O fim do ciclo do jornalismo de esgoto, por Luis Nassif

No dia 10 de novembro passado, nos desdobramentos do caso William Waack, publiquei o artigo “A defesa do mercado de ódio no caso Waack”.

Nele analisava o que intuía como uma mudança no mercado jornalístico, e um esvaziamento do estilo jornalismo de ódio, que havia marcado a imprensa nos últimos dez anos.

Dizia, então:

Nos últimos anos, abriu-se um mercado de trabalho novo, no segmento do chamado jornalismo de esgoto, do ódio vociferante que acabou contribuindo para a desmoralização da grande mídia.  Até então, era restrito a jornais menores.

Muitos jornalistas veteranos ou desconhecidos mergulharam nessas ondas turvas, de cronistas musicais diáfanos a pessoas com passado jornalístico respeitável, mas que tinham se colocado fora do mercado.

O esgoto saiu dos guetos e entrou em algumas publicações consideradas de primeira linha, disseminando-se, pelo efeito demonstração, por veículos menores.

A grande onda foi estimulada por dois dos veículos mais influentes, Veja e Globo, aqueles que – com exceção da Folha no pós-redemocratização – sempre comandaram as mudanças de vento, no mercado de opinião. Os demais tendem a segui-los.

Agora, a onda está refluindo no jornalismo de 1ª classe.

E identificava essas mudanças justamente nas Organizações Globo:

A próxima reforma das Organizações Globo também deixa claro o desembarque desse modelo de jornalismo, a começar das mudanças anunciadas na revista Época – que pretendeu seguir os caminhos da Veja.

As razões eram claras para mim:

Há uma questão de qualidade do leitor. O tropel dos ignaros acabou expulsando dos veículos os leitores de melhor formação. Agora que as redes sociais invadem todos os poros da sociedade, a única maneira da imprensa tradicional se diferenciar é tentando recuperar um mínimo de seletividade do público leitor. Afinal, se seu público tem preconceito a pobre, mas também às bestas vociferantes.

Finalmente, o vagido dos últimos representantes desse modelo:

A explosão de solidariedade a Waack, por parte de representantes desse estilo, em parte é por solidariedade ideológica. Mais ainda, por pânico com o fim de um modelo que, por mais de uma década, trouxe à tona todos os dejetos acumulados pela mídia.

A cada dia que passa consolida-se essa convicção.

O Globo trouxe duas jornalistas para dirigir a unificação de suas redações: Ruth de Aquino e Daniela Pinheiro. Ruth passou pelo jornal O Dia, na fase em que este tentou peitar o jornal O Globo. Quem conhece acha que o desafio que lhe foi colocado é maior do que sua experiência.

Já Daniela Pinheiro representa uma espécie de arejamento do ambiente jornalístico carioca com a cultura Revista Piauí, sintetizando o perfil do novo personagem político, que já descrevi algumas vezes: liberal nos costumes, amante da boa MPB, conservador na economia, equidistante da polarização de ódio que tomou conta do jornalismo e das redes sociais.

A mudança do perfil dos colunistas é prova clara desse jogo. Sai Guilherme Fiúza, um colunista talentoso, mas que enveredou pelo jornalismo do ódio, entra Bernardo Mello Franco – um dos poucos colunistas da página 2 da Folha que conseguia equidistância dos fatos – e a volta de Joaquim Ferreira dos Santos para a coluna Gente Boa.

Será interessante acompanhar o aggiornamento dos jornalistas – muitos vindos da área cultural – que tentaram ocupar o mercado de ódio visceral, como os sub-Arnaldo Jabor, e os sub-sub-Arnaldo Jabor. Agora que o mercado não demanda mais vômito e esgoto, voltarão a comer com talheres, a escrever sobre seu campo de conhecimento, e se comportar como liberais ingleses, ao invés de monofásicos de Miami.

O jornalismo de ódio ficará, agora, restrito ao portal da Veja, por falta de comando da direção, à Jovem Pan e à IstoÉ.

 

Luis Nassif

61 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Ora, ora, quem viu o que
    Ora, ora, quem viu o que fizeram com Brizola aqui no Rio não tem motivo nenhum pra se surpreender ou se iludir. Basta surgir uma candidatura ou organizaçao do campo popular que o “ciclo” se reinstaura.

    Eu nao vou “acompanhar aggiornanento” algum. Nao torço pelo mal de ninguém, mas se esse pessoal se lascar eu nem ligo.

  2.   Que “fim do ciclo” o quê,

      Que “fim do ciclo” o quê, Nassif. Trata-se de mera suspensão – ou melhor, de atenuação. A qualquer sinal de luz amarela volta o macarthismo que, alías, sequer acabou.

  3. então,…

    … tudo continuará como dantes, no quartel de Abrantes, …  Estão substituindo os nomes emporcalhados, por outros, …. com a aparência limpinha,….  sepulcros caiados…  

  4. A Globo é aquele senhor obeso

    A Globo é aquele senhor obeso que deixou sua mansão para nadar nos bueiros da opinião incivilizatória a fim alcançar seus objetivos e agora que os alcançou quer sair e se livrar de todo a merda e sujeira acumulada em seu organismo

    Mas não adianta, vai morrer de leptospirose jornalística, depois de repassar essa doença para seus vários leitores

    Quem quer saúde afaste-se desse cale-se…

  5. Você pegou leve com o

    Você pegou leve com o Guilherme Fiuza. Pra mim, apenas um Reinaldo Azevedo com muito menos talento. Não escreve outra coisa além de  culpar o PT por todos os males do Brasil e ainda defende o governo Temer. Ele conseguiu enfiar PT no meio até quando participou do programa esportivo do André Rizek. Lamentável. 

  6. Mudanças

    Gostaria de ter o otimismo do xará. Ma acho pouco provável, examinando o histórico  dos últimos 30 anos. Começando a campanha das eleições, havendo algum risco de uma candidatura das forças democráticas vencer, espero pelo pior. O jornalismo de esgoto vem com tudo. Convivo com pessoas ditas “esclarecidas”, classe média, supostamente integrantes da chamada “elite periférica”,  “figurantes do sistema” , amantes da classe dominante, etc. E podem apostar , adoram o discurso de ódio. Pode ser que uma parte ínfima liberal e educada desaprove estes métodos. Mas ficam quietos, e continuam assinando estes veículos.

