O fim do período da Nova República

São estranhos esses tempos de vácuo político. O velho morreu, o novo ainda não nasceu. E o que pode vir pela frente é uma incógnita.

A redemocratização foi montada em cima de uma gambiarra, composta por membros do velho MDB e uma fauna variada, egressa da Arena. A morte de Tancredo Neves criou um vácuo político. Depois dos pacotes econômicos, José Sarney terminou o último ano de seu governo de joelhos.

O vácuo político criado abriu espaço para a aventura Fernando Collor. Sem base política, sem um know how de governança, em pouco tempo inviabilizou seu governo.

A partir dos destroços de Collor, e após o curto interregno Itamar Franco, firma-se um bi partidarismo – PSDB e PT – que conduziria o país pelas décadas seguintes, com um partido-ônibus auxiliar. No governo FHC, foi o PFL; no governo Lula, o PMDB.

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Coube a FHC montar as bases do modelo do presidencialismo de coalisão – conforme apontei no artigo “Uma obra de arte política”, que acabou incluído na segunda edição de sua biografia. Foi sua contribuição solitária ao processo democrático.

O modelo consistia em se ancorar em um partido ônibus, para garantir a maioria parlamentar; lotear parte do governo, ganhando liberdade para preservar os Ministérios centrais.

Com a eleição de Lula, José Dirceu tentou importar o modelo, com o PMDB no lugar do PFL-DEM. Lula resistiu e buscou o caminho do fortalecimento dos pequenos partidos. O resultado foi o “mensalão” que quase acaba com seu governo.

Voltou-se ao modelo anterior, com o PMDB de firmando como o grande parceiro. E, agora, uma nova crise provocada pela tentativa de Dilma de se livrar do jugo do parceiro.

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A Lava Jato liquida com a perna principal do modelo: o loteamento de cargos em estatais, e em secretarias e Ministérios, como contrapartida ao apoio prestado.

A própria presidente Dilma Rousseff já tinha colocado o modelo em xeque, com sua proverbial dificuldade em participar dos jogos tradicionais da política brasileira.

As manifestações de junho de 2013 e as da última semana sepultam de vez o modelo. Agora, como alguns analistas apontam, chega-se ao final do ciclo da Nova República. E o que fica no lugar?

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Nesses anos todo o país conseguiu avanços em várias áreas. Controlou a inflação, criou regras fiscais estáveis, tirou 40 milhões de brasileiros da miséria. Mas não logrou criar um modelo de desenvolvimento dinâmico.

Um dos preços desse equilibrismo político foi a manutenção permanente das políticas de apreciação cambial, matando o dinamismo da indústria de transformação.

Os movimentos sistemáticos de apreciação cambial com juros altos proporcionou grandes lucros ao mercado financeiro; a apreciação cambial, em si, garantiu a paz em outra frente complicada, dos grupos de comunicação com seus custos em dólares para papel e para a compra de programas.

Para os grandes exportadores, o governo acenou com operações cambiais que lhes permitiam compensar, via ganhos financeiros, o que perdiam em suas operações tradicionais.

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Toda essa ginástica permitiu a sobrevida a esse presidencialismo torto a um custo extraordinariamente elevado, de comprometer o orçamento público, impedindo o aumento de gastos com infraestrutura, saúde, educação e outros pontos básicos de uma administração.

Toca agora a pensar e discutir os novos tempos.

Não há a menor ideia para onde o país será levado por essa transição complicada.

Luis Nassif

66 Comentários

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  1. Problema cultural das elites

    “Mas não logrou criar um modelo de desenvolvimento dinâmico.”

    As pessoas mais ricas e influentes do país agem como se agentes externos fossem. Trazem ao Brasil franchising de tudo, querem que todo o mundo fale inglês, multiplicam-se levando as nossas crianças para um rito de iniciação em Disney, investem pouco ou nada no Brasil, e levam os seus ganhos – honestos ou não – para o exterior.

    O Estado brasileiro já tem feito até demais e, quando cria algo bom, chega um “privado” e pega para sim. São agora os brasileiros os que devem desejar e criar uma nação soberana, se realmente quiserem isso. É boa hora para perguntar, começando pelas listas que aparecem de depósitos fora.  

  2. “Acabou” a Nova República…
    …com as passeatas mirando loteamento de cargos, mas o congresso mais reacionário de todos os tempos? Avisou pra eles?!

  3. Tem mais coisa por tras disso

    Tem mais coisa por tras disso tudo, a midia golpista estás apostando alto contra o governo; um dos donos da tal venus estropiada foi falar com a Dilma, o que conversaram? Ninguem sabe e nem quis saber, tem muita estoria mal contada por tras disso tudo.

  4. Às base. Uma coligação social

    Às base. Uma coligação social deve ser formada e à partir das bases. Acorda Dilma. É hora de enfrentamentos claros.

  5. E o “poder moderador”?

    Cá comigo estou pensando…

    E o “poder moderador”? Os mais velhos, em cada família, que conhecem (de viver e não de ler), os fatos do passado.

    Tivemos e ainda temos no Brasil esse costume infantil de atribuir poderes a palhaços, a supostos “salvadores da pátria” que, se olhados mais de perto, sequer são competentes para amarrar os próprios sapatos. Imbecis que “tem uma ideia” e, tontos que são, acreditam nela e partem para executá-la sem medir as consequências dos seus atos.

    Dilma não foi a primeira e de modo absoluto não será a última a seguir o mal-conselho daquele “terceiro escalão” veneziano desempregado: “O bem se faz aos poucos. O mal, de repente!”

    E foi o que fez: “O mal de repente!”

    Mexeu no bolso e nas esperanças dos APOSENTADOS… Perdeu a simpatia do “poder moderador”.

  6. Num outro belo artigo na

    Num outro belo artigo na semana passada Nassif aponta a associação da mídia com o crime organizado e a perda de oportunidade de se punir a partir das constatações. Temos vária constatações que perdem na impunidade de um estado cleptocrático como bem foi dito aqui recentemente. A cleptocacia estável conta com inúmeros bacharéis de todos os quilates, cuja quantidade inexistia em tempos de Sarney – considerado mole e sem voz ativa – ou tempos de Collor – este sim, enfim um que impunha a sua autoridade e realmente mandava no País. O queridinho das elites, dessa mesma elite que o elegia num dia e nas ruas, sob o comando do PIG e do PT, o derrotaram no outro. E querem repetir. Se derrubaram um em quem votaram porque não derrotar um em quem não votaram?  – Pois bem, o que fazem esses bacharéis altamente assalariados que ganham para não deixar roubar o País e para patrocinar a justiça? Qual a percepção sobre o papel desses bacharéis? Nos propiciar espetáculos ridículos como os da CPI onde, os encarregados de fiscalizar o poder executivo, e que participam dos sistemas escusos de financiamento de campanhas acusando dirigentes da estatal pelos desmandos que eles alimentam e patrocinam. É dose… Qual a saída? Depositemos nossas esperanças na “Normose” que não percebe quem são os intermediários da propina e que atestam a legalidade desses atos e da exatidão das contas.

  7. O que me assusta não é todo o

    O que me assusta não é todo o cenário da política e até da economia em si, o que me assusta são os midiotas que a imprensa escrita-falada-televisada, capitaneada pela globo, está usando como massa de manobra. Desta gente só devemos temer a violência física, porque a forma de “raciocímio” deve ser totalmente primitiva… Abundam pela internet fotos daquele circo de horrores promovido pela globo no domingo, sobretudo aquela do viaduto de Jundiaí, daquelas faixas em inglês onde analfabetos políticos sem senso de ridículo pediam golpe de estado em inglês; do oba-oba unirformizado com camisetas da CBF, originais ou piratas! Atestados e mais atestados do analfabetismo político e índole fascista foram assinados… Apesar de tantas fotos que expõem o baixíssimo nível de politização e até desinteligência dos manifestantes, apesar da foto da mulher que fez top less (certamente em busca de seus 15 minutos de fama e de algum dindim em sua conta bancária, já que ela sabia que a globo estaria por lá e não custava nada emplacar uma imagem no espírito “desfile de escola de samba”), eu acho que Eduardo Guimarães acabou captando a imagem do cidadão-símbolo das manifestations globais de domingo. É a foto do cidadão fantasiado que aparece logo no início de seu post A revolução da elite branca.

    http://www.blogdacidadania.com.br/2015/03/a-revolucao-da-elite-branca/

  8. “São estranhos esses tempos

    “São estranhos esses tempos de vácuo político. O velho morreu, o novo ainda não nasceu. E o que pode vir pela frente é uma incógnita.”

    …virá que eu vi… (nas estrelas)

    a nossa Revolução de Veludo

  9. Difícil dizer para onde vamos

    Se depender da oposição carbonária, iremos para o fundo do poço, pois é lá que eles vivem e é só disso que eles entendem. Não são bons conselheiros, portanto.

    Na minha visão, Dilma deveria articular minimamente a sua sobrevivência até o final do mandato e fazer o que ela mais gosta e entende: uma revolução na gestão pública da União.

    Deveria fazer o que o ex-ministro Haddad fez no MEC, no governo Lula, com apoio do então secretário-adjunto (e depois ministro) José Henrique Paim.

    Os dois literalmente implodiram a estrutura viciada de compras governamentais do MEC baseada no QI de senadores e deputados federais. Acabaram com o balcão. Montaram uma estrutura eficiente, que atende a todos os entes federados, sem privilégios, com governança e transparência. Mas com o cuidado de reduzir as desigualdades regionais, como manda a CF, atendendo prioritariamente os municípios e escolas mais pobres, que normalmente não têm recursos para manter uma estrutura de lobby em Brasília, como os grandes fazem.

    Henrique Paim – “Outro ponto relevante diz respeito às compras governamentais, nas quais o FNDE é referência. Em 2004, gastavam-se cerca de R$ 6 milhões. Hoje, são R$ 400 milhões, sem nenhum questionamento dos órgãos de controle. E coisas como essa só foram possíveis graças ao mapeamento dos processos, ao comprometimento da equipe; enfim, ao fortalecimento da Instituição.” Leia: “A experiência do FNDE (2008)” – http://goo.gl/VmZVEw

    Dilma não tem o perfil de estadista. Ao que parece, não tem ambições de ser uma estadista brilhante como Lula, nem é afeita ao teatrinho medíocre da mídia. Mas é competente, ética, tem compromisso com o social e entende de gestão.

    Talvez sua vocação seja o de ser o “Capitão Nascimento” da gestão de governo.

    Se for capaz de modernizar e moralizar a gestão da União do entulho acumulado nos últimos 500 anos, rompendo com o paradigma dos favorecimentos espúrios, seu legado perdurará por gerações.

  10. Vladimir Safatle escreveu

    Vladimir Safatle escreveu algo semelhante na Carta Capital desta semana (“A Nova República acabou”). Para ele, em vez de se colocar como defensora da ordem institucional, a esquerda deveria partir agora para um novo projeto. É dizer, em vez de derrubar só o PT, como quer a direita, derrubar logo todo este sistema montado na redemocratização e que estaria esgotado. (“À esquerda, cabe agora dizer com todas as letras que se trata de abandonar de vez esse modelo de governabilidade com seus acordos paralisantes, esses atores políticos e suas leituras de ideias. Em uma situação na qual, desde de 2013, a sociedade brasileira luta desesperadamente por se reinventar, abrindo espaço para o seu melhor, mas também para o seu pior, não é possível fazer da esquerda o defensor do partido da ordem. Esse sempre foi um país que nunca deixou de sonhar e produzir modificações brutais nesses últimos anos, um país que mesmo na época da ditadura conseguia lutar sonhando. Nada pior do que não contar agora com a força dos sonhos.”)

    Mas isso incluiria, é certo, uma nova constituição, o que implicaria retomar todos os grandes debates – presidencialismo/parlamentarismo, liberalismo/intervencionismo, direitos das minorias/regra da maioria, regulação/desregulação, conformação dos poderes e por aí adiante – num momento em que o conservadorismo dá a sua maior demonstração de força.

    Não seria arriscado demais?

    1. “Não seria arriscado

      “Não seria arriscado demais?”

      Quem e o conservador agora?

      Porque o medo de mudança?

      Não confie no governo, não confie nos politicos, confie no povo.

  11. Se o governo quiser findar

    Se o governo quiser findar com o toma-la-dá-cá, precisa acabar com o financiamento privado de campanha. Isso somente ocrrerá se incentivar manifestações populares, pois os congressistas não vão querer dar tiro orelha

  12. As manifestações de domingo

    As manifestações de domingo sepultam de vez o presidencialismo de coalisão? Só se for num país ideal.

    As manifestações de domingo se sepultar alguma coisa vai ser a presidente Dilma e o PT. Ou o trabalhismo. Ou a Petrobrás. E de quebra as pautas progressivas no campo social. Caiado, Bolsonaro, Paulinho da Força e o Psdb em peso  por trás e na frente das manifestações quer dizer o que?

    Não vi nenhum cartaz pedindo pro Gilmar devolver o processo do financiamento público de campanhas. Não vi nenhum cartaz pedindo penas maiores de prisão  para Youssef, Costa e Barusco. Não vi nenhum cartaz em defesa da Petrobrás mas ao contrário vi pedidos de intervenção militar aos americanos. Não vi nenhum cartaz de apoio ao combate da corrupção. 

    Quando o PT cair do poder a prática política do país vai continuar a mesma. Mas sem apuração, que apuração com certeza absoluta derruba governo. Esse câncer que é a imprensa brasileira aplaudirá como loas esses novos governos que lhe permitirão contas recheadas em paraísos fiscais assim como apoia hoje o governo de “coalisão” e honestíssimo do governo de São Paulo. Da grande  imprensa pode-se dizer também  que de vez em quando entregará uma”cabeça de político” sem expressão acompanhando a velha prática policial de entregar uns”aviõezinhos” da perifeira para manter o sistema dominante do tráfico de que são beneficiários.

    Com esse mundo político que esta aí nunca mais teremos no poder um partido com ideais como o PT (pode ter defeitos mas a pauta central dos governos de inclusão social foi mantida durante todos esses anos) uma presidente ou um presidente transparente como Dilma Rousseff. A honestidade, a transparência, a defesa das riquezas nacionais e o desejo de mudar o país da presidente é motivo de ironia e desdém  para os políticos e “juizes”  profissionais. Os manifestantes vão atrás com a selvageria que tem se visto contra a presidente. Nenhum objetivo final: apenas a arrogância, a birra e a prepotência de derrubar uma presidente eleita pela maioria dos brasileiros sem respeitar a instituição Poder Executivo.

    Essa montanha vai parir um rato porque todo seu volume não tem conteúdo institucional. Só a selvageria das redes sociais e a consciência política das “globonews” e “vejas”. Ou “algo deve mudar para que tudo continue como está”, como disse Lampedusa quando após uma guerra sangrenta pela unificação da Itália os revolucionários procuram o principe, membro da aristocracia desde sempre beneficiado, para ser senador da república.

     

     

    1. Quem vai ser nosso Silvio Berlusconi

      Quando o PT cair do poder a prática política do país vai continuar a mesma

      Como na Italia pós-Mãos Limpas, e que não venha o dr. LFG com o seu blábláblá sobre cleptocracia onde ele coloca todo mundo no mesmo saco sem tocar na necessidade de jogar no lixo todo um sistema que envolve por exemplo financiamento privado de campanhas politicas, disso o pig não fala e muito menos o psdb, também o pmdb é a favor, devolve o processo, gilmar!

       

      Italia efetua prisões por corrupção em obras públicas

      http://www.jb.com.br/internacional/noticias/2015/03/16/italia-prende-4-pessoas-por-corrupcao-em-obras-publicas/

       

      Operação contra a máfia na Italia efetua 40 prisões

      http://globotv.globo.com/globo-news/jornal-globo-news/v/operacao-contra-a-mafia-na-italia-deixa-40-presos/4023371/

    2. Certíssimo, Vera. A

      Certíssimo, Vera. A manifestação de domingo pretende sepultar a Dilma, Lula, o PT e a esquerda de maneira geral, e só. A análise do Nassif sobre a crise do presidencialismo brasileiro é procedente. Mas o tal “novo”, como um avanço, não se pode sequer vislumbrar diante do que vemos no momento.

      Ao contrário, é o velho do velho. A direita querendo derrubar na marra um governo trabalhista, através da manipulação da classe média pela mídia, com a desculpa do combate ao “mar de lama”. Se conseguirem, vão ter um presidente Temer na mão deles. E uma repressão aos movimentos sociais, principalmente com a PM do Alkmin.

      Só que a esquerda não está morta. Lula apesar de não ser o mesmo, ainda é uma liderança. E com certeza será entorno da campanha dele para 2018 que virá a reação. E tem tudo para ser uma reação radicalizada, já que a direita baba ódio. Não haverá espaço para “Lulinha paz e amor” dessa vez.

    3. Estrategia

      Um governanre não pode ser apenas um estadista, antes de mais nada tem que ser um eximio estrategista.

      Toda luta pelo poder se assemelha antes de tudo com batalhas e guerras de ocupação.

      A Dilma coitada, pode ser uma pessoa bem intencionada, mas infelizmente esta bem longe de encarnar com qualquer coisa que lembre um general num campo de batalha. Pronunciando publicamente, ao lembrar seu passado de militante politica, invariavelmente vai as lagrimas contidas.

      O que falta aos politicos latinos da atualidade é o sangue frio dos anglo-saxões. Misturam ganancia com sentimentalismo e os governos são a mais fiel expressão das operas bufas existentes.

      Por esta razão não raramente os pronunciamentos são expressões de pouco caso, menosprezo com os direitos e inteligencia das pessoas.

      -QUE PAIS É ESTE?

      Pergunta-se entre a indignação e o deboche.

      Onde esta a realidade?

      Vamos pra Parsagadas. Viver na utopia, que a bem da verdade é o que foi disponivel até hoje para as populações das colonias latinas no mundo.

       

       

      1. Bom, se tirar 40 milhões de

        Bom, se tirar 40 milhões de pessoas da zona da pobreza for um fracasso sucesso talvez seja o que fizeram os frios anglo saxões destruindo o mercado capitalista.

        O governo da Dilma tem um só e imenso defeito: não tem estratégia de comunicação. Opera bufa não são os governos latinos. Ópera bufa é a tradução que a imprensa faz dos governos latinos. Só a ciencia  histórica recuperará com decência esse período que nós, latinos, estamos vivendo.

  13. Olha Nassif….por menos que

    Olha Nassif….por menos que gostemos do mundo político atual, o “velho” não morre enquanto não tiver substituto. Suas disfunções estão aí e nem precisamos falar delas.  Em linguagem neutra, concordamos que o custo de transação ficou exorbitante. Mas a inércia é imensa. A começar pelos interesses dos intermediários, que não são só os cunhas e renans mais visíveis. Mas milhares de pequenos, alguns de tempo integral, a maioria de maneira episódica, que produzem a rigidez – que tb é solidez. Pensemos p.ex., que o “business model” do pentecostalismo brasileiro está ancorado nas rebarbas que consegue do sistema político. Na “bancada da bola”, na “da bala”, e por aí vai. E deixemos claro. Não se trata de dizer que eles não prestam, que promovem o pior da sociedade. Mas de reconhecer que grupos sociais em torno de suas causas. Mexer com isso sem MUITA finesse (que na real não está disponível no nosso “skills bank”) vai ser sentido como uma jogada elitista (ou mesmo golpe) para parcela considerável da população. Nos Estados UNidos do início do século XX deram um pinote desses para acabar com a corrupção identificada com a comunidade irlandesa de Nova Iorque e Boston (a Tammany League, que foi filmada naquele filme das gangs de ny). O resultado foi que o povo entendeu que era para acabar com a participação popular, com a verdadeira democracia. Demorou décadas para alterar essa percepção.

    Então, muito cuidado antes de se empolgar com alguma solução maravilhosa para “consertar” a política brasileira.

  14. Adaptação ou esquecimento.

    Antes de mais nada: votei na Dilma e apio muito do seu plano, e ainda tenho fé de que construímos uma base que nos ajudará num futuro próximo ainda na virada de 2020. Apoio também a política de industrialização, exploração e partilha do pré-sal. Porém tenho hoje a seguinte opinião que pede ajuda de todos para ser ajustada: O sistema capitalista e a forma de organização política moderna tem como principal caracteristica a necessidade de adaptação a novos tempos. Este é um novo tempo, que surgiu no desenvolvimento econômico da década passada junto de novas formas de comunicação. É dentro deste novo paradigma que surge a necessidade de se fazer uma nova política e o que ajuda a explicar a crise na estrutura de hierarquia do estado brasileiro hoje. Sim temos uma crise de estrutura de estado pois como toda forma de governo ocidental moderno, o estado brasileiro, com todos os seus vícios e arcaísmos, é organizado numa distribuição de poder e formas de representação hierarquico. No entanto, a nova dinâmica econômico social do país, junto de novas formas de comunicação turbinadas pela Web 2.0, imprimiu uma forma de comunicação em ‘rede’ (networking) na sociedade civil. E isso engoliu o governo Dilma e engolirá a oposição num futuro próximo. Por isso, a esquerda precisa de duas estratégias para sobreviver.

    1. O governo Dilma começou a se desmanchar em Junho de 2013 e somente sobreviveu nas eleições devido a fidelidade de todos os espectros da esquerda, e resquicios do sucesso da política de repostas a crise financeira de 2008. No entanto, o país passou a viver em 2013 a consequência da aposta errada de que o mundo desenvolvido já teria saído da crise, e as bases do preço de commodites internacionais, tanto como o consumo de alta renda, se recuperaria. Ledo engano, pois a desigualdade construída pelo formato de recuperação concnetrao no preço de ativos nos EUA, e o desastre de políticas de austeridade suicidas na União Européia (incluindo UK), destruíram o alicerce em que se baseou os líderes políticos do governo em 2009. Já em 2013 também o país passara a sofrer dos desajustes macroeconomicos advindos da aposta errada do governo sofre a recuperacão do mundo em 2009, quanto da aposta de uma nova dose de política aintciclica na economia. O govenro ainda segurou o dólar, aumentado preções inflacionarias por emissão de real através de swaps cambiasi, distorcendo ainda mais o equilibrio de preços agora também internacionais na economia brasielira. Pois bem, essa política do governo onerou o tesouro de forma expressiva, e por outro lado aumentou de forma artificial a renda das familias sem contrapartida do seu ganho em produtividade. Se colocado vis a vis com a queda da renda das familias nos paises desenvolvidos, esse poder renda e consumo dos brasileiros, se baseou numa bolha do poder de compra dos brasileiros. A destruição da balança pagamentos do país está ancorada nesta matriz econômica do governo Dilma, contruído ainda em 2009. Essa destruturação da economia brasileira serve de referência para a destruição do balanço de capital da petrobras, poi investimento em produção industrial se tornou totalmente dependente da concetração do projeto de exploração da petrobras do pré-sal. Como ocorrera com a oneração do tesouro, o caixa da estatal fora destruído pelo controle de preços dos combístiveis e derivados de petróleo para segurar a inflação e inflar a renda das famílias brasileiras de forma artficial. Não há problemas com a petrobras guiar o desenvolvimento brasileiro (como eu apóio), mas a falta de ganhos de produtividade dos custos de produção no Brasil, aprofundadas num câmbio fora do lugar, criou um peso dessa forma de desenvolvimento com distorcnao de preços em cima do tesouro e do caixa da estatal. Isso concentrou poder demais tanto na presidencia quanto numa estrutura de vícios do estado muito ruins.  O esquema de corrupção se baseias da forma viciada da hierarquia do estado brasileiro infiltrar a estatal, algo que ocorre com todas as estatais do país, incluive nos níveis de governo da oposição. Para piorar, a presidente desmanchou todos os níveis de conselhos ligados ao planalto e fez política de canetada de gabinete. Erro total de comunicação e capacidade de organização de um estado complexo brasileiro envolto de uma crise internacional. Bem, a presidente parece sem rumo e depende do pensamento economico tanto deJoaquim Levy quanto de Barbosa, e de utopia estratégica de Mangabeira Umber, porque a cadeia de desenvolivento programado e execultado por ela está ruindo tanto economicamente quanto politicamente. Quando há uma ataque da corrupção sem a preservação das empresas e da riqeuza do conhecimento (como o André Araújo de forma maestral bem colocou), este ataque a própria riqueza do conhecimento do país se dá devido a tentativa muito bem sucedida de uma organização de setores do poder antagonicos a este projeto. Por isso, sobrou a Dilma apenas a opção de dividir o centro do poder com o PMDB e partidos aliados a direita, pois a esquerda não tem represntação legislativa para salvá-la neste momento. A oposição passou a representar ao poder politico econômico que é contra a matriz de desenvlvimento do país e defende a tese de dependência do estado aos poderes centrais, e que tem grande força pois não se jogou nas mãos do poder federal para sobreviver. Eles ainda não mostraram a cara de forma pressuposta pois tem a mídia para se ocutar e uma manada anti-PT para fazer barulho (uma prova disso é que sua estrutura de rede das eleiçõe continua ativa e financiada usando a mascara da oposiçnao). A Dilma portanto já não tem quase mais nenhum poder, pois quem apostou na sua matriz e ainda cometeu atos de corrupção está ruindo e dependente do PMDB, PSD (incrivel como o Kassab acumulou poder em 10 anos e ainda terá espaço dado pela lava jato para angariar ianda mais) e acima de tudo, da oposição para sobreviver.

    2. Por isso, a esquerda precisa de uma estratégia clara de duas frentes hoje no Brasil. A primeira frente se dá em apenas dar poder de sustentação para a Dilma governar o país sabendo que suas estrutura hierarquica serve somente para isso: sustentar e não ter o poder, pois tanto agora sofre as consequências de uma matriz errada, quanto do processo de escandalização de quem perdeu as eleições. Vejo que tanto Dilma quanto o PT já aceitaram a abdicar da centralização do poder, e tem trabalhado firme para recuperar a petrobras, tentar salvar o processo possivel de industrialização com o pré-sal, e tornar o país governável neste período de transição do fim da nova república. A isso se deve a Lula, como poder de negociação acima de qualquer um hoje. Agora, veja bem que a esquerda ainda tem muito poder, pois conseguira vencer eleições dificeis realizadas justamente nem perído de fragmentação da matriz econômica pós-2009. A contrapartida do governo seria criar um espaço para um novo Projeto de Lei para participação pública dentro do poder hieraquico do estado. E isso será chave para o futuro, como exlicarei mais abaixo. A esquerda também tem uma capacidade de se chagar com mais facilidade a população, e tem feito menos barulho por 3 motivos: 1) ganhou as eleições mas está meio que perdida pq não foi informada dos problemas da política-econômica do governo (quando alguém  esquerdoso falava disso era tachado de oposição); 2) não tem a mídia a seu favor e nem todos tem o poder de usar as ferramentas de comunicação em network; 3) O governo desmontou a organização de comunicação em network após as eleições, pois não esperava um terceiro turno (Lula e Dilma de branco na cermônia de confraternização). Por estes motivos a esquerda tem de se organizar ao redor de temas comuns numa formato de rede e independente do poder central. Aqui, o PT ainda pode tomar a frente, disponibilizando todo o centro de inteligência da eleições pode formar grupos independentes de seu poder hierarquico em forma de network e articulada com grupos de comunidades que atuam como caras e temas diferentes dentro deste formato. Entretanto, essa estrutura não pode ser usada para defender o governo ou ser um apêndice dele, pois a estrutura antiga de hierarquia e o sentimento anti-PT e esquerda tradicional, impediriam o desenvolvimento destas networks. Ainda, a estrutura hieraquica do PT já perdeu em 2016 e 2018. Agora, a esquerda pode sim fazer frente em 2018, como fez em 2014 nas duas últimas semanas das eleições atuando unida em network. Eu hoje acredito que apenas a network da esqueda está desarticulada, mas tem está muito mais preparada para o debate com propostas para o futuro do país do qu a direita, e agora falo o porque: a maior parte da direita que foi as ruas, como evidente nos vídeos (a) não sabe o que está ocorrendo nem mesmo com os escândalos de corrupção; (b) tem uma forma de argumentos rasos, como ficou evidente nas entrevistas de Haddad nas radios tanto na Jovem Pan quando na Bandeirantes; (c) apesar de organizar a direita em networking, não quer o povo que compõe ela participe dos debates sobre o futuro do pais de forma alguma. Foram eles que gritaram na internet, veja, no congresso, mídia, que o projeto que o governo tinha para dar espaço a novas de participação social era um golpe comunistas. Veja que havia grupos organizados na paulista e tbm no restante do país que jamais poderão participar do estado a qual pertencem, e se tudo o que resta como a alguns deles e de sua elite é dizer que tem vergonha do país e que votou no Aécio, daí se vê o tamanho do problema. Por isso, a participação social e a nova política no país se dará através da velha e surrada esquerda avermelhada (esse papo de que a bandeira do Brasil nunca será vermelha somente mostra a que nível chegou a direita e como a elite usa de aberrações sem significado para políticas públicas que melhores a vida dos seus cidadãos – vermelho é cor da bandeira do PT, e este nunca falou que era o Brasil).

    Neste sentido vejo que a esquerda tem mais perspectiva de futuro no Brasil. O que pode ocorrer é o mesmo que está ocorrendo na Europa: a esquerda devido a crise se reestruturou em networking fora do poder central e aos poucos ganhou e está ganhando espaço no coração das populações e dentro do debate público. Se a Europa é exemplo, a direita sufocou e tem sufocado a população nos países em crise, e a direita em nenhum momento criou networkings (como na Espanha, Grécia ou Italia) para dar espaço a estrutura networking de comunicação da nova geração. A esquerda hierarquica tradicional também não. Se o governo apenas salvar o que foi montado de 2003 até 2014 de políticas públicas integradas, e uma esquerda em netwoking integrada também properar, daí pode surgir uma nova esquerda no Brasil com chances em 2018.

     

     

     

    1. Bom texto, você fez direto no

      Bom texto, você fez direto no site?

      Quando for fazer um texto mais longo use um editor de texto.

      Você tem  preconceito e desconhecimento do que é direita ( e conservadorismo).

      Liberte se.

       

    2. Boa reflexão Vitor

      Um senão na atuação da Petrobrás, que manteve os preços dos combustíveis baratos no Brasl porque acreditava de maneira correta que os preços estavam sendo manipulados de forma inflacionada, o atual valor do barril mostra que estavam certos. O problema foi querer investir mais do que podia, dar um passo maior que a perna, o que aumentou muito a dívida e a exposição a ataques, mas daqui a três mêses isto já estará corrigido, pois o preço caiu no mercado internacional e a nossa produção e refino interno têm aumentado significativamente com a entrada de novas plantas e poços.

      Por outro lado, sou cético quanto a qualidade da participação da população e mesmo da classe política na criação de uma nova esquerda com poder “de fato”. 

      Isto, porque acredito e lembre sou o cara da ” Astrologia – Tarot – Geometria” nas formulações de poder que funcionam, assim, não dá para traser o povo ou um partido para uma formulação de poder que na origem tem de ser secreta para manter a eficácia. 

      Os instrumentos de poder são secretos.

      Faz parte do jogo e é assim que nossa civilização humana foi construida até hoje, na minha humilde opinião.

  15. Quem quer conhecer mais sobre a morte do velho e o novo que

    ainda não nasceu, ou melhor, um outro ponto de vista, sugiro conhecer um teórico nesse assunto, o cidadão Fredmund Malik:

    http://www.malik-management.com/en

     

    Obviamente, ele mostra o ponto de vista europeu. Daí, pode-se inferir que esse problema não é só brasileiro, é mundial .

     

    Boa leitura!

  16. Pesquisa Datafolha aponta que

    Pesquisa Datafolha aponta que 82% dos manifestantes da Paulista votaram no Aécio. Se a Nova República acabou retornamos a Velha República. Aquela em que as classe dominantes e a aristocracia podem fazer o que quiser com o voto e com dinheiro público, construir aeroportos em propriedades próprias, parar processos de apuração de envio de dinheiro ilegal pra Suiça, dar 1,2 mil para empresas de comunicação da família etc.

    Minha tese de que as manifestações era contra o voto do nordestino, a esquerda e as pautas sociais se confirma. Pelo menos já sabemos o nome da “fera”: terceiro turno ou talvez  golpistas.

      1. Muito certeiro…

        Que tal comparar 18% da massa do domingo com 100% da massa da “6ª feira do 13”? Resolveu?

        O assunto é serio, minha gente, repetir ladainhas de auto-ajuda não vai resolver o problema e, isso, até os “profissionais” do Governo estão sabendo… Ou não foi o que transpareceu nos discursos do Cardozo e da própria Dilma?

        “Humildade e diálogo” (repitam 21 vezes pra ficar “gravado”), não se esqueçam!

        1. É papel do governo se mostrar

          É papel do governo se mostrar “conciliador”. O que não esconde a verdade de que os que perderam a eleição estão sendo conduzidos pelos grandes meios a impedir a presidente de governar.

          E não tem nada de auto-ajuda. Para combater o adversário é preciso conhece-lo, inclusive em suas fraquezas. Não foi o povo brasileiro que esteve nas manifestações. Foi o povo brasileiro que votou no Aécio e que concede ao partido o direito de roubar. A outra parte do povo brasileiro votou na Dilma, se indigna com a corrupção mas quer que todos sejam acusados. E a presidente continua com apoio dos que votaram nela. Esses estiveram na Av. Paulista no dia 13 e sua manifestação merece tanto respeito quando a do 210 mil, que foi bombada para  1 milhão pela PM do Alckmin e Rede Globo.

           

          1. Vocês podem repetir até à

            Vocês podem repetir até à morte os mantras que entenderem necessários, ainda que contrários à realidade fática; quem trouxe a informação foi você mesma: 82% votaram no Aécio, logo, 18% votaram na Dilma e foram à manifestação…

            Novamente lendo os teus números, 18% de 210 mil ainda são 37.800… Quantos estiveram na Paulista na 6ª feira?

          2. A pesquisa Datafolha não

            A pesquisa Datafolha não explicita se os 18% restantes votaram em Dilma. Você presumiu. Mas vamos resolver essa queda de braço quando a pesquisa sair por inteiro.

            De qualquer forma, como não tinha só troglodita na manifestação é natural que o governo tenha perdido apoio em São Paulo e justo considerar que milhares de pessoas que participaram do ato fiquem indignados com a corrupção.

          3. De qualquer forma do

            De qualquer forma do manifestantes que participaram do ato do dia, 71% disseram ter votado na Dilma. então se ela perdeu apoio de um lado pode estar ganhando de outro.

          4. Vera, a questão não foi a

            Vera, a questão não foi a corrupção…

            Corrupção não gera isso; ninguém com mais de 12 anos de idade neste país acredita em “político limpinho”; A questão é mais profunda e foi detonada pela ausência da mandatária e por um pacote leonino…

            Dilma negou a própria campanha já no primeiro mês de governo e eu não acredito que os seus próprios eleitores tenham gostado sequer um pouquinho disso; Vocês tem, com certeza, outras estatísticas. Vejam as internas, “do partido” e verifiquem como estão os índices de aprovação e popularidade do Governo Dilma, e depois continuem sonhando que só havia “coxinhas” na manifestação de domingo.

          5. Não sei porque você disse

            Não sei porque você disse “vocês”. Minha ligação com o governo é de voto porque confio no seu programa de governo. Por ora, acredito na presidente. E enquanto ela mantiver os programas de inclusão social, melhoria da saúde pública, combate a corrupção, defesa do pré sal e da Petrobrás, tem o meu apoio.

            De outro lado não permito globo nenhuma, lobão nenhum ou manifestante nenhum da Paulista cassem o meu voto. Eu já tenho mais de 12 anos e nunca vi melhorarem as condições sociais do país como nos governos petistas.

          6. Somos muito mais que a Paulista

            Vera, endosso sem ressalvas suas palavras, complementando que seja a Paulista, São Paulo ou SP não possuem procuração para representar todos os outros eleitores do país. Coisa chata esse paulicentrismo ou seja lá como se possa chamar essa visão excludente de todos os demais.

          7. Caro José, concordo com

            Caro José, concordo com alguns pontos seus, mas não esqueça dos brancos e nulos na eleição recém-finalizada.

          8. Os brancos e nulos são isso:

            Os brancos e nulos são isso: Brancos e nulos!

            Nem foram à eleição nem às ruas; o seu comodismo não permitiria.

          9. Sinto muito, mas impossível

            Sinto muito, mas impossível de concluir. Ainda mais em clima de ‘euforia’.

          10. José Mayo, me desculpe pela

            José Mayo, me desculpe pela segunda vez, mas esse teu raciocínio é primário; quase pueril. 

          11. Mais uma vez te agradeço, JB,

            Mais uma vez te agradeço, JB, mas não se trata de um “raciocínio” e sim de um contra-argumento.

        2. Cem dias seguidos

          Não adianta só repetir “Humildade e Diálogo”  21 vêzes, têm de ser por 100 dias seguidos, sem interrupção hehehe….

          1. Dia 15 tinha abaixo assinado do TFP

            Dia 15 tinha abaixo assinado do TFP na av. paulista… Você assinou? É a sua cara!!

        3. Desculpe José Mayo, mas antes

          Desculpe José Mayo, mas antes da humildade vem a racionalidade;  a análise e ponderação dos fenômenos. 

          Qualquer manifestação pública é séria. Mesmo que composta por dez, quinze, cem cidadãos. Mas isso não implica na sublimação das mesmas ao ponto de descurarmos: a) Seus propósitos. 2) Sua efetiva dimensão. 3) Seu contexto. d) O perfil da maioria dos manifestantes. 

          Saiu pesquisa recente: a quase totalidade era, quanto a isso nenhuma surpresa, de eleitores do Aécio Neves. Isso a desqualifica como uma concessão da democracia? Não.  Disso se deduz que TODOS os manifestantes eram radicais partidários? Não.  Isso leva-nos a desdenhar de alguns itens da pauta, como corrupção,mesmo que seja um discurso seletivo? Também não. 

          Entretanto, caro, longe está dessa efeméride representar o POVO brasileira, a expressão política geral do eleitorado. Representa um naco da população. E os 99% de eleitores que não estavam lá? 

          As reações do governo seguem um padrão. Ou tu achas que a presidente iria expor esse meu raciocínio? Ela é presidente de todos os brasileiros. Deve atentar para qualquer tipo de movimentação ou agitação popular por dever de ofício.Mas não porque essas intrinsecamente tenham uma pauta verdadeira(na de ontem até clamores ditatoriais foram expostos) ou que representem O POVO brasileiro. 

          1. Nada a desculpar,

            Nada a desculpar, companheiro, apenas agradecer e te parabenizar pelo belo texto que você lapidou mais abaixo; tentei colocar umas estrelinhas e não consegui, então, vão aqui por escrito: 05 estrelinhas.

            Quanto aos teus argumentos acima, também não discordo e também considero essas “contagens” retórica vazia.

            Quanto à presidente Dilma, aos meus anos já tenho a plena consciência de que, fosse ela ou outro, é apenas o “busto que fala”, e até dança, mas não “move as linhas”.

            Se as movesse, penso que entenderia que os idosos podem não ser importantes para o “parque produtivo”, mas são importantes e influentes para as suas famílias e, idosos, não gostam de surpresas, e muito menos que mexam a toda hora nas já leoninas regras das suas aposentadorias, como se fossem eles que tivessem que pagar, também, as contas de todas essas “propinas”, ou contribuir para que o (des)governo que está em caminho possa presentear os parasitas da Nação com juros cada vez gordos, para supostamente “controlar” uma inflação que o próprio descontrole do governo cria.

            Abs

        4. José Mayo, concordo com você

          José Mayo, concordo com você e é por isso que um monte de beija-mão nunca são bons conselheiros.

          Se o governo gosta de trabalhar com a realidade, e é preciso, e gosta da realidade na hora que ganhou a eleição, na hora que loteia cargos, precisa enfrentar a realidade que existe muita gente insatisfeita e raivosa. Eu creio que muitos entre os eleitores também estão insatisfeitos. Eu não fui a passeata, não me identifico com a Paulistada, mas vejo a realidade que muitos aqui não enxergam porque usam um filtro vermelho muito forte para ver. Se ficar nessa ladainha de hostilidades entre grupos sociais o carnaval não acaba tão cedo e o ano não começa.

    1. Vera,
      A propósito, escrevi um

      Vera,

      A propósito, escrevi um comentário ontem abordando essa imputação falsa – a meu ver – de que ali se manifestava O POVO brasileiro. É isso que a máquina de manipulações e maquinações que é a mídia brasileira quer repassar.

      Pena que analistas sérios, honestos, ainda estruturem raciocínios para o que chamo de sinédoque política-ideológica, ou seja, tomar a parte pelo todo.

      Não quero com isso agravar a cisão ora vigente, mas apenas colocar as coisas nos seus devidos lugares. Outra coisa: a exceção foi a serenidade, o manifestar-se com critérios objetivos e com respeito. A regra foram as exposições de ódio, preconceitos, bestialógicos e afins. Isso, realço, na a deslegitimiza, mas enfraquece. 

  17. Um período a ser analisado em conjunto

    A nova república brasileira começou como uma cleptocracia amadora que foi se profissionalizando, ganhando grande impulso no governo FHC e tavez atingindo seu ápice no governo atual. Durante todo este período houve sim ganhos sociais interessantes mas manteve-se o vício letal da concentração de renda na mão de poucos. Os banqueiros adoraram este período. Ganham, ganharam e ganharão rios de dinheiros com neste tipo de governo. Dão risada à toa, são amigos de Lula e de FHC. Agora ficar falando entre lutas de classe, classe média contra classe baixa nordestina é muito anacrônico. Tanto a classe média paulista como a classe baixa nordestina sai perdendo em um sistema cleptocrata onde poucos ganham muito.

  18. A “Transição” pode ter cara de “Nerd”.

    A Grande Mídia tenta, em vão, preencher este vazio muito bem descrito pelo Nassif.

    Busca “garimpar” alguma Luz entrevistando Marina e FHC (Hoje no Valor – FHC repete Veja com “Eles Sabiam…”).

    E, ambos falam com Prazer, Zero de Conteúdo e nenhuma Autoridade, após os Escandalos recentes de ambos (já se esqueceram do Jatinho do Campos/Lava Jato e do “Vai dar Merda”?).

    Nassif começa a “assimilar” Dilma:

    “…A própria presidente Dilma Rousseff já tinha colocado o modelo em xeque, com sua proverbial dificuldade em participar dos jogos tradicionais da política brasileira…”

    Infelizmente, Dilma Pensa Bem e se Comunica Mal.

    Nada anormal. Trata-se da “Síndrome do Nerd”, onde a Velocidade dos Neurônios acabam “atropelando” a Língua.

    Em Entrevista à Cristiana Lôbo (Fatos e Versões), até o Raymundo Costa concordou que “Dilma se defende bem” e “É bom ver Dilma falar”.

    Ontem, ao responder também ao ínclito Eduardo Cunha, Dilma até usou a Imagem da “Velha Senhora” para qualificar a Corrupção no Brasil.

    Imagem que “quase” lembrou o Lula (Este usaria o Masculino, para se evitar potenciais gozações. Afinal, Dilma não é mais tão jovem…)

    Não se esqueceu de mencionar que o “Dinheiro Corrompe”, todos, no Mundo…

    Não seria Dilma uma “Encarnação” (meio tosca) da Nova Política?

    Não seria hora de Lapidar e dar um Polimento nesta Pedra Bruta?

    Conteúdo e Ideias ela parece ter.

    Afinal, poucos Líderes leram tanto e passaram por Experiências tão “ricas”, como 2 Manifestações e a incessante Oposição da Direita (Mídia incluída) e da Esquerda…

    E, afinal, ela se saiu até que muito bem.

    Esta Lapidação e Polimento passa necessariamente pelo Marketing (no sentido Positivo da palavra).

    O Marketing, do tipo João Santana, também já passou.

    Seria seguir o Conselho do Renato Janine de “ser mais Mulher”?

    Sim, usar as Qualidades Naturais das Mulheres: Acolhimento, Honestidade e Sinceridade (segundo o Renato, “Abrir” o Coração”).

    O tal Pacote Anti-Corrupção está aí.

    A Mídia vai fazer o possível para mostrar seu Desprezo.

    Alguém precisa provocar a nossa Dilma, a exemplo do Eduardo Cunha, para que ela fale.

    Que “Abra o Coração”.

    Que grite (antes da Mídia) que Leis “só pegam” se as Pessoas quiserem.

    E, que isso começa com a Participação do Indivíduo.

    Começa no Caráter de cada um.

    Que se chame as Pessoas à Responsabilidade (algum Político teria Colhões para isso?).

    Que paremos de “Engraxar” o Guarda, de “dar um Café” ao Fiscal e, até o Ridículo (mas essencial), de “Dar um por Fora” para o Garçom nas Festinhas de Formatura…

    Reativar os Conselhos Populares (Ok, com um nome menos “Bolivariano”), onde as Pessoas possam ser Ouvidas e suas Ideias submetidas ao Congresso.

    FHC, Aloysio, Serra, Aécio jamais podem ocupar este Espaço.

    Mas um Nerd como Alckmin ou sua Versão Feminina, Marina, podem tentar…

    Dilma tem a Vantagem de ser Autêntica e Testada.

    Mas, precisa “Abraçar” esta Missão.

  19. De uma coisa estou convicto:

    De uma coisa estou convicto: ou as forças políticas dão uma pausa nessa guerra ou então o Brasil vai ralo abaixo. O termo é desgastado, mas ouso utilizá-lo: precisamos de um pacto para já, antes que seja tarde.

    Não é possível o país viver continuamente em estado de guerra; com as pessoas comuns e as não comuns com os nervos à flor da pele; num fratricídio que só está faltando mesmo  cadáveres. Conheço casos de cisões sérias no próprio seio de famílias. Amigos já se desconhecem, se não mesmo se hostilizam mutuamente. Ninguém arreda um milímetro sequer de suas posições.

    A Nova República surgiu mais para emular o ancien régime. Elaborou uma Constituição Cidadã, mas deixou intacta a práxis política dos conchavos, dos acordos de gabinete, e dos três famosos “ismos”: patrimonialismo, fisiologismo e clientelismo. Os marcos ideológicos entre Esquerda e Direita passam a ser indistinguíveis dada a  busca insana  do Poder pelo Poder  que se desencadeia na nova ambiência de plenas liberdades. 

    Ganhar eleições passa a ser o fundamental. Os ideários, propostas, projetos de curto e longo prazo só na retórica. Foram sucessivos governos, a partir de José Sarney focados em projetos, importantes, sim, mas solitários. Na gestão, a transição e a Constituinte. Fernando Collor, acabar com a inflação com um só golpe ninja e abrir comercialmente o país. Itamar Franco: foco na estabilização econômica. Fernando Henrique Cardoso, a implantação do ideário neoliberal, máxime a redução do Estado. Lula e Dilma a redução nas iniquidades sociais.

    Todos de certa maneira conseguiram, mesmo que momentaneamente seus objetivos. A crítica é quanto à falta de uma visão tanto de futuro como global de um país emergente, líder no sub-continente americano e com potencial para ir muito além.

    Falta-nos um projeto de país que aponte para os próximos trinta, cinquenta anos. Falta-nos um projeto de país que a cada gestão robusteça, reforce e contextualize esse projeto e não procure reinventar a roda. Não como ocorre hoje: problemas de solução de continuidade na gestão dos três entes federativos. Falta-nos um projeto de país no qual as disputas orgânicas por nacos do Estado dê lugar ao debate político efetivamente comprometido com mudanças estruturais. 

    Estrutura é base, é sustentação, é solidez, arcabouço, ou seja, educação de qualidade, saúde universal, preservação ambiental, emprego, renda mínima, oferta de serviços públicos de qualidade. Sem isso não se erige uma sociedade justa e efetivamente democrática. 

    E por falar em democracia, será que a exercitamos de forma efetiva? Ou apenas como formalidade? Quando não, desfrutada apenas por uma parcela de brasileiros? Manifestações públicas, eleições, não são prova provada de democracia. É apenas verniz. Esta será plena quando todos tiverem oportunidades iguais;  quando ninguém fique à margem do progresso material e imaterial. 

    Falta-nos na presente safra juízo e sobra muito egoísmo. Não só na política, mas em todas os extratos da sociedade brasileira. 

  20. pensamentos e a historia!
    Ciclo, periodo e tantos como economicos, sociais e politicos sao normais na evolucao dos sistema. Nada muda ou derrota no plano dos direitos civis como o democratico, vamos avancando levado por maioria e a minoria expondo e sangrando na luta seus direitos. Ai temos a forca intelectual e a grandeza da minoria. Levar criando e abrindo caminhos novos em um mundo novo.
    O hiato da ditadura sentimos agora, quem sao os novos e nos falta pensadores e idealizadores. Assim retrocedemos ao passado, ao antigo e sem novidades. A luta do novo com o PT e seus presidentes perdem declaradamente no domingo com chamamento a um passado que nao existe no presente.
    A luta do presente com o PT e a Dilma mala contra a busca de um passado ficou claro que esta cena nao existe mais e por mais que insistam. Acabou a volta ao passado. Ate a Dilma e o PT caiam mais nao eh possivel voltar ao passado, todas as condicoes e situacoes sao outras novas.
    Temos sim de restaurar as forcas intelectuais, as forcas das novas classes, explicar as forcas tradicionais, lutar contra o conservacionismo sem extremos, fortalecer ainda mais os trabalhadores, apoiar as medias e pequenas culturas das agriciltura familiar, reinventar e apoiar os novos pensadores, descobrir novos lideres e prepara los, discutir novas ideias, reformar o judiciario comprado e a assembleia financiada do nivel municipal ate federal.
    A nova republica ja comecou ha 12 anos.
    Agora pelo vacuo da Governancia ja nao se preve um caminho. As pedras deste caminho sao o uso do dinheiro publico.
    Estamos na curva e no tempo exato da nova republica com a mudanca social, classe e economia.
    Precisamos avancar nos politicos!
    Esta nao eh a politica e nem os politicos na nova republica que vem mudando por 12 anos.
    Faltou ideias e pensadores para depois de 12 anos, esta faltando gas e lideres.
    A morte da midia, globo foi na sexta e interrada no domingo, ela grita, ela berra, debate e quanto mais se agita se enterra.
    O passado nao volta e nova republica ainda eh uma crianca de 12 anos. Atonica!

  21. o bom da opinião é que ela

    o bom da opinião é que ela pode brigar com a realidade. Nassif analisa o problema por um lado só. E chega a essa conclusão: o fim do presidencialismo de coalizão. 

    Há um componente importante deixado de lado e que tem o poder de encerrar essa era: o eleitor. Nas últimas eleições, quem cresceu? os partidos pequenos ligados aos evangélicos. São conservadores em direitos e incógnitas na economia. Podem ser facilmente cooptados pela direita, mas têm base em um eleitorado pobre. O PMDB continua sendo o grande partido. O elitor decidiu que o quadro partidário brasileiro deve ser ainda mais fragmentado. 

    No executivo, o eleitorado é exigente, mas no legislativo, este mesmo eleitor é promíscuo. Com este cenário, o presidencialismo de coalizão é a única saída. Não adianta pregar reforma política para mudar a atual legislação eleitoral. São esses parlamentares que irão votar. Isso nunca ocorrerá.

  22. Impunidade

    Nassif, no Brasil o Novo é o Velho com outro nome.  Gostaria de contribuir com o debate de outro jeito, pensei em falar sobre economia mas constato que ela não está tão mal, não é a causa da crise. Não me sai o pessimismo. Penso em Medidas Provisórias, partidos com outros nomes, um Ministério da Crise… para o PMDB… um aumento de remuneração para o Ministério Público e para a Polícia Federal… Operação “Pizza a Jato”.  Mais do mesmo. A começar pela  impunidade.

  23. 2015.75

    O Nassif escreveu: “São estranhos esses tempos de vácuo político. O velho morreu, o novo ainda não nasceu. E o que pode vir pela frente é uma incógnita.”

    Não sei se o Armstrong está certo ou errado nesta, mas vamos descobrir algo em 2015.75, ou seja, por volta do dia 1 de outubro de 2015.

    Parece teaser publicitário, mas tenho o sentimento de que é coisa séria, a ponto, de um sentimento generalizado de mudanças, como descreveu o Nassif acima, estar permeando o planeta todo.

    Vivemos em tempos interessantes.

  24. Nassif,
    Essas análises

    Nassif,

    Essas análises lembram muito as de 2013. No final das quantas, teve copa e tudo voltou à normalidade, como os mesmos políticos de sempre sendo eleitos

    Veja, só faz sentido falar em mudança se houver alterações insittucionais (no setindo amplo e estritio), ou seja, sem mudarem as regras dos jogos ou nas organizações responsáveis pela sua garantia

    Acho precipitadas as análises feitas no calor dos acontecimentos

  25. Dois senões

    Dois senões ao texto do Nassif.

    Um: o que “dá a liga” de uma inteligibilidade causal a esse encadeamento de fases do primeiro tópico é a lógica política do “peemedebismo” e não apenas uma “evolução” de fenômenos.

    Essa lógica é a forma institucional (ou o conteúdo específico das relações) pela qual o patrimonialismo se reproduziu após a ditadura militar como o verdadeiro e duradouro projeto nacional das castas senhoriais.

    Dois: Não se trata de reduzir uma “evolução” de fenômenos políticos ao economicismo de lograr ou não “criar um modelo de desenvolvimento dinâmico”. Ele pode até ser criado, mas se ele apenas reproduzir a lógica do patrimonialismo (que pode também ser traduzida como lógica do privilégio), ele só terá mudado algumas coisas para que tudo permaneça igual. Ou seja, o “X” da questão não está na economia, mas na forma de regulação social dos direitos.

    Portanto, a resposta à lógica patrimonialista não é econômica. A resposta é política — no sentido mais amplo da política: não a política(gem) do já disposto, mas política como invenção de novas disposições.

    É essa invenção política que o PT sugeria ser capaz de realizar. A crise de representação a que chegamos e o esgotamento da opção bipartidista é sinal de que:

    1. a reprodução do projeto nacional das castas senhoriais encontra, mais uma vez, seu horizonte (ou limite) de contestação (e é isso que deixa tão atônitos seus acólitos, como Gilmar Mendes (o PSDB por metonímia), Eduardo Cunha (o PMDB por metonímia) e outros mais);

    e 2. na medida em que se bastou apenas em uma solução econômicista balizada pelo critério utilitarista do consumo (portanto, classicamente liberal), o PT foi incapaz de dar curso a uma invenção política que albergasse a efetiva ampliação da cidadania, que é a viga de contestação substantiva ao projeto nacional patrimonialista.

    Não por acaso, a “besta” da corrupção acaba sendo a metáfora mais palpável desse projeto. Ela sintetiza, ao mesmo tempo, a perpetuação da ordem do privilégio e a constatação, por fim, da esterilidade de quem se apresentava como sua alternativa. É por isso que chegamos à tensão do atual impasse.

    O resto é o “resto”, ou seja, as variações que dão conteúdo à forma que as determina: multiformes construções discursivas em torno da manutenção e, ao mesmo tempo, tensionamento da lógica do privilégio. Talvez não seja outra coisa que não essa tensão o que perpassa e nos transmite a imagem política disso a que chamamos “classe média”.

     

  26. Lula na cabeça

    Acho que a questão é muito simples….

    Se não houver impechement e nem dilma renunciar

    Com certeza Lula leva 2018!!!

    Essa onda reacionaria atingiu o seu apogeu domingo

    agora a tendencia é declinar e ficar um vazio na oposição…

    Lula e o PT por incrivel que pareça ainda têm como se reinventarem..

    Para a opsição é mais dificil.

     

     

  27. A Flauta Mágica

    Os dias de caçada humana se sucedem, camuflados sob a toga de injustos. Qual será o prato de amanhã? Qual será a nova aberração fornada na estupidez do preconceito, na exaltação do ódio e na insensatez das consequências, que continuará alimentando e alucinando mentes desprotegidas da razão? O Brasil precisa urgentemente de alguns grandes líderes, que sejam capazes de motivar a nação a se contrapor ao morticínio que fazem contra a população, contra a democracia e contra o país. Líderes que sejam capazes de deixar bem claro que eles colaboram, que eles aplaudem, que eles apóiam e que eles respeitam o rigor na aplicação da lei contra qualquer um que infringi-la. Líderes, que ao mesmo tempo saibam fazer com que os seus seguidores repudiem os oportunistas, os ambiciosos, os preguiçosos e os execráveis vendidos, que viram as costas ao Brasil porque só querem enxergar em sua frente o seu conforto, a sua mordomia e o sorriso traiçoeiro do capital e da elite estrangeira. Líderes, que saibam fazer com que todos entendam que a igualdade tem que ser um bem comum a todos, tanto nas punições pelas infrações as lais do país, quanto pela justa distribuição dos direitos, das riquezas, das oportunidades e da assistência social para todos, sem exceção. Líderes, que nos liberte dos encantos que o poder da mídia mágica nos provoca e nos confunde diáriamente. Líderes, que extermine para sempre o pesadelo diário de vermos nosso país prisioneiro de feitiço virtual, marchando, sem noção, em direção ao abismo. 

  28. A Flauta Mágica

    Os dias de caçada humana se sucedem, camuflados sob a toga de injustos. Qual será o prato de amanhã? Qual será a nova aberração fornada na estupidez do preconceito, na exaltação do ódio e na insensatez das consequências, que continuará alimentando e alucinando mentes desprotegidas da razão? O Brasil precisa urgentemente de alguns grandes líderes, que sejam capazes de motivar a nação a se contrapor ao morticínio que fazem contra a população, contra a democracia e contra o país. Líderes que sejam capazes de deixar bem claro que eles colaboram, que eles aplaudem, que eles apóiam e que eles respeitam o rigor na aplicação da lei contra qualquer um que infringi-la. Líderes, que ao mesmo tempo saibam fazer com que os seus seguidores repudiem os oportunistas, os ambiciosos, os preguiçosos e os execráveis vendidos, que viram as costas ao Brasil porque só querem enxergar em sua frente o seu conforto, a sua mordomia e o sorriso traiçoeiro do capital e da elite estrangeira. Líderes, que saibam fazer com que todos entendam que a igualdade tem que ser um bem comum a todos, tanto nas punições pelas infrações as lais do país, quanto pela justa distribuição dos direitos, das riquezas, das oportunidades e da assistência social para todos, sem exceção. Líderes, que nos liberte dos encantos que o poder da mídia mágica nos provoca e nos confunde diáriamente. Líderes, que extermine para sempre o pesadelo diário de vermos nosso país prisioneiro de feitiço virtual, marchando, sem noção, em direção ao abismo. 

  29. O fim do período da Nova República.

    Nassif, parabéns pelas colocações. Acredito que falta no Brasil uma visão de propósito de nação, uma agenda mínima de consenso que não dependa de quem ou que partido esteja no poder.

    O Brasil hoje é uma nação dividida, fraturada, presa fácil dos interesses estrangeiros que não perdem a oportunidade de nos enfraquecer para dominar. Que diferença faz se formos governados por tucanos ou petistas? Deveríamos estar discutindo como fortalecer a economia real (produtores e consumidores) ao invés do capital rentista; como fortalecer a poupança interna, ao invés do endividamento externo; forças armadas com capacidade de dissuação (ou deterrência nas palavras de DeGaule) para garantir nossa soberania; uma política externa independente, sem cair num anti-americanismo infantil; um pacto social que garanta um equilíbrio entre capital e trabalho.

    Nesse momento em que o modelo capitalista-rentista que domina o mundo se aproxima de uma crise terminal, é fundamental que o Brasil tenha condições de ser protagonista na construção de uma nova ordem econômicamundial, e acreditarmos que temos condições de colaborar na construção de um mundo melhor. 

  30. terça-feira, 17 de março de

    terça-feira, 17 de março de 2015
    Velho sim, velhaco não. Ulysses Guimarães

    De: Ulysses Guimarães
    Para: Michel Temer

    Seg, 16/03/15

    Zé, ministro da justiça, com Dilma, em 2015, assim como o seu par, Tancredo, ministro da justiça, com Getúlio, em 1953; portaram-se dignamente em situações de crises envolvendo seus respectivos presidentes.

    Sem querer atirar pedras, não pode afirmar o mesmo do neto do ex-ministro da justiça, nosso colega e amigo Tancredo, morto, na véspera de sua posse para a presidência da república eleito pelo colégio eleitoral, após a nossa gloriosa luta pelas diretas já, infelizmente sem sucesso, naquele momento; ora ocupada por nossa amiga, agora eleita diretamente pelo povo, como era o nosso sonho, a presidente Dilma; substituído que foi pelo seu vice, também eleito pelo o mesmo colégio eleitoral, o nosso amigo Sarney, que ocupava, originalmente, a função que atualmente você ocupa, mas agora eleito diretamente pelo povo, mas sempre pelo nosso imortal MDB.

    Submerso nas águas de Angra, me quedo.

    Que a Presidente Dilma, ao contrário, supere as águas de março, incólume e forte.

    Político, sou caçador de nuvens. Já fui caçado por tempestades.
    Ulysses Guimarães

    http://mundovelhomundonovo.blogspot.com.br/2015/03/velho-sim-velhaco-nao-ulysses-guimaraes.html

     

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