O Banco Central tornou-se um solista sem maestro

Escolha um procurador e lhe entregue uma causa. Seu papel é o de condenar. Por isso tratará de realçar todos os indícios a favor e esconder todos os indícios contra. É da sua natureza.

Mire agora um repórter prestes a publicar a reportagem de sua vida. Ele espancará até a morte qualquer indício que possa, de longe, enfraquecer sua manchete.

***

A economia precisa necessariamente de ser vista de forma sistêmica, assim como o organismo humano.

Um nefrologista não pode tratar da doença do seu paciente se não souber analisar as implicações do tratamento sobre seu organismo.

***

O equilíbrio econômico é assim, depende da combinação correta de um conjunto de políticas: a tributária-fiscal, a monetária, a cambial, a salarial, todas interdependentes.

Dependendo das circunstâncias, prioriza-se alguma dessas políticas e as demais se ajeitam em torno da prioridade maior.

***

Cabe ao Ministro-maestro compatibilizar as diversas políticas, afim de se obter o equilíbrio,

Em alguns momentos, esse papel foi do Ministro da Fazenda. Foi assim no governo Jango, com Celso Furtado, Castelo Branco, com Otávio Gouvêa de Bulhões, Médici, com Delfim Netto. Outras vezes pode ser o Ministro do Planejamento, como foi no governo Figueiredo, com Delfim. Mas tem que ter o maestro.

***

O grande nó do governo Dilma é que não existe esse maestro.

Os analistas do Banco Central foram acometidos do mesmo fenômeno que afeta procuradores, delegados ou repórteres atrás do seu furo: não importa a busca da verdade (no caso da economia, do equilíbrio econômico) mas garantir o seu furo, a preponderância da política monetária.

***

O pensamento dominante no Copom (Comitê de Política Monetária) é que se deve colocar a inflação na meta (4,5% em 2016) independentemente do custo fiscal e dos efeitos sobre o nível de atividade econômica.

Selic em 14,5%, em meio a um quadro recessivo que está apontando para uma queda do PIB próxima a 3%, cria a seguinte situação:

  1. A receita fiscal vai para as profundezas, comprometendo qualquer veleidade de equilíbrio fiscal.

  2. A relação dívida bruta/PIB explode.

  3. Qualquer tentativa de reduzir o déficit, via cortes, aprofundará a recessão e colocará mais lenha na fogueira política.

O que o BC têm a oferecer a perder de vista é a redução do custo de rolagem da dívida quando a inflação cair. Os mortos que ficarem pelo caminho – dentro os quais o próprio governo Dilma – agradecerão.

***

O problema é quem está acima, o maestro responsável pela coordenação de todos os instrumentos econômicos.

O Ministro da Fazenda Joaquim Levy não rege. Nem ousa discutir com o BC, como se a política monetária não tivesse nenhuma relevância para as metas fiscais.

E como Levy espera o início da recuperação da economia em alguns meses? Pela fé. Se o empresário acreditar que o governo conseguirá equilibrar as contas fiscais, imediatamente voltará a investir.

No primeiro semestre do ano, o número de consultas ao BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) caiu 47% devido às incertezas quanto à demanda futura.

Ou seja, ao empresário não basta acreditar que o ajuste fiscal será alcançado: o que o move é a convicção de que a demanda será recuperada.

Luis Nassif

60 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Levy no JG

    Bom, pelo subentendido, o Mr. Levy resolveu ser maestro de outros solistas.

    Não sei exatamente o quê o Mr. Levy disse, pois não assisto programas de terror, mas… pelo visto, nada é tão mau que não possa piorar.

     

  2. Não sei o que o Levi foi fazer lá, não tinha nada para falar…

    Se foi porque a Dilma mandou, só marcou presença mesmo, pois não disse nada com nada, apesar do excelente Waack e da Christiane insistirem muito.

    Parecia que tinha tomada calmante, pois falou baixo e sem convicção alguma, além de não tranquilizar ninguém.

    Na minha humilde opinião, vamos para uma queda do PIB de no mínimo uns 13% entre este ano e o que vêm, palpite, mas pelo andar da carruagem menos do que isto é ser irrealista.

    Já o problema de como coordenar todas as políticas públicas e fazer com que todo o funcionalismo reme para o mesmo lado com ENTUSIASMO, este depende de uma realimentação da população, que acreditando no plano proposto e vendo a exequibilidade  num prazo razoável, passa a instigar uma espiral positiva que contamina a todos. Fora disto, nem pensar.

    Por mim ia no testado e aprovado no curso da história humana, nada de reiventar a roda, uma estrutura metafísica com base num corpo sólido, o Diamante e fé em Deus e pé na tábua, pois não dá para ficar esperando muito mais tempo.

    Dilma, acorda!

    1. 2015.75 : discussão
       Questions submitted by the Spanish Press

      Q: You predicted an economic peak by October 1, and you suggest there may be a U.S. government shutdown on that day. What’s going to happen in the following months?

      INTR-CCON

      A: 2015.75 (September 30/October 1), is the BEGINNING of an economic trend rather than the end. It also happens to be the day the U.S. budget must be approved. A fight over the debt ceiling is shaping up once again. This is more symbolic of the debt crisis, since all we ever have are these hearings to raise the debt ceiling. It never ends. The likelihood of the U.S. actually defaulting is zero. However, this target seems to mark the beginning of a sovereign debt crisis that is engulfing the entire world. Its importance may be that it draws attention to the problem of government debt everywhere. We should see a rise in interest rates begin as more and more capital starts to question government debt and the long-term future. This is a 5000-year low in interest rates, which is totally insane.

      Q: You have publicly said that the current economic system works as a Ponzi scheme, and that governments and markets need regulation. Could you expand on that and how to regulate them?

      A: Federal government should be prohibited from borrowing money. Politicians exempt themselves from all criminal laws, and thus there is no means of a check and balance to protect society. Eliminate the power to borrow, eliminate federal taxation, and governments should simply expand the money supply according to a fixed level of GDP (say 5%), which must be calculated by a PRIVATE independent board for ALL countries. Doing all of the calculations at the same place will make it as difficult as possible for governments to manipulate their economic numbers to spend more money. We also no longer need taxation at the Federal level for that is a barbaric relic from the past when money was commodity based. We are no longer in a barter economy so we do not need taxes. Eliminate taxes and economic growth will expand, lowering unemployment, and the lost generation will have restored hope for the future.

      ft-1998

      Q: While you were working as an analyst, you thought the Russian economic collapse. Do you think someone betrayed you?

      A: No. The bankers blamed me for their own mistakes. By paying bribes to the IMF to keep the loans going to Russia, they ignored all risk management. This is why Long-Term Capital Management collapsed. A journalist was there at our London World Economic Conference and put that forecast on the front page of the second section. So when it crashed, they blamed me. Then the bankers were trying to manipulate the Japanese yen for March 31, 1999. At our conference in March 1999, I warned all of our clients that they were being targeted, and explained how to defeat the manipulation. They listened and the manipulators lost billions. So two in a row. Yes, they were eager to get me out of the way.

      Hermitage_Capital_Management

      Maher

      Q: Do you believe Saffra was murdered? In case you do, how did you escape danger?

      Yes, I believe Russians murdered Saffra for attempting to blackmail Yeltsin. Putin came to power weeks before Saffra’s murder and then seized his Hermitage Capital operation in Russia, which was the entity they were trying to get me to invest $10 billion in at the time, which I rejected. I was not involved in that manipulation so I was not at risk. Even the male nurse who they initially blamed for Saffra’s death was released by the high court who said he did not receive a fair trial and sent him back to the States. Who killed Saffra has never been resolved. The lawyer/accountant for Saffra’s company in Russia, Sergei Leonidovich Magnitsky, was arrested and subsequently murdered while in custody pending official and unofficial inquiries into allegations of fraud, theft, and human rights violations, which were all centered around Saffra. Congress even passed the Magnitsky Act to punish people involved. Why? Very strange connection.

      Death In MonacoSafra Death in Monaco _ Vanity Fair 

      Q: When it comes to your imprisonment, how do you analyze its outcome? 

      A: Prison is a huge drain on society. It should be a last resort reserved for violence only. Less than 4% of the people in U.S. prisons are there for violence. In the Feds, every person must go to prison even for a traffic violation on federal property or the prosecutor receives no credit to advance. Former Attorney General Ashcroft imposed that rule and prisons have exploded. Then they put people away for far too long. You become institutionalized for it is like living in tax-free monastery where you really are taken care of. Putting people away for 20 years is crazy. They get out and want to commit a new crime to get back in because they cannot find employment and have typically lost all contact with their family. They are stripped naked of any social contact.

      Schiavoni-Hect

      Q: The documentary sustains they fabricated evidence against you. Do you think the legal system and the federal bureau conspired against you to get your codes?

      A: I do not think it began that way. I went to my lawyer to file suit against Republic demanding the stolen money be return in one week. They ran to the Feds claiming I conspired with their own people to hide their losses from my clients, which only made sense if we were managing money. The Fed rushed into our office four days later without any verification whatsoever. Whatever the bank said, they just alleged.

