O modelo de desenvolvimento em curso

Na atual campanha presidencial, os candidatos abusam da propaganda negativa. Não chega aos pés da campanha de 2010, na qual o candidato José Serra logrou jogar o nível nas tubulações de esgoto.

Mesmo assim, a cantilena dos três candidatos é maçante. Aécio Neves repercute as denúncias da revista Veja – que têm desanimado até os demais veículos de imprensa, pela leviandade. Marina Silva pratica a lamúria permanente e Dilma tenta convencer o eleitorado que haverá um segundo governo menos centralizador.

***

Mesmo assim, as circunstâncias da economia e da política acabaram quase que conduzindo a um modelo de gestão que vai acabar se impondo.

No âmbito dos jornais e das redes sociais, persiste uma radicalização anacrônica entre esquerda e direita.

Cada proposta é analisada sob esse prisma. As grandes transformações brasileiras foram eminentemente pragmáticas, sem a tentativa de dividir o mundo entre medidas de esquerda ou direita.

Abaixo da espuma tem a substância, um conjunto de políticas públicas quase inescapáveis, se se quiser de fato aspirar a uma nova etapa do desenvolvimento nacional.

No plano estratégico, o país terá que definir políticas industriais consistentes, em cima de aspectos competitivos: os mercados que proporcionam ganhos de escala e os setores que podem se beneficiar de políticas de compras públicas. E necessita continuar desenvolvendo todo o macroambiente competitivo.

No plano microeconômico, os sistemas de inovação, as ferramentas de financiamento, o aprimoramento das compras públicas, enfim, um autêntico receituário desenvolvimentista.

Mas não poderá adiar mais as reformas microeconômicas, a desburocratizaçao, colocar ordem na parte fiscal e outras medidas destinadas a melhorar o ambiente econômico e que, em geral sao vocalizadas pelos chamados setores neoliberais.

***

Tem que apoiar setores estratégicos, como propõem os desenvolvimentistas, mas corrigindo os exageros  das decisões unilaterais, como defendem os neoliberais.

A política econômica precisa ser proativa e, ao mesmo tempo, previsível. Trata-se de desafio perfeitamente factível desde que se tenha um plano de vôo.

Precisa-se de um Estado forte, mas para cumprir o papel de indutor do setor privado. A contrapartida ao Estado forte é a exigência de definição de regras claras na concessão de benefícios, que impeçam as práticas odiosas dos benefícios a empresas ou setores, de acordo com a vontade do governante.

Há a necessidade de uma política fiscal transparente, mas o ajuste não pode contemplar apenas as despesas correntes, mas encarar definitivamente a questão dos juros.

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A postura da política monetária não é de ser a favor ou contra o capital, mas de mudar o rumo do dinheiro, da renda fixa e da aplicação preguiçosa em títulos públicos para o financiamento do desenvolvimento e a busca das aplicações de risco.

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Caso Dilma seja reeleita, terá que aprender que política econômica proativa só se legitima se for absolutamente transparente e discutida com todos os setores sociais e econômicos.

Terá que trocar a roupa de gerente pela de Estadista. Se conseguirá, é uma incógnita.

Luis Nassif

23 Comentários

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  1. ESTADO DÁ O RUMO AO BRASIL, MAS OS PRIVADOS SEGUEM OS EUA

    O Brasil não aplica todas as ferramentas que dispões para a dinamização da economia nos setores estratégicos. Hoje apenas o BNDES parece ser o motor que impulsiona ou direciona as atividades privadas para os caminhos planejados. Os industriais “privados” não parecem muito dispostos a seguir estratégias de Governo, mas apenas as políticas ditadas desde fora, pelo mundo global. Por outro lado, o Governo, ao invés de implantar atividades permanentes de apoio em determinados setores (novas empresas estatais), optou pela execução de grandes obras estruturantes (PAC), fazendo uma bela contribuição ao objetivo final, embora limitada, esperando que por aí se encaixe o setor privado, mas este último parece não querer-se encaixar.

    Em suma, o PIG e os setores do atraso, demonizaram e ainda estão a demonizar qualquer presença estatal na economia, pois sabem que é exatamente por aí o caminho de saída para o desenvolvimento do Brasil. A campanha não é apenas contra a Petrobrás, mas contra qualquer intento de estímulo do governo à política industrial do Brasil. O “mercado” não vai resolver o nosso problema, mas apenas seguiremos sendo explorados.

    UMA SUGESTÃO

    Numa cadeia produtiva rumo ao desenvolvimento de setores denominados estratégicos, existem atividades à montante e outras à jusante do módulo principal ou mola estratégica deste fluxo econômico. Por exemplo, se a implantação de transporte ferroviário no seu conjunto (carga, passageiros, trem bala, metrôs, etc.) e o estimulo ao transporte fluvial e marítimo fossem prioridade, identificaríamos então um módulo central na fabricação de aço.

    Assim, o governo poderia abrir um poder comprador de minério de ferro local, em três ou mais pontos estratégicos do território nacional (hoje comprado e mal pago por empresas maiores, que levam o minério para fora do Brasil), mediante a implantação de siderúrgicas, estatais, do tamanho certo para cada realidade, considerando trilhos de ferro, corpos moedores (para mineração) e outros produtos simples que viabilizariam a fabricação local. O BNDES estimularia empresários para o investimento em fábricas de locomotivas, vagões (do tipo “Santa Matilde”). Obras do PAC seriam implantadas ao redor de cada pólo siderúrgico criado, que utilizariam integralmente a produção da “Santa Matilde” e dos produtos derivados do aço.

    Além da vontade política sobre o assunto. O Governo ficaria exatamente posicionado na atividade que a especulação mundial de hoje impede que pequenas empresas possuam estabilidade adequada para crescer e se desenvolver, tanto à montante como à jusante da produção de aço e da indústria-mãe (tipo Santa Matilde) que daria vida a este pólo de desenvolvimento nacional

    Este foi apenas um exemplo de outros pólos possíveis de desenvolver, desde obras navais, aérea (que já temos um bom exemplo com EMBRAER), no Agro-Negócio, até atividades de alta tecnologia.

    Em resumo, deve-se identificar, ao longo da cadeia produtiva (de diversos setores), o ponto neurálgico que dividiria à montante e à jusante as atividades complementárias. Nesse ponto, o Governo deve abrir poder de compra, aplicar apoio do BNDES e, ainda, colocar obras do PAC dando vida a esse vetor, no momento do seu nascedouro. A presença do Governo naquele ponto estratégico da cadeia tiraria a vulnerabilidade das indústrias locais do “humor” do mercado global.

    1. A SOLUÇÃO NÃO É MAIS ESTADO E SIM MAIS EFICIÊNCIA

      Nós já sabemos que o estado não tem agilidade, capacidade, e eficiência para executar este seu projeto.   Não é papel de um estado capitalista ter inumeras empresas, excluindo a atividade privada.  Nos países aonde isto acontece, as empresas estatais não atendem as necessidades dos consumidores, visam, sómente, atingir as metas instituidas pelo governo central, não se preocupando com a qualidade, muito menos com o mercado.

      O nosso governo deve sim, fiscalizar, e cobrar mais eficiência das empresas estatais, e dar cada vez mais condições para o setor privado ocupar os espaços na economia !!

      1. Não adianta. Algum sacrifício é preciso

        O setor privado segue orientação econômica dos EUA e não do Governo Brasileiro. Guardam o seu dinheiro em paraísos fiscais e colocaram como meta de final de vida morar em Miami. Esse é o problema. 

        Precisaremos de nova geração de empresários, que acreditem no seu país e utilizem o seu dinheiro por aqui.

        Na situação atual, o Brasil irá caminhar na direção desejada apenas se o Estado destrava alguns nós produtivos que gerem industrialização e verticalização dentro do Brasil.

        Para isso, teremos que ser chineses por um tempo. No social, teremos que ser cubanos por um tempo. Tudo isso se quisermos ser um país plenamente desenvolvido (ou algo próximo disso) amanhã, já em plena vida democrática, de igual a igual no conjunto de nações.

        1. O CIDADÃO, EMPRESÁRIO OU NÃO, TEM DIREITO A LIBERDADE

          O Estado Democrático não pode obrigar ninguém, muito menos o setor privado, a realizar o que ele deseja.  Quando um empresário investe na instalação de um supermercado. não o faz pensando em resolver o problema de abastecimento de alimentos, ele fez pensando em ganhar dinheiro, em ter lucro.  Quanto a poupar, e quando e aonde se aposentar é problema só dele !!

  2. Há ainda direita e esquerda? Por Emir Sader

    Diante de alguns argumentos que ainda subsistem sobre o suposto fim da divisão entre direita e esquerda, aqui vão algumas diferenças. Acrescentem outras, se acharem que a diferença ainda faz sentido.

    