A propaganda oficial costuma recorrer a uma “pegadinha” para edulcorar os dados de desemprego. Trata-se de divulgar, de forma isolada, os dados sobre a População Ocupada. Pelos dados que acabaram de ser divulgados, do trimestre mar-mai 2021, houve aumento de 809.000 pessoas ocupadas, uma alta de 0,94% em relação ao trimestre dez 2020-fev 2021.
Ocorre que, no mesmo período, a População Economicamente Ativa (PEA) – ou seja, pessoas em idade de trabalho – aumentou em 1.180.000 de pessoas. Portanto, houve um aumento de 372.000 na população desocupada. Ou seja, para manter o mesmo nível de ocupação, a geração de emprego tem que, no mínimo, acompanhar o crescimento da PEA.
As curvas de desalentados na Força de Trabalho e de subocupação teve mudanças mínimas e se mantêm em patamares muito mais elevados depois da reforma trabalhista do governo Temer. O mesmo ocorreu com a subocupação.
Outro dado que comprova o desmonte do mercado de trabalho, a partir de Temer, é a relação entre contribuintes (com pagamento ao INSS) e força de trabalho.
Repare que, em períodos de aprofundamento da crise – 2015 e no ano passado – aumenta a proporção de contribuintes na força de trabalho. Significa a demissão maior foi de trabalhadores com contratos informais de trabalho.
Aqui, os dados da composição do emprego nos dois períodos.
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“Estudo realizado pela Rede de Pesquisa Solidária estimou quais grupos de empregos e trabalhadores são mais afetados pelo impacto econômico da pandemia – Imagem: Cecília Bastos/USP Imagens”
Todo e qualquer estudo que relacione as desgraças que o pais está passando com pandemia, é elaborado e divulgado por golpistas.