As estratégias de Nelson Barbosa para a economia

Em palestra no 10o Encontro CEO Insights, em Campinas, o economista Nelson Barbosa – cotado para o Ministério da Fazenda ou do Planejamento – expôs seu pensamento a respeito das estratégias econômicas para superar a crise.

Barbosa acredita em uma rápida reversão da economia, a partir de ajustes gradativos que devolvem a previsibilidade ao cenário econômico de médio prazo.

Sua análise se baseia em dois momentos de crise: de 1997 a 2000 e de 2013 a 2016 (de acordo com expectativas de mercado).

No primeiro período, o PIB despencou no Ano 0, manteve-se baixo no Ano 1, recuperou-se no Ano 2 e disparou no Ano 3. No meio do caminho, houve a descompressão cambial (observação minha).

Em sua estimativa, será possível trilhar caminho semelhante, com o PIB recuperando-se levemente em 2015 e disparando em 2016.

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Para sair do impasse atual, diz ele, é preciso responder a duas perguntas: como será feito o ajuste; e quando a economia voltará a crescer mais rapidamente com estabilidade da inflação.

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O cenário a ser trabalhado é complexo.

  • Tem que se recuperar o crescimento da economia e trazer a inflação para o centro da meta.

  • O resultado primário recorrente terá que ser em um valor que garanta a estabilidade da dívida pública em porcentagem do PIB.

  • Tudo isso em um quadro de baixo crescimento mundial e de crise climática interna (água).

  • Em um contexto político de grande divisão interna e demandas sociais crescentes sobre o Estado.

  • Mas também em uma situação de menor fragilidade social, graças à rede de proteção; e financeira, devido às reservas internacionais e à dívida pública sob controle.

Haverá a necessidade de construir novo consenso nacional.

***

O otimismo de Barbosa é alimentado pelos seguintes fatos:

  1. Há vários projetos de investimento viáveis, desde que os preços relativos se ajustem à realidade do mercado.

  2. Há grandes ganhos de produtividade possíveis no curto prazo, através da retomada das micro-reformas.

  3. O Brasil mantem um grande potencial de crescimento “para dentro” (desde que continue o processo de inclusão social), quanto “para fora” (desde que ocorra o realinhamento da taxa de câmbio).

***

Além disso, há um conjunto favorável de tendências de médio prazo, que ele divide em três grupos:

No Grupo 1:

  • Aumento da produção de petróleo;

  • Recuperação do setor de biocombustível;

  • Aumento do investimento em energia elétrica;

  • Retomada do investimento em mineração;

  • Aumento do investimento em transporte e logística;

  • Forte aumento do investimento em saneamento e abastecimento hídrico no Sudeste.

No Grupo 2:

  • aumento da demanda e aceleração do processo de inclusão digital;

  • retomada da expansão da construção residencial;

  • aumento do investimento em transporte urbano;

  • aumento da demanda e do investimento público e privado em educação e saúde;

  • ampliação da oferta de crédito privado de médio e longo prazo, através do novo modelo BNDES/ABGF (Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores) e expansão do mercado de capitais.

No Grupo 3:

  • Recuperação da competitividade internacional;

  • Novo modelo de política industrial mais focado em P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) ao invés de conteúdo local.

  • Maior integração Estado-Mercado, com expansão do modelo FIES (Financiamento Estudantil) para outras áreas e aumento das PPPs (Parcerias Público Privadas).   

Luis Nassif

34 Comentários

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  1. Recuperar

    Estu torcendo para que Nelson Barbosa seja o novo Ministro da Fazenda. Que a economia fique bem mais “perto de deus e longe dos financistas.”

    As proposições são realistas. Precisamos agora de acelarar o desenvolvimento em infraestrutura, melhorar a produção, reajustes aqui e acola, além de Reformas, durante as quais, a economia tem que estar segura e firme.

    Quanto a trazer a inflação para o meio da meta, espero que não aumentem a Selic (mais ainda). Não sei como o Pais podera voltar a crescer, com taxas de juros altos.   

    Porém, hoje, o maior problema do Brasil é o Brazil de uma classe que não tolera as transformações sociais pelas quais o Pais esta passando. Prefere continuar como quintais dos Estados Unidos do que ser uma Nação forte e independente. Eh ai que todo o governo vai ter que saber lidar com essas forças (da qual a velha midia faz parte). 

    Boa sorte!

  2. Arre, até que enfim um

    Arre, até que enfim um notícia otimista sobre o novo governo Dilma. Fora, urubus. E levem  junto os Mervais e o governo estabelecido pelo Psdb e sua República do Paraná.

  3. Até para que não é economista

    Até para que não é economista de carteirinha, as propostas de Barbosa fazem algum sentido. Mas vejamos se a mídia de oposição concorda com ele! Em breve teremos os comentários dos pseudo-economistas acostumados a verem um cisco no olho do outro a kms de distancia.

  4. Dilma não pode saber

    Acho que a Dilma não deve esperar para anunciar todos os nomes que irão compor o seu novo ministério. E para anunciar os nomes do novo ministro da fazenda, da justiça e das comunicações não precisa esperar pelo final da operação Lava Jato para saber quem são os que vão pagar o pato. Mas ela precisa saber pelo menos dos nomes dos PTistas e PMDBistas que foram citados pelos delatores (uma vez citado, eternamente condenado pelo PIG), mas o Janot diz que o sigilo dos depoimentos não pode ser quebrado. Mas coomo sabemos, todo o santo dia vazam novas informações para o PIG, mas nem a Dilma nem o Congresso podem ter acesso a informações “confidenciais e confiáveis”. 

    Que país infame!

  5. Porta-voz

    Nassif,

    Na economia nacional, não basta um elenco de medidas perfeitamente factíveis para fazer o trem andar.

    A contrainformação é inegavelmente poderosa, bate noite e dia pelo pior viés, é incapaz de reconhecer que que determinado fator está em linha com o esperado. Depois de escolher um “pato”, segue com ele durante meses, pouco importando os fatos – o PIB brazuca (que não está nenhuma brastemp), quando comparado aos de UE e USA nestes últimos cinco ou mais anos, é bem melhor, mas …; a Petrobras, conforme eu li ontem, e apesar das reservas confirmadas e recordes consecutivos de produção de petróleo, está pronta prá quebrar. Sem contar na inflação que está a explodir e partir o patropi ao meio, 6,5% aa, baixaria que faz eco em muita gente boa. 

    Fico nestes poucos de inúmeros exemplos a respeito do padrão de má fé, ou melhor, molecagem. E também não falei das notícias relativas aos ganhos sociais verificados ao longo do governo Lula/DR, aliás, acredito que nem devem ter ocorrido rsrs

    Pode parecer bobagem, mas este baticum diário, zero notícia positiva durante diuversos meses que sugere um país em condições semelhantes à da Somália, é capaz de aniquilar com a boa da vontade da maioria em relação ao governo.

    Seria uma ótima idéia ( que é do PHAmorim), o governo colocar um porta-voz competente prá atender diariamente aos jornalistas (não estou imaginando um camarada sem um pingo de compromisso, o caso do ainda ministro Paulo Bernardo), a exemplo do que ocorre em alguns países –  ficar em silêncio já fez DR apanhar bastante durante os últimos 4 anos, o governo precisa estar sempre dentro do ringue. 

  6. Um bom nome

    É bom que se diga, como o próprio artigo aponta, que as condições de crescimento já estão postas pelos governos anteriores:

    (…)

    Há vários projetos de investimento viáveis, desde que os preços relativos se ajustem à realidade do mercado.

    E nos Grupos 1, 2, 3 do parágrafo:

    Além disso, há um conjunto favorável de tendências de médio prazo, que ele divide em três grupos:

    Portanto, é inadmissível a ladainha de que o governo Dilma foi ruim, que a economia desabou, e o falso pessimismo massificado pela mídia e que muitos abraçaram

    1. Pois é, Assis, pra imprensa

      Pois é, Assis, pra imprensa golpista e pro “mercado” uma economia com pleno emprego está em crise de causar ataque histérico…

      Chega a dar pena do que esse pessoal faz com o bestunto dos dasavisados que ficam conectados à matrix; chega a ser crueldade, covardia…

  7. Gostei do tom otimista. Mas,

    Gostei do tom otimista. Mas, porque abandonar a política de conteúdo nacional? Qual o conflito entre conteúdo nacional e P&D. Quer me parecer que a política de conteúdo nacional é semelhante a de substituição de importações que foi muito importante no desenvolvimento de nossa indústria.  

  8. Animador…

    … porém as tendências do Grupo 1 são fortemente ligadas a grupos como os empreiteiros que, estando a situação como está, fica difícil planejar o futuro. E se muitos forem considerados inidôneos?

  9. Seu artigo

    Parabéns Luis. Benvindo ao grupo dos que tentam construir. Não digo que o otimismo construa, mas o pessimismo não serve para nada. O realismo sim, é o mais adequado. O olhar sobre o presente, esse é o rumo. Não vivemos na faixa de Gaza. Um bom Natal e um Feliz 2015. Uma vez li em um livro (nem me lembro o nome) dizia: “resta sempre um pouco de perfume nas mãos daqueles que oferecem rosas”. Meio bicha, não é? Só que é verdade.

  10. Aumento de produtividade…

    Realmente, a única saída para o Brasil é produzir mais com menos e em menos tempo, ou seja, aumentar a sua produtividade. Em um país onde as pessoas têm uma carência de consumo muito maior do que a capacidade de produzir, temos apenas três caminhos: 1) Dar poder aquisitivo para a população e ver a inflação aterrorizar a sociedade, situação atual. 2) Causar desemprego e arroxo salarial, controlar a inflação, privando o consumo da parcela mais pobre da sociedade, situação do passado. 3) Produzir mais e alinhar as necessidades de consumo da população com a capacidade de produzir do país, que é o que se alinha com a proposta de Barbosa… Vale citar que os momentos de crise citados na matéria que ainda estamos passando: 2013 a 2016 e 1997 a 2000 que ja passou, são consequência dos modelos 1 e 2 consecutivamente. Vamos torcer para a música do Cazuza estar errada ” Eu vejo o futuro repetindo o passado…” e a estratégia de economia do país fazer com que consigamos ser mais efetivos, eficientes e eficazes.

  11. Embora torcendo para que

    Embora torcendo para que Barbosa tenha razão, não consegui entender de onde vem a expectativa para que o PIB “dispare no ano 3”. Há tantas conjecturas e hipóteses, com pouco lastro na realidade, que torna difícil crer seriamente em sua previsão.

    Por exemplo,

    1.O resultado primário recorrente terá que ser em um valor que garanta a estabilidade da dívida pública em porcentagem do PIB.

    Atualmente o governo admite sua incapacidade de gerar superavit primário e não parece existir determinação em cortar despesas, porque “é agenda da oposição”.

    2.Tem que se recuperar o crescimento da economia e trazer a inflação para o centro da meta

    Bem, recuperar o crescimento da economia depende fundamentalmente de investimentos privados, que exigem como premissa credibilidade do governo, que anda em baixa. O governo vive afirmando que a inflação está dentro da meta, prejudica a Petrobras com o congelamento de preço de combustíveis, desorganiza o setor elétrico para dizer que o preço da tarifa ia cair e, após todas essas trapalhadas, a inflação segue impávida.

    3.Haverá a necessidade de construir novo consenso nacional.

    Até pode existir algum consenso quanto a metas, mas há pouco consenso com relação aos meios a serem seguidos para atingir aqueles objetivos. A luta política será intensa. O funcionalismo público, já revoltado porque deixou de ter reajuste em seus salários de marajás, promete luta renhida. Adequar políticas sociais à grave situação não pode nem ser mencionado, é pior que palavrão gritado dentro de igreja.

    Enfim, parece existir um otimismo que depende de tanta boa-vontade, tanto trabalho, tanta seriedade, que o otimismo esmaece, se olharmos retrospectivamente as atitudes do governo atual. Infelizmente Dilma quer ser presidente e ministra trinta e nove vezes. Mesmo se fosse extremamente competente, o que não é, nem assim daria conta. Se cortar três quartos de seu ministérios e indicar ministros realmente capacitados, terá no mínimo boa base para atingir os objetivos almejados.

    1. Projeto Derrotado

      O mantra dos derrotados nas eleições não vai caber nas proposições do Barbosa.

      Se ele for indicado Ministro, não vai ser para trabalhar com o campo hipotético dos perdedores: ‘salário de marajá’, corte de ministérios, dilma incompetente, …

      Só falta lançar uma proposição de impeachment.

      Estão achando que esse espaço é o quarteirão da Paulista, no feriadão republicano, concentrado de anti-republicanos.

      1. Aprende-se muita coisa por

        Aprende-se muita coisa por aqui. Não sabia, por exemplo, que os investimentos têm que ter uma gestão privada para acabar com os propinodutos que regam todos os partidos. O que seria isso? Chamar uma grande consultoria internacional para assumir o governo federal e todas as prefeituras do país? Ou eleger alguém que vista um obrigatório terno que traga bordado na lapela: “Eu sou “O” privado”? Nem tampouco sabia que o Partido dos Trabalhadores seja alimentado “pelo corporativismo do funcionalismo público”. É demais para meu pobre conhecimento. Deve tudo isto ser papa-fina da oculta sabedoria que grassa pelos sagrados blogs da direita.

    2. Tucanos doidos fogem do hospício. Camisas de força!

      caetano, acorde, rapaz, seu partido perdeu. E sua agenda NÃO será implantada. Ministros com “credibilidade” seriam gente como Mailson da Nóbrega? Aquele consultado diuturnamente pela imprensa marrom? Que não entende de Teoria Econômica e deixou  o governo Sarney como recordista em inflação da História do Brasil? 80% AO MÊS! São esses teóricos que você tem a apresentar? Ou Armínio Fraga, que dobrou o preço do dólar da noite para o dia e depois sacou 45% de SELIC para impedir a volta da hiperinflação? Prefiro a contabilidade criativa do ministro Mantega e também a criativa vergonha na cara que o PT tem e vocês nunca tiveram. O PSDB é como o padre do sermão na Igreja: acusava os hereges com tal violência verbal que se inclinava perigosamente no púlpito. Mas, quanto mais se inclinava, mais a b.nda aparecia. Mostravam o traseiro para o FMI e para Washington. Depois, levavam grossas bananas nas partes pudendas. Mas quem gemia era o povo. Os governantes e seus associados saíram todos ricos das privatizações. Ex-professores de faculdades particulares criando cavalos de raça na Inglaterra. Como progrediram esses tucanos cultos. Quanto sucesso com o dinheiro alheio! Gracias, tucano doido.

      1. NOVO

        Nem todo mundo que faz oposição ao PT e a favor do PSDB, entenda isso votei no AECIO pois votei contra o PT, agora ficar se vangloriando para saber qual dos dois partidos e o menos pior e perder muito tempo, ambos a acertaram e erraram porém o PT esta pegando os acertos do PSDB e transformando o nosso país em em um caos, se continuar como está indo logo o PT tera que fazer um ajuste muito maior do que o PSDB jamais fez, muitas medidas impopulares terão que ser tomadas senão esse seu maravilhoso partido vai quebrar o País, sem fanatismo sem paixão essa é a realidade, por isso meu apoio hoje vai para menos ESTADO menos GOVERNO, MENOS impostos, menos INTERFERENCIA, meu APOIO vai para o projeto chamado NOVO.ORG.BR …

  12. Cuidado com mudanças….

    Até parece que este aí virá com “A Varinha das Varinhas”.

    O governo tem que continuar com sua política de investimentos em infra-estrutura que não vai acabar nunca.

    Na parte econômica vai continuar a mesma coisa, reduz a selic, aumenta a selic…

    Tem que fazer uma reforma tributária porque a sonegação é gigantesca.

    O Brasil deve urgentemente ter a maior planta de processamento de alimentos do mundo. Assumir de vez a sua vocação de celeiro do mundo.

    Também aumentar as pesquisas na produção de metais de alta qualidade. Os metais estão aqui no Brasil, a industria metalúrgica deve ser fortalecida.

    Empresas que não fazem o dever de casa é só deixar que o CAPITALISMO dá conta de exterminar.

  13. Wishful thinking

    Analisando rapidamento os fatos que sustentam o pensamento Barbosiano:

    – 

    Há vários projetos de investimento viáveis, desde que os preços relativos se ajustem à realidade do mercado. – Pra que isso ocorra é preciso uma gestão PRIVADA e combate ao propinoduto que abastece todos os partidos. Não vai acontecer.

    Há grandes ganhos de produtividade possíveis no curto prazo, através da retomada das micro-reformas. – As micro-reformas estão há mais de 10 anos paradase todas esbarram no corporativismo do serviço público, do qual o PT se alimenta. Não vai acontecer.

    O Brasil mantem um grande potencial de crescimento “para dentro” (desde que continue o processo de inclusão social), quanto “para fora” (desde que ocorra o realinhamento da taxa de câmbio). – Potencial “para dentro” se esgotou, devido ao altíssimo endividamento das famílias, sem o respaldo do aumento de produtividade dos trabalhadores. O tal do potencial “para fora” via alinhamento das taxas de câmbio já foi criticado por gente melhor do que eu, como Celso Furtado, há mais de 40 anos (socialização das perdas). Além disso, vale lembrar, até pouco tempo atrás, a Alemanha era o 2o maior exportador do mundo, com Euro e tudo. Câmbio é mais uma bobagem que quem não entende muito de economia e produção gosta de atacar. É o “inimigo” fácil (pra quê reformas? desvaloriza a moeda, pensam os fetichistas do câmbio).

    Barbosa pode ser a Poliana da economia… Ou seja, teremos mais do mesmo.

    Adeus, Plano Real… mais uma moeda que vai para o saco. A década perdida segue… já foram 8 anos e o país segue na retomada do empobrecimento.

  14.   Mais uma vez, muito

      Mais uma vez, muito obrigado por um ótimo artigo, Nassif.

     

    Vamos dar de barato que ele seja nomeado ministro da Fazenda.

      1) É factível esperar uma coordenação razoável entre MF e BC?

      2) É viável a manutenção, para já, da cotação do dólar nos atuais patamares (em torno de R$2,60)?

      3) Barbosa seria/será um suporte para o estabelecimento da SELIC em patamares mais baixos – digamos, entre 8,5% e 9,5%?

      4) Considerando esse cenário, há espaço para segurar a inflação com as chamadas medidas macroprudenciais?

  15. Neson Barbosa expõe, nessa

    Neson Barbosa expõe, nessa entrevista, um programa de governo. Não é o que foi vitorioso nas eleições de 2014. Nem o dele, nem muito menos o de Meirelles ou de Tombini. Muito pior que qualquer corrupção é o estelionato eleitoral. Na verdade, é a maior das corrupções: ser eleito com um discurso e ter uma prática em sentido contrário. Desqualifica a Política. Dilma é a eleita e não foi eleita para fazer o dever de casa exigido pelos mercados financeiros. O aumento da SELIC já foi uma péssima sinalização dos rumos desse novo governo. O cerco imposto à Petrobrás e às próprias obras de infraestrutura é outro péssimo sinal. A aposta em uma possível mobilização social para deter as ações pelo impedimento de Dilma só fazem sentido se o estelionato eleitoral não se confirmar.

  16. Nassa, sem queda dos juros

    Nassa, sem queda dos juros nada disso vai ocorrer, amigão!!!

    Chega de se iludir com planos mirabolantes!

    Precisamos é de uma mudança mais fundamental, na seguinte ordem :

    1) queda do juros

    2) diminuição dos investimentos públicos e crédito subsidiado. EXPLICO: com a queda dos juros, bons projetos de investimento tornam-se mais atrativos para investidores privadoes e tomar empréstimos no mercado fica mais barato. Não haverá necessidade do governo oferecer tantos empréstimos e investir tanto.

    3) Queda dos juros forçará que parte do dinheiro investido em renda fixa seja destinado a investimentos produtivos, ou seja, mais empresas serão criadas para competir com as atuais.

    CONSEQUÊNCIAS: A queda dos juros fará com que os custos financeiro caiam, a competição aumente e a infra-estrutura receba mais investimentos, ao mesmo tempo em que reduz os gastos públicos (com juros) e investimentos do  governo

    TUDO ISSO = CRESCIMENTO COM INFLAÇÃO SOB CONTROLE

    4) Passo 4 é a reforma tributária. Dilma não pode ficar esperando que governadore cheguem a um acordo sobre o assunto. Nunca vai acontecer. Ela tem que agir agora, pelo menos no que se refere aos tributos federais. Eis o plano:

     – Fusão dos impostos indiretos federais em um único IVA (Imposto sobre Valor Agregado)

     – Fusão do IR e da CSLL

    5) Aumento do IR para rendas acima de 10 paus por mês.

    6) Aumento do ITR

    7) Criação do IGF

    8) Reduzir a carga tributária dos impostos indiretos com o aumento da arrecadação obtido através dos passos 5,6 e 7.

    CONSEQUÊNCIA: REDUÇÃO DOS PREÇOS SEM QUEDA DE ARRECADAÇÃO = NOVO CICLO DE CRESCIMENTO BASEADO NO AUMENTO DO CONSUMO.

    Tá ai, Nassa! Sem resolver a distorção causada pelos extorsivos juros praticados no nosso país, esquece!

  17. CRESCIMENTO TEM A VER COM AS ME/EPP SIM

    Acabou a eleição, vamos ser sinceros com as informações, o GOVERNO CANCELOU SIM os cartões BNDES para as ME/EPP, foi covardia sim.

    1. Cartão BNDES

      O Cartáo BNDES continua sendo oferecido no mercado, pelo menos na Caixa Econômica Federal sim, disponível para micro, pequena e média empresa. Isto tem haver com a política de comercialização de cada IF e não com a eleição, que é reavaliada de tempo em tempo, podendo oferecer, manter, suspender ou retirar um produto do portifólio, conforme plano estratégico.

  18. CRESCIMENTO TEM A VER COM AS ME/EPP SIM

    Acabou a eleição, vamos ser sinceros com as informações, o GOVERNO CANCELOU SIM os cartões BNDES para as ME/EPP, foi covardia sim.

  19. preconceito do Josias, aquele da foia de SP, a antiga terra da g

    Olhem e pasmem o preconceito do Colunista e sua mente de direita, está no texto:..’um botequim de favela é outra coisa.’;’Noutro, as desavenças resultam em rififis que evoluem para a pancadaria.’;…’o Parlamento brasileiro viveu uma noite típica das piores biroscas da periferia.’;…’como se estivessem com a barriga encostada no balcão de um boteco de quinta categoria. Ou com os cotovelos recostados numa mesa de ferro —dessas que têm os pés em formato de ‘X’ e o tampo apinhado de garrafas de cerveja vazias.’;…’A truculência e as garrafadas…’;’…Quando a pendenga que desce à mesa de boteco…’. 

  20. Nassif,
     
    e o tombo que o

    Nassif,

     

    e o tombo que o governo acaba de dar na sociedade com o rombo das contas públicas?

    Está lançado o descontrole da inflação.

    Palhaços.

  21. Mais um recruta do mercado

    Mais um recruta do mercado financeiro:

    “Há vários projetos de investimento viáveis, desde que os preços relativos se ajustem à realidade do mercado.” (chantagem para manter a recessão se não aumentar os juros)

    Tem que se recuperar o crescimento da economia e trazer a inflação para o centro da meta. (armadilha para aumentar os juros)

    Há grandes ganhos de produtividade possíveis no curto prazo, através da retomada das micro-reformas. (Aumento de impostos e de superávit primário)

    ************** Basta induzir os três itens abaixo e deixar a economia se auto-regular:

    Em um contexto político de grande divisão interna e demandas sociais crescentes sobre o Estado.

     

    aumento da demanda e aceleração do processo de inclusão digital; – “… crescentes sobre o Estado”. -: ou seja os seus bancos estatais.

    “O Brasil mantem um grande potencial de crescimento “para dentro” (desde que continue o processo de inclusão social), quanto “para fora” (desde que ocorra o realinhamento da taxa de câmbio).”

  22. tá na hora dos trabalhadores

    tá na hora dos trabalhadores e os movimento sociais colocarem

    suas reivindicações na mesa.

    como querem que a economica deve funcionar.

  23. Esqueceu de listar:”Destruir
    Esqueceu de listar:”Destruir a credibilidade de articulistas-urubus de fazer a cabeça de meio mundo de empresários!”Economia é pura psicologia. Se se acredita, a coisa vai; se se não acredita… nem com reza de santo macho!

  24. Política Econômia e Indústria
    Prezado Luís Nassif, Sou professor do Departamento de Economia da Universidade Federal de São Carlos. Sou parceiro de pesquisas do Prof. Renato Garcia, que participou da edição do Brasilianas gravada nesta terça feira (sobre Interação Universidade-Empresa). Em 2011 o Sr. ministrou uma palestra na UFSCar sobre desindustrialização a meu convite. Feitas as apresentações, gostaria de enviar para avaliação editorial do site a fim de uma republicação / divulgação, do artigo meu publicado na edição de hoje do Valor Econômico. O artigo intitula-se “Política Industrial em um cenário de ‘doença brasileira’ ” e procura debater as teses defendidas para a recuperação da indústria nacional pelo ex-ministro Delfim Netto. O conteúdo está disponível neste link: http://www.valor.com.br/opiniao/3785942/politica-industrial-em-um-cenario-de-doenca-brasileira Agradeço muito a atenção.Coloco-me à disposição para eventuais esclarecimentos.

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