A pressão atrapalhando as concessões

Os problemas com a modelagem das concessões devem-se exclusivamente à pressa com que o processo está sendo conduzido.

Na logística, não se pode pensar cada projeto individualmente. Determinada ferrovia depende de determinado porto para ser viável; determinada rodovia depende do entroncamento ferroviário; e assim por diante.

A modelagem de concessões tornou-se uma balbúrdia, sem definição clara de papéis. Há diversos ministérios e agências reguladoras montando seus próprios projetos isoladamente. A coordenação deveria ser da Casa Civil, mas falta conhecimento técnico e sobra pressa política por lá.

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De fato, há pelo menos três personagens centrais trabalhando de olhos na agenda política de 2014 e com um sentido de urgência incompatível com a agenda técnica: a Miinistra-chefe da Casa Civil Gleize Hofmann, candidata ao governo do Paraná; o Ministro dos Transportes César Borges, candidato na Bahia, e  a presidente da República Dilma Rousseff, candidata à reeleição.

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Poderão ser bem sucedidas quatro ou cinco concessões de rodovias que já dispõem de demanda firme.

Nas ferrovias, começam os gargalos. O governo decidiu dividir a concessão entre o operador da ferrovia e o operador de transporte. O princípio é bom: permitir o livre trânsito de diversas empresas pelo mesmo caminho. Mas a inovação trouxe diversas dúvidas não equacionadas: se der problema no trilho, quem é o responsável, quem faz a manutenção ou quem carregou demais no vagão?

Para minimizar a incerteza em relação à carga transportada, o governo decidiu que a estatal Valec irá adquirir parte relevante da carga e revender a terceiros. Mas não há confiança na capacidade financeira e legal da companhia de bancar a compra.

Sao problemas superáveis, mas cuja solução exige tempo.

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Anos atrás foi montado um documento central, o PNLT (Plano Nacional de Logística e  Transportes) em cima de 1.200 projetos existentes. O planejamento correto seria avaliar todos os fluxos de cargas existentes, estimar o custo atual de transporte, depois comparar com os projetos em estudo para definir os prioritários,  aqueles que significassem maior redução de custo. Não foi feito.

A estimativa de fluxo de determinada obra depende da maneira como serão planejadas obras interligadas. Quando não se tem clareza sobre o conjunto das obras, cada obra individualmente sai prejudicada.

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A pressa tem produzido ruídos consideráveis. Cada problema levantado pelo setor privado é resolvido de afogadilho, sem pensar nas consequências.

O governo estava em negociação com as empresas quando foi lançado o edital do entroncamento de Açailândia. Os empresários questionaram a velocidade média exigida, de 80 km/hora. Antes de discutir, Casa Civil e Transportes dispararam na frente, atropelando acordos e querendo redução da velocidade para 60 km/h – voltando aos padrões ferroviários do século 19.

A esperança do setor é a EPL (Empresa de Planejamento e Logística) montar essa integração, restaurando as funções do extinto GEIPOT. Foram feitas contratações, estão sendo montadas equipes, encomendados trabalhos externos para definir as novas metodologias. Mas só estará operando para valer a partir do ano que vem.

Por isso mesmo, as expectativas do setor são para daqui a três anos, não agora.

Luis Nassif

32 Comentários

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  1. Entendendo o raciocínio dos 1%

    Veja só o que disse hoje um dos mensageiros do 1%, o âncora da rádio BandNews: que o Brasil mudou a cara com a privatização da telefonia. Defendeu o modelo criado por FHC, argumentando que melhorou muito, apesar de termos uma qualidade de 5ª categoria, mas pelo menos o preço é de 1ª categoria.

    Ato falho?

    Ele queria dizer que nossa telefonia é barata ao falar que “preço é de 1ª categoria”???

    Não nos esqueçamos que a tarifa de celular no Brasil foi recentemente divulgada como a mais cara do mundo.

    Pois é, parece que o bom mesmo é oferecer algo de quinta categoria a um preço de primeira. Mas é bom para quem??? 

     

    1. Leandro,
      acho que era ironia

      Leandro,

      acho que era ironia deles com os preços absurdos da telefonia no Brasil. Esse é outro setor que precisa de regulação. A que colocaram em pratica, praticamente so regulou em prol das operadoras.

      Sobre a pressa do governo, entendo, ainda mais depois das manifestações, mas é bom lembrar o ditado de quem fala ou anda depressa demais, acaba dando bom dia à cavalo. 

  2. Uma outra visão

    Da Carta Maior

    A chantagem na infraestrutura

    Para enfrentar a chantagem na área de infraestrutura, o estado brasileiro precisa sair da dependência institucional da iniciativa privada. A retomada de grandes obras públicas, com a parceria entre estatais brasileiras e de países emergentes pode provar que existem alternativas para promover o crescimento.

    Mauro Santayana

    Nas últimas semanas, tem aumentado a pressão de diferentes setores, sobre o Estado, na questão da infraestrutura. Aproveitando-se da necessidade do setor público viabilizar os diferentes programas de concessão de ferrovias, rodovias, portos, aeroportos, energia – no valor de 240 bilhões de dólares – para acelerar o crescimento da economia, todo mundo pressiona ou chantageia o governo.
    Funcionários do DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – entraram em greve há dois meses, atrasando diversas licitações. Os empresários – nacionais e estrangeiros – buscam maximizar seus ganhos exigindo menores taxas de financiamento público, absoluto controle dos negócios e retorno de até 7,5%, em um mercado no qual, em alguns países, como Japão ou a Alemanha, o juro referencial do Banco Central está entre 0% e 0,5%.

    E, finalmente, a grande mídia aperta alegremente os torniquetes, exagerando o que ela aponta como “fracassos”, e subestimando e desvalorizando eventuais acertos, como ocorreu com o seminário “Oportunidades em Infraestrutura no Brasil” realizado esta semana em Nova Iorque, pelo governo brasileiro.

    O evento, ironizado por parte dos “analistas” de plantão, reuniu 350 fundos e investidores estrangeiros de grande porte, que controlam recursos da ordem de três trilhões de dólares.

    Certa emissora de televisão reúne regularmente equipes de “especialistas” e jornalistas próprios e alheios, para desancar, quase todos os dias, a atuação do governo nesse contexto, torcendo, abertamente, para que os leilões de concessão não tenham sucesso, influenciando o resultado das eleições do ano que vem.

    Como já dizia James Carville, estrategista eleitoral de Bill Clinton na campanha contra o primeiro Bush, “é a economia, estúpido!”. Se a situação melhorar, crescem as chances de Dilma Roussef se reeleger. Mas os sucessivos entraves que vem sendo colocados às obras de infra-estrutura – greves, decisões judiciais, a hidrelétrica de Telles Pires paralisada pela terceira vez – e a sabotagem da mídia, não prejudicam apenas o atual governo.

    Como muitas são obras de longo prazo, elas afetam qualquer tendência, mesmo que de oposição, que venha a assumir o comando da Nação. E isso não apenas devido à persistência dos gargalos de infraestrutura, que prejudicam a competitividade nacional, mas também com relação às contas públicas. No final da história, depois de tantas paradas, há obras que duplicam o prazo de entrega e que triplicam de preço, e, aí, parcela da opinião pública – como a que se manifestou em junho – tende a acreditar que isso se deve à corrupção, e não vai querer saber se o culpado foi o governante que deu início à obra, ou aquele que a irá inaugurar.

    Para resolver o problema, o estado precisa desmascarar alguns mitos – verdadeiros paradigmas – fabricados pela mídia, a ponto de gente do próprio governo neles acreditar.

    O principal é o de que a infra-estrutura só pode ser tocada pela iniciativa privada e com financiamento público majoritário do governo brasileiro, e que se não houver um retorno acima da média, os investidores irão debandar para outros países.

    Se o Brasil não estivesse atraente para o investidor internacional, não seria o quarto destino do mundo em Investimento Estrangeiro Direto. No ano passado foram 65 bilhões de dólares, mais de cinco vezes o que recebeu, por exemplo, o México, que tem sido apresentado pelos mesmos setores da grande mídia como o novo queridinho dos mercados neste momento.

    Aportes como o do Santander, de 7,5 bilhões de dólares para investimento em infra-estrutura no Brasil, são quase simbólicos. Principalmente quando se considera que, apenas nesta semana, o banco de Emilio Botin anunciou o envio de dois bilhões de euros – faturados no mercado brasileiro – como “benefícios extraordinários” para seus investidores na Espanha.

    O leilão de Libra, mesmo que equivocado – o melhor seria entregar 100% do projeto à Petrobras – pode mostrar que nos países emergentes existem parceiros estatais e com capital suficiente para cooperar na implantação de qualquer grande projeto brasileiro. E isso, mesmo sem a presença de grandes corporações norte-americanas.

    O valor total do programa de investimentos em infra-estrutura do governo, por exemplo, não chega a 8% do que a China possui hoje, em reservas internacionais.

    Como exemplo de como atuam nessa área, os chineses pretendem construir, apenas no setor rodoviário, 88.500 quilômetros de rodovias até 2020, mais do que a distância total do sistema interestadual dos EUA, que, em 2004, tinha aproximadamente 74.650 quilômetros, segundo aFederal Highway Administration.

    Para enfrentar a chantagem na área de infra-estrutura, o estado brasileiro precisa sair da dependência institucional da iniciativa privada. A retomada de grandes obras públicas, com a parceria entre estatais brasileiras e de países emergentes – que contam com recursos e know-how avançado no setor – pode provar, definitivamente, que existem alternativas para promover o crescimento e destravar o progresso da infra-estrutura em nosso país.

  3. Não é governo que está querendo tudo de uma hora para outra

    Décadas de sucateamento da infraestrutura, apenas como exemplo cito o apagão elétrico do governo FHC.

    Décadas de falta de investimento em educação, saúde, transportes,…

    Várias hidrelétricas já inauguradas, idem escolas, estradas, melhorias em aeroportos,…

    E querem que de uma hora para outra o governo faça tudo. A grande midia cobra, diz que o governo não está fazendo nada, que obras estão atrasadas, ameaçadas de não conclusão, que o apagão vem aí. Um jogo de jogar a população contra o governo.

    Abaixo indico o vídeo do que se fez e está se fazendo apenas no PAC 2.

    O planejamento em ação.

    Levar o desenvolvimento para regiões mais pobres desconcentrando a riqueza. Obras de logística, infraestrutura em transportes rodoviários, portos e aeroportos. Muitas usinas de energia elétrica, hidrelétricas, eólicas, e solar. Muito boa vontade e execução de obras para alavancar o Brasil em curto, médio e longo prazo.

    São obras que demonstram a visão estratégica dos governos do PT.

    São elas que garantirão o desenvolvimento do Brasil nas próximas décadas exatamente porque partem de um plano ideológico de desconcentração de polos de produção, transportes para escoar a produção e disponibilização de energia para todos.

    Outra visão estratégica e ideológica foi tirar milhões da condição de pobreza, oferecendo condições dignas como moradia, atendimento médico e obrigando os pais a manter seus filhos nas escolas e vaciná-los para poder receber os benefícios do bolsa família. São novos consumidores e crianças que crescerão com melhor saúde e nível de escolaridade; saúde e educação como base para qualquer sociedade que pretenda se desenvolver.

    O Brasil do pleno emprego.

    O Brasil que anda para frente mesmo que muitos procurem esconder e puxar para trás.

    http://assisprocura.blogspot.com.br/2013/10/veja-voce-mesmo-o-que-esta-s

    [video:http://www.youtube.com/watch?v=W_eMk9DbaIk%5D

    1. A única visão estratégica que

      A única visão estratégica que o PT tem é a de sua manutenção no poder, e de tecnicismo gerencial, área na qual Dilma brilha como ninguém. 

      Não fosse assim, teria negociado na última greve dos Professores das universidades federais para chegar ao plano de carreira desejado, ao invés de embaçar as negociações enviando técnicos e terminando a greve com manobra via sindicato biônico, o ProIfes.

      Não fosse assim, Dilma não teria dado show de hipocrisia indo à TV dizer que logo poderemos gritar que o Brasil é o País da educação.

      Não fosse assim, Dilma não teria colocado Mercadante no MEC, sujeito que, apesar de professor da UNICAMP, não entende nada de educação justamente por estar longe das salas de aula há muito tempo.

      Não fosse assim, o PT não viria com a estapafúrdia ideia de fundir as matérias do ciclo fundamental e médio da educação, única e exclusivamente com vistas a economizar com o número de professores contratados.

      Não fosse assim, Mercadante não teria dado a imbecil declaração de que a greve dos professores no Rio e em outros estados “não se justifica por que as condições de trabalho são ruins”.

      Não fosse assim, o PT demonstraria maior confiança nos recursos do pré-sal e já costuraria acordos com seus queridos aliados para que os salários dos professores fossem aumentados, ao invés de deixar um pateta dizer o que disse a respeito desta greve.

      Finalmente, não fosse assim, o programa Mais Médicos, tão necessário e adequado – ainda que eu não concorde com alguns detalhes de sua implementação, novamente improvisada – teria sido lançado logo no começo do governo Dilma, e não às vésperas do começo da corrida à Serra pelada eleitoral.

      Infelizmente, o PT foi de Partido dos Trabalhadores a Partido das Tentativas – “vamos tentar isso pra ver se vai funcionar… Ih, não, então tenta isso… Cara, tenta isso, então…”. O PT precisaria ler mais Safatle pra ver que a não-ação também é uma ótima ação. O problema todo é que o PT, ao contrário do título do livro do Saftle, tornou-se uma direita que tem medo de dizer seu nome.

      1. Anti-PeTismo descarado.

        André, é bem mais fácil atirar pedras, do que ser(enquanto governo e situação)  “vidraça”, e por isso, sua descarada e reacionária declaração, de ser totalmente contra tudo, que que o PT faça, soa como ciumenta e rançosa, alem de premeditadamente de defesa de uma direita, da qual o PT, tenta jamais aproximar-se.

        Aliás, não dá prá levar a sério, um leitor de Safatle. No PT e nas suas administrações, meu caro, não há “não-ação” e sim ações objetivas, porem focadas noutra direção, que não à uma minoria, ou a uma pretensão puramente eleitoral.

    2. Neste sentido, vale muito a

      Neste sentido, vale muito a pena ler este texto recém-publicado na Carta Maior:

      http://www.cartamaior.com.br/?%2FEditoria%2FEconomia%2FHaddad-e-o-IPTU–erro-estrategico%2F7%2F29170

      Haddad e o IPTU: erro estratégico

      A falta de sensibilidade política do prefeito pode levar a uma comoção na cidade no início do ano, quando os paulistanos forem recebendo os carnês do IPTU.

      4   A+

      Amir Khair

        

      Ao anunciar o aumento do IPTU, o prefeito de São Paulo parece não ter aprendido a lição que veio das manifestações de junho. Naquela ocasião cometeu erro sério ao decretar o aumento da tarifa de ônibus sem antes auditar as empresas operadoras para determinar o custo do sistema de transporte coletivo da cidade, sua responsabilidade.
       
      Esse erro poderia ter sido evitado caso seguisse o exemplo da então prefeita Marta Suplicy, que só alterou a tarifa em 2001 após levantar os custos feitos em auditoria realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
       
      É da prefeitura a responsabilidade de fixar a tarifa do transporte coletivo municipal. Poucos são os prefeitos que auditam os custos das empresas operadoras para estabelecer a tarifa a ser paga pela população usuária. O cuidado ao tomar a decisão sobre a tarifa denota o respeito aos usuários que pagam a tarifa em suas viagens na cidade.
       
      A população tem razão ao chamar a atenção das autoridades para o elevado custo das tarifas no orçamento doméstico e das péssimas condições em que são transportadas.
       
      A tarifa na cidade de São Paulo embute um subsídio que a prefeitura paga às empresas operadoras. Neste ano foi estimado em R$ 1.425 milhões, antes de conhecer o custo auditado das empresas operadoras. Para o próximo ano a prefeitura estimou no orçamento enviado à Câmara Municipal o subsídio de R$ 1.650 milhões. Não se sabe a premissa que deu origem a esse aumento. Será que contempla alguma auditoria? Não creio, pois nada se falou a respeito.
       
