0,1 p.p. sobre a Selic) nos casos em que variação dos desembolsos anuais em relação a sua tendência seja reduzida (menor do que 10%).

    notas:
    (1)A forma de enumerar e qualificar os canais de transmissão da PM varia bastante entre os autores e instituições. Em um dos papers mais tradicionais que tratam do assunto – Mishkin, F. “The Channels of Monetary Transmission: Lesson for Monetáry Policy” (1996) – Elenca 3 Canais básicos: Juros, Preços de Ativos e Crédito e dentro desses, diversos outros “subcanais”, como Taxa de câmbio, preços de ações, expectativas de preços e efeito sobre o balanço das empresas e famílias.
    (2)Ver “The Returns to Currency Speculation”, Sérgio Rebelo et. ali, NBER (2006).
    (3)Ver “Expectations and Exchange Rate Dynamics”, Rudiger Dornbusch (1976), Journal of Political Economy.

    URL:
    https://web.bndes.gov.br/bib/jspui/handle/1408/2577
    https://web.bndes.gov.br/bib/jspui/bitstream/1408/2577/1/Analise_Economica_012014.pdf
     

  16. Estimular a demanda, controlar a taxa de câmbio.

    Temos de estimular a demanda agregada, já que sem aumento da demanda não há investimento, nem aumento da arrecadação de impostos e taxas

    Para manter ou aumentar a demanda externa, será necessário controlar a taxa de câmbio evitando um nova apreciação  e ao mesmo tempo impedir um alta exagerada do dólar no Brasil.

    Iniciar 2015 com um dólar a R$ 2,50, e tentar  fechar 2015 ao redor de R$ 2,70, e 2016 com R$ 2,85.

    O controle da taxa de câmbio é fundamental para manter a inflação dentro da meta estipulada pelo CMN, o que torna necessário a redução dos juros da Selic para eliminar o diferencial de juros e evitar o capital especulativo, bem como acionar um programa de venda de dólar a vista,  combinado com a venda de swaps cambiais em caso de volatilidade no mercado de câmbio.

    Estimular o crescimento do crédito destinado ao consumo, liberando uma parte do compulsório e aumentando a participação dos bancos públicos, em um novo de processo de redução do spread bancário.

    A redução dos juros da Selic permitirá uma redução do superávit primário, na medida em que se consolidar o aumento do ritmo de crescimento do PIB, será necessário iniciar um processo de aumento gradual do superávit primário, para impedir exageros no crescimento da demanda interna.

  17. Interessante todos os

    Interessante todos os comentários. Todavia os problemas são sempre os mesmos. Gastar mais que se ganha ou se arrecada. E pior, pagar menos os que trabalham e produzem e privilegiar mais os que concentram as riquezas e as carreiam para fora do país porque estão “de mal” com o povo que escolheu o governante que não lhes agrada. E ainda estão falando em guerra contra o governo, que em outras palavras signfica que vão lutar para tirar o pão dos miseráveis, dos pobres e dos oprimidos. E depois da expoliação se apresentarão como os “salvadores”. É o ciclo do Brasil. Da miséria para a pobreza, e da pobreza para a miséria. E os mesmos ricos (sem quaisquer acréscimos) com os bolsos mais cheios. A esperança, é o Rei.

  18. Economia

    Os economistas falam , falam , tem um monte de idéia importada. Tudo que é aplicado aqui na economia vem de fora.

    Agora uma imprensa só chamando crise e mais crise desde o começo do ano, eis o reflexo na inflação. A derrota do PSDB vai custar muito caro e não sei se algum economista vai conseguir traabalhar com uma imprensa dessa unida com o PSDB, que promete uma crise em cada esquina. O que a imprensa me passa que com junto com o PSDB quer destruir o Brasil

  19. Bem, a eleição já se passou,

    Bem, a eleição já se passou, a estratégia dilmista de derrubar o projeto de lei de Aécio que incorporaria o BF à LOAS, tornando-o assim programa de Estado e não de um governo, complementada pela campanha eleitoral baseada na tétrica e criminosa campanha do medo (o PT é a única fiança do BF, Marina ou Aécio acabarão com ele) acabou dando certo, e em vez de ser derrotada por pelo menos 15% para Aécio, Dilma venceu-o com margem de 3%. Um golpe que rendeu 20% dos votos válidos.

    Agora, passado o perigo, Nassif faz essa confissão, histórica mesmo para sua biografoa errática, de que na verdade ele era aecista. Este pode ter sido o melhor artigo que ele postou no seu blog. No mínimo, foi o mais sincero. No início, na forma de uma tragédia grega em três atos, o post resume a incompetência e inevitável colapso do governo Dilma.

    Em seguida vem a infundada esperança de que o segundo mandato venha a ser menos torpe, de que o abominável caráter de Dilma tenha um conserto e que ela passe a governar cercada de pessoas com a competência e prestígio bastantes para dar um basta em seus impetos voluntaristas de estrela de rock.

    Haja paciência!

    1. Perfeito

      Muito correto seu comentário Daniel, outra coisa estranha é porque os leitores estão comentando sobre outros assuntos e não sobre o ótimo post do Nassif. Ainda estão na eleição, presos ao seu anti-americanismo terceiro mundista incurável e a teorias conspiratórias estúpidas, como se o mundo desse alguma importância ao Brasil (do PT). A pergunta que fica é: porque o Nassif Dilmista não fez essa ótima análise antes da eleição?

      1. ele fez, criticamente, mas não leram e o aplaudiram em massa

        Insisti pra galera ler e reler o manifesto “Porque Apóio Dilma”.Aplaudiram sem ler,tive forte impressão.Na sua 1.ª publicação (continuou no Blog p/crescente n.º de comentários,chegou a + de 300),este cidadão imediatamente fez curta grossa critica, ao menos no que entendi do texto.Vi mérito e demérito,vi coluna do meio,uma no cravo,outra na ferradura.Nâo me lembro se,na época,os nauseantes aplausos tenham esboçado crítica ao dono do Blog,algum senão. Engraçadinhos agora vêm acusar Nassif não ter se pronunciado criticamente antes. Aplaudo qdo leio e concordo, perco compostura e cheguei a ironizar o próprio + de 1 vez.