      Republic was in the middle of a takeover by HSBC. So, it was a desperate move to save the bank. Once the Feds realized we were buying portfolios in Japan, not managing money, everything fell apart. Then Saffra was murdered and I subpoenaed all of the phone line tapes he spoke on; the government went nuts, demanding protective orders, and began the contempt. Once I was in, they demanded the code. To do a film like this, the producer had to get Error & Omission insurance or they could be sued. The insurance company hired an independent board of lawyers to review the case and the facts. They actually put the demand for code in WRITING. The film could not have been made without insurance to verify every fact.

      TR02-0702000 NO ORDER

      Q: Why did you refuse to give out that information? Besides the misuse they could make out of it, was it also a life-threatening issue? 

      A: It became obvious that they would never produce any order that is required by law. If you put someone in contempt, there MUST be some order that says if you do this, you will be released. They would NEVER provide such an order and my lawyers said bluntly that they would never release me, which is why there was no order. They could not take the risk for if I complied, then what. This is why I got into the Supreme Court and then they had to release me or the Supreme Court would have to rule against them. Even the judge did not realize he threw me in prison without an order. He just assumed the government acted by the law. He blurted out, “I thought you did that?” Legally, he should have released me immediately. But he does whatever the government wants. Fair trials are not available in New York City against the government. It is a joke.

      Q: Do you think the international financial system has learned anything from its mistakes?

      A: No. As long as it is subject to bribing regulators, nothing will change.

      Q: You have forecast a rise in violent conflicts when it comes to frontiers that might lead to a serious war outbreak. Does that have anything to do with the current refugee crisis?

      A: Yes. The refugee crisis is the prelude to this chaos.

      Q: You have also said, contrary to all evidence, that climate change is a fraud. Why?

      A: There are hundreds of miles of more ice than we had in 2010. It is simply a cycle; the sun energy output beats like a heart. It is a 300-year cycle and it is turning back down. To the contrary, global warming was attributed to humans as if we have the power to alter the climate. That is absurd. Yes, we can make the air unclean or throw trash on the streets and live in dirt. But that does not alter the sun or the cycles that drive things far larger than our small tiny world.

      1. O deficit americano volta a assustar o planeta

        Goldman Fears “Government Shutdown” Is Looming As Lew Urges Congress “Raise Debt Limit ASAP”

         

        With Treasury Secretary Jack Lew sending a letter to Congress this evening demanding they raise the debt limit as soon as possible, warning that cash balances have dropped below the “minimum target,” it is perhaps less than surprising that Goldman Sachs is warning that a government shutdown at the end of the month has become much more likely over the last several weeks. While out-months in VIX (beyond the prospective shutdown) remain elevated, Goldman finds a silver-lining claiming that the effect of a potential shutdown on financial markets and the real economy would probably be modest if it did occur. We shall see…

         

        As Goldman explains…

        While it is a close call, we still think it is slightly more likely that Congress will avoid a shutdown and pass spending legislation just before the current funding expires on September 30.More importantly, while the risk of a shutdown is real and the outcome of the political debate is hard to predict, the effect of a potential shutdown on financial markets and the real economy would probably be modest if it did occur. Unlike 2013, a shutdown in October would be unrelated to raising the debt limit, and it would probably also be shorter in duration. If so, it would probably have little effect on output or personal income, though it could dent confidence.

        A government shutdown at the end of the month has become much more likely over the last several weeks, in our view. Federal spending authority expires on September 30, and with little hope of resolving differences on full-year spending bills by then, Congress will need to pass a “continuing resolution” to avoid a lapse in funding that would result in a partial government shutdown.

        While the parties have disagreed on 2016 spending levels for some time, a shutdown only recently emerged as a risk, mainly because the controversy surrounding whether to block funds to the Planned Parenthood organization has created the sort of binary issue that has caused or threatened to cause shutdowns in the past. Some Republicans want to use the upcoming spending bill to block the organization from receiving federal funds, while Democrats generally oppose such a move. Unlike budget disagreements, which can be settled by meeting halfway, these issues are harder to resolve because one side basically needs to give up on their position.

        More generally, the political environment at the moment seems ripe for fiscal conflict.We are still closer to the last election than the next one, and it is not a coincidence that recent major fiscal disruptions occurred in 2011 and 2013—odd years—when upcoming elections were still more than a year off. In the 2013 experience, public sentiment toward Republicans dropped sharply during and after the shutdown (Gallup’s Republican favorability measure hit a 20-year low), but a year later Republicans won the majorities in the House and Senate. Some lawmakers may conclude from this that voters’ memories are short and the political price for a shutdown more than a year before the next election is low. Anti-establishment political sentiment is also running high; “outsider” candidates are performing surprisingly well in the contest for the Republican and, to a lesser extent, Democratic nomination, and efforts to remove House Speaker Boehner (R-OH) from his position as Speaker have resurfaced.

        Ultimately, the outlook hinges on House Republican leaders. In the next week or two, the House looks likely to pass a continuing resolution that defunds Planned Parenthood. The Senate already considered legislation dealing with that topic and failed to muster 60 votes, suggesting that only a “clean” funding bill can pass there. As has been the case several times before, this will put House leaders in the position of accepting a “clean” bill that the Senate will eventually pass, thereby averting a shutdown, or insisting on their version, which the President would surely veto in any case.

        There is more than one way that Congress could still avoid a shutdown at the end of the month. The most obvious option would be for House Republican leaders to bring “clean” spending legislation to a vote, with the expectation that it would pass with substantial Democratic support. To satisfy conservatives, the House could also vote on separate legislation to enact the specific policy changes some lawmakers are demanding, potentially via the reconciliation process, which requires only 51 votes in the Senate and therefore would allow congressional Republicans to send such a bill to the President’s desk (it would nevertheless be vetoed, but the effort might be enough to satisfy House conservatives). A second option would be to split off the controversial issues from the funding for other agencies, limiting the scope of any potential shutdown, similar to the strategy used in late 2014 to extend spending authority in the face of Republican opposition to the President’s executive action on immigration. However, it seems unlikely that congressional Democrats would support such a move this time around.

        So will a shutdown occur? With a few weeks to go until the deadline, the outlook is very murky but our best guess is that Congress will narrowly avoid it. While there are several considerations that make a shutdown possible, as noted above, support for the current effort is still fairly limited. Prior to the 2013 shutdown, for example, 80 House Republicans signed on to the effort to oppose spending legislation unless it blocked funding for the Affordable Care Act (ACA, or Obamacare). By contrast, only around 30 have signed on to the current effort, though that number may rise.

        More importantly, while the probability of a shutdown of some kind seems to us to be approaching 50%, we think the probability of a shutdown that has a significant effect on the financial markets or real economy is much lower, for two reasons.

        First, unlike the 2013 shutdown, which coincided with the deadline to raise the debt limit, the next deadline to raise the debt limit is unlikely to be reached until at least mid-November. As shown in Exhibit 1, shutdowns that overlapped with debt limit deadlines—the 1990 and 2013 shutdowns—have tended to result in a stronger reaction in financial markets than other shutdowns where the debt limit deadline was not about to be reached.

        Exhibit 1: Shutdowns create volatility mainly when they overlap with a debt limit deadline

        Source: Bloomberg, Congressional Research Service, Goldman Sachs Global Investment Research

        Second, a potential shutdown would probably be very short. In 2013, the shutdown ended up lasting longer than initially expected, in large part because the only natural deadline was the debt limit deadline, which was 2.5 weeks after funding lapsed. While one might argue that the lack of any deadline could lead to an even longer potential shutdown this year, it is more likely in our view that it would simply result in a decision to end the shutdown soon after it began, as has been the case with nearly every other government shutdown. In the 12 instances since 1980 that the federal government has shut down due to a funding lapse, the shutdown has lasted more than a week only twice. In 2013, we estimated that each week that all agencies were shut down would reduce real GDP growth in the quarter by around 0.2pp, though most of this effect would be reversed in the following quarter (after the first week, most civilian defense employees returned to work, reducing the economic effect of the final two weeks of what turned out to be a three-week shutdown).

        It is too early to predict with any certainty whether a shutdown will occur, let alone how long it might last, but as the situation stands today, it seems likely to us that if a shutdown does occur it would have a smaller effect than the one in 2013.

  3. O problema é que Dilma, pelo

    O problema é que Dilma, pelo seu perfil centralizador, quer ser o maestro de tudo. Só vejo uma alternativa pro governo Dilma : Lula intimá-la a se tornar uma rainha da inglaterra enquanto ele , nos bastidores, toma conta de tudo – começando a pôr a gente de confiança dele nos postos principais. Não vejo outra saída pra que ela termine o seu mandato. 

  4. Vocês lembram da expressão “boco-moco”?

    Tinha vários significados. Tanto era um adjetivo utilizado para definir algo ou alguém que fosse cafona, ridículo, brega, fora de moda, careta… ou alguma pessoa lenta, lerda, idiota ou do tipo que irrita de tão “lesada”.

    Encaixa perfeitamente bem em pelo menos dois, da trinca de asnos que hoje comandam a economia do Brasil, sob a batuta de uma presidANTA tida como “gerentona”, mas que demonstra, por essas escolhas, não ser capaz sequer de gerenciar uma barraca de venda de coco verde, em pleno verão, em qualquer beira de praia.

    A perda do “investiment grade” já em princípios deste ano era inevitável; foi cantada em verso e prosa por todos os meros pseudo-economistas de fancaria deste mesmo blog (à exceção dos politicamente enrabichados), e deveria ser de clareza solar para qualquer um que tivesse formação mediana em práticas econômicas de mercado, o que não parece nem de longe ser o caso desses três sabugos de milho vestidos com ternos caros.

    1. A foto que acompanha os

      A foto que acompanha os comentários é tua? No século XIX, um alemão barbudo, com quem a imagem mostra semelhança, formulou uma crítica científica ao capitalismo que, mesmo após um século e meio, se mostra atualíssima. Esse alemão, presumo pelo que leio dos teus comentários, deve ser considerado por ti como “de esquerda”, certo?

      Críticas ao PT todos os leitores mais atentos fazem e o partido e os governos que ele encabeçou merecem. Mas no contexto da política brasileira, qual esquerda tu identificas? PSOL, PSTU, PCO ou algum partido ainda por criar? O PT nasceu dos sindicalismo do ABC; com essa origem, não é e não pode ser um partido socialista; no máximo, o PT pode ser considerado social-democrata. 

      Neste comentário, tu usas um termo ofensivo à presidente Dilma (ou presidenta, como é também legítimo e como  ela gosta de ser chamada), o qual foi usado por aquele advogado, de nome matheus sathler, que ameaçou assassiná-la no dia 7 de setembro de 2015. Em que isso contribui para a democracia, para o Estado de Direito, para a cidadania, para a melhoria do País e das condições de vida da classe trabalhadora e da população històricamente excluída?

      No último parágrafo tu voltas a metralhadora giratória contra os leitores do blog, tentando desqualificar os que de alguma forma apóiam a legitimidade do governo eleito. E para tal usas a certeza que alegas possuir (mas que os outros, os por ti desqualificados, não demonstram ter), por pretensa maior sabedoria e conhecimento, de que o Brasil, inexoràvelmente, seria “rebaixado” pelas agências de risco internacionais, como a S&P. Diante disso pergunto: o que essa e outras agências previram sobre a economia argentina em 2001 ou sobre a economia estadunidense e européia em 2008?

      Não quero criar polêmica e discussão e sei que a situação econômica do Brasil, há pelo menos 18 meses, não é boa. Mas sei, também, que a crise econômica foi agravada, e muito, por uma crise política – esta fermentada e muito ampliada por uma oposição que se aliou a instituições do Estado como a PF, o MP e o PJ, sempre com o apoio da grande mídia comercial, para derrubar um governo e proscrever um partido. O alinhamento dessas instituições com o interesse dos EUA é evidente, como o demonstra a ida de procuradores àquele país, no início do ano passado e o pagamento feito pela CIA, NSA e Dep. Estado daquele país a policiais federais brasileiros. Lá, procuradores do MP se encontraram com uma procuradora que trabalha para empresas que atuam na área de energia nuclear. Há cerca de um mês o vice-almirante da reserva, Othon Luiz Pinheiro da Silva, foi mandado prender preventivamente pelo juiz federal Sérgio Moro e há poucos dias o MP o denunciou. Coincidências não existem. Sob a manjada bandeira de “combate à corrupção”, a operação Lava Jato, paralisou setores inteiros da economia e já causou uma queda no PIB, estimada em mais de R$ 200 bilhões. Estudos realizados por consultorias demonstram que mais da metade da recessão decorre dessa operação que paralisou setores como de óleo e gás, construção naval, e que desvalorizou e difilcultou a captação de recursos pela Petrobrás, para fazer os pesados investimentos exigidos para tornar produtivos os campos do pré-sal. Não podemos esquecer da articulação para forçar uma baixa no preço do petróleo, no mercado internacional. Centrar fogo no governo e no PT, sem atentar para todos esses fatores, não me parece razoável. Menos razoável ainda é tentar desqualificar quem não possui a mesma opinião.

      Saudações,

      1. Delírio

        Definição de Delírio: segundo Karl Jaspers, as idéias delirantes ou delírio são juízos patologicamente falseados. O delírio é um erro do ajuizar que tem origem na doença mental. Sua base é mórbida e ele é motivado por fatores patológicos. Segundo Jaspers, o delírio tem 3 características essenciais: 1. O paciente apresenta uma convicção extraordinária, uma certeza subjetiva praticamente absoluta. A sua crença é total, para ele não se pode colocar em dúvida a veracidade de seu delírio. 2. É impossível a modificação do delírio pela experiência objetiva, por provas explícitas da realidade, por argumentos lógicos, plausíveis e aparentemente convincentes. O delírio é irremovível, é inabalável. 3. O delírio é um juízo falso, seu conteúdo é da ordem do impos 

        Definição de Delírios sistematizados: são delírios bem organizados, com histórias ricas e consistentes, e que preservam ao longo do tempo os seus conteúdos e detalhes. 

        Diagnóstico feito!

  5. E o Levy e leso,foi se queixar na sala de estar do inferno.

    LEVY: VAMOS CORTAR GASTOS MAIS QUE EM OUTROS CASOS

    :

     

    Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse que todos devem ‘tomar as responsabilidades’ diante da decisão da agência de classificação de risco Standard & Poors de anunciar a perda do grau de investimento para a economia brasileira: “A gente tem dado um diagnóstico transparente, verdadeiro e agora as pessoas têm que tomar essas responsabilidades em todos os níveis. O governo vai, deve cortar gastos, sim. Mais do que já cortou em outros casos”; em entrevista ao Jornal da Globo, ele reafirmou a necessidade de garantir o esforço fiscal para o Orçamento de 2016: “Nós queremos equilíbrio fiscal. A gente quer atingir a meta que é necessária para trazer tranquilidade para a economia brasileira”; “Agora, todo mundo vai ter que estar envolvido nisso e é um desafio para cada um de nós”, reforçou

     

    10 DE SETEMBRO DE 2015 ÀS 05:17

     

  6. Já que o Brasil foi rebaixado

    Já que o Brasil foi rebaixado para grau especulativo, isso é um bom sinal para o governo Dilma: coloque o Ministro Nelson Barbosa no comando da fazenda, troca o presidente do Banco Central e IMEDIATAMENTE reduz a taxa selic em 3 pontos, no mínimo, para tirar a corda do pescoço do setor produtivo. Quando da crise do subprime nos EUA, o país também sofreu uma nota de corte, porém o presidente Obama deu uma banana para essa agência e o país retomou o crescimento com juros negativos, sendo copiado por todos os países da Europa. JURO REAL 0 e não juros 5 pontos acima da inflação como inacreditavelmente vem acontecendo no Brasil, pode tirar o Brasil do buraco.

  7. O governo é tenebroso. Dilma

    O governo é tenebroso. Dilma faz o discurso da oposição que foi repetido, e é reptido, à saciedade: “o governo esta errado e age errado”,” o Brasil está quebrado”, “destruiram o país”… mantra repetido há mais de 13 anos, desde que Lula assumiu a presidência.

    O governo reforça, Introjeta e alastra essa idéia. Implanta o pessimismo. Do mais simples cidadão aos que se julgam esclarecidos informados e envenenados pela grande mídia. Ao povo não interessa confissões, desculpas (mal explicadas e ditas num linguajar inteligível). O povo quer ação, quer acreditar, quer crescer. Quer debate. Quer defesa do que acredita e do que acreditou. Quer esperança, Quer propostas positivas e concretas. Quer otimismo…. Nunca vi um time psicologicamente derrotado – sem alma – ganhar…

    De minha parte, o governo errou e erra em perseguir a meta inflacionária, errou em não propor – quanto tinha créditos populares – a lei de meios, em não fazer as reformas políticas, eleitorais e fiscais necessárias e reclamadas… O governo erra em se afastar de suas bases. Falta-lhe discernimento político: governo tem lado; presidente de todos os brasileiros, mas delegada dos que a elejeram…

    Hoje colhe essa irracionalidade e põe em perigo as conquistas sociais duramente alcançadas.

  8. Olhei ontem no site do Governo e diz

    que já pagamos em 2015 600 bilhões de juros e amortização da dívida.

    Não entendo muito , mas é imprecionante ver esse pessoal falando em só cortar gastos e nem passar perto de mencionar alguma coisa sobre esse dinheiro que cai diretamente na conta corrente dos rentistas.

    Com esse valor de juros não tem corte fiscal que dê jeito. Alguem precisa tirar o banco Central dos rentistas e devolver para o Governo , seu verdadeiro dono.

  9. Mais uma vez Nassif usa de

    Mais uma vez Nassif usa de subterfúgios para transferência de responsabilidade. Maestro não é ministro mas presidente. Se Dilma não dá condições políticas a seus ministros, não há milagre que faça qualquer orquestra tocar com o mínimo de harmonia. Tem legitimidade quem foi eleito, e não quem foi nomeado. Mas ela insiste em destruir a própria legitimidade, o que farão seus ministros, o que conseguirão fazer? Tá certo que é preciso dar argumentos a militantes. Se for transferência de responsabilidade, melhor. Mas argumentos ruins pode levar à ridicularização.

    1. UM burraldo completo.
      Escreva

      UM burraldo completo.

      Escreva 100 vezes: Joaquim Levy é MInistro da Dilma.

      Escreveu?

      Mais cem vezes: Sendo Ministro da Dilma, crítica a ele é crítica a Dilma.

      Escreveu?

      Mais cem: Só seria transferência de responsabilidade se, em vez de Levy, a coluna estivesse criticando o Nabucodonosor.

      Pense um pouco, burraldo, porque pensar não doi.

      1. Calma, amigo! A culpa é de

        Calma, amigo! A culpa é de quem escolhe. Escreva 1.000 vezes e veja se entende. E isso deve ficar claro no artigo. E lembre-se, a ofensa é a arma de quem não tem mais argumentos. Entendido?

  10. O governo tem maestro, mas o maestro é péssimo

    A Dilma é quem manda e isso já está bem claro, goste ou não, seu governo tem sua assinatura. Ontem a Dilma teve a cara de pau de dizer que não tem como afetar os juros, quer dizer, somos governados pelo Tombini que, que eu me lembre, não foi eleito para nada. Mas o Levy também tem culpa, cadê o imposto sobre grandes fortunas e a contenção de evasão fiscal? A política do Levy, junto com o copom, só vai gerar mais e mais recessão e vai acabar nos levando para o fmi. A saída para a crise é clara e cristalina para muitos: corte de juros e combate da evasão, mas nós vamos assistir a um governo péssimo cortando gastos sociais, aumentando impostos só dos assalariados e depois, nos encarando com cara de imbecil quando ficar claro que a arrecadação caiu de novo e a situação piorou. O pior é saber que toda essa turma, Tombini, Levy e etc, vai sair do governo direto para ótimos cargos no sistema financeiro enquanto nós, assalariados, vamos ser punidos por, mais uma vez, termos assistido o país ser quebrado por gente que, no melhos dos casos, é apenas muito incompetente.

     

  11. Digitais do corrupto fhc na turbulência do mercado.

    A “maestria” do BC na tenebrosa e extremamente corrupta era fhc.

    O caso Marka/FonteCindam

    1999. O caso Marka/FonteCindam: Durante a desvalorização do real, em janeiro de 1999, os bancos Marka e FonteCindam foram graciosamente socorridos pelo Banco Central com R$ 1,6 bilhão, sob o pretexto de que sua quebra criaria um “risco sistêmico” para a economia. Enquanto isso, faltava dinheiro para saúde, educação, desenvolvimento científico e tecnológico

     Barbeiragens do Banco Central

    O Banco Central – e não o crescimento de Lula nas pesquisas – foi naquele ano de eleições, o principal causador de turbulências no mercado financeiro. Ao antecipar de setembro para junho o ajuste nas regras dos fundos de investimento, que perderam R$ 2 bilhões, o BC deixou o mercado em polvorosa. Outro fator de instabilidade foi a decisão de rolar parte da dívida pública estimulando a venda de títulos LFTs de curto prazo e a compra desses mesmos papéis de longo prazo. Isto fez subir de R$ 17,2 bilhões para R$ 30,4 bilhões a concentração de vencimentos da dívida nos primeiros meses de 2003. O dólar e o risco Brasil dispararam. Combinado com os especuladores e o comando da campanha de José Serra, Armínio Fraga não vacilou em jogar a culpa no PT e nas eleições.

  12. A vida quer é coragem!

    Risco: Dilma vai ser Tsipras ou Putin?

      publicado 10/09/2015Cercado, Putin defendeu o interesse nacional com mais fúria ainda.vladimir putin

    O PiG se lambuza na perda do grau de investimento.

    O Aecím diz que acabou o Governo Dilma.

    Vai ter que esperar três anos e três meses…

    Quem mandou a Dilma se deixar medir pela régua desses medíocres economistas de bancos das agências de risco?

    (Veja como os bancos ganham muito dinheiro quando o Brasil perde o grau de investimento.)

    O Brasil se encarcerou na lógica do “ajuste” do Levy.

    O Brasil se fez refém da Economia neolibelês – uma forma dentre muitas de conhecer a realidade é que se torna a própria realidade, com a maciça difusão da teologia neoliberal.

    E agora, Levy, vai ler o Piketty e mirar no lombo dos ricos?

    Há duas maneiras de conviver com a perda de grau de investimento.

    Agir como o grego Tsipras, o valentão, que se acovardou miseravelmente e se tornou o poodle da Angela Merkel e dos bancos ingleses.

    Ou como o Putin, que, em defesa do interesse nacional russo, retomou a Crimeia do Ocidente e voltou a ser o alvo preferido dos americanos que, segundo Henry Kissinger, tornaram a eleger a Rússia como inimigo #1.

    Putin deu uma banana a todas as classificações e avaliações dos bancos e pseudo economistas de “agências”.

    E enfrenta o cerco de um bloqueio econômico como o de Cuba com medidas anti-cíclicas ferozes.

    Estabeleceu laços ainda mais profundos e abrangentes com a China.

    E dinamizou o programa de exportação de alguns produtos em que ela é imbatível: a indústria de Defesa.

    O Brasil pode seguir o caminho de Tsipras ou o de Putin.

    Seria mais fácil fazer a opção se o Brasil tivesse duas ou três das centenas de bombas atômicas do Putin.

    Mas o Collor e o Fernando Henrique fizeram o favor de renunciar a essa arma de defesa do interesse nacional.

    FHC hoje celebra a perda do grau de investimento com a alegria que reserva para o dia em que – é o seu maior desejo – o Moro prender o Lula.

    Paulo Henrique Amorim

     

    1. Agir tal qual o Putin sem ter

      Agir tal qual o Putin sem ter ter os “brinquedinhos” de guerrra que a Rússia tem? 

      Somente no grito?

      Os sábios fora do governo deveriam detalhar, desenhar mesmo, suas propostas. Como enfrentar o serpentário interno, a serviço de forças não tão ocultas, armadas até os dentes e empenhadas dessa feita no “regime change” brasileiro.

       

      1. Dá pra enfrentar sim

        Não precisa de “brinquedinhos” atômicos para enfrentar e ser corajoso. Basta lembrar, que Mohandas Ghandi (Mahatma Ghandi) desafiou e venceu  o império colonial inglês sem uma única arma atômica, a rigor, sem arma nenhuma. A única arma dele era a desobediência civil, até o fim.

        Ah, mas é claro, esqueci. Ghandi tinha uma arma terrível: A Coragem. Coisa que Dilma não tem nem de longe.

         

        “Um esquerdista sem coragem, não é esquerdista, mas sim uma gigantesca  farsa, um neoliberal disfarçado”

    2. Adorei o texto pelo conjunto

      Adorei o texto pelo conjunto da obra, agora, sobre o Brasil adotar  política econômica independente não envolve brinquedinhos atômicos, mas  brinquedinhos que os ministros possuem e não usam…nem em casa.

  13. Falatrões e incompetentes

    Falatrões e incompetentes esses ministros da Dilma.

    Já não nos bastava o da Justiça, agora temos o Levy.

    O que quer e espera a Presidente Dilma?

    Sabemos o quanto o momento econômico é complicado, mas, o fator irritante é a ausência daquela que deveria estar à frente das ações, que foi eleita pelo voto popular, que se foi motivo de nossa mobilização.

    As medidas do levy, sua postura, seu discurso tem dado um ar de “cafonice” e mediocridade ao governo, nos remete, salvo um ou outro detalhe, aos tempos dos discursos da “inevitabilidade” da tragédia da era FHC.

    Os maiores inimigos do governo atual estão postos em pastas e posições estragégicas. Desse jeito Dilma, com índices de popularidade baixíssimos, não chegará a 2018. Seus “aliados” e ministros estão competentemente gerindo a situação para que a previsão de Temer se realize. E, quando a bela adormecida despertar, já foi!

     

  14. Noblat e Merval fomentam “revolta” militar

    Nassif, reparou no movimento coordenado dos últimos dias?

    Militares fomentando insatisfação por conta de decreto que retira poder sobre nomeações (!!) sopraram para a imprensa a mesma história (“é coisa daquela mulher do número 2 do Stédile!”). Ricardo Noblat e Merval Pereira nem se deram ao trabalho de coordenar o que escreveriam: reproduziram a mesma coisa, apenas com ilações diversas sobre supostos motivos. Merval, aliás, escreveu pérolas que envergonhariam a ABL (se esta tivesse alguma vergonha): diz que é um “é um equívoco brutal” para logo a seguir dizer que “mas nem tanto”.

    1. Vc entendeu o caso?

      Vou lhe fazer uma pergunta: Vc entendeu o caso do decreto? Uma mulher, secretária do Ministério da defesa, que na prática é a ministra (já que Jaques Wagner só fica na articulação política e voando) aproveitou a “sempre” ausência do Ministro e mandou publicar, veja bem, sem a leitura e assinatura do Ministro interino (Comandante da Marinha), em diário oficial. No mínimo é caso de demissão, já que mandou publicar documento oficial sem autorização e assinatura. Não sei se sabe, mas Dilma tem popularidade de 7% e as Forças Armadas gozam de confiança de 78% da população (ver últimas de confiabilidade em instituições). Vc acha realmente que Dilma goza de prestígio entre os milicos? lamento dizer que não.

  15. Os juros devem cair sim … mas para quanto?

    A inflação atual é de aproximadamente 9,5%. Se a taxa de juros cair para, digamos, 10%, há um risco muito grande de fuga de capitais, desvalorização cambial e, em última linha, mais inflação. Então, embora eu concorde que a SELIC está muito alta, a queda na taxa de juros não é uma panacéia. O governo precisa trabalhar mais intensamente para que a inflação caia a níveis civilizados, uma vez que só isso permitirá uma queda na taxa de juros a patamares de países desenvolvidos (9% ou mesmo 6% ainda são taxas muito altas para as circunstâncias mundiais no momento, e isso derruba a competitividade do país). Isso passa por várias medidas:

    – corte nas despesas do governo (sim, o ajuste fiscal é necessário e há programas de governo muito caros e pouco efetivos, que precisam ser reavaliados – sem contar o custo absurdo dos financiamentos subsidiados, marca da “nova matriz econômica” dos últimos anos)

    – nova fórmula de reajuste do salário mínimo (aumentos reais em um momento de crise só servirão para aumentar o desemprego e a informalidade)

    – nova rodada de desindexação da economia (novas soluções para reajustes de preços administrados, aluguéis, entre outros)

    – abertura do mercado, visando o aumento da concorrência

    – melhoria do ambiente de negócios, com simplificação da estrutura tributária e migração da taxação do consumo para a renda

    Sem ao menos a sinalização que o governo está perseguindo tais medidas, uma queda dos juros “na canetada” é muito arriscada e poderá colocar a economia em uma confusão ainda maior do que ela já está.

    1. Concordo plenamente. Eu que

      Concordo plenamente. Eu que sou um defensor de um núcleo de infllação no sistema de MI, que defendo a maioria das posições pos-keynesianas e algumas neo-keynesianas acredito que nesse momento depois da baixa da nota de crédito não se deve tocar na SELIC até o temporal passar. Senão podemos ter um ataque especulativo ao Real.

      Para poder evitar que a dívida pública estoure o governo deve ofertar títulos pós-fixados com base na inflação mais um ou dois pontos base. Sai a 11% ou 12%, mais baratos do que os pré-fixados de 14,25%.

      Para arrumar a casa, como o colega disse: desindexar a economia. Criar uma 4ª faixa de IR, tributando em 30% quem recebe acima de 20 mil reais e uma 5ª tributando em 33% quem recebe acima de 50 mil reais mensalmente.

      Começar a tributar IRPF de quem recebe dividendos e criar um “supersimples para igrejas”, uma alíquota baixinha de 2% sobre a receita já seria bom.

      E cortar custos mesmo, nada de liberar 4 bi para emendas parlamentares como planejado aé o fim do ano, dá só um bi pra eles ficarem quietos, rsrsrs

    2. Os juros não precisam descer

      Os juros não precisam descer a 10% a pauladas, o BC pode começar uma política de de distensão gradual imediatamente, cortando a selic 0,25% a cada 45 dias. Se ele mantiver os juros neste padrão, a inflação vai cair e os juros reais vão aumentar, é como se ele continuasse aumentando a selic na prática;  se o BC não começar a reconhecer que a inflação cedeu e que a recessão foi piorada com o custo fiscal dos juros, é provável que no ano que vem a inflação seja de 3% e a queda do PIB também de 3%. Nenhum governo vai sobreviver a isso.

  16. Dilma está numa encruzilhada.

    A presidente Dilma está numa encruzilhada. Se cortar gastos e envolver programas sociais, o seu índice de aprovação, que já beira o ridículo, se aproximará do zero percentual. Se envolver ministérios, a sua base política, que hoje é de palafita, despencará. Então, pra essa situação, somente uma saída. A grandeza ética de Getúlio ou a honrosa da renúncia. Como sabemos que Dilma não meterá uma bala na cabeça nem, devido a sua origem compaêra guerrilhêra, não se renderá, pois renúncia é rendição, e o impeachemt não acontecerá, por que não há pressão suficiente das ruas, então, o país está fadado a voltar ao passado, tão temido pelos PTistas. Que irônico!

  17. Nassif, você entende de

    Nassif, você entende de economia, já que atuou e atua, há muitos anos, no jornalismo econômico. Concordo com toda a argumentação apresentada. Há meses que tenho escrito aqui: Dilma deve radicalizar. Toda a equipe econômica (ministros da Fazenda, do Planejamento e presidente do Banco Central) já deveriam ter sido demitidos. A decisão sobre a política econômica, monetária e fiscal deve – como o próprio nome indica – ser política. E quem detém o poder político, obtido a partir do voto popular, é a presidente da república. Deixar essas políticas-chave na mão de tecnocratas oriundos do mercado financeiro, que não pensam e não agem de forma sistêmica, que agem no governo como se ainda fossem executivos de bancos privados (e servindo aos interesses dos antigos patrões) é como colocar raposas a guardar o galinheiro. Não pode dar certo; não está dando certo; não dará certo e não atende aos interesses do País e da maioria dos brasileiros.

    1. PESSOAL, EU NÃO ENTENDO NADA

      PESSOAL, EU NÃO ENTENDO NADA DE ECONOMIA, ´SÓ DE OUVIR DIZER, FALAR MAS, O QUE EU FICO A PENSAR E  NÃO ENTENDO É COMO O BRASIL ESTÁ AFUNDADO EM CRISE, A DONA DILMA E SUA TURMA (PT) QUERENDO AUMENTAR IMPOSTOS OU CRIAR IMPOSTOS NOVOS, VÃO GASTAR NAS OLIMPIÁDAS PROXIMA 40 BILHOES DE REAIS, SE NÃO TEM DINHEIRO PARA PAGAR OS APOSENTADOS. EM ECONOMIA ISSO QUER DIZER O QUE? DA ONDE VIRÁ ESSE DINHEIRO?

  18. E de quem é a culpa?

    A presidente Dilma nomeia o ministro da fazenda, o ministro do planejamento, e o presidente do banco central. Ela também tem a obrigação de decidir qual linha e solução será adotada: a decisão política que levará aos custos e vantagens de tal decisão é dela, somente dela.

    Se coloca no BC um homem que está disposto a cumprir a obrigação de controlar a inflação, é isso que ele vai fazer, e é isso que deve-se esperar dele. Se coloca no ministério do planejamento alguém que acredita que temos de gastar mais dinheiro durante a crise, que a política anti-cíclica vai nos salvar, é isso que ele irá fazer. E se colocar no ministério da fazenda alguém que acredita que as contas precisem ser equilibradas, que os gastos devem coincidir com o recolhimento de impostos, é isso que ele irá propor. Quem cria a confusão é a Dilma, e o faz para que se esqueçam que a decisão deveria ser dela. Não é o ministro da fazenda que briga com o ministro do desenvolvimento, é a presidente que colocou duas pessoas com visões opostas em funções que dependem um do outro.

    Se as agências de risco não importam, porque colocou o Levy na fazenda, porque o mandou passear pelo mundo dizendo que tudo ia ser resolvido, que os problemas seriam equacionados, na forma padrão da solução econômica ortodoxa? Porque colocou na fazenda um ministro que vai querer cortar gastos, e aumentar impostos, enquanto claramente não quer apoiar a primeira linha, e sabe que não vai conseguir a segunda, ainda mais porque não apoia a primeira?

    A verdade é que a presidente não quer ser culpada pelo problema, e não quer ser a culpada pelo remédio amargo, mas não tem também coragem de apoiar os douradores de pílulas, que querem gastar mais e fingir que a credibilidade do estado, a gestão das contas e da dívida, e a inflação, tudo não passa de intriga dos capitalistas… Fica em cima do muro, e torce para que a “mídia golpista e mequetrefe do partido” consiga manter a culpa nos ministros e na oposição, enquanto a mídia normal perde tempo noticiando tudo que falam de todos, sem conseguir mostrar claramente aonde está o problema.

    Se acham que o desenvolvimentismo vai salvar o país, se acham que gastar dinheiro vai nos tirar da crise, se acham que os júros e a inflação não podem estar amarrados pelo BC, então que tomem as medidas para faze-lo com acham que deve, e arquem com as consequências. Se der certo, terão mudado o mundo. Se fracassarem fragarosamente, terão provado que estavam errados. Mas tomem uma posição!!!!

    Eu prefiro que deixem os liberais resolverem a crise econômica, não quero perder meu trabalho, nem ver meu futuro diminuido, e quanto mais longa for a crise, maiores serão esses riscos. Nunca ví maior gestão do estado e interferência socialista melhorar a eficiência de coisa alguma. Mas se não vão fazer isso, que façam logo a porcaria que querem, para que possamos logo partir para o próximo passo, a próxima etapa. Estamos perdendo tempo enquanto o país se afoga. Se sabem como resolver, resolvam! Se não sabem, parem de empatar.

  19. Vamos á luta!

    Pior era se ajoelhar (3x) no FMI – PHA

    dilma

    O Conversa Afiada reproduz artigo de Fernando Brito, extraído do Tijolaço:

    Dilma ao “Valor”: “Vamos retomar o crescimento deste país”

    É longa a entrevista concedida ontem à repórter Cláudia Safatle, do “Valor Econômico” , logo depois do anúncio do corte do “grau de investimento” brasileiro pela agência Standard & Poors – aliás devedora de US$ 1,37 bilhão ao governo americano por ter fraudado estas mesmas notas na crise de 2008 .

    Reproduzo alguns pontos que considerei essenciais e registro que, embora sóbrio, pareceu haver, finalmente, decisões tomadas pela Presidenta, que não poderia cometer erro maior que continuar  ao sabor do massacre diário que sofre seu governo.

    Na entrevista, a Presidenta confirma o compromisso com a meta fiscal, mas descarta que os programas sociais possam sofrer cortes mais profundo e que a política de valorização do salário-mínimo seja modificada.

    Valor: Presidente, a Standard & Poor’s acabou de tirar o grau de investimento do Brasil. E agora?
    Dilma Rousseff: O governo brasileiro continua trabalhando para melhorar a execução fiscal e torna-­la sustentável. É fundamental a retomada do crescimento. Você vai notar que de 1994 a 2015 só em 7 anos, a partir de 2008, a nota foi acima de BB+. Portanto, essa classificação não significa que o Brasil esteja em uma situação em que não possa cumprir as suas obrigações. Pelo contrário, está pagando todos os seus contratos, como também temos uma clara estratégia econômica. Vamos continuar nesse caminho e vamos retomar o crescimento deste país.

    (…)

    Valor: Buscar a estabilidade fiscal significa cortar gastos?
    Dilma: Nós cortamos gastos e diminuímos a desoneração, o subsídio aos juros. Este ano nós contingenciamos R$ 78 bilhões e cortamos R$ 40 bilhões até agora. E é em relação a esse patamar que nós estamos projetando o Orçamento de 2016. É importante você ver a composição da despesa, 90,5% do Orçamento não é contingenciável. Temos aqui uma jabuticaba: despesas discricionárias não contingenciáveis. Valor: Quais são? Dilma: O mínimo condicional para a Saúde, Educação, Bolsa Família e benefício dos servidores. Isso é lei. Então nós temos esse fantástico caso de jabuticaba, que são as despesas discricionárias não contingenciáveis.

    Valor: As corporações conseguem carimbar o dinheiro no Congresso.
    Dilma: E você não toca. É meu e você não toca. Por exemplo, nas despesas discricionárias contingenciáveis, tem R$ 42 bilhões para o PAC e R$ 72 bilhões para tudo o mais. O déficit em relação a meta é de R$ 64 bilhões. Contingencia isso como? Como? 

    (…)

    Valor: Qual é a meta fiscal para 2016?
    Dilma: Nós mantemos a meta de 0,7% de superávit. Agora nós temos hoje um déficit de 0,5%. Assim sendo, é preciso tomar medidas de gestão de contenção da despesa. Mas é sobretudo das obrigatórias. Mantidos os compromissos que assumimos no PAC e olhando as demais, você não tem margem para cumprir 0,7%. Então, inequivocamente, teremos de ter ampliação da receita. É nossa responsabilidade dizer onde, quando e como. Muitas pessoas estão falando, o governo está ainda avaliando. Não fecha sem aumento de receitas, a não ser que o pessoal queira ficar com o 0,5% do PIB de déficit.

    Valor: Déficit?
    Dilma: ­ Pode ser. Se o Congresso não aprovar as medidas vai ficar com 0,5% do PIB de déficit. Nós ainda vamos, como eu disse, assumir a responsabilidade de enviar as medidas necessárias para chegar ao 0,7% do PIB.

    Valor: Antes de aumentar impostos não é preciso cortar mais?
    Dilma: Nós ainda vamos cortar, enxugar mais um pouco.

    Valor: Para 2016 a despesa cresce em termos reais, presidente.
    Dilma: Lógico, cresce vegetativamente. Aumenta o número de aposentados, por exemplo. Vamos olhar tudo direitinho.

    Valor: Pode mudar a lei do salário mínimo?
    Dilma: Não acredito.

    Valor: Há grande especulação sobre a saída do ministro Joaquim Levy vai sair?
    Dilma: Isso é um desserviço para o país. Acho que é ruim. Primeiro, porque ele não vai [sair]; segundo, porque isso encobre uma tendência a tentar enfraquecer o Joaquim, que não é boa. O Joaquim tem a minha confiança. As pessoas têm de conhecê­lo para saber. Ele tem uma qualidade inequívoca: é um cara do Estado brasileiro. Quem conviveu com ele sabe disso. É um funcionário público de alto nível, uma pessoa que olha o interesse do país. Ele tem espírito público. Convivi com ele antes, eu o conheço bem.

    (…)

    Valor: No que a sra. e o ex­-presidente Lula concordam e no que há divergência na questão econômica?Frequentemente lemos que ele pede para a sra. gastar mais. É verdade?
    Dilma: O que o Lula sempre achou, em todas as circunstâncias, é que uma parte da recuperação vem do consumo. E nisso ele tem toda razão. Do consumo e do crédito. O problema é que criam uma oposição entre investimento e consumo. Não tem. Você sabe que a China hoje está fazendo o possível e o impossível para aumentar o consumo dela? E está fazendo o possível e o impossível para ver o que faz com o sobreinvestimento. Aqui é o inverso. Temos que aumentar o investimento e manter o consumo. Uma das nossas maiores forças é o mercado interno. Podemos começar pela exportação, mas o que vai mesmo ancorar o país é a produção para o mercado interno.

    Valor: Mas a chave hoje para a recuperação não é o investimento?
    Dilma: São as duas coisas. Exportação e investimento. E, depois, mercado interno. O mercado interno vai se recuperar por último, mas é essencial. Se não, como é que vou investir? Passaram a vida inteira querendo que eu brigasse com Lula. Depois que virei presidente, é o tempo inteiro. Antes, não, era impossível, porque eu vivia aqui e era bastante discreta. Eu entendo o que o Lula pensa. Dois seres humanos nunca concordarão em tudo. Mas o Lula é uma das pessoas com quem eu mais concordo na vida. Ele tem uma grande sabedoria pessoal, uma grande intuição. Uma porção de coisas que não são decisivas, nem relevantes, eu não concordo, nem discordo. São posições dele. É impossível você achar coincidência absoluta com alguém, mas quero te dizer: a minha coincidência com o Lula é muito grande. Acho muito ruim ver algumas coisas no Brasil, não vou nem me queixar do que fazem comigo, mas é muito desrespeitoso algumas coisas que fazem com ele.

    Valor: A sra. está falando do boneco nas manifestações?
    Dilma: E outras coisas também. Não é possível dessa forma. Ele é um patrimônio deste país.

     

    1. Retorno ao crescimento

      Vamos mesmo retornar a crescer, mas quando? Quem, desse governo poderia responder com conhecimento e lógica? Eu e mais alguns milhões de brasileiros sabemos a resposta: quando tivermos novamente um governo competente ao invéz de um projeto equivocado como o de hoje. 

      1. gostei dessa

        “quando tivermos NOVAMENTE um governo competente”

        E esse governo (NOVAMENTE) competente, seria de qual partido? Só pra gente saber bem certo em quem votar na próxima vez e tal…

  20. A ORQUESTRA SUMIU…

    O problema não é a ausência de um maestro. O problema todo é que esta faltando a ORQUESTRA. Dentre todas as inapetências,  incompetências e incapacidades, figura  o extremo talento em flertar com o imponderável e promover a ineficiência. 

    Nos seus quase 40 ministérios, encontrar um único envolvido e comprometido com eficiência e eficácia, torna-se uma tarefa quase impossível.

    Esta perdidinha. Pior, não tem dividendo moral, se quer, para implementar o correto. Como disse o famigerado Eduardo Cunha: Esta praticando MAQUIAVEL ao contrário dando as más noticias em doses homeopáticas.

    E tem gente que ainda espera tirar algum leite dessas tetas… Mas segundo a teoria da conspiração a culpa é do Floriano Peixoto, Getúlio, Juscelino, Jânio Quadros, Militares, FHC, etc. etc.

    Do final da segunda guerra até os dias de hoje 70 anos nos separam. Nesse período muitas coisas relevantes no mundo aconteceram, e para ficar somente em poucos exemplos: Reconstrução da Europa, queda do muro de Berlin, fracasso do comunismo, calote dos EUA na incoversibilidade do ouro em Dólar.  No Brasil, ainda estamos procurando os culpados pelas 400 mortes do período militar, sendo que, somente o trânsito mata 50 mio todos os anos sem que haja uma única condenação.

    Para completar, apoiamos um governo “comunista caviar” que, na melhor das hipóteses, vai nos conduzir a falta de papel higiênico nas pratelerias dos supermercados. Aguardem, quem viver verá.

     

     

     

  21. O BC é o gastador mor da

    O BC é o gastador mor da República. Enquanto isso não entrar em pauta, já era.

    O que move o “empresário” é a mesma ideologia do mercado finaneciro. Só que o BC não “é” do setor produtivo, mas do financismo.

    Enquanto não acabarem, ou pelo menos reformularem essa excrescência do boletim focus que funciona como uma indexação de fato dos juros à taxa de lucro do setor financeiro vamos continuar nessa “Lei do mercado” aí, em que todos têm que cortar, cortar e cortar enquanto o BC é livre (“independente”) pra gastar e gastar e gastar.

     

  22. Política monetária mais suave que a do final do mandato anterior

    DESFAZENDO ALGUNS MITOS – A taxa de juros da Selic chegou ao piso histórico de 7,25% ao ano em outubro de 2012. Este patamar mínimo se manteve até abril de 2013, quando iniciou um ciclo de 01 ano e 08 meses de alta, ainda no tempo do ex Ministro da Fazenda Guido Mantega. 

    Com a chegada de Joaquim Levy ao Ministério da Fazenda esse ciclo de alta na taxa de juros se manteve por mais 07 meses e foi estancado. Vejamos:

    1) Ciclo de alta na taxa de juros com Guido Mantega na Fazenda:

    -Aumento de 4,5% na taxa de juros da Selic (de 7,25% para 11,75% ao ano).

    2) Ciclo de alta na taxa de juros com Joaquim Levy na Fazenda:

    -Aumento de 2,5% na taxa de juros da Selic (de 11,75% para 14,25% ao ano).

    Logo, o maior ciclo de alta na taxa de juros se deu com Mantega antes, não com Levy agora. O que se vê atualmente é uma constatação óbvia: a política anticíclica mantida até 2014 se exauriu completamente.

    Este exaurimento tem diversos fatores a começar pela brutal queda no valor das commodities, pelo menor crescimento econômico da China desde 1989, pela iminente normalização da política monetária nos EUA, pela horrível trajetória de déficits fiscais primário e nominal, acumulados entre 2013 e 2014 (em plena vigência da política anticíclica), pela maior contração do comércio mundial desde 2009 e pela brutal renúncia fiscal dos últimos anos (só em 2014 houve mais de R$ 100 bilhões em desonerações fiscais).

    O problema número 01 do Brasil hoje é impor limites às desonerações fiscais. Se cortá-las pela metade dá para cumprir o superávit primário de 2015 e de 2016 com sobras.

    Por fim, lembrem que quando estourou o Crash de 15 de setembro de 2008 a taxa de juros da Selic estava em 13,75% ao ano. E o Banco Central somente começou a baixar os juros no ano seguinte. Do mesmo modo é agora: a partir do ano que vem os juros vão começar a cair, talvez até mais do que uns e outros imaginam. 

    1. Muito assertivas as

      Muito assertivas as observações. Mas a grande crítica que se faz à estratégia de alta dos juros, sobretudo agora, com Levy à frente do MF e com o mesmo Tombini no BC, é que hoje não há demanda há reprimir, ao contrário. O País está em recessão; aumentar os juros na conjuntura atual só agrava o problema, pois retrai a atividade econômica e diminui as receitas. Não há corte de despesas que se possa fazer que não implique na redução dos investimentos e programas sociais. Além dos déficits fiscais que você citou, o Brasil convive há anos com um déficit na balança comercial e de pagamentos, nas transações correntes. NENHUM país capitalista desenvolvido ou em desenvolvimento consegue crescer e distribuir renda, mantendo juros no patamar que os ortodoxos tecnocratas do neoliberalismo adotam no Brasil. Quando ameaçados pela recessão o que fizeram os EUA e o FED, em relação aos juros? E na Europa, o que se adotou ou se adota? E no Japão? que tipo de medida é capaz de tirar um país da recessão e levá-lo de volta ao crescimento, em pouco tempo e sem traumas? Certamente não é adoção de uma política de juros estratosféricos, como vemos por aqui.

      Por fim, o mais importante: cada 0,5 ponto percentual da SELIC aumenta a dívida pública em mais R$ 30 bilhões. É insustentável. Este ano, entre juros e amortizações, o País pagará mais de R$1 trilhão (R$1,356 trilhão, para ser mais exato); isso corresponde a 47 % do orçamento, 13 vezes mais do os recursos previstos para a Saúde ou Educação, 54 vezes mais os recursos previstos para a área dos transportes.

  23. Banco Central tornou-se solista sem maestro.

    O Nassif se esqueceu de citar ou listas os ‘maestros’ de outros tempos, a Fernando Henrrique, mastro do governo Itamar, que deu um golpe certeiro na inflação e recolocou a economia do Brasil nos eixos.
    O que houve Nassif? 
    Tá com problema de memória?

    1. José, acho que não foi

      José, acho que não foi problema de memória, é que se ele chamar o Fernando Henrique de maestro por aqui, a “audiência” do blog vai lá pra baixo. 

      1. vc deve está com aminesia

        vc deve está com aminesia jose, quem foi o maestro do plano real e que evitou seu fracasso foi o ministro ciro gomes,ti aconselho a tomar memoriol.

  24. Incerteza

    Reduza a incerteza! As ações devem ser direcionadas em reduzir o Risco Brasil. Não há como reduzir os juros sem reduzir o grau de desconfiança que o Mercado tem nesse Governo. Ter entregue um orçamento com déficit fiscal só piora esse quadro de incerteza, sinaliza o descompromisso com o ajuste fiscal, sem ajuste fiscal como reduzir o nível de endividamento do país que já chega a 70% do PIB pagando 14,5%? Nenhum investidor quer colocar seu dinheiro num país que corre o risco de quebrar, a não ser que seja muito bem remunerado para isso, então haja juros, do contrário, “no money”… Mas e aí, vamos continuar pagando 500, 600 Bilhões de juros no ano até quando?

    Me desculpem os simpatizantes e adoradores da Dilma, mas não há outra coisa a fazer, é pelo bem do país que ela tem que sair. Ela não tem mais credibilidade nem o prestígio político pra conduzir um processo desse nível.

  25. O olho que não vê não prevê

    Deixe-me ajudá-lo, Nassif.

    Voce está considerando que Levy é um ministro. Ele não é, ele está ministro.

    Em nenhum momento acredite que o papel que ele tem sequer raspa o que seria ter o status de um ministro de verdade. Ele é um funcionário burocrático da seita petista, emprestado pelo dono do banco de varejo mais forte do país.

    Antes de qualquer argumento técnico ser considerado, fatores políticos são mais relevantes para qualquer questão que se apresente para este governo.

    Pense nisso e reveja a questão. Perceberá como tudo começa a se encaixar.

    Então não espere soluções por parte dele. Ele assumiu o papel do contador na loja de carros usados. Pode discorrer sobre um risco por dias e dias a fio. Basta um minuto de palavra torta por parte de um comercial e pronto.

    E foi sabatinado na sala do inferno como diz voce. Não acredito que tenha sido convidado. Foi forçado a ir para jogar mais terra nos olhos dos telespectadores. Se deu mal. Ficou tão pequenino que parecia mais com um inseto. É fácil sentir em sua expressão, em sua fala, que ele não apita nada.

    É um segurador de bucha, um apanhador de sabonetes caídos, um boneco de ventríloquo, ou um papagaio de pirata, se achar melhor. 

  26. “O equilíbrio econômico é

    “O equilíbrio econômico é assim, depende da combinação correta de um conjunto de políticas: a tributária-fiscal, a monetária, a cambial, a salarial, todas interdependentes.”

    Nassif o equilibrio econômico depende mais da sociedade do que de politicas de governo, se a sociedade deseja mais serviços públicos sem dar os meios o governo vai ser deficitário,

    Se a sociedade não poupa de onde virá os recursos para desenvolver o país.

    Sem projeto de nação não tem futuro este país.

     

    1. O que escreve o Aliança?
      A)

      O que escreve o Aliança?

      A) Nassif o equilibrio econômico depende mais da sociedade do que de politicas de governo.

      B) Sem projeto de nação não tem futuro este país.

      Bem, se A está contido em B(qualquer projeto de país tem que ter como uma das metas o equilibrio econômico) e este certamente é o papel de um governo, um Ente  “grande” formulador/coordenador do processo de nação, então temos aí ferido o Princípio da Não Contradição. 

  27. VIVA O POVO BRASILEIRO

    O BRASIL, OU MELHOR,  A OPOSIÇÃO AO  POVO BRASILEIRO É DIFERENCIADA.

     

    a OPOSIÇÃO comporta-se como um  passageiro, posto em um avião em vôo de cruzeiro, que não gostando do piloto deseja a queda  do avião.

    Não existe, na prática, compromissos com a ética e a moralidade na condução das questões públicas, e sim um exacerbado oportunismo político (poder pelo poder), alias como diz um antigo provérbio chinês, crise é momento de oportunidades.

    Para ilustrar melhor os fatos e argumentos basta-nos exercitar a memória e se convencer que determinados parlamentares que encontrava-se na geladeira a exemplo de Ronaldo Caiado, autor da brilhante ideia de propor CASTRAÇÃO QUÍMICA AOS NORTISTAS E NORDESTINOS COMO MEDIDA SOCIAL . Como reconhecimento pelo povo fora parabenizado na campanha presidencial em 1990 em que concorrera,  com os insignificantes e vergonhosos 0,7% de votos, no primeiro turno. VER TEXTO ABAIXO,

     “A UDR e outras organizações estruturantes dos grandes latifundiários rurais, a quem se liga o “seu” Ronaldo Caiado, é vista pelos pequenos agricultores, indígenas, mst, cpt e outros como agrupamento de bandidos, de formadores de exércitos paralelos na prática dos crimes contra defensores da reforma agrária, missionários fiéis ao evangelho, de pensamento social e dos integrantes da Comissão Pastoral da Terra”.

    “O blog Oni Presente – O Excomungado – ainda afirma sobre o “pensamento” do “seu” Caiado: “O escritor Fernando Morais, disse em seu livro “Na Toca dos Leões”, em 1989, que o então presidente da União Democrática Ruralista (UDR), procurou a agência do publicitário Gabriel Zeillmeister para fazer sua campanha. Sobre o encontro, Zeillmeister conta que o candidato, médico, defendeu a esterilização das mulheres nordestinas por meio de um remédio adicionado à água. Seria a solução para o maior problema do País, ‘a superpopulação dos estratos sociais inferiores, os nordestinos”.

     

    ESSA É A VERDADEIRA QUALIDADE DA DIREITA POLÍTICA BRASILEIRA REPRESENTADA PELO PSDB PSC, DEM ENTRE OUTROS.

     

  28. Desarmonia entre BC Fazenda.

    Olhando para o ponto de vista puramente técnico, eu concordo com o texto, mas pelo lado político há problemas. Desde o presidente Lula, o presidente do Banco Central tem status de Ministro de Estado (Lei nº 11.036, de 2004),portanto, não mais é subordinado ao Ministério da Fazenda. Isto dificulta uma tomada de posição como sugerida Luís Nassif.

     E se fosse sugerido uma redução da taxa Selic, a mídia golpista iria configurar como um ataque a ‘’santíssima’’ independência do BC, o que certamente diminui o ímpeto do Ministro Joaquim Levy, e mesmo da Presidente Dilma. Não estou justificando a inércia das citadas autoridades, mas apenas tentando enxergar o contexto

    Uma redução gradual dos juros seria uma saída adequada. Um ambiente de crise internacional, economia brasileira em desaceleração, o juiz da Operação Lava jato em conluio com o PIG para derrubar o PIB não é o melhor cenário para taxa de juro tão elevada. O BC trabalha contra a política de ajuste implementada pela Fazenda.

    1. Mas os juros já estiveram “baixos”…
      Se podemos falar de juros de 7,8% aa baixos em comparação aos juros negativos dos países de primeiro mundo.
      Repito, quando o juros esteve neste patamar, aconteceu um tsunami de pseudos economistas criticando este valor. Aí chegou a marolinha da crise de 2008 e o governo “frangote” se submeteu aos especuladores.
      E assim o povo brasileiro ficou sem saber o que poderia acontecer com a economia se os juros estivessem sido mantidos a 7,8% aa.

  29.  O equilíbrio econômico

    O equilíbrio econômico depende de um todo (produção) se desenvolvendo, em que a unidade da quantidade é capaz de fazer as atividades.

    Posso explicar: quando qualquer prática for empreendida o Todo exato seria um cálculo formal, pois as necessidades foram projetadas. Pela mesma razão os números não podem ser manipulados pelos economistas para o mercado financeiro ser a matriz do dinheiro fictício. Ou seja, nesta exposição, a economia e a universalidade das necessidades não são postas em contradição consigo mesmas e embaraçadas em um circulo financeiro.

    Esta questão de base monetária precisa ter um representante da história para a formação de causa final no mundo real – O Estado e as políticas públicas.

    Mundo Real supracitado irá conter a chave das condições opostas em um Ponto Fixo no universo, segundo o espaço das atividades das necessidades que regressam suas propriedades de valor (de modo que se veio a adotar esta posição intermediária); e segue-se para o governo repassar ao equilíbrio das obras; de um modo geral, subordinadas às propriedades privadas. 

    As propriedades privadas se movem do paralelismo dos espaços exteriores com outras nações contemporâneas, e a conexão de inferências das relações de produção e consumo evitam boatos, porque, conforme o meio central que libera os limites do mundo – a medida de certa Razão de Referência – funde os projetos nacionais como Padrão Real de Consciência Cósmica – estudado como se fosse numerário alheio – para os países reproduzirem as suas abstrações macroeconômicas.   

    Mas a ideia tem o objetivo de a reflexão dos recursos monetários ser igual ao grau de investimento da origem, cujo quantum nada mais é do que o exame do processo de variações da história dos próprios poderes na informática; a qual se elevou a criação externa do mercado interno e possibilita a extensão positiva das reservas de valor.

    Não haverá mais dívidas externas posteriores, pois o universo exige da alma do mundo real o movimento de atos puros, a saber, em retribuição ao crescimento da quantidade da riqueza em atividades – sem a mesma matéria de reciprocidade que se pressupunha ao capital especulativo receber em referência à potência colonizadora.

    Esta síntese de um ponto fixo no universo se candidata ao X de um todo com seu todo para o cálculo de uma nova ordem mundial.

  30. Armínio Ministro Levy

    A única nota musical que o Armínio MInistro Levy, na maestrança das contas do governo, consegue extrair da sua orquestra é a “Ré”…

  31. O pensar de Eduardo Galeano.

    Eduardo Galeano explica como age a agência que rebaixou nota do Brasil

    ‘Este é um mundo ao contrário, que recompensa seus arruinadores ao invés de castigá-los’.

    Revista Fórum

    http://cartamaior.com.br/?/Editoria/Politica/Eduardo-Galeano-explica-como-age-a-agencia-que-rebaixou-nota-do-Brasil/4/34456

    Voltou a circular pela rede nesta quinta-feira (10) um vídeo em que o falecido escritor uruguaio Eduardo Galeano (grifo meu) explica como agem as agências de classificação de risco, sobretudo a Standard&Poor’s, que ontem (9) rebaixou a nota de crédito do Brasil.
     
    Segundo Galeano, “em cada crise que eles [as agências] desatam, acabam aumentando suas fortunas, porque são recompensados por essas façanhas que consistem em arruinar o mundo”. Confira abaixo o vídeo, postado no Youtube em março de 2014:

    [video:https://youtu.be/vM7FP0nMFK0%5D

  32. O Banco Central é o maestro, o Levy é o solista.

    Discordo totalmente do título da postagem. O governo do PT colocou em prática, o programa anunciado pela Marina, o que assistimos é o tal do Banco Central Independente, o sonho dos monetaristas e dos neoliberais. Faz parte da formação, da ideologia do atual ministro da fazenda do governo eleito o ano passado. Ele aceita ser coadjuvante por convicção, um solista regido pelo Banco Central independente de fato, que realiza os cortes e faz sobrar a grana necessária, ao pagamento dos juros estratosféricos determinados pelo BC.

    Levy é o solista com seu instrumento que nós vemos:

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=3F9PVM-Yg0k%5D

  33. País desgovernado

    A rigor o país está a deriva, desgovernado. Para ser mais preciso, quem governa o país são os especuladores, pois eles determinam qual será a taxa Selic da próxima reunião do Copom. E ninguém neste país ousa contrariá-los.

    O Tombini se tornou um semi deus, quase que sagrado, que ninguém discorda. Todos os piores erros que o PT criticou por décadas no PSDB, finalmente foram incorporados como prática corriqueira de governo. E depois se admiram que a popularidade de Dilma caiu a 7%. O que me admira é que ainda existam 7% de alienados que apoiem a presidente,

    Levy, capacho do mercado comoé, jamais contrariaria o Tombini. E Dilma está com Levy, para o que der e vier.

    Dima não fará nada, vai manter a situação como está até o fim do mandato, pois ela é pulsilânime. Nós é que faremos. Nas próximas eleições teremos a oportunidade de levar algum partido diferente para o segundo turno, ou um candidato diferente ( Ciro Gomes?) . Portanto o que escrevemos aqui, não é para ela, e sim para nós eleitores.

    A rigor, a única chance de mudar o país é no primeiro turno, e votando em partidos que não são financiados por bancos. O PSOL, talvez seja um dos poucos. O PT, já tem financiamento bancário demais em suas campanhas, para agir independentemente,

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador