As formas digitais de esquentar dinheiro

Foi um longo aprendizado dos órgãos de fiscalização, até conhecer parte das características da lavagem de dinheiro em um mercado financeiro globalizado.

A convite do então Ministro Márcio Thomaz Bastos, fiz a palestra inaugural do seminário em Pirinópolis que marcou a criação da Sisbin (Sistema Brasileiro de Inteligência), reunindo todos os órgãos de controle e fiscalização – Ministério Público Federal, Polícia Federal, Receita, Departamento de Fiscalização do Banco Central, COAF (Conselho de Controle das Atividades Financeiras) etc.

A recomendação de Márcio foi de “descer o cacete” no amadorismo das investigações, da forma como eram tocadas até então.

De fato, era mínimo o conhecimento sobre as diversas formas de lavagem de dinheiro.

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De lá para cá, avançou-se muito. Houve as experiências pioneiras da CPI do Banestado, dos Precatórios, das operações Satiagraha e da Castelo de Areia – abortadas por motivos suspeitos. Depois, a Lava Jato.

Mas ainda falta conhecimento técnico em áreas específicas.

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Toda lavagem de dinheiro tem um crime de antecedentes – o golpe que permitiu juntar o dinheiro lavado.

Até agora, a equipe da Lava Jato mostrou conhecimento nas formas de mapear o circuito do dinheiro por paraísos fiscais. Mas ainda tateia na identificação dos antecedentes.

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A maneira de ocultar propinas e suborno é através de operações supostamente legais em ativos de difícil precificação (isto é, de avaliação de preço).

Por isso, as propinas acabam saindo na forma de obras de arte (mercado pouco líquido) ou contratos de consultoria (cujo valor é de difícil aferição).

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Um dos mercados preferenciais para pagamento de propinas é o de empresas de tecnologia. Há enorme dificuldade em se precificar uma empresa nova, porque atuando em um setor novo, com pouco histórico de faturamento. Se não gerar os resultados esperados, sempre se poderá alegar que foi uma má aposta.

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Vamos a exemplo hipotético de como poderá ocorrer esse jogo, no caso com uma empresa de TI de mais fácil precificação:

  1. Imagine uma grande multinacional que atue na área de, digamos, análise de crédito, aqueles bancos de dados que registram empresas e cidadãos inadimplentes.

  2. Há um filé enorme no Cadin Estadual (Cadastro Informativo dos Créditos não Quitados de Órgãos e entidades Estaduais).

  3. Suponha que a multinacional suborne um governador de algum estado importante para um acordo para passar a acolher a positivação e a negativação do Cadin. A operação provavelmente passará em branco, porque os órgãos de fiscalização não sabem que um ativo dessa importância tem preço.

  4. Em contrapartida, alguém ligado ao governador vai atrás de uma empresa qualquer no mercado que seja da área de atuação da multinacional. Digamos, uma empresa de e-mail marketing, tecnológica, sem muitas novidades. A empresa vale R$ 30 milhões (porque já tem histórico de faturamento, em geral um múltiplo do lucro). A pessoa consegue vender para a multinacional por, digamos, R$ 104 milhões.

Há casos analisados pela Lava Jato que poderão passar em branco, por estar na esfera digital, e ser um MO (modus operandi) desconhecido dos procuradores e delegados.

Luis Nassif

33 Comentários

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    1. uma formula infalivel

      há muitas formulas para esconder esquentar dinheiro algumas muito trabalhosas mas tem uma facil e segura: criar uma igreja. facil e rapido!!! 

  1. Perca as esperanças, Nassif.

    As traficâncias em nome das Verônicas, Serra e Dantas, não serão investigadas.

    Casos grosseiros, como o trensalão de São Paulo, com toda a investigação pronta, feita na Suíça, com o acordo com a Siemens fornecendo os nomes, por envolver o PSDB, deram em nada. No Paraná, caso de corrupção envolvendo o círculo íntimo de Richa do PSDB teve seu prosseguimento bloqueado pela justiça estadual. O caso Furnas não foi em frente por decisão de próprio PGR, o MPE de Minas considerou legal as obras dos aeroportos de Claudio e Montezuma, a Folha de São Paulo, que havia feito a denúncia, publicou um artigo de desagravo a Aécio Neves. Ninguém do MPF jamais leu o livro A Privatiria Tucana. Meia tonelada de cocaína não empana o brilho dos Perrelas. O banqueiro do jogo do bicho, Carlinhos Cachoeira, ligado à Veja e que vendeu para o governador Perillo de Goiás a casa onde ele mora, foi condenado a 10 anos de prisão e, no entanto, passa férias em resort na Bahia. O STF mandou o mensalão do Azeredo para a prescrição.

    Não é conhecimento o que falta aos órgãos de controle, é isenção. O que falta é apatidarismo.

    1. Infelizmente é a pura

      Infelizmente é a pura verdade. Eduardo Cunha poderá cair porque é totalmente aloprado, presta desserviço aos negócios de quem realmente manda no país. Ah como lamento Lula ter defenestrado Paulo Lacerda no momento em que poderiamos ver Daniel Dantas e sua corja na cadeia …  

  2. A mediocridade do governo

    A mediocridade do governo Dilma se mede facilmente com a seguinte comparação = no governo Lula, o ministro da justição era MTB. No governo Dilma, é Zé Cardoso. A sorte de Dilma é que os que querem tirá-la do poder são de um nível tão baixo ( Cunha, Aécio ) e não tem um adjetivo que Dilma tem: a honestidade. 

     

  3. TI é realmente um problema

    Outras empresas da área de difícil precificação e que por isso também são instrumentalizadas para lavagem de propinas são as empresas de conteúdo digital, como joguinhos. Há empresas que, do nada, sem produzir nenhum conteúdo expressivamente valioso, passam a valer milhões fornecendo uma bobagem qualquer para concessionarias de serviços públicos. Principalmente aquelas irrigadas com dinheiro do BNDES.

  4. Esse pessoal de hoje é pouco “criativo”…

    O banqueiro do bicho Castor de Andrade (aqui do RJ), por exemplo, tinha uma frota pesqueira em Porto Seguro (na Bahia). Pescava o que queria de badejo e cherne e vendia a “produção” aqui no RJ mesmo, no antigo entreposto da Praça XV.

    O imposto de renda de atividade extrativista era e continua sendo ridículo (acho que não chega a 2%) e, como a pesca se faz na água do mar, que é muita, o dinheiro transado saia “limpinho”.

    Outros, também do Rio, tem supermercados, farmácias, sítios, fazendas, lavanderias mesmo (de lavar toalhas e dinheiro), e por aí vai… a vagabundagem conhece os caminhos.

    Mas começar a fuçar “empresas de informática”, na atual conjuntura, pode não ser um caminho tranquilo; vai que se esbarra em algum “da Silva”?

    1. Concordo com você

      Criatividade é tudo. 

      Sei de um político que está no negócio de produção de ovos. Segundo informações, as galinhas da granja dele colocam, em média, 100 ovos por dia.

      Além disso, o nome do sujeito fica exposto permanentemente. Primeiro nas prateleiras dos supermercados, sempre com os melhores preços, e depois, na casa dos eleitores, quando é visto sempre naquela hora feliz de se pegar um ovo para fazer um bolo ou um omelete.

    2. Não vejo problema.

      Se o algum “da Silva” tiver culpa que pague. Se não tiver culpa, que mande para bem longe todos que ficam o acusando.

      1. Devia “pagar” e levar junto todos os que o apoiaram

        Como faziam os Mandarins da China e os Faraós do Egito, para que os continuassem servindo no além como serviram na vida… alegria de capacho é essa: ser capacho! Mas pensa que é “do partido”, né? Fazer o quê?

  5. O exemplo hipotético é sensacional!

    Houve um tempo em que eram vendidas cópias de declarações de IR (dizem que havia até a do FHC) no centrão de SP. Esses dados saiam de dentro da Receita?  O tal processo da Globo (600 milhões), como foi que a pessoa sabia exatamente onde tal processo se encontrava? Remanesceram cópias que viabilizassem uma continuidade do julgamento do tal processo?

    O mercado de informações pessoais deve dar um dinheirão enorme. O sujeito que liga de Uberlândia para meu telefone fixo, e quando não atendo liga para meu celular, ou me envia cartas pelo correio, comprou tais informações nas operadoras do fixo e do celular? Ou algum funcionário precisando de grana preparou uma listinha e saiu vendendo? Um amigo meu que trabalhou como terceirizado numa telefônica me disse que a coisa mais fácil do mundo é (era)  monitorar conversas via telefone fixo; os resultados, naturalmente eram vendidos.

    Teve o caso, sempre relembrado, da tentativa (concretizada? – ou não?) de vender as digitais  coletadas dos eleitores pelo TSE. No futuro aquilo valerá um dinheirão, se persistir a ideia de comandar saques bancários e outras atividades com o apertar dos dedos do sujeito nalguma maquininha.

     

  6. A moral supera a lei.

    Bom dia debatedores, Nassif e equipe.

    Interessante a explicação do r. jornalista. Registrarei aqui no meu caderno de anotações( informação) diversas para posterior aprofundamento na análise.

    Gostaria de aproveitar a oportunidade para contribuir com o debate jogando mais lenha na fogueira. Vejamos.

    Em matéria de controle faz-se necessário estabelecer algumas regras-premissas para, em seguida, chegar a uma conclusão razoável ( não exaustiva). Vamos lá.

    Regra número 1: não existe controle infalível. 

    Regra número 2: há sempre alguém  em busca de “brechas” no controle.

    obs: essa regra 2 pode servir de explicação da regra 1

    Regra número 3: Todas as regras podem ser falsas ou verdadeiras. Nesse sentido, uma coisa é uma coisa. Outra coisa é outra coisa. E há um terceiro excluído que fundamenta o “maniqueísmo” anterior.

    Vamos agora a alguns  exemplos de aquecimento de moeda arrefecida. Vejamos.

    0. Compra e venda sem nota.

    Essa é simples mas ajuda muito no “comércio”. Ainda muita usada de forma difusa. Daí, a dificuldade de “controle” pelo fisco.

    Ademais, nós, os consumidores, idiotas, vulneráveis, hipossuficientes, estúpidos, desinformados ou assimetricamente informados, contribuimos direta ou indiretamente  para tal sonegação, em prol da “res pública”.

    1. Nota fiscal falsa.

    Essa é para  amadores. Autoexplicativa.

    2. Nota fiscal calçada.

    Essa é para semi profissionais. Melhor dizendo. Já são profissionais mas ainda estão em fase de aprendizagem “meritocrática”. A 1ª via tem um valor. Já a 2ª via – ou a via fiscal – só deus sabe o valor.

    3. Pagamento no “cartão”.

    Essa já foi para profissionais. Mas, o fisco já ficou mais esperto, razão pela qual,  não cai mais nessa. Em suma, é pagar no cartão e não emitir nota fiscal  alguma.

    4. Pagamento de “prêmio” de atingimento de “metas”.

    Essa já foi para profissionais com pós graduação. Requer conhecimento, habilidade e atitude. ( CHA) Todavia, o fisco já não cai facilmente nessa mais.

    5. Abertura de “empresa” para “vender” nota.

    Essa já é para “empreendedores”.

    Especula-se que  essa ainda é utilizada. O fisco sabe mas não consegue pegar todas as “empresas”. Portanto,  assim vamos vivendo: Pega uma ali, outra acolá, mas sempre há algum “empreendedor” montando uma nova.  O risco é alto. Todavia, o retorno, dizem,  pode ser muito alto. Logo, o binômio risco versus retorno ( máxima em finanças) pode valer a pena. Na pior das hipóteses, arbitra-se o “lucro”, paga-se multa ( 75% etc) mas foge da cadeia. O patrimônio da “família” não é atingido. Logo, O “empreendedor” ainda sai lucrando com sua “família” feliz.

    6. Off shore.

    Só para “empreendedores” com  “planejamento tributário”.

    Esteve “na moda” pois  o fisco   não chegava lá. Todavia, passou a chegar lá. E aí, o bicho pegou para os “empreendedores” . O planejamento tributário já não colava mais. Mas, especula-se, ainda deve existir muitos casos por ai.

    7. Subsidiária em lugares “afrodisíacos”, Verdadeiros “paraísos”.

    Essa é para doutores ou profissionais muito especializados. Normalmente, falam mais de um idioma.

    São profissionais muito bem pagos por “transnacionais”, pois, o mais provável, é  atuarem nesse segmento do “mercado” , laisse fair, laisse passer, “fraternité”.

    “Ganhos de escala” fundamentam bem essa “globalização” de lucros. 

    As vendas são realizadas a preços “camaradas” para suas “filiais” nos “paraísos” artificiais… e se você saisse à francesa… eu viajaria muito… meu amor eu lhe “juros”….

    Em seguida, as “filiais” compradoras, fazem o trabalho de “revenda”, aumentando suas “margens” de contribuição para um mundo melhor, mas fraterno, solidário e sem aquecimento global( só do dinheiro mesmo)

    Esse “planejamento tributário” é poderoso. Logo, tenha cuidado. Vale lembrar que o Jango caiu antes de chegar( parlamentarismo com “Tancredo NEVER” ), e , mesmo assim, peitou com a “lei de remessas de lucros”. E olha que a “marcha” de manobra era de 100 mil e deu no que deu. Vai saber agora com uma “marcha de manobra” de mais de  milhão…

    Atualmente, o sonegômetro até tenta demonstrar o impacto mas só fica nisso mesmo: demonstração do impacto.

    Especula-se que a “Suiça”, por exemplo, não passa de uma montanha de “minério de ferro”. Vai saber…

    Bom, estes são alguns casos nos quais o “controle” é falível, demonstrando assim, a “verdade” da regra número 1.

    Para “vencer” ou superar a regra número 1 acima, especula-se que só com a  “moral” e a “ética” devidamente fundamentadas numa boa educação ( não apenas para o mercado!)

     

    Eram essas minhas contribuições iniciais.

    Saudações 

     

     

     

     

    1. Muito didático e

      Muito didático e esclarecedor. Uma outra forma é recorrer a empréstimos simulados, quando o sujeito tem a mala cheia de dinheiro vivo e pretende transformar esse dinheiro em outro ativo. Como a análise para concessão desse tipo de empréstimo é bastante subjetiva, basta que as partes (o banco e o ‘empreendedor’) combinem os procedimentos, para que o empréstimo seja concedido. Em pouco tempo o sujeito quita o ‘empréstimo’, o banco aufere grande lucro (cobrando a alta margem-pedágio pela operação de empréstimo) e o ‘empreendedor’ terá a posse de um ativo ‘limpinho’, cheirando a amaciante.

  7. “A maneira de ocultar

    “A maneira de ocultar propinas e suborno é através de operações supostamente legais em ativos de difícil precificação (isto é, de avaliação de preço).” Isso poderia contaminar setores da economia que por ventura tem um alto gasto, como biotecnologia por exemplo? O que questiono é se seria possível que outras áreas  que costumam ter uma precificação dificil, mas gastos altíssimos e para além disso, muitas vezes recebendo aportes não “recuperáveis”, como investimento à fundo perdido do estado, também fossem usadas. 
     

  8. Biografia de em ex-governador

    Nassif, vc descobriu este tipo de lavagem lendo a biografia de um ex- Governador de São Paulo? Rsss

    Este Post tem alguma relação com algum ex-governador de SP? Rssss

    O Serra vai lhe cobrar direitos autorais sobre este teu artigo. Rssss

    Empresa de Picolé tambem serve para lavar dinheiro? Rsss

    Cadastro de Nota fiscal Paulista tambem entra nesta estoria?Rsss

  9. Há de tudo na vinha do Senhor

    Inclusive fundações de grandes empresas, e outros tipos de empresa do 3º Setor, como Associações e ONGs, que recebem verbas, inclusive do Estado, e as distribuem entre fornecedores de insumos e serviços através de compras ou contratos fictícios para fazer o dinheiro “sumir” nas despesas da “atividade fim”, depois o esquentam através de algum tipo de atividade “com fins lucrativos” e de baixa incidência de impostos.

    Outros, pagam dívidas de terceiros aqui no Brasil, ou compram imóveis em nome de terceiros no Brasil, e são ressarcidos por esses terceiros em contas no exterior, desviando a burocracia e os impostos do câmbio (se for do seu interesse expatriar capitais), ou, em efeito contrário, vende coisas no Brasil a prepostos estrangeiros e cobra em “divisa”, internalizando valores “oficiais”, em moeda estrangeira, esquentados…

    Enfim! Não existe maneira eficaz de fechar esse ralo; quem é do ramo só é pego se for denunciado.

  10. Mas ele publicou a origem do

    Mas ele publicou a origem do dinheiro: “Palestras”, disse ele, “tudo registrado tanto pelas empresas que pagaram quanto pelo fisco, a quem declarei todos os recebimentos.” Só faltou dizer que todo mundo faz igual mas que só ele é investigado porque não é do “clube”.

  11. Não o faça

    Então, concluo que o risco nunca deixa de existir

    Afinal, se não fosse assim, não seriam operações de risco.

    Fico com o ditado: “Se quiseres que ninguém saiba, não o faça”

  12. Outras possibilidades

       1. “Comprar ” prejuizos de terceiros, para revende-los ou baixa-los futuramente, como operação de factoring.

       2. Ficar ” vendedor” em operações de futuros, contra um “comprador” externo ( jogar para perder aqui, e depositar lá fora)

       3. “Arbitrar” off-shore em outros mercados, com moedas, derivativos, até commodities – montar o pacote – ficar “pulando” ( day – by – night  24/7 ), realizando diariamente em outros mercados, lavando bem rapido e “limpinho”, em certos casos, bem elaborados e comandados, dá até para ter ventagens fiscais, tanto na entrada como na saida.

        Existem outras formas de lavar, corromper, mas existe uma falha nos orgãos fiscalizadores, não apenas nos nacionais, é que eles se fixam em operações que geraram lucro claro – é mais facil -, já operações que geraram “prejuizo” são mal e porcamente analisadas, e muitas vezes um bom prejuizo – sem perda – é mais negócio que algum lucro muito visivel.

         Malas de dinheiro, contas na Suiça, off-shores em paraisos fiscais, é tão fora de moda, como ficha telefonica, fax, telex, e outras antiguidades.

    1. comprar precatórios

      Incrível. Em Minas teria sido montado um esquema oficial de venda de precatórios. Ou seja: tenho um dinheiro a receber do Estado em razão de uma ação que ganhei, mas o Estado não tem a grana – e então, fico lá com um crédito. Pois, certos “investidores” me pagam, digamos, 60% do meu crédito e eu dou quitação ao Estado de Minas, e o comprador/investidor usa aquele “crédito” comprado de mim para pagar dívidas referentes a impostos atrasados.

      Tem até leilão. Um absurdo somente concebível no Brasil. 

      1. O “nome”

         “Comprar passado desagiado”, liquidando no valor presente,  para investir no futuro, pois a liquidação destes titulos, libera ao Estado uma maior capacidade de endividamento no presente.

  13. A agiotagem – factoring para

    A agiotagem – factoring para os ricos – gera que quantidade de dinheiro numa economia? E a contravenção como o jogo do bicho, caso existisse? E as drogas, especialmene àquela que sumiu junto com o helicóptero preto, daí, talvez, a ridícula campanha no face: Deixe a PF trabalhar?

    Mas, existem outras possibilidades. Ouvi uma conversa onde o Sr dizia que comprava ferro e aço novo a preço de ferro velho, oriundo das sobras das construções dos estádios. Imaginem quanto de porcelanato, metais e outros materiais nobres comprados acima do necessário.

    E os materiais de laboratório comprados via entidade oficial e de suas filiais como Fundações, institutos e outras OSS do tipo, podendo tanto serem vendidos como aproveitados em laboratórios particulares? Com possiblidades de contratos de consultoria de fazerr corarem os cerverós da vida?

    Mas eu confio no trabalho diligente é ético dos nossos contadores, nossos auditores, nossos advogados e demais profissionais do contre interno e externo. Que contam com o reforço de quem se aposenta dos órgãos encarregados de arrecadar receitas e auxiliam, na iniciativa privada, os “atalhos” para um bom planejamento tributário. Até títulos da dívida pública eou precatórios conseguem providenciar para que o empreendedor durma como empresário e se acorde como bandido. Londrina no PR é uma amostra. Do que ocorre em outros rincões onde, os tribunais de contas agem preventivamente e a justiça, nem tardiamente.

  14. lavagem de dinheiro

    De fato o que me preocupa é que as quantias citadas pelo MP na lavajato chegam a bilhões. No entanto até o momento eu vejo delatores entregando milhoes e afirmando que cederam a  políticos e partidos também alguns milhões. Subitamente num ato de contrição delatores como Pedro Barusco entregam fortunas, que ainda assim não passam de milhões. Caso   não seja esclarecido, eu posso imaginar que tais delatores possuem milhões e milhoes escondidos em algum lugar , que serão na pratica lavados depois de alguns anos  ( poucos anos) de prisão domiciliar.  Isto significaria que  eles de fato estão   fazendo uma lavagem a jato. Isto ocorreu de certa forma com a antiga delação premiada de Youssef que delatou delatou e voltou mais poderoso. Curiosamente julgado pelo mesmo juiz Moro.

  15. PR

    “A Polícia Federal reforçou a equipe de policiais dedicados a atuar exclusivamente nos inquéritos policiais da Operação Lava Jato que tramitam em Curitiba/PR.

     

     

    Ao todo, vinte policiais especializados no combate à lavagem de dinheiro, desvio de verbas públicas e crimes financeiros passarão a integrar o grupo de trabalho a partir da semana que vem. Os delegados, peritos e analistas se somarão aos cerca de trinta policiais que já atuam na investigação, totalizando cinquenta policiais trabalhando no caso.

    Trata-se do maior contingente dedicado exclusivamente à Operação Lava Jato desde a sua deflagração, ocorrida em março do ano passado.

    A decisão foi tomada hoje, 18/08, após reunião do Diretor Geral, Leandro Daiello Coimbra, com o Superintendente Regional da PF no Paraná, Rosalvo Franco, ocorrida no Edifício Sede do órgão em Brasília/DF”

     

  16. ” obras de arte “

     Em termos trata-se de um ativo de baixa liquidez, e de dificil precificação, pois mesmo obras de um artista reconhecido, catalogado e bem leiloado, tanto interna como externamente, pode variar muito em cotação, o que no caso de lavagem pode ser até bom para o detentor da obra.

  17. O dinheiro digital, entre

    O dinheiro digital, entre todos os seus pretendentes, é o futuro dos banqueiros. Quando assim não acontece motivado, pelo sistema em si, trata-se de um conflito em que a violação incide sobre processos que pensamos pertencer às categorias que nós consideramos como afronta a moral, a verdade, a santidade; então o conflito exterior perde todo valor, e todo interesse substancial. 

    É necessário que o ato em si mesmo (interno) seja um ato de colisão.

    Por que não exigir que o dinheiro digital seja elaborado com situações que fornecem as condições exteriores que ja tiveram representação, permitindo que se recorra ao que ja existe na história?

    Em pintura, o aspecto exterior das situações podem caracterizar a forma da realidade, através do valor estético do artista que inventa situações consideradas fieis, e julgamos que é mais digno reproduzir as lendas dos santos do que a mais rica sucessão de situações do homem original. 

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