  20. Eu votei no Aécio e esperava

    Eu votei no Aécio e esperava que ele tivesse ganho porque acredito que ele era a melhor opção para o Brasil. Dilma ganhou, faz parte da democracia, paciência.

    Entretanto, confesso que senti um certo alívio com essa derrota. A situação econômica é ruim, e acho justo que a Dilma arque com as consequências da forma errada com que conduziu a economia no primeiro mandato. E agora não vai mais poder utilizar a retórica da “herança maldita”, a não ser que seja do próprio PT.

    Temos o maior déficit público desde o plano real. Já houve um aumento da taxa selic logo após a eleição, e temos os maiores juros no cheque especial nos últimos quinze anos. Energia está aumentando de forma absurda. E é possível que a gasolina também tenha um reajuste severo.

  21. No momento o consumo interno é a única alternativa

    Basicamente temos duas alternativas para acelerar o ritmo de crescimento do PIB, uma seria aumentar a demanda externa, o que é praticamente impossível já é lenta a recuperação da economias dos países desenvolvidos, principalmente na zona do euro, e uma choque na taxa de câmbio que poderia diminuir as importações e aumentar as exportações também está praticamente afastado, já que significaria mandar o sistema de metas de inflação para as cucuias.

    Outra, que no momento é a única,  seria aumentar a demanda interna, consumo dos governos e das famílias, que seria feito de duas formas, uma reduzindo o superávit primário, a outra com aumento da participação do crédito da economia dos atuais 57% para 70% do PIB nos próximos anos, por meio da liberação de parte dos compulsórios, redução do IOF,  redução dos juros da Selic, redução dos spread bancário e ampliação dos bancos públicos na participação do crédito destinado ao consumo das famílias.

    O controle da taxa de câmbio é chave tanto para controlar os preços internos, como para manter o atual nível das exportações, bem como a substituição de parte das importações pela produção nacional.
     

    1. Taxa de endividamento do Brasil é muito baixa

      Está na hora de andarmos com nossas próprias pernas, Mas sem apoio da Índia, Russia, China e África é mais difícil.

      O que nos une é gana contra os que manipularam a moeda de reserva mundial a favor de um único lado.

      A hora da vingança está chegando!

  22. Timing

    O preço do petróleo foi manipulado pelos traders da commodittie para sua mais baixa cotação, justamente para coincidir com a oportunidade de açambarcarem o pré-sal brasileiro com a eleição do Armínio.

    Deram com os burros n’água!

    Não elegeram o algoz do Brasil e também não vão conseguir segurar a manipulação do preço das commoditties, que para azar deles sofre uma pressão inolvidavel do clima madrasto.

    Foram pegos no contra-pé, tomaram a pancada de frente, não existe plano B para manobra mundial de tal envergadura.

    Finalmente existem condições para uma nova negociação mundial, onde um dinheiro que não possa ser sacaneado como o Dólar foi com a quebra do acordo de Bretton Woods de forma unilateral para os USA, o que deu uma vantagem para os financistas da City e de Wall Street descomunalmente odiosa, possam ser entabuladas no G20 com especial atenção aos pleitos dos BRICs.

    A soberba destes financistas, com a concentração de riquezas produzida pelo fim do acordo cobra o seu preço.

    O Brasil está posicionado de forma sólida e confortável para surfar a próxima onda de desenvolvimento, com os investimentos na área do petróleo saindo da fase de gastos e passando para a amortização dos mesmos, bem como, na área dos traders agrícolas, onde a produtividade de nosso agronegócio, com o fim da estiagem irá disparar e conquistar mercados e aliados.

    Meses nos separam desta nova fase de euforia, que chegará inovidavelmente, uma vez que as ações para barrar a insidiosa ação dos que querem surrupiar nossas riquezas já foram tomadas.

    A eles sobram o choro dos perdedores.

    Chora nenê rsrsrsrsrs,,,,,

    1. Ilusão

      Weber, você realmente acredita que o Brasil é tão importante na geopolítica mundial que o preço do petróleo caiu no mundo inteiro só para favorecer a eleição do Aécio? 

      A briga é bem maior, e o petróleo deve continuar caindo, independente do resultado das eleições daqui.

      1. O Brasil é a única variável significativa

        O resto é resto mesmo.

        Ou não têm riquezas em quantidade suficientes para fazerem diferença ou não são manipuláveis.

        Nesta o Brasil está sozinho, mas os BRICs e o seus arranjos tentando quebrar a hegemonia do Dólar são a diferença.

        Por isto vencer no Brasil e submetê-lo era tão importante e a derrota tão dolorosa.

        Onde mais no planeta se encontram em um só país tantas riquezas disponíveis para serem apropriadas?

        Não digo que se tivessem levado o Brasil teriam ganho o jogo, mas um folego extra com certeza.

        Agora já eram.!

    2. Timing – Alexandre Weber – 021114

      Esse cara é um gênio falou toda besteira que há na cabeça dele… vou contratá-lo para ser o administrador dos meus cavalos doentes… quanto besteirol… e o pior que dão espaço para um cavalo manco como esse desfilar pelos caminhos… tenho que ler para saber o quanto se fala besteirol no brasil dos petralhas…

  23. Redução do spread

    BB reduz taxas de linha de financiamento de veículos para empresas
    Banco do Brasil-Sustentabilidade—11/09/14
    Empresário pode adquirir automóveis e veículos novos com taxa a partir de 0,97% ao mês

    O Banco do Brasil reduziu nesta quarta-feira (10) as taxas de juros da sua linha de financiamento às empresas para aquisição de automóveis e veículos comerciais leves novos (zero km) ou com o ano de modelo igual ao ano em curso. A taxa mínima passou 1,37% ao mês para 0,97% ao mês.
    A solução de crédito do BB permite financiar caminhonetes ou camionetas, veículos de passeio, utilitários, motocicletas, motonetas, triciclos e quadriciclos. Podem contratar o produto as empresas com faturamento bruto anual de até R$ 90 milhões. O prazo de pagamento é de até 60 meses, contando com carência de até três meses para quitar a primeira parcela.
    Pode ser financiado até 100% do valor do veículo, incluindo o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). O empresário também pode financiar a CCG (comissão de concessão de garantia) do Fundo de Garantia de Operações (FGO), caso opte por vincular o fundo ao seu contrato. A condição especial de taxas é válida até 31 de outubro.

    Crédito pré-aprovado
    A agilidade na contratação do crédito é uma necessidade para os empresários que precisam tomar recursos de forma rápida para fechar um negócio ou não perder uma ótima oportunidade para sua empresa. Para atender essa demanda, o Banco do Brasil oferece linha financiamento de investimentos com crédito pré-aprovado, o BB Crédito Empresa.

    Por meio dessa sistemática, o cliente contrata, uma única vez, um teto rotativo e solicita a liberação do crédito a qualquer momento, mediante apresentada da nota fiscal da compra do veículo, de acordo com a sua conveniência, sem a necessidade de assinar novo contrato. À medida que as prestações são pagas, abre mais margem para novas liberações de crédito.

    URL:

    http://www.bb.com.br/portalbb/page118,3366,3367,1,1,1,1.bb?codigoNoticia=42054

      1. A Caixa ampliou prorrogou a linha de crédito

        Além de reduzir os juros em relação as linhas do BB.

        Depedendo dos novos(ou não) indicados para a Fazenda e para o BC, é possível que ocorra uma nova prorrogação destas linhas de crédito, pelo menos  até que a economia consolide o processo de aceleração do ritmo de crescimento do PIB.

  24. Caixa Econômica Federal

    CAIXA e Fenabrave se unem para estimular venda de automóveis e motos
    Banco vai oferecer crédito para compra de novos e usados com taxas abaixo do mercado
    Caixa Econômica Federal–Brasil, Finanças—30/10/2014 10p5 – Atualizado em 31/10/2014 10p9
    A CAIXA garantirá mais fôlego ao financiamento de automóveis e motos novos e usados neste fim de ano, modalidade que responde por 70% das vendas de veículos no país. O movimento vai na contramão de outros grandes bancos, que reduziram consideravelmente a oferta de crédito para o segmento este ano.
    Pelo acordo assinado com a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) nesta quarta (29), a CAIXA e seu braço Banco PAN irão oferecer crédito com taxas de juros baixos e o pagamento da primeira parcela apenas em 1º de março, depois do carnaval de 2015.

    As taxas promocionais do Salão Auto CAIXA, que terminariam no final de outubro, foram prorrogadas até 31 de dezembro. Elas partem de 0,93% para clientes da CAIXA e de 0,99% no Banco PAN, contra uma média de mercado de 1,5%, segundo levantamento do Banco Central.
    O vice-presidente de Negócios Emergentes da CAIXA, Fábio Lenza, afirmou que expectativa do banco é emprestar R$ 1,6 bilhão entre novembro e dezembro. A conta inclui a projeção de negócios fechados na edição do Salão Auto CAIXA, programada para o início de dezembro.
    Para Fábio Meneguetti, presidente da Fenabrave – que representa 7 mil concessionárias – a injeção de crédito da CAIXA deve resultar na comercialização adicional de 50 mil veículos. O acordo ajudará a desafogar os estoques das concessionárias, que chegam a 50 dias de vendas, o dobro do nível considerado normal, e estimulará o setor.
    “É importante destacar ainda o esforço e o compromisso da CAIXA no apoio ao setor automotivo ao manter suas taxas de juros em meio ao comportamento volátil do mercado financeiro”, disse Meneguetti. A maior oferta de crédito somada ao apelo do IPI reduzido, que acaba em dezembro, deve baixar os estoques para 25 a 40 dias de vendas em janeiro.

    Somadas, as carteiras da CAIXA e do Banco PAN já representam 10% do mercado de financiamento brasileiro de veículos. Desde 2012, o crescimento foi de 76% no segmento pessoa física e de 250% na pessoa jurídica. A meta da CAIXA é se posicionar entre as três maiores instituições nesta modalidade de crédito.
    “A entrada da CAIXA no segmento de financiamento de veículos é definitiva. Temos disposição e recursos para emprestar ao setor”, afirmou Lenza.
    O presidente do Banco PAN, José Acar, ressaltou que a carteira de veículos é a maior da instituição – e deve seguir crescendo. O banco é líder de mercado, por exemplo, em volume de financiamento para motos.

    A estratégia de expansão inclui a contratação de 400 profissionais apenas para o segmento de veículo, que substituirão promotores. “Esperamos, assim, aumentar o controle da operação e oferecer um melhor serviço aos nossos clientes”, ressaltou Acar.

    A edição de setembro do Salão Auto CAIXA, realizada em parceria com o Banco Pan, respondeu por uma alta de 18% do crescimento total dos novos emplacamentos no país para o mês. De acordo com o superintendente nacional de veículos, Jorge Pedro de Lima Filho, mais de R$ 254 milhões foram negociados em carros e motos, novos e usados no período.

    URL:
    http://www20.caixa.gov.br/Paginas/Noticias/Noticia/Default.aspx?newsID=1571

  25. Nassif, o que vc me diz dessa

    Nassif, o que vc me diz dessa análise do BNDES: inflação é sem investimentos externos:

    “atuações expansivas ou a manutenção do crédito para o financiamento do investimento podem retirar parte da potência do ajuste monetário, ao tornar o investimento mais resiliente. Uma consequência natural disso seria a necessidade de taxas básicas de juros mais elevadas ou medidas contracionistas mais dramáticas para promover o mesmo grau de ajuste na trajetória de preços.”

    Eu acho que não há condições de transição do consumo para os investimentos, porque os princípios sociológicos do mercado são feitos para contrair os principios sociais do Estado.

    Ou seja: o investimento que teria função de irrigar a economia, ao contrário, se torna sindrome de aumentar a Selic, porquanto a prioridade do BC é restringir liquidez e cancelar investimentos. Mesmo a simples preservação dos investimentos já efetuados se não contrair as formas de liberdade das pessoas com as empresas tem como consequência a necessidade de taxas mais elevadas de juros para o ajuste da trajetória de preços.

    Logo, a ciência da economia, visando o interesse dos bancos (juros) x investidores em relação ao crescimento econômico (câmbio), está ultrapassada em todos os níveis das relações sociais.

    Agora pergunto: o que Dilma tem a ver com decisões autônomas do BC? 

    Simples, o BC aumenta a seu bel prazer as taxas de juros para agradar os banqueiros e, mesmo sabendo que não vai resolver o problema da inflação, covardimente, deixa a culpa do baixo crescimento econômico recair sobre a Dilma.

    É na ciência do mundo exterior que devemos construir o palco da existência que transcorre do lado de fora daquilo que somos – sem necessidade de endividar o Estado com moeda estrangeira – e retomaremos a transição do crédito das nossas origens aos pés dos banqueiros.  

  26. Em setembro, o crédito imobiiário atingiu R$ 10,3 bilhões

    Boletim Informativo de Crédito Imobiliário e Poupança-DATA-ABECIP-SETEMBRO,2014–São Paulo, 28 de outubro de 2014(PDF)
    ABECIP – ASSOCIACAO BRASILEIRA DAS ENTIDADES DE CRÉDITO IMOBILIÁRIO E POUPANÇA—-Clique aqui para conferir o Boletim completo-pdf

    Em setembro de 2014, o volume de empréstimos para aquisição e construção de imóveis somou R$ 10,3 bilhões, alta de 12% tanto em relação a agosto como em comparação a setembro do ano passado.
    O resultado mostra que foi o melhor setembro dos últimos 20 anos. E, também, o quinto melhor mês da série histórica do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE).

    Nos primeiros nove meses do ano foram destinados R$ 83,1 bilhões à aquisição e construção de imóveis, montante 4,7% superior ao de igual período do ano passado.

    Nos últimos 12 meses, até setembro, o volume de empréstimos imobiliários com recursos das cadernetas de poupança do SBPE alcançou R$ 112,9 bilhões,  superando em 9,2% o apurado nos 12 meses precedentes.

    Financiamentos Imobiliários – Unidades
    Foram financiadas, em setembro, aquisições e construções de 50,1 mil imóveis, registrando crescimento de 13,8% em relação a agosto e de 13,3% comparativamente a setembro de 2013.

    Entre janeiro e setembro de 2014, foram financiados 401,1 mil imóveis, volume 3,6% superior ao de igual período de 2013.

    Nos últimos 12 meses, compreendidos entre outubro de 2013 e setembro de 2014, foram financiados 543,7 mil imóveis, número que superou em 7% as 508,1 mil unidades contratadas nos 12 meses anteriores.

    Poupança SBPE: Captação Líquida
    As cadernetas de poupança mantiveram a captação líquida positiva, apesar do elevado patamar de juro básico, com suas implicações sobre a competitividade das aplicações.
    Considerando-se apenas a poupança no SBPE, em setembro os depósitos superaram os saques em R$ 1,69 bilhão. Nos primeiros nove meses do ano, os ingressos líquidos somaram R$ 13,8 bilhões, valor que superou o observado em 2011, quando a meta da taxa Selic média foi ligeiramente superior à atual, de 11% ao ano.

    Poupança SBPE: Saldo
    O saldo dos depósitos de poupança nos agentes financeiros do SBPE superou R$ 504 bilhões, em setembro, registrando elevação de 14% comparativamente ao saldo de setembro do ano passado.

    URL:
    http://www.abecip.org.br/m5.asp?cod_noticia=21522&cod_pagina=416
     

  27. A confiança dos investidores

    A confiança dos investidores esteve abalada nestes últimos meses em função das dúvidas quanto ao resultados das eleições que colocaram em disputa dois projetos econômicos antagônicos, o que afetava a decisão de investimentos, já que o caminho a ser seguido pela economia dependia dos resultados das eleições.

    Agora com a vitória da Presidenta Dilma Rousseff, vence a proposta de fortalecimento do mercado interno e do aumento da distribuição de renda, e que será reforçado com o favoritismo de Lula em 2018 e com o início do ciclo do petróleo, o que deve acelerar a decisão dos investimentos, já que se sabe a direção que a economia vai tomar.

     

  28. 6° Leilão de Energia de Reserva,

    Leilão de Reserva contrata 1.658,8 MW de potência com investimentos de R$ 7,1 bi
    Ministério de Minas e Energia (MME)—-Data 31/10/14

    O Leilão para Contratação de Energia de Reserva, realizado nesta sexta-feira, 31 de outubro, pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na sede da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), resultou na contratação de 62 projetos de geração, sendo 31 projetos de geração a partir de fonte solar, com capacidade instalada total de 889,7 megawatts (MW), além de 31 projetos de geração de energia elétrica a partir de fonte eólica, com capacidade instalada total de 769,1 megawatts (MW) de potência.

    Os investimentos previstos são da ordem de R$ 7,1 bilhões. O destaque do certame foi a negociação inédita de energia proveniente de empreendimentos de fonte solar, representando a viabilização de mais uma fonte de energia limpa e renovável por meio dos Leilões de Energia no Ambiente Regulado.  A energia contratada irá compor reserva de capacidade de geração e o prazo dos contratos será de vinte anos, com início de suprimento a partir de 1º de outubro de 2017. O preço médio da energia contratada no leilão foi de R$ 169,82/MWh, alcançando um deságio médio de 9,94%. As usinas serão instaladas nos Estados de Bahia (30), Ceará (2), Goiás (1), Minas Gerais (3), Paraíba (1), Pernambuco (3), Piauí (3), Rio Grande do Norte (10) e São Paulo (9).

    URL:

    http://www.mme.gov.br/mme/noticias/destaque_foto/~~destaque_5130.html

    anexo:

    Leilão de Energia de Reserva contrata usinas eólicas e solares, com deságio médio de 9,94%

    Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE—-31/10/2014 – 20:32

    O 6° Leilão de Energia de Reserva, realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel e operacionalizado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE nesta sexta-feira (31/10), contratou 1.658,7 MW* em novos projetos de parques eólicos e usinas, totalizando  62 empreendimentos. O certame teve um deságio médio de 9,94%, o que representa uma economia de R$ 1,75 bilhão para os consumidores de energia brasileiros.

    As usinas solares concentraram a maior parte da contratação, com 889,7MW em usinas (considerando-se a energia injetada na rede**), e destacaram-se pelo alto deságio de 17,9 % em relação ao preço-teto de R$ 262/MWh estabelecido para o leilão, tendo preço médio final de R$  215,12/MWh. A contratação dos parques eólicos teve deságio de 1,5% frente ao máximo de R$ 144/MWh estabelecido pelo governo, fechando em uma média de R$ 142,34/MWh . Foram contratados 769,1 MW em empreendimentos de geração eólica no certame.  

    O leilão durou 8 horas, sendo dividido entre rodada uniforme e discriminatória. No total, foram 104 rodadas – um recorde em leilões operacionalizados pela CCEE. O estado da Bahia concentrou a maior parte dos projetos. Os demais se espalham pelos estados de São Paulo, Rio Grande do Norte, Ceará, Minas Gerais, Pernambuco, Piauí e Goiás. A movimentação financeira ao longo da duração dos Contratos de Energia de Reserva (CER) que serão firmados entre os geradores e a CCEE alcançará a cifra de R$ 15,9 bilhões.

    No leilão foram negociados três produtos em contratos por quantidade de energia, com início de suprimento em 1º de outubro de 2017 e prazo de 20 anos; além das eólicas e solares, cadastraram-se usinas movidas a resíduos sólidos ou biogás de aterro e biodigestores, mas a fonte, com preço-teto de R$169/MWh, não chegou a negociar energia.

    A Empresa de Pesquisa Energética – EPE cadastrou 1.034 empreendimentos interessados em participar do Leilão de Energia de Reserva, com uma oferta total de 26.297 MW de capacidade instalada. A fonte com mais projetos inscritos foi a eólica, com 626, seguida de perto pela energia solar, com 400 empreendimentos; estavam inscritas, ainda, oito térmicas a biomassa.

    URL:

    http://www.ccee.org.br/portal/faces/pages_publico/noticias-opiniao/noticias/noticialeitura?contentid=CCEE_319839&_afrLoop=839380129474167#%40%3Fcontentid%3DCCEE_319839%26_afrLoop%3D839380129474167%26_adf.ctrl-state%3D1867ys1syg_45

     

     

  29. Lá vem Nassif nova/ reduzindo Dilma a uma criança irresponsável

    “O maior fator de desconfiança é o estilo autocrático da presidente, de tomar medidas no impulso sem consultar ninguém e sem pesar as consequências.” 

    Ora, ora. Quem disse que a presidenta toma medidas sem consultar ninguém e sem pesar consequências? Muita presunçao dizer isso. Nassif nao desiste de tutelar a presidenta. Se ela nao ouve os seus “sábios conselhos” é porque é teimosa… Arre! Além de tudo, fazer análises políticas baseadas em pseudo características psicológicas é o fim da picada. 

    1. “Nassif nao desiste de

      “Nassif nao desiste de tutelar a presidenta. Se ela nao ouve os seus “sábios conselhos” é porque é teimosa”:

      Nassif erra no ponto 2 porque se estivesse aas maos de Dilma, os juros JAMAIS teriam subido.  Foi sabotagem do bc entao, como foi na semana passada.  (Eu nao tinha a menor sombra de duvida que os juros iam aumentar.)

      No entanto, devido ao “segredo de fontes” dele, ele nao pode revelar as fontes das reclamacoes legitimamente dele que ele certamente tambem viu confirmadas por empresarios.  So que virtualmente todos os empresarios com quem ele falou tem conflito de interesses, nos quais o conflito de interesse da bolsa de valores eh o mais alto.

      Nassif, ou empresario brasileiro eh empresario e tem reclamacoes legitimas do campo, OU eh “investidor” na bolsa de valores.  Os dois nao.

      Sua confusao com as acoes de Dilma nasceu ai (elas me confundiram tambem, claro, e eh outra historia).  Dilma sim, conversou com quem nao tem o menor conflito de interesse nos lucros da bolsa de valores.  Duvido que voce tenha conseguido essa facanha.  E nao aconteceu mesmo porque voce analisa -ate como fator educacional seu- seus dados como economista e nao necessariamente como empresario.  Quase ninguem mais tem esse background no blog!

      Volte aas suas fontes e veja quantos conflitos de interesses eles tem baseado somente em um dado:  a bolsa de valores e o que eles “investem” nela.

      Os empresarios brasileiros estao te falando com duas caras e duas bocas.

    2. O Nassif tem suas fontes …

      É possível escrever páginas e mais páginas com exemplos da autocracia, centralização e falta de diálogo do governo Dilma. Basta você conversar com alguém que trabalhe na Esplanada e tenha um cargo com um mínimo de relevância (e não queira “dourar a pílula” por razões ideológicas). Certamente o Nassif conversou, e tirou a conclusão que está no seu artigo, por sinal corretíssima. O fato é que eu conheço muita gente, historicamente alinhada à esquerda, que só votou na Dilma no segundo turno porque acha que o PSDB é o “diabo encarnado”, uma vez que estavam consideravelmente insatisfeitos com o governo. No entanto, agora que ela ganhou, não há motivo nenhum para continuar tapando o sol com a peneira – não interessa se a centralização é um problema “psicológico”, de gestão ou seja lá o que for; o fato é que ele existe, e torço muito para que mude no segundo mandato, para o bem do Brasil…

      1. Fontes off-line, a Veja tb alega ter…

        Se é alguém que tem cargo de responsabilidade no Planalto e fica passando esse trololó adiante é um traíra, que está agindo em prol de sua agenda própria. Quanto ao resto, muita presunçao tratar assim a presidenta da República. E machismo tb. Uma coisa é criticar medidas tomadas, pelos argumentos X, Y e Z. Outra muito diferente ficar tratando a Dilma como uma desmiolada que nao sabe o que faz. 

  30. Para que existe o paralelismo

    Para que existe o paralelismo do país com moeda estrangeira?

    Alicerçar o progresso da especulação  (investimento externo e credito bancário)…

    A dura transição do consumo para os investimentos não Seria  os economistas de mercado passarem o tempo todo tentando frustrar os recursos reais que já temos?… fazem um esforço tremendo para o empobrecimento nacional…

    Baniram até a esperança para o país ser a própria essência de um  “Padrão de Unidade de Valor” com a sociedade.

    Uma unidade de valor seria contra a flutuação do dólar; a alta da Selic; o retorno do investimento externo, a riqueza embalada, não geraria as exportações? Eles todos precisam regular o tamanho do país???

    O governo Dilma está ciente que precisa estancar a sancria das nossas riquezas substituindo os endividamentos externos. porque já temos reservas externas suficientes para fazer as transições do consumo que nos prospera no sentido da qualidade de vida com a engenharia da expansão interna.

    Um salto dos bancos públicos nos fez atingir um patamar brilhante, mas a tutela das especulações futuras quer nos empobrecer!!!

     

  31. Excelente artigo

    E não é só o Nassif quem diz isto. É o crescimento do PIB, são as contas públicas, é o deficit primário.

    O que ainda impediu Dilma de perder totalmente a popularidade é que a oposição tem um discurso ainda pior,  de um neoliberalismo selvagem desenfreado. Ou seja, não há oposição inteligente.

  32.  Os Tucanos são como mulher

     Os Tucanos são como mulher de malandro,adoram sofrer, apanhar.Agora, torcem se esguelam, esperando que dê tudo errado que o país se ferre, ai eles ficarão todos felizes mesmo que para isso fiquem desempregados, cheios de dívidas. Só Freud explica tamanha burrice.

  33. A culpa da crise econômica eh da escassez
    1. Ninguém eh uma ilha e o Brasil também eh vítima de conceitos econômicos ultrapassados para a realidade social mundial, ensinados nas Universidades de economia, do mundo todo. 1.1. “Não haverá paz no mundo enquanto a economia da escassez continuar a ser ensinada nas Universidades de economia espalhadas pelo mundo”. Explicamos!” 2. “As universidades de economia, no mundo, ensinam a “ECONOMIA DA ESCASSEZ”, ou seja, produzir pouco para que os produtos sejam escassos e possam ser vendidos com lucro.” 3. “O lucro, base do sistema econômico mundial, eh o germe do egoísmo humano que comanda o sistema econômico mundial da escassez.” 4. “Ocorre, contudo, que de acordo com a página 158, do livro “O UNIVERSO NUMA CASCA DE NOZ”, 5a. edição, Editora Arx, ISBN 85-7581-013-8, do cientista Stephen Hawking, a população do planeta terra cresce a taxa, CONSTANTE, de 1,9% ao ano, fazendo com que a população mundial dobre a cada 40 anos.” 5. “Dessa forma, a dinâmica de uma população mundial que dobra a cada 40 anos eh incompatível com o conceito de “ECONOMIA DA ESCASSEZ”, ensinado nas Universidades de economia, no mundo.” 5. “NÃO HAVERÁ PAZ NO MUNDO”, enquanto as Universidades de economia, no mundo, não passarem a ensinar a “ECONOMIA DA ABUNDÂNCIA”, de forma que se extraia energia, infinita e abundante, do “vácuo quântico”, para sustentar todos os homens do planeta terra, juntamente com processos de ensino que libertem a consciência dos indivíduos para realizarem, por si mesmos, as potencialidades, infinitas, de evolução, que cada homem já trás dentro de si mesmo”.

  34. Paulo Nogueira Batista Jr. e João Sicsú

    Para o Minsitério da Fazenda e para Banco Central do Brasil ou

    Para o Banco Central do Brasil e para o Ministério da Fazenda.

  35. ele fez, criticamente, mas não leram e o aplaudiram em massa

    Insisti pra galera ler e reler o manifesto “Porque Apóio Dilma”.Aplaudiram sem ler,tive forte impressão.Na sua 1.ª publicação (continuou no Blog p/crescente n.º de comentários,chegou a + de 300),este cidadão imediatamente fez curta grossa critica, ao menos no que entendi do texto.Vi mérito e demérito,vi coluna do meio,uma no cravo,outra na ferradura.Nâo me lembro se,na época,os nauseantes aplausos tenham esboçado crítica ao dono do Blog,algum senão. Engraçadinhos agora vêm acusar Nassif não ter se pronunciado criticamente antes. Aplaudo qdo leio e concordo, perco compostura e cheguei a ironizar o próprio + de 1 vez.

  36. Assistindo uma parte do

    Assistindo uma parte do programa Painel, da Globo News, sob apresentação de um ancora e três entrevistados, notei que a discussão estava divida para as perspectivas em 2015, mas logo me dei conta de que eram tucanos marcando o massacre do novo mandato da presidenta Dilma. 

    A visão que tive foi de comparsas planejando um assasinato. Sem problemas de censura faziam uma versão de Dilma como alguém precisando de recuperação, mas ela estava num cenário em que não consiguiria se reabilitar do atentado violento que sofria.

    Todo tipo de abuso é violência ou uma forma de provocá-la.

    Supostamente eles rejeitavam, de modo radical, a capacidade de afirmação das ações do governo:com o congresso, deduziiam a possibilidades de concretizar o Impeachment de Dilma, e seguiam de perto os riscos de ser divulgada a delação premiada, fato que, segundo eles, envolveria 50 politicos, inclusive com criticas de que isso contaminaria os três poderes. 

    Nada se sustenta sem a liberdade de imprensa…

    Eles passam esse bastão para os eleitores do PSDB: facam sua parte.

    Isso não é abuso???

  37. Ela é teimosa pra quem? Ela deve ter esse poder de governar só

    Se o problema estiver concentrado apenas no temperamento da presidente ótimo, precisamos chamar a tenção dela como Nassif faz obstinadamente e tentar resolver a questão, ou em algum momento desistir e o temperamento dela prevalecerá, e estaremos enrascados, tudo será um declínio. Mas tenho sérias dúvidas quanto a esse diagnóstico, mesmo tendo nenhuma fonte no mundo empresarial ou político.

    Mas tenho questões relacionadas a relação entre jornalismo e representação de pontos de vista de grupos ligados a ele. Como devemos suspeitar que todos, incluindo Nassif, não são absolutamente desvinculados dos ideais do grupo ou grupos de que faz parte, tinha curiosidade em saber as funções profissionais que suas fontes desempenham.

    Elas tendem a representar as dinâmicas econômicas como puramente econômicas, pra variar, e outros movimentos que hoje repercutem sobre as condições políticas de definição dos rumos econômicos parecem estar cobertas pelas mesmas camadas de frustração das diferentes elites paulistas e sulistas com o governo Dilma. Nesse sentido, a criação de pontos de vista mais diversificados e qualificadas na mídia jornalística vindas do Nordeste são urgentes, pois inúmeros fenômenos, inúmeros mesmo, não tem repercussão nem investigação alguma da mídia o que ajudaria a entender muitas das dinâmicas nacionais, e não apenas no curto prazo, da dinâmica sulista, transformada em Nacional. Por exemplo, o Nordeste cresce 4% e o Sudeste lidera o recuo, como isso é interpretado politicamente? Os nordestinos são atrasados e os sulistas visionários barrados por ignorantes, mesmo numa democracia, pasmemos. Um dos setores que puxaram o recuo foi o automobilístico, concentrado em São Paulo, acostumado a subsídios e estímulo a crédito. Da mesma maneira, os privilégios de subsídios a indústrias paulistas foram tomados como condições da natureza por muitos destes, mas hoje não fazem mais efeito tanto pela competição internacional, quanto pela relativa, mas importante descentralização desencadeada por guerras fiscais mas também de oportunidades educacionais e de desenvolvimento tecnológico. Num país que apostou no mercado interno essa tendência só vai se reforçar com o novo governo. Muitos desses processos intensificados ainda no período FHC, com o apoio das mais anti-democráticas elites nordestinas, mas de ideais modernizantes, porque as elites paulistas e sulistas que governaram o país tinham uma visão muito curiosa da democracia, comprando votos no congresso e transferindo patrimônio público para “amigos”, dando o exemplo para a modernização das democracias nos estados.

    Quando o PT assumiu o poder ele era conduzido eminentemente por paulistas, e o mensalão foi antes de tudo, não a derrota do PT de todo o país que se nacionalizou mais ainda ao ter uma participação antes pouco crível no governo de estados do Nordeste, mas do PT paulista. Mas São Paulo e o PT paulista são muito fortes, diversificados e qualificados, com intelectuais de cabeça privilegiada na formulação de políticas públicas, aprimoradas no governo, e ainda tem as principais lideranças do partido, mas também perderam uma enorme fatia de poder relativo. Por quê? Antes de tudo porque o equilíbrio de forças dentro do Nordeste, do Norte e no País mudou. Porque a divisão dentro do PT espelha uma parcela da divisão do país, não essa defendida por alguns muitos, mas poucos em relação à maioria do país, mas uma divisão que é a da direção dos subsídios para o desenvolvimento do conhecimento, da produção e do consumo; não tem a ver com políticas caritativas, como muitos dos bem intencionados sulistas insistem fantasiosamente em apontar. Tem a ver com políticas de subsídios de formação de mercados, seja ele de ativos, de títulos da dívida pública ou de mercados menos bem reputados, como de colchões, alimentos mais diversificados, serviços de lazer para a baixa renda. Com a quantidade de população de baixa renda que temos, esse processo de assumir o mercado e a cidadania como modelos de integração da população, por estímulos estatais, é muito mais custoso que a de definir uma direção econômica. Como sustentar o crescimento, sem dúvida necessário, com a estrutura das polícias e do judiciário que temos, que tende a reproduzir comportamentos de casta e de estamentos, achando que são naturalmente superiores, contra grupos que são inatamente inferiores? Com morticínios crescentes de homens jovens na região do país que mais cresce economicamente? Temos de avisar que o Nordeste cresce com trabalho, não há crescimento sem trabalho. Quem está interessado nesse tipo de questão? A mídia de centro-esquerda e de esquerda ainda é inteiramente centro-sulista e é necessário ampliar a discussão sobre o desenvolvimento, tecnologia, mercado interno e inovação a partir de pontos de vista que tragam as visões desses grupos emergentes.

    Falei tudo isso pra dizer que acredito que uma das dificuldades do governo Dilma, que passa primeiro pela sua relação com o PT e a integração interna do partido, são divergências sobre a sua disposição para abrir espaço para o PT paulista em seu governo voltando este a ter um hegemonia dentro do partido para ter novamente a chance de governar o país como estava habituado a fazer (coloco o governo Lula e FHC no mesmo patamar, nesse sentido), mas num contexto de alteração profunda da estrutura regional de poder político e econômico no qual o Nordeste não aparecerá mais como o apoiador da candidatura nacional mas como um competidor para apontar um candidato com uma proposta nacional (Não Nortista ou Nordestina, ressalte-se! Foi inédita a chapa Eduardo Campos/Marina, muito mais expressiva dessas forças que Marina/Beto Albuquerque). As grossas camadas de visão parcial e distorcida sobre o Nordeste ainda são vigentes, incluindo as das mídias de esquerda que olham ainda para um sertão da literatura e para livros de história e geografia escrita por paulistas, porque dominam essa região da cultura tb, com oligopólios auxiliados pelo Estado.

    A mudança em 2018 não será Lula, mas Haddad ou Ciro Gomes. O primeiro porque olha para uma alteração da visão de mundo das classes médias simultaneamente à incorporação das periferias à economias simbólicas, não apenas de renda, habitação e alimentos. O segundo porque tem um projeto empedernido de democratização distributiva, com base em valores cristãos secularizados, creio, global. Não nos iludamos: o “Volta Lula” no PT é paulista, numa cúpula que acredita que ela tem o direito de decidir unilateralmente. Lula já deu provas de ser integrador, mas terá a visão flexível que teve para ver as mudanças não intencionadas que ajudou a desencadear, olhando para o futuro e não para o passado?

    O governo Dilma nasce sob essa pressão, pois acredito que o mensalão já deu o que tinha de dar à oposição. Mas os sindicatos não são como antigamente; uma parte dele atrelado ao mercado financeiro, alianças de interesses eminentemente de grupos paulistas. Isto entrou na análise psicológica de Dilma como condição de governo? Está ficando tudo muito idiossincrático. Muitas das políticas sistêmicas são fruto do empenho pessoal dessa governante, antes depois, essas que serão mais difíceis de serem vistas, mas que assegurarão a ampliação do mercado interno, do princpal banco de investimentos do país, e da capacidade de ancoragem monetária. Com um cenário externo de escassez, afetando os princpais segmentos produtivos exportadores, ela é teimosa pra quem? É a minha pergunta.

  38. Quem é que estimulou o consumismo em detrimento do investimento?

    CRESCIMENTO BASEADO NO CONSUMO, UMA GRANDE FALÁCIA – Se existiu um governo no Brasil, populista e demagógico dos pés a cabeça, e que privilegiou o crescimento com base no consumo em detrimento do investimento, esse governo foi o do PSDB de FHC.

    A Formação Bruta de Capital Fixo (investimentos) cresceu 85,23% nos últimos 11 anos (2003-2013). Isto dá uma média de 5,7% ao ano de crescimento dos investimentos aqui no Brasil. O consumo das famílias neste mesmo período cresceu apenas 55,7%.

    Em sete anos de PSDB-FHC (1996-2002)¹, a Formação Bruta de Capital Fixo cresceu pífios e ridículos 0,91%. O consumo das famílias neste período cresceu 13,0%. Ou seja, o ‘consumismo’ que tentam vincular aos governos do PT é uma grosseira falácia e foi praticado, como os números demonstram, pelo PSDB.

    Quem é mesmo que estimulou o “consumismo” em detrimento dos investimentos, o PT ou o PSDB?

    Uma das teses mais fraudulentas que temos visto nos últimos dez anos – os dados estatísticos comprovam – diz respeito à falácia do crescimento baseado no estímulo ao consumo.

    Esta é uma falácia porque o crescimento brasileiro tem sido ancorado no aumento contínuo do consumo das famílias, desde 2005, mas não somente nisto. A taxa de investimento, como vimos, tem crescido significativamente no Brasil nos governos do PT.

    E tem crescido acima do PIB e acima do próprio consumo das famílias neste período. Vejam novamente os indicadores acumulados nestes 11 anos (2003-2013) de governo federal comandado pelo Partido dos Trabalhadores:

    -Formação Bruta de Capital Fixo (investimentos): 85,23% 
    -Consumo das Famílias: 55,7% 
    -Produto Interno Bruto: 45,6%

    É absolutamente fantasioso dizer que nos períodos de governos do PT o investimento tenha ficado em segundo plano. Muito antes pelo contrário! É igualmente fantasioso dizer que a economia brasileira está atrelada num hipotético “consumismo” exagerado, que seria bancado em detrimento do investimento (isso existiu de fato nos governos do PSDB, não do PT).

    Os dados do IBGE mostram que, ao contrário do que o senso comum acredita, o investimento é que tem sido o carro chefe das administrações petistas, em que pese ainda ser insuficiente.

    Para finalizar, trago a baila os resultados acumulados do investimento (FBCF) nos três primeiros anos de Lula e Dilma:

    -Três primeiros anos de Dilma Rousseff: crescimento de 7,04% (4,7%; _4%; 6,5%);
    -Três primeiros anos de Lula: crescimento de 7,82% (_4,6%; 9,1%; 3,6%).

    A diferença é irrisória e nota-se que o investimento só deslanchou mesmo a partir do segundo mandato de Lula. O mesmo há de ocorrer agora, a partir do segundo mandato de Dilma.

    ¹ A série histórica do IBGE não trás os dados de 1995. A série começa no ano de 1996.

    http://seriesestatisticas.ibge.gov.br/series.aspx?no=12&op=0&vcodigo=ST5

  39. Que aconteceu com o Brasil

    Que aconteceu com o Brasil nessas minhas 2 semanas de férias?!!!!

    Segundo a campanha de Dilma estava tudo ótimo na economia! Culpa da crise internacional!

    Chego hoje e vejo:

    Selic aumentou – ué a inflação não estava controlada?

    Governo convida presidente do Bradesco pra minstério da fazenda- ué vai dar o galinheiro para os lobos?

    Previsão de aumento da gasolina- não tudo bom?

    Contas do governo em vermelho em R$ 20 bi, pior resultado desde 2002??!!!!!

    Balança comercial tem o pior mês dos últimos 16 anos??!!!!!!

    Aumento da conta de luz!!! Então aquele desconto era de mentira?!!

    Será que é mais um golpe do PIG??????!!!!

     

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