As contas de perde-ganha com Temer e Dilma

As manifestações desse domingo trazem conclusões curiosas:

  1. O número de manifestantes frustrou os organizadores, mostrando que o populacho não reage mais ao simples apertar de botões.

  2. Em São Paulo a equipe da Globo foi atacada por  furiosos com a falta de empenho da emissora em mobilizar as massas.

A velha mídia entrou em uma sinuca de bico.

Primeiro, alimentou a onda de intolerância, tornando-se prisioneira da própria armadilha montada. Não pode oferecer mais sangue do que oferece, sob risco de reduzir seu público a um tropel de trogloditas. Descontenta os trogloditas, que a acusam de pouco empenho, e descontenta os demais leitores que criticam a ausência de jornalismo.

Depois, deflagrou o processo de impeachment e agora teme seus efeitos.

Subordinar o jornalismo à política sem estratégia dá nisso, comprovando que a crise de liderança que acomete os três poderes não poupou igualmente o quarto.

O fracasso das manifestações, no entanto, não zera o jogo do impeachment.

Os próximos capítulos serão decisivos e se darão em torno de três campos.

O campo econômico

A conta dos deputados – entre ficar com o governo ou embarcar na aventura Michel Temer – levará em consideração a maneira como enxergam o futuro da economia em cada alternativa. Qual seria a pior aposta: chegar em 2018 carregando o fardo Dilma ou o fardo Temer? Beneficiar-se de ser anti-Dilma ou anti-Temer?

A tal Ponte para o Futuro de Michel Temer, se bem explicada, é um filme de terror não apenas para os beneficiários de programas sociais. Significará subordinar o país a um modelo econômico que produziu os maiores níveis de desemprego na Europa, liquidando com o estado de bem-estar europeu.

Significará abortar qualquer política industrial, regredir na implantação de universidades federais, eliminar o acesso dos mais pobres ao ensino superior, destruir a rede de proteção social duramente conquistada pelo país.

Essa conta será cobrada em 2018 de quem aderir ao impeachment.

Mas o que Dilma tem a oferecer em contraposição? Até agora, apenas o ajuste fiscal de Joaquim Levy. Ou seja, outro filme de terror.

Dilma tem o ônus e o benefício de estar no poder. A cada dia que passa, o aprofundamento da crise torna mais palatável a alternativa Temer. Por outro lado, assim que apresentar uma estratégia econômica minimamente viável, recupera o protagonismo.

Com doze meses de atraso, há dois desafios (que ficaram enormes pela demora em serem enfrentados) pela frente: um movimento estratégico impedindo o aprofundamento da crise; uma visão de futuro.

A estratégia para segurar a crise passa por três movimentos óbvios:

  1. A recuperação da cadeia do petróleo e gás. Pelo menos dois pontos do PIB deve-se ao descaso com que o tema foi tratado pelo governo. Há pelo menos um ano deveria ter sido negociado um modelo de acordo de leniência que preservasse as empresas. Agora, há centenas de empresas a ponto de serem liquidadas. Esse movimento precisa ser interrompido, através de medidas heroicas de recuperação do setor.

  2. A crise fiscal, com a aprovação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira). Conta, para tanto, com a adesão incondicional dos governadores, que sabem onde o calo pega.

  3. Recompor a liquidez na economia. O trancamento do crédito poderá produzir um desastre ainda maior em 2016, com a crise de liquidez se espalhando pela economia.

Nas conversas com parlamentares, não se trata apenas da falta de sensibilidade política de Joaquim Levy, valendo-se do viés economicista de acenar com o fim do mundo, em vez de trabalhar o início da criação. Em Brasília brinca-se que ele tem uma carta de demissão plastificada, tantas foram às vezes que sacou do bolso para tentar impor seu ponto de vista.

Tem-se um quadro complexo para 2016, com a crise fiscal dos estados e uma inadimplência generalizada das empresas. O desafio maior será estancar essa queda para poder acenar com o próximo tempo.

O tempo de Levy acabou.  E não basta apenas substituí-lo. Tem que ser por alguém com visão estruturada da economia, capacidade de juntar todas as peças do jogo econômico e com total aval de Dilma.

Há uma bomba atômica disponível para quem souber usá-la. Pode ser a saída para a crise ou poderá ser o dia do juízo final: o uso criterioso de parte das reservas cambiais em programas de investimentos em infraestrutura e de recuperação do parque industrial.

Quadro social

É trunfo para Dilma.

O agravamento da crise de emprego atiçará mais os ânimos gerais, seja com Dilma ou Temer.  

Mas, com o impeachment, haverá um ingrediente explosivo a mais.

  1. A imagem de um Michel Temer mediador, acima das paixões e do jogo rasteiro da política ficou comprometida com o episódio oportunista da carta. Todos os que participaram da queda de Collor se sentiam, de certo modo, responsáveis pelo sucesso do governo Itamar Franco. Esse fato blindou-o, em que pese a extrema mediocridade de sua gestão. Temer perdeu esse bônus.

  2. Sem essa legitimidade, do lado esquerdo Temer enfrentará as manifestações dos sindicatos e dos movimentos sociais; do lado direito, dos paneleiros. Pesquisas junto a esses manifestantes mostram que se movem por slogans: são a favor de menos estado, mas, ao mesmo tempo, de serviços públicos gratuitos. Quando Temer der início aos cortes em políticas sociais, será tiro para todo lado.

Por outro lado, enquanto não apresentar um programa com ideias claras, não se saberá qual o lado de Dilma. A bandeira em torno dela é de defesa da legalidade, contra o golpe. Derrubada a tese do impeachment, se o governo Dilma continuar inerte, ninguém segurará as ruas em 2016.

Quadro político 

Até agora, o presidencialismo de coalizão – inaugurado por Fernando Henrique Cardoso, mantido por Lula e Dilma – consistia em lotear cargos para garantir o controle do orçamento e a implementação das políticas centrais.

Em vez de aspirar, Temer propõe coalizão injetável: repartir o orçamento. Trata-se da proposta mais irresponsável de loteamento político desde os infaustos tempos do governo José Sarney.

A estratégia de Dilma deverá ser mostrar a inviabilidade desse modelo, ainda mais em um quadro de crise fiscal. Não há o que repartir. Se tirar da saúde e da educação, em 2018 a cobrança dos eleitores será fatal.

Fica claro que se trata de uma cenoura visando abrir espaço para os novos donos efetivos do poder, Temer e seu grupo associados aos tucanos de José Serra – que levarão seu quinhão com a aprovação de uma nova lei do petróleo. Eles ficarão com os cargos; os parlamentares com a promessa de controlar um orçamento quebrado e com a conta da impopularidade em 2018.

Luis Nassif

99 Comentários

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  1. A Minha solução:
    – Demissão

    A Minha solução:

    – Demissão imediata do Levy e de todo COPOM do Banco Central e colocar gente que não se ligue tanto a metas de inflação;

    – fazer de tudo para manter o dólar entre R$ 4.00 e R$ 4.25

    – Redução de 3 pontos da selic em seis meses e reduções menores até chegar a 1.5 de juro real por ano,

    – criação da CPMF de 0.40% sobre o valor dos créditos em conta de depósitos,

    – Realizar acordos de leniência com as empreiteiras e colocá-las para funcionar;

    – retomar investimentos da cadeia de petróleo e gás,

    – invcestir pesado em obras de infra estrutura;

    – soltar o Almirante e colocar para andar os nosso projetos de defesa, todos eles;

    – reduzir o compulsório,

    – taxar mais os ganhos financeiros,

    – corrigir a tabela do IRPF ao mesmo tempo que criar mais duas alíquotas de 35 e 42.5% e acabar com a isenção de dividendos recebidos,

    – Detonar com essa porra desssa lava jato e, se possível, sumir com estes golpistas travestidos de promotores e policiais e juízes.

    – Continuar a investigar como se deve: discretamente e sem shows midiáticos.

    – etc etc

    Se ela sobreviver ao impeachmente e tudo continuar como está é melhor que ela se vá.

     

     

     

     

    1. Se você gosta de inflação?

      Tudo o que listou descreve o seu perfil populista… Agora me diz como vc vai sustentar tudo isso… As ideias que apresentou já foram tentadas pelo Sr. Manteiga… e olha no que deu. Responsabilidade fiscal é o que o Levy está tentando implementar. Concordo plenamente com Nassif que diz que Levy insiste somente neste ponto e que falta muita visão do todo… Mas discordo que o tempo de Levy acabou… na verdade o tempo de Levy nem começo… 

      1. No sentido de aumentar

        No sentido de aumentar receitas, poderia ainda aumentar a alíquota do imposto sobre herança ou doação e ainda regulamentar o imposto sobre fortunas.

        1. Cara, quanto mais impostos,

          Cara, quanto mais impostos, mais desperdício! E você quer mais impostos ainda???? Temos é que diminuir o tamanho do Estado!!!

        2. Impostos demais

          Não acha que já pagamos impostos demais? Entra governo, sai governo e ninguém fala em eficência nos gastos públicos. Boas práticas de gestão: pura bobagem. Vamos aumentar impostos que é bem mais fácil, afinal precisamos alimentar o “mastodonte”, que está sempre com fome.

      2. Também concordo que o tempo

        Também concordo que o tempo de Levy nem começou. E se conseguir emplacar a CPMF, neste momento angustiante, terá feito pelo Brasil muito mais do que dele se poderia esperar. Será um vitorioso.

    2. Idéias bem interessantes,

      Idéias bem interessantes, principalmente para uma nova equipe econômica, numa primeira reunião com a presidente; num brainstorming, pode-se apresentar tudo isso.  Como idéias ‘brutas’ são, de fato, bastante interessantes. No que diz respeito à tributação sobre a renda, as grandes fortunas, a herança e sobre o ganho financeiro especulativo, o caminho é este. Piketty, que o Levy não lê, propõe algo muito parecido. O que escreve como teu antagonista não deve ter lido Piketty ou se faz de desentendido.

    3. Votei nela

      “Se ela sobreviver ao impeachmente e tudo continuar como está é melhor que ela se vá.”

      Está sugerindo o fim da democracia?

      A mídia através de seus garotinhos de Propaganda estão vendendo o golpe e vc comprou.

      A crise é da oposição por pura vaidade. Odeiam pobres e gente que lutam por eles. 

      Se Dilma se for, todo o legado de 13 anos se vai.

      Acho não tão simples assim.

  2. “Em São Paulo a equipe da

    “Em São Paulo a equipe da Globo foi atacada por trogloditas furiosos com a falta de empenho da emissora em mobilizar as massas.”

    Então a sociedade compreende o PIG, não precisa mais desenhar…

    A carta de temer deve ter retirado milhões de mulheres da oposição.

    As ações do cunha devem ter arrefecido milhões que seguiam o voto do PIG!

    1. Estão com a razão. Compraram

      Estão com a razão. Compraram a Globo como sendo de extrema direita, e ela às vezes quer dar uma de “normal”. A Globo só não solta a franga fascista porque não pode, porque ela só sabe enganar no limite da “normalidade”. Senão, sua precária reserva de crebilidade vai a zero.

  3. Para eles, o Brasil fede

    Por que eles estão no Golpe?

    Sem voto, Temer só chegaria ao poder com punhalada nas costas    Imprimirpublicado 14/12/2015 no Conversa Afiadabessinha fhc nojo

    O Gilmar (PSDB-MT) está no Golpe para fazer marketing de sua faculdade, onde supostamente se aprende com quem decide “nas instâncias superiores”.

    Seu patrono, o Farol de Alexandria, está por vingança e porque não consegue controlar a vaidade e o patético fascínio pelas luzes dos holofotes.

    Seu discípulo (do Farol), o Cerra está no Golpe para fingir poder e escapar do Teori e do Moro, já que foi identificado como o Tarja Preta, além ser o amigo do Preciado.

    (Mas, como diz o Tiririca, depois de levar um copo de vinho na cara, o Cerra móóórrreu.)

    Outro discípulo do Farol, o Aecím Waldorf está no Golpe para fugir de Furnas.

    O Temer está no Golpe porque não aguentou esconder por tanto tempo a verdadeira vocação: a de traidor.

    Sem voto, só com uma punhalada nas costas Temer chegaria ao poder que nunca teve nem mereceu.

    O Cunha está no Golpe para delinquir.

    A Globo está no Golpe para se apossar do Ministério da Fazenda, do Banco do Brasil, da Receita, do BNDES, do Ministério das Comunicações e da SECOM.

    Ao mesmo tempo.

    Em nome da sacrossanta liberdade de imprensa.

    Paulo Henrique Amorim

     

  4. O grande problema é que a
    O grande problema é que a Dilma é reamlente muito ruim de serviço.

    Do jeito que as coisas vão, mesmo ela vencendo esse 3 turno, haverá um 4 turno até 2018.

    Dilma precisava ganhar essa disputa e, a partir daí, mostrar quem é que manda nessa merda e asfixiar a lava jato de vez para o PIB voltar a crescer e o País voltar a andar para frente.

  5. Vejo diferente. Caso Dilma

    Vejo diferente. Caso Dilma vença este processo, sairá tão desgastada que será nova vitória de Pirro. E continuará com seu programa de ajuste. Os que se mobilizaram em seu favor ficarão frustados e desmotivados. Aí entrará a oposição em 2018 com todas as reformas que propoêm.

     

    1. Não Dilma, o Brasil, sairá um

      Não Dilma, o Brasil, sairá um pouco desgastado. Mas sobreviverá e dará rapidamente a volta por cima. O processo foi bom para isolar os vírus que anteriormente não estavam identificados. Agora sabemos bem quem está contra o povo brasileiro.

  6. Hoje recomeça o espetáculo ou

    Hoje recomeça o espetáculo ou melhor a palhaçada do Conselho de Ética. Segundo informações, o deputado Tiririca foi convidado a presidi-lo, no entanto, se rescusou a faze-lo com receio de comprometer a audiencia dos seus programas na TV.

  7. Dilma não precisa inventar a

    Dilma não precisa inventar a roda para sair da crise e começar a governar o País. Para isso, basta repetir o que fez Itamar Franco, nomeando Ciro Gomes ministro da Fazenda. Com essa medida, o Ciro põe a parte podre do PMDB pra correr, e aproveita a parte boa que é pequena e leal.

  8.  
    Uma coisa ficou bem clara,

     

    Uma coisa ficou bem clara, mais clara impossível, a partir do notório fiasco das manifestações pró-impeachment deste 13 de Dezembro. Ficou evidente que o país já assimilou pacificamente o fracasso e a morte definitiva do projeto do impeachment. O país está conformado com isso e esta conformação pode servir de sólida base para a continuidade da vida política em paz e sem mais confrontos mortais.

    Já quanto ao país assimilar, neste mesmo momento,  a vitória de um impeachment com tantos sinais de ilegitimidade e imoralidade, além de suspeitas muito sérias de ilegalidade, isso não parece nada certo, muito pelo contrário.  Depois de tal impeachment, que fatalmente seria chamado aqui e alhures com muita propriedade de golpe de estado, seria bem provável que jamais o país voltasse a ter normalidade e paz política.

    Os promotores do projeto do impeachment estão em franco processo de desgaste moral, e quando intentarem retornar às regras do jogo democrático, poderá ser para eles já muito tarde. Serão alijados do processo normal da política, sumariamente.

    Quem vive numa redoma de classe média, como muitos da classe econômica dominante e da classe política a ela servil, retro-alimentam-se entre si e por canais exclusivos, com informação de charmosos e volúveis palestrantes de direita, bem como de uma mídia depravada politicamente. Nesta linha, eles podem muito bem chegar a pensar que o povo é uma massa ignara, simples de entender e fácil de manter sob domínio enganador (pela mídia) e repressivo (pela polícia-jagunça).

    O povo não é mais o bobão que as oligarquias dominavam no século vinte. Mas elas continuam a fazer o mesmo pouco caso do povo, e assim, como não têm escrúpulos democráticos,  se vão por estender alegremente seus sonhos para fora dos limites da Democracia, sem compreenderem que ela é a única garantia que o povo tem para viver em paz e se conformar com as agruras. Tentem golpe agora, se ainda tiverem coragem!

  9. “Descontenta os trogloditas,

    “Descontenta os trogloditas, que a acusam de pouco empenho, e descontenta os demais leitores que criticam a ausência de jornalismo.”

    Parece a Dilma, que descontenta a base que a elegeu com muito suor e também descontenta o mercado, que ela faz de tudo para agradar, inclusive não mandar embora o Levyzinho…

  10. No momento só tem uma pessoa

    No momento só tem uma pessoa que está fazendo esta pregação e quem tem qualificações e envergadura política para implantá-las.

    Ciro Gomes

  11. Projeto do rito do impeachment

    Eu não acho que seja tudo tão complicado, com quadros, tendências, efeitos provocados ou sntidos, etc.

    Receio que não seja bem isso.

    O que mais me parece é que a população perdeu a credibilidade no processo. Tomo por mim, que já desacredito completamente que este impeachment aconteça.

    O primeiro balde de água fria veio com as declarações de FHC em favor da não materialização do impedimento, inclusive opinando que Dilma seria uma pessoa honrada e etc e tal. Cheguei até a duvidar que ele realmente fosse da oposição. Lembro de ter me perguntado: “mas qual é jogo que esse duas caras está fazendo?”

    O segundo, foi o engavetamento do pedido de impedimento, que foi  promovido por Cunha. Um sujeito que está sendo investigado e que parmanece imune, ainda mandando nas regras do jogo.

    O terceiro, foi a intromissão protelatória do STF. Quem conhece os trâmites da máquina judiciária já pode supor que a decisão não sairá nesta quarta, e muito provavelmente nem saia neste ano, ou talvez se arraste para depois do 1o trimestre de 2016.

    O penúltimo foi com a postura infantil, mesquinha, ciumenta e vaidosa do vice. Não se pode esquecer que caso haja o impeachment, quem assumirá será o vice. E ele, maria-que-vai-com-as-outras, guindará ao poder toda a laia pmdbista, feita de gente que é especilista em encrencas partidárias, viciada em assumir cargos e em vender até a mãe para churrasco, se o prêmio interessar. Ser traidor não é coisa de momento, está no carater, ou melhor, na falta de. E Temer é um traidor, que cava meticulosamente sob a cadeira de Dilma, a sepultura política da presidente. E quem trai um, trai mil. Se Dilma deve sair porque é mentirosa, seria certo substituí-la por um traidor?

    E agora o próximo está sendo o agendamento das manifestações para março/2016. O movimento vinha num crescente mas foi habilmente esvaziado com aquilo que o brasileiro sabe fazer de melhor: protelar, ou procrastinar, se quiser assim. E a mente do povo não é um eletrodoméstico que se pode ligar e desligar ao bel prazer daqueles que estão bem, mesmo num país em plena crise. Quando se tenta fazer isso, o eletrodoméstico queima.

    Percebe-se que para a oposição, os problemas econômicos são secundários. As férias e o lazer são mais importantes. Então, deixemos tudo sobre a mesa e “praia para que te quero”. “Descansar… Relaxar… Afinal, ninguém é de ferro e o homem desestressado pensa mais claramente”. E assim o 1o trimestre de 2016 já vai ficando estragado. Mas que ninguém se aborreça, teremos Olimpíadas. Disputaremos medalhas. É pena que não haja a categoria “Procrastinadores”. Ganharíamos a de ouro, com louvor.

    E após as Olimpíadas, vamos descansar nas férias de meio do ano. “Merecemos somos guerreiros”. Antes de sair de férias, é claro, uma ou duas mexidas na política, só para constar, e para complicar o início do 3o trimestre. Na volta das férias, a emoção das eleições. Ah… a festa democrática do voto. Que beleza!  “Vejam como funcionam as instituições!”.

    E, presumo eu, no 4o trimestre de 2016, pouco antes do encerramento do ano, o processo de impeachment será derrubado pelo senado. Isto, é claro, nos dias que antecederem o fim do ano, o sagrado recesso parlamentar.

    Não sei qual é o rito que o STF está desenhando, mas é neste aqui que a população acredita. Então que sentido tem perder uma tarde de domingo para ficar andando na rua como um estafeta, para cá e para lá?

    Que se dane!

  12. a opção é entre o  projeto

    a opção é entre o  projeto que vem desde 2003 com lula e agora

    com dilma, com distibiição de renda,

    ou o inferno coim michel temer e o fim dessa disitribuição.

    por qual projeto os políticos optarão para 2016,2018?

    a dilma paga o preço de ter um  projeto sem mistificação,

    enquanto a oposição lida com a manipulação e a empulhação….

  13. Mudança do modelo

    Capitalismo de Estado – onde estão os tais Estadistas? Porque os beneficiários nós já sabemos quem são.

    Vejam, Dilma foi vendida para o eleitor – aqui, inclusive – como o supra-sumo, o ápice da evolução da administração estatal. Super Gerente, Grande Administradora, foram alguns dos rótulos que colaram na moça de sintaxe sem sentido (sempre com maiúsculas, como é do gosto das esquerdas – Grande Líder, Timoneiro, Comandante).

    Consideremos que Lula não mentiu e que ela é o que havia de melhor em termos de administração pública.

    A conclusão óbvia é que uma economia do tamanho da brasileira não pode ser tomada como refém por economistas que não sabem fazer conta ou por políticos populistas e embusteiros. Enterremos de vez o Estado Empresário.

    Deixemos cada um na sua área de expertise:a iniciativa privada para fazer a economia crescer, o Estado para se auto-enriquecer, vendendo soluções para os problemas criados por ele mesmo..

  14. Temer é homem do Cunha, e não

    Temer é homem do Cunha, e não o inverso, diz Ciro Gomes à Carta Capital:

    http://www.cartacapital.com.br/politica/nos-passos-de-brizola

    Basta pesquisar a quantidade de medidas provisórias que o Temer despachou ao Cunha para que ele pudesse incluir o que no jargão parlamentar chamamos de “jabuticabas”, emendas ilegais para gerar privilégios a grupos econômicos dos quais eles tomavam dinheiro. 

    1. Temer e Cunha podem ser

      Temer e Cunha podem ser considerados experientes profissionais da política, embora com métodos e fins muito suspeitos. Mas Jarbas vasconcelos, francamente, é uma piada política.

  15. Cite para nós um só exemplo,

    Cite para nós um só exemplo, na história da economia mundial, de um país que conseguiu crescer e se desenvolver com inflação baixa?

    Você não leu meu comentário, apenas vomitou suas crenças.  se resolver ler, verá que tem umas sugestões de aumento da receita.

    Por fim: Está melhor com o Levy do que com o Mantega?

    Conclusão: ODEIO RENTISTAS.

  16. 16 de dezembro de 2015 – Ponto de inflexão dos juros americanos

    As reservas brasileiras são hoje a única esperança do Brasil, caso um desastre financeiro se inicie com a subida dos juros americanos. Uma piora no cenário financeiro, com uma retração dos investimentos generalizados mundo afora, poderá impactar o PIB brasileiro levando-o de uma retração prevista na ordém de 2 a 3% para algo nos dois dígitos, o que seria realmente uma tragédia social de grandes proporções.

    Faltam só 2 dias para a reunião do FONC, mas o problema dos déficits gêmeos americanos não desaparecerá, assim o desequilibrio internacional continua e os sinais da desaceleração por falta de confiança continuam a crescer, o índice de navegação do mar báltico, que cota os fretes marítimos internacionais está no seu nível mais baixo e não apresenta sinais de recuperação, a demanda por ferro na China também vêm ladeira abaixo, o que significa para nós brasileiros, que dependemos de nossas commoditties para fianciarmos nosso desenvolvimento, época de vacas magras.

    Por tudo isto e na certeza que o cenário que compõe os elementos de decisão dos golpistas não abrange um universo tão largo como o exposto acima, penso que um movimento irrefletido do Congresso, do STF ou mesmo do Executivo poderá levar o Brasil a uma tragédia de proporções até agora inimagináveis, tanto política, como econômica e social.

    Fossem tempos normais, seria a hora de nos unirmos contra o inimigo externo comum, o sistema financeiro internacional e buscar posições de embate, onde assumindo posições conservadoras e seguras procuraríamos, sem aventuras, minimizar prejuízos e reparar danos.

    Dê toda forma, o planeta caminha para um desenlace. Na minha opinião, o Brasil vai depender muito de como irá manobrar nestas próximas semanas, afinal, depois de 20 de dezembro é que acontecem as piores surpresas.

      1. Se ficarmos apenas no

        Se ficarmos apenas no desenlace será o começo da libertação e de uma maior e mais abrangente prosperidade para todos os povos; viveremos tempos mais estáveis e menos violentos.

        O problema é que os EUA precisam desesperadamente de um conflito envolvendo a Rússia e a China – leia-se III Guerra Mundial; os últimos bastiões a barrarem o seu caminho, um como potência militar (Rússia) e o outro como potência econômica (China), para desviar o foco, literalmente esconder de todos o apodrecido sistema monetário a que todo o mundo está submetido e para poder implementar a tão almejada Nova Ordem Mundial – governo único, “países sem fronteiras” e apenas um Banco Central. E Obama – aquele que foi laureado Nobel da Paz, assim como Henry Kissinger e Ariel Sharom (só criminosos de guerra) – está desesperadamente escalando o conflito na Síria e na Ucrânia.

  17. A burguesia paulista está ávida p/financiar de novo uma OBAN

    É isto que as classes empresariais e industriais paulistas querem? 

    Se não querem ao menos a FIESP quer.

    De onde vem o dinheiro dos patos?

    Está na hora dos golpistas paulistas se submeterem ao resultado da eleição.

    Ou senão queimemos  nossos títulos eleitorais em praça pública.

    A burguesia quer guerra de novo?

    QUEM elegeu collor sào os mesmos que elegeram cunha presidente da camara dos deputados.

    Bem feito anistiaram esta burguesia golpista e seus torturadores. Estão aí de novo.

    PMDB nasceu de uma costela da Arena obra da ditadura.

     

     

     

  18. Semeie o caminho da verdade

    Semeie o caminho da verdade do momento, ela será o balisador das futuras razões e responsabilidades.

    Não foi o que aconteceu na campanha para a presidência, desse modo, consolidou-se o temor e a desconfiança que já imperava quando anunciava-se quaquer índice econômico.

    Um novo capitão da economia voltado ao estilo Mantega, seria quase como aprovar a derrocada da economia imposta nos últimos anos.

    O País não acredita mais em qualquer ação desse governo, a confiança foi afetada drasticamente, corroborada com a gigantesca corrupção acobertada pelos partidos que estão no poder.

    O Brasil necessita urgente de mudanças para seguir adiante. Não se pode manter o mesmo time quando está perdendo de “lavada”, o Brasil precisa de novo comando.

    Para os políticos atuais no poder só restam uma coisa, procurar novas ‘naus’, porque o povo mais do que nunca estão sintonizados e ligados, tendo em vista que parece que acordaram de um longo sono e viram-se diante de um pesadelo na hora de pagar suas contas.

     

    1. comentário

      Diz o nobre comentarista que só cabe aos políicos atuais no poder procurar uma nova nau. Até concordo com isso. Mas, quem são os políticos que estão no poder, na atual situação? Temer? O PMDB?  Como ratos, estão abandonando um navio, onde estiveram há anos. o Brasil, ontem, como hoje, está a gritar por um novo comandante. Ouve-se seus gritos, mas não há como atendê-lo. Não temos ninguém, NINGUÉM MESMO, com mãos limpas que possa atuar na proa. Nem homens, nem políticos. São todos corruptos.

  19. O PIG bem que tentou …

    Até fotos de março de 2015, foram publicadas como se fosse de ontem, para turbinar a manifestação. Não teve jeito. Com exceção do tucanistão, que junta um pouco mais de gente, no resto do pais foi um completo fracasso. Na minha cidade, Aracaju, nem ouvi falar. O povo foi a praia, como sempre, beber cerveja e comer carangueijo. É a crise. Voces não imaginam o calor que faz aqui … Quem é  doido de pagar mico no asfalto quante pra depois entregar o pais aos Cunhas?? Quem é doido?  Shoping tambem lotado. É a crise de novo. Dia 16 estaremos nas trincheiras da legalidade e da democtacia. Esses patinhos amarelos estão pensando que o povo é trouxa???

  20. As partes estão estão com a

    As partes estão estão com a palavra:

    O primeiro passo para voltarmos a crescer é a estabilidade política, nesta legislatura dos 513 deputados que tomara posse, 198 foram eleitos pela primeira vez para o mandato federal ao contrário do que se esperava, esta renovação do congresso não foi salutar, ao invés de criarem uma agenda positiva para o Brasil, grande parte deles se aliaram aos mais conservadores e esqueceram que o principal objetivo de seus mandatos é o legislar para o Brasil e ter consonância com o executivo e o judiciário, pois bem ao se aliarem ao que há de péssimo, entraram em diversas lutas insanas, elegeram Eduardo Cunha presidente da casa, este tem compromisso com aqueles financiaram sua campanha e com Michel Temer, acharam que fizeram um bom negócio e em seguida aprovaram o projeto de lei 4330 e já se queimaram logo de cara, suas bases ainda estão ressentidas, e ao invés de perceberem que estavam numa canoa furada, continuam a seguir seu líder como se estivessem cegos, os governadores foram procurados esperando que ali se encontrasse bom senso, se recusaram a ajudar o governo federal na orientação dos deputados para gerarem uma estabilidade política, o judiciário fez o que fez de maneira irresponsável, com prisões, vazamentos seletivos e métodos não republicanos, gerando a instabilidade jurídica, política e agravando a crise econômica que começava a se instalar. Os governadores agora estão sentindo o tamanho do problema que criaram, o dinheiro começa a faltar, fruto de uma crise que ajudaram a aumentar, Michel Temer quando foi chamado a ajudar, conspirou e ainda conspira, a mídia alinhavou toda esta trama, se comportando partido, estimulando e exigindo o golpe, a FIESP aceita o aumento dos impostos estaduais com a tranquilidade de um lago em dias de calmaria e revolta-se contra a CPMF com a violência de uma furação, fazendo todos de pato, se aliando e financiando a extrema direita assim como fez na Ditadura Militar, o Grande Pato e os milhares de pato na avenida paulista são a prova disto, e tudo isto tem a ver com o Pré Sal e as reservas cambiais, que são o prêmio.

    Para todo este rolo tem solução, simples e objetiva, Eduardo Cunha fora do congresso, que os governadores orientem os deputados federais de seus estados a passarem a votar com a consciência de que as medidas que o executivo propõe é uma saída inteligente e pode manter uma agenda positiva para todos, que setores do judiciário parem com a tentativa de dar o Golpe Paraguaio e garantam a segurança jurídica em todas as fases de qualquer processo, e parem com esta história de inovação a cada momento e saibam que a seletividade que fazem é a mesma que os Ditadores Militares faziam quando perdiam a maioria no Congresso, cassavam deputados e criaram os senadores biônicos, sempre com o apoio desta casa, cabe lembrar, a história não esquece, Os membros do STF ganharam mais cinco anos de poder, usem com sabedoria, o Brasil é maior que vocês.

    Em fim há solução, chama-se bom senso, é isto ou o caos, todos perdem sem exceção, os banqueiros, os industriais, os empresários, ruralistas, os trabalhadores, o Brasil como um todo perderá, é hora de reflexão, a lama que invadiu o Rio Doce é o exemplo do que pode acontecer no Brasil inteiro se não barrarem esta bobagem de desrespeitarem a instituição do voto popular.

    O Governo Federal propôs uma agenda que está sendo negada e protelada pelo congresso, é uma agenda dura, menos do que propôs Lula em seu primeiro mandato (Superávit de 4,25 aa), o reajuste fiscal é importante para evitar o pior, para manter o que foi conquistado até agora é necessário um reequilíbrio de contas, o reajuste não é medida populista, ao contrário, mas é inteligente e salutar, preservar as reservas cambiais é importante, utiliza-la de modo conservador é garantir a passagem pela crise que assola o mundo, é garantir os sete anos de seca que começaram em 2014, tanto é assim que os investimentos internacionais continuam a entrar no Brasil, esta face conservadora de Dilma Rousseff é a garantia de que poderemos superar a crise, não podemos voltar ao tempo (Crise de 1979 a 1983) em que um Diretor do Bank for International Settlements (BIS) disse que nosso o país era irresponsável, inconsequente ao seu correspondente do Banco Central do Brasil (Freitas 1982). Portanto senhores, a saída da crise é a continuidade de Dilma Rousseff a frente do governo, um Congresso receptivo e o Supremo Tribunal Federal sem cores partidárias. Bom senso, só isso.

    1. Muito pouco, falta um Norte seguro para garantir a esperança

      Sem um Norte, um Rumo e uma Estrela o Brasil continuará a singrar a esmo.

      A situação é muito mais séria, a possibilidade da eclosão de uma guerra mundial não está fora das previsões de muita gente séria. Precismos de um governo com legitimidade, firmeza e coragem, sem isto….

  21. Resumindo

    O que temos agora é o resultado de um Governo que acertadamente priorizou a redistribuição de renda e a redução da desigualdade social, mas o fez do jeito mais fácil, elevando os gastos. É fácil aumentar a verba para programas sociais, é fácil elevar o salário mínimo acima da inflação, é facil distribuir benefícios, elevar os gastos do Estado sistematicamente, ano a ano, e como é fácil. Difícil é pagar a conta. A conta chegou, e pelo visto não vai ser esse Governo quem vai pagar. 13 anos de imediatismos que vencem eleições, e nada de longo prazo, uma taxa de investimentos baixa, nenhuma reforma estrutural realizada, e o PT prefere ou quebrar o país queimando as reservas, ou sair deixando para o próximo governante o ônus inevitável de ter que acordar a população para a dura realidade, a ter que ele mesmo recuar no padrão de elevação de despesas que de maneira irresponsável estabeleceu. 

    1. Realmente reduzir o legado do

      Realmente reduzir o legado do PT a “é fácil distribuir benefícios”, só que nenhum governo fez isso antes, precisa de muita cara dura e muita miopia. Porém se o PT queimar as reservas (e não vai fazer isso) vai ser as que ele mesmo criou. Antes no PT não havia nem reservas (ou eram um tantinho assim) e nem distribuição de benefícios. Só a política da gastança para essa mesma canalha e associação de ladrões que hoje vem no impeachment uma tábua de salvação para sua própria gula por ganhos escusos e venda de patrimônio nacional. Vc devia ter vergonha de defender essa gente.

      1. Eugenia, peço pra ler meu

        Eugenia, peço pra ler meu comentário novamente para constatar que não defendo ninguém nele. Faço sim uma crítica ao Governo que está colocando o país na maior recessão dos últimos 30 anos, ainda sem ano previsto pra terminar. Ao contrário de você, não vou te desprespeitar por defender um partido que é tão corrupto quanto qualquer outro, inclusive o que você critica por pedir o impeachment. Se eu fosse você não acharia tão ruim assim um eventual processo de impedimento. Seu partido não precisaria fazer ajuste nenhum, nem cortar nada, de quebra ainda criticaria à vontade quem o fizesse. Olha que beleza seria o PT voltando as origens, indo contra tudo de quem tivesse tentando colocar o Brasil nos trilhos novamente… 

         

    2. “ou sair deixando para o

      “ou sair deixando para o próximo governante o ônus inevitável de ter que acordar a população para a dura realidade, a ter que ele mesmo recuar no padrão de elevação de despesas que de maneira irresponsável estabeleceu. ” . . . . Uma pergunta, o teu primeiro nome é José ??? . . . .

  22. Quem financiou a Emenda da Reeleição financia o impeachment

     

    Luis Nassif,

    Para entender a realidade atual é preciso primeiro lembrar que a Emenda da Reeleição foi financiada pela elite de SP e que é essa mesma elite paulista que pretende financiar o impeachment paraguaio.

    É importante entender a posição que cada um assume diante da realidade. Quais os interesses que guiam a posição de cada um. Ficar a favor do impeachment paraguaio, que em si já é um desfavor à democracia, significa ficar a favor da elite paulista.

    De imediato eu poderia dizer que é uma pena que um impeachment paraguaio seja o mecanismo utilizado pelos que estão na esquerda para querer impor uma mudança na política econômica de um governo que acredita na correção das políticas adotadas. A frase “ou se corrige a política econômica ou optamos pelo impeachment” só não é motivo para tristeza se não for tomada a sério.

    E a pena, isto é, a tristeza, é ainda maior quando se sabe que se critica a possibilidade do impeachment paraguaio vingar não pelo fato de se tratar de um impeachment paraguaio, mas porque a alternativa em perspectiva é da prevalência do fisiologismo e da economia do terror.

    E como tudo ainda pode ser mais triste não custa dizer que a menos que se especifique uma ilicitude no fisiologismo este é inerente às democracias representativas modernas. É preciso abandonar a democracia representativa para defender o fisiologismo considerado este como não sendo sinônimo de alguma ilicitude. E se o fisiologismo representar alguma ilicitude, ele não pode existir concomitantemente com a democracia representativa. Assim combater o fisiologismo sem considerar que ele representa uma ilicitude qualquer, só faz sentido se expresso por uma pessoa que desconhece totalmente o funcionamento do sistema democrático representativo.

    E qualquer analista com um mínimo de conhecimento da história econômica dos povos sabe que a economia do terror só existe diante da possibilidade de se adotarem as suas recomendações e quando o país chegar ao fim da linha não existir alternativa a não ser a economia do terror. A política econômica da presidenta Dilma Rousseff está sendo feita dentro da perspectiva de que com um dólar valorizado e um controle da inflação com suporte nos juros reais mais baixos da história do Plano Real, a recuperação virá ainda que lentamente. A recuperação decorre de mais recursos oriundos dos dólares valorizados que chegam via exportação e pela substituição paulatina dos produtos importados por produtos nacionais, processo também conhecido por substituição das importações e que ocorre sempre que há uma desvalorização da moeda nacional.

    Lá na frente quando tivermos algo em torno de dois bilhões mensais de dólares de saldo na Balança Comercial pode-se pensar em utilizar as Reservas para capitalizar a Petrobras e outros ativos nacionais.

    Clever Mendes de Oliveira

    BH, 14/12/2015

    1. Uma correção de frase do comentário anterior

       

      Luis Nassif,

      Corrijo mais abaixo a seguinte frase que consta do comentário anterior e que transcrevo a seguir:

      “É preciso abandonar a democracia representativa para defender o fisiologismo considerado este como não sendo sinônimo de alguma ilicitude”.

      O correto seria dizer:

      “É preciso abandonar a democracia representativa para combater o fisiologismo considerado este como não sendo sinônimo de alguma ilicitude”.

      Ou também seria correto dizer:

      “É preciso abandonar a democracia representativa para defender o fisiologismo considerado este como sendo sinônimo de alguma ilicitude”.

      E vou reforçar o que eu queria dizer explicitando mais o sentido que eu pretendia dar a minha frase se a tivesse escrito da primeira vez corretamente. Poucos entendem o fisiologismo como sinônimo de uma prática legal. Os muitos que entendem o fisiologismo como um ato ilícito deveriam deixar claro que ilicitude é esta. E certamente, em vez de dizer fisiologismo deveria dizer peculato, corrupção passiva, emprego irregular de verbas ou rendas públicas, concussão, excesso de exação, prevaricação, advocacia administrativa, etc. É claro que esses muitos não poderiam admitir em hipótese alguma que o fisiologismo pudesse coexistir com a governabilidade.

      Então quem defende o fisiologismo como instrumento de governabilidade, sendo este fisiologismo considerado como um ato ilícito, deve abandonar a democracia representativa. O Estado Democrático de Direito não permite que a governabilidade possa estar associada com alguma prática de ilicitude.

      E quem combate o fisiologismo, sendo este fisiologismo considerado como um ato lícito, deve abandonar a democracia representativa. Não há como a democracia representativa funcionando como um processo e não de forma pontual se desenvolver sem os acordos, os conchavos, as barganhas, os toma-lá-dá-cá, os é-dando-que-se-recebe. O processo democrático representativo é essencialmente fisiológico e quanto mais democrático mais fisiológico ele será.

      É preciso que essa distinção entre o fisiologismo como sinônimo de prática de ato ilícito e o fisiologismo como sinônimo de prática lícita inerente ao sistema democrático representativo fique esclarecida toda vez que se utiliza deste termo. Sem esse esclarecimento prévio não há base para qualquer argumentação.

      Quem combate o fisiologismo, considerando-o apenas como sinônimo de prática de ato lícito, não entende do funcionamento de democracia representativa e a opinião dessa pessoa não tem a menor relevância a não ser para avaliar o percentual dos que não entendem o funcionamento da democracia representativa. Há os que entendem o funcionamento da democracia representativa e combatem o fisiologismo, considerando-o apenas como sinônimo de prática de ato lícito, mas fazem esse combate por má-fé. Como a maioria entende o fisiologismo como prática de ato ilícito, quem o combate adota este comportamento pelo retorno eleitoral ou de aplausos que ele, o comportamento de combater o fisiologismo, angaria.

      Sem o esclarecimento prévio do sentido que se quer dar ao termo fisiologismo e aparecendo alguma contradição entre o que se diz e o que foi exposto acima se pode estar diante ou de uma pessoa ingênua ou de uma pessoa de má-fé. Não há nenhum proveito em saber o que diz um ou outro.

      Eu avalio como equivocado, mas não vejo ingenuidade ou má-fé em quem considera o fisiologismo como ato lícito, mas é contra a democracia representativa exatamente porque ele não aceita o fisiologismo que é inerente à democracia representativa.

      Clever Mendes de Oliveira

      BH, 14/12/2015

  23. Esquece a leniência

    Acordos de leniência jamais vão prosperar no Brasil por um simples motivo:

    O pensamento e a prática brasileira é: matar a empresa e salvar o empresário, e não o contrário.

    Um exemplo: Eike Batista. Apesar de ter perdido boa parte de sua fortuna pessoal, ainda vive de forma nababesca, cercado de carros de luxo. Enquanto os trabalhadores das empresas “X” perderam seus empregos, obras foram abandonadas e investidores viram seu dinheiro derreter na bolsa, os filhos de Eike vivem desfrutando a vida se hospedando em belas e caras suites mundo afora.

    Alguém aqui acha que Marcelo Odebrecht vai aceitar ficar na cadeia e na miséria para salvar sua empreiteira?

    Muito se fala que a Operação lava Jato paralisou os canteiros de obras. Nada disso. A conta dessa paralisia deve ser cobrada daqueles que criaram, alimentaram e se beneficiaram desse esquema gigantesco de corrupção, sejam eles empresários, doleiros, presidentes e diretores de estatais,  políticos e governantes.

  24. AS CONTAS DO PERDE-GANHA TEMER X DILMA

    Não sou contra o impedimento da irresponsável da Dilma mas, entre continuarmos com ela no poder e derrubá-la para deixar Temer assumir e ser totalmente manobrado pelo maior dos bandidos dessa quadrilha que é a POLITICA nacional, Renan Calheiros, prefiro ficar co a irresponsável sobre a nossa alça de mira, vejam os senhores que esse meliantes não possuem nem um  pouco de vocação para serem representantes do povo honesto brasileiro, contexto esse onde político nenhum entra, vejam as palhaçadas deles em plenas seções: “VOSSA EXCELÊNCIA É FILHO DA PUTA”, “VOSSA EXCELÊNCIA É LADRÃO”, “VOSSA EXCELÊNCIA É BICHA” e, fora as trocas de tapas e empurrões, aproveitanto, gostaria de saber quem vai arcar com os prejuízos que esses bandidos causaram lá na câmara federal com a quebra de equipamentos, serão as “VOSSAS EXCELÊNCIAS, os bandidos” ou mais uma o povo brasileiro?

  25. Nassif,
    Nâo está faltando

    Nassif,

    Nâo está faltando análise sobre a lava jato que o Temer ja está prometendo asfixiar enquanto que a Dilma deixa a coisa correr solta ?

    Isso pode ser realmente um fator de dará muita força ao Temer nesse processo.

    Seria interessante, a meu ver, Dilma dar umas pauladas nesse pessoal da PF para mostrar quem é que manda e sinalizar aos deputados e senadores que ela tem pulso para continuar…

    Senão a coisa vai ficar díficil para ela…

  26. Eu fiquei contente com o

    Eu fiquei contente com o resultado das manifestações de ontem. Não porque murcha a bola do impeachment mas porque revelou maturidade dos eleitores conservadores.  Parece ter havido o entendimento de que não aprovar o governo é uma coisa e desrespeitar as instituições e a Constituição é outra bem diferente. Ainda mais quando o desrespeito vem de um corrupto autoritário como Cunha.

    A imprensa e os líderes psdebistas devem ter levado um susto. Achavam que tinham pleno domínio da opinião pública conservadora e podiam manipular à vontade. Foram longe demais no apoio ao bandido Cunha para chegar ao golpe e acabaram desmascarados pelo excesso de confiança no poder que detinham (e detém).

    Quanto ao governo Dilma não sei se vai aproveitar o momento. A imagem abaixo fala tudo dessa governante que insiste em não ouvir os seus eleitores e tornou efetivo no cargo o medíocre Cardoso (ou será quinta coluna? Nem que fosse por solidariedade, Dilma não deveria permitir uma Policia Federal política e que usa equipamentos públicos para atacar quem a indicou e a elegeu presidente. Isso para não falar do seu plano Levy e do BC ao estilo Arminio Fraga. Mas Dilma parece não ser muito leal ao que nela confiam. Mesmo que sejam 54 milhões de brasileiros.

    E o Temer não deve ter dormido muito bem. A rejeição a sua pessoa ficou clara ontem.

    pf

  27. PENSEI QUE ERA UMA COMEMORAÇÃO DO ANIVERSÁRIO DO AI- 5

    PENSEI QUE ERA UMA COMEMORAÇÃO DO ANIVERSÁRIO DO AI- 5

     

    QUERIDOS:

    ASSIM FICA DIFÍCIL!

     

    Somos uma família de cinco (cinco). Por força das circunstâncias que paira sobre o nosso país, (calor intenso, Zica, Chikungunya, Dengue, entre outros), fomos obrigados a tirar férias compulsórias e então resolvemos viajar para a Europa. Vocês podem imaginar o tamanho sofrimento!!! . Entre os 5 (cinco) que viajaram encontra-se meu caçula, Thomas, de apenas seis anos de idade. Desculpe, não posso esquecer-me de citar a companhia dos nossos estimados cãezinhos, Brad Pitt e Beyonce, casal de Yorkshire, que não nos abandona nunca, onde quer que estejamos, e que parece não estar dando muita bola para o nosso querido Brasil.

    Nesses 45 dias que fomos obrigados a deixar o nosso querido Brasil, nos ressentimos bastante, foi muito difícil à adaptação, 15 dias na Alemanha (Munique), 15 na França (Paris) e os 15 restantes em Londres. Foi Horrível!

    Acompanhando o noticiário da nossa terra Brazilis, mas com os pés no velho mundo, chamava-me atenção as declarações dadas pela elite pensante,  relacionadas com o futuro do nosso pais. Me cativava bastante as opiniões emitidas por aquele cidadão elegante, intelectualizado, popularmente conhecido como o “PRÍNCIPE DOS SOCIÓLOGOS”, sobre um tal de golpe de colarinho alto, sobre impeachment, terceiro turno e coisa assim. Aliás, acredito ser inadequada essa palavra. Deveria providenciar uma tradução adequada para o tupiniquim, para que assim o povo pudesse  entender o seu verdadeiro significado.

    Para que pudesse compreender melhor, tais fatos, já que minha academia e o meu cabeleireiro consome o meu tempo todo, resolvi entrar em uma livraria. Alias ambiente horroroso. Comprei um livro, justamente um que versava sobre O GOLPE DE 1964. Aproveitei e passei na farmácia, adquiri um analgésico básico, pois com certeza, ler essas 125 páginas, seguramente iria maltratar o meu couro cabeludo, me deixaria de cabeça inchada.

    Não consegui ler o livro todo.  Mas recorri ao resumo e entre as inúmeras coisas que não consegui entender, chamou-me atenção um tal de AI-5, promulgado pelos heróis da pátria em 13 de dezembro de 1964.

    Resolvemos voltar ao Brasil, justamente em 13 de dezembro. Depois de uma exaustiva viagem e como não pudesse ser diferente, tivemos um desembarque demorado, ineficiente, reforçado pela concorrência de tantos voos domésticos desnecessários. Assim que pude entrei em contato por celular com o Rivelino, meu motorista, que para minha indignação não se encontrava no local e horário combinados.

    Aproveitei e fui ao cabeleireiro, no próprio aeroporto, retocar algumas mechas rebeldes e ao esteticista providenciar uma massagem facial, afinal de contas, o tamanho estresse vez evidenciar algumas rugas. Nesse momento, através de telas montadas no salão, constato que São Paulo encontrava-se em festa, a Av. Paulista encontrava-se encantada, muita gente bonita, sarada, corpos tatuados, cabelos da hora, repleta, esplendorosa, transpirando a todo o momento cidadania.

    Não pestanejei, minha leitura me intui. Dia 13 de dezembro! . Com certeza era a comemoração de aniversário do AI-5, justíssimo.  Após finalizar o retoque capilar e a massagem facial , o celular toca, era o Sr: Rivelino, meu motorista, que informava sua chegada.

    Após o formalismo necessário, nós cumprimentamos.

    E para não fugir a regra o mesmo foi tentando justificar o injustificável!

    – “Senhora: desculpe pelo horário, mas São Paulo, a; Av.Paulista está em festa, o transito está horrível”.

    – Retruquei; Como. O poder público não informa não se manifesta ?  Como fica o cidadão de bem. Uma hora dessa meu Brad Pitt e minha Beyonce estão, ansiosos, sofrendo, ainda não fizeram xixi!

    – Hoje é dia de impeachment. O povo está reunido pedindo o afastamento, a cabeça da Senhora Presidente.

    – O senhor está faltando com a verdade. Sou esclarecida. Eu entendo que hoje é uma data cívica, afinal de contas é o aniversário da data magna do AI-5,

    – A Senhora está certa !!!. Minha patroa.  É tudo uma coisa só!!

     

              

  28. É mais um alerta…

    Nassif!

    Esse texto com que nos brinda é mais um de seus alertas óbvios para Dilma tomar conhecimento, porém acho isso impossível de acontecer pelo simples fato que não há quem tenha os meios, senão o próprio LN, de colocar esse guizo no pescoço da timoneira da república.

    Então, se não houver uma iniciativa sua de fazê-lo chegar até ela, não vou dizer que terá ocorrido um esperdício de energia, mas sim que foi uma pena ter ficado restrito a nós, algo como se fôramos os filósofos da caverna. 

  29. DIA 16 TODOS NAS RUAS CONTRA
    DIA 16 TODOS NAS RUAS CONTRA O GOLPE.Região Sul Rio Grande do Sul – Porto AlegreConcentração: 14 horas: Rua Barros Cassal, 220 Bairro Floresta. Santa Catarina – FlorianópolisConcentração: 16 horas: Largo da Alfandega Paraná – CuritibaConcentração: 18 horas: Praça Santos Andrade Região Sudeste São Paulo – São PauloConcentração: 17 horas: Largo da Batata Rio de Janeiro – Rio de JaneiroConcentração: 16 horas: Candelária Minas Gerais – Belo HorizonteConcentração: 16 horas: Praça Afonso Arinos Espírito Santo – VitóriaConcentração: 16 horas: Praça Costa Pereira Região Nordeste Bahia – SalvadorConcentração: 14 horas: Praça da PiedadeAto político e cultural Sergipe – AracajuConcentração: 16 horas: Praça Falso Cardoso Pernambuco – RecifeConcentração: 15 horas: Praça do Derby Ceará – Fortaleza (2 atos)Concentração: 14 horas: Praça da Bandeira e Prça do Ferreira Maranhão – São LuísConcentração: 15 horas: Praça João LisboaPercurso-: João Lisboa- Rua Grande- Praça Deodoro. Rio Grande do Norte – NatalConcentração: 15 horas: Av. Salgado Filho (Em frente a Fiern). Percurso: Passeata até o shopping Midway – Ato Público.

  30. Por que Nassif insiste tanto na volta do CPMF?

    Se o país vive crise fiscal e recessão, tem que se baixar A SELIC e não se criar um novo imposto.

    Ou no mínimo remunerar o depósito compulsório pela poupança e não pela SELIC.

    E forçar a baixa de juros dos bancos públicos, como iniciado em 2008 e abortado pela inflação do tomate.

    Criar novo imposto não é solução, é agravamento da crise!

      1. Concordo

        No entanto devemos reduzir outros impostos para recebermos a CPMF. O que não dá mais é aumento de impostos sem a devida contrapartida. Pagamos muitos impostos e recebemos menos do quedeveríamos.

        1. REFORMA TRIBUTÁRIA

          Entre Regras, normas, estatutos, os imposttos são oos mais bizarros. O Sistema é fora de controle, e quando aperta, as obrigações aumentam porém jamais chegam ao topo da pirâmide, nem física nem jurídica.

          TA ERRADO!

      2. Não é o dinheiro da corrupção

        Não é para rastrear o dinheiro da corrupção, esse governo precisa da CPMF apenas pela sua facilidade de arrecadação e apenas com esse fim: arrecadatório, para cobrir  5 anos das mais estúpidas decisões econômicas e que agora querem debitar na conta de todos, resolvendo da maneira mais porca possível, recriando essa desgraça chamada CPMF .

        Se o que importasse fosse o efeito para fiscal do tributo, conforme mencionado por você, eles criariam faixas de isenção, fazendo o incidir só entre os que mantém movimentação financeira que, comparada com os dados da Receita, indicassem sonegação fiscal, ou seja, quem movimenta muito dinheiro.

        Mas não, esse lixo, essa desgraça de tributo, mais uma das muitas jabuticabas podres desse país é absurdamente injusto, porque não tem faixas de isenção nem tarifas progressivas, ele trata igualmente o pobre desempregado que está sacando a miséria do seguro desemprego e o ricaço rentista, que ganhou rios de dinheiro levando dinheiro para fora do país quando o dólar estava barato e o trouxe de volta depois da maxi desvalorização do real para investir em títulos que estão pagando  14,25% ao ano  (esse camarada aí terá um ganho de 100% em menos de três anos e vale lembrar, isso está acontecendo agora, no governo “presidenta coração valente”, não na era Fhc).

        Vocês não estão falando que se ela sair os pobres pagarão a conta? E realmente não se dão conta de que com a CPMF isso ocorre?

        Esse governo e o anterior já nadaram de braçada nas águas da popularidade recorde, “nunca antes vista na história desse país”, então por que não criaram o imposto sobre grandes fortunas ou restabeleceram a cobrança de imposto de renda sobre dividendos distribuídos para pessoas físicas?

        Ah, mas nesse caso só iam pegar a ínfima parcela rica da população, né? 

        Com certeza é mais fácil governar para os desfavorecidos passando a conta indistintamente para todos pagarem…

        Só fanáticos não vêem problemas na volta desse tributo. Para mim esse governo acabou quando, em julho ou agosto, revelou que tentaria a volta desse lixo de tributo.

  31. O Nassif matou a charada

    O Nassif matou a charada. Quem pode fazer a conciliação nacinal, mesmo que parcial, será um novo ministro da Fazenda. Um nome bem escolhido trará paz a nação.

  32. Dilma e Temer

    Só vejo um problema: a proposta de Temer é já aplicada por Dilma e não vejo porque ela mudaria de rota, demitiria Levy ou coisa assim. Ela acredita nestas políticas neoliberais, as adotou, nomeou Levy sabendo o que fazia. Portanto, não é Temer que vai implantar a política do terror: ela já está implantada e não adianta negar. A rigor, portanto, com ou sem Dilma a política de destruição nacional se manterá, pintada de vermelho ou de amarelo. 

    Nossa chance, então, é mudare de política, e talvez o momento turbulento seja propício para tal mudança.

  33. Michel Temer aliado ao PSDB pode conseguir a maioria

    Mas no processo de impeachment a maioria não basta, já que é necessário o apoio de 2/3, na câmara para aceitar o processo, e depois mais 2/3 no senado para conseguir a condenação.

    Michel Temer tem dois problemas de difícil solução, o primeiro é que não é possível acomodar 2/3 das forças políticas  da câmara e do senado no governo  Federal, o segundo é que PMDB e PSDB, apesar de não serem inimigos, são adversários políticos em vários estados, e a ascensão do PSDB coloca em risco o  PMDB em vários estados.

    Além disso tem a disputa de 2018, se o PMDB não aceitar ser vice na chapa do PSDB, dificilmente conseguirá  um candidato que obtenha mais de 5% dos votos no primeiro turno, já que o espaço será quase todo  ocupado pelo PSDB,  PT e por Marina Silva.

    Já a Presidente Dilma com a saída de Michel Temer tem um enorme espaço para oferecer para aqueles que continuarem na base aliada, e com certeza vários setores do congresso já estão de olho nas vagas deixadas por Michel Temer.

    Neste processo de negociação é possível conseguir a volta do PSB para a base aliada, não só para ocupar o espaço que hoje é PMDB, no governo, como também nas alianças das eleições municipais de 2016, e a vaga de vice na chapa de 2018, onde Lula provavelmente será o candidato.

     

     

     

  34. Além de golpe, impeachment é masoquismo

    Lutar para alcançar o poder nesses próximos três anos só pode ser masoquismo. Melhor ser síndico de condomínio de desempregados. A singular afluência mundial e especialmente o alto preço das commodities, que só se encerrou em 2012, criou no Brasil a ilusão de que não era preciso arrumar a casa para crescer. Nós e grande parte da AL entramos num estado de populismo alienado. Juros altos para segurar um Real criminosamente valorizado, mesmo que isso arruinasse a indústria. Real irreal e ainda outros incentivos a um consumismo desenfreado. Gastança, gastança e em terceiro lugar promessas de mais gastança. Agora chegou a conta. Qualquer partido que governar o Brasil até 2018 ficará essencialmente extinto. 

  35. Só faltou o Nassif colocar no

    Só faltou o Nassif colocar no texto o já clássico “quando Dilma começar a governar…”

    A esperança é a última que morre, né…

     

  36. GOLPISTA DE COLARINHO ALTOl

     Mamãe  já dizia

     Quem anda com porcos  farelo come

    Diga com  quem  tu andas , que te direis quem tu  es

    Essa é  a saga  dos  golpistas de colarinho alto  do PSDB, DEM , entre outros
     

    Cunha está  precisando de vocês. Não o abandone jamais.

     

    ABRAÇO

  37. Esse blog que prega tanto o
    Esse blog que prega tanto o novo deve começar essa procura por si próprio.

    Não cabe mais na atualidade análise personalista sobre presidência da república ou similar. Lideres já não existem, na política, na cultura, nas famílias. Basta ler Bauman para se entender os motivos desta constatação.

    Pelo mundo se observa esse vazio, e a alternância de poder se dá a cada eleição, demonstrando que os modelos conhecidos já não mais satisfazem as populações.

    Ainda assim, com fulcro na análise personalista a primeira pergunta que deveria se fazer seria porquê todos os pretensos candidatos a Presidente da República tiveram rejeição em torno de 50% nas mais recentes pesquisas? A segunda pergunta seria porquê as mmanifestaçõe, principalmente as de 2013, todo o quadro político e todos os partidos foram reprovados?

    Com base nesses dois questionamentos pode se chegar à conclusão de que o modelo de representação está completamente ultrapassado, falido, e sem a mudança desse modelo nenhum partido e nenhum candidato irá realizar uma política que traga equilíbrio político e satisfação para a sociedade.

    Repetir os modelos de análise levam a um beco sem saída. O modelo entrequista de FHC foi reprovado pelas urnas, o modelo expansionista de Lula implementado por Mantega deu o que tinha que dar, o modelo contracionista de Levy neste segundo governo Dilma está enterrando de vez do país.

    Tem que se perguntar o que se pretende na área da economia. Distribuição? Voltar a crescer? Conter o endividamento estatal (o grande financiador das obras e das economias produtivas). Se forem esses os casos, sem modificar a questão das alíquotas e transformar os impostos em progressivos e taxando os 1%, como magistralmente demonstrou Thomas Piketty, não se chegará a um denominador comum. O economista francês faz entender bem o que propõe.

    Por outro lado o nosso saudoso geógrafo Milton Santos já tinha concluído em seus estudos que as mudanças viriam pela base. Só que pelas manifestações de 2013, e após elas, não vimos nenhum interesse dos partidos e dos políticos em promoverem modificações para acolher a ideia uma maior participação popular nas decisões do país. Essa omissão, inevitavelmente levará a novos conflitos.
    Para tanto os Estados vêem se armando com legislações cada vez mais draconianas como as famigeradas lei antiterrorismo para combater os levantes que seus estudos já previram.
    É questão de tempo.

  38. Uma mulher inocente julgada pelos culpados de sempre

    Artigo bem bolado e proposto: Os políticos vão pensar muito mais na própria sobrevivência, do que em fazer justiça. Se por exemplo, Dilma for condenada, qualquer insucesso no governo Temer vai chegar pesado neles. A culpa vai chegar nos culpados de sempre. Acho que tudo vai depender de quantos votos o impeachment vai obter ou não.

    Dilma fica, com uma margem boa de votos, com mais de 257 votos: O governo ganha um fôlego para se relegitimar e pode propor uma agenda adequada, buscando recuperar popularidade e convencer a população a apoiar alguns pontos da pauta fiscal. O governo pode partir até para implodir o PMDB da Câmara dos Deputados, formando uma nova correlação de forças na base.

    Dilma fica, mas com o Dilma sai com maioria absoluta: O cenário fica complicado, mas o governo vai ter que ser magnânimo, tentando trazer alguns parlamentares de volta. Muitos vão votar para cassar Dilma, não pela situação objetiva, mas como uma forma de “pacificar o ambiente”, algo que vejo equivocado. Esses parlamentares poderiam se reconciliar com o governo e apoiar uma pauta mínima.

    Dilma fica, mas com a votação favorável ao impeachment bem próxima dos 342: Aí, as coisas são bem difíceis. O governo perderia condições de governabilidade. Para a população, a aparência seria de um governo sem condições. Aí Dilma poderia negociar uma renúncia com algumas condições como a convocação de eleições e que nenhum dos candidatos de 2014 saísse na disputa.

    Num realinhamento do governo Dilma, o fundamental seria encontrar uma sustentação na sociedade. Muitos querem o impeachment não porque acham que Dilma é culpada, mas querem algum desenlace. O fundamental vai ser reunir o empresariado e os movimentos sociais para formatar uma agenda mínima. Um pacto social. Entender que os que pouco têm não podem pagar a crise e que os muito a dar, devem dar sua cota de sacrifício. Uma desistência da CPMF pode ser um bom aceno. Há outros caminhos de recuperar arrecadação. Uma inflação de 10% num cenário de recessão de 3% é incompreensível, mas numa desvalorização cambial de mais de 50% em um ano e meio é totalmente plausível. Há gente no empresariado totalmente razoável no meio desse mar de loucura.

    Por isso é fundamental que as manifestações do dia 16 sejam movimentadas. Se não der para ir para rua no horário previsto dos atos, que as pessoas façam o testemunho de seu apoio e solidariedade a Dilma. Use o vermelho. Se puder, leve um botom ou adesivo da campanha. Mostre sua posição. É fundamental ocupar espaço e conquistar as ruas. Só assim quem for Dilma vai poder recuperar o orgulho. Devemos mostrar ao Congresso o custo de se martirizar uma mulher para purgar os problemas do país.

  39. A uma grande Mulher

    Presidenta Dilma Rousseff, hoje é o dia do seu aniversário, é dia de festa.

    Ainda que estejamos passando por um momento difícil, todos nós brasileiros que insistimos em sonhar com um país melhor e mais digno para o seu povo temos razões para celebrar.

    A nossa festa vem da alegria de tê-la, mulher, mãe, avó, entre nós, brasileiros, como tantas outras mulheres valentes e dignas do Brasil.

    Mulheres que estão ao nosso lado no dia a dia na construção desse país.

    Presidenta, só a mulher suportaria tudo que significa gerar uma criança.

    As dores, as noites mal dormidas, a transformação do corpo, a preocupação, as incertezas…

    É justo, portanto, que caiba a ela a maior das glórias:

    Ser mãe.

    Mas, além disso, a senhora é a presidenta do nosso país e por isso lhe cabe um peso ainda maior.

    E que peso presidenta.

    Se dizem que a mulher é a parte frágil, quantos homens suportariam o que a senhora vem sofrendo.

    Com resignação, como quem tem a convicção do que está por vir.

    Como é possível carregar fardo tão pesado.

    Esses homens e mulheres que lhe agridem e ofendem diariamente, no mais vil e desonesto dos comportamentos que se pode imaginar em qualquer tipo de relação, fazem isso porque nenhum deles é digno da sua presença.

    Por não terem dignidade não podem saber como lidar com alguém da sua estatura.

    Não quero nem argumentar, presidenta, com o fato de estarem lidando com uma mulher, o que agrava a baixeza do comportamento deles, até porque talvez seja esse um dos problemas. O desconforto que uma mulher com o seu valor deve trazer para esse tipo de homem e para algumas mulheres, que no fundo talvez nutram sentimentos menores pelo que isso provoca nelas.

    É humanamente impossível governar um país nas condições que a senhora vem governando.

    Mas esses homens e mulheres que tanto a maltratam talvez já estejam despertando um sentimento de repulsa em boa parte do nosso povo.

    Parabéns pelo seu aniversário Dilma Rousseff, mas desejo, sobretudo, agradecer-lhe pelo seu exemplo de força e dignidade.

    Mesmo nesse momento de dificuldades pelo qual passamos, pode ter certeza de que milhões de brasileiros, particularmente as mulheres desse país, têm grande respeito e admiração pela senhora.

    Que esse respeito e admiração lhe cheguem como ondas de energia positiva e acalentem o seu coração.

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=spHAaXT8AXU&feature=youtube_gdata align:center]

    1. Parabéns!
      Parabéns Presidenta!
      Tua força e determinação para o enfrentamento lúcido e a tua integridade são inspiradoras.
      Obrigada por tudo.

      Ronaldo, obrigada por traduzir em palavras a admiração que suscita nossa mandatária maior.

  40. PresDilma sabe que ceder aos caprichos do PMDB não valeu de nada

    O PMDB do Aécio atravéz do Vice Michel Temer e do Eduardo Cunha presidente da Câmara Federal minou as bases 

    da governabilidade do mandato dela da maneira mais sórdida e maquiavélica possível.

    O objetivo era a ingovernabilidade .

    O Golpe político-Midiático foi posto em ação com muita desenvoltura.

    O apoio de golpistas na justiça federal e na Polícia federal está sendo de qrande valia (veja operação vidas secas e pixuleco, dois nomes com viés partidário ,político-ideológico). O combate a corrupção não pode obedecer o calendário político e muito menos a preferência por essa ou aquela pollítica pública.

    Vidas secas significa secar a corrupção ou emperrar a obra, secar a transposição pra não haver ganho político entre 2016 e 2017 ?

    Pixuleco é o nome que um delator “disse” ter ouvido da boca do Vacari. Que moral existe em colar tudo isso num Partido dando um veredicto final a um processo que só a justiça pode proferir quando transitado em jugado? 

    A Elite anti-povo tem postos de comando em todas as esferas públicas dos tres poderes.

    Até hoje TCU e membros do MPF estão combatendo acordo  de leniência e com isso o prejuizo econômico da Lavajato (que não precisava existir) já beira a casa dos menos tres por cento do PIB.

    Somando os investimentos abortados temos uma economia que , não fosse esse estado de coisas , poderia ter pelo menos um Pibinho positivo.

  41. Quarta-feira: Ministro pedirá vistas sine die?

    Será que a irresponsabilidade atrevida e arrogante dará as caras no STF?

    Qual Ministro não se rogará em “pedir vistas sine die” agindo de costas pra Nação?

    Este fato podera ocorrer se um Ministro pró-impeachiment for perdendo no voto,

  42. Golpe:os primeiros a se

    Golpe:
    os primeiros a se ferrarem, serão os pobres;
    depois, os trabalhadores;
    depois os micro e pequenos empresários donos de estabelecimentos comerciais; redes franqueadas dificilmente sobreviveriam, hipermercados desabastecidos. Enfim, a prosperidade restaria tão somente aos bandidos corruptos com contas na Suíça dando esmolas para seus apoiadores.

    [video:https://www.facebook.com/bob.fernandes.3/videos/1094208297265323/%5D

  43. 91% da burguesia industrial paulista defende o GOLPE de Estado

    CLASSES EMPRESARIAS PAULISTAS COMO EM 1964 DEFENDEM O GOLPE DE ESTADO ABERTAMENTE.

    FIESP AQUELA QUE SEUS PRESIDENTES ASSISTIAM AS SESÒES DE TORTURA NA OBAN ALÉM DE FINANCIAR A

    OPERAÇÃO. A FOLHA EMPRESTAVA SUA PERUAS. ESTÁ NO DNA DO EMPRESARIADO PAULISTA O GOLPISMO.

     

     

    “Segundo levantamento realizado pela Fiesp, que ouviu 1.113 empresas paulistas entre 9 e 15 de novembro, o impedimento é defendido por 91% dos empresários. Apenas 5,9% se disseram contra e 3,1% não responderam ao questionamento. A pesquisa também aferiu que 85,4% das empresas apoiam a medida, enquanto 4,9% a rechaçam e 9,7% não se posicionaram. Segundo a Fiesp, 91,9% dos empresários defenderam que a entidade se posicione a respeito do processo.”

    Fonte: Brasil247

  44. chegará o dia em que os

    chegará o dia em que os trogloditas afogar-se-ão nas babas raivosas da própria

    imbecilidade adquirida diante da grande mídia odienta…

    a grande mnídia chegou a um ponto sem retorno.

    há um filme no you tube, shock corridor, de samuel fuller,

    que coloca talvez a questão.

    o personaem principal é um jornalista que quer ganhar o premio pulitzer e, para isso,

    forja a entrada num hospício, onde descobriria o nome de um assassino….

    o cara acaba insano…

    é como se fosse um merval da vida afundando em suas próprias loucuras…

    um dia, pira.

    alguns já piraram?

    vale a pena reler tb. o alienista, do machado de assis.

    o médico simão bacamarte cria umvhospício e desenolve sua “grande” cienciae, com o tempo,

    interna praticamnete todaa cidade…

    ele. s[ó ele, o são, o único saudável…

    só falta enjaular a família toda?

    desta gente – nossa elite escravocrata – não sobrará nenhum descendente que preste?

    a ironia de machado é a chave para as nossa desgraças.

    o cara da elite é a vanguarda das vanguardas, supõe ele próprio….

    mas quando se relaciona com seus vizinhos, quer matá-los logo, logo.

    a leite escravoraa era assim.

    posava de chique e açoitava os escravos…

    fhc posa de socialisa e quer beber o sangue de lula,

    quer o impedimento de dilma, arbitrarismente.

    escreveu livro considerado avançado,

    mas pediu que esquecessem o que escreveu…

    eduardo cunha tem uma empresa chamada jesus.com,

    deve falar com deus diariamente,

    mas é o que é…..

    temer é o avançado constitucionalista,

    mas trai tudo o que defendeu antes.

     

     

     

  45. Aqui em Brasília os liberais,


    Aqui em Brasília os liberais, capitalistas ferrenhos, apaixonados pela eficiência da iniciativa privada estão todos no serviço

    público.

    Sou servidor público há muito tempo, tenho colegas pendurados no Estado que são contra as cotas universitárias ( mas eles estudaram em escolas privadas caras e se formaram em universidades públicas).

    São contra o bolsa família, contra os subsídios do BNDES, contra a Zona Franca de Manaus, contra o seguro desemprego, contra a lei das empregadas domésticas, criticam os altos impostos, consideram os programas sociais um desperdício e ineficientes, vivem brandindo aquela frase do Milton Friedman de que não existe almoço grátis – mas querem ganhar muito bem.

     

    O liberalismo desse pessoal é de discurso, só vale para os demais brasileiros, já que têm uma série de privilégios que outros trabalhadores não tem, falam mal do PT e até o acusam de ser socialista, mas assim que se formaram correram para o serviço público e se consideram muito competentes, conheço um que tinha consultório, fracassou totalmente, largou tudo para o entrar para o serviço público, mas diz que se o Brasil fosse um pais verdadeiramente capitalista estaria muito mais avançado.

     

    Digo tudo isso para informar que esses coxinhas todos – muitos verdadeiros parasitas do povo brasileiro, já que usam a estabilidade, o corporativismo e a impossibilidade de cobranças  das chefias para produzir  muito abaixo do potencial – são os mais ardorosos frequentadores das passeatas e manifestações contra a Dilma, eles controlam o estado e o usam para pregar ideologias que jamais colocaram em prática, são cupins querendo se passar por abelhas produtoras de mel.

    1. Aqui no Judiciário do ES,

      Aqui no Judiciário do ES, onde sou servidor concursado, também tá cheio desses liberalóides que nunca leram Keynes e Smith na vida e acham que a meritocracia é a panaceia que salvará a humanidade. Eu só fico rindo desses panacas…

      1. Eu fico rindo dos panacas que

        Eu fico rindo dos panacas que pensam exatamente o contrário, a politica de cotas nunca resolverá o problema da desigualdade, mas, uma boa educação a todos, se vc esta no judiciário por mérito parabéns, mas, dê o bom exemplo, dê sua vaga a um cotista, os sociaistas só falam, mas, não tem coragem de dar o bom exemplo do que pregam.

    2. antonio, muito bom.

      Antonio,

      Muito bom seu post. também conheço gente assim.

      Recomendo que voce guarde o seu post e o publique tempos em tempos, principalmente quando um liberal mostrar a cara.

  46. Dia de aniversário, dia do fico.

    Dilma, diga ao povo que Sua Presidência fica. 

    Antes que mais um aventureiro lance mão…

    Não faltam pretendentes à coroa.

    Nada de temer aventureiro!

    Eia, sus!

  47. Falta “apenas” coragem para a Dilma seguir este roteiro.

    Destravar o crédito aprendendo a lição de 2003 quando Palocci fez ajuste ainda mais duro do que Levy.

    Enfrentar a questão da regressividade dos impostos no Brasil faria com que sua popularidade subisse; além de, é claro, sinalizar com a solução de um dos “gargalos” que impedem a efetiva distribuição de renda no Brasil.

    Nomear um Ministro da Justiça serviria para fazer com que o Governo e o PT parassem de apanhar tanto nos tribunais, com que a articulação política funcionasse e o comitê tucano da PF fosse devidamente “enquadrado”. Também seria muito útil para “cortar as asinhas” de certa juiz de primeira instância, muito chegado aos EUA, e que está destruindo a infraestrutura brasileira sob o olhar bovino do inerte não-ministro da Justiça.

    Resultado: recuperação tímida em 2016, com os tucanos naufragando em seu golpismo obsceno.

    Com a recuperação, dá para destravar a Lei de Mídia em 2017.

  48. Lula e Dilma alimentaram o

    Lula e Dilma alimentaram o povo pobrezinho do Breizil, que, de anêmicos, passaram a ficar repletos de sangue bom, estão se tornando universitários, formam-se em engenharia, medicina, Direito, etc. Todos estão muito corados, bochechas rosadas. As crianças que nascem, ao contrário do triste período FHC, são saudáveis, cheias de vida, felicidade e com o futuro promissor. No nordeste, em que, de cada dez bebês, 8 morriam, agora parece um enorme berçário. Bebês gordinhos esbanjam saúde. Eu, Drácula Temer e os meus chegados, vamos beber o sangue de todos eles. Nossos dentes estão afiados. A Rede Globo e toda a mídia criminosa estão do nosso lado. Nós vamos ter sangue por um milênio, não morreremos nunca. E, principalmente, nunca iremos pra cadeia.

    Corram, brasileiros pobres! Logo voaremos sobre as suas cabeças e rasgaremos os seus pescoços sucolosos!

  49. Como eu sempre digo: a Grécia

    Como eu sempre digo: a Grécia foi um ensaio geral. A única proteção contra a implantação do superliberalismo é, com erros e acertos, o governo petista. Se Dilma cair os brasileiros não poderão se queixar: tinham o exemplo grego diante dos seus olhos e não souberam aprender com ele. Aliás, para ser mais didático: é só esperar para ver o que Macri vai fazer na Argentina (velho efeito Orloff), porque depois poderá ser a nossa vez…

    1. Dilma e Grécia tudo a ver…

      Acho que Dilma tem tudo a ver com a Grécia. Lá o povo disse não a politica de ajuste fiscal e no dia seguinte o Tsipras foi negociar com a UE o ajuste fiscal. Aqui o povo disse não ao ajuste fiscal elegendo Dilma e antes mesmo do segundo mandato começar ela restringiu o acesso ao seguro desemprego e foi dai ladeira do neoliberalismo abaixo. Se isso é a resistencia ao neoliberalismo eu não consigo imaginar o que é o neoliberalismo….

  50. Nassif, uma correção se faz necessária

     

    “Significará subordinar o país a um modelo econômico que produziu os maiores níveis de desemprego na Europa liquidando com o Estado de bem- estar europeu.” Não dá para fazer uma generalização da Europa dessa forma, porque você incorre em erros,pois  existem várias europas.  O Esrado de bem-estar não foi,  de forma alguma, liquidado. Países do Norte da Europa como Suécia, Finlândia, Dinamarca  e os da Europa Central , como Alemanha, Holanda,  Áustria, Suiça, França, Itàlia e possuem um robusto Estado de bem-estar de primeira categoria, padrão inimaginável no Brasil.   Essa concepção é um consenso generalizado há dezenas de anos na população. O princípio da solidariedade, infelizmente  pouco comum no Brasil e nas Américas,  de que todos têm direito a tudo    E quem tem mais tem  que repartir com quem tem menos.  Isso é assegurado pela Constituição e não são correntes políticas que conseguem mudar isso tão facilmente. Não é por acaso que a Europa está vivendo o maior  fluxo de refugiados de sua história. Esses Estados europeus asseguram o bem-estar, não só a seus cidadãos, como também a refugiados.  Um refugiado recebe do governo alemão 350€ ( 1200 reais)  por mês assistência médica, abrigo , transporte público gratuito, e não tem permissão para trabalhar.  Uma outra Europa é a do Sul, como Grécia, Espanha e Portugal. A crise econômica nesses países tem causas variadas. A Grécia: um Estado oligárquico, nas nãos de 17 famílias. Duas representando  todas se revezavam eternamente no poder, legislando a favor dessa elite, subsidios, isenção de impostos,    empreguismo, nepotismo corrupção, fraude fiscal. Aí veio a crise financeira de 2008,  o paìs ficou inadimplente e teve que Recorrer ao  FMI, BCI, a história que o Brasil já passou. Cortes e cortes sociais, ajuste fiscal, desemprego., pobreza, injustiça.          

     

  51. Fábulas de Esopo adaptadas para ENEM da Educação Infantil

    OS BURROS E OS FARDOS DE SAL E ESPONJAS

    Um velho fazendeiro chamou seus dois burros para transportar dois fardos importantes.

     – Tenho aqui um saco de sal e cinco sacos de esponjas para serem levados até a cidade. Cada um deve pegar uma das cargas e pôr-se a caminho.

    O primeiro burro, que se considerava o mais esperto, logo apoderou-se do fardo de esponjas dizendo:

    – Eu levo este fardo que é cinco vezes maior que o outro.

    O segundo burro pegou o fardo de sal que lhe sobrara e foi estrada afora amaldiçoando seu companheiro, cuja carga era infinitamente mais leve.

    Depois de muito caminhar pela floresta chegaram às margens de um rio que deveriam atravessar pela água. Entraram no rio e, ao saírem na outra margem, o sal havia se dissolvido na água e tornara o fardo mais leve, mas, as esponjas ficaram encharcadas de água e extremamente pesado ficara o fardo de esponjas.

    Moral da história: Muitas pessoas, que se consideram espertas, acabam sendo vítimas de suas próprias artimanhas.

  52. Uma escolha sem escolha.

    Em resumo trata-se de escolher se vai ser executado lentamente com pequenas doses de veneno comendo uma saborosa refeição ou rápidamente na cadeira elétrica.  É uma escolha dura essa, não? No final, o povo morre de qualquer jeito.

    1. Concordo com você em parte, pois não vejo Luis Nassif como PIG

       

      Hcc (quarta-feira, 16/12/2015 às 11:41),

      Avalio que o Luis Nassif vive uma crise muito grande. Ele é um jornalista, ele é de esquerda (embora ele faça crítica a esta divisão, mas que, como toda a crítica a esta divisão, é sempre inconsistente e muitas vezes oportunista) e ao mesmo tempo ele é um empresário da mídia que tem que se comunicar e obter o retorno da comunicação quando a presidenta de esquerda enfrenta um impeachment e a reprovação popular. De que lado ficar em uma hora assim sem perder leitores ou comentarista é dilema de quem vive nesse ramo de atividade.

      É claro que muitas vezes ele excede. Como eu disse, em comentário para ele que enviei segunda-feira, 14/12/2015 às 14:02, aqui neste post “As contas de perde-ganha com Temer e Dilma” de segunda-feira, 14/12/2015 às 20:57, Luis Nassif se excedeu ao dispor a avaliar um impeachment paraguaio sem o tratar como tal. Se excedeu ao condiciona o apoio à presidenta Dilma Rousseff à substituição de Joaquim Levy. E se excedeu por negar o apoio ao Michel Temer com base no fato de que Michel Temer representaria o terror econômico.

      Esta história de Michel Temer representar o terror econômico é excesso na medida que governante algum representa o terror econômico. O terror econômico em países em desenvolvimento ou em países emergentes é a crise insolúvel no Balanço de Pagamentos e o Brasil está bem longe disso, com Temer ou sem Temer. E Luis Nassif sabe disso. Faz isso também porque sabe que Michel Temer, excetuando o empresariado paulista, tem mais é uma unanimidade nacional contra ele. Michel Temer pisou tanto na bola, diante dos olhares não tão atentos de Luis Nassif, que acabou podendo ser criticado sem que ninguém traga um bom argumento em defesa dele e demorou para Luis Nassif reconhecer isso. Só que ao reconhecer ele excede na crítica.

      Já que ninguém fez a defesa dele, eu faço. O Michel Temer é um grande jurista. Foi a qualidade dele como jurista que o fez ser convidado pelo Franco Montoro para ser Procurador Geral do Estado. É com base no que diz Michel Temer que se pode afirmar que o impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff é impeachment paraguaio.

      Veja o que diz o Michel Temer em “Elementos de Direito Constitucional” da editora Malheiros, segundo transcrição que fizer Pontara em comentário enviado segunda-feira, 24/08/2015 às 16:16, lá para o post “Constituição é contra impeachment de Dilma por fato do mandato anterior” de segunda-feira, 24/08/2015 às 15:57, e que pode ser visto no seguinte endereço:

      https://jornalggn.com.br/noticia/constituicao-e-contra-impeachment-de-dilma-por-fato-do-mandato-anterior

      Então em “Elementos de Direito Constitucional” Michel Temer diz o seguinte:

      “Convém anotar que o julgamento do Senado Federal é de natureza política. É juízo de conveniência e oportunidade. Não nos parece que, tipificada a hipótese de responsabilização, o Senado haja de, necessariamente, impor penas. Pode ocorrer que o Senado considere mais conveniente a manutenção do presidente no seu cargo. Para evitar, por exemplo, a deflagração de um conflito civil; para impedir agitação interna.”

      Então não basta ter a hipótese de responsabilização. É preciso que a hipótese de responsabilização seja tipificada. Subsumindo a hipótese de responsabilização no tipo delituoso, ai há que se falar em impeachment. Esta é a fase jurídica do impeachment. É preciso a hipotes de responsabilização, é preciso o tipo delituoso e é preciso a submissão. Qual é o tipo delituoso nunca foi apresentado. Ultrapassada essa etapa, o impeachment entra na esfera política da conveniência e oportunidade. Dar a primeira fase do impeachment um contorno político é transformar o impeachment em impeachment paraguaio.

      O problema para Luis Nassif é que ele se perde no manuseio desses excessos. José Serra era, na opinião dele, no início da década de 90, o político brasileiro mais preparado para ser presidente da República. Agora ele trata o José Serra com uma severidade que só o aproxima aos anti-serristas mais radicais. É só dá uma olhada em um post recente dele de mais de uma semana e que ainda está entre os mais lidos. Trata-se do post “Porque não se deve levar José Serra a sério” de segunda-feira, 07/12/2015 às 20:41, de autoria dele e publicado aqui no blog dele e que pode ser visto no seguinte endereço:

      https://jornalggn.com.br/noticia/porque-nao-se-deve-levar-jose-serra-a-serio

      O tratamento dele para com Michel Temer seguiu o mesmo trajeto embora a queda de Michel Temer foi mais rápida. É só ver o que aconteceu desde o post “O raio X da política e o fator Temer” de sexta-feira, 07/08/2015 às 20:45, de autoria dele e também publicado aqui no blog dele e que pode ser visto no seguinte endereço:

      https://jornalggn.com.br/noticia/o-raio-x-da-politica-e-o-fator-temer

      No post “O raio X da política e o fator Temer”, Luis Nassif diz o seguinte:

      “Há dois caminhos em curso: Temer com Dilma e Temer sem Dilma”.

      O vice-presidente Michel Temer era tratado com carinho mesmo após a estrepitosa proposta que ele fizera de união nacional. União nacional é um mito que, salvo poucas exceções, só se efetiva em estados fascistas ou em estados em beligerância externa. É do pior oportunismo fazer conclamações de união nacional que é sempre bem vista por quem não tem entendimento do funcionamento da democracia representativa assentada em partidos políticos.

      Há um comentário meu, enviado segunda-feira, 31/08/2015 às 02:40, para Luis Nassif lá no post “O raio X da política e o fator Temer” e que é bem exaustivo em fazer um levantamento de posts com opiniões desencontradas de Luis Nassif sobre Michel Temer. Há inclusive a indicação do post “Finalmente, o bom senso contra os piromaníacos” de domingo, 09/08/2015 às 00:01, de Luis Nassif e aqui no blog dele e onde, de certo modo, Luis Nassif aproveitava para tecer loas a mídia pelo posicionamento mais responsável em relação ao impeachment. O interessante é que por motivo que eu desconheço por um bom tempo eu não conseguia acessar os comentários junto ao post “Finalmente, o bom senso contra os piromaníacos” e ao o acessar agora pude ver todos os comentários que são 199 e podem ser visto junto com o post no seguinte endereço:

      https://jornalggn.com.br/noticia/finalmente-o-bom-senso-contra-os-piromaniacos

      Disse interessante, porque o segundo comentário que aparece na primeira página é seu e você, como aqui, está lá censurando o Luis Nassif por criticar a presidenta Dilma Rousseff. Aqui como lá você pode contar com o meu apoio, embora não ao ponto de dizer que Luis Nassif que se rivalizar com Mirian Leitão.

      O que importa, entretanto, é que aqueles posts em defesa, ainda que não muito direta, de Michel Temer, ocorreram em momentos em que Michel Temer claudicava. E muito provavelmente como pessoa bem informada, Luis Nassif já se sabia do Wikileaks de Michel Temer. E o pior é a associação do Michel Temer com o Paulo Scaf que é, via FIESP, a fonte de apoio máximo ao impeachment como nascera na FIESP o apoio necessário a aprovação da Emenda da Reeleição. Sabendo de tudo isso, por que Luis Nassif colocou esperanças em Michel Temer vai ficar como grande incógnita.

      A mudança de posição de Luis Nassif em relação a Michel Temer foi rápida quando comparada com a mudança em relação à José Serra que demorou quase dez anos. Ainda assim foi devagar se colocada do lado das evidências. É só dá uma olhada entre os 8 posts mais lidos da semana. Quatro tratam de Michel Temer. O primeiro da lista e que conta com 63 comentários, sendo de uma semana atrás, é o post “Matéria-bomba do Estadão provocou a carta de Temer” de terça-feira, 08/12/2015 às às 20:46, consistindo de matéria do Jornal GGN transcrevendo reportagem publicada no Estadão e intitulada “Temer autorizou mesma manobra usada por Dilma” por Andreza Matias e João Villaverde. O endereço do post “Matéria-bomba do Estadão provocou a carta de Temer” é:

      https://jornalggn.com.br/noticia/materia-bomba-do-estadao-provocou-a-carta-de-temer

      Ainda não era post de Luis Nassif, mas era mais um exemplo em que Michel Temer claudicava.

      Com 201 comentários o segundo post é “Temer decide como pretende entrar para a história” de segunda-feira, 07/12/2015 às 20:42, também de uma semana atrás e anterior ao primeiro e onde ele ainda tinha expectativas com Michel Temer. Esse segundo post, que é de autoria de Luis Nassif, pode ser visto no seguinte endereço:

      https://jornalggn.com.br/noticia/temer-decide-como-pretende-entrar-para-a-historia

      O terceiro post é o quarto da lista dos oito mais lidos e se trata exatamente deste post “As contas de perde-ganha com Temer e Dilma” de segunda-feira, 14/12/2015 às 20:57, de autoria de Luis Nassif e contando com 94 comentários.

      Finalmente no quarto post e quinto da lista e intitulado “Michel Temer, rezando o terço no baile” de terça-feira, 14/12/2015, às 20:47, e de autoria de Luis Nassif ele parece finalmente perder todas as expectativas com Michel Temer. O endereço do post “Michel Temer, rezando o terço no baile” é:

      https://jornalggn.com.br/noticia/michel-temer-rezando-o-terco-no-baile

      Foram necessárias muitas declarações destrambelhadas de Michel Temer, a matéria no Estadão, a presença de Michel Temer no Wikileaks e até o apoio de José Serra a Michel Temer para o Luis Nassif começar a tratar Michel Temer com mais rigor. A meu ver com rigor excessivo, pois Michel Temer nunca foi o tanto que Luis Nassif o fazia dele. Tinha e tem muito mais capacidade política do que a presidenta Dilma Rousseff, mas isso é pouco dado a fragilidade política da presidenta Dilma Rousseff.

      E o Luis Nassif com trânsito mais próximo aos políticos deveria ter realizado essa avaliação de Michel Temer de forma mais bem elaborada. Há muita fonte de informação para ele saber aquilatar bem o que representa e o quanto realmente Michel Temer vale.

      A respeito dessa avaliação sobre Michel Temer há mesmo junto ao post “O raio X da política e o fator Temer” que eu mencionei acima e deixei o link para o acessar um comentário de Luiz Felipe de Alencastro, o historiador conceituado, (ou que se diz ser dele) que apenas faz a indicação de um artigo que ele escreveu cinco anos antes. Intitulando o comentário “O desequilíbrio entre Dilma e Temer comentado há 5 anos”, que fora enviado sábado, 08/08/2015 às 00:56, Luiz Felipe de Alencastro apenas indicou o seguinte endereço:

      http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz2510200908.htm

      Em comentário que intitulei “Muito boa a indicação do link para um ótimo artigo” e enviei no sábado, 08/08/2015 às 12:39, eu disse o seguinte conforme a transcrição a seguir na íntegra do meu comentário:

      – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – –

      “Luiz Felipe de Alencastro (sexta-feira, 07/08/2015 às 23:56),

      Seu (supondo que o link não foi colocado apenas por um admirador de Luis Felipe de Alencastro) artigo é muito bom, sem dúvida, e vale não só a leitura como a apropriação dele aos dias atuais. Ocorre que o link para o seu artigo “Os riscos do vice-presidencialismo” publicado na Folha de S Paulo de domingo, 25/09/2009, um ano antes da eleição de 2010, só está acessível aos assinantes. Felizmente ele foi reproduzido no Instituto Humanitas Unisinos e pode ser visto no seguinte endereço:

      http://www.ihu.unisinos.br/noticias/noticias-anteriores/26917-os-riscos-do-vice-presidencialismo

      O que interessa no seu texto para a discussão aqui são os quatro dos cinco últimos parágrafos do seu artigo e que transcrevo abaixo:

      “Uma presidenciável desprovida de voo próprio na esfera nacional, sem nunca ter tido um voto na vida, estará coligada a um vice que maneja todas as alavancas do Congresso e da máquina partidária peemedebista. Deputado federal há 22 anos seguidos, constituinte, presidente da Câmara por duas vezes (1997-2000 e 2009-2010), presidente do PMDB há oito anos, Michel Temer vivenciou os episódios que marcaram as grandezas e as misérias da política brasileira.

      O partido sob sua direção registra uma curiosidade histórica. Sendo há mais de duas décadas o maior partido político brasileiro, jamais logrou eleger o presidente da República. Daí a sede com que vai ao pote ditando regras ao PT e a sua candidata à Presidência. Já preveniu que quer participar da organização da campanha presidencial, disso e daquilo. No horizonte, desenha-se um primeiro impasse.

      O peso do PMDB e a presença de Temer na candidatura a vice irão entravar, no segundo turno, a aliança de Dilma com Marina Silva, Plínio Arruda Sampaio (candidato do PSOL) e as correntes de esquerda que tiverem sido derrotadas ou optado pelo voto em branco e voto nulo no primeiro turno.

      Levado adiante, o impasse poderá transformar a ocupante do Alvorada em refém do morador do Palácio do Jaburu. Talvez, então, Temer tire do colete uma proposta que avançou alguns anos atrás. O voto, num Congresso aos seus pés, de uma emenda constitucional instaurando o parlamentarismo. Em outras palavras, complicada no governo Lula, a aliança PT-PMDB pode se tornar desastrosa num governo Dilma em que Michel Temer venha a ocupar o cargo de vice-presidente”.

      E desses quatro, o primeiro e o último expressam toda a configuração do seu vaticínio. Não é só pelo vaticínio que os dois parágrafos valem ouro. Eles são ótimos também como análise das duas personalidades.

      É claro que o seu vaticínio pressupõe uma crise e ele seria o apenas o desfecho da crise, e, portanto, não caberia falar sobre a crise que teria levado ao desfecho. Ainda assim dois pontos chamam atenção para o seu artigo. Um diz respeito a data pelo qual já se sabia que a chapa do PT para a eleição a se realizar um ano depois já estava montada. E o segundo aspecto é você passar por cima de um mandato inteiro. Sua profecia só se realiza no segundo mandato. E de certo modo você credita uma dificuldade de governança para a eleita com fundamento em uma resistência do PMDB a uma aliança do PT com a esquerda, à esquerda do PT. Ora esta dificuldade não foi posta pelo PMDB [No original, por engano, eu escrevi PSDB]. O que ocorre é que a esquerda à esquerda do PT praticamente não existe. E agora o que se destaca é a fragilidade do PT. Ninguém poderia imaginar que após 12 anos no poder o PT estaria tão fragilizado como o partido é hoje.

      De certo modo o seu vaticínio já compreendia, embora você não explicite, o que eu vou dizer. Houve dois problemas para o governo da presidenta Dilma Rousseff, os escândalos de corrupção que iniciaram com o julgamento televisivo do mensalão, repercutiram nas manifestações de junho de 2013 e abriram espaço para o escândalo da Petrobras. Isso destruiu o PT e gerou o segundo grande problema para o governo consistindo da eleição de nosso parlamento extremamente conservador. Tão conservador que o Senado, um órgão conservador por excelência que toda a esquerda combate é o último refúgio das forças progressistas nesse segundo governo da presidenta Dilma Rousseff [A sorte do PT é que dois terços do Senado foram eleitos na eleição de 2010, muito mais favorável ao PT e às esquerdas].

      Outro ponto que você não enfoca lá atrás e que era perceptível é mais do que a candidata Dilma Rousseff ser desprovida de voo próprio na esfera nacional (ainda que se deva amenizar um pouco o que você diz quando se considera que ela esteve com o PDT no Rio Grande do Sul onde foi Secretária municipal da Fazenda de 1986 a 1988, e secretária estadual de Minas e Energia de 1993 a 1994 no governo de Alceu Collares do PDT e de 1999 a 2002 no governo de Olívio Dutra do PT e depois como Ministra de Lula de 2003 a 2010), mas a visão técnica que ela tem da atividade política.

      Este aspecto da visão técnica da presidenta Dilma Rousseff só no ano passado eu o vi sendo levantado com o perfeccionismo de um sociólogo, embora tenha sido apresentado por um engenheiro. Trata-se do comentário de Marco Antonio Castello Branco que ele enviou quinta-feira, 26/06/2014 às 01:45, para o post “Para entender o desgaste do governo Dilma” de segunda-feira, 16/06/2014 às 16:47, publicado aqui no blog de Luis Nassif.

      Eu tenho feito referência com frequência ao comentário quando não o reproduzindo e mencionando a necessidade de o comentário ser transformado em post. Reproduzo o comentário mais uma vez a seguir. Disse lá Marco Antonio Castello Branco:

      “Penso que a origem primeira das dificuldades do governo da Presidente Dilma reside na ideologia que ela abraçou e que propaga a supremacia da racionalidade técnica sobre a política como instrumento de construção de um projeto coletivo. Em torno dessa ideologia construiu-se a crença ingênua de que um dia a administração das coisas poderá substituir o governo dos homens.

      Isso contribui para que mesmo num país jovem como o Brasil, no qual o exercício da representatividade democrática ainda se encontra na adolescência, surjam sinais de esgotamento da democracia representativa e de tentativas de democracia direta. Dilma sanciona o desencanto dos brasileiros com a política ao demonstrar seu desprezo pelos políticos. Não está a seu alcance fazer o novo ordenamento legal das instituições políticas e o sistema eleitoral. Mas nada impede a Presidente de se cercar de deputados, senadores e homens de partido que melhor representam a prática da política no nosso país. Eles existem tanto na base do governo como na oposição. Ao não reconhecê-los e ao desprezá-los Dilma se alinha e sanciona o jogo maniqueísta e moralizante da mídia, que, afinal, fará dela e de seu governo sua derradeira vítima.

      São provavelmente sintomas desse fenômeno de crise da representatividade, a celebridade mediática alcançada pelos desvios de conduta de parlamentares, e os debates entre a moral e a política que não cessam de surgir na opinião pública, o que, vale aqui salientar, não é nenhum privilégio da sociedade brasileira.

      Faço aqui recurso ao pensador francês Julien Freund, cujas decepções íntimas causadas pela realidade da prática política o levaram a estudar o que é a essência da política, ou seja, a descobrir o que se esconde atrás do véu hipócrita de certas concepções moralizantes. Não se tratava para ele de subtrair a política do julgamento moral, nem de isolar esses dois conceitos um do outro, mas simplesmente de reconhecer que eles não são idênticos, pois a moral e a política não visam os mesmos objetivos.

      Apesar de ser desejável que o homem político seja também um homem de bem, ele pode também não o ser, pois tem a seu encargo a comunidade política, independentemente da sua qualidade moral. Julien Freund chama a atenção de que reside na identificação da moral com a política uma das fontes primárias da intolerância, do despotismo, das ditaduras, e dos tribunais populares.

      Apesar de estar consciente que não existe uma política moral, mas que se pode construir uma moral política, Julien Freund nos recomenda apelar para a vigilância e para a lucidez. Uma lucidez que sabe que ela não será jamais capaz de eliminar a morte, a violência, a maldade e a corrupção dos homens; uma vigilância que conclama a construir muralhas sólidas, um regime de governo e um conjunto de leis que evitem os exageros.

      Dilma parece ter assumido no íntimo de suas convicções o julgamento moral da política e por isso despreza todos políticos. Tem faltado a ela a lucidez de que governar os homens é mais valioso do que gerenciar planos, programas e obras.”

      Marco Antonio Castello Branco é da equipe de governo de Fernando Pimentel do PT, tendo participado da equipe de transição e é atualmente presidente da Codemig (Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais).

      Gostaria ainda de desenvolvimento um argumento meu expresso logo após eu ter transcrito parte do seu artigo e no qual eu disse o seguinte:

      “Dois pontos chamam atenção para o seu artigo. Um diz respeito a data pelo qual já se sabia que a chapa do PT para a eleição a se realizar um ano depois já estava montada”.

      Eu tenho uma teoria conspiratória que resumidamente é o seguinte. Após a queda de Fernando Collor de Mello, a elite intelectual e financeira de São Paulo se reunião e decidiu que fariam um pacto para evitar o surgimento de aventureiros. E desde então as eleições para presidente da República se decidem entre PT e PSDB, dois partidos com a força máxima em São Paulo. De certo modo eles podem dizer que está tudo dominado. Comentei isso nos blogs quando a revista The Economist no início de 2010, definiu que [o embate n]as eleições em outubro seria entre José Serra e Dilma Rousseff. Essa previsão previa da disputa presidencial com tanta precisão não existe em eleição presidencial em nenhum país do mundo nem mesmo em pesquisa de boca de urna. E a alternativa proposta por Luis Nassif aqui neste post e que você já vaticinava que o Michel Temer carregava no bolso do colete não foge muito ao que eu imagino pela minha teoria conspiratória que a elite intelectual, financeira e política paulista esteja dizendo: “tá tudo dominado”.

      E embora a elite paulista possa dizer que está tudo dominado, eu, por ser a favor da distribuição do poder como corolário de, sendo da esquerda, defender mais igualdade, não fico insatisfeito com a situação uma vez que a disputa tem sido entre um nordestino e a elite paulista e depois de alguém com raízes getulista e mineira contra a elite paulista e na última eleição de alguém com raízes getulista e mineira contra um mineiro e neto de Tancredo Neves embora o pai dele pertencera ao partido de Arthur Bernardes que dissera em 32 a célebre frase: “quanto a mim fico com São Paulo pois para lá se transferiu a alma cívica do povo brasileiro”.

      De todo modo, só resta a mim torcer para o imponderável, pois não gostaria de ver realizado o seu vaticínio. Resta a mim o imponderável porque sempre fui contra o parlamentarismo por ver no modelo um roubo do poder da cidadania de escolher um presidente com força de chefe de executivo, embora eu considere o parlamentarismo mais democrático do que o presidencialismo, porque é no parlamento que o fisiologismo, requisito essencial da democracia representativa, se manifesta com mais plenintude.”

      – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – –

      Ficou bem longo o meu comentário, mas é preciso mostrar a fragilidade das manifestações de Luis Nassif quando construídas apenas com uma visão de jornalista empresarial. O texto de Luiz Felipe de Alencastro não poderia ter passado tão despercebido. Até a indicação do artigo mereceria um destaque de post que Luis Nassif não fez nenhuma questão de publicar. Depois de certo tempo posts sem uma orientação mais fundamentada acabam criando confusão de reduzido a capacidade de esclarecimento que um blog deveria ter.

      Clever Mende de Oliveira

      BH, 16/12/2015

  53. comentário, elogio

    Achei um balanço lúcido que ainda não vi superado.Espero que a Dilama possa ir nessa direção. Resta saber que se ela o fará atempo.

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