  7. Não é possivel afirmar isto

    Nassif, não é possível afirmar o fim do ciclo do jornalismo de esgoto”, dito assim, de forma incondicionada.

    Faltou dizer “por enquanto…”.

    Afinal, isto só está acontecendo porque estão ocupando o governo as forças políticas que a elite financeira e empresarial quer. 

    Se um dia forças políticas trabalhistas, mais preocupadas em reservar parte do orçamento com as questões sociais, novamente se eleger para comandar o poder executivo, a elite financeira e empresarial demandará e os veículos da mídia oligopolista voltarão na hora a fazer esse jornalismo de guerra.

    Não tenha dúvidas disso. Como diria Brizola, pode crer.  

  8. Então Tá… Mudando, é?

    A Globo-Marinho, todos sabemos, mas sempre esquecemos para lamentar mais à frente, ‘perde o pelo, mas não perde o vício’ e ponto final.

    Quando será que o inimigo número um do Brasil, será competentemente combatido pelos cidadãos brasileiros progressistas e levado à justiça para responder pelos seus crimes, sobretudo os de ‘lesa Pátria’?

    Porém, agora, graças a famigerada organização golpista, teremos antes que desaloja-los do poder, restabelecer o democratico estado de direito e recuperar as instituições.

    Espera-se que não mais esqueçamos disso: ‘Pau que nasce torto, morre torto’.

  9. O PIG já era

    Embora o poder econômico SEMPRE tenha cooptado ou tentado cooptar o poder político e assim de tornar absoluto, no caso dos chamados veículos tradicionais da chamada “mídia comercial”, os já decanos meios radiofônicos, televisivos e impressos, nem mesmo a montanha de dinheiro (pricipalmente público, mas também dos donos do poder real, ou seja, da banca) lhes dá garantia de sobrevida e reinado duradouros. NÃO EXISTE – nem será criada – qualquer mágica solução que livre tais veículos de mídia do declínio, que pode ser atenuado, mas NÃO revertido.

    Num País com mais de 200 milhões de habitantes e supondo apenas 20% de leitores potenciais, os chamados ‘jornalões’ não chegam a uma tiragem de 200 mil exemplares (isso contando com as generosas assinaturas feitas por setores do Estado, em estados e cidades onde aliados políticos dos donos dos veículos de mídia estão no poder, além das castas e burocracias estatais, com destaque para as judiciárias); isso é IRRISÓRIO, INSIGNIFICANTE.  Sem as assinaturas e anúncios estatais, NENHUM dos jornais e revistas chamados “grandes” tem viabilidade econômica. Certas revistas anunciam tiragem de 800 mil ou 1 milhão de exemplares, mas NUNCA entram na conta os encalhes devolvidos às editoras e os milhares de exemplares enviados às residências de assinantes que há anos sequer folheiam os semanários, atirando-os no lixo sem sequer tirá-los da embalagem plástica com que são entregues/jogados pelos carteiros.

    O Rádio e, mais recentemente, a TV aberta estão em declínio, que será acentuado nos próximos anos.

    Não há mágica que trga de volta os ‘anos de ouro’ e domíni absoluto do PIG/PPV.

  10. Cândido de Voltaire

    Poderá não ser “de esgoto”. Mas não será Jornalismo.

    Enquanto o poder político da GLOBO não for espetacularmente destruído, nada poderá mudar significativamente. A Folha tem o Jânio e o Estadão tem o Toledo… E daí???

    1. A mudança no máximo será para

      A mudança no máximo será para tampa de esgoto. Ou seja, encobre a visão crua do esgoto, mas o esgoto está ali. É da sua essência e de sua história o grupo globo ser assim.

  11. Por fora, bela viola…

    Sei não, caro Nassif… “liberais ingleses” não são menos podres que vociferantes MBLs. A fleuma inglesa com que indianos foram massacrados não torna aqueles ingleses menos bárbaros, menos nefastos às conquistas civilizatórias. Não consta, afinal, que Margareth Thatcher tenha “perdido a linha” em algum momento. Mas o que fez com o mundo – ela e sua turma – é irrecuperável. O Chile que o diga… Invasores bárbaros¹ podem portar-se com bons modos.

    De qualquer forma, do meu ponto de vista não basta a imprensa de esgoto parar de xingar para se dizer que temos, a partir de agora, uma imprensa decente, que atenda minimamente nosso interesses nacionais.

     

    ¹ – “As invasões bárbaras”, 2003, Denys Arcand, disponível nos melhores torrents do ramo.

  12. Nassif grande Nassif acorde!

    Nassif grande Nassif acorde! Você só pode estar vendo uma miragem. Isso pode até ser parcialmente verdade porém com certeza faz parte de uma estratégia maior para continuar tudo na mesma.

  13. Ou seja, 
     
    Vão continuar

    Ou seja, 

     

    Vão continuar atacando a esquerda e tudo o que seja de interesse do paise popular, mas agora de uma forma mais rebuscada…….vão continuar esculachando e esculhambando, mas com classe…….

  14. Polarização?
    Em que pese respeitar muito o Nassif, acho essa tentativa dele de parecer isento no tema um tanto quanto fora da realidade, além de “desrespeitar” os que apanharam do jornalismo de esgoto.
    No caso me refiro æ chamada polarização.
    Com todo respeito, mas é trágico essa idéia!!! Polarização pressupõe polos distintos em luta igual. Onde houve jornalistas da esquerda/ mídias de esquerda criando factóides, manipulando, assassinando biografias, etc?
    É claro que idiotas de esquerda nas redes sociais existem, mas são só isso: idiotas sem o alcance de um Jabor, por ex.
    E jornalistas de esquerda fazendo o mesmo não passa de fatos isolados pois todos foram expulsos da mídiazona. E em blogs nunca conseguiram emular um waack, por ex, e nem o alcance do mesmo.
    As diatribes do PHA, por ex, não se assemelham a um Xexéo trucidado uma filha defendendo o pai.

  15. é ajuste..

    Porque vcs acham que os judeus inventaram a bíblia? E hoje são donos de Hollywood.. É o melhor negócio que existe.. não é jornalismo.. nem é entretenimento.. nem arte, novela, teatro, não se trata disso.. é um mercado de formação de opinião.. é óbvio.. deus é a síntese do pensamento coletivo.. os caras moldam o pensamento coletivo.. portanto são deuses.. é um puta negócio.. se vc tiver grana, vai lá e compra opinião pública, serve prá um monte de coisas, desmatar Amazônia, privatizar água, destruir o meio ambiente para plantar e exportar soja para depois comprar ração importada prá alimentar boi para exportar para o abate no exterior e depois comprar a carne embalada, como é que cê vai convencer a raça humana a fazer tanta me..da assim? No caso da globo, não é fim de ciclo, é ajuste..

    1. E aqui no Brasil dois dos
      E aqui no Brasil dois dos comunicadores mais expressivos sao justamente judeus, Silvio Santos e Luciano Huck. Curiosamennte decadas atras o nome de Silvio foi alentado como possivel candidato a presidencia, mas parecer ter sido so conversa na epoca. Teoria (Pratica?!!) da conspiração?! Pois certamente conspiração política há.

  16. Todas essas mudanças foi
    Todas essas mudanças foi porque o inimigo foi destruído. Se não foi destruído está quase que 100% em frangalhos, com sua imagem destroçada.

    Quem colaborou ao longo dos anos para destruição da imagem do PT.

    Fizeram o bom trabalho. Agora é hora de arejar o ambientes. Chega de convencer idiotas, chega de produzir coxinhas. Vamos procurar novos grupos mais intelectualizados.

    Quem sabe os apoiadores da intervenção militar no RJ.

    Admiro o Nassif porque entre tantas qualidades, é otimista.

  17. Complementando

     

    Nassif, não é possível afirmar o fim do ciclo do jornalismo de esgoto, dito assim, de forma incondicionada. Faltou dizer “por enquanto…”.

    Afinal, isto só está acontecendo porque estão ocupando o governo as forças políticas que a elite financeira e empresarial quer. Enquanto estiver assim, o dinheiro que as empresas de mídia ganham com um governo amigo compensa em muito, mas muito mesmo, a perda de alguns leitores. 

    Esse pessoal não quer fazer bom jornalismo, nem pensam nisso. São totalmente pragmáticos. 

    Business, como diriam os mafiosos.

    Se um dia forças políticas trabalhistas, mais preocupadas em reservar parte do orçamento com as questões sociais, novamente se eleger para comandar o poder executivo, a elite financeira e empresarial demandará e os veículos da mídia oligopolista voltarão na hora a fazer esse jornalismo de guerra. Sem pestanejar.

  18. ‘ PARTIU PRA CIMA ‘
    A grande

    ‘ PARTIU PRA CIMA ‘

    A grande curiosidade e saber que cerebro “bolou” um refrão fascista da especie mais primitiva para servir de slogan da emissora porta voz da extrema direita radiofonica paulista, onde berros e discursos de cervejaria superam as ideias.

    PARTIU PRA CIMA é um grito de guerra, digno de torcidas de futebol animalescas, dessas que já vão aos estadios com porretes e barras de ferro. Mas o que os neerdentais que bolaram essa perola querem dizer com PARTIU PRA CIMA?

    Pelo perfil da emissora só pode significar bater nos petistas, pobres, pardos, craqueiros, cachaceiros e quem tiver o cabelo comprido, despenteado ou afro, a Jovem Pan ( nem tão jovem, é das mais antigas emissoras)  procura um publico classe media media que pretende subir mas não tem cultura ou bom gosto, eles tocam uma mixordia musical de fim de ano, um mix de

    estribilhos batidos de Hollywood, a coisa mais cafona já tocada na radio brasileira, e dizem que seu publico exige o medley,

    o que já é um indicativo de que publico a emissora quer atingir, aquele que não tem um livro em casa.

    O PARTIU PRA CIMA é um incentivo ao odio, à agressão, à porrada, ó ouvinte que liga para a emissora tem que gritar o PARTIU PRA CIMA para que seu comentario entre no ar, é a coisa mais grotesca já levada às ondas hertzianas brasileiras.

    1. E pra complementar, André, o

      E pra complementar, André, o hilário é que os donos  da Jovem Pan (não só ela, claro ) pregam a famosa meritocracia – sendo que todo mundo que sabe das coisas sabe que na JP FM( e isso serve pra BAND FM e afins ) só toca música a base do jabá, ou seja, pagou tocou ( se um doido chegasse com um gedel de dinheiro e exigesse que a JP FM tocasse todas as sinfonias de Beethoven durante um dia todo, a famíla Tuta (Buona Gente rs ) tocaria sem problema nenhum rs 

  19. Puro otimismo

    O esgoto veio para ficar. Pode ate se esconder por um tempo. Mas vai voltar a superfície e fazer mais mal que nunca.

    Como no ditado:

    “Rust never sleeps”

  20. O placê do mercado

    Poucos estão entendendo a dinamica do golpe. Há motivações e ganhos almejáveis, no ponto de vista dos setores locais do golpe, que não são os mesmos pontos de vista de seus agentes externos. Há “acadêmicos” que dizem que o governo Temer está morto e só a esquerda não viu. Mas, então por que a bolsa opera acima dos 85 mil pontos? Para os articuladores externos do golpe a vitória está na consumação da matriz neo-liberal da economia brasileira. Consideram como fato consumado a entrega do pré-sal, do setor elétrico, da embraer, do fim do programa naval, do programa nuclear e das garantias trabalhistas. Para eles, o saldo do golpe é positivo. Agora, nessa visão, pouco ou nada resta para a oposição. Não creem que um Lula conciliador, se sair candidato, e se eleito, consiga reverter o mal já feito na economia por Temer. Nem fala-se mais em referendo revogatório. Consideram que 2019 repitará o script do primeiro ano do primeiro governo Lula: irá se clamar contra as privatizações na campanha, depois da posse… o silêncio. E tudo ficará na mesma. Nem Ciro, na visão desse grupo, mais radical no discurso, teria forças para reverter esse quadro. Portanto, aos poucos preparam a política do fato consumado. A Globo é o porta-voz desse setor internacionalizado. Sabe que os verdadeiros ganhos do golpe estarão na economia definitivamente desnacionalizada. Portanto, se preparam para o “novo jornalismo” de punhos de renda. Liberal nos costume e conservador na economia. Já veiculos como Veja, Isto é, Jovem Pan, que não são internacionalizados como a Globo, ainda permanecerão mergulhados nos dilemas e contradições politicas dos setores golpistas locais. Estes almejam, acima de tudo, a manutenção do status quo e da velha ordem. E, mal se apercebem, que o verdadeiro objetivo dos especuladores externos já foi alcançado e para estes o golpe já atingiu sua razão de ser. O jornalismo de esgosto continuará enquanto persistirem a ilusão dos setores locais golpistas que ele existe por suas intenções e motivações reacionárias. O tempo dirá, ou melhor, 2019 dirá, qual deles terá razão!     

    1. Justamente! Foi só as firmas

      Justamente! Foi só as firmas perceberem que o público começou a desfiar por causa da xingação que resolveram tornar seus produtos mais, digamos, palatáveis. Mas um tom menos virulento não significa que essas firmas deixaram de pregar o liberalismo, o sucateamento de estados nacionais, que tanto prejuízo tem causado ao mundo todo, a vários países e a seus cidadãos.

      Essas firmas que vendem comunicação em massa estão sempre dando o mesmo golpe: primeiro elogiam para ver se cooptam. Se cooptarem, ok. Mas caso não consigam, passam a descer a lenha. Quem esqueceu das capas da The Economic primeiro com um Cristo decolando para, ao perceber que não dava mesmo para tirar a orientação social do PT, botou o Cristo mergulhando de cabeça?

  21. sei lá

    Sim a globo coberta das cinzas quaresmais, para bem estar geral e salvação da alma renegará o passado pecaminoso com novas propostas.

    Pagará os impostos sonegados.

    Devolverá o processo furtado.

    Fará um mea culpa pelo apoio dado a todos os golpes do passado, quanto ao futuro ainda não existe acordo.

    Reconhecerá os avanços sociais do Grande Presidente Lula e da Presidenta Dilma.

    Renunciará a ter ou apoiar candidato para qualquer tipo de eleição.

    Atuará como empresa privada sem verbas oficiais.

    Não Nassif este tecido jornalístico em metástase é destinado à morte, Ruth e Daniela são remédios paliativos destinados a uma morte neste caso sem alguma dignidade.

  22. Lanço uma questão técnica aos

    Lanço uma questão técnica aos leitores, em especial aos profissionais da área jurídica – é possível impetrar uma ação civil pública com assinaturas populares no Congresso exigindo o fechamento da revista Veja? Há algum dispostivo constitucional que garanta esse direito popular?

  23. “Vimos a uma imprensa

    “Vimos a uma imprensa rasteijante no cio, ganhando dinheiro à custa de intrigas maléficas, perturbando as massas para vender seu desprezível papel, esse papel que já não encontra compradores quando a nação está em calma, sana e forte. Refiro-me em especial aos que ladram de noite, a imprensa prostibulária que atrai sobretudo o público com essas grandes manchetes que alimentam escândalos. Estes sempre compuseram parte de sua mercadoria habitual, apesar de que, nesta ocasião, com significativo despudor.

    Vimos um degrau mais acima, aos jornais populares, aos jornais baratos, aos que se dirigem a imensa maioria e criam a opinião das massas, como alimentavam paixões perversas, como promoviam furiosamente uma campanha sectária, aniquilando toda generosidade, todo desejo de verdade e de justiça de nosso amado povo ….. Quero acreditar em sua boa fé. Mas que triste é ver a esses provocadores envelhecidos, esses agitadores dementes e a esses patriotas míopes, convertidos em líderes, cometer o mais vil dos crimes, o de confundir a consciência pública e desencaminhar a todo um povo. Esse trabalho resulta ainda mais execrável porque se apresenta, em certos jornais, com recursos infames, com o hábito de utilizar a mentira, a difamação e a delação, que ficarão como a grande vergonha de nossa época.

    Vimos, em fim, como a imprensa influente, a imprensa considerada séria e honrada, assistia a isso com uma impassibilidade, ia dizer uma serenidade, que considero assustadora. Esses jornais honrados se limitaram a registrar tudo, fosse verdade ou mentira, com um meticuloso cuidado. Deixaram-se levar pela corrente envenenada, sem ocultar nenhuma abominação. É claro, se comportaram com imparcialidade. E porquê? De vez em quando tímidas apreciações mas nem uma voz clara e nobre, nem uma, note-se bem, se alçou nessa imprensa influente para tomar partido da humanidade e da igualdade ultrajadas!

    E, sobretudo, vimos – pois em meio de tantos horrores basta com escolher o mais repugnante -, vimos, dizia, que a imprensa, a imprensa imunda, seguia defendendo a um oficial ….. que havia insultado …… e cuspido na nação. Vimos isso nos jornais, e uns o desculpavam, enquanto outros dirigiam a ele críticas mais ou menos veladas. Como? Não houve nem um grito unânime de rebeldia e de execração! Então, o que está acontecendo para que esse crime, que em outro momento havia despertado a consciência pública e provocado um furioso desejo de repressão imediata, tivesse podido encontrar circunstâncias atenuantes em esses mesmos jornais, tão exigentes sempre diante de problemas de deslealdade e de traição?

    Vimos tudo isso. E ignoro como haveriam reagido as demais testemunhas diante de semelhante sintoma, posto que ninguém o comenta, ninguém indigna-se. A mim, ao contrário, me dá escalafrios, porque revela, com uma inesperada violência, a doença que nos aflige. A imprensa imunda tem desencaminhado a nação e um aceso de perversão e de corrupção está alastrando a úlcera, a pleno sol.”

    Emile Zola em um dos famosos textos a cerca do julgamento de Dreyfuss

  24. Mudança de verdade é enforcar GLOBO,PATOS e COXINHAS nas tripas

    dos GOLPITAS e depositar as carcaças no ESGOTO citado! Só para que destuição como essa nunca mais aconteça.

  25. Pimenta dos olhos dos outros….

    Depois de tanto atiçar os cães raivosos para cima do PT e Cia, a Globells correu o risco de ver expostas as suas falcatruas e maracutaias no futebol, como efeito colateral.

    Objetivo atingido, e depois do risco, percebeu ou recebeu a “sugestão” de dar um tempo e rever a estratégia.

  26. E por que o mercado não

    E por que o mercado não demanda mais vômito e esgoto??Será que foi porque os donos das mídias perceberam o efeito nefasto que isso tem sobre o futuro do país??  Nada disso. A virada se faz porque em 24 de janeiro Lula foi tirado do páreo de 2018 [ só quem crê em Papai Noel e Coelhinho da Páscoa acha que Lula estará na urna eletrônico em outubro]. Se ele tivesse sido absolvido pelo TR4, os Marinhos estariam com vagas abertas pra clones de Waack e Reinaldo Azevedo, Augusto Nunes e assim segue. Agora os Marinhos chamarem gente do naipe de Daniela Pinheiro e BFM é uma forma do jornal se dizer plural, democrático e que dá espaço ao contraditório – e com a vantagem que a opinião desses jornalistas não vão mudar uma vírgula do fato de que houve um golpe contra um governo de esquerda e que este golpe tem como missão impedir  de todo o jeito que um presidente com uma agenda desenvolvimentista (coisa pelos Marinhos classificada de populista ) chegue um dia ao poder de novo. Só acreditaria em mudança de verdade se um veículo desse contratasse o Nassif pra fazer parte dos analisas econômicos.rs

     

     

  27. No lugar, jornalismo chapa

    No lugar, jornalismo chapa branca. Foi assim nos tempos dos militares, do FHC. É assim no Tucanistão há mais de 20 anos, alguém já viu esgoto jorrar pros lados do tucanato paulista? Aqui em Minas nos tempos do Abominável a imprensa era uma doçura, parecia que estávamos na Suiça. 

    E mesmo que o pig tivesse mudado, pedido perdão, esses jornazistas teriam que pagar pelo mal que fizeram ao país.

  28. Está refluindo porque, no

    Está refluindo porque, no jornalismo de guerra que eles fazem contra a esquerda, não precisam mais atacar tanto. Agora, basta refluir, recolher algumas armas e colocar gente mais inteligente, mas de direita, é claro, para apenas conduzir o momento atual. Se Dilma ainda fosse presidente, era pé no bucho e mão na cara! Simples assim.  

     

  29. A Globo está encurralada,ou
    A Globo está encurralada,ou muda e saí do seu mundinho ou fecha as portas,nós do povão estamos pegando nojo dela, principalmente do JN(jornal fora da realidade,fantasioso(peguei leve)(viram!estou aplicando o Português matemático em meu comentário (por causa dos parentêses)!)bom, voltando,a Globo, só não faliu pq a concorrência é medíocre e se conformaram com as migalhas da publicidade!

  30. Já aconteceu comigo várias

    Já aconteceu comigo várias vezes, leio o artigo do Nassif e penso que está brilhantemente escrito, como sempre, mas exagerado. Mas o tempo mostra que incrívelmente ele acerta muito, mesmo quando todos os também brilhantes comentaristas acham que ele está errado, exagerado, otimista ou pessimista demais! 

  31. Agora que o serviço sujo está

    Agora que o serviço sujo está feito, tentarão deixar de lado a imagem de bandidos. Mas, caso haja necessidade em função de qualquer coisa que coloque em risco o poder conquistado sobre esta republiqueta de bananas, eles voltarão a meter a mão na merda.

  32. Se o Escosteguy continuar
    Se o Escosteguy continuar dando as caras na revista Época ela não se salva. Ele é um dos personagens mais abjetos do jornalismo moderno(?) brasileiro. Para ele o minimo aceitavel é a guilhotina, sem anestesia nem último desejo.

  33. É somente uma melhora na imagem para a VENDA.

    Já escrevi um pequeno artigo que talvez explique melhor a atual depuração do jornalismo brasileiro, uma melhor imagem para uma FUTURA VENDA (vide).

    Quando da demissão da Joice Hasselmann ficou claro que as emissoras de rádio, os canais de TV como os jornalões estão se preparando para o pós golpe neo-liberal-entreguista-militar, o golpe que aos poucos se avizinha.

    Neste golpe haverá um momento dedicado a abertura do mercado nacional de comunicação para o mercado internacional, por exemplo, o famigerado Rupert Murdoch, com a venda da 21st Century Fox para a Disney, ficou com um caixa de US$ 52,4 bilhões. Como a impossibilidade do mesmo de penetrar mais na Europa e nos USA, pois o mesmo está praticamente bloqueado, tanto pela má fama que o mesmo pegou na Inglaterra como pela legislação norte-americana que não permite a sua expansão.

    O que sobrou para os havidos bilionários da Oligarquia do Norte para colocarem o seu rico dinheirinho. Murdoch está com os dois pés implantados na TV a cabo brasileira, possuindo os canais FX, Fox Sports, Fox Life, National Geographic, Nat Geo Wild, Nat Geo Kids e Baby TV, já com uma forte equipe de comentaristas esportivos, resta logo os canais abertos e os jornalões. Há outras que entrando pela TV fechada chegam a ousar a contratação de elementos da esquerda caviar para aparentemente apresentarem pluralidade e depois entrarem a fundo no mercado brasileiro. Há o impedimento legal, mas impedimento legal quem leva a sério nos dias de hoje!

    O que está parecendo é que o próprio Silvio Santos, que já mora nos Estados Unidos e está mais próximo dos compradores, já deixou claro a sua apresentadora representante da chamada direita chucra (ou tosca), Raquel Sheherazade, choca os prováveis compradores, e numa demonstração clara de que a voz do dono (por enquanto) é o que manda, mandou a outra CALAR A BOCA.

    Ou seja, Luis Nassif parece meio sonhador, o interesse é a grana, e como velhas prostitutas que aplicam quilos de maquiagem para tapar as rugas, os prostitutos da imprensa nacional estão simplesmente se preparando para conquistar os clientes.

  34. O Grupo Globo já deve ter

    O Grupo Globo já deve ter chegado na situação de fluxo de caixa negativo.

    Não consegue crescer na fatia do bolo publicitário, que continua indo para Facebook e Google apesar de tudo.

    A situação da concorrência é desesperadora; os grandes (e a maior parte dos médios) da imprensa corporativa brasileira estão – com a exceção dos que são plataforma para interesses dos donos, leia-se SBT e Record – todos, repito, TODOS, quebrados.

    Seguir a liderança de Veja só ia fazer o Grupo Globo parar no mesmo lugar da Editora Abril: sobrevivendo numa UTI corporativa eterna.

  35. Pau que nasce torto morre torto.

    Sob pressão e medo do povo resolveram fingir que haverá saneamento jornalístico  para tratar o esgoto fétido. A depender da ação dos militares e seus resultados, podem saltar no colo destes e dai tudo continua como antes, talvez pior, como nos tempos da tirania a partir de 1964. 

  36. Esgoto tem tratamento, já a corrução…
    Nassif, “jornalismo de esgoto” era o sinônimo da cobertura sobre saneamento básico nos anos 60/70, quando o bombeamento dos rios Tietê-Pinheiros para a represa Billings e os morticínios de peixes levaram a Sabesp a implementar planos de saneamento tipo Solução Integrada e Sanegran, visando salvaguardar os reservatórios Guarapiranga e Billings para o abastecimento público, já que o sistema Cantareira, sozinho, não conseguiria abastecer a RMSP. Envolvendo quantias astronômicas, o saneamento básico dominou o noticiário e entidades como a Associação Brasileira de Engenharia Sanitária (Abes) demonstraram que merda tinha tratamento, ao contrário dos lobyes que propunham buscar água no Vale do Ribeira, a um custo astronômico, ao invés de tratarmos os esgotos e recuperarmos a qualidade dos 33 mts³/s do Tietê, exatamente a quantidade de água necessária ao abastecimento da RMSP. O tempo passou, muito dinheiro foi investido em estações de tratamento como a do Parque Novo Mundo, mas contudo-porém-todavia nossos rios permanecem como cloacas a céu aberto e as infiltrações de esgoto na rede pública de abastecimento obrigam a Sabesp a usar quantidades absurdas de cloro e outros desinfetantes na água que abastece a metrópole, fornecendo-lhe um gosto e odor que promoveu o mercado de água engarrafada à condição de mais lucrativo empreendimento sul-americano no setor – como evidencia a atual guerra pela privatização do aquífero Guarani. Em síntese, o ciclo do jornalismo de esgoto – cobrando soluções sanitárias à altura dos investimentos públicos nesse setor – terminou, as organizações não-governamentais voltadas para a despoluição do Tietê/Pinheiros entraram em hibernação, sem que o jornalismo mercenário ou corrupto que aqui se pratica questione aonde foram parar os nove milhões de dólares gastos à época para limpar nossos rios urbanos, quando se sabe que o Sena e o Tâmisa foram limpos com um terço desse montante aqui gasto sem resultado algum. Ou seja, o fim do ciclo do jornalismo de esgoto já ocorreu, mas o jornalismo mercenário continua triunfante: agora que o golpe está consolidado e a prisão de Lula é iminente, os grandes grupos midiáticos podem se dar ao luxo de substituir os dinossauros mais dispendiosos por sucedâneos mais baratos porém capazes de manter as aparências. Afinal, enquanto torcermos o nariz para essa merda facilmente tratável, o jornalismo fiador da corrupção continuará sendo o grande negócio, aonde a lucratividade independe da tiragem ou audiência, mas, sim, da cumplicidade bem remunerada com a malversação dos recursos públicos sob a tutela da impunidade (leia-se MP e Judiciário).

  37. O serviço sujo já foi
    O serviço sujo já foi completado. O que os Marinhos estão fazendo é colocar suas armas químicas mais tóxicas, as bombas de gás sarin do jornalismo brasileiro,de volta no almoxarifado. Se houver necessidade eles as usarão de novo. Os Marinho são o Bshar al Assad do Brasil.

  38. Essa possível mudança é só na casca

    pode mudar o estilo, mas a essência manipuladora sempre permanecerá na mídia do baronato.

  39. Alvíssaras

    Parece muito otimismo por parte do Nassif, mas lutemos para que seja assim. No entanto, para manter a equidistância saudável entre os pólos que ele mencionou, faltou citar o Paulo Henrique Amorim, como parte do jornalismo de segunda. Por muito tempo ele agiu como um Mainardi das esquerdas, e tão lamentável quanto ele (se é que Mainardi pode ser chamado de jornalista).

  40. Por que despencam as assinaturas de jornais da Velha Mídia?

    Quando li uma pesquisa poucas semanas atrás sobre a queda da venda impressa e não migração para a plataforma digital dos jornais da velha mídia me veio este texto na cabeça tentando explicar a queda de quase 40% em 3 anos, coloco aqui.

    POR QUE DESPENCAM AS ASSINATURAS IMPRESSAS DE JORNAIS DA VELHA MÍDIA?

    Desde os primórdios do Golpe via Lava-Jato em 2014 a circulação dos principais jornais impressos do Brasil teve uma queda de 520 mil exemplares, e hoje, juntos, vendem cerca de 736 mil exemplares/dia.

    Pra plataforma digital dos 520 mil desistentes da versão impressa migraram apenas 32 mil pessoas. E eu fico pensando os motivos desse número marcante de queda na circulação. Elenquemos alguns:

    1) O jornalismo impresso brasileiro deixou de produzir notícias e reportagens relevantes para se tornar um difundidor de manchetes garrafais em exaustão com temática uniderecional contra Lula, PT e Dilma e a favor do “mercado”;

    2) A temática dos jornais adentrou no maniqueísmo do bem (o mercado) e do mal (os governos petistas);

    3) Do maniqueísmo para o Lawfare (a perseguição ao Lula, Dilma e PT) sem freios até chegar ao processo da Fakenews (notícia inventada) na necessidade da Manchete garrafal diária no processo de produção do Lawfare.

    4) Perdeu-se neste maniqueísmo noticioso a ideia do contraditório, ou seja, a parte atacada no Lawfare e nas Fakenews não tinha o direito de defesa das acusações diárias contra ela e se busca um noticiário como verdade absoluta, onde o escrito pelo Jornal é irrefutável e quem tenta dizer que não é verdade o noticiado sobre si e suas ações governamentais não terá direito de resposta.

    A parcialidade continuada, no maniqueísmo do bem contra o mal, na manchete garrafal contra Lula, Dilma e o PT, na reprodução diária de uma mesma temática: a destruição da imagem e falseamento da realidade dos governos petistas criou um noticiário de uma nota só e perseguidor  apenas, não agradável a quem gosta de leitura séria, qualificada e de informação isenta.

    Os jornais, no maniqueísmo, se tornaram propaganda oficial do Golpe e difundidores apenas de manchetes, não mais de conteúdo. Se eu só consigo trabalhar unidirecionalmente eu só posso atingir um tipo de público leitor, e que não é o leitor de notícias e sujeito que gosta de estar bem-informado e é capaz de ir além da manchete garrafal refletindo o noticiado.

    Folha, Estadão, o Globo, Estado de Minas, Correio Brasiliense, Zero Hora e alguns mais passaram da fase de Jornalismo para a fase de Publicidade: quem seria mais criativo no Lawfare e Fakenews contra PT, Lula e Dilma. E, então, deixaram de servir como instrumento jornalístico para se tornarem manchetes a serem difundidas na NET, redes sociais, bancas de jornais e propagandas do Golpe.

    Da dobradinha com o Judiciário, desde o julgamento do “Mensalão em 2012”, esses jornais passaram da notícia para a manchete garrafal maniqueísta e lá ficaram se tornando referência não de Jornalismo, mas referência para as parcelas das classes média e médio-alta tradicionais no seu anti-petismo. E esta referência se deu via manchetes garrafais e não por causa de uma notícia responsável, bem-apurada e em busca da verdade dos fatos. Com a Lava-Jato o Lawfare e a Fakenews viraram paranoia e o Jornalismo acabou. Só virando verdade absoluta, porque necessária, ao anti-petista cego e cheio de ódio na sua cruzada rumo à derrubada do PT do Poder via Golpe do Impeachment contra Dilma.

    O pré-Golpe e o Golpe tiraram leitores desses jornais por motivos econômicos, ideológicos e de princípios. Para que ler um jornal maniqueísta e uniderecional, perseguidor e inventor, tendencioso e desprovido de imparcialidade no noticiado? Fora do Editorial virando programa ideológico-partidário? E sem conteúdo e sem contraditório?

    Todo dia a mesma agenda, hoje, perseguir Lula, não pode gerar interesse de novos assinantes, certo? Este assunto já está saturado e não atrai novos leitores, somente atrai os propagadores de ódio e anti-lulistas nas manchetes garrafais a serem propagadas na net e redes sociais à exaustão.

    Junta-se dininuição de poder aquisitivo advinda do Golpe, Lawfare, Fakenews, qualidade jornalística em decadência, maniqueìsmo, unilateralidade, propaganda partidário-ideológica, ausência de compromisso com a verdade e não presença de contraditório e se saberá o porquê da decadência dos jornais no Brasil.

    E está além da leitura na Internet e de possíveis assinantes. É a qualidade ruim, o público alvo ignorado, a troca do jornalismo pela publicidade radical a favor do mercado e contrário ao Brasil e aos governos petistas, mascarando dados reais na economia e índices socais pré e pós-Golpe, dando apoio cego às arbitrariedades da Lava-Jato, defendendo Temer e suas reformas absurdas sem ressalvas, fazendo vistas grossas à corrupção pós-Golpe e ignorando todas as pesquisas de opinião pública, pesquisas que mostram  a população  indignada com as ações deste Governo Golpista que estão sepultando os jornais impressos Folha, o Globo, Estadão, Correio Brasiliense, Zero Hora, Estado de Minas e alguns mais.

    Trocaram Jornalismo por Publicidade e da troca receberam, ao invés de leitores de Jornal, difusores de manchetes garrafais contra Lula, Dilma e o PT e mais nada.

    E um grande problema se impôs: para difundir manchetes garrafais o leitor de manchetes não precisa ser assinante de nenhum Jornal, ele já assimilou as suas convicções e prescinde de uma mídia impressa, pois ela impede de difundir a manchete, exceto se escanea-la.

    Então, o leitor e difundidor de manchetes recorre aos sites de notícias da Internet de sua preferência. Se o conteúdo dos jornais impressos na net se acessa via assinatura recorrem aos gratuitos como o UOL, G1, Veja e assim por diante, afinal, as manchetes são idênticas e contrárias ao PT, Lula e Dilma como são nos jornais impressos, tudo o que o leitor de manchetes anti-petista e público restante para a velha mídia precisou e precisa no pré e pós-Golpe para difundir suas convicções.

    P.S: O patrocínio do neoliberalismo radical ao Jornalismo tupiniquim e sua adesão cega ao patrocinador, facilita, também, a ausência de leitores, porque o Jornal não tem nenhuma chance de discordar do “Mercado” e a Ideologia única prevalece, bem como a premissa do leitor estático, aquele que receberá a notícia sem nenhum contraditório, de maneira a ter de “aceitar” sem reflexão o que está escrito.

    Do leitor estático, para a repetição exaustiva da temática (por exemplo: Lava-Jato) e mesmo ponto de vista em cada notícia você cria uma situação de desinteresse pelo Jornal, pois todo dia é a mesma coisa, o mesmo acusado, a mesma defesa, as mesmas omissões.

     

    1. Pior será o refluxo das mídias eletrônicas dos jornais.

      Pior será o refluxo das mídias eletrônicas dos jornais.

      Nos dias atuais as mídias eletrônicas dos jornais são na maior parte a colocação em meio digital a versão impressa. Estas mídias eletrônicas conforme se veem nos dados do Poder 360 em uma série de reportagens do mesmo, mostram que as páginas abertas na Internet destes jornais ainda são significativas, mas quando chega nas assinaturas não há um crescimento, havendo em muitos casos uma estagnação e em outros, quedas de assinaturas, ou seja, ninguém quer pagar para ver estes jornais.

      O problema que vejo no futuro que no ritmo atual estes jornais vão praticamente fechar, e ainda não fecharam porque estão recebendo altos, porém insuficientes recursos estatais. Este recebimento de recursos estatais a cada dia será mais importante para manter a redação dos jornalões, entretanto com o faturamento não estatal em queda teremos em breve a verdadeira luta entre eles para se manter vivos.

      Com a queda do faturamento, dentro da lógica do mercado, que é uma bandeira dos jornalões, o conhecido “passaralho” será quase que semestral passando pelas redações, e como subproduto disto a perda ainda maior de qualidade (o pouco que sobrou) tanto nas edições impressa como nas digitais. Ou seja, estas edições digitais poderão se tornar uma verdadeira inutilidade em termos de informações mesmo em culinária, coluna social e horóscopo.

      Podemos prever que num intervalo de no máximo três anos, a maioria destes jornalões terão um patético e infame fim.

      Outro problema que terão estes jornais nas suas versões digitais é a concorrência da nova imprensa que surge através dos diversos ambientes que estão sendo criados como o GGN e o Brasil 247, surgirão ainda outros que tenderão a simplesmente apresentar um custo muito menor do que edições digitais dos jornalões sem apoio da redação da edição impressa, vão concorrer com um jornalismo voluntário ou se remunerado, remunerado marginalmente, por simpatizantes dos meios eletrônicos.

      Por pior que sejam os artigos dos colaboradores, por pouca técnica jornalística que tenham eles são imbatíveis num ponto, são artigos voluntários e não custam nada a redação! Ou seja, os blogs sujos triunfarão exatamente devido ao que os jornalões adoram, O MERCADO.

      1. rdmaestri.

        Com certeza a cada dia mais diminuirá a versão impressa e digital, porque não se cativa quem não tem interesse real por notícia (é midiotizado) e não mais precisa ver a mesma ladainha o tempo todo, descolado demais da realidade que o cardápio da velha mídia impressa ou digital/paga oferece. Sem contar os leitores reais de notícia seja liberal, conservador, de esquerda, de direita que sabem do Lawfare e Fakenews que virou o Jornalismo da velha mídia. 

        E tem o Google que você pode buscar a notícia do Jornal impresso digitalizado em outro lugar. Se a Folha nos limita a 5 clicks e eu tenho a notícia em um Portal como a Veja, o G1, o UOL não preciso do Digital/pago.

        De 520 mil assinaturas impressas para 32 mil digitais em 3 anos.

        Meu pai faleceu com 91 anos. Durante 73 anos leu diariamente o Estadão de cabo a rabo. Nunca ficamos 1 dia sem ter o Estadão em casa. Tinha época que em casa vinham Istoé, Veja, Estadão e Folha, tudo ao mesmo tempo e se lia todos. Hoje não tem uma assinatura de nenhum desses veículos, somos leitores diários e pessoas esclarecidas e não assinamos mais, só meu irmão assina a Carta Capital.

        Uma situação real: não tem 1 assinatura no condomínio que moro aqui de 6 casas de nenhum desses jornais e revistas mais, e é bairro de classe média alta. Este é um fenômeno dos últimos anos, principalmente, do pós-Golpe. Antes tinha assinaturas. A velha mídia impressa perdeu credibilidade e/ou desinteresse até em meio a classe média alta.

  41. Vários

    Prezado Luiz: quero entrar em contato com você. Gentileza informar telefone ou e-mail. 

     

    Grande abraço.

     

    Dutra

  42. Meio ódio não existe, nem esgoto meio fétido.

    Caro Nassif,

     

    Não existe meio ódio ou ódio pequeno. Existe ódio.  

    Pode ser que não haja mais o ódio explícito, aquele de expor as visceras à luz do dia e para qualquer um ver. Talvez seja isso que você argumenta.

    Mas nossos veículos de mídia com todos seus filhotes e dependentes, são alto-falantes do preconceito e do consequente ódio que as classes que eles são e representam, sentem pelo povo, pelo povão. (extensão que somos pelo arrasto do tempo desde a escravidão).

    Logo, nossa mídia continuará a destilar o ódio, a colocar em conta-gotas diárias suas seletividade e parcialidade nas notícias, escondendo os males dos seus e manipulando e inventando mentiras para seus inimigos. Sim somos seus inimigos, nunca fomos considerados adversários de ideias ou de caminhadas, pois somente o ódio cria inimigos. Quando há ódio não há respeito.

    De gota em gota, em poucos anos se forma uma sociedade de ódio visceral, as vezes camuflada, mas basta uma cutucada (como vimos em 2013) para os demõnios surgirem.   

    Nossa mídia é a fiel mantenedora do estado de espírito de desrespeito e ódio das classes médias e elitizadas para com nós. Com ou sem jornalismo de esgoto isso continuará, como sempre foi.

    Não é um projeto editorial novo ou a contratação (ou demissão) de um articulista que mudará essa realidade. Os donos são os mesmos, e deles que o ódio, o desrespeito e o desprezo é emanado.

     

    Abs

     

  43. Saiu no g1suldeminas dia

    Saiu no g1suldeminas dia 033

    Festival Literário de Poços de Caldas deve receber 60 mil pessoas em 2018

    O tema da 13ª edição é ‘A Literatura e Outros Saberes’. Programação tem mais de 80 atividades.

    O jornalista poços-caldense Luis Nassif será homenageado como autor sulforoso este ano. Ele é ganhador do prêmio Esso de Jornalismo e várias vezes premiado como jornalista de economia da mídia impressa e digital com o Prêmio Comunique-se.

  44. Imprensa
    Mas esse saneamento civilizatório só vale até o próximo presidente eleito pela esquerda, não é, Nassif?
    Aí a globo e o restante da grande imprensa reabre as portas do esgoto.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador