Aguardando o Senhor Crise

Há algo em comum entre Brasil e Argentina: a absoluta intolerância que tomou conta do jogo político. Na Argentina, a abertura política se deu sob a égide de Peron. Foi como se, após a longa noite da ditadura, o país retomasse a polarização histórica.

No Brasil, a abertura se deu com novos personagens políticos. Nos anos anteriores desapareceram quase todos os grandes nomes do período pré-militar, Juscelino Kubitscheck, Carlos Lacerda, João Goulart. Da fase anterior, restaram Leonel Brizolla e Miguel Arraes, influentes mas sem dimensão nacional.

E a abertura acabou conduzida por articuladores parlamentares, como Tancredo Neves, Ulisses Guimarães, José Sarney, Franco Montoro, costurando as alianças que, mais à frente, abririam espaço para a nova geração que surgia, fundamentalmente paulista, com Mário Covas, Lula, Fernando Henrique Cardoso e os intelectuais uspianos.

De certo modo, PT e PSDB nasciam da mesma semente, uma social democracia incipiente, com laivos modernizantes, de um lado, retórica social, de outro, trazendo a bandeira das ideias moldadas na Constituinte de 1988 e tendo como dois adversários a ditadura e a inflação.

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Aí entram algumas vulnerabilidades brasileiras: a falta de centros de pensamento estratégico, de um pensamento estruturado, que combinasse políticas sociais eficazes, políticas econômicas equilibradas, fazendo com que o pêndulo econômico – entre liberalização e estado social – não se afastasse muito do centro.

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Houve melhoras. Do ponto de vista conceitual, o leque hegemônico da política brasileira se diferencia em torno do maior ou menor ativismo estatal e do maior ou menor apego aos dogmas do mercado financeiro.

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O primeiro movimento radical foi de Fernando Collor, pretendendo enterrar a pesada herança burocrática do período militar. Promoveu desregulamentações relevantes mas matou, com seu radicalismo, várias políticas de longo prazo, como o desenvolvimento da energia nuclear, a indústria naval.

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Fernando Henrique Cardoso prosseguiu nesse caminho, muito mais como o cavalo da umbanda, deixando-se cavalgar pelos economistas do Real.

O simples fato de ter-se domado a inflação incluiu automaticamente milhões de brasileiros no mercado, em um período em que as grandes multinacionais realocavam sua produção por outros centros – de olho na China-Ásia e no Brasil.

O discurso da estabilização foi tão forte que deixou o PT sem bandeiras. E quem não tem bandeiras recorre ao denuncismo como única arma.

Essa oportunidade única foi desperdiçada por interesses pouco claros dos economistas do real na manutenção de um câmbio irresponsavelmente apreciado e em uma política de juros criminosa.

FHC recebeu a economia em condições razoáveis, graças ao trabalho prévio de Collor – reduzindo a dívida pública a golpes de bloqueios e abrindo a economia – e Itamar – acertando o pesado endividamento circular do setor elétrico.

Em pouco tempo, câmbio e juros destruíram o equilíbrio orçamentário e nas contas correntes, produzindo a maior dívida da história sem contrapartida de ativos.

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Os exageros recorrentes, a falta de responsabilidade econômica mataram o sonho neoliberal abrindo espaço para a era Lula.

Lula logrou a inclusão de 40 milhões de pessoas – um feito histórico. Mas manteve a herança maldita do câmbio apreciado e dos juros elevados. Criou-se um enorme mercado de consumo interno sem a contrapartida do fortalecimento industrial brasileiro.

Não fosse a crise mundial de 2008, o país teria enfrentado sua primeira crise externa pós-desvalorização cambial de 1999

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Houve um interregno virtuoso com a crise. O governo saiu da ortodoxia onerosa do período anterior para um ativismo responsável, no qual a atuação dos bancos públicos e dos incentivos fiscais foram essenciais para a superação da crise sem maiores traumas.

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Aí se entra na mesma maldição do pêndulo. O sucesso do ativismo econômico passa a sensação de onipotência ao primeiro governo Dilma, da mesma maneira que a paz dos cemitérios dos juros altos e câmbio baixo iludiram FHC.

Avança-se no voluntarismo com a distribuição ampla de incentivos fiscais, aumento de gastos sem mexer nos limites de superávit, atropelando os estudos e alertas da burocracia competente que trabalha na Secretaria do Tesouro Nacional.

Agora, volta-se o pêndulo para a ortodoxia, com cortes fiscais capazes de suportar uma taxa de juros irracionalmente elevada.

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O ciclo desenvolvimentista morre por inabilidade econômica. E cadê as ideias capazes de sustentar a nova era? Não existem. FHC nunca foi um formulador. E os ventos extraordinários da Constituinte encontram, pela frente, partidos velhos, estratificados, ambos, PT e PSDB, imersos até o pescoço no jogo político raso do presidencialismo de coalizão.

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Resta, então, o uso reiterado do discurso do ódio, facilitado pela insegurança econômica trazida pelos erros de política econômica, potencializada por um trabalho sistemático da mídia, de recriar diariamente o discurso do fim de mundo.

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Sem esse fio condutor da boa política econômica, o resultado é o afloramento dos ressentimentos, o ódio explícito nas redes sociais e nas manchetes da velha mídia.

A radicalização se aprofundará nos próximos tempos. Até que surja um estadista capaz de recompor e unificar o país. Em vários momentos da história, esse estadista extraordinário atendia pelo nome de Sr. Crise.

Luis Nassif

103 Comentários

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  1. Estava me perguntando…

    quando será que o Nassif falará do Sr. Crise? Taí.

    FHC com “cavalo de umbanda” deixando-se cavalgar pelos economistas do Real…

    Dilma seria do mesmo tipo? Agora, deixando-se cavalgar pelos economistas da Banca?

  2. E assim caminhamos.

      Um texto,finalmente( para mim), e acho que para alguns,que lança luzes na escuridão. A Presidenta deveria ter vindo em Rêde Nacional , mostrar aos brasileiros ,o porque de um banqueiro na Fazenda. Simples e democrático seria o seu comportamento, e em nada a desmereceria,ao contrário estaríamos ainda mais ao seu lado.

      Presidenta,ainda há tempo para isso.

  3. Recebi pelo Facebook e gostaria de compartilar com os colegas

    Tem muito à ver com o conteúdo da matéria de Nassif

     Irmãos queridos,

    Diante dessa crise que se abate sobre o nosso povo, face a essa onda de pessimismo que toma conta dos brasileiros, frente aos embates que o país atravessa, estamos convidando todos os espíritas para se engajarem nesta campanha.

    Há urgente necessidade de que a fé, a esperança e o otimismo renasçam nos corações.

    A onda de pessimismo, de descrédito e de desalento é tão grande que, mesmo aqueles que estão bem intencionados e aspirando realizar algo de construtivo e útil para o país, em qualquer nível, veem-se tolhidos em seus propósitos, sufocados em seus anseios, esbarrando em barreiras intransponíveis. É preciso modificar esse clima espiritual. É imperioso que o sopro renovador de confiança, de fé nos altos destinos de nossa nação, varra para longe os miasmas do desalento e do desânimo. É necessário abrir clareiras e espaços para que brilhe a luz da esperança.

    Somente através da esperança conseguiremos, de novo, arregimentar as forças de nosso povo sofrido e cansado. Os espíritas não devem engrossar as fileiras do desalento. Temos o dever inadiável de transmitir coragem, infundir ânimo, reaquecer esperanças e despertar a fé! Ah! A fé no nosso futuro! A certeza de que estamos destinados a uma nobre missão no concerto dos povos, mas que a nossa vacilação, a nossa incúria podem retardar. Responsabilidade nossa. Tarefa nossa.

    Estamos cientes de tudo isto e nos deixamos levar pelo desânimo, este vírus de perigo inimaginável. O desânimo e seus companheiros, o desalento, a incerteza, o pessimismo, andam juntos e contagiam muito sutilmente, enfraquecendo o indivíduo, os grupos, a própria comunidade. São como o cupim a corroer, no silêncio, as estruturas. Não raras vezes, insuflado por mentes em desalinho, por inimigos do progresso, por agentes do caos, esse vírus se expande e se alastra, por contágio, derrotando o ser humano antes da luta.

    Diante desse quadro de forças negativas, tornam-se muito difíceis quaisquer reações. Portanto, cabe aos espíritas o dever de lutar pela transformação deste estado geral. Que cada Centro, cada grupo, cada reunião prime por essa campanha. Que se esforcem por uma renovação dessa psicosfera sombria e que as pessoas realmente sofredoras e abatidas pelas provações, encontrem em nossas Casas um clima de paz, otimismo e de esperança! Que vocês levem a nossa palavra a toda parte. Aqueles que possam fazê-lo, transmitam-na através dos meios de comunicação.

    Precisamos contagiar o nosso Movimento com estas forças positivas, a fim de ajudarmos efetivamente o nosso país a crescer e a caminhar no rumo do progresso. São essas forças que impelem o indivíduo ao trabalho, a acreditar em si mesmo, no seu próprio valor e capacidade. São essas forças que o levam a crer e lutar por um futuro melhor. Meus irmãos, o mundo não é uma nau à métrica. Nós sabemos que “Jesus está no leme!” e que não iremos soçobrar. Basta de dúvidas e incertezas que somente retardam o avanço e prejudicam o trabalho. Sejamos solidários, sim, com a dor de nosso próximo. Façamos por ele o que estiver ao nosso alcance.

    Temos o dever indeclinável de fazê-lo, sobretudo transmitindo o esclarecimento que a Doutrina Espírita proporciona. Mas também, que a solidariedade exista em nossas fileiras, para que prossigamos no trabalho abençoado, unidos e confiantes na preparação do futuro de paz por todos almejado. E não esqueçamos de que, se o Brasil “é o Coração do Mundo”, somente será a ” Pátria do Evangelho ” se este Evangelho estiver sendo sentido e vivido por cada um de nós.

    Mensagem de Eurípedes Barsanulfo, médium Suely Caldas Schubert – CE Jesus no Lar

    1. Assis, é com profundo pesar
      Assis, é com profundo pesar que te digo: muitos dos espíritas que tenham lido esta mensagem – plena de tolerância, de benevolência e indulgência – a tomarão como uma “autorização”, uma “chancela” a corroborar as mais insultuosas e mesquinhas manifestações, inacreditavelmente vindas dos que SABEM da inexorabilidade da Lei do retorno e do peso de pensamentos e palavras proferidas sob a urdidura do ódio, do desprezo e do menosprezo. Que SABEM da responsabilidade de todos nós – não com a condescendência – com a compreensão de que é preciso agregar, esclarecer, amparar ao invés de, como acontece diariamente e de forma quase obsessiva, disseminar o ódio, alimentá-lo, desejar males e doenças a pessoas, conjurá-las. Me parece que há um colapso, um curto circuito, impelindo pessoas esclarecidas a uma arrogância, a uma postura lamentável de “somos os guardiões da moral” que é no mínimo hipócrita, uma vez que sabemos que, se estamos reunidos neste tempo-espaço, nestas circunstâncias, grande responsabilidade trazemos e temos com tudo isso e com o melhor encaminhamento possível com o qual devemos contribuir. Antes de tudo, muita calma no apontar de dedos e nas “cruzadas” particulares. Sabemos, em nosso íntimo, o que geramos e que o que criarmos de desequilíbrio precisaremos ajustar depois. Tenho estado apreensiva; se os que SABEM da inexorabilidade das causas e efeitos agem assim …

  4. Ocorre que estamos em crise

    Ocorre que estamos em crise há alguns anos e o “estadista extraordinário” não surgiu para “recompor e unificar o país”.

    O imediatismo, o medo, a vulnerabilidade, a aparência, e a fragmentação da sociedade líquida abordada por Zygmunt Bauman não permitem que se faça um estudo honesto dos motivos da crise no Brasil e pelo mundo.

    Não se pode analisar com seriedade a desindustrialização de forma desconectada do modelo atual de financeirização da economia. A visão de economistas do mainstream promovidos a gurus pela mídia é a de substituir a visão a longo prazo, própria da indústria, pelo ganhar o máximo possível no mais curto espaço de tempo. Uma perfeita adaptação ao pensamento de Bauman em suas constatações sobre os dramas e incertezas da sociedade moderna.

    Nesse modelo atual os lucros buscados pelo capital entraram no circuito da especulação financeira, paradoxalmente seguro e altamente lucrativo. Os exemplos são onde na Europa e nos EUA com juros beirando ao negativo, ou mesmo negativo, o capital não migrou para a produção. Em países com o Brasil de juros altíssimos, mais certo ainda que o capital não irá para a produção.

    No Brasil a situação é ainda mais cruel pelas propagandas da mídia e de seus gurus econômicos que massificam a ideia de tirar os instrumentos de gestão do Estado para equilibrar as finanças públicas na tentativa de impor critérios que conduzem à recessão ou estagnação econômica, nas pressões sobre o aumento dos juros que leva à necessidade crescente de mais percentagem do PIB para pagar a dívida pública.

    A finanismo bloqueia o desenvolvimento, toma o lugar do investimento produtivo, os capitais refugiam-se na especulação ou em paraísos fiscais. No período de FHC esse rentismo aniquilou a procura agregada, esmagou as micro, pequenas e médias empresas. No seu governo ficou demonstrado que quanto mais medidas de incentivos à “iniciativa privada” e privatizações houve, mais o investimento se reduziu e o endividamento cresceu.

    O fato é que o mundo está mais inseguro e insatisfeito. As violências física, social e psicológica surgem em todos os países,  vimos aumentar a xenofobia, intolerância, atentados (inclusive praticado por estudantes e fora de grupos extremistas) e por aí vai. Países que emergiram e que ainda não oferecem um serviço mínimo de transporte, educação e saúde. As doenças sociais e as fobias estão atingindo cada vez mais os jovens.

    A sensação de não pertencimento é clara neste mundo que magistralmente Bauman definiu de “liquido”, a sensação de vazio pode ser observada sobretudo nos jovens, e talvez seja o efeito colateral do individualismo defendido pelo modelo que escolhemos e que parece que está nos levando à solidão, ao não pertencimento, ao vazio, situações que favorecem ao chamamento para atos contrários ao Status quo mesmo alguns dos jovens fazendo parte dele.

    É deste sentimento inicialmente difuso de frustração e descontentamento que surgem os vários movimentos rebeldes.

    A sensação de exclusão é enorme, e claro, atinge principalmente aos mais jovens.

    O medo amplificado de forma proposital, com as máximas de “guerra ao terrorismo”, que veio substituir a “guerra fria”, ou “o nada presta” são utilizadas como formas de controle e está trazendo, mais uma vez, e com amplitude bem maior, o desprazer, o descontentamento, nas relações cotidianas interpessoais e políticas.

    Não só os movimentos se alastram.  Os índices de suicídio aumentam, os atentados individuais da mesma forma. 

    A intolerância parece superar a tentativa de entendimento.

    Portanto, o que tem ocorrido não deve ser analisado de forma limitada, setorizada, ou partidarizada.

    Década de 60, crise juvenil provocada pelo moralismo

    A crise atual, provocada pelo Economicismo.

    A principal consequência disso é que os movimentos que mostram no mundo são vazios, sem liderança, sem direção. Nós estamos sempre contra alguma coisa, mas nunca a favor nada.

    Inúmeros post, comentários, nos anos que frequento o blog, afirmam que:

    1) não há lideranças no mundo;

    2) abordam o vazio do mundo;

    3) as tentativas de soluções para os problemas desde 2008 apontam a falta de direção da nossa própria política.

     

    1. Excelente, Assis.
      Destaco o

      Excelente, Assis.

      Destaco o trecho: “na Europa e nos EUA com juros beirando ao negativo, ou mesmo negativo, o capital não migrou para a produção. Em países com o Brasil de juros altíssimos, mais certo ainda que o capital não irá para a produção.”

      O Sr. Crise só aceita uma saída: a entrega total do que resta de patrimônio público e o arraso tottal dos direitos sociais e trabalhistas. Essa é a “formulação” única. E estão dispostos a vandalizar toda e qualquer instituição, os “valentes guerreiros”. não importam obstáculos como eleições, por exemplo.

      E o Nassif esperando Godot…

      Quem quer dar golpe vai dar golpe. Não é por “culpa” da Presidente nem de ninguém mais. Só estão buscando um estopim para precipitar os fatos.

      Pessoas que derrubam um presidente constitucional para “salvar” a democracia, suspendem habeas corpus para “garantir” a liberdade, achatam o salário “para o bem” do povo são capazes de qualquer coisa…Uns bandidos traidores que insistem em dar liçao de moral nos outros

      Que venham, então.

  5. aguardando o Sr. Crise

    Somos useiros em construir mantos de ilusão e ficarmos embasbacados quando ele se desmorona na nossa frente. E assim La Nave latinoamericana Va, de crise em crise, Esperando Godot…

  6. NAO PARECE UM COMENTÁRIO DO NASSIF

    Tirando as espetadinhas cínicas, não parece um comentário do Nassif, mas está certo em alguns pontos:

    1. A intolerância foi uma semente plantada discurso por discurso, invasão por invasão, bolsa por bolsa, voto por voto, sofisma por sofisma. Agora é colher desse jardim venenoso e cheio de espinhos, parabens aos agricultores!!!!

    2. Não temos projeto de nada, a não ser projeto de poder. Lembro-me da piada que dizia que tivemos presidentes militares, um presidente engenheiro, um presidente sociólogo, um presidente metalúrgico, uma encomomista. O próximo presidente precisa ser Médico Psiquiatra, e já chegou a hora.

    3. Pêndulo é uma metáfora muito fraquinha, eu penso que o movimento que está em funcionamento está mais para VÓRTICE.

    4.Se é preciso mudar esse estado de coisas, alguem tem que dar o primeiro passo no sentido da União Nacional, mais ou menos o que fizeram Inter e Grêmio neste ultimo final de semana. Haverá os arruaceiros que tentarão solapar e haverá aqueles que irão aderir.

    5. Para isso, é preciso buscar uma humildade que eu nunca vi no atual governo e no partido que o sustenta.

  7. Estamos em crise

    Admitir que estamos em crise é o primeiro passo para sair dela. No final do ano passado, não havia crise não é mesmo? A crise era atribuida aos golpistas, pessimistas, a imprensa e a oposição. Pelo menos agora ela virou fato na opinião de muitos.

    Lembrando que o mesmo partido esta no poder a longos 13 anos. Falar de FHC parece piada. É como colocar a culpda da crise em Pedro Alvares Cabral. A figura central desses 13 anos foi Lula. Governou o pais por 2 mandatos e fez a sua sucessora 2 vezes. Então o foco não é FHC e sim Lula. Quer falar de crise? Então fale de Lula, não de Pedro Alvares Cabral.

    Quanto a lideranças, como infelizmente sabemos, não há tais lideres no pais. O fracasso da classe politica é algo inacreditável. E não são só lideres, qual agremiação politica tem alguma credibilidade para liderar um processo de mudança? Até 2002 acreditav-se que o PT seria essa agremiação. Sob a bandeira da ética, juntou intelectuais e lideranças religiosas e dos movimentos sociais. Deu nisso que estamos vendo. Hoje não há, na minha opinião, nenhum partido que inspire um mínimo de confiança. O resultado muito provavelmente será ver o pais entregue ao PMDB (o partido mais prostituido do pais) em 2018.

    Nassif, voce critica muito a ortodoxia na economia brasileira sob Joaquim Levy. Qual seria a saida para o pais na sua opinião?  Gastar mais para estimular a economia? O governo deveria investir mais a despeito de já gastar mais do que arrecada? Qual a saída? Reduzir juros, com uma inflação de 7,5%? Como sair dessa situação gravíssima?

     

     

  8. Pode não ser crise, mas também não é calmaria

    Legal a visão positiva do seu texto Nassif, mas se as coisas não estão críticas, também não estão na calmaria que você escreve, como se toda essa apreensão atual fosse apenas picuinha política.

    Previsão PIB  Focus: -0,58 em 2015. A se confirmar, será a maior contração anual do PIB desde 1990. Alguém aí lembrou da clássica/manjada herança maldita???

    http://exame.abril.com.br/videos/direto-da-bolsa/marco-traz-novas-projecoes-sobre-recessao-e-deruba-bovespa/

    Não falou nada da Dilma no texto, já se vão 5 anos….

     

  9. O post é um sumário do

    O post é um sumário do aconteceu no Brasil desde o final do regime militar. Concordo com a interpretação de quase todos os fatos. Em partucular, também acho que o pior erro do FHC foi tentar usar o real artificialmente valorizado para conter a inflação, imitando a fracassada e ainda mais agressiva política do ministro Cavallo na Argentina. Os juros altos, mantidos no Brasil desde 1994, no meu ver nunca visaram conter a inflação e sim atrair capital estrangeiro especulativo para o Brasil. No presente e no futuro próximo, em que o deficit na balança de pagamentos do Brasil é altíssimo, a entrada de capital estrangeiro será essencial para evitar a liquidação das nossas reservas, e o ambiente econômico brasileiro é pouco atrativo para investimento estrangeiro produtivo. Já se prevê que a Selic atingirá 13% ainda este ano.

    O sucesso do governo petista foi muito comprometido pela ênfase excessiva no consumo interno, o que manteve os investimentos em infraestrutura na faixa dos 2,5% do PIB, valor muito baixo mesmo em comparação com nossos vizinhos da AL, que têm despendido cerca de 4%. Não bastasse isso, o custo de qualquer obra governamental no Brasil é absurdamente alto. Um quilômetro de estrada no Brasil custa três mais do que na China.

    Há um elemento que  frusta qualquer projeto de se implantar programas social democratas no Brasil, o maniqueísmo arraigado nas mentes das pessoas. Ainda vivemos com ideias da época da guerra fria. As esquerdas são anticapitalistas e estatizantes, a direita se opõe ao controle da economia pelo Estado. O contraste com os países nórdicos, onde a social democracia tem sido um grande sucesso, é muito nítido. Naqueles, o Estado tem em suas mãos a educação e a saúde, mas atua bem pouco  no setor produtivo, exceto para sua regulaçã. Um exemplo emblemático é a exploração do petróleo na Noruega. Há uma estatal, a Statoil, que produz 60% do petróleo e tem 67% das ações nas mãos do governo. Mas este pouco interfere na aministração da empresa, que tem excelente governança, nos moldes das empresas privadas. O imposto de renda sobre lucro empresarial na Noruega é de 28,5%. Mas como o petróleo é um negócio especialmente lucrativo e envolve exploração de jazidas que pertencem ao país, as empresas petrolíferas, incluindo a Statoil,  pagam 78,5% de IR. Esse dinheiro sustenta parte da educação e da saúde no país, e uma parte vai para um fundo soberano nacional, que hoje tem coisa de US$750 bilhões de ativos, quase US$150 bilhões para cada norueguês. 

     

  10. A análise do histórico é excelente,

    mas o Sr. Crise, como corolário, e o Sr. Estadista, como solução, são muito rígidos e desesperançados.

    O próprio texto deixa claro quanto pontuais e explícitos são os fatores que refletem as dificuldades dos últimos 20 anos (FHC+Lula+Dilma). Câmbio e juros. Por certo, há outros fatores, mas menos influentes.

    Escreve o Nassif sobre a crise:”potencializada por um trabalho sistemático da mídia de recriar diariamente o discurso do fim do mundo”.

    Recria, sem dúvida, mas apoiada pelo setor financeiro interessado em auferir lucros drenados dos setores produtivos.

    Vejam a principal manchete, hoje, do “Valor”, o que me faria perguntar: Até tu? “Grande empresa corta investimento”.

    Nada diferente a se esperar diante do pífio crescimento da economia no período Dilma 1 e as poucas perspectivas para 2015/16. Mas será tão verdade assim?

    A constatação vem de levantamento feito pelo jornal junto a 21 empresas não financeiras. Resultado: “10 planejam reduzir os aportes em dois dígitos e 4 pretendem manter os gastos no mesmo nível do ano passado. Sete empresas preveem ampliação de aportes, apesar do contexto macroeconômico adverso”.

    Até aí, penso, entre manutenção e ampliação temos 11 empresas. Metade da amostra, num clima como o descrito pelo Nassif e que temos percebido nas folhas e telas cotidianas.

    Vamos mais longe com o “Valor”. Quais as 10 empresas que pretendem reduzir? Nas áreas industrial e de infraestrutura: Petrobras, Vale, Usiminas, Duratex, Ambev e AES Tietê; na área de consumo Natura, Hypermarcas, Grendene e Marisa.

    Os leitores deste GGN são perfeitamente capazes de encontrar aí especificidades pouco relacionadas ao ambiente macroeconômico negativo, principalmente quando isto é megadimensionado pela mídia. Queda de commodities não agrícolas, alto índice de compras e fusões em anos recentes, e claro Lava Jatos, em tempos de crise hídrica e energética potencial.

    É tempo ainda de arrumar a casa, Nassif. E com o que temos para hoje. Formos esperar aparecer um estadista, os efeitos dos gases estufa na camada de ozônio, já terão desafinado nossos bandolins.    

  11. No embrião de tudo esta a

    No embrião de tudo esta a reeleição, o brasileiro tem que aprender que o melhor é sempre a alternância de poder, fim  da reeleição para todos os cargos, com urgência. Segura-se o cambio, mente-se, engana-se, calunia-se para se manter no poder. Gasta-se o que não tem, escode-se a verdade e depois joga a conta para a população pagar e fazem o “bolsa esposa”.

    1. Quer ser honesto cite Eduardo

      Quer ser honesto cite Eduardo Cunha.Como o Pai da bolsa esposa.eleito com votos do PSDB e conivencia da mídia, para dar prosseguimento aos seus planos macabros.

      1. Eliane, eleito por que a sua

        Eliane, eleito por que a sua presidente é muito, mais muito fraca. Seu governo não tema a menor credibilidade. E se daqui a alguns anos ela conseguir alguma será a troco de muito suor, sangue e lagrimas da população.

      2. Eliane, eleito por que a sua

        Eliane, eleito por que a sua presidente é muito, mais muito fraca. Seu governo não tema a menor credibilidade. E se daqui a alguns anos ela conseguir alguma será a troco de muito suor, sangue e lagrimas da população.

        1. Minha presidenta,tem

          Minha presidenta,tem carater,e não quer negociar com os bandidos que está la no congresso.

          Que foram eleitos por hipocritas e desonestos como você.Então ela deveria ter feito um pacto com a bandidagem igual rede globo fez com o CUnha!

          Aí você estária afirmando que a Dilma e o PT faz tudo pelo poder,a politica de trocas e favores!

           

  12. Pontos fundamentais foram esquecidos

    Acho que o contexto mundial transforma qualquer análise. As imensas oportunidades que o resto do mundo aproveitou e o Brasil perdeu foram, para mim, o maior “legado” do governo Lula. Mas acho que o que teve maior impacto na nossa tragetória é, sem medo de errar, a cultura da corrupção institucionalizada. A ditadura da corrupção que sempre houve mas ganhou modelo institucional, envolvendo todas as instâncias do poder. Essa pilhagem foi sistematizada. O único objetivo dos governantes passou a ser se perpetuar no poder para continuar abastecendo seus patrões com dinheiro desviado. Isso me parece muito claro. As “conquistas sociais” são, na verdade, a devolução de algumas migalhas do imenso pão roubado dos mais pobres. Todas as medidas aparentemente técnicas dos gestores da economia são na verdade ações para não matar a vaca e ela continuar dando leite. A cada novo fato vemos que é mais uma ponta do ice berg. O que me surpreende é ver que isso é ignorado da equação. Um país com políticos tão ricos, mesmo ganhando pouco, com empreiteiras tão poderosas, transporte cartelizado e outras tantas provas de que tudo é orquestrado, não pode ser analisado baseado em conceitos filosóficos, técnicos ou ideológicos. É caso de analisar o quanto perdemos a cada decisão que põe em primeiro lugar a facilidade em se desviar dinheiro em detrimento do que o país precisa.

    Notaram como é fácil liberar bilhões para obras e como é difícil aumentar o salário de policiais, enfermeiros ou professores, mesmo sabendo que esse dinheiro volta quase que 100% para o mercado?

    1. Por favor embase e fundamente

      Por favor embase e fundamente com numeros todos esses ganhos que o resto do mundo aproveitou e o Brasil disperdiçou.Depois nos de um comparativo dos indicadores,do governo de Plantão antes do Lula.

      E e estou esperando aumenos ter água,como migalha de todos os roubos que o PSDB promoveu na Sabes,trens,metros,Detran,roubanel,educação,saude falindo os hopistais para tentar a privatização dos leitos publicos…com a Finalidade de se manter no Poder por 20 anos.

       

  13. Parei de ler quando citou que

    Parei de ler quando citou que Fernando Henrique recebeu a economia em condições razoáveis do Collor.

    A inflação ao final era de mais de 1000%aa antes do Plano Real, fora os desequilíbrios e esqueletos que o Plano Collor deixaram.

     

     

    1. Pois deveria ,começar a ler

      Pois deveria ,começar a ler sobre a criação do plano real no Governo do presidente Itamar Franco.

      O verdadeiro pai do Real.

    2. Fernando Henrique Cardoso não

      Fernando Henrique Cardoso não recebeu a economia de Fernando Collor, mas sim, de Itamar Franco, o timoneiro do Plano Real e uma figura política desmerecida, injustiçada para que o “princípe” ganhasse todos os louros das inflexões pós-Collor. 

      Entende-se: Itamar Franco tinha mais ou menos a estirpe de Brizola. Era autêntico, nacionalista e honesto até dizer chega. Nunca deu pelotas para a mídia. 

      Um dia a verdade histórica lhe  fará justiça. 

      1. Mas …….

        Taxado pela nossa imprensinha de : “República do Pão de Queijo “. Parece-me que eles não gostam de políticos honestos, não é ? Ao contrário do que alardeiam dia e noite; noite e dia .

        1. Lenita,
          Vou relembrar um

          Lenita,

          Vou relembrar um episódio que bem distingue o caráter de Itamar Franco. Envolve também um cacique político, Antonio Carlos Magalhães, e um ex-ministro do STF, ambos falecidos. 

          Apoiador e instigador de primeira hora da ditadura que se implanta a partir de 1964, ACM, como era conhecido carinhosamente por afetos e desafetos, a partir daí nunca mais saiu da posição de um dos líderes políticos mais fortes e prestigiados do Brasil. Chegou a ser tudo no Legislativo e Executivo; à exceção da Presidência da República. 

          Bajuladores de ditadores, ele e Roberto Marinho eram, como se diz hoje, “duas almas gêmeas”. Isso facilitava ainda mais a projeção de ACM, via mídias do primeiro,  como um político super poderoso e gestor competente. No governo Sarney simplesmente mandaram e desmandaram. 

          Pois bem. Aí vem Collor, super apoiado por ambos, o  ocaso posterior do “caçador” de Marajás que é cassado, assumindo  Itamar Franco que simplesmente esnobou a dupla. O resultado foi todo o aparato da Globo com má vontade e na seara política ACM, a seu modo destemperado e teatral, acusando diariamente o governo Itamar de corrupto. 

          O que fez o mineiro? Através do seu ministro da Justiça( ou Chefe da Casa Civil, não lembro), Oscar Correa, convidou o boquirroto ACM para vir à palácio trazendo por escrito todas as denúncias verberadas por este. 

          Dito e feito. No dia e hora marcada lá estava Oscar Dias Correa confrontando ACM que lhe entrega uma uma maçaroca de papéis onde supostamente estavam liastadas os mal feitos. O ministro as recebe, e de pronto, também lhe entrega também um maço de documentos esclarecendo que aquelas eram denúncias graves coligidas contra ele, ACM. 

          Mas a jogada de mestre de Itamar Franco nao foi só ter “jogado na cara” do valentão sua ficha suja, mas ter convocado, DE ÚLTIMA HORA(ACM não sabia), toda a imprensa que cobria o Palácio do Planalto. 

          Foi impagável e inesquecível a cara de desalento, e até de vergonha, do político baiano. 

           

          1. Pois é! Muitos o acusam de
            Pois é! Muitos o acusam de simplório ou ingênuo. Mas esta foi das grandes lições presenciadas por nós: para desnudar o Rei não é preciso gritar, rosnar, espernear. Pode-se falando baixinho e com calma, revelar a hipocrisia e a capciosidade, inclusive usando das mesmas armas e artimanhas do adversário/iinterlocutor. Mas é preciso, antes de tudo, QUERER fazer o que o momento exige. Talvez seja isto a nos faltar no momento: vontade, perspicácia e perícia para fazer o que é preciso.

          2. Anna

            Itamar, ao contrário de Dilma, conhecia muito bem a turminha e sabia como lidar com eles. Prá pegar o ACM , como o JB lembrou muito bem, tinha de ser experiente mesmo.

            Acredito que falta à Dilma esta experiência do legislativo, essencial para saber “como a música é tocada”.

            Algumas vezes ele me  lembra o Mujica, pela simplicidade.

        2. Lenita e JB, um episódio que
          Lenita e JB, um episódio que me marcou muito foi aquele em que Itamar nos lembrava que deveríamos ter cuidado com o deslumbramento – claro que seu recado estava direcionado aquele extrato social a torcer o nariz para o nosso querido fusquinha – pois que estávamos mais para Fusca do que para Mercedes. Dentre tantos puxões de orelha que em seu jeito peculiar distribuiu. Gostava dele.

          1. Itamar

            Lembrando sua simplicidade até para se vestir, não era adepto de grifes, usava ternos da Casa José Silva…Bem diferente dos que o sucederam.

             

             

  14. Assis! Colocarei este texto

    Assis! Colocarei este texto nas páginas de pessoas que se dizem “Espíritas Kardecistas” e que no dia 26 de outubro já estavam pedindo o impeachment da Dilma e pretendem engrossar as fileiras no dia 15. Fazem uma pregação de ódio inimaginável.

    Já que eles se dizem “crentes e cristãos”, quem sabe tenham uma luz e saiam das trevas que estão.

    Abração procê.

    Nilva

  15. Tá tudo muito esquisito

    Antes , quando nós , o povão , viviamos na merda , sem condições de comprar nada , medo do desemprego (lógico , pra quem tinha emprego)  , sem muita esperança de melhorar de vida , diziam e tentavam nos convencer que nós estávamos bem , que o país estava uma maravilha , que só não estava melhor por culpa da crise na Rússia , na Argentina , etc.

    Agora , quando estamos vivendo um situação totalmente inversa , melhorando a cada ano nossa condição de vida ( pode ser que precisando fazer um ajuste aqui e ali , mas sem perder a expectativa de melhora) , vem esse mesmo pessoal , e sem trégua , martela na nossa cabeça todo dia que estamos vivendo o pior dos mundos , talvez a pior crise de nossa história , só não percebemos ainda.

    Acho que aquela famosa frase ainda persiste no imaginário desse pessoal. (O povo? , ah , o povo é só um detalhe!). O que importa é que pelos cálculos das planilhas de nossosespecialistas e pelas percepções dos nossos colunistas da grande mídia , nós estamos afundados numa crise sem tamanho.

    Vai entender.

    1. Aguardando o Senhor Crise

      Sempre que estou preste a desistir do brasileiro, surge alguém e me devolve a esperança. Parabéns! Você demonstrou capacidade crítica e raciocínio lógico, coisa que não havia encontrado em nehum comentário até agora. Obrigado.

  16. O problema do Brasil é que

    O problema do Brasil é que algumas das mesmas pessoas, empresas e grupos que insuflaram e participaram do golpe de 64 depois também estiveram metidas na redemocratização. Basta ver a quantidade de orfãos e filhotes da ditadura que integram partidos de direita e tem ou tiveram mandatos em executivos e legislativos. Nossa “redemocratização” de cima pra baixo gerou este mosntrengo que aí está. E o que vemos hoje? Os mesmos nomes e sobrenomes estão por aí, novamente tentando dar o bote. Pior mesmo é que existe um bando de revoltontos que não se dá conta de que está servindo de massa de manobra para que o que há de pior na política e sociedade brasileiras tentem retomar o poder na base da mão grande. É muito chato dizer certas coisas porque quase todo mundo conhece alguém, tem amigos ou familiares que se deixaram manipular pelos golpitas, mas uma verdade tem ser que dita: esta direita golpista e entreguista só tem força graças à burrice dos Homers Simpsons cujas cabeças ôcas tem o solo ideal para que as sementes lançadas pela mídia golpista germinem.

    1. Nossos aliados são queridos

      Nossos aliados são queridos quando as vacas estão gordas, Maluf. Collor Sarney, Renan, Delfin, etc. Todos saiam bem na foto com os nossos “Guias”. Agora que a porca torceu o rabo a culpa é deles. Valeu companheiros. A gente conhece os nossos amigos nesssa hora. 

      1. Você não conhece outros

        Você não conhece outros nomes? De que lado estava a imprensa em 1964? De que lado esteve a Folha, que até emprestou veículos para a repressão? No entanto, em 1984, lá estava a Folha alardeando Diretas-Já! E aqueles que faziam parte do PDS, antiga ARENA, partido de sustentação da ditadura que ao perceberem que o barco estava afundando romperam com o partido e foram terminar fundando o PFL? De que lado esteve ACM durante a ditadura e depois da redemocratização? E Borhaunsen e Heráclito os dois novos socialistas do PSB? Aprenda mais nomes, mas também aprenda um pouco de história.

  17. Finalmente eu concordo com o Nassif…

    O que Nassif escreveu é muito mais profundo do que muitos comentários escritos por aqui.

    Parece que ele chama mais a atenção para a ausência de líderes de verdade em nosso país.

    Um líder autêntico sabe conduzir o país tanto na bonança quanto na crise.

    Na bonança, fica muito fácil liderar: Sarney na primeira fase do plano Cruzado, FHC com o plano Real e Lula até 2008.

    Mas quando o mar fica revolto, aí eu quero ver.

    Daí a ideia do pêndulo. Quando acaba a prosperidade e chega a crise, esses “líderes” de araque se desesperam, vacilam, se perdem no jogo de tentar continuar no poder de qualquer jeito, mas acabam se enfraquecendo e perdem o comando e o rumo do país.

    Por fim, a nau afunda e entra outro grupo político.

    É por aí…

     

     

     

     

     

  18. Se o diálogo tornou-se

    Se o diálogo tornou-se áspero, deve-se à falta de respostas das instituições aos anseios da população, que pede eficiência e respeito – ou seja, resultados reais – e não essa demagogia que apresenta despesas como se resultados fossem.

    Já repararam que político, quando vem apresentar resultados, nunca fala dos reais benefícios obtidos, mas apenas do quanto foi investido e das intenções? O cara se mede por quanto gasta, não por quanto dá, efetivamente, de resultado versus o investido. Aqui se fala em gastar mais, nunca em trabalhar melhor. A política aposentou os técnicos e o resultado é o que vemos: recessão com inflação.

    Dentro de uma mentalidade assim, nunca haverá equilíbrio entre gastos governamentais e retornos para a população. Essa é a mentalidade que alimenta dois monstros: o clientelismo e a inflação. O que os governos dão com uma mão, estão tirando com a outra.

     

     

  19. Até quando viveremos nssa

    Até quando viveremos nssa gangorra? Será que não alcançamos ainda  maturidade política para escaparmos desse determinismo?

    Visto sob uma perspectiva global, mesmo arrostando ainda mazelas inconcebíveis para o século XXI, poderíamos arriscar que vivemos num “paraiso”. Talvez nossos problemas sejam mais frutos da nossa própria incapacidade de dar continuidade e estabilidade aos nossos sistema políticos, econômicos e sociais do que propriamente de variáveis externas, a exemplo de convulsões intestinas, problemas étnicos, calamidades pela ação da Natureza, instabilidade política grave, e similares.

    Uma chavão, claro, mas que não custa repetir: nosso futuro (ainda) está nas nossas mãos. Talvez se tivéssemos um pouquinho mais de humildade, um desapreço ao egocentrismo, mais empenho e determinação para encarar nossos problemas, certamente que esse Sr. Crise desapareça totalmente do nosso cenário histórico. 

     

  20. IDEIAS (de propósito) FORA DO LUGAR

    Acho uma arrematada tolice essa estória de dizer que PT e PSDB são “social-democratas”.

    Como o próprio texto demonstra o PSDB é uma expressão da oligarquia política paulista. Se pertence a alguma linhagem é ao bacherelismo do PRP (aliás, FHC gosta de se comparar a Campos Salles…).

    Já o PT, no seus núcleos  “duros”, é oriundo daquelas dissidências “de base” do PCB que redundaram nas organizações da luta armada contra a ditadura – se pertence alguma linhagem é ao stalinismo e ao castrismo. Isto é, no fundo é o velho andar de baixo do mesmo patrimonialismo brasileiro – com seus alferes, frades e professores-sargentos. 

    A social-democracia é um fenômeno dos países capitalistas centrais, onde o operariado industrial se tornou uma classe geral do povo. O Brasil nunca passou perto disso, como o eterno fornecedor de matéria-prima in natura do capitalismo global. 

    Se querem curtir sociologismo, vamos dizer que a atual luta política no Brasil é uma repetição das velhas brigas entre os “alferes e frades” de um lado e os “bacharéis e fazendeiros” do outro. Daí o aspecto anacrônico e um tanto ridículo da “atual conjuntura”.

  21. Nassif descreveu 100 anos em 100 linhas

    Parabéns Nassif por sua interpretação sem ódio e apartidária da história política e econômica do país.  Independente se acho certo ou errado o que comentou, o fato é que foi uma leitura agradável e saudosista. Muito diferente do que se lê hoje na mídia brasileira.

    Obrigado.

    Alessandro Marlos.

  22. Independente do seu histórico

    Independente do seu histórico ter algumas interpretações viciadas, fica difícil imaginar que, após um tremendo estelionato eleitoral, apareça um líder para “unir e pacificar” o País. A economia já vem capenga desde o final da farra de preços elevados das comodities em 2009/2010 que deram uma falsa ilusão de crescimento econômico duradouro. Os sinais eram muito claros. Somado a isso a irresponsabilidade fiscal, a inabilidade política, a falta de competência para tocar projetos do chamado “PAC” (tremendo engodo), a arrogância e soberba, além de uma infinidade de outros detalhes (equipe fraca, despotismo, centralismo de decisões etc.) fazem com que esse segundo mandato já tenha nascido morto. A presidente carece de condições políticas, técnicas, e de credibilidade para dar sequência a administração do país. Seu credenciamento por 54 milhões de votos está totalmente prejudicado pelo atual descrédito com a administração federal de quase 83% da população. Não há liderança política que possa promover o grande “pacto nacional” para reconstruir uma credibilidade prejudicada e uma economia doente. Incertezas absolutas para o futuro.

  23. Como fui mal nutrido na mas

    Como fui mal nutrido na mas tenra infância, portanto tenho deficiência cognitiva, achei o texto meio enviesado.

    Agora, os que foram alimentados com leite de cabra, danoninho e leite ninho, devem ter adorado.

  24. Só tem uma indústria indo bem

    Só tem uma indústria indo bem no Brasil hoje.

    A indústria dos concursos. Não faltam concurseiros querendo viver as custas do Estado.

    Muito mais que capital financeiro,  um país precisa de capital humano empreendedor. No entanto nossos jovens  que poderiam e deveriam empreender são sugados para a máquina estatal de fazer folgados.

    Nos grupos de jovens classe média, quem tem filhos nessa idade sabe disso, os “ispértus”, os mais invejados e inteligentes são aqueles que conseguem uma vaguinha no serviço público.

    Pais ficam orgulhosos e tranquilos quando os filhotes se acomodam no serviço público.

    E pior, alguns aos 30 anos, fazendo seu servicinho burocrático pago com suados impostos e outros aposentados aos 50 anos se arvoram em tratar os tais dos empresários como sendo os vilões da economia nacional.

    Pobre país.

    Se você está no setor privado, que produz riquezas e paga impostos, pode analisar o gráfico abaixo e vestir seu nariz de palhaço. Você, como eu, é um otário.

     

     

        1. Qual o seu problema com os

          Qual o seu problema com os impóóóstos? O “mercado” “precisa” de 40% do orçamento (esse percentual já foi 60%) pra manter o estilo de vida! São R$ 2 bi por dia; por dia!

          Ó que o mercado vai fiicar nervoso contigo, héim!?

          Os concurseiros do Judiciário, do MP, da PF querem a partezinha deles, ora, ora; estão cumprindo o papel deles, não? Só o pessoal do estamento financeiro que vai ficar tomando Château Petrus, Latour, d’Yquem? Ahh…

    1. Porque o corte em 2004?

      Ao fazer o corte em 2004, o gráfico mostra distorções “alarmistas”. O ideal seria pegar, no mínimo, a partir de 1994, quando começou o arrocho salarial.

    2. Direita e esquerda são farinhas do mesmo saco, o nosso saco

      José Carlos voce esta 100% correto!  Somos um pais sem empreendedores todos querem viver as custas do estado! Por isto temos que ter calma ao analisar direita versus esquerda no Brasil pois ambas são ancoradas no estado! A direita quer empreededorismo a risco zero e a esquerda quer os previlegios da fidalguia ibérica.

    3. O problema é exatamente esse

      O problema é exatamente esse e não existe absolutamente ninguém na imprensa, seja ela golpista ou vendida, a falar sobre isso. Não existe mais vontade de empreender, de criar, de fazer algo diferente e novo de, pricipalmente, assumir riscos pra obter ganhos maiores.

      Estão todos sob a tutela do estado. Acabou!!!  

  25. Esperando Godot?

    O Nassif anda atrelado ao dilemas bsckettianos da busca messiânica (alô! Coxinhas, não se trata da torcida do Messi).

    A figura do grande líder não aparece sem corpo social que o sustente como projeto político.

    Qual é o projeto anti crise?

    1. Na mosca.
      Também acho esta

      Na mosca.

      Também acho esta visão messiânica altamente equivocada e nociva.

      Durante anos falei sobre.

      Demoraram décadas até o PT alcançar o poder. E não foi por causa do Lula, mas com a colaboração dele.

      E se não fosse ele, cedo ou tarde haveria outro no lugar.

      Devido ao equívoco – que julgo ser este -, o desastre daqui em diante ainda não consegue fazer ideia.

  26. Discordo da parte que fala de

    Discordo da parte que fala de inabilidade na política econômica e de partidos que fazem ‘o jogo raso do presidencialismo de coalizão”. A Dilma enfrenta essa crise política exatamente porque rejeita e/ou não consegue fazer essa política, que é a unica que temos no momento para se manter a governabilidade.

    Falta à Dilma, a habildade de fazer “o jogo” da governabildade, enquanto lidera uma reforma política que vá eliminando aos poucos os vícios do sistema, da Real Poltik.

    O Brasil não se dá bem com rupturas bruscas, ou com enfrentamentos frontais. Os presidentes bem sucedidos, ou que pelo menos levaram seus mandatos até o fim, foram os conciliadores, como o Jucelino, o Itamar, o Lula, por exemplo, inclusive o FHC. Até podemos considerar que Getulio sacrificou sua vida em nome da conciliação. Adiou por uma década o inevitável confronto direta x esquerda que a Guerra Fria espalhou pelo mundo.

    Dilma precisa se reinventar e encontrar sua veia conciliadora. O que ela tem dificuldade por ter sua formação polítca no confronto direto e armado, inclusive. Se ela conseguir, leva o governo em condições razoaveis, para que em 2018, as forças antogônicas disputem o poder em 2018, com ou sem estadista do porte daqueles. Não creio que seja tão díficil, sabendo-se que a situação só está assim porque a presidenta cometeu erros inacreditáveis um atrás do outro. Erros políticos, esses muito mais graves que os econômicos

     

  27. Imparcial

    O Nassif, bem que tenta, vez ou outra, escrever de forma mais imparcial. Tenta, mas infelizmente não consegue, o coração vermelho fala mais alto…

    1. Imparcial

      Concordo plenamento com você que o coração vermelho dele fala mais alto, e o O leitor JB Costa, é muito feliz no no post abaixo, Quando o Nassif diz que o FHC recebeu o governo em boas condições  do Collor de Melo. Quem recebeu uma Gopverno arrumado foi o Lula em 2002, São tantas as realizações e coisas que tiveram que ser feitas nos 8 anos de governo FHC e PSDB com apoio do DEM que descrevê-las aqui seria muito grande, mas como o nosso povo tem memória curta muitos não viveram neste época (nem tinham nascidos ou eram crianças) e muitos que viveram já se esqueceram da inflação galopante, linhas telefonicas milionárias. etc…. O que realmente salvou este país foi trazer a inflação para patamares baixos, pois 30% ao mês ninguém, nenhuma empresa, nenhum governo, nenhum cidadão poderiam fazer planejamento de futuro, mesmo que fosse para comprar um eletrodoméstico.

  28. Conheces Vance, Nassif? dizem que foi lá que surgiu a Godot

    Em todo caso é um lugar muito aprazível nos Alpes Marítimos franceses, bem pertinho de Saint Paul de Vance, uma cidadela medieval que é a capital mundial dos Artistas e das Galerias de Arte.

    Voltando à vaca fria, o que salva o governo brasileiro é a Astrologia, o Tarot e a Geometria.

    O resto é papo furado.

      1. Talves, grafei pela pronúncia, português não é o meu forte KK!!

        Que seja, está lá há milhares de anos, não vai ser um “e” que a moverá.

        Conheceu a Godot?

  29. “FHC recebeu a economia em condições razoáveis”

    Nassif, na boa, o texto poderia ter passado sem isso. Sobretudo a referência positiva ao “trabalho” do Collor.

     

  30. caminhei um pouco no parque

    caminhei um pouco no parque aqui perto de casa,

    um solzão danado, muito legal.

    o senhor  crise assustou-me, um pouquinho só,

    porque lembrei que um governo progressista que deu certo

    durante doze anos não pode se abater por causa de um tempo ruim,

    por uma possível efemeridade intempestiva, digamos.

    é a lei das probabilidades, além de uma visão histórica,

    embora uma história muito recente, convenhamos.

    é claro que se pensarmos na história de quinhentos anos,

    estamos ferrados, pela força extraordinária direitista, colonizadora e entreguista.

    mas há uma esperança de que os movimentos sociais

    e sindicais mobilizem-se para defender esse projeto.

    o estadista continua firme aí, lula.

    tem história.

    mas na verdade a defesa desse projeto depende de todos

    que querem um país  que beneficie a maioria.

    e não apenas de um salvador da pátria.

    esse talvez seja um novo tempo.

    o que é preciso é animo para percorrer esse novo caminho….

    como já disse antes, esse tempo não pode nos humilhar….

     

  31. Lembrando o saudoso Chico

    Lembrando o saudoso Chico Anísio e sua famosa Escolinha do Prf. Raimundo, o aluno Aldemar Vigário, interpretado por Lucio Mauro tinha o bordão que cai como uma luva neste texto do Nassif:

    Quem melhor se encaixa no perfil do Sr Crise? Quem, Quem?

    R – Raimundo (Lula) Nonato!!!

    Aplausos dos alunos, Chico ruborizado e sem graça, e……Lula candidato a 2018.

    Pano rápido, Brasil!

     

  32. A nação

    A crise ja chegou e ninguém se despontou ainda porque estão todos amarrados em seus papéis e, pelo que leio, sem visão de futuro. Alguns estão cansados, outros ainda não conseguiram despontar de seus Estados. 

    A Lava Jato e tudo o que vira dela, talvez ajude sim o Pais dar um passo à frente. Depende de como o Executivo se portara face ao que vem ai, principalmente a tal lista do Janot.

    A Lava Jato e antes, a AP 470, tem como objetivo descontruir um partido politico, alija-lo e fazê-lo sangrar até a morte. 

    Se ( e são muitos os senões), tivéssemos um Congresso de um outro nivel, ai o Executivo poderia fazer avançar o Brasil na direção de reformas importantes, como a fiscal, grande tabu na terra brasilis. 

    A verdade é que estamos sempre a esperar por um salvador da patria, quando o trabalho é de formigas, de formação, para chegarmos a um outro patamar de Nação.

    1. Inocência infantil

      Quando um perde outro ganha.

      Como o Brasil e o seu povo perdem muito, quem ganha luta uma luta sem quartel para manter este odioso privilégio.

      Sem mais, nem menos.

       

  33. neste 50 tons de cinza… da

    neste 50 tons de cinza… da sacanagem política, seu nassif foi traído pela verdade histórica:

    destacou ilustres nomes e mais nomes de políticos e homens públicos no tempo da história…

    e nenhum destaque protagonista para as instituições de Estado, para as instituições da Nação…

    políticos e homens públicos mal ou bem: passar bem! desta para melhor… já instituições duram!

  34. neste 50 tons de cinza… da sacanagem política

    neste 50 tons de cinza… da sacanagem política, seu nassif foi traído pela verdade histórica:

    destacou ilustres nomes e mais nomes de políticos e homens públicos no tempo da História…

    e nenhum destaque protagonista para as instituições de Estado, para as instituições da Nação…

    políticos, homens públicos, governantes mal ou bem, um belo dia: passar bem! desta para melhor… 

    já as instituições democráticas de Estado mal ou bem, seja na crise seja na felicidade geral da Nação:

    estas instituições – duras como rocha e aço – desafiam o tempo!… e a boçalidade passageira da velha política.

    1. Instituições

      Vc deve estar falando na Instituição de maior confiabilidade do povo brasileiro, as Forças Armadas, com 78% de confiança e aprovação da nação, pois o restante não chega a 30%. Saudações

  35. “Lula logrou a inclusão de 40

    “Lula logrou a inclusão de 40 milhões de pessoas”. Este é o legado de Lula? Então esquece. Como foi uma inclusão exclusivamente baseada no aumento do crédito, não tem sustentabilidade.

    1. Aumento de

      Aumento de credito,renda,emprego..oferta..produção…acesso ao ensino superior………Tirar o Brasil das garras do FMI….

       

       

      1. ??

        Todos os itens que você citou serão desmontados pelo primeiro governo antiPT, facil e rapidamente e isto a Dilma parece que não ve.

  36. Bom frisar

    Curioso que essa intolerância surja recorrentemente, quase que até exclusivamente me atreveria a dizer, de interesses contrariados nos momentos que assumem ao poder, governos de minoria ou populares.

    Assim que esses governos são abatidos ou defenestrados, a calmaria resurge magica e instantaneamente.

    Interessante.

  37. Parabéns ! Não sou fã dos

    Parabéns ! Não sou fã dos seus comentários, porque entendo que eles de uma forma geral são polarizados e da mesma forma que não vejo competência nos governos do PT, também não a vi nos governos do PSDB. Você fez uma análise equilibrada de erros e acertos de cada um deles e iremos sim viver a espera deste Sr. Crise.

  38. Politica econômica de FHC

    Nassif, como sempre com um ótimo resumo da situação.Quanto ao paragrafo:

    “Essa oportunidade única foi desperdiçada por interesses pouco claros dos economistas do real na manutenção de um câmbio irresponsavelmente apreciado e em uma política de juros criminosa.”

    acredito que o que FHC pretendeu foi deixar a economia em recessão mesmo. Foi uma politica deliberada para desarmar os trabalhadores e impedir a oposição aos seus planos. O que ele fez com a greve dos petroleiros a ditadura não fez. Por comparação em 1978 a ditadura poderia ter se valido de uma recessão provocada para amortecer a luta operária. Os interesses aí eram diferentes: Golbery queria divisão politica, mas Delfin (acho) não queria recessão.

    Na minha opinião, FHC fez o que se esperava dele como operador politico-econômico, não só econômico>

  39. EU ME LEMBRO E DIGO:

    Nassif, gostei da sua análise e comentário. Pena que se fosse abranger com mais detalhes (necessários para atender melhor cada fase), seria quase um livro.

    Refiro-me ao período de transição FHC/LULA. ITAMAR/FHC recebeu a economia destroçada e (bem ou mal) com o Plano Real recolocou as coisas nos trilhos. Lula, por sua vez, teve foi muita sorte, diga-se de passagem! Recebeu a economia nos trilhos e o mundo se abrindo para uma prosperidade nunca vista. De certa forma ele foi “covarde” pois não deixou o nosso País seguir no mesmo rítimo em que o mundo seguia e, ao em vez de crescermos à elevadas taxas, ele (Lula) se contentava em crescimentos moderados. Na verdade, Lula só se beneficiou desses fatores bem favoráveis. Por isso que nunca dei qualquer mértio para ele. Teve sorte no período em que assumiu o governo, e mais nada. O resto só foi “garganta”.

    Queria ver agora, o que iria fazer. Agora, sim, é que quem tem capacidade que mostre para tirar o País dessa enrrascada econômica em que nos meteu o PT. Cadê a capacidade do PT? O PT foi quem nos meteu nessa fria!!!

  40. Há um anseio geracional de
    Há um anseio geracional de “viver o presente, o que importa o passado?”.

    Nas corporações, estas diferenças geracionais ensejam estudos e ações concretas em Gestão de Mudanças e Gestao do Conhecimento que buscam mitigar e minimizar os choques e perdas que este conflito ocasiona.

    Viver o presente é importantíssimo, mas a sabedoria advém da pedra que rola no fundo do rio, do aparar e limar o seixo e não do pedregulho lançado.

    O desconhecimento favorece o julgamento apressado, a precipitação, o erro por imprecisa avaliação. E o custo disto é alto. Sabemos da importância dos dados, das análises, das “curvas de tendência”, mas ainda mais valorosa é a visão ampliada que somente a sabedoria e a experiência permitem.

    Estamos vivendo um expressivo déficit de lideranças. Quem tem nos trazido os caminhos possíveis senão 03 ou 04 cabeças; onde os nossos especialistas; quem forma opinião (não as empresas, as cabeças)? Somos um país continental.

    Ideias e contribuições valiosas há! Muita gente boa, mas quem cataliza, quem personifica? Talvez ninguém; acho que foi o Assis que mencionou a “liquidez de Bauman” destes tempos. Mas precisamos encontrar um caminho, uma forma de construção, meios de consolidação e materialização das nossas concepções e intenções para o porvir.

    Onde estão nossos “pensadores de futuro” ? Quem vai tocar este barco daqui a 04 anos? O que queremos para os próximos 50?

    Com que “Sr. Crise” prosseguiremos?

  41. O erro foi antes!

    Dilma intensificou os erros do segundo mandato de Lula, que erros eram, não apenas ativismo governamental. Erros com a definição de partilha,  a volta da reserva de mercado e do protecionismo, a perda de tempo com a política externa ideológica sem acordos bilaterais, a modicidade elétrica a fórceps, a contabilidade criativa, a intromissão do Estado criando dificuldades para lá na frente vender facilidades, dilema que é mais do que simplesmente “maior ou menor ativismo estatal, maior ou menor apego ao mercado financeiro”.

  42. Fazendo uma análise do

    Fazendo uma análise do histórico de golpes  na América Latina desde 1950, percebe-se que o período mais “calmo” foi exatamente entre 1990 e 2000, que foi da expansão do neoliberalismo. Entre 1950 e 1992 contabilizam-se 48 golpes, mais de um golpe por ano. Entre 1990 e 2000 um curto interregno de calmaria, sem golpes. Após a ascensão de governos de esquerda em10 países latinoamericanos na década de 2000, o golpismo volta à cena. Por que será?

    1. Enquanto a mídia familiar

      Enquanto a mídia familiar estiver dirigindo o espetáculo não háverá nem golpe e a paz aparente reinará. Mas, quando aparece um partido, alguém, uma mínima coisa essa mesma mídia põe as unhas de fora e a paz aparente vira guerra. Se a mídia tomar o poder de novo. A paz voltará e as crises desaparecerão. Fácil assim. Fenômeno esse acontecendo em toda a America Latina. MOBRAL político para o povo é necessário.

       

  43. Dilma, como gestora, deveria

    Dilma, como gestora, deveria saber que liderança é uma influência pessoal, dirigida através do processo de comunicação, no sentido de atingir o objetivo do grupo.

    Onde foi que Dilma errou ? Na comunicaçao ? Na falta, ou na falha de definição de objetivos ?

    Dilma começou seu governo agindo com responsabilidade fiscal, diziam que ela tinha a missão de arrumar a casa para permitir a volta do Lula. Logo no início do seu governo os movimentos grevistas começaram a pipocar pela esplanada e a insatisfação se generalizou dentro da administração pública. Muitos servidores  por desconhecimento ou esquecimento começaram desejar a volta do PSDB, depois que ela, por responsabilidade fiscal, negava a tão justa recomposição salarial dos subordinados que fora corroída pela inflação. A líder chamou parte importante de seu capital humano de “sangue azul”, ignorou sistematicamente as reivindicações da Polícia Federal. Os grevistas cantavam alto “Dilmá, Dilmá !!!”. Ela chegou a receber elogios do FHC, pra se ter idéia.  Dilma tinha outras prioridades, acredito e concordo que eram mais importantes do que as demandas pessoais de uma parcela da população – servidores públicos – que já detinha renda superior à média nacional. Ela tinha suas razões, mas foi um erro ignorar e deixar a bagunça e a insubordinação começar dentro de casa.

  44. Saída sem recessão, mas com coragem…

    IMPOSTO SOBRE GRANDES FORTUNAS RENDERIA R$ 100 BILHÕES POR ANO, CALCULA MESTRE EM FINANÇAS PÚBLICAS

     

    Por Renan Truffi

    Único dos sete tributos federais previstos nas Constituição sem regulamentação até hoje, o imposto sobre grandes fortunas pode sair do papel em um momento no qual o governo federal busca ampliar sua arrecadação. Vista como alternativa à esquerda, após um ajuste fiscal iniciado pela retirada de direitos trabalhistas, a proposta voltou à tona com o sucesso do livro do economista francês Thomas Piketty, O Capital No Século XXI, para quem não discutir impostos sobre riqueza é loucura.

    Mestre em Finanças Públicas e ex-secretário de Finanças na gestão da prefeita Luiza Erundina em São Paulo, Amir Khair é especialista no assunto. Em entrevista a CartaCapital, Khair calcula que a taxação de patrimônios poderia render aproximadamente 100 bilhões de reais por ano se aplicada, em uma simulação hipotética, sobre valores superiores um milhão de reais. “Quando você tem uma sociedade com má distribuição de riqueza, você tem uma atividade econômica mais frágil. O imposto sobre grandes fortunas (…) teria uma arrecadação semelhante àquela que tinha a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira). Portanto bem acima até do ajuste fiscal pretendido pelo governo”, afirma.

    CartaCapital: O livro de Thomas Piketty trouxe, mais uma vez, a discussão do imposto sobre grandes fortunas. Por que o senhor acha que essa proposta ainda é vista como uma pauta de esquerda, sendo que está prevista na Constituição?

    Amir Khair: Pergunta interessante essa. Por que está na Constituição e é uma pauta de esquerda? Talvez a Constituição represente uma regra de convívio social na qual a população de menor renda tenha um pouco mais de acesso aos bens de democracia. A democracia prevê um regime de maior equilíbrio social. Prevê um regime do governo para o povo, de interesse do povo. Quando você estabelece na Constituição um imposto sobre grandes fortunas, que no fundo, independente do nome, é um imposto que visa alcançar riqueza, você está contribuindo para uma melhor distribuição dela entre a população. Esse foi o objetivo dos constituintes em 1988. O que não se esperava é que o próprio Congresso que aprovou isso seja o Congresso a não aprovar a regulamentação desse tributo. E a razão é muito simples. Por que o Congresso não aprova? Porque os congressistas quase sem exceção seriam atingidos por essa tributação. Quando eles são atingidos, eles não aprovam nenhuma mudança tributária que os atinja. Essa é a razão central pelo fato de, ao longo de todos esses anos, não ter sido regulamento o imposto.

    CC: O imposto sobre grandes fortunas é o único dos sete tributos previstos na Constituição que ainda não foi implementado. Então não é só a influência dos mais ricos, mas o fato do Congresso ser também uma representação da camada mais rica da população?

    AK: É uma visão curto-prazista, no sentido que você estaria defendendo o interesse dos mais ricos, mas na essência você estaria prejudicando até a essência dos mais ricos. Quando você tem uma sociedade com má distribuição de riqueza, você tem uma atividade econômica mais frágil. Eu não tenho o consumo usufruindo no potencial que ele tem. Quando você tem o consumo usufruindo o potencial que ele tem, você tem mais produção, mais riqueza de uma forma geral e é claro que os mais ricos se apossam melhor dessa riqueza gerada. Quando você tem má distribuição de riqueza ou de renda, você tem uma atividade econômica mais restrita e consequentemente menos faturamento nas empresas, menos lucro.

    CC: Nesse início de segundo mandato, o governo Dilma optou por fazer um reajuste fiscal e reviu o acesso a alguns direitos dos trabalhadores, como o seguro-desemprego. Mas agora cogita a possibilidade de regulamentar o imposto sobre a riqueza. Na opinião do senhor, o imposto sobre grandes fortunas poderia ter o mesmo peso, ou até um impacto melhor, para o ajuste das contas do governo, sem que fosse necessário mexer nos direitos trabalhistas?

    AK: Se aplicado com uma alíquota média de 1% sobre aquilo que são os bens das pessoas, teria uma arrecadação semelhante àquela que tinha a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), que foi extinta. E tem, portanto, um poder arrecadador forte. Hoje eu estimo em cerca de 100 bilhões de reais/ano. Portanto bem acima até do ajuste fiscal pretendido pelo governo.

    CC: Portanto, seria uma alternativa a todas essas medidas que o governo vem tomando desde o início do segundo mandato e que desagradaram trabalhadores e movimentos sociais?

     

    AK: Sim, eu acho que seria uma medida desenvolvimentista em essência porque não atinge aquilo que é essencial aos trabalhadores, portanto aquilo que se traduz efetivamente em consumo. Quando você corta direitos dos trabalhadores você corta consumo automaticamente. Cortando consumo, você corta faturamento e o lucro delas. Então você paralisa o País também ao fazer isso. Essas medidas que o governo está adotando, independente do fato que você tem que ter rigor fiscal, e rigor fiscal não se toma com essas medidas do governo, estão muito aquém do rigor fiscal necessário ao País. Essas medidas travam o crescimento. Ao travar o crescimento, cai a arrecadação pública. Ao cair a arrecadação pública, o objetivo do governo de atingir sua meta não será atingido.

    CC: Quais as consequências e como o senhor avalia a postura do governo de fazer corte nesses benefícios trabalhistas?

    AK: É uma atitude um pouco simplista, uma atitude que não resolve. Como eu falei, quando você corta na base da pirâmide social você diminui consumo e, portanto, diminui a própria arrecadação pública. Então uma coisa anula a outra, ou até pior do que anula. Pode acontecer como aconteceu no passado. Você tem um déficit muito maior das contas públicas e não resolve. O governo teria uma alternativa muito mais eficaz, muito mais forte, muito mais rápida, muito mais factível, caso reduzisse as despesas com juros. Os juros no ano passado corresponderam a 6% do PIB [Produto Interno Bruto] e isso gerou um rombo nas contas públicas. Quer dizer, o que deu um rombo nas contas públicas foram os juros. E o Brasil é um dos campeões mundiais de juros. O Brasil tem sempre sobre a questão fiscal um ônus de 6% do PIB, quando no mundo todo gira em torno de 1%. Então quando você tem uma conta anormal por consequência dos juros, a providência mais normal, óbvia, é você atacar essa questão. Essa é a questão central e é fácil de atacar. Como você ataca? Reduzindo a Selic [taxa básica de juros]. A Selic está muito acima do padrão internacional, o padrão internacional das taxas básicas de juros é a inflação do País. Nós estamos com seis pontos acima da inflação na Selic. Quando você reduzir isso para a inflação do País, essa conta de juros cai rapidamente e, ao cair rapidamente, você faz um ajuste fiscal sério, para valer. Muito diferente do que o governo está propondo.

    CC: Segundo Piketty, o imposto sobre grandes fortunas poderia ser atrelado à diminuição da carga tributária sobre o consumo. Como o senhor enxerga essa proposta?

    AK: Na realidade, você tem o seguinte: o Brasil tem uma distorção tributária muito grande porque taxa em excesso o consumo e subtributa o patrimônio e a renda. Consequentemente você faz com que os preços no Brasil de diversos bens fiquem majorados em torno de 50%. Então uma pessoa vai comprar um bem, ela está pagando o valor sem os impostos mais 50% de impostos ligados ao consumo. Quando você tem uma tributação mais equilibrada, como nos países desenvolvidos, essa tributação sobre o consumo não excede 30%. Então você tem bens a preços melhores para o consumo da população. Quando você tem imposto sobre grandes fortunas entrando no compto tributário, você permite aliviar uma parte dessa tributação do consumo sem sacrificar a arrecadação pública. E, quando você faz isso, você está tomando medidas pró-crescimento. E medidas pró-crescimento repercutem do ponto de vista fiscal na melhoria da arrecadação e, portanto, na parte mais saudável das finanças públicas.

    CC: Na sua opinião, qual deve ser o valor mínimo de patrimônio a ser taxado para que apenas os ricos sejam atingidos?

    AK: Há várias propostas em discussão com relação à tributação. Eu acho que você deve isentar uma parcela da população. Com patrimônios de cerca de um milhão de reais você já tira dessa tributação 95% ou 98% da população brasileira. Então essa tributação vai incidir em 2% ou 5% da população. E, ao estabelecer essa tributação, você não precisa colocar alíquotas elevadas, essas alíquotas podem ficar no nível de 1% no máximo e ter, ainda assim, esse potencial de arrecadação que eu falei, com 100 bilhões de reais/ano.

    CC: Além de regulamentar o imposto sobre grandes fortunas, Piketty fala ainda na importância de taxar a herança. O senhor concorda?

    AK: A tributação da herança é além da questão da tributação das grandes fortunas. É prevista na Constituição e é de fato usada no Brasil. Representa em torno de 4% de tributação sobre o valor da herança. No mundo todo essa tributação é acima de 30%. No Brasil é muito baixo e a razão é a mesma que falei: isso [aumento da tributação] não passa nas assembleias legislativas e não passa no Congresso. Essa alíquota de 4% é uma das mais baixos do mundo. Então se você tivesse uma tributação sobre herança no nível internacional, por volta de 30%, você estaria também aliviando impostos sobre consumo e consequentemente melhorando atividade econômica e arrecadação pública.

    CC: Quanto o aumento dessa alíquota sobre a herança poderia gerar a mais de arrecadação? Há alguma estimativa?

     

    AK: Não tem no momento isso. A tributação sobre herança é conhecida como Imposto sobre Transmissão Causa Mortis, imposto que pertence exclusivamente aos estados e, se você aumentasse, melhoraria arrecadação dos estados. Os estados têm poder, independentemente do governo federal, de mudar esse percentual de 4%, mas nenhum governador tem interesse em fazer isso porque nenhum governador representa os interesses efetivos da população na questão tributária.

    CC: Em um debate sobre o assunto, o jurista Ives Gandra se colocou contra o imposto sobre grandes fortunas ao justificar que a medida causaria a fuga de grandes patrimônios para outros países ou paraísos fiscais. O senhor acredita que isso pode acontecer? Como regular para que não haja fuga de patrimônio?

    AK: Eu queria saber que patrimônio que iria para outros países. E se for, que vá. Será bom até que vá. O que interessa é que o grosso do patrimônio fica no nosso País. E os que pensam que vão lucrar com essa questão de sair do País se enganam porque nos outros países o Imposto de Renda não é tão baixo como aqui, com 27,5%, a alíquota mais baixa do mundo. Em outros países é 40%, 50%, 60%. Então se alguém pensa que vai para outro país para se dar bem…pode ser que exista alguma ilha no mundo, mas talvez não caiba tanta gente.

    CC: Quer dizer que a legislação tributária aqui é tão branda quando se trata de patrimônio e renda que em qualquer País os ricos seriam mais prejudicados?

    AK: Eu acho que sim. Esse argumento é muito fraco, quase ninguém mais usa ultimamente porque na realidade essa ameaça de que vão sair do País não se concretiza. É muito boa [para os ricos] essa questão tributária. Pessoas que têm mais renda, mais riqueza, são muito bem agasalhos pela legislação do Brasil.

    CC: O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que chegou a fazer uma proposta de imposto sobre grandes fortunas em 1989 recuou dessa ideia há algum um tempo ao dizer que o valor estipulado por ele, anos antes, para servir de linha de corte poderia atingir a classe média. O valor, atualizado, era algo em torno de 940 mil reais. Quase o mesmo que o senhor propõe. Esse valor atinge a classe média?

    AK: É uma classe média alta. Se você olhar bem a distribuição de renda, é classe média alta e aquilo que falei sobre 95% da população estar fora disso é real. Então acho que o ex-presidente FHC se engana. É normal ele se enganar quando trata de questões de interesse da população.

    1. Imposto

      E você iria ver as grandes fortunas fugirem do pais, assim como o investimento.

      Fiaríamos os pobres, sem ter quem tributar. Parabéns!

      1. Sem ter quem tributar ?

        Sem ter quem tributar ?  

        Hoje é o imposto que eu – e a maioria do povo brasileiro – pago (ou melhor, meu empregador recolhe) em Folha, ou embutido no meu consumo, que sustenta esta iniquidade; os de maior renda pagando na melhor das hipóteses o mesmo que todos nós, assalariados e remediados.

        O imposto que eu pago está na razão direta do que eu ganho – portanto há uma produção agregada. E quanto aos rentistas?  Seus recursos favorecem as manobras para fugir ao fisco, minimizando ou eliminando o pagamento dos impostos existentes.  Ou questionando na Justiça qualquer ação que demande uma certa equidade.

        Quero ver este pessoal sair daqui com este jurinho bacana … Onde vão encontrar uma facilidade desta: não pagar proporcionalmente e ainda por cima aplicar o $ e vê-lo multiplicar escandalosamente sem investir em um parafuso, em um emprego, em nada que beneficie o País.

        Há aqueles que investem no País, sim, e louvo sua decisão.  No entanto,  meu IR é pago respeitando a faixa correspondente ao meu salário (renda, não; salário).  Por que as faixas se restrigem a um valor tão baixo, quando sabemos que há muitos ganhando bem mais, sem precisar levantar da cadeira, com um telefonema.

        É o mesmo raciocínio:  se há detentores de recursos de maior monta, sua contribuição deve ser proporcional.

        É por isso que vivemos esta guerra declarada.  Os herdeiros, as grandes fortunas alimentam ações que impedem que esta proposta – a meu ver para dizer o mínimo, justa, diante do bom senso e da lógica – prospere.

        E ainda ameaçam deixar o País.  Miami é logo ali…

    2. Conta de padaria, não mostrou

      Conta de padaria, não mostrou como se chegou a esse número….

      A mesma conta da padaria que propagam que no governo do PT eles conseguriam fazer a Petrobrás valer muito mais que no governo do PSDB….

      Bla Bla Bla

  45. Um poema do Kid Abelha para

    Um poema do Kid Abelha para torcer o braço da injustiça:

     

    Nem oração, nem poemas
    Nem música, nem televisão
    Nem sentir raiva, nem pena
    Não adianta fugir, nem segurar sua mão

    Vou esperar do seu lado
    A tempestade passar

    Mas vem a dor feito enchente
    Levando o sol, te carregando pro escuro
    Levando preces, milagres
    E agora eu morro da pressa de chegar ao futuro

    Vou esperar do seu lado
    A tempestade passar
    Vou esperar do seu lado
    Porque eu só posso esperar

     

    Carlos Leoni Rodrigues Siqueira Júnior,

    do Kid Abelha

     

  46. Os ricos defendem que se movam mundos e fundos contra a inflação

     

    Luis Nassif,

    Vez em quando você volta à realidade e faz um texto mais ameno.

    Não boto muita fé na sua idéia final do texto e que reproduzo a seguir:

    “A radicalização se aprofundará nos próximos tempos. Até que surja um estadista capaz de recompor e unificar o país. Em vários momentos da história, esse estadista extraordinário atendia pelo nome de Sr. Crise”.

    Talvez a questão da radicalização realmente se acentue. Não a vejo, entretanto, como relevante para analisar o futuro do Brasil. Agora certamente não me parece correto dizer o que você diz na sequência. No Estado Democrático de Direito a tese de unificação é um tanto fascista.

    E não creio que uma nação deva viver a espera de estadistas, embora esses só apareçam bem a posterior quando grandes historiadores assim o classificam. E associar a solução da crise com estadista não tem muito fundamento porque há crises todos os dias, umas crescem, outras vão ficando para trás até desaparecerem, outras ressurgem maiores e mais fortes, até mesmo depois de terem sido debeladas. Alguns governantes fogem delas e o fazem muito bem, outros a tentam enfrentar e se perdem. E há também o oposto, que pode ocorrer até com os mesmos governantes só alterando as circunstâncias e quem foge se dá mal e quem enfrenta se dá bem. Enfim, não as devemos ignorar, nem as desprezar, nem as colocar em pedestal.

    E quanto ao texto, pareceu-me que há certa idolatria em relação a se debelar a inflação e não se parou para pensar que todos os males que ocorreram com o Brasil foi exatamente por se tentar acabar com a inflação e o malefício mais se acentuou exatamente quando se teve êxito no combate a inflação.

    Para lembrar, muito da dívida pública deve-se a fato de se ter acabado com a inflação de uma vez em um período eleitoral para eleger um candidato que não fora sequer presidente de um grêmio recreativo na juventude e para manter a popularidade do eleito e assim conseguir aprovar a reeleição e depois o reeleger.

    E o rescaldo do Plano Real é uma dívida de curto prazo alta que exige para manter a inflação baixa taxas de juros cada vez maiores.

    E o Plano Cruzado, por exemplo, destruiu a retomada de crescimento que se iniciara em 1984 e em 1985 atingira um pico de 7,8%. E o Plano Cruzado e outros que Planos que se seguiram tem efeitos até hoje, pois muito provavelmente a presidenta Dilma Rousseff não conseguiu ainda indicar um ministro para o STF porque a menos que ela indique um ministro impedido de se manifestar como seria o caso do Advogado Geral da União, a decisão sobre os Planos seria produzida de imediato e poderia acarretar grande perda de recursos para o Estado.

    Clever Mendes de Oliveira

    BH, 03/03/2014

  47. A crise e de gerenciamento político!

    Por falta de um gestor político estamos nesta crise.  Dilma pode ser uma boa gerente mas sua habilidade política e nula. O pmdb está implorando para ser incorporado ao Governo e ela não o faz. Até o Renan já está recusando apoio e ela ao invés de chama-lo para conversar arruma uma saída regimental. A mulher é um osso duro de roer. Deve dançar pior do Chines.  Sem diálogo não há Politica e ela é um caldeirão de mágoas e mutismo.  Até os radicais  iranianos entendem mais a força do diálogo.   Do que ela tem medo? De fazer acordos espúrios? De se sujar de m.? Será que ela não se dá conta de que já está atolada nesta m?  Enfim, a solução da crise está em suas mãos e na pena de sua caneta.  Por trás deste comportamento se esconde uma personalidade turrona, dona da verdade. A Messias!

  48. A ordem civil está sempre

    A ordem civil está sempre suspensa sobre as cabeças de pessoas despropositadas, por isso estamos sempre numa limitação imposta (imposto); sem desenvolver a ação determinada no campo da necessidade exterior.

    Nesta falsa atitude perante circunstâncias indiferentes e secundárias, a crise é muito mais grave do que estarmos submissos a reis e principes, com as previsões particulares e laços dos bens desfeitos pelo mercado financeiro.

    Mais privada do que a vida real, a independência da ordem civil é postiça dos investimentos externos.

    É preciso que as pessoas entendam que a coisa pública, o conjunto concreto do Todo deve ser feito de uma autoridade puramente do “Modo Formal” protegido por leis e constituições de movimentos ativos.

    Daí, a ordem civil irá fazer parte de funções da segurança exterior (de decisões que já existam antes) sobre todos os assuntos dos atos governamentais.

    Os nossos dias passam a possuir o grande poder de criar condições fixas, porque ocupam o lugar exterior do dinheiro, para que os domínios da individualidade possam atingir os fins que estão alheios ao poder do homem; assim como a ordem econômica pertencerá a uma representação de inter-relações que manifestam o que faz o valor da produção se estabelecer subjetivamente no centro de atividades da política, em geral, pelo potencial do mundo ser reproduzido exteriormente.  

  49. Deixar fazer a Democracia.

    O Governo da Dima é bombardeado diariamente porque não interfere na Democracia, A Globo, a Folha, O Estadão, o PSDB, PMDB, o DEM e outros são inimigos da Democracia, logo esses estão emparedados, e não o PT e a Dilma, com a força que eles tem ainda, conseguem confundir muitos, mas não a maioria; nada melhor que fazer valer a Democracia em tudo na vida, ela poder ser dolorosa, mas seus resultados positivos valerá todo sofrimento. “Quem rir por último rir melhor”

  50. Mais um recorde na produção de petróleo

    Brasil quebrou mais um recorde na produção de petróleo. Em janeiro, foram mais de 3 milhões de barris por dia!
    Alta de 20,3% na comparação com janeiro de 2014.
    Enquanto o empresário brasileiro borra as cuecas, a Petrobrás investe e bate recordes.

  51. Bom artigo.

    Realmente concordo com a análise feita e acrescento.

    Estamos órfãos de etadistas, muito embora Lula seja uma referência, vejo que no atual momento sua sucessora para se equilibrar com este governo de coalização, se veja iludida com renúncias fiscais, decontrole das contas publicas, e juros lelevadíssimos para atrair o capital, que na realidade não tem bandeira e quer mais é lucrar, nada lmais !!!

    Dias sombrios nos esperam !!!!!!!!!!!!!!!!!

    Mas, por outro lado, seestamos órfãos de estadistas, quem poderá surgir ?????????????

    A pergunta que não quer calar !!!!!!!!!

     

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