      Sob o argumento de que precisaria ter recursos para manter a tarifa do transporte coletivo congelada, o prefeito quer elevar em média 24% o valor do IPTU deste ano a ser paga pelos paulistanos no próximo ano. Independente do exagero nessa correção, pois o aumento do IPTU é várias vezes maior do que a elevação do subsídio, há que considerar o seguinte: a) São Paulo é disparada a capital que cobra o IPTU per capita mais caro do País, quase o dobro do IPTU de Florianópolis, a segunda mais cara; b) há mais de um milhão de imóveis de pequeno valor que são isentos do IPTU, sobrecarregando ainda mais os demais que não estão isentos.
       
      A falta de sensibilidade política do prefeito pode levar a uma comoção na cidade no início do ano, quando os paulistanos forem recebendo os carnês do IPTU. O repúdio pode atingir proporções que impeçam à Câmara Municipal, mesmo com a maioria da situação, aprovar o aumento do IPTU.
       
      Em resposta às críticas que começaram a surgir de toda parte, a Prefeitura argumenta que o valor venal (valor atribuído pela prefeitura ao imóvel) está desatualizado e que com a atualização cresce o valor a ser cobrado, mas que para evitar cobranças muito elevadas estaria limitando os imóveis residenciais a uma correção máxima de 30% do valor pago neste ano e de 45% para os demais imóveis, comerciais, industriais e terrenos.
       
      O pulo do gato é aqui nestes limitantes. Caso fossem, por exemplo, limitados pela inflação, a correção média seria pouco acima de 6%, pois com a expansão da cidade novos imóveis irão pagar o IPTU.
       
      Assim, é possível que a Câmara Municipal querendo mostrar que irá defender os interesses dos paulistanos reduza os limitantes acima e, com isso, estaria negociando com o prefeito uma “proteção” ao bolso dos contribuintes.
       
      A jogada do prefeito pela elevação do IPTU pode dar certo e, com isso, a prefeitura vai ter mais recursos à disposição, mas há que considerar que o risco de repúdio a essa elevação cresça em intensidade e marque o prefeito de forma que não gostaria de ser lembrado. O risco político parece alto, especialmente se considerar o próximo ano como importante nas eleições de presidente e governadores e a cidade de São Paulo como centro irradiador do humor político ao resto do País.
       
      O prefeito deve ter avaliado o risco de forçar a alta exagerada do IPTU, especialmente porque vai atingir em cheio a classe média e parte da população de renda menor que certamente será atingida.
       
      Outro risco é quanto à paulada no reajuste das empresas, especialmente micro, pequenas e médias que serão duramente atingidas. Carece de sentido essa forte elevação de carga tributária sobre as empresas que podem acelerar o processo de saída da cidade em busca da defesa de seus interesses.
       
      O prefeito quer estimular a criação e vinda de empresas para a cidade e, com o IPTU elevado, pode é afugentar empresas e marcar ainda mais a cidade como uma das mais caras do País.
       
      Ainda é tempo de rever tudo isso. É necessário corrigir os valores venais dos imóveis. Mas, ao fazer isso, é necessário reduzir as elevadas alíquotas que incidem sobre esse valor para dar o valor do IPTU e, principalmente, impor limites de correção compatíveis com a inflação da cidade, que é de no máximo 6%.
       
      A sanha arrecadadora da prefeitura deve ser contraposta pelo impacto social e político causado, especialmente pelo precário retorno de serviços que a prefeitura dá aos paulistanos.
       
      A prefeitura deveria obter recursos não pela elevação da carga tributária, especialmente sobre a classe média, com o IPTU, mas pela gestão das despesas que podem ser reduzidas permitindo pelos mesmos recursos disponíveis realizações com maior alcance. Um exemplo é a auditagem de custos do sistema de transporte coletivo reduzindo o valor de R$ 1.650 milhões de pagamento às empresas operadoras do transporte coletivo.
       
      É fundamental não cometer mais um erro estratégico na condução da cidade mais importante do País. O IPTU é uma espécie de condomínio da cidade. É o preço que se paga para morar na cidade. Em respeito a seus moradores sua correção não deveria ultrapassar a inflação. Com a palavra a Câmara Municipal.

       

      1. IPTU de 2014

        Caro Marcos, antes de atacar a administração do Prefeito Haddad, e tentar confundir os demais leitores, de que estaria havendo uma “corrida” em busca de recursos na cobrança do IPTU, nos imóveis da cidade, para tapar buracos de outros setores, aconselho-o a pesquisar as atribuições do então Prefeito de São Paulo, em 2009, Gilberto Kassab, que obedecendo às determinações legais da Câmara dos Vereadores, deixou decretado, que neste ano(2014) alguns impostos municipais(entre os quais o IPTU) seriam reajustados acima da inflação oficial, para reaver resíduos, deixados de cobrar, naquele ano.

        Outrossim, há da parte da atual administração, não uma “sêde” de impostos, e sim, uma cobrança justa e equitativa, dando-se isenções deste impôsto, aos imóveis de pequeno porte, e/ou da periferia, e um aumento proporcional, àqueles que super-valorizaram-se, nas áreas nobres, e nas regiões comerciais.

    3. “Décadas de sucateamento da

      “Décadas de sucateamento da infraestrutura, apenas como exemplo cito o apagão elétrico do governo FHC.”

      Onze anos Sr. Assis Ribeiro, uma decada e um ano Sr. Assis Ribeiro, infinitos onze anos, e vc ainda fica batendo na FHC?!?!

      Desonestidade sei que nao e’, em suas analises talvez teu pecado seja o excesso de militancia petista. Te livra disso rapaz…

       

      1. O sucateamento da infraestrutura

        Muito mais que 11 anos , 30 anos sem construir uma refinaria de petróleo, cerca de30 anos da destruição da industria naval, navegação de cabotagem que ainda não decolou, falência do Loid Brasileiro, destruição da malha ferroviária, Itaipu foi construida na decada de 70, Belo Monte que deveriia ser a seguinte grande hidroelétrica só agora esta em obras. o colápso na consturção de infraestutura começou quando o brasil ficou insolvente.

  4. Oportunidades perdidas

    Aquela matéria do Wall Street Journal, prontamente rechaçada e sequer analisada com mais rigor pelos comentaristas, trouxe uma discussão interessante: o Brasil poderia – e tinha cacife para isto – ter investido TAMBÉM na produtividade da economia na época de bonança quando do boom das commodities.

    No período de toda a década passada em que o país passava um período de bem-estar, houve a formação do excedente necessário para o Estado investir, diretamente, nestas obras de infra-estrutura que priv..ops, concede para a iniciativa privada agora.

    Eu não tenho dúvida que, nesta queda de braço governo-iniciativa privada, esta última conseguirá vencê-la, impondo suas tarifas e suas margens de lucro altíssimas. Esse negócio aí é ponto pacífico: dê-me uma rodovia, ferrovia, porto, aeroporto priv..ops, concedida e entrego-lhe o tal do “Custo Brasil”, com tarifas altíssimas, aditivos, margens de lucros pornográficas, e aí doravante.

    Mesmo no governo atual, que não tem uma margem de manobra tão grande quanto Lula, uma matéria aqui no GGN mesmo (pena que não publicada no LNO) atestou que para 2014 está previsto um montante de R$ 249 BILHÕES em desonerações fiscais.

    Agora me diz para que serve isto?

    Ao invés de ficar desonerando com sabe-se lá qual efeito pra economia (cadê os resultados?), inclusive com recursos da Seguridade Social, pega esta grana toda e coloca o Estado pra fazer estas obras de infra-estrutura. Esse pessoal não é desenvolvimentista? Keynesiasta? Que desenvolvimentismo é este que passa tudo pra iniciativa privada?

    Passa o fillet mignon, diga-se de passagem, que o que ninguém quiser o Estado explorará diretamente.

    Se for assim, até os tucanos com a Anhanguera, Ayrton Senna e Bandeiras também são desenvolvimentistas.

  5. Sempre o planejamento..

    A incompatibilidade políticos/planejamento reside em um fato simples. 

    Planejamento, ainda mais na área de infra-estrutura, ou para reformas estruturais, como “aumentar a produtividade da indústria”, é tarefa que se planeja para anos, que na maioria das vezes ultrapassam um mandato eletivo.

    Muitas vezes o Estado começa a investir no primeiro ano de mandato, e com um aporte imenso de recursos, sendo que no final do último ano (época de eleições) esta política ainda pode não ter dado resultado concreto algum.

    Há outras variáveis também.

    Como por exemplo a redução (demagógica) de custos. O metrô de SP, na baldeação Paulista vs Consolação, é um lugar que já nasceu congestionado e inviável pelo número de passageiros.

    Os engenheiros planejaram este “entroncamento” para quando? HOJE? Em países com boa tradição de planejar teria-se calculado o número de passageiros para daqui há 20, 30 anos, considerando o possível aumento da população, sendo hoje o tal espaço um grande vazio para o bem dos passageiros.

    Então, se planejar certinho não seja “eleitoralmente atraente” para os políticos, pode esquecer. Melhor substituir por penduricalhos que dão resultado rápido, mesmo que você comprometa o todo, mas daí depois a gente resolve isso, o importante é ser eleito ou reeleito.

  6. Uma das muitas leituras …

    … das manifestações de junho passado, especialmente em relação ao PAC2, podia ser esta:

     

    “Acelera, Dilma!” 

     

    Afinal, do que se reclamava ? De tudo o que funciona mal.

     

  7. Serra e seus Amigos…

    http://poderonline.ig.com.br/index.php/2013/10/18/o-bom-humor-de-jose-serra/

    Eleições | 07:00

    José Serra agora só anda de bom humor

     

    Chamava a atenção ontem o bom humor do ex-governador José Serra, durante a visita que fez a Brasília para conceder uma palestra sobre os 25 anos da Constituição.

    Depois do evento, Serra conversou longamente com jornalistas. E até brincou ao ser questionado sobre os sucessivos sorrisos: “Imagine, eu sou sempre bem humorado”.

    Numa sala reservada atrás do palco, o tucano encontrou por acaso o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes. Também fez várias brincadeiras e até avisou ao colega: “Olha, na minha palestra eu nem entrei na questão do poder do STF, hein?”. Gilmar Mendes riu e, pouco depois, respondeu constrangido a perguntas sobre se Serra seria seu candidato à Presidência: “Serra é meu amigo”.

     

  8. Em Pelotas Viaduto que vai dar em rua de chão

    Prezado Nassif,

    Realmente, há muitas obras que parecem estar ocorrendo sem planejamento. Aqui em Pelotas (RS), estão sendo criadas rotatórias em todas as entradas da cidade. Isso não é má notícia. O detalhe é que uma das rotatórias vai desembocar em uma rua sem pavimentação e sem calçamento (uma rua de chão batido). É o caso da Rua 25 de Julho. Parte da rua é pavimentada, outra parte é calçada, mas cerca de dois quilômetros de ligação da rua com a BR é de chão. Do melhor do meu conhecimento, não há nenhuma previsão de que essa rua esteja pavimentada quando a rotatória estiver pronta. Isso não parece um absurdo?

  9. Infraestrutura

    Em DEZ ANOS dá para investir muito em infraestrutura? dá sim… e porque o FHC não fez?
    Ah, por que havia uma crise. É? e agora que o mundo todo vive uma crise, e ainda assim temos volumosos investimentos na infraestrutura? 
    No tempo do FHC, nem energia tinha que é o item básico de infraestrutura.

    1. Nos governos militares havia

      Nos governos militares havia uma crise economica interna e externa de grandes proporções e o Brasil construiu nesses 21 anos a maior parte do parque hidroeletrico hoje em funcionamento, 9 das 11 refinarias da Petrobras, todos os aeroportos internacionais que o Brasil tem, os metrôs de São Pauilo e Rio, as duas mais sofisticadas rodovias do Pais, Bandeirantes e Imigrantes, a Ponte Rio Niteroi, a exploração maritima de petroleo, o Pro Alcool, a EMBRAER, a EMBRAPA, a Telebras, o Programa Nuclear, a Base de Alcantara, a usina de Itaipu, etc e etc. Depois quase nada mais foi feito, no governo FHC o parque hidroletrico já era o de hoje mas hpuve uma seca de dois anos e não havia usinas termoeletricas como reserva, porisso houve a crise do apagão, no mesmo governo FHC foram construidas ou deu-se o inicio da construção do atual parque termoeletrico a gás que hoje segura o fornecimento de energia eletrica.

      1. Desafiando nossa capacidade de memória?

        Caro A.A: no auge da farra de investimentos em infra-estrutura (e desinvestimento na sociedade pela educação e liberdade cultural) não havia crise econômica e sim uma enxurrada de petrodólares no mercado, que os militares usaram e abusaram, endividando o nosso país de forma fiscalmente insustentável, para não dizer irresponsável e criminosa.

        A conta veio em 1982, e ficamos com duas décadas perdidas, sofrendo uma deterioração nunca dantes vistas das cidades e da sociedade.  Esse é o saldo da “Redentora”, que deve ser lembrado a todos. 

      2. Desafiando nossa capacidade de memória?

        Caro A.A: no auge da farra de investimentos em infra-estrutura (e desinvestimento na sociedade pela educação e liberdade cultural) não havia crise econômica e sim uma enxurrada de petrodólares no mercado, que os militares usaram e abusaram, endividando o nosso país de forma fiscalmente insustentável, para não dizer irresponsável e criminosa.

        A conta veio em 1982, e ficamos com duas décadas perdidas, sofrendo uma deterioração nunca dantes vistas das cidades e da sociedade.  Esse é o saldo da “Redentora”, que deve ser lembrado a todos. 

        1. O endividamento, salvo alguns

          O endividamento, salvo alguns erros, teve contrapartida em capacidade produtiva, ao passivo corresponderam ativos que até hoje são a coluna mestra da infra estrutura brasileira em todos os setores, Trocou-se passivo externo (divida + IED) por fabricas, usinas hidroeletricas, refinarias, metros, pontes, usinas siderurgicas (Usiminas + Açominas + Piratini+ expansão da CSN+ expansão da Cosipa).

          À enxurrada de dolares da soja e do minerio de ferro dos governos do PT corresponderam viagens a Miami para comprar bugigangas, perfumes, carrinhos de bebê, eletronicos. Hoje com toda a enxurrada de dinheiro que entrou por virtudes da liquidez mundial, e do preço das commodities pouco ou nada foi feito em termos de infra estrutura, preferimos contentar o zé povinho com o carro zero e a Disneylandia.

          Os militares, com todos seus defeitos, tinham visão de futuro e de Pais infinitamente maior do que os presidentes posteriores, sem eles hoje estariamos no escuro andando em lombo de burro.

          1. O que fazer para diminuir compras em Miami

            Sera que dá para fazer como nos governos militares que vendiam US$ 1.000,00 para cada viagem? O assunto era tão absurdo que até viagem de negócios tinhamos que levar o mesmo valor.

            Lembro de num jantar com o presidente de uma cimenteira italiana, para o qual queriamos vender equipamentos brasileiros e não importados, para uma fábrica da cimenteira no Brasil. Ele marcou no encontrar-se conosco no restaurante Space Cardin, em Paris. Como lá já estavamos, fomos encontrá-lo e conseguimos a promesa de compra de alguns equipamentos no Brasil.

            E na hora e pagar o conta? Ele foi embora e nós ficamos contando os dolares dos bolsos de todos os brasileiros. já que não havia cartão de crédito, em dolares,  para brasileiros. UFA, juntando tudo deu a conta e sem gorgeta!

            É para ser assim de novo, querido AA?

            É só aumentar o dolar turismo que a farra acaba, mas vc sabe o que os coxinhas irão falar. Dirão que não querem que os brasileiros conheçam as maravilhas dos estates e vejam como no Brasil as coisa são ruins. Não querem que comprem barato o que aqui custa caro e custa caro porque o nosso comercio trabalha com margens altíssimas na revenda. Vende pouco e vende caro, este é o lema dos Shoppings.

            E alem do mais COXINHA É SEMPRE COXINHA e com eles não tem viagem de turismo não, é só viagem de compra. Se estão em Paris, ninguem vai a museu e estaurante. Todo mundo compra perfume. Nos USA sem esta de ver jazz no Harlem ou algum museu e só compra de roupas vagabundas e por baixo preço. 

  10. A pressão que da falta de um planejamento territorial

    Os problemas da concessão das novas ferrovias e das concessões fora dos eixos do Sudeste se reduzem ao grande problema ainda não equacionado na política governamental: o problema do crônico desequilibrio territorial, que provoca desequilibrio nos fluxos logisticos. 

    De um lado, o governo está com a razão de prever investimentos relevantes nas regiões fora do núcleo, especialmente nas regiões das novas fronteiras de crescimento, como estratégia de requilibrio territorial e crescimento econômico. 

    Esses projetos são, de fato, essenciais, mas estão maculados com o problema do mercado (ainda ) inexistente,prenhes portanto de altíssimo risco de mercado, do qual a iniciativa privada foge que nem diabo da cruz. 

    Um parêntese: a questão do desequilíbrio territorial foi absolutamente ignorada na era fernandina, onde o objetivo era entregar ativos infraestruturais atrativos à iniciativa privada, sob quaisquer condições, para fazer boa figura junto ao mercado financeiro internacional, aderindo-se obedientemente e sem discussão aos ditados no Consenso de Washington. 

    Não é de se admirar, portanto, que as concessões nessa era tiveram enorme “sucesso”: no campo das rodovias foi licitado o filé-mignon, e o principal era vender o melhor possível para fazer caixa para o pagamento da dívida. No campo das ferrovias, foi uma política de entrega total da rede, previamente fragmentada, sem condições referentes a investimentos e a serviços mínimos. 

    E aí aconteceu o que tinha de acontecer: o desequilíbrio territorial levou a que as concessionárias se concentrassem nos poucos fluxos intensos, aumentando a tonelagem-quilômetro em poucas linhas, e deixando sucatear o resto (hoje, estão pedindo para “devolver” o osso da rede). Resultado disso: de 29 mil km concedidos, menos de 10 mil operam. O resto está abandonado, arrancado ou ocupado por favelas, onde travessam as áreas urbanas. Trem de passageiros, nem precisa falar…

    Na verdade, a ferrovia brasileira virou, em boa parte, uma infra-estrutura privada para grandes mineradoras, deixando de prestar serviços públicos. Tanto é que dificultam o acesso de clientes, para que sua demanda serviço não atrapalhe o tráfego dos minérios, ou para dificultar a concorrência de mineradoras não proprietárias das ferrovias (o que acontece em Minas Gerais).

    O resultado é o agravavemento do desequilibrio da matriz modal, talvez não tanto sob ponto de vista da tonelagem, mas sobretudo sob da conectividade de rede: hoje, a nossa conectividade ferroviária está mais baixa do que na época do Império…

    O novo modelo do Governo Federal, absolutamente inovador na experiência mundial (essa seria uma das dificuldades de “vendê-lo” à iniciativa privada) surge como resposta consequente à trágica redução das ferrovias a (poucas) linhas privadas de produção das mineradoras.

    Primeiramente, introduziu-se a liberdade de acesso a qualquer operador interessado independente –  mas cuja concessão continua, nas ferrovias já concedidas, sujeita à “negociação” e ao interesse da concessionária, dado o catastrófico desenho do contrato de concessão que não previu esse principio.

    Em segundo lugar, o Governo passou a assumir, em um passo corajoso e, de certa forma, fiscalmente arriscado, todo o risco do mercado, uma vez que a economia regional e a densidade de tráfego nas regiões fronteiriças contempladas por muito tempo ainda não serão capazes de produzir a demanda de equilíbrio financeiro.

    Assim sendo, volta-se ao problema inicial: “It´s Geography, stupid!”. Nós temos advogado que a busca da sustentabilidade fiscal desses investimentos de grande porte requer que sua concepção e implantação se faça acompanhar  de projetos produtivos e outras ações que catalizem o crescimento econômico na área de influência da infra-estruturas. Portanto, há de se construir uma nova paisagem de crescimento, e demos a esse conceito o nome de Programa Territorial.

    Seguindo essa linha, a consolidação comercial das novas vias, e a consolidação fiscal dos correspondentes investimentos e despesas públicos, dar-se ia pela concessão de áreas públicas próximas para um novo tipo de empreendimento privado, que denominamos Empresa de Desenvolvimento Territorial.

    Essa empresa seria contratada sob condição de realizar desempenhos mínimos em termos de geração de tráfego para a infra-estrutura em questão, e de crescimento econômico e de arrecadação fiscal para a União, estados e municípios, para que esses possam investir nos outros investimentos catalizadores.

    Em contrapartida, usufruiria ampla liberdade para realizar nas áreas concedidas a implantação e exploração de centros de negócios e de logística, desenvolver negócios imobiliários e intermediar entre produtores locais e mercados nacionais e internacionais.

    A disponibilidade gratuita e livre de impostos desses ativos públicos, inserida em um programa territorial que irá incentivar o crescimento econômico e prover investimentos e ações públicas complementares e catalisadores (educação, energia, saneamento, facilitações etc.), poderia abrir espaço para um novo negócio lucrativo, relacionado com a dinamização econômica da área e com a geração necessária de tráfego para a nova infra-estrutura.

    Mas essa abordagem requer que o Governo Federal responda o que quer em termos de desenvolvimento territorial. Nesse quesito, o planejamento territorial anda ainda a passos de tartaruga. Mal concluída a Conferência Nacional de Desenvolvimento Regional , e amadurecidos alguns conceitos e diretrizes centrais, o ministro que estava à frente dessa auspiciosa iniciativa, teve de sair do Governo por causa do abandono do PSB da base de apoio (aliás, não ouço nada do candidato desse Partido sobre programas de desenvolvimento regional).

    Nessas circunstâncias, têm alguma razão os investidores “chantagistas”…

     

  11. Balbúrdia

    Pois é Nassif,

    “A modelagem de concessões tornou-se uma balbúrdia, sem definição clara de papéis. Há diversos ministérios e agências reguladoras montando seus próprios projetos isoladamente. A coordenação deveria ser da Casa Civil, mas falta conhecimento técnico e sobra pressa política por lá.”

    Por que será que o Paulo Bernardo foi para as Telecomunicações? Fazer caixa para a eleição da Gleisi, certo? Porque não tem ninguém que faça mais lobby em prol das operadoras de telefonia do que Paulo Bernardo. Faz isso para garantir o caixa de campanha de sua mulher que será candidata a governadora. E no final quem paga é o país por botar gente sem preparo para dirigir projetos de infraestrutura. O que a Gleisi e o Paulo Bernando entendem de telecomunicações e logística e infraestrutura?

     

    1. hehehe

      “A coordenação deveria ser da Casa Civil, mas falta conhecimento técnico e sobra pressa política por lá.”

      capacidade de coordenação aonde?? na ministra greice LB? qua qua qua…

      http://joselitomuller.wordpress.com/2013/10/18/ministerio-da-educacao-lanca-programa-de-alfabetizacao-de-ministros-de-estado/

      Ministério da Educação lança programa de alfabetização de ministros de Estado

      This entry was posted on Outubro 18, 2013, in Mundo. Bookmark the permalink. 27 ComentáriosAnalfabetismo funcional de ministros preocupa o MEC

      Analfabetismo funcional de ministros preocupa o MEC

      O Ministério da Educação confirmou a destinação de 324,65 bilhões de reais para um programa que tem por objetivo alfabetizar ministros de Estado.
      O Programa Nacional de Alfabetização de Ministros Analfabetos Funcionais – PNAMAF, tem “o objetivo do programa é acabar com o alto índice de analfabetismo funcional dos ministros. Evitando, desse modo, transtornos, como querer processar blogs de zuação, por exemplo”, informou o porta voz do Ministério.
      O programa tem previsão para se iniciar ainda este ano, e pretende aplicar o chamado “Método Paulo Freire”.
      O MEC teve a iniciativa de lançar o programa preocupado com o crescente número de ministros que não entendem o que leem. Caso logre êxito em seus objetivos, o MEC pretende expandir a iniciativa para alfabetizar deputados, senadores, ex-ministros e ex-presidentes.

      * Dedicado aos camaradas da Vanguarda Popular: vanguardapopular.com.br

  12. A EPL tem gente tão ruim

    A EPL tem gente tão ruim quanto na Casa Civil…

    Como disse o Aécio, o País perde tempo e dinheiro preciso com esse aprendizado do PT….

  13. Nassif, muito se fala sobre

    Nassif, muito se fala sobre infra-estrutura mas, e o transporte ferroviário de passageiros? Nada se fala e nada se planeja neste sentido?

    Em várias regiões daqui do Estado de SP, a linha ferroviária já existe, e já foi no passado usada para transporte de pessoas, hoje só sendo usada para carregar minério.

    Ademais, temos o projeto (será que algum dia sai?) do trem-bala, que seria uma mão na roda (a depender do preço) para os moradores de Campinas, São José dos Campos e fundo do Vale do Paraíba (no entorno de Aparecida), mas isto não resolve o problema dos outros pólos de SP. 

    Até agora eu não entendo quais são os obstáculos para se implantar, por exemplo, linhas de trem normais ligando São Paulo a Jundiaí, Santos, Sorocaba, Ribeirão Preto, e até as contempladas pelo trem-bala São José dos Campos e Campinas.

    Não compensa financeiramente? Interesses paroquiais? Lobby de construtoras e empresas de ônibus?

    Porque todo país desenvolvido investe maciçamente em transporte ferroviário de passageiros. Em um país de dimensões continentais como o Brasil, é um tanto utópico desejar que as linhas liguem do Oiapoque ao Chuí, mas em São Paulo, onde há demanda, capital e estrutura, é incompreensível a omissão do Governo do Estado em implantar algo neste sentido.

  14. Infraestrutura.

    O governo do PT vem tentando reconstruir (construir) o Brasil nesses 10 anos, mas como muitos aqui já falaram não é fácil. Eu concordo que pensar na próxima eleição só atrapalha. Já escrevi várias vezes que Dilma deveria ir pro sacrifício. Mas não podemos ser injustos,temos que ponderar o fator imprensa, que só atrapalha, defende sem pudores seus interesses e da elite a que pertence. Com todos os erros apontados corretamente pelo Nassif, ainda o PT e a Dilma é a melhor escolha pro Brasil. Não vejo Eduardo e Aécio em condições de fazer melhor, os interesses que os levariam ao poder não são bons para o país. Espero que caso Dilma vença a eleição no segundo mandato ela consiga resolver esses problemas na infrestrutura, lembrando que é esperado uma mudança nesses ministérios.

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