Carmen Lúcia: serenidade e firmeza, e nenhuma atitude em defesa da democracia, por Luis Nassif

Segundo o portal do Conselho Nacional de Justiça, ao final da 259a, sessão ordinária, a presidente Carmen Lúcia assim falou sobre o Judiciário:

“Neste tempo, há que se atuar com serenidade, mas com firmeza, na defesa das instituições democráticas. Na defesa do poder judiciário de uma forma especial, pela circunstância de que somos o guarda da constituição e em caso de litígio somos o último a dizer a palavra do que há de prevalecer como direito”, disse a ministra.

Disse mais: “Vivemos momentos em que o exercício de cargos públicos exige um grau de responsabilidade pessoal e institucional, mas principalmente um comprometimento com o Brasil, com o estado constitucional cuja democracia estamos a construir com muito cuidado, sem chance de atropelos, menos ainda de qualquer espécie de cogitação, ainda que distante, de retrocesso, de antijuridicidade, inadmissíveis por natureza”.

A ministra citou o tempo vivido pelo País, de “tão pouca delicadeza” e de “muitas incertezas”, e a necessidade de o Poder Judiciário dar uma resposta de ética e responsabilidade.

A Ministra continua a favor do bem, da verdade, da gentileza e das palavras vazias.

Meses atrás solicitei uma audiência com ela para informá-la dos problemas enfrentados pelo jornalismo independente, não ligado a grandes grupos. Foi a propósito de sua decisão de recriar um conselho de liberdade de imprensa, no âmbito do CNJ, para analisar as sentenças estapafúrdias contra a liberdade de expressão.

Fui recebido com gentileza, pão de queijo mineiro de boa procedência. A Ministra anotou em um caderninho as reivindicações apresentadas. Que analisasse o exercício do jornalismo sob a ótica moderna, e entendesse que a principal vulnerabilidade era da imprensa independente, sem estrutura e sem recursos para enfrentar ações custosas, não dos associados da ANER (Associação Nacional das Editoras de Revistas), ABERT (Associação Brasileira de Rádio e Televisão), ANJ (Associação Nacional dos Jornais).

Sugeri, também, que abrisse debates no âmbito do CNJ, sobre as transformações da mídia, mas não se atendo apenas à imprensa tradicional. Tudo foi anotado com serenidade e fiormeza.

De lá para cá, nenhum retorno, nenhuma resposta, nenhuma preocupação com as ameaças reais sofridas no exercício do jornalismo.

Com serenidade e firmeza, Carmen Lúcia nada decidiu. E não se manifestou quando um jornalista foi condenado pelo Tribunal de Justiça do Rio, por criticar o mais notório dos políticos corruptos do país.

 
Luis Nassif

46 Comentários

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  1. Como esperar um ato de

    Como esperar um ato de covarde alguém que se o Gilmar Mentes der um grito detrás dela ela esbugalha os olhos e borra as calças? Lembremos que foi na presidência dessa senhora que foi dado o chute inicial da reforma da previdência que só foderá os pobres = foi negado a desaposentação, ou seja, se um aposentado conseguir o milagre de arranjar um serviço com carteira assinada, ele  tem que pagar a contribuição do INSS e não receber nada por isso, no que esses juizes fdps do stf dizem ser contribuição solidária (agora vê se a Carminha vai ter colhões de mexer num auxílio desses juízes país afora )  . Ou seja, num país capitalista, se proibe a regra mais elementar = se você paga algum tributo, alguma coisa em troca tem que ter. Nesse caso, você paga e tem que ficar calado.  E não se iluda, Nassif  – com os outros juízes na presidência seria a mesma coisa…quer dizer, menos com o Gilmar Mentes e o Kojak de Moraes  . Se fosse um dos dois, agora o presidente, você Nassif estaria era com o risco de ir em cana mesmo e a gente teria que fazer uma vaquinha pra te ajudar a pagar a fiança. Esse é o ponto que chegamos nessa república de bananas tamanho família. 

  2. Infelizmente, todo o esforço

    Infelizmente, todo o esforço nesse sentido será em vão. Nada, absolutamente nada mais a esperar desse Supremo atual. Trata-se da composição mais medíocre de toda a história desse tribunal. 

  3. De onde menos se espera…

    Daí que não sai nada mesmo.

    E nem se pode dizer que ela marcará a sua passagem pela presidencia do STF como aquela que entrou muda e saiu calada.

    É que ela e bem chegada numa fala mansa e vazia de entido prático.

    É típico de quem se habituou a fazer discurso prá boi dormir.

    Só que aqui ninguem dorme no barulho dela.

    Exéctativa zero, no que respeita a democracia, a defesa do estado de direito e da aplicação da justiça, não de forma imparcial, visto que tal não existe, mas pelo menos de forma balanceda.

    Esqueçam; é pau ni nóis e proteção pro deles.É essa a sua divisa.

    1. Pior?

      É o juiz alienado, que mesmo não sendo corrupto nem covarde, acredita numa sociedade meritocrática e global comandada desde Miami. Trata-se do Juiz que ganhou o cargo como prêmio para sim mesmo e os seus familiares. Aquele Juiz que coloca a sua filha em cargo bacana. Aquele Juiz que prende homem negro porque está na rua em forma suspeita. Aquele que gosta de aparecer na TV. Não precisa ser estritamente corrupto (embora às vezes são pegos) nem covarde (normalmente são prepotentes). Eles não assumem em profundidade e até com alguma humildade o cargo importante que ocupam, dentro de uma sociedade injusta, onde as suas ações poderiam fazer a diferença….mas não fazem, apenas praticam a conivência elitista desta sociedade colonial.

  4. “Cala boca já morreu,quem
    “Cala boca já morreu,quem manda na minha boca sou eu!” Palavras enfáticas na defesa da Liberdade de expressão a respeito das biografias não autorizadas, o que prorpocionará certamente maior informação para o público (e maior lucro para as editoras…),mas nenhum gesto a repeito de uma decisão da justiça sobre um jornalista que não trabalha nos JORNALÕES,nem mesmo para endossar a decisão do poder que ela própria preside…

  5. “Cala boca já morreu,quem
    “Cala boca já morreu,quem manda na minha boca sou eu!” Palavras enfáticas na defesa da Liberdade de expressão a respeito das biografias não autorizadas, o que prorpocionará certamente maior informação para o público (e maior lucro para as editoras…),mas nenhum gesto a repeito de uma decisão da justiça sobre um jornalista que não trabalha nos JORNALÕES,nem mesmo para endossar a decisão do poder que ela própria preside…

  6. Sobre a sentença do tj rio

    Sobre a sentença do tj rio que sofreu o Nassif, a pergunta que fica é : quem é pior, o ladrão cunha ou o juiz que dá ganho de causa a ele contra um cara que nem o Nassif ? Quanto a esa figura que acredita ser a presidenta ( ta, ta , ta…) do stfinho, eu não consigo não ter vontade de tomar um sonrisol toda vez que vejo a sua imagem em algum post. Mas tá tudo dominado. O lula está perseguido com a coberttura de todo o juciciário. Sim porque o que valeu pro presidente foi o que aconteceu com o Dirceu e não com o Vacari. Aliás,  o  Vacari obedeceu a lei de cotas da (IN) justiça do brasil. Pra cada dez ferradas em petistas, eles aliviam pra um pra dar uma idéia de imparcialidade. Hoje deixaram o aécio solto. E se fosse petista ? Ah, sim. aí seria preso na tribuna do senado. Já disse, neste sub-país não existe defesa competente pra petista, assim como não existe acusação e muito menos puniçao pra tucano. O judiciário de são paulo que o diga.

  7. Máfia fhc! Esgoto a céu aberto desde 2002…antes era na moita!

    MÁFIA FHC CLINTON! ESGOTO A CÉU ABERTO DESDE 2002!…. ANTES ERA NA MOITA…

    É UMA ENGRENAGEM DA MÁFIA FHC CLINTON, QUE COM O SEU “PUXADINHO” LÁ EM CURITIBA OPERA NA TAREFA DE MANTER SEUS ALIADOS GOLPISTAS CRIMINOSOS TUCANOS, DEMOCRATAS E PEEMEDEBISTAS NA TOTAL IMPUNIDADE, E PUNINDO SEM PROVAS PETISTAS E TODOS AQUELES QUE CONSIDEREM INIMIGOS, MESMO QUE SEJAM APENAS ADVERSÁRIOS. 

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  8. tartufos

    acho que deveriam elevar tartufo á condição de divindade brasileira.

    não um simples deus, mas o principal do panteão, dada a “qualidade social” daqueles que usam e abusam de retórica nele inspirada.

    ouso dizer que 90% do judiciário inspira-se nele ao discursar. por isso, os tribunais deveriam substituír a cruz por ele.

    o brasil, por cortezia dessa elite moralmente irrelevante, tornou-se a chacota internacional do momento.

    se nos séculos 16 e 17, levavam ameríndios para desfilar suposta extravagância aos padrões de além mar da época, hoje, a excentricidade é outra: a elite brasileira, do judiciário principalmente, está a cada dia mais parecida com a excentricidade de macunaíma.

    o discurso moral de personagens absolutamente amorais – tartufos – soa curioso àqueles com um mínimo de educação formal. como a elite brasileira não a tem, não se dá conta do próprio ridículo nos salões das metrópoles, quando convidada para exercer o papel de aberração que sempre desempenha com brilho.

    esse é o resumo: jecas provincianos, ignorantes e de notória amoralidade ousam discursos de moralismo duvidoso junto a público agudo.

    tudo como dantes no quartel de abrantes.

  9. Carmen lúcia? Esquece. A

    Carmen lúcia? Esquece. A mulher, quando olha pro golpis,digo, michel, fica deslumbrada. É só verificar toooodas as fotos em que ela aparece em companhia do golpist, digo, michel.

    1. carmen lucia

      Realmente o PT errou ao trazer esta senhora que não tem noção do cargo que ocupa e vive a sofismar e nunca assumir reponsabilidades inerentes ao cargo.. QUEM NÃO PODE COM POTE NÃO BOTA A RODILHA NA CABEÇA. – Ditado popular.

  10. permanentemente em rota de colisão…

    o ideal e o real……………………………

    ou o que dizem e o que decidem

    ou a opinião e o interesse

    permanentemente assim, definitivamente o que temos é justiça fora de foco

    ou fora de prioridades

    1. nenhum estado democrático de direito resiste a isso…

      a contaminação por focos de dissensão………………………….

      nem a própria dignidade humana quando a ela exposta da forma que vemos na lava jato

  11. Nassif o mundo deles é das
    Nassif o mundo deles é das aparências,respiram a hipocrisia,foram acostumados assim,é o mundo encantado dos supersalários e superbenefícios são de outra “linhagem!”

  12. O recado das FFAA foi ao STF

    Elas reconhecem a co-autoria do Judiciario no golpe em Dilma (junto a Legislativo e mídia) e, agora, no “golpe no golpe” (do Judiciario/ midia contra o Legislativo/ Exec.)

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    *Acorda, zé mané: “golpe militar” é pauta da GLOBO! – o bastidor da movimentação das Forças Armadas*

    Por Romulus

    E – mais uma vez! – a blogosfera progressista está perdidinha…

    Até quando, Senhor?!

    *

    Lembram daquela fonte do Blog que nos ajudou a ANTECIPAR, meses atrás, a dramática virada no julgamento da delação da JBS pelo STF?

    (Virada essa a favor da “pacificação nacional”…

    – … que eu prefiro, aqui no Blog, chamar de “Acordão” mesmo…

    Sem nenhum eufemismo!

    Ou problema maior!

    Não se faz omelete sem quebrar os ovos, não é Dona Benta??)

    Impondo uma clara derrota à Globo, à “República de Curitiba” e aos “juristocratas” em geral?

    (capitaneados, na Corte, pelo Ministro Luis Roberto Barroso)

    Pois então…

    É evidente que, num momento em que as FFAA entram – ou melhor: “são entradas” (!) – elas mesmas na pauta político-midiática, eu buscaria saber o que aquela fonte tem a nos contar dos bastidores.

     

    LEIA MAIS »

     

    1. Caros amigos, bom dia,
      Não
      Caros amigos, bom dia,
      Não quero contestar a importância da pauta política e jurídica tão bem conduzida pelo Nassif e seus articulistas, mas penso que devemos principalmente olhar para o futuro. Nesse sentido, chamo a atenção para a matéria publicada aqui no GGN sobre o que acontece na educação e para o trabalho do coletivo transforma mp
      https://jornalggn.com.br/noticia/a-educacao-basica-publica-levada-a-serio-por-andrea-barcelos
      A meu ver, a direção apontada pela promotora do estado de Goiás indica um bom caminho a ser trilhado

    2. Romulus
      Pelo que entendi as

      Romulus

      Pelo que entendi as FAs são muito mais pragmáticas do que imaginamos?

      Você acredita que eles, ao invés de ter horror a Lula e ao PT, apenas não os consideram como possibilidade de trabalho devido a crença nas suas inviabilidades?

      As FAs não são, de certo modo, gratas ao Lula?

  13. Se encontrar com ela de novo,

    Nassif, pergunta o que ela achou da declaração do General Mourão………Tenho certeza que se tiver muro por perto, vai subir nele mais rapido que um gato…. ; )

  14. Palavrorio ôco
    Sempre mais do mesmo.
    O Supremo se acovardou.
    O palavrorio da Ministra sempre vazio, omisso.
    3 votos a 2. Um votinho a mais e Aecio estaria livre.
    Marco Aurelio (Collor) e Alexandre Moraes (Temer). Que dupla.

  15. Artigo – Jornalistas perseguidos – Siro Darlan, desembargador

    Prezado Nassif, bom dia. Chegou a ler esse artigo?

     

    http://www.jb.com.br/sociedade-aberta/noticias/2017/09/26/jornalistas-perseguidos/

     

    -x-

     

     

    26/09 às 15p4 – Atualizada em 26/09 às 15p5

    Jornalistas perseguidos

    Jornal do BrasilSiro Darlan+A-AImprimir

    O direito à livre manifestação do pensamento é o corolário de uma sociedade civilizada e não se pode abrir mão desse direito fundamental. Nas ditaduras e nos regimes de exceção a primeira coisa que fez o autoritarismo foi calar os jornalistas ou os manietarem, quando não cooptarem. Ao longo de nossa história republicana, foram muitos os jornalistas sacrificados pela manifestação de suas opiniões. O jornalista Carlos Lacerda teve sua vida ameaçada por denunciar o que considerava atos lesivos ao interesse público. Sorte melhor não teve o jornalista Vladimir Herzog que foi brutalmente assassinado pela ditadura militar ao colocar sua máxima preocupação com o sofrimento dos outros.

    Entrou para a história o caso do jornalista e deputado Marcio Moreira Alves que após pronunciamento no plenário da Câmara do Deputados contra atos da ditadura, teve seu mandato cassado, e perseguido e jurado de morte teve que partir para o exílio. O jornalista Alexandre von Baumgarten após escrever sobre uma operação de tráfico de urânio do Brasil para o Oriente Médio, foi misteriosamente assassinado. Nos últimos onze anos, segundo o site Comunique-se portal, mais de trinta jornalistas foram assassinados no Brasil, sendo o maior número o de radialistas.

    Além dessa violência física, sofrem os jornalistas outros tipos de violência, marcadamente em face da centralidade das empresas de comunicação que dominam o mercado no Brasil, e, em razão desse poderio econômico e político impõe relações de trabalho e exigências editoriais que tolhem a liberdade de produção intelectual dos profissionais da comunicação social. A escravidão dos profissionais para os senhores feudais que representam as editorias impede toda e qualquer criatividade, assim como cerceia a liberdade de diversidade de opiniões sobre o mesmo fato. Impondo-se a ditadura dos interesses financeiros, publicitários e políticos dos proprietários das redes.

    Causou espanto a violência sofrida recentemente pelo jornalista Anthony Garotinho que foi preso em pleno ato jornalístico sem qualquer manifestação das Associações de defesa dos jornalistas, cujo silêncio deu margem a uma conivência com essa violência praticada. Sem entrar no mérito dos motivos que geraram a prisão, o fato de ter sido impedido de finalizar o programa que então apresentava no rádio, mas tendo em vista a gravidade das denúncias que o jornalista estava fazendo, fica no ar uma pergunta que precisa ser respondida. A quem interessava silenciar Garotinho? Porque sua prisão em ambiente de trabalho, que goza do mesmo princípio da inviolabilidade, não podia esperar que o programa terminasse?

    Portanto é imprescindível que a palavra seja garantida aos profissionais da mídia com responsabilidade e os excessos sejam apurados e responsabilizados. Com a palavra a Associação Brasileira de Imprensa quanto a essa violência sofrida por um profissional do jornalismo. 

    * desembargador do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e membro da Associação Juízes para a democracia.

     

  16. O Supremo Tribunal Federal,

    O Supremo Tribunal Federal, por seus integrantes, costuma ser firme e sereno, muito “corajoso”, quando age contra os que não representam os interesses da plutocracia brasileira, Lula, Dilma, Zé Dirceu, petistas e progressistas em geral. Quando está presente o interesse das classes dominantes, de que fazem parte os ministros, são omissos, como no impeachment de Dilma, ou usam jurisdição “ad hoc”, sem valência universal, como mostrou o contraste de tratamento ao “mensalão” petista e ao “mensalão” tucano mineiro. Fico só nesses dois exemplos. 

  17. Carmem Lúcia uma das mais

    Carmem Lúcia uma das mais reacionárias do STF vai fazer algo pela livre imprensa, como diria Paulo Henrique Amorim

    qua qua qua …

  18. Nossa solidariedade ao

    Nossa solidariedade ao Nassif. Estamos juntos. O que os canalhas do judiciário fazem ao Nassif e à imprensa independente, estão fazendo também contra milhares de brasileiros que não aceitam o golpe e a presente ditadura civil. O judiciário brasileiro jamais se limpará da lama em que mergulhou.  Mesmo que um dia as instituições voltem funcionar, o mau cheiro continuará. Os juízes que tentaram defender a consituição não representam o pensamento dominante da classe. As togas encobrem 500 anos de injsutiças, isso não vai mudar.

  19. Carmen Lúcia, apenas mais uma togada no país. Nada mais.

    Carmen Lúcia é mimada pela grande mídia, pois esta sabe que a mesma nada fara para alterar o andamento da justiça neste país. Carmen Lúcia utiliza sua exposição e o cargo para retransmitir pensamentos centenários sobre moral e justiça, sem sair da receita de bolo.

  20. Além de toda solidariedade ao

    Além de toda solidariedade ao Nassif, o último parágrafo é sensacional.  Duvido que algum piguento seja capaz de uma ironia tão fina e contundente. 

  21. Nassif pensou que a visita

    Nassif pensou que a visita protocolar,de cortesia,amistosa ou do que tenha sido a Carmen Lucia,iria trazer alguma luz sobre às trevas.Ele perdeu o tempo dele e perdeu porque quis.Um jornalista do seu calibre e grau de informação,sabia ou fingiu não saber que Carmen Lucia já tinha sido “laçada” pela Globo bem antes de sua posse.Mato a cobra e mostro a cobra.Vivia tricotando e enviando seus sinais de fumaça para que não pairasse qualquer duvidas,a quem serviria de maneira tão cretina,atraves do papa do jornalismo conservador,Elio Gaspari,dos Chapeus para os íntimos.Bastou uma frase usada por dos Chapeus em uma das suas colunas de domingo,reproduzidas pelos jornais Brasil afora,para o acima assinado derrubar o serviço.”A futura Presidente do STF,Ministra Carmen Lucia vem aí com a faca entre os dentes”.Substituia Ricardo Lewandowski,nem carne nem peixe.Despreparada,futil,inutel,superficial,adepta das frases de efeitos mais tolas do que se tem noticia,não insipirava e não inspira a menor confiança.Ela e Bláblárina são farinha do mesmo saco até fisicamente.Nassif pagou para ver e viu. 

  22. E você, Nassif, acreditou na maga patalógika do STF?

    Como tenho comentado aqui, às vezes o otimismo (que costumo classificar até como ingenuidade) de Luís Nassif me surpreende. Será que ele foi apenas delicado e cortês com a atual presidentA do STF ou viu no uso de tratamento lisonjeiro a Cármen Lúcia uma estratégia para que ela apreciasse de modo favorável os casos de inequívoca perseguição de que ele, Nassif, tem sido vítima há vários anos? Na própria côrte presidida por Cármen Lúcia há um ministro – com poder de fato e truculência muito maiores que ela, o Sr. Gilmar Mendes – que é parte autora de processos contra jornalistas que o criticam, dentre os quais o próprio Nassif.

    Depois de toda omissão, conivência e participação na trama golpista e na perseguição à Esquerda Política, em que o STF e seus ministros foram atores destacados, é surpreendente que um Jornalista com a experiência e competência, demonstradas em mais 30 anos de carreira, como Luís Nassif, ainda nutra alguma esperança em relação a esse tribunal consttucional.

    Eduardo Cunha é criminoso notório, cujas negociatas, propinas e corrupções vêm desde a época em que era aprendiz de PC Farias, o tesoureiro de campanha de Fernando Collor, cuja morte até hoje não foi esclarecida. Tudo o que Nassif escreveu e publicou sobre Eduardo Cunha, todas as denúncias estão cabalmente provadas. EC é hoje condenado e preso (embora sua condenação e prisão sejam tão falsas como uma cédula de R$7,00, já que as filhas e esposa, usufrutuárias dos produtos dos crimes por ele cometidos foram absolvidas e liberadas para viajar e gastar a fortuna que o pai/marido amealhou ao longo de décadas de práticas ilícitas), o que corrobora as matérias jornalísticas produzidas por Luís Nassif acerca desse gângster que infestou a política brasileira nas últimas 3 décadas.

    Ao portar-se como Pôncio Pilatos e ignorar o drama de Luís Nassif e outros, diante de injustas e absurdas conddenações, Cármen Lúcia confirma que o Judiciário, assim como o MP e a PF estiveram e estão empenhadíssiimos na trama golpista e no desmanche e entreguismo que fazem com o nosso País aquelas quadrilhas que o sistema judiciário levou ao Palácio do Planalto.

  23. a ministra Bento Carnairo quer dizer Camem Lucia ..não creio nel

    olha eu não acredito nela , toda vez que fala assim logo nos apunha-la pelas costas , como agora o Aebrio Never solto , sem mandato mas solto !!! reclamam do exercito mas não vejo um sair a rua ou se juntar pelo bem comum … sou contra o execito , mas não vejo saída para o pais ..estamos divididos , basta falar para um ser contra a nos e quer o mesmo que nos !! não se junta pela causa , se divide pela bandeira e isso não é pra ninguém ..

  24. As togas substituíram as fardas

    Jessé Souza, em seu livro de 2015, A Tolice da inteligência brasileira, no capítulo que tratava dos “Golpistas de ontem e de hoje”, já afirmava: no golpe atual, as togas substituíram as fardas. E assim foi efetivamente, pois, se o golpe foi operado por  um parlamento comprado, sob a batuta de Eduardo Cunha, a pavimentação do impeachment e a sustentação da derrocada da  democracia se deram graças à ação ou passividade de setores majoritários do Judiciário e do MPF. Houvesse um Judiciário responsável e capaz de manter o país nos marcos do Estado Democrático de Direito, não teria havido o golpe contra a democracia, no Brasil. O Judiciário e o MPF fecharam os olhos para os grampos ilegais, para os vazamentos seletivos, para as prisões preventivas sem justificativas legais claras, para as delações premiadas obtidas sob coação, para a detenção ilegal de um ex-presidente da República e para a prisão de um senador, sem que ele tivesse sido flagrado cometendo um crime hediondo, em franca contradição com a Constituição vigente no país. Mais ainda: o STF, na figura de Teori Zavascki, apenas repreendeu, de passagem, um juiz de piso que cometeu o ato criminoso de vazar para a mídia um grampo ilegal da presidente Dilma e do Lula. Claro que há mais ilegalidades e exemplos de desrespeito às leis do país que foram referendadas ou ignoradas por diferentes instâncias do poder Judiciário, mas os casos citados bastam para concluir que a democracia, neste momento, não pode contar com o poder Judiciário. Ao contrário disso, como bem afirmou Jessé Souza, o golpe contra a democracia só se consumou porque dispôs do apoio do Judiciário. Nassif e todos os jornalistas independentes que, cotidianamente, buscam levar aos seus leitores a verdade sonegada pela mídia plutocrática, merecem todo o nosso apoio e solidariedade, mas sem ilusões, pois é inútil esperar apoio de quem está ajudando a afundar a democracia em nosso país.

  25.   O Nassif é bem intencionado

      O Nassif é bem intencionado mas não é trouxa, gente.

      Ele não foi a Brasília imaginando que a sonsa do STF fosse mover uma palha que fosse: foi lá apenas para deixar bem claro à própria a idiotia vazia do discurso carmenluciano.

  26. Por que não?

    Parabéns a todos que são vítimas de decisões judiciais injustas e classistas, o que não chega a ser novidade, e que continuam fiéis a seus princípios. 

    Quanto à informação de que a ministra não tomou providências sobre o pedido-denúncia, era de se esperar, não apenas porque estamos em situação de democracia caótica e flutuante mas porque o pedido traz em si a justificativa para ter sido ignorado: a disparidade de poder entre as empresas de comunicação cartelizadas e os meios e canais independentes de informação. Eu ficaria surpresa se a ministra-presidente do STF demonstrasse equanimidade e equilibrasse a disputa dando ouvidos ao lado dos mais fracos. (No caso específico, tratando-se de oponente com delação pendente e rumores mencionando o judiciário em outras delações/fofocas, mais fácil entender decisões e omissões).

     

    Assim, pergunto:

    por que os blogues e outros canais independentes não se juntam em algum tipo de associação para defesa conjunta de seus próprios interesses?

    A chamada blogosfera – esgotosfera, para seus ex colegas de profissão, golpistas financiados por esquemas ainda por descobrir – e os meios tradicionais como revistas e emissoras de rádio e TV, na ala independente dos grupos de comunicação contam com nomes de vulto e respeitabilidade, não apenas nacionais: a começar pelo distinto Nassif, em ordem aleatória, tem-se nomes como Trajano (e seu blogue Ultrajano) – que estruturou a criação de uma emissora de TV a cabo, olha a competência!; pra não falar do clássico Cartão Verde na extinta TV Cultura, agora TV Coxinha, ao lado de outro guerreiro como Juca Kfouri, que mesmo trabalhando na engrenagem, certamente daria apoio moral e logístico à empreitada –, Fernando Morais e seu Nocaute, Bob Fernandes, essencialmente independente, colaborando no que resta de jornalismo na TV Gazeta –, Mino Carta, de CartaCapital – refúgio do agriculto-independente Rui Daher –, Marcelo Auler e sua lente divergente e investigativa, Tereza Cruvinel, primeira presidenta da EBC e jornalista experiente em comunicação pública, Eleonora de Lucena, articuladora do movimento e manifesto “Brasil Nação”, Hildegard Angel, monumento vivo em defesa da democracia e contra o arbítrio, de gênero e de generais, Fernando Brito, do Tijolaço, cujo faro de jornalista levou a um furo revelador da manipulação de resultado de pesquisa pelo grupo Falha de São Paulo, numa parceria com o internacional Glenn Greenwald, do The Intercept (USA e Brasil), inusitada e indicativa do potencial do trabalho conjunto, ainda que autônomo, dos meios independentes, e que poderia fazer a diferença e ombrear com o cartel midiático em influência e audiência. E os coletivos como Jornalistas Livres, a Mídia Ninja, Agência Pública, e a Rede Brasil Atual, com site, emissoras de rádio e tv e revista, todas de qualidade competitiva, e cuja origem sindical não descaracteriza sua condição de independente, a meu ver. Isso para falar apenas de jornalistas de profissão.

    O fato de o cartel midiático ter agudizado sua tendência natural e histórica de ser porta-voz dos manda-chuvas que lhes garantem a verba e o sossego, abandonando o pouco restante de jornalismo para adotar como regra técnicas, atitudes e diretrizes do entretenimento de massa, não significa que o público em geral tenha rejeitado o jornalismo como prática ética e da busca da verdade dos fatos e versões: há um vácuo enorme a ser preenchido pelo jornalismo de qualidade, o que se comprova pelas reações do referido cartel ao trabalho de seus concorrentes independentes, por exemplo, a tentativa das associações corporativas de alterar legislação para proibir o trabalho de Glenn Greenwald e de seu site no Brasil, devido à repercussão de sua atuação interna e externa, expondo o Golpe e a Globélica mundo afora e enfrentando, com sua verve competente e corajosa, Falhas e Globbels no terreno próprio da prática jornalística, touché!.

    Enfim, repito, por que, ao invés de esperar migalhas de um poder cuja omissão foi fundamental para o golpe e o decorrente estado de dispersão que se alimenta de abusos como a perseguição imposta aos jornalistas independentes, os próprios jornalistas não se organizam em algum grupo que os represente, para além de eventuais diferenças e divergências? Dividir para conquistar* é uma estratégia milenar para concentrar poder e enfraquecer oposição; quem sabe juntar para se defender seja o único caminho em tempos de canibalismo social.

    O sucesso de várias formas de financiamento coletivo ou vaquinhas virtuais comprova que há muita gente disposta a apoiar e até financiar iniciativas que demonstrem relevância.

    Democracia não é apenas ser tratado com respeito pelas instituições (nesse momento, a expectativa de ocorrer o contrário deve prever que exigirá esforço adicional para garanti-lo) mas exercer seu poder nas condições que o momento impõe e que no caso presente pode reverter a favor as dificuldades, fazendo da própria defesa a plataforma para fortalecer o terreno, no qual se abrigam tanto o jornalismo e jornalistas quanto a democracia, ainda praticada e esperada “de cima pra baixo”, todos sob o mesmo ataque e mesma trincheira, o campo minado da afirmação da independência, da liberdade e do exercício coletivo do poder, com responsabilidade e transparência.

    Talvez uma das características que explique a sustentação do golpe e mostre uma diferença significativa entre o Brasil de hoje e o que se ouve falar sobre a resistência ao regime de 1964 seja uma pulverização da solidariedade coletiva, que até se expressa aqui e ali mas parece exausta e baratinada – seria resultado do “dividir para conquistar”?; ou talvez haja um maior individualismo – de trajetórias, de pautas, de sofrimentos, de iniciativas. É muito interessante que quando a mobilização consegue se sustentar por algum tempo e agregar diferentes setores representativos e a opinião pública, o resultado aparece: tivemos greve geral, as reações recentes em defesa das liberdade de expressão religiosa, sexual e de gênero, movimento estudantil pujante, ainda que criminalizado e perseguido. Serão os sinais vitais de uma democracia potencial, ainda que doente, combalida ou reprimida? Trocar-se-ão visitas de apoio e conforto nas diversas alas ocupadas na UTI civilizatória que ainda vai se prolongar por algum tempo?

    Mudando de assunto, mas nem tanto…

    … Por falar em união e financiamento, a notícia de que sabujos neoliberais do empresariado e da Globélica pretendem financiar um fundo eleitoral coloca para o campo progressista a necessidade prática de se organizar para contrabalançar esse ataque corporativo-financeiro ao próximo Legislativo, responsável pela reversão do golpe. Enquanto a esquerda pouco atenta se engalfinha, a direita oportunista em blocos se fortalece.

     

    * “Basicamente, os elementos dessa técnica envolvem:

    Criar ou estimular divisões entre os indivíduos com o objetivo de evitar alianças que poderiam desafiar o soberano;

    Auxiliar, promover e dar poder político para aqueles que estão dispostos a cooperar com o soberano;

    Fomentar a inimizade e desconfiança entre os governantes locais;

    Incentivar gastos sem sentido que reduzam a capacidade de gastos políticos e militares.”

     

    https://pt.wikipedia.org/wiki/Dividir_para_conquistar

     

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=hvZRVpnE7U%5D

     

    SP, 27/09/2017 – 19:49

     

     

     

     

     

  27. Não há ministro desse STF

    Não há ministro desse STF capaz de comprar a briga da mídia independente. Os holofotes que lhes interessam são outros……  E essa turma busca a paz que vem da omissão, apenas isso.

  28. Por que não?

    Parabéns a todos que são vítimas de decisões judiciais injustas e classistas, o que não chega a ser novidade, e que continuam fiéis a seus princípios. 

    Quanto à informação de que a ministra não tomou providências sobre o pedido-denúncia, era de se esperar, não apenas porque estamos em situação de democracia caótica e flutuante mas porque o pedido traz em si a justificativa para ter sido ignorado: a disparidade de poder entre as empresas de comunicação cartelizadas e os meios e canais independentes de informação. Eu ficaria surpresa se a ministra-presidente do STF demonstrasse equanimidade e equilibrasse a disputa dando ouvidos ao lado dos mais fracos. (No caso específico, tratando-se de oponente com delação pendente e rumores mencionando o judiciário em outras delações/fofocas, mais fácil entender decisões e omissões).

     

    Assim, pergunto:

    por que os blogues e outros canais independentes não se juntam em algum tipo de associação para defesa conjunta de seus próprios interesses?

    A chamada blogosfera – esgotosfera, para seus ex colegas de profissão, golpistas financiados por esquemas ainda por descobrir – e os meios tradicionais como revistas e emissoras de rádio e TV, na ala independente dos grupos de comunicação contam com nomes de vulto e respeitabilidade, não apenas nacionais: a começar pelo distinto Nassif, em ordem aleatória, tem-se nomes como Trajano (e seu blogue Ultrajano) – que estruturou a criação de uma emissora de TV a cabo, olha a competência!; pra não falar do clássico Cartão Verde na extinta TV Cultura, agora TV Coxinha, ao lado de outro guerreiro como Juca Kfouri, que mesmo trabalhando na engrenagem, certamente daria apoio moral e logístico à empreitada –, Fernando Morais e seu Nocaute, Bob Fernandes, essencialmente independente, colaborando no que resta de jornalismo na TV Gazeta –, Mino Carta, de CartaCapital – refúgio do agriculto-independente Rui Daher –, Marcelo Auler e sua lente divergente e investigativa, Tereza Cruvinel, primeira presidenta da EBC e jornalista experiente em comunicação pública, Eleonora de Lucena, articuladora do movimento e manifesto “Brasil Nação”, Hildegard Angel, monumento vivo em defesa da democracia e contra o arbítrio, de gênero e de generais, Fernando Brito, do Tijolaço, cujo faro de jornalista levou a um furo revelador da manipulação de resultado de pesquisa pelo grupo Falha de São Paulo, numa parceria com o internacional Glenn Greenwald, do The Intercept (USA e Brasil), inusitada e indicativa do potencial do trabalho conjunto, ainda que autônomo, dos meios independentes, e que poderia fazer a diferença e ombrear com o cartel midiático em influência e audiência. E os coletivos como Jornalistas Livres, a Mídia Ninja, Agência Pública, e a Rede Brasil Atual, com site, emissoras de rádio e tv e revista, todas de qualidade competitiva, e cuja origem sindical não descaracteriza sua condição de independente, a meu ver. Isso para falar apenas de jornalistas de profissão.

    O fato de o cartel midiático ter agudizado sua tendência natural e histórica de ser porta-voz dos manda-chuvas que lhes garantem a verba e o sossego, abandonando o pouco restante de jornalismo para adotar como regra técnicas, atitudes e diretrizes do entretenimento de massa, não significa que o público em geral tenha rejeitado o jornalismo como prática ética e da busca da verdade dos fatos e versões: há um vácuo enorme a ser preenchido pelo jornalismo de qualidade, o que se comprova pelas reações do referido cartel ao trabalho de seus concorrentes independentes, por exemplo, a tentativa das associações corporativas de alterar legislação para proibir o trabalho de Glenn Greenwald e de seu site no Brasil, devido à repercussão de sua atuação interna e externa, expondo o Golpe e a Globélica mundo afora e enfrentando, com sua verve competente e corajosa, Falhas e Globbels no terreno próprio da prática jornalística, touché!.

    Enfim, repito, por que, ao invés de esperar migalhas de um poder cuja omissão foi fundamental para o golpe e o decorrente estado de dispersão que se alimenta de abusos como a perseguição imposta aos jornalistas independentes, os próprios jornalistas não se organizam em algum grupo que os represente, para além de eventuais diferenças e divergências? Dividir para conquistar* é uma estratégia milenar para concentrar poder e enfraquecer oposição; quem sabe juntar para se defender seja o único caminho em tempos de canibalismo social.

    O sucesso de várias formas de financiamento coletivo ou vaquinhas virtuais comprova que há muita gente disposta a apoiar e até financiar iniciativas que demonstrem relevância.

    Democracia não é apenas ser tratado com respeito pelas instituições (nesse momento, a expectativa de ocorrer o contrário deve prever que exigirá esforço adicional para garanti-lo) mas exercer seu poder nas condições que o momento impõe e que no caso presente pode reverter a favor as dificuldades, fazendo da própria defesa a plataforma para fortalecer o terreno, no qual se abrigam tanto o jornalismo e jornalistas quanto a democracia, ainda praticada e esperada “de cima pra baixo”, todos sob o mesmo ataque e mesma trincheira, o campo minado da afirmação da independência, da liberdade e do exercício coletivo do poder, com responsabilidade e transparência.

    Talvez uma das características que explique a sustentação do golpe e mostre uma diferença significativa entre o Brasil de hoje e o que se ouve falar sobre a resistência ao regime de 1964 seja uma pulverização da solidariedade coletiva, que até se expressa aqui e ali mas parece exausta e baratinada – seria resultado do “dividir para conquistar”?; ou talvez haja um maior individualismo – de trajetórias, de pautas, de sofrimentos, de iniciativas. É muito interessante que quando a mobilização consegue se sustentar por algum tempo e agregar diferentes setores representativos e a opinião pública, o resultado aparece: tivemos greve geral, as reações recentes em defesa das liberdade de expressão religiosa, sexual e de gênero, movimento estudantil pujante, ainda que criminalizado e perseguido. Serão os sinais vitais de uma democracia potencial, ainda que doente, combalida ou reprimida? Trocar-se-ão visitas de apoio e conforto nas diversas alas ocupadas na UTI civilizatória que ainda vai se prolongar por algum tempo?

    Mudando de assunto, mas nem tanto…

    … Por falar em união e financiamento, a notícia de que sabujos neoliberais do empresariado e da Globélica pretendem financiar um fundo eleitoral coloca para o campo progressista a necessidade prática de se organizar para contrabalançar esse ataque corporativo-financeiro ao próximo Legislativo, responsável pela reversão do golpe. Enquanto a esquerda pouco atenta se engalfinha, a direita oportunista em blocos se fortalece.

     

    * “Basicamente, os elementos dessa técnica envolvem:

    Criar ou estimular divisões entre os indivíduos com o objetivo de evitar alianças que poderiam desafiar o soberano;

    Auxiliar, promover e dar poder político para aqueles que estão dispostos a cooperar com o soberano;

    Fomentar a inimizade e desconfiança entre os governantes locais;

    Incentivar gastos sem sentido que reduzam a capacidade de gastos políticos e militares.”

     

    https://pt.wikipedia.org/wiki/Dividir_para_conquistar

     

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=hvZRVpnE7U%5D

     

     

    SP, 27/09/2017 – 23:10 (envio original às 19:49).

     

  29. #

    Lamentável que ocupando um cargo dessa importância a pessoa só consiga produzir um bla bla bla, como por exemplo, quando disse que preferia ser chamada de presidente e não presidenta, porque “essa é a forma correta”.

  30. Ha rancores…

    Mas por que, se perguntaria o juiz, vou fazer alguma coisa em “favor” do jornalismo independente, se ele é aponta minhas fraquezas e erros todas as vezes que [acha] necessario? 

    Do atual supremo neste momento não ha muito o que se esperar. Sobretudo porque foram os sites e blogs independentes que demonstraram a tibieza do STF no golpe de estado que sofremos em 2016.

    Porém, se um novo golpe vier, digamos que este seja militar. E os militares resolvam fazer como na China, fecharem blogs, censurar o Yotube e o Facebook e ainda se imiscuir no Judiciario ao ponto da ja famosa frase, que passara à historia de Carmem Lucia à frente do Supremo : “cala boca ja morreu” voltar a ser uma realidade, então sera essa mesma imprensa independente que defendera a liberdade do Judiciario e dos Ministros do Supremo de defenderem o que sobrou da Constituição Federal.

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