O BNDES é a maior incerteza do programa de concessão

O maior fator de indecisão dos empresários, em relação ao PIL (Programa de Investimento em Logística) não é o plano em si, nem o modelo de licitação, mas o BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social). Tudo isso devido ao terrorismo implantado na burocracia do banco, pelas ameaças de CPI e por declarações de procuradores boquirrotos, que praticamente paralisaram o banco.

***

Para entender o nó.

Em 2007 descobriu-se o pré-sal. Havia necessidade de navios-sonda. Cada sonda saía por cerca de US$ 1 bilhão; 28 sondas custariam, por baixo, US$ 25 bi.

Decidiu-se, então, fabricar as sondas no Brasil. Foram levantados cinco em Pernambuco, Bahia, Rio, Espírito Santo e Rio Grande do Sul, montadas sociedades entre empreiteiras brasileiras e fabricantes internacionais,  economizando divisas e trazendo emprego e desenvolvimento tecnológico.

***

A Petrobras não tinha bala para bancar os US$ 25 bi.

Contornou-se o problema montando uma empresa intermediária privada, a Sete Brasil, com a missão de captar recursos de longo prazo, financiar os navios-sonda e alugá-los para a Petrobras através de projects finances.

Participam dela fortes acionistas, o Bradesco, BTG Pactual, Santander, fundos de pensão e a própria Petrobras.

***

Nesse meio tempo, para acelerar a construção de sondas, buscaram-se no mercado empréstimos-ponte, fornecidos pelos bancos sócios do projeto.

Era para o BNDES liberar a primeira tranche, de US$ 6 bi. Mas demorou demais e, em outubro, começou a delação premiada de Pedro Barusco, o financeiro colocado na Sete Brasil pela Petrobras.

E aí, tudo ficou paralisado. A lógica das concessões – e da Sete Brasil – consistia na obtenção de empréstimos-ponte enquanto o BNDES analisava os projetos. Aprovados, entraria o financiamento de longo prazo.

Até agora, o banco não aprovou um financiamento sequer para obras de infraestrutura do PIL 1. E, agora, com o terrorismo implantado, dificilmente se conseguirá aprovar novos projetos na rapidez necessária.

***

Alguns meses atrás, um procurador da República lotado em Goiás, Hélio Telho, deu uma entrevista bombástica a um jornal local afirmando que haveria no BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) um escândalo maior do que na Petrobras.

Tinha provas, evidências? Nada. Segundo o douto procurador:

“Por que sei disso? Estou fazendo investigações, ouvindo escutas telefônicas? Não. Mas é que as coisas são óbvias demais. A corrupção floresce em ambientes onde há muito dinheiro, nenhum controle, muito sigilo e impunidade total. O BNDES está alavancando com mais de R$ 500 bilhões do Tesouro Nacional, fazendo empréstimos a juros subsidiados”.

*** 

No TCU (Tribunal de Contas da União), o procurador Júlio Marcelo de Oliveira manifestava intenção de interromper qualquer repasse do BNDES para a Sete Brasil alegando inviabilidade financeira dela e das operações do pré-sal em função da Lava Jato e da queda das cotações de petróleo. Mesmo sabendo-se que a Sete Brasil é uma mera repassadora de recursos.

***

É por isso que o maior fator de incertezas do mercado é o BNDES. E também o Ministério Público Federal.

Luis Nassif

39 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. BNDES e mais da nossa grande mídia

    Ao passear pelos sites hoje cedo duas reporcagens me chamaram a atenção:

    1) MSN – BNDES apoia empresas de milionários do Brasil. Dilma estaria blindando o BNDES no sigilo sobre emprestimos devido a que empresas comandadas por milionários brasileiros conseguiram emprestimos no BNDES, sendo que elas são as que financiam as campanhas do partido (só do PT)…….é de matar de rir até a quem teria 2 neurônios.

    2) Globo.com – segundo o tão bem informado site “um homem com camisa preta e dizeres de impeachment, teria sido atacado por petistas no congresso do PT em Salvador ao subir em mesa para protestar……….meus Deus ou my God (já que o assunto envolve os puxas do EUA) ninguém do globo.com conhece o nefasto revoltado que foi a Salvador, se hospedou no mesmo hotel da convenção e só vestia uma camiseta pedindo impeachment. Pessoal vamos começar a ajudar o pessoal do globo.com a identificar quem seria essa pessoinha, que ninguém de lá sabe quem seria…..essa é de lascar.

    1. Essa pessoinha é um

      Essa pessoinha é um “empresário” que vende kits de impeachment para paneleiros, negócio tão bom que dá para o citado ficar viajando por aí, se hospedar em hotéis caros para encher o saco do PT e se mostrar para os coxinhas, com o auxílio luxuoso da mídia e dos impolutos partidos da “oposição”, tipo DEM.

      Há quem acredite nas “boas” intenções desse golpista.

  2. Isso se da por culpa do

    Isso se da por culpa do próprio governo. O Estado Brasileiro sucateou sua defesa, as políticas públicas ficam desamparadas sem uma AGU forte. No Brasil, qualquer procurador em qualquer lugar do território nacional pode paralisar uma ação publica nacional com uma mera entrevista, ou com um simples ofício, e isso se da porque o Advogado da União daquela mesma localidade não pode fazer nada, porque esta enterrado na enorme burocracia e falta de estrutura da advocacia geral da união (assim em minúsculo mesmo). Um membro da AGU não pode sequer dar uma entrevista nem falar sobre qualquer processo à imprensa, sem pedir autorização ao órgão central, enquanto MPF marca entrevistas coletivas ao vivo. E mesmo se pudesse, nao teria garantias funcionais alguma para poder falar o que acredita sobre muitas aventuras midiaticas do MPF (como essa entrevista “bombástica” sobre o BNDES que o Procurador deu).

    Nesse nível de fragilizacao institucional, qual gestor vai ter confiança na defesa que será feita pela AGU? Ele vai parar mesmo. Ate o Procurador “esquecer”, ou achar algo que lhe dê mais holofotes, ou até mesmo esperar a decisão final de uma aventura processual promovida sem provas, ou escuras (como o exemplo citado no post) ou com base em matéria “jornalística”.

  3. Chevron ou Brasil Set

    Dias atrás um profissional que atua na advocacia pública me colocou a seguinte questão: para que o governo construa uma sondada, há duas propostas:

    1- Comprar da  Chevron uma sonda pronta por 800 milhões de reais

    2- Produzir no Brasil uma sonda ao custo de 1 bi

    Qual das duas propostas vc apoia

    Sem pestanejar, respondi: adquirir a da Chevron, claro. É mais barata!

    Ele caiu na gargalhada e comentou: sim, se fosse uma empresa privada, tudo bem, te daria razão. Acontece que não se trata de empresa privada e sim de governo que, como tal, tem que pensar na geração dos empregos e no desenvolvimento do Brasil e não dos EUA.

    Pois é, os EUA serão eternamente gratos ao empenho do nosso prá lá de tosco sistema midiático-penal, o MPF está transformando esse país numa republiqueta, os seus congęneres na Itália arrasaram com a economia italiana, e abriram um vácuo para que o poder fosse ocupado por “impolutos” da estirpe de Silvio Berlusconi: o que lá foi tragédia querem repetir aqui como farsa. É por isso que os paises estão alertas quanto aos abusos dos seus MP, embora tarde demais, a Itália tomou medidas para conter as paixões dos moços, os EUA também agiram..,,.., Paraguai e Honduras, não….por aqui temos uma estranha forma de indicaçào do PGR por um sindicato tucano que chamam de “republicano” ou “apartidário” ..  entào tá..,,

    A ética do promotor..,..nos EUA

    https://jornalggn.com.br/blog/jose-c-lima/a-etica-do-promotor-de-justica-criminal-nos-estados-unidos-da-america-0

      1. Com razão, os empresários estão com medo

        Com razão, os empresários estão com medo pq aterrorizados por um sistema midiático-penal que tem lã seus interesses.,,.não se trata aqui de defender coisas erradas e sim que o MP atue de forma correta e nao abusiva e seletivamente.,….ou será que o objetivo dos nobres “intocáveis” é entregar tudo para as “honestíssimas” Chevron, Siemens, Altsom, conforme a proposta de Zé Serra.,,…pelo menos podem pintar e bordar sem correrem o risco de serem fechadas por alguma forca-tarefa  do MPF….,,.apoio que falta a investigaçào de rolos que envolvem tucanos e seus aliados da imprensa, tipo o processo da Zelotes, jogado às moscas e travado pelo juiz que atua no caso: dezenas de “petrolões” nào interessam ao jornalões e suas marionetes teleguiadas.

        “(…) Uma Itália que emergiu ainda mais corrupta do que antes.

        Entretanto, ninguém lembra do mais importante: os traumas provocados pelos desmandos da Mãos Limpas fizeram a Itália debater e aprovar uma lei que responsabiliza juízes e promotores que extrapolam suas funções(…)”

        http://www.ocafezinho.com/2015/04/14/lava-jato-o-espetaculo-continua

        Anna, ah se a corrupção fosse uma coisa de um partido e não sistêmica, e não produto de uma engrenagem que conta com o financiamento privado e que os “impolutos” resolveram reforçar com direito a tucano como o deputado Araujo esbravejando no plenário do Congresso que se não tivessem caixa 1 ampliariam o caixa 2, dizem isso publicamente pq sabem que se o PT fizer caixa 1 ou 2 vai pra Papuda enquanto que eles tucanos são intocáveis.,,,ah se a corrupçªo fosse apenas de um partido e não dos cidadãos que subornam o guarda de trânsito e vào pra rua gritar slogans contra a corrupçào..,..me poupe!

         

        1. Pois é, Spin,
          outro dia teve

          Pois é, Spin,

          outro dia teve um maluco comentando no blog achando que vivíamos “tempos estranhos”, segundo ele, porque, entre outras doidices, “pessoas comuns” estavam a defender direitos de empresários poderosos. No bestunto da criatura não se deve defender direitos, não, e sim acusar ou defender pessoas, sejam elas “comuns” ou poderosas, pela cara ou pela cor partidária.

          É com esse tipo de “civilidade” que temos que conviver depois de décadas dessa campanha antissocial massiva.

          … “Tempos estranhos”, de fato..

  4. Os empresários também são responsáveis.

     

    Os empresários brasileiros não se posicionam ou defendem um modelo de desenvolvimento nacional. Não fazem campanha por isso, deixando a agenda ser tocada pelo capital financeiro.

    O Governo Federal não consegue fazer tudo. Cabe ao PT, enquanto partido eleito, trazer os empresários para apoiar seu projeto.

    É claro que falta ação política do Governo e do PT.

    1. Pois é. O tal “setor

      Pois é. O tal “setor produtivo” foi completa e voluntariamente acachapado pelo setor financeiro. Compartilham dos mesmos preconceitos antiesquerdistas e ideologias antissociais de disneylandia, cursos de férias e MBAs. Estão se ferrando desde a década de 90 mas não percebem, os tolos. É impressionante como preferem se aliar a setores entreguistas só por atavismo.

  5. Us $

    Se a China comprar 1 milhão de barris de petróleo por mês , a partir de 2020 , gera o caixa sufuciente para atender o financiamento total do pré sal . E ainda sobra o petróleo necessário para atender a gula de wall street .

  6. Ajuda quem?

    BNDES é uma mãe para certas pessoas que cinhecem certas pessoas – vide grupo JBS, alguns países latinos e outros

    Empresta dinheiro a juros menores do que pega com o Tesouro, isso sim é ilógico

  7. Pré sal não foi descoberto em 2007

    As reservas foram CONFIRMADAS em 2006.

    A provável existência da jazida foi anunciada pela ANP em 2000, quando se iniciaram as pesquisas para confirmação da então descoberta.

  8. a única certeza

    o pré-sal é interesse estratégico de mega corporações sediadas nos EUA, hoje uma sociedades tão desigual quanto a brasileira. é este interesse que atua para desestabilizar politicamente o Brasil. há total convergência entre os oligarcas brasileiros com a plutocracia dos EUA. Brother Sam está nos impondo um golpe de baixa intensidade.

    como o Getulismo em 1954, o Lulismo, através de sua “conciliação permanente”, acabou cativo do fisiologismo. passando por Sarney, Collor e Maluf chegou-se a Eduardo Cunha e Renan Calheiros.

    em 1954 o golpe foi abortado com um único tiro, numa convocação para o povo ocupar às ruas. agora temos uma ”presidenta” que vai às pressas ao congresso de seu partido pedir apoio ao “ajuste fiscal”.

    estejamos certos: nossas vidas são como espirais. a cada vez que algo fica por resolver, o ciclo da espiral nos faz retornar ao mesmo lugar.

    .

  9. Energia – a chave para o desenvolvimento

    Posso estar enganado, mas me parece um reducionismo simplório colocar a política de desenvolvimento, emprego e renda brasileira só na produção de sondas para exploração do pré-sal.

    Mais ainda, estes consórcios opacos, montados com bancos especuladores , são para lá de suspeitos, para vencer esta desconfiança, só com uma transparência total dos negócios e acompanhamento da sociedade.

    O BNDES é um instrumento que é mal utilizado no Brasil. O banco padece de falhas históricas, talves insanáveis.

    Falta ao governo uma política integrada de desenvolvimento, com unidade e lógica, sem isto, fica esta balburdia, sujeita a conjunturas alienígenas desfavoráveis  com custos e viabilidades esotéricas que retiram qualquer esperança e boa vontade por parte dos brasileiros e mesmo dos estrangeiros.

    Dilma, acorda!

  10. Acho que o país não é tratado

    Acho que o país não é tratado a sério pelos boicotadores do Brasil:

    – QUE SAUDADES DA OPOSIÇÃO INGÊNUA DO PT QUANDO ERA OPOSIÇÃO – NÃO TINHA A DIMENSÃO DE BOICOTE AO BRASIL.

    Hoje, toda a comunicação não resalta este lado provocativo para colocar o PSDB/mídia nos ttrilhos de um BRASIL sem boicote nas coisas sérias. Hoje, CPI/TCU/STF/Congresso estão a serviço deste boicote branco para “SANGRAR O PAÍS ECONÔMICAMENTE – COLOCANDO A ÚLTIMA TENTATIVA DE ASSUMIR O PODER – “É A ECONOMIA ESTÚPIDO”.

    A imprensa alternativa tem que malhar dia e noite nesta brasa viva do “lesaa-pátria”, destas corriolas.

  11. Vamos relembrar que a Dilma
    Vamos relembrar que a Dilma fez novos ministros da área econômica. Passe o mouse –   Como está o seu arquivo mental31/12/2014 – 21:47

    “Como está o seu arquivo mental de esperanças?

    A história de 2015 vai começar com a posse de Dilma.

    Ela ainda não tem vergonha dos novos ministros.

    Grandes coisas serão anuladas!

    Levy fará um desastre na economia.

    Ela simplesmente faz os convites…

    Reserve um momento para responder:

    A presidenta deve pagar outra vez pelos erros deles?

    Ou criar bases permanentes de autoridade?

    Eu fiz planos…”

     

  12. Enquanto o Tio Sam elogia o juiz tucano e sua forca-tarefa….

    Vai prá Miami

     

    O caso Lockheed ou como os EUA lideram com a corrupção, por Motta Araújo

    Por André Motta Araújo

    A Lockheed, hoje Lockheed Martin, é uma das maiores companhias de construção de aviões dos EUA, responsavel pelos famosos Constellations, de saudosa lembrança. É também um grande fabricante de aviões militares e de transportes, como o Hercules e o Tristar.

    Entre 1950 e 1970 a Lockheed foi uma generosa distribuidora de propinas pelo mundo afora, visando favorecer a venda de seus aviões civis e militares. Calcula-se que a empresa nesse periodo distribui 300 milhões de dólares de comissões e propinas – em moeda de hoje, mais de US$ 3,6 bilhões.

    Os casos mais emblemáticos foram na ALEMANHA OCIDENTAL, onde gratificaram o Ministro da Defesa Franz Joseph Strauss. Gordo famoso e frequentador de capas de revista, foi pago para a Lockheed vender 900 aviões F-104 Starfighter (foto). As comissões chegaram a 12 milhões de dolares.

    Na ITALIA os beneficados foram homens poderosos, os Ministros Luigi Gul e Maria Tanassi, o Primeiro Ministro Mariano Rumor e o Presidente da Republica Giovanni Leone, que teve que renunciar, a comissão paga foi de US$10 milhões.

    No Japão a festa foi maior, para vender aviões de combate e de transporte usaram como agente a Marubeni, tradicional trading, as propinas foram de 2,9 bilhões de Yens mais 3 milhões de dolares para o Primeiro Ministro Tanaka, no lado militar a mão molhada foi do heroi de guerra Minoru Genda, estrategista e comandante da força aerea de ataque a Pearl Harbor em 7 de dezembro de 1941, e depois da guerra Chefe de Estado Maior da Força de Auto Defesa do Japão.

    O maior volume de comissões foi paga na Arabia Saudita, 106 milhões de dolares, para venda de aviões militares, o intermediario foi Adnan Kashogi, na época um dos cinco homens mais ricos do mundo, tinha um Jumbo particular e o maior iate daquela época.

    Mas o caso que gerou o mega escandalo foi o da Holanda, onde foi descoberta uma comissão de US$1,1 milhão para o Principe Bernhard, marido da Rainha Juliana, o estrondo foi maior porque era um personagem da Casa Real, uma das monarquias mais ricas da Europa mas a Rainha mantinha o marido com mesada curta e ele precisava de dinheiro para seus divertimentos, era um homem chique e charmoso, sempre com um cravo na lapela.

    Por causa desse caso da Holanda foi editada a famosa Foreing Corrupt Practices Act, até hoje a principal lei anti-corrupção dos EUA, que exige relatorios anuais e perturba executivos de multinacionais americaas com seu compliance chatissimo e aborrecente.

    O Chairman e o Vice-Chairman da Lockheed renunciaram a seus cargos em 1976, cinco anos após o escandalo da Holanda, a punição parou por ai, ninguem foi preso, a empresa era estrategica para o Pais.

    Como o caso teve repercussão mundial e abalou as vendas da empresa, o Governo dos EUA abriu uma garantia de credito bancario pelo Tesouro de US$195 milhões para dar respaldo à empresa, caso necessario.

    O caso foi arquivado , no sistema americado de corrigir para frente e enterrar o passado. Hoje a Lockheed Martin vale na Bolsa US$68 bilhões de dolare, está prospera e não se fala mais no assunto.

    https://jornalggn.com.br/noticia/o-caso-lockheed-ou-como-os-eua-lideram-com-a-corrupcao-por-motta-araujo

      

     

  13. Enquanto isso o Tio Sam

    Enquanto o Tio Sam é só aplausos para o juiz tucano e sua forca-tarefa(sem ç mesmo) fazendo a diferença nesse ponto fora da curva, lá o caso Enron não provocou fechamento de corporaçoes envolvidas no caso, como por exemplo a JP Morgan.,,talvez saibam que quase nªo hã dinheiro limpo no capitalismo..,..traumatizado com o caso Enron, os EUA aprovaram uma lei para que casos semelhantes evitasem a fuga de investimentos e capitais, preocupaçªo principal, e não o uso do caso para vendetta politica ou disputa de poder ou aposta no quanto pior melhor o que na prática tem sido o método adotado por nosso sistema midiático-penal que usa dois modus operandi: o direito penal do inimigo para uns e o direito penal do cidadão para os interesses..,..tucanos,..,Aécio, apesar do caminhªo de provas, foi blindado pelo Janot e tá todo serelepe por aí gritando pega ladrªo….

    links consultados:

    Infomoney aplaude Sérgio Moro e sua  forca-tarefa

    http://www.infomoney.com.br/bloomberg/mercados/noticia/3839269/operacao-maos-limpas-lava-jato-que-brasil-italia-tem-comum

    O Tio Sam sabe muito bem defender seus próprios interesses em detrimento de questões outras,..,o texto é do insuspeito André Araújo.,.,,

    http://cartamaior.com.br/?/Editoria/Politica/Interesse-nacional-e-causa-politica-nos-EUA/4/33295

    Nos EUA uma lei pra proteger as corporações face ao caso Enron

     http://pt.m.wikipedia.org/wiki/Lei_Sarbanes-Oxley

    A Governança Corporativa e o caso Enron

    http://www.ceg.org.br/arquivos/Arquivo_1a.pdf

    1. Informações assimétricas e acordos secretos

      A análise do Zé foca um lado público da questão, mas o mundo e a economia são muito mais complexos do que isto, assim, sem conhecer mais detalhes sou obrigado a especular.

      Mas, a safra récorde de grãos que estamos colhendo, não dá para deixar de imaginar que é esta a parte que nos cabe neste latifundio, um acordo global, onde lucros e perdas MACROS são acertados “por cima” e a conta de perdas e ganhos é fechada em acertos secretos.

      Penso que se isto for verdade, o negociador do Brasil neste forum é muito ruim e a falta de iniciativa interna, que o FMI, Banco Mundial e todos os foruns internacionais jogam na nossa cara é um problema que necessita um equacionamento para ontém. A Dilma e a Presidência da República estão devendo para o Brasil, o que oferecem é muito pouco pelo potencial que o País têm. 

      Assim, se depender deles e não nós, continuam nos dando mole de um lado e tirando do outro, o Wolf, na entrevista que está no blog hoje, fala da necessidade da indústria forte para podermos sair deste atoleiro que nos encontramos.

      Eu já penso que com um plano bem estruturado, com Astrologia, Tarot e Geometria, conseguiriamos um acordo de vontades pelo bem do Brasil, calando as vozes que lutam pelas trevas contra a sociedade brasieleira.

      Acorda, Dilma.

      1. A Grécia vai usar Bitcoins contra a banca

        Quem sabe o Brasil não possa ser a primeira grande nação a fazer isto também. A tecnologia do blockchain está madura.

        D-CENT to Launch Blockchain-Based Digital Social Currencies with €1.9 Million in Funding from the European Commission

        by GIULIO PRISCO on JUNE 12, 2015

        D-CENT (Decentralized Citizens ENgagement Technologies) is a Europe-wide project to create digital tools for direct democracy and economic empowerment. The project, which received €1.9 million funding from the European Union under FP7, wants to create a decentralized social networking platform for large-scale collaboration and decision-making.

        The project team includes companies, universities and high-profile organizations such as the European Research Consortium for Informatics and Mathematics(ERCIM), the French CNRS, and NESTA, a U.K. charity dedicated to foster socially relevant innovation with activities ranging from early stage investment to in-depth research and practical programs.

        D-CENT announced that it will design structurally sustainable money systems via the creation of a digital ecosystem of blockchain-enabled complementary currencies to use in parallel with conventional ones. This “Monetary Ecology” will advance development in two domains of social innovation: complementary currencies governance systems and decentralized trust management systems.

        The project will include Digital Social Currency pilot projects in communities that are already actively designing tools for collective decision-making in local economies:

        – Social Kronas, a blockchain-enabled municipal currency and reward system for political participation in Reykjavik (Iceland);– The evolution and decentralization of Eurocat, a complementary currency launched in Barcelona (Spain) in 2014;– A decentralized social remuneration system that can reward the contributions that members of the Helsinki Urban-Cooperative Farm (Finland) perform to the common interest of the cooperative. This model will be also piloted at a cultural center in Milan (Italy).

        See the D-CENT document “Design of Social Digital Currency” for an overview of the Digital Social Currency pilot projects.

        “The Digital Social Currency pilot projects will experiment and test a new notion of proof-of-work: the Social Proof-of-Work, which is roughly the proof that a member in the system is endowed with coins as a reward to an action in the real world while abiding to community rules and enhancing collective values,” states the NESTA website. “By linking democratic deliberation with currency creation through the Social Proof-of-Work, systems can be designed to enable a flexible currency supply set in real time at the light of users trust management dynamics. The basic tenet is to consider social currency as reputation management that can inform the money supply of a complementary currency in terms of tolerance to credit risk.”

        According to the project team, most cryptocurrency design approaches tend to privilege the role of software and marginalize human contribution. D-CENT, instead, puts humans back at the center of the currency creation stage.

        The project seems related to the concept of blockchain-enabled Local Exchange Trade System (LETS). A LETS establishes a complementary currency for local exchanges where offers, requests and IOUs are logged in a public accounting system visible to all members. In case of a default, the loss is absorbed equally by all members of a LETS, which makes it a mutual credit exchange.

        D-CENT is also related to recent proposals of Greece’s Finance Minister Yanis Varoufakis, who wrote a blog post in February proposing a similar IOU-based currency, which he dubbed Future Tax Coin (FT-Coin). Varoufakis is persuaded that blockchain technology could be put to effective use in troubled economies like Greece’s.

        D-CENT will develop and document a Freecoin Toolchain software kit based on Bitcoin Core 0.10 and capable of bootstrapping the genesis of new ad-hoc blockchains, integrating the work done in the e-democracy D-CENT pilots and the Social Proof-of-Work concept.

         

        1. Os bancos como existem hoje estão condenados

          The future of blockchain is not Bitcoin! – Live report from New York City

          By Andrew Saks-McLeod on Friday, 06.12.15

          Coinsetter’s Jaron Lukasiewicz, R3 Partners’ Todd McDonald, and SolidX executive Daniel Gallancy discuss the future of Blockchain as a main component within the institutional financial sector despite its inseparability from Bitcoin

          Capture

          Bitcoin technology has been the focus of some very large scale venture capital investments over the past year, representing a complete 180 degree turn from the previous year’s uncertainty in terms of values, and litany of high profile, reputation-damaging events including the downfall of MtGox, and the seizure by the US Government of anonymous marketplace Silk Road.

          Gradually, Bitcoin has reached the elevated levels of the institutional electronic trading industry, represented by vast venture capital investments, and the presence today of three senior executives from the Bitcoin community at theShift Forex FXIC conference in New York City.

          In a very detailed discussion hosted by Michael Casey of the Wall Street Journal, whose charismatic and incisive prose engaged Daniel Gallancy, CEO and Founding Member of SolidX Partners, Jaron Lukasiewicz, CEO of Coinsetter and Todd McDonald, Partner at R3 in a very candid discussion about the distinction between Bitcoin and the technology which operates it, Blockchain.

          The reason for the sudden turnaround in interest from institutions, investors and regulators in Bitcoin, and the large scale venture capital investments which include 21 Inc’s record $116 million round of funding earlier this year, may be that the underlying technology, Blockchain, rather than the actual Bitcoin itself.

          unnamed

          “Mr. Lukasiewicz began by explaining that “The dark days of 2013 with the demise of certain exchanges and extreme volatility feels like a long time ago. Pretty much none of the companies that were popular back then still exist. There was a speculative run up in Bitcoin, have to compare natural buyers and sllers versus speculative buyers and sellers.”

          “That’s been great to see, and now there is a steady group of people who are buying Bitcoin every day. It is growing, slowly in a way, but it is growing especially as licensing with regulatory oversight such as BitLicense and other federal licensing is starting to develop.”

          Serious volatility ahead as VC funded technology companies will sink or swim

          Mr. Casey then posed the question “2014 was a year of criticism, and some commentators deemed Bitcoin to be the worst performing currency in the world, but it survived. What is your take n where we have come?”

          Mr. McDonald responded by stating “I would say that temporarily we seem to be stable, I would be very surprised to see this level of muted volatility that we have seen over the last few months. There are a variety of catalysts coming in the next few years which will push the price lower or higher, but will not remain stable.”

          “This is because theer are alot of venture capital backed companies that were funded last year, which will either be successful or will run out of cash and go away.”

          “There are interesting technical developments regarding Bitcoin’s functionality, and in particular the Blockchain, which will also be a catalyst but the new hot potato is the internet of things. There is a thesis that Bitcoin will be the money for the internet of things, and although I cannot put a date on it, 2016 will be a big year so betting on stability is not the right bet.”

          Mr. Casey’s interest was heightened by this suggestion. “Some of the mini applications that some people see as a mainstay for Bitcoin are interesting. I will ask the attendees here a question. How many of you own Bitcoin, and how many are unfamiliar with the technology and ethos behind it?

          The result of this was remarkable. Of the 150 delegates, 50% confirmed that they own Bitcoin, and absolutely none of the delegates were unfamiliar with the technology and what Bitcoin’s functionality is.

          Bearing in mind the high level of understanding among institutional FX industry participants in Bitcoin technology, especially here in New York, one of the world’s nerve centers for virtual currency with regulated exchanges and top of the range infrastructure in place, Mr. McDonald continued “Internet of things is very interesting, but it will be way bigger than what we are talkking about now.”

          “I spent 15 years in FX, and was lucky enough to start in the mid to late 1990s before the entire market changed to electronic, and if you look at Bitcoin today, it is FX in the 1980s and 1990s. I am not sure if you realize, but the market is crazy. Liquidity is hard to come by, its all OTC trading on Skype with people you know, and its traded on a web of trust which is a really weird concept” continued Mr. McDonald.

          Blockchain is critical to other, mainstream businesses

          At that point, Mr. McDonald revealed the very possible reason for the tremendous investment interest in Bitcoin by large institutions – the idea of using Blockchain for other businesses outside Bitcoin, despite its inseperability from Bitcoin.

          “We view the exciting part of Bitcoin as the discovery of the actual Blockchain itself, and the ideal situation is to wake the banks up to Bitcoin as a distributor in the financial world so that the blockchain can be opened up into aspects of the financial industry such as central clearing.”

          Mr. Casey required elaboration on this, as it is a very interesting matter indeed. Mr. McDonald added “There are tons of third parties that are not just banks but service banks, and that is the sector to work with.

          “Hedging tools and sophisticated exchanges may well be part of the modern Bitcoin ecosystem, things will calm but its still wild out there. What willl happen?”

          Mr. Gallancy’s perspective is that there are many industry participants who say things and have no idea what theyre talking about.

          “It is essential to understand how the Blockchain technology is competitive, and who is using it. There is growth in the remittance use these days, so it is slowly displacing Western Union and MoneyGram at sometimes similar rates, and can be even done at much less cost, a tenth, but no consumers really try that. Companies are also trying to rival Transferwise which is taking Bitcoin into direct competition with deliverable FX” said Mr. Gallancy.

          Mr. Lukaseiwicz elabroated on the expansion of Blockchain into mainstream financial instititions, and its functional advantages. “The settlement and record keeping uses of the Blockchain are important. The majority of technology in Bitcoin is not appreciated outside Bitcoin industry. We are seeing alot more interest in Blockchain than in Bitcoin, but heres the catch: For a traditional Blockchain, you cannot have one without the other. Bitcoin is the economic unit which enables miners to provide security to the blockchain. Without that, the security components cannot do their work.”

          “For record keeping, and quasi-database functions, bearing in mind the amounts of Bitcoin involved, there are inherent scarce resources in the Blockchain and as we see more settlement and record keeping functionality, which would use resources, some of which include space on the blocks, this would push the price of Bitcoin up as there would be limited supply on the blocks, and increased use, despite Bitcoin’s presence only there because it cannot be separated from Blockchain.”

          Mr. Gallancy then explored the subject of the decentralized nature of Bitcoin and how it could speed up transactions if the technology is used within fiat currency ”

          “If bitcoin comes to you from somewhere, you don’t have to trust the institution or counterparty, and can credit an account quickly because of that. When you start creating Blockchains or tokens for fiat currencies that can be turned around really quickly and can speed up bank transfers which is important for the FX industry, but for this to work, trust relationships have to be built up between all institutions.”

          “In theory it makes sense to biuld up US dollar tokens but to get this accpeted as a form of payment is very difficult. It is like an imperfect solution but the best way to solve the problem of very fast transfers” he said.

          “In conclusion, Mr. Lukasiewicz stated “There is a question of semantics. Within the Bitcoin community, when I refer to the Blockchain as the trustless ledger, others outside the Bitcoin community refer to it as a permission ledger, and this is an interesting perspective. We can have a permission ledger that can facilitate fast transacitons but I refer to the Bitcoin blockchain as the trustless ledger.”

          “Having a great exchange means diversifying every component. Coinsetter has prop shops, and this was achieved by us offering a FIX API, and by having built a system which is a replica of other trading systems in other markets, we created this for Bitcoin and offered system on top of it, allowing hedge funds to plug directly into the market. Bitcoin is unique because the first market participants are sellers” he concluded.

  14. Pois é, o procurador não

    Pois é, o procurador não provou nada, mas o que ele disse pode muito bem ter fundamento. Depois da Petrobrras, não duvido nada que o BNDES também esteja soterrada em lama.

    1. Mais uma dos vira-latas

      Só aos nossos concorrentes comerciais é que interessa destruir o BNDES e a nossa oposição BURRA e BANDIDA faz o jogo de prejudicar os interesses nacionais e expandir os negócios. Preferem dar empregos na China e polpudos redimentos para os especuladores interncaionais, bancos e rentistas  de todas as matizes que dar renda e salário ao trabalhador brasileiro.

      Vejam o que aconteceu com a ODEBRETCH em recente licitação no Panamá. Ela venceu e ganhou a obra de um importante trecho do metro da cidade do Panamá, mas como o BNDES, alvo destas mentiradas da oposição entreguista e bandida, e da mídia idem, não pode contar com o financiamento do nosso banco de investimentos em créditos de exportação, sendo então aportados recursos dos bancos de investimentos do Canadá, da Alemanha e do Japão (todos estatais) e por conseguinte a ODEBRETCH vai ter que compras os equipamentos, máquinas e insumos nestes países, e não no Brasil como seria se fosse com o apoio do BNDES. 

      É ou não é burrice e anti-patrica esta campanha contra o BNDES, tudo por uma sanha insana pelo poder e para tirar nosso povo do emprego e nossas empresas perderem espaço para as estrangeiras.

      Bom mesmo é fazer como a SABESP tucana, pagando poupudos bonus aos acionistas estrangeiros e matando de sede os paulistanos, mas com aplausos da turma dos protestos na Paulista, pois eles bebem vinhos, champanhe, e água Perrier.

      1. Capitalismo à brasilieira

        Funciona assim: grandes corporações, que têm plenas condições de captar dinheiro no exterior a custos de mercado, são subsidiadas pelo Governo (leia-se nós todos). Dinheiro e juros de pai, risco, naturalmente repassado a fundos de pensão, velhinhos aposentados transformados em barões da indústria, totalmente à sua revelia.

        Aqui, damos o nome disso de nacional-desenvolvimentismo. Lá fora, isso também têm nome e, lamento aos ufanistas de plantão, é um baita dum palavrão.

        Pergunta para o pessoal do Postalis o que eles estão achando das “aventuras” desenvolvimentistas que aprontaram no fundo. Pergunta lá…

  15. Cerra = Chevron

    O DNA DA ENTREGA!

    Fernando MarroniFERNANDO MARRONI10 DE JUNHO DE 2015 ÀS 16:31Acabando com o regime de partilha, como quer Serra e os deputados do PSDB, estaremos, simplesmente, abrindo mão da riqueza gerada pela maior descoberta de petróleo – no mundo inteiro – nos últimos 30 anos

     

     

    A Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados está pronta para votar uma emenda com poder devastador para o futuro da produção de petróleo brasileira, em especial à produção do pré-sal. O projeto, de autoria do deputado Jutahy Júnior (PSDB/BA), propõe o fim da obrigação da Petrobrás de entrar com 30% de participação na exploração de todos os campos de pré-sal licitados pela ANP e de atuar como operadora única no setor. Para piorar, o relator é outro deputado tucano: Domingos Savio (PSDB-MG). Mais uma vez, os políticos tucanos tentam entregar a Petrobras e o nosso petróleo de mão beijada para os estrangeiros. Mas, o que parece ruim, é ainda pior. No Senado, outro tucano, de alta hierarquia no ninho, articula o mesmo golpe: já está em adiantada tramitação proposta idêntica apresentada pelo senador José Serra (PSDB-SP).

    O regime de partilha é fundamental para manter a soberania da Petrobras – e do Brasil – na produção de petróleo. Acabando com o regime de partilha, como quer Serra e os deputados do PSDB, estaremos, simplesmente, abrindo mão da riqueza gerada pela maior descoberta de petróleo – no mundo inteiro – nos últimos 30 anos. O regime de partilha foi instituído por lei aprovada pelo Congresso que confere papel estratégico à Petrobras na exploração desta riqueza nacional, assegurando repercussão positiva em áreas como educação, saúde e ciência e tecnologia, com os royalties que ali advirão.

    Esse mesmo PSDB, que quer acabar com a partilha, é o mesmo que tentou vender a Petrobras durante o governo FHC. Já haviam, inclusive, alterado o nome da nossa estatal para “Petrobrax”, para ficar mais fácil vendê-la aos gringos. Só não venderam, porque Lula ganhou a eleição de Serra, em 2002. Recentemente, o vice-presidente nacional do PSDB admitiu, publicamente e com todas as letras, que “o PSDB não tem projeto para o país”. Mas, projeto de entrega do país, eles têm. E agora, descaradamente, querem entregar o pré-sal. A entrega está no sangue dos tucanos. Eles têm o DNA da entrega!

     

     

  16. Quem está bancando o lobby contra o BNDES e a Petrobrás????

    A QUEM INTERESSA A CAMPANHA CONTRA O BNDES

    Marcelo ZeroMARCELO ZERO12 DE JUNHO DE 2015 ÀS 09:01A desonestidade intelectual que cerca o debate sobre a atuação desse grande banco público de investimentos é assustadora. A bem da verdade, ou é desonestidade intelectual assustadora ou é ignorância abissal

     

     

    Em 1996, a EMBRAER participou de sua primeira grande concorrência internacional.

    Tratava-se do fornecimento de 150 aeronaves para as empresas americanas de aviação regional ASA e Comer. A Embraer entrou na concorrência com o seu ERJ-145, um jato regional moderno e eficiente. Era o melhor avião e ainda tinha a grande vantagem de ser o mais barato.

    Contudo, a EMBRAER perdeu. Perdeu para a Bombardier, que oferecia melhores condições de financiamento para os compradores, pois contava com forte apoio governamental para a comercialização de suas exportações.

    Pouco tempo depois, a gigante American Airlines lançou concorrência de US$ 1 bilhão para a compra de jatos regionais. Era a grande oportunidade que a Embraer tinha de pagar o custoso desenvolvimento do ERJ-145 e de se lançar no promissor mercado internacional de aviação regional, que crescia exponencialmente.

    Mas a Embraer sabia que não tinha a menor condição de ganhar a concorrência, mesmo tendo o melhor avião, se não contasse com condições de financiamento semelhantes às que dispunham as suas concorrentes.

    Resolveu, então, bater na porta do BNDES. A Embraer tinha de oferecer um financiamento à American Airlines que contemplasse não apenas taxas de juros baixas e amortização de longo prazo, mas também a garantia da devolução das aeronaves, caso houvesse algum problema com os equipamentos.

    Para o BNDES, era uma aposta de risco considerável. A Embraer era novata nesse mercado e, caso ocorresse algum problema com as suas aeronaves, o banco ficaria em maus lençóis. Nenhum banco privado, nacional ou internacional, queria assumir esse risco.

    O BNDES, entretanto, resolveu confiar na Embraer e ofereceu o financiamento com todas as garantias exigidas pela American Airlines.

    Resultado: a Embraer ganhou a concorrência e, com isso, iniciou uma carreira vitoriosa no mercado internacional de aviação regional e executiva.

    Hoje, a Embraer oscila entre a terceira e a quarta maior empresa mundial do setor. Apenas em 2013, entregou 90 aeronaves comerciais e 119 de aviação executiva, obtendo uma receita líquida de R$ 13, 64 bilhões. É, de longe, a empresa brasileira que mais exporta produtos de alto valor agregado, gerando altos rendimentos e empregos muito qualificados no Brasil.

    Assim, a Embraer e o Brasil aprenderam a lição. Não se faz exportações volumosas de bens e serviços, no concorridíssimo mercado internacional, sem apoio financeiro governamental e bancos públicos de investimento.

    A Embraer da qual tanto nos orgulhamos simplesmente não existiria, caso não tivesse contado com o apoio do BNDES.

    Ironicamente, o orgulho justificado que dedicamos à Embraer não se estende ao banco público que financiou o seu sucesso e o de tantas outras empresas brasileiras.

    Ao contrário, há, atualmente, uma grande campanha contra esse estratégico banco público de investimentos.

    Uma campanha bem sórdida, por sinal. A desonestidade intelectual que cerca o debate sobre a atuação desse grande banco público de investimentos é assustadora. A bem da verdade, ou é desonestidade intelectual assustadora ou é ignorância abissal.

    Com efeito, divulgou-se uma série de mentiras deslavadas sobre esse banco.

    Disseram, por exemplo, que o BNDES investe muito em obras na Venezuela, Cuba, Angola, etc., em detrimento dos investimentos imprescindíveis para o Brasil.

    Ora, como bem assinalou o presidente Luciano Coutinho, entre 2007 e 2014, as operações de apoio à exportação de serviços do BNDES corresponderam a apenas cerca de 2% do total dos financiamentos que foram oferecidos pelo banco.

    Portanto, o BNDES investe ao redor de 98% de seus recursos no Brasil.

    Mesmo assim, há gente que, iludida pelas mentiras divulgadas, quer simplesmente proibir o BNDES de dar apoio financeiro à exportação de serviços. A natureza obviamente beócia da proposta deveria saltar aos olhos até do reino mineral, caso lá houvesse olhos, mas há gente que a leva a sério, mesmo no Congresso Nacional.

    Da mesma forma, alegou-se que as taxas usadas pelo BNDES para a exportação de serviços constituíam “subsídios indevidos” às empreiteiras. Argumento muito parecido ao usado pelo governo canadense, quando nos acionou na OMC quanto às exportações da Embraer. Ora, o uso das taxas Libor nessas operações foi estabelecido em 1996, pois, para ser competitivo no mercado mundial, é necessário praticar financiamentos com base em taxas internacionais.

    Insinuaram também que o sigilo envolvido nas operações financeiras de exportação de serviços destinava-se a ocultar ilícitos e favorecimentos ideológicos a governos “comunistas” e “bolivarianos”, lançando uma suspeita indigna sobre o BNDES, banco que opera com critérios técnicos rigorosos e no qual a análise da concessão de um grande empréstimo demora, em média, 450 dias.

    Ora, o BNDES não pode divulgar os detalhes dessas operações financeiras não porque não queira, mas simplesmente porque não pode. Ele é proibido por lei de fazê-lo.

    A Lei Complementar nº 105, de 2001, ratificada no segundo governo tucano, protege o sigilo do tomador de empréstimo, independentemente do banco ser público ou privado. Não interessa se o empréstimo foi obtido junto ao Itaú, ao Bradesco, ao Banco do Brasil ou ao BNDES: a proteção jurídica é a mesma.

    Há quem argumente, entretanto, que, no caso de banco público, não deveria haver nenhum sigilo. Bom, nesse caso, a lei tucana teria de ser modificada.

    O problema maior, porém, não é esse. Leis podem ser modificadas. A dura realidade do concorrido mercado internacional de bens e serviços não pode.

    Imaginemos o cenário idealizado pelos que propugnam pela total transparência dessas operações financeiras. Caso a Embraer precisasse do apoio do BNDES para fazer uma grande exportação de aeronaves, esse banco estaria obrigado a divulgar ao público informações sensíveis e estratégicas da empresa, como nível de endividamento, capacidade de pagamento, nível de exposição ao risco, probabilidade de êxito na concorrência, competitividade do bem a ser exportado, estratégia de atuação da empresa no mercado mundial, etc.

    Bonito, não? Bonito, e por certo, muito inteligente também. A Bombardier e outras empresas concorrentes das empresas brasileiras lá fora concordam inteiramente.

    É por isso que nenhum banco que financia exportações no mundo divulga detalhes sensíveis dessas operações. Os americanos não o fazem, os alemães e os chineses, tampouco. Ninguém faz. É fácil imaginar a razão. Menos no Brasil.

    Na realidade, conforme a Open Society Foundations, principal ONG mundial dedicada à transparência, o BNDES já é o banco de investimentos mais transparente do mundo. E essa transparência não adveio de pressões recentes. Ela já fazia parte da linha de atuação do banco há bastante tempo. Conforme o testemunho da Open Society, que participou de muitas reuniões com o BNDES, o programa de crescente transparência do banco avançou por iniciativa da própria gestão do BNDES.

    Há muito que o BNDES disponibilizava informações sobre essas linhas de crédito que praticamente nenhum banco semelhante do mundo fornecia. Junto com o Eximbank dos EUA, o BNDES era o único banco que, há anos, oferecia ao público informações como relatórios detalhados anuais, portal de transparência com possibilidade requisição de informações e estatísticas detalhadas online.

    O novo portal apenas ampliou a transparência já existente.

    Tudo isso deveria ser motivo de orgulho em qualquer país do mundo. Menos no Brasil.

    Aqui continuam as acusações parvas contra o banco e as iniciativas para submeter o BNDES a uma CPI. Sempre com argumentos desonestos e mal informados.

    Quando a Embraer começou a incomodar a Bombardier com sua concorrência, o governo canadense logo tratou de questionar o financiamento de suas exportações na OMC. Não bastasse, acabou levantando suspeitas de que o gado “verde” brasileiro poderia estar contaminado com o mal da vaca louca. Um golpe desonesto, que, por iniciativa do então deputado Aloizio Mercadante, provocou a pronta resposta do Congresso Nacional, o qual sustou a tramitação dos atos internacionais firmados com o Canadá. Assim, o Legislativo brasileiro defendeu o Brasil, a Embraer e, por tabela, o banco que financiou seu sucesso mundial.

    Agora, setores desse mesmo Congresso perseguem o BNDES, com argumentos tão toscos e desonestos quanto o usado pelo governo canadense.

    Não se sabe ao certo no que isso vai dar.

    Uma coisa, porém, é certa: a Bombardier agradece.

    Haja vaca louca!

     

     

     

     

     

    1. Fácil escrever para convencer ignorantes

      Em 1996 a Embraer ganhou a concorrência da Bombardier. O problema é que o PROEX, usado para financiar a Embraer era tão escancaradamente benéfico para a empresa que diante da contestação canadense o PROEX foi considerado como um subsídio pela OMC.

      Vá mentir prás suas putas, Zero,

       

  17. O maior fator de incerteza

    O maior fator de incerteza chama-se Dilma Roussef.

    Pegue qualquer – e digo qualquer mesmo – programa desta senhora, vulgos PACs. Desde a época em que era a temida Gerentona,  não há um único projeto em dia com o planejamento. Isso quando não foram completamente abandonados. PAC 1, PAC 2, PAC 3,… cadê as entregas? Aliás, cadê a tal da Gerente, que hoje só aparece em eventos controlados ou com platéia amestrada?

    E eu que achava que os esqueletos haviam acabado no tempo dos militares. Dilma faz um governo pra Geisel nenhum botar defeito.

    E a conta está chegando… pedala aí, cidadão!

    1. pedala voce cidadão

      Meu caro Renato Ferreira Lima,

      Quem tem que pedalar é voce cidadão.  Vc está muitissimo mal informado, mas tenho certeza que não é tanto quanto quer transparecer porque estamos todos sabendo, menos os que assistem diuturnamente a globo, dos resultados dos PACs. Não vou sugerir a voce onde entrar pra saber destas informações primeiro porque sei que voce não quer saber, prefere ficar como avestruz e segundo porque não quero voce convulcionar por saber de tantas coisas que a presidenta está entregando de obras vultuosas aos brasileiros graças aos PACs. Uma pessoa que usa o termo vulgo PACs é porque realmente em sua raiz é contra os programas e por conseguinte contra o desenvolvimento do país.  Que pena meu….

  18. “Ora, quem não deve não Temer”.

    E quem é que coloca lenha na fogueira, já que estamos em época de festas juninas? A Dilma. Por que ela bloqueou o acesso aos dados dos emprésimos feitos pelo BNDES, se esse dinheiro é do povo brasileiro? Aonde há fumaça há fogo. O país está parando graças as falcatruas do PT e aliados. Quem em sã consciência vai acreditar que agora o repasse para a empresa Sete é lícito? Impossível diante de tantos escândalos. Então a solução é: “Parem as máquinas” até que se esclareça nos mínimos detalhes todo esquema do aparelhamento do Estado. Acabou a confiança. E para conturbar mais, Dilma bloqueia o acesso. “Ora, quem não deve não Temer”.

  19. Salvando a SETE BR……..sem BNDES, com desemprego

      Tá no site do sinaval : http://www.sinaval.org/sete   ( de 11/06/2015 )

      O plano será apresentado para ser referendado dia 23/06, quando a PBR apresentara ao conselho seus planos de desenvestimento e recomposição de caixa, não choremos, é o possivel, portanto.

       Das 29 sondas planejadas inicialmente, serão reduzidas para 19, assim distribuidas: 15 pela SETE BR ( 2 delas construidas/montadas pelo estaleiro gaucho – já estão em fase final de colocação dos módulos – 13 no exterior, pelos estaleiros Jurong e/ou Brasfels ( são os mesmos, a diferença é a disponibilidade das plantas industriais, ou na Coréia ou em Singapura ), as outrs 4 , por estaleiros japoneses, mediante financiamento do governo japonês, a SETE BR, e Odebrecht ( caso ela sobreviva aos ataques histéricos da midia vendida e de seus queridos Procuradores ).

        As outras 6 ou 7 ( das 25 resultantes da reorganização dos projetos PBR ), que seriam montadas pelo EAS (Estaleiros Atlantico Sul ) : Canceladas.

         O desemprego na naval Oleo & Gas, será bravo, pois a cadeia de “sondas e plataformas”, é a inicial, com a redução destas, e o aumento do horizonte de inicio de operação, os navios transportadores, navios de apoio a sondagem e produção ( de 3 a 4 por sonda/plataforma ), ou não serão construidos/montados, e os que já existem descontinuados de seus contratos.

          No BNDES, todos estão com o “bumbum” colado a parede, para o PIL 2 só serão liberados empréstimos caso o consórcio proponente ao projeto, apresente um lançamento firme de debentures, alem de um “project finance” tipo SPE, o qual não exija participação do BNDES na SPE.

            Será dificil.

           P.S.: Engenheiros, prestem futuros concursos para os TCEs, TCUs, ou façam Direito + 3 anos de cursinho para MP ( R$ 26.000,00 + beneficios estratosféricos, e subindo ), este papo de ficar em estaleiro, industria, palatforma no meio do oceano, é para doido, melhor é uma sala com ar-condicionado, 3 meses de férias por ano, e ficar só enchendo o saco de quem trabalha. 

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador