As marolas pré-reunião do Copom

O fenômeno das redes sociais permitiu a democratização da opinião. Hoje qualquer pessoa com um perfil em rede social pode opinar sobre qualquer tema, de política à física quântica.

Se, de um lado, significou uma libertação dos padrões históricos de mídia, de outro significou a liberação da bestialização. A ideia da construção do conhecimento, de diversas pessoas ajudando autuando de forma colaborativa levantando dados, foi engolfada, em muitos sites, pela multidão de anônimos vociferantes transformando portais, sites e blogs abertos em uma guerra maniqueísta.

O modelo convencional de mídia, com todas suas limitações, promovia uma espécie de seletividade nas discussões públicas, uma barreira à invasão das discussões pelos leigos. Nem se pense que era um modelo virtuoso. Nos anos 70 a 90, proliferaram as pragas do economês, do informatiquês e do jurisdiquês, o uso de termos técnicos para ocultar ideias rasas.

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Mas especialmente no campo econômico, há muitos anos o chamado argumento ad hominem tornou-se definitivamente uma característica nacional.  Líquida-se qualquer discussão ou taxando o oponente de desenvolvimentista ou de neoliberal.

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Lembro-me de um evento em que o palestrante era o economista Alexandre Scheikman, brasileiro que dirigiu o Departamento de Economia da Universidade de Chicago. Mediador do debate, o ex-Ministro Pedro Malan declarou que, com o câmbio flutuante estaria resolvido o problema cambial, pois bastaria a balança comercial pressionar para o câmbio se ajustar e os problemas serem resolvidos.

Alguém argumentou que o mundo real é diferente da mesa de operações, na qual as pessoas mudavam de posição meramente apertando um botão. A retomada de exportações leva tempo, pois há a necessidade de conquistar clientelas, garantir o fornecimento sem interrupção etc.

Resposta de Malan:

– O que você sugere? Que voltemos aos tempos da inflação anterior ao Real?

Scheikman interrompeu-o para esclarecer

– Não foi isso que ele quis dizer.

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Menciono esses episódios a propósito de uma esperteza brandida por jornais alinhados com o mercado em toda véspera de reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) que definirá a taxa Selic.

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A primeira esperteza é atribuir ao PT as críticas contra a política monetária.

As críticas têm partido de vários economistas de diversas escolas, de associações representantes da indústria, comércio e de trabalhadores. Na política econômica, especialmente no BC, a opinião do PT jamais teve a influência.

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A economia tem um conjunto de prioridades óbvias, que independem de escolas econômicas. A maior delas é sustar a queda do nível de atividade. Se não parar de cair, a crise fiscal será inevitável, com uma inadimplência ampla, geral e irrestrita nas áreas públicas e privadas.

A cada véspera de reunião do Copom são publicados estudos mostrando que o fundo do poço foi alcançado. Desta vez a esperteza foi atropelada pelo FMI, que divulgou suas projeções, mostrando um quadro complicado de queda do nível de atividade no Brasil também em 2016.

As projeções levaram o presidente do BC, Alexandre Tombini, a declarar que essas projeções seriam consideradas na reunião do Copom. Presume-se que, dada a estimativa de continuação da queda do nível de atividade, o Copom poderia rever sua intenção de aumentar a Selic.

Foi o que bastou para o noticiário ser inundado por declarações em off de ex-diretores do BC, que ninguém sabe quem são, afirmando que a declaração de Tombini foi inédita e significou uma ruptura na tradição dos presidentes de BCs.

Uma escandalização tão primária e manjada que comprova que o padrão de estupidez Alexandre Schwartsman virou esporte nacional.

Luis Nassif

42 Comentários

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    1. Professor de Economia

       Caro Alexandre, santista,

        Professores de Economia, são ótimos em dar aula, orientar outros como eles ( espelho academico, um bando de papagaios que vão reverberar as idéias do “professor” ), escrever livros, teses, aparecer na televisão, MAS não de a eles a administração financeira de um carrinho de pipoca, se a eles for cedido o monopólio de fornecimento de agua de coco, no verão, para todas as “barracas” do Zé Menino a Ponta da Praia, vão falir antes do carnaval.

         Nos bancos, nas financeiras, sou da época das DTVMs, os “professores” ( FEA, IPEA, GV, …..), abriam os cursos, palestras, e depois da “magna” deles (  griffe, do marketing ), iamos para a realidade – fechada – com os profissionais de anos de mercado, os que modificaram estes treinamentos/reciclagens, foram os oriundos da PUC-RJ, o pessoal do R$.

      1. É, pelo jeito o pessoal do blog tá com bronca de economista

        O Nassif, o mogisenio, agora o junior50, não é difícil advinhar que a lista vai aumentar…

      2. Lembrei…
        Junior, não sei por que lembrei de uma declaração do Delfim Neto ao ler teu comentário…
        Era mais ou menos assim: todo economista é inteligente quando faz análise crítica à economia dos governos em textos e entrevistas, quando está no governo, no olho do furacão, ele vira burro.
        Um abraço.

  1. Marolas existem, puxadas idem

      Mas o Tombini deveria ter ficado quieto, não fazer qualquer tipo de declaração, ele representa a autoridade monetária, pode ter sido até “esperto “, ou um ‘bobalhão”, pois não é função de um Presidente de BC movimentar marolas, já basta o Boletim Focus.

       Ele se colocou em corner, de qualquer forma irá perder – o governo do qual ele participa junto – pois se ele for a + 0,50 %, vão dizer que ele cedeu ao “mercado”, se ele for a + 0,25% vão dizer que ele “sinalizou”, ao mercado, uma certa independencia do BC, já se ele manter nos 14,25% vão dizer que ele cedeu a Dilma, portanto o BC está “fraco”, irá apanhar de qualquer jeito.

        A “entidade” ( Mercado ), para 0,50 estava na aposta, já os 0,25 era quase uma certeza, aceitavel ( > 6,00 reais ), o discurso – nervosinho – dele, desparametrizou, zerou as expectativas, ele pareceu pressionado, o que para os operadores significa fraqueza, tanto quanto para o lado positivo, como para o lado negativo.

         Caso ele fosse no minimo, mais inteligente, não falaria nada, manteria a tx. em 14,25%, e poderia, na 5a feira, justificar esta manutenção, utilizando-se como contraponto aos “altistas”,  da analise do FMI, mas como não fez isto e não dá mais para fazer, o mais provavel é que ele vá a + 0,25%, tipo no “contra todos”.

          Este governo – Dilma 2 – revela-se, até no BC, uma nau sem rumo, cada um fala o que bem entende, alguns são salvacionistas, outros inermes ( Zé Eduardo ), outros falam besteiras ( Wagner, Mercadante ), os “trairas” ( Temer, Katinha ), outros nem sabem porque lá estão ( Saude, Ciencia & Tecnologia ), a cada dia uma surpresa.

  2. Tudo ou nada

    O único jeito de pressionar o COPOM é partir para o tudo ou nada. Vou explicar melhor: Existe uma forma de negociação radical que se chama ‘tudo ou nada”. Quando você vai negociar uma compra de carro por exemplo em uma agência, e o vendedor não quer abaixar o preço de forma alguma você parte para o tudo ou nada: Se o Sr. não pode abaixar mais o preço, eu então vou dar uma passada no seu concorrente, que tem uma oferta melhor… Aí o vendedor vê, que vai perder a comisão, ou seja, vai perder toda a venda, e dá um desconto melhor. A política é a mesma coisa. toda negociação desvantajosa só muda na técnica do tudo ou nada.

    O tudo ou nada quase foi dado por Dilma,quando ela entregou o orçamento deficitário e rebaixou nossa nota. Podem ver que a partir dali o COPOM  parou de aumentar os juros, e estabilizou. Ou eles estabilizavam, ou elapassava para frente o prejuízo que eles estavam dando no orçamento…

    Nosso tudo ou nada é ameaçar antecipar eleições federais gerais para 2016; talvez só uma ameaça já baste para sossegar o COPOM. Pois eles correm o risco de perder sua “empregada mor”, Dilma. Mas se mesmo assim, eles não cederem, poderemos partir para as vias de fato e antecipar as eleições mesmo. Só quando a população estiver disposta a este tipo de atitude radical vai conseguir algo do COPOM. sem risco não há premios; na situação atual, com Dilma no poder, nada deve mudar, e será recessão em cima de recessão, alta de Selic, em cima de alta, com Dilma observando sem fazer nada.

    Há de se perceber que em situações normais, antecipar eleições não seria talvez o mais correto; não estamos porém em uma situação normal, mas em uma situação onde oposição e mercado cooperam para produzir a maior depressão da história deste país, então somos obrigados a enfrentar este acesso de má vontade e molecagem, com determinação.

  3. O comunicado foi necessário

    Na mais recente reunião do Copom(24 e 25/11/2015)teve dois votos a favor de um aumento de 0,50, e os pronunciamentos do presidente do BC afirmando:

    “dominância  fiscal”,  que  tornaria  a  política  monetária  ineficaz,  afetando, assim,  as  decisões  da  autoridade  monetária.  De  acordo  com  essa  visão, estaríamos  numa  situação  extrema  de insustentabilidade  temporal  da  posição fiscal  que  anularia  qualquer  tentativa  do  Banco  Central  em  usar  a  política  de juros  no  controle  da  inflação.  Em  determinada  versão  dessa  visão,  aumentos na  taxa  de  juros  levariam  a  depreciação  da  taxa  de  câmbio,  que  acabaria aumentando  a  inflação  em  vez  de  reduzi-la.  Ainda,  numa  outra  vertente,  as decisões  de  política  monetária  do  Banco  Central  estariam  sendo  afetadas  por preocupações com os resultados fiscais.
    Nesse  sentido,  é  importante  ter  claro  que  o  Brasil  não  está  numa  situação  de dominância fiscal.”—

    —“o  Banco  Central  tem  conduzido  sua  política  monetária de  forma  autônoma  e  continuará  a  fazê-lo  para  trazer  a  inflação  de  volta  à meta.  O  Banco  Central  não  limitará  as  suas  ações  pelos  possíveis  impactos fiscais   de   suas   decisões.”—-

    Além disso,  o Relatório de Inflação do Banco Centra de dezembro de 2015, projetava uma queda de 1,9% do PIB em 2016, bem menor do que uma queda de 3,5% em 2016 projeta pelo FMI.

    Levaram o mercado a precificar o início de um aumento de juros da Selic, aprofundando o atual aperto monetário.

    Lembrando que a atual queda do PIB no Brasil já é muito maior do que a prevista pelo Copom no início do atual aperto monetário, o que pode levar o Copom a revisar a atual política monetária.

    Vamos aguardar….

    1. Você acha normal ?

      Além disso,  o Relatório de Inflação do Banco Centra de dezembro de 2015, projetava uma queda de 1,9% do PIB em 2016, bem menor do que uma queda de 3,5% em 2016 projeta pelo FMI.

      Que a autoridade monetária venha a saber da situação da economia pelo informativo do FMI e não pelos seus próprios relatórios ???

      De que dados dispõe o FMI que o BC não dispõe ???

      1. Desde do final de 2008 está difícil fazer projeções econômicas

        Normal não, mais é aceitável nas condições atuais.

        O fato é que não estamos em uma situação normal, os juros nos EUA, na zona do euro, na Inglaterra e no Japão estão perto de zero.

        No Brasil além da maxidesvalorização do real, temos uma grave crise política, com a permanência da Presidenta Dilma sendo colocada em dúvida até que seja votado o pedido de impeachment e a ação no TSE.

        O BC poderia ter ignorado os dados do FMI e se basear apenas em suas projeções, mas precisamos lembrar que as projeções mais recentes do Boletim Focus também projeta uma queda bem mais acentuada do que o BC estava projetando em dezembro de 2015, mas no início de dezembro de 2015 o Boletim focus projetava queda do PIB de 2,3% em 2016, hoje está projetando queda de 3%.

        Lembrando que a reunião do copom que sinalizou um aumento dos juros da Selic ocorreu no final de novembro, e no início de novembro de 2015 o Boletim Focus projetava queda do PIB de 1,9% em 2016.

        A projeções do FMI em setembro de 2015 eram de queda do PIB de 1,5% em 2016.

  4. Médici em 1972: “Sinto-me

    Médici em 1972: “Sinto-me feliz todas as noites quando assisto ao noticiário. Porque, no noticiário da TV Globo, o mundo está um caos, mas o Brasil está em paz”.

    Fonte: O  Quarto Poder – P. H. Amorim

  5. Uma consideração
    Nassif, você já tentou explicar, ao invés da explicação de fatores, vetores ou variáveis econômicas, por uma vertente do discurso? Aquela idéia do Barrichello deixando o Schumacher ultrapassar. Gastou todos os argumentos, deixando ver que era uma posição contratual para a qual receberia muito dinheiro…
    De maneira semelhante, querem aumentar os juros. Argumentos motivadores, realidade ou não, econômica ou não, passível de idiotização ou não ( mas agora, dos outros ) ‘não vem ao caso”. Juro na bugrada!!

  6. BANCO CENTRAL E A TAXA DE JUROS A TABELINHA DO EMPOBRECIMENTO

    Não é ser pessimista é evidenciar as altas de preços em janeiro nos supermercados e feiras. Não precisa ser economista, é só constatar que no governo Dilma a inflação nunca ficou nem próximo do centro da meta. Existe uma inflação residual resultado de alinhamentos de preços em 2016 e a desvalorização do real frente ao dólar, a inflação deve ficar em torno de 8 a 9%. Por outro lado, não adianta o BC aumentar a taxa de juros pois esta ferramenta de combate a inflação não está funcionando.

    1. Comoditties e setor atacadista deflacionando e a rua inflacionan

      Mas uma hora a deflação vai atingir a Rua, está é a hora em que onça bebe água.

      Vai ser um pega para capar de proporções Homéricas.

      Faça a reforma ministerial para ontem, Dilma!

      O Brasil está indo direto para o pricipício.

      Não vou errar nesta previsão, como não errei há mais de três anos atrás quando cravei que a Petrobrás estava falida.

  7. O Alexandre Schwartsman não é

    O Alexandre Schwartsman não é estúpido! Ele defende os interesses de quem paga o “salário” dele. A argumentação é que é estúpida e maniqueísta. Até mesmo porque, a desfaçatez é que é esporte nacional, seja na área econômica, política ou mesmo no esporte.

  8. Segundo o IPEA três setores são responsáveis por mais de 40% das

    Segundo o Ipea três setores são responsáveis por mais de 40% das demissões 

    http://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=27030&catid=10&Itemid=9

     

    Comércio, agropecuária e serviços domésticos foram os que mais contribuíram para os desligamentos entre o 4º trimestre de 2014 e o 3º de 2015

    Mais de 40% dos desligamentos do mercado de trabalho entre o 4º trimestre de 2014 ao 3º trimestre de 2015 vieram do conjunto de setores de comércio – exceto veículos automotores e motocicletas –, agropecuária e serviços domésticos. É o que mostra a Nota Técnica Análise da dinâmica do emprego setorial de 2014 a 2015, lançada pelo Ipea nesta sexta-feira (15), no Rio de Janeiro.

    “Podemos ver quais são os setores que estão puxando a taxa de desemprego para cima, os que estão puxando para baixo, os que estão contratando ou desempregando, precarizando ou estruturando”, afirmou André Calixtre, diretor de Estudos e Políticas Sociais do Ipea.

    O estudo, que foi o segundo trabalho publicado a partir da PNAD Contínua (o primeiro foi a Nota Técnica PNAD 2014 – breves análises), avaliou os dados de emprego e da informalidade. Dentre os setores que mais contribuíram para os desligamentos, o comércio – exceto de veículos automotores e motocicletas – lidera a lista, com 16,3%. Juntamente com o setor de serviços domésticos e o de agropecuária, os três contribuem com mais de 40% dos desligamentos. “Não necessariamente houve uma queda acentuada na quantidade de postos de trabalho desses setores, porque se houver alta rotatividade os desligamentos podem ser sucedidos por contratações”, afirma Carlos Henrique Corseuil.

    Apesar desses números, os pesquisadores explicam que o crescimento do desemprego não está ligado ao aumento dos desligamentos, mas sim a uma diminuição de contratações. A taxa de desligamentos, inclusive, sofreu uma retração de 9,8% para 8,9% entre o segundo e o terceiro trimestres de 2015.

    Os dados do estudo mostram também que a taxa de informalidade apresentou um aumento entre o segundo trimestre de 2014 e o terceiro trimestre de 2015, de 43,9% para 45,1%, o que evidencia a baixa criação de empregos formais em determinados setores. Comércio – exceto de veículos automotores e motocicletas também lidera a lista dos setores que mais pesaram no total das transições formal-informal, com 16,6%, seguido por educação, construção e incorporação de edifícios, administração pública, defesa e seguridade social, e serviços domésticos.

    Apesar da alta contribuição de alguns setores para a dinâmica do emprego, a situação não é crítica no mercado de trabalho como um todo. “Existe uma percepção de que há uma crise generalizada no mercado de trabalho, mas a pesquisa mostra que ela não é tão generalizada como se imaginava”, afirma Calixtre. “Dos 84 setores agregados, seis setores representam 57% dos desligamentos. Isso dá menos de 7% dos setores, que também contribuem para quase metade da informalidade do ano de 2015”, conclui.

    Segundo os pesquisadores do Ipea, apesar de políticas macroeconômicas adequadas serem benéficas para todos os setores analisados, políticas setoriais também devem ser aplicadas para o mercado de trabalho.

  9. Quer dizer que o Tombini

    Quer dizer que o Tombini precisa relevar as previsões do FMI primeiro?

    Não temos nossos próprios estudos?

    Seria a senha de que precisaremos do dinheiro e das regras econômicas do FMi no futuro?

    Não foi esse mesmo FMi que previu que a China cresceria acima de 8% até 2018?

    E que essa previsão foi em parte responsável por muitas empresas estarem atoladas em dívidas até o pescoço?

     

  10. O comunicado foi um desastre

    O Tombini colocou-se numa sinuca de bico.

    Mas o mais triste de tudo é constatar que a autoridade monetária precisa de um relatório do FMI para saber a situação da economia do país.

  11. o fundamnetalismo economico é


    o fundamnetalismo economico é que limita, obviamente, qualquer pensamento..

    como o cara não pensa, chuta o que lhe interessa

    os economistas da grande midia são exatament como qualquer outro membro desse setor.

    só obtêm sucesso enquanto estão aparecendo na mídia.

    fora, um fracasso…

  12. Desculpe, mas aquele tal

    Desculpe, mas aquele tal negócio do rei está nu.

    E a nudez é a evidência obvia, se me permitem o pleonasmo, que o Copom existe preponderantemente para defender os interesses do mercado rentista.

    Agora, essa coisa de cala boca, leigo!, é relativa.

    Claro que na rede existe muito achismo e vociferões figadais.

    Algumas a gente filtra naturalmente, e para as outras é urgente recorrer ás instâncias judicias.

    Além do que, a melhor definição para jornalista é que eles são leigos profissinais – por mais que um ou outro tenha potualmente formação nisso ou naquilo.

    Não é verdade?

     

     

  13. Atribuir críticas que também

    Atribuir críticas que também partem de grandes representantes do setor produtivo ao PT é de uma  canalhice incrível, só essa mídia nojenta que existe nesse país é capaz. Mostra bem que interesses representam. Política monetária suicida, alastradora do déficit fiscal, totalmente ineficaz em combater a inflação, fomentadora da desgraça. 

  14. Nassif pontuou tudo o que me
    Nassif pontuou tudo o que me preocupa sobre a qualidade e profundidade das informações hoje na era das redes sociais.

    Ploriferou-se o maniqueísmo, e muitas pessoas emitem sua opinião e análises à partir de boatos, mentiras ou meias verdades.

  15. MAIOR MENTIRA É ESSA Q PARA
    MAIOR MENTIRA É ESSA Q PARA CONTER INFLAÇÃO
    PRECISA AUMENTAR A SELIC,COMO PODE???
    QUEREM SÓ SURRUPIAR NOSSO DINHEIRO,DAR A
    BANQUEIRO,VEJAM Q OS BANCOS ANO PASSADO
    AUMENTARAM SEUS LUCROS E AINDA TIVERAM A
    CARA-DE-PAU REDUZIR QUADRO DE FUNCIONÁRIOS,
    NO CASO DO ITAÚ,QUER IMPLANTAR O ITAU DIGITAL
    POR QUE SERÁ NÉEEEEE!!!!!!!!!!CULPA DO PT!SERÁ!??

  16. Nassif, origado pela clareza.

    Nassif, origado pela clareza. Sempre o povo foi levado pela reles informação dos telejornais, desde o tempo da ditadura, quando esse tipo de comunicação populista se alastrou no Brasil. E dizem que o Lula que é.

  17. Mantega “alfineta” Meirelles

    Mantega “alfineta” Meirelles durante evento de bancos 
    Folha de S. Paulo – 27/11/2009

    Ministro diz que presidente do BC está falando cada vez mais de questões sociais, devido aos “novos hábitos de banqueiro ou político”

    O presidente da Febraban, Fabio Barbosa, afirmou que o sistema financeiro precisa desenvolver prazos mais longos para a captação de recursos e, gradativamente, desvencilhar-se dos juros pós-fixados do CDI. (TONI SCIARRETTA)

     

     

     

  18. Bem que eu tento entender.

    Mas não dá mesmo ! Economista e meteorologista são os maiores “chutadores” que existem, em sua grande maioria gente de gabinete, de teses e mais teses, e que a vida sempre desmente.

  19. Guerra maniqueísta

    Guerra maniqueísta, é isto que vemos hoje em todas as seções de comentários das redes sociais e sites de notícias, nos artigos da grande maioria dos colunistas, sempre presente no viés político-ideológico das matérias ditas jornalísticas, enfim, em todos os lugares. Tornou-se uma espécie de “matrix”.

  20. Furdunço no Copom

    Pelo jeito, uma hora dessa já estão voando cacos de telha para todo lado. Pode acontecer tudo, de diretor ou presidente entregando o cargo, ou simplesmente nada, Tombini desempatar em caso de 4 x 4, e todos comemorarmos uma tragédia, a manutenção da taxa em 14,25%.

  21. A balbúrdia reinante na

    A balbúrdia reinante na blogosfera é indicativa de uma promissora etapa inicial caótica que ainda estamos a atravessar, sendo que deste caos brotarão os sites mais confiáveis, de maior peso intelectual e que, com o tempo, serão os mais conhecidos e debatidos por todos os querem ter informação segura, mesmo para alimentar seus bate-papos cotidianos també com profundiidade e segurança. O resto será o rame-rame burocrático dos noticiários de fatos e o grosso lixo que ficará para ser revirado pelos estultos. De certo modo uma nova etapa já está se anunciando, com uma dezena de blogs isolando-se no topo e gerando ou selecionando e comentando notícias em alto nível. O tempo se encaregará do resto, não sem muita luta e trabalho. Quanto aos juros, a mídia tradicional aí é criminosa e não deveria ser levada a sério por quem tem dinheiro na praça para correr risco. até parece que a mídiia quer apenas e sempre mais e mais aumento de juros, com o que lucrará tanto quanto seus colegas do peito, os empresários financistas.

  22. Copom deve inciar uma mudança na política monetária

    O comunicado do Presidente do Centra é uma indicação de que vai ocorrer uma mudança na politica monetária.

    O mercado está pressinando o Copom para que não ocorra uma mudança na política monetária, e que se inicie um novo ciclo de aumento de juros, apesar das projeções indicarem uma queda acentuada do PIB em 2016, o que aprofundaria ainda mais a recessão no Brasil.

    Daqui a uma hora saberemos o que vai acontecer, já que o Copom vai divulgar a nota da reunião.

    1. Se a taxa de juro subir 0,5 pp não se inicia ciclo de aumento

       

      Roberto São Paulo-SP 2016 (quarta-feira, 20/01/2016 às 18:47),

      Seu comentário assim como o post “As marolas pré-reunião do Copom” de quarta-feira, 20/01/2016 às 18:42, de Luis Nassif são bem comedidos e não apresentam nada de contestável.

      Agora, não creio que foi correta a reunião do presidente do Banco Central com a presidenta Dilma Rousseff. O comportamento do mercado é o que Luis Nassif descreve, mas não havia necessidade de dar motivos para as marolas e não há dúvida que a reunião deu abertura para essas declarações estapafúrdias. Agora, nada impede que o governo esteja agindo de modo planejado e as marolas que surgiram no mercado já eram esperadas pelo governo e vão ser utilizadas de modo subliminar tanto pelo governo como pelo Banco Central na condução da política econômica. Na verdade, o Banco Central independente é aquele que é capaz de agir em comum acordo com o governo. 

      E de certo modo você também não consegue se livrar de cacoetes na análise do comportamento do Banco do Central como comprova a sua declaração de que:

      “O mercado está pressionando o Copom para que não ocorra uma mudança na política monetária, e que se inicie um novo ciclo de aumento de juros”.

      Não há a perspectiva no mercado de que o Banco Central possa dar início a um novo ciclo de aumento de juros. O que havia (Estou digitando esse e-mail às 20:00 horas já tendo, portanto, o Banco Central tomado a decisão) como perspectiva é que o Banco Central elevasse em 0,5% a taxa de juro agora apenas para mostrar que não será o repentino aumento da taxa mensal de inflação que irá acontecer em janeiro de 2016, em razão da última desvalorização do real, de índices de inflação mais altos a serem aplicados como indexador de diversas tarifas e do próprio índice de aumento do salário mínimo que repercute não só diretamente no índice de inflação como também indiretamente que iria deixar o Banco Central sem rumo e sem capacidade de ter a política monetária sob controle.

      Talvez esse aumento não fosse necessário, mas ele não seria o fim do mundo. E o que é importante que já no próximo trimestre abririam perspectivas para que o Banco Central pudesse iniciar um ciclo de redução de taxa de juro.

      Praticamente era só isso que eu tinha a dizer em relação ao seu comentário e volto a dizer em forma de resumo: trata-se de um comentário correto, mas que se deixou levar pelo cacoete de considerar o pequeno aumento do juro que poderia ser aplicado agora como se fosse um início de um novo ciclo de aumento do juro.

      E como eu tenho sido muito repetitivo ultimamente, penso que posso voltar a sê-lo reproduzindo um comentário que enviei terça-feira, 05/01/2016 às 00:23, para junto de comentário seu que se encontra na segunda página do post “A opinião de Paes de Barros sobre Dilma” de quarta-feira, 30/12/2015 às 06:52, aqui no blog de Luis Nassif e de autoria dele. O endereço do post “A opinião de Paes de Barros sobre Dilma” é:

      https://jornalggn.com.br/noticia/a-opiniao-de-paes-de-barros-sobre-dilma

      E junto do seu comentário enviado quarta-feira, 30/12/2015 às 12:14, eu disse o seguinte:

      – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – –

      “Roberto São Paulo-SP 2015 (quarta-feira, 30/12/2015 às 12:14),

      Este texto seu é muito bom. Vou fazer uma pesquisa para ver se ele não foi transformado em post e caso tenha sido volto aqui para deixar o link. E a qualidade do seu comentário surpreende ainda mais quando se considera que ele foi o primeiro deste post “A opinião de Paes de Barros sobre Dilma” de quarta-feira, 30/12/2015 às 06:52 (Depois o horário foi atualizado para 19:31) de autoria de Luis Nassif e postado aqui no blog dele.

      Eu particularmente elogio um comentário quando ele diz algo com que eu concordo. Você estabelece uma meta para o câmbio que me parece bem razoável de ser perseguida quando diz no final do seu comentário o seguinte [Na sua frase o termo “acima” aparece repetido. Parece que o primeiro acima era para ser câmbio e assim eu corrigi na frase transcrita a seguir]:

      “Estamos encerrando com uma taxa câmbio ao redor de R$ 3,80, e para mantera inflação dentro da meta estipulada pelo CMN, precisamos impedir uma correção da taxa de câmbio acima dos 10%, ou seja vender dólares das Reservas Cambias no mercado à vista sempre que o dólar passar de R$4,20”.

      Agora é preciso tomar cuidado com as críticas à atuação do Banco Central do Brasil detalhando erros específicos ao mesmo tempo que se propõe uma meta para o câmbio. Será que se adotasse o que você propõe, o governo teria atingido a meta para o câmbio que você considera correta?

      Particularmente, eu considero que o câmbio atual está bom. Penso, entretanto, que mais bem teria sido para a economia se a desvalorização tivesse ocorrido de uma vez. A desvalorização em duas etapas, uma no início do ano e outra em [agosto, setembro e] outubro, produziu muitos ruídos na economia brasileira. Agora alguém saberia indicar previamente um caminho para que se pudesse ao fim ter como resultado o câmbio atual? E é bom lembrar que a avaliação de que a desvalorização uma única vez no início do ano resultaria numa situação melhor para a economia brasileira é apenas uma conjectura minha.

      O uso das reservas também não é algo fácil de ser planejado. Uma antecipação do uso das reservas pode criar pânico. Deixar para as usar muito tarde pode ser muito tarde e o câmbio ir para um patamar acima do recomendável. E o patamar recomendável para o câmbio é muito volátil. Depende da realidade do país e do grau de inserção do país no comércio e nas finanças mundiais e depende também do câmbio dos países com os quais concorremos e do câmbio dos países com os quais comercializamos.

      Assim é preciso ir devagar nas críticas ao Banco Central. E vale aqui lembrar o que eu dizia em 2008: “governo bom forma reservas, governo ruim as destrói, e, no entanto, as reservas são para inglês ver”. Eu sempre soube da fragilidade dessa regra que eu apresentei mais para mostrar como a questão da formação de reservas é problemática. Afinal, se as reservas são para inglês ver, formá-las não revela[ria] um bom governo. Se formar reservas revela um bom governo, elas não são só para inglês ver.

      Em 2014, eu apresentei como solução para o problema da dívida da Petrobras, a capitalização da empresa com o uso das reservas. Só que eu imaginava que só em 2017, quando o Brasil estivesse sendo forçado a formar mais reservas em razão do saldo na Balança Comercial é que haveria condições para se fazer a capitalização. A minha idéia é que o Brasil deve ter um câmbio desvalorizado durante uns vinte anos. E só então que o governo poderia admitir novamente a valorização da moeda.

      Enfim, não me parece claro que você tenha apontado com precisão erros de gerenciamento do Banco Central em 2015. Aliás erros que não foram apontados por Luis Nassif. Segundo palavras de Luis Nassif, o Alexandre Tombini errou no início de 2013, quando ele convenceu à presidenta Dilma Rousseff que era preciso aumentar o juro para enfrentar a subida do juro americano em 2014. Em meu entendimento tanto você como Luis Nassif só souberam construir a acusação, mas não apresentaram a prova do erro. A prova do erro seria mostrar a que situação se chegaria se não houvesse subido os juros no caso do argumento de Luis Nassif e se não tivesse feito uso dos swaps no seu caso.”

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      Não fiz a pesquisa que consistiria em verificar se o seu comentário foi transformado em post, mas depois de enviar esse comentário eu espero poder fazê-la.

      Clever Mendes de Oliveira

      BH, 20/01/2016

  23. alta do juros

    Os juros altos  estão afetando o capital de giro do comercio varejista,  esta aumentando o números de pequenas e médias lojas e algumas grandes também que estão cerrando as portas. Nessa voracidade de especulação para favorecer os dividendos pagos das ações da BRASIL S/A -LTDA(da bolsa de valores do tesouro nacional), o Brasil corre o risco de aumentar a crise em muito, já que o comercio é um dos sustentaculo da economia e os emprestimos era um mecanismo do mercado varejista para  manter o capital de giro e pagar seus empregado, e juros a esse nivel fica dificil pagar.

  24. A inflacao esta atrelada a

    A inflacao esta atrelada a SELIC.

    Basta ver que desde que comecou o ciclo de aumentos da SELIC ainda no primeiro mandato de Dilma, a inflacao so fez subir.

    Hoje a SELIC alimenta a inflacao, pois aumentas os custos industriais e dos servicos, que sao automaticamente repassados ao consumidor.

    SELIC eh inflacao na veia.

  25. A Globo fez defeza criminosa pela alta
    Glibo news, Seus Telejornais e Radio CBN ameaçatam o Predoddnte do banco central de tet cometido o crime de dizer que cpnsideraria as observaçoes do FMI
    A Mirian Leitao mente cpm a maior csra de pau

  26. JUROS SE MANTEVE 14,25% – MENOS EMPOBRECIMENTO!

    Enfim prevaleceu o BOM SENSO. A Taxa Selic se manteve no mesmo patamar 14,25%, já considerada muito alta e praticamente sem influência nenhuma no controle da inflação. O aumento da inflação é devido a ajustes dos preços administrados, à desvalorização do real e NÃO PELO CONSUMO. O governo parece não querer admitir QUE JÁ EXISTE UMA REDUÇÃO DO CONSUMO – pelo endividamento do brasileiro (cartão de crédito), o custo da energia elétrica, e dos combustíveis, pelo desemprego e pela alta dos preços generalizada.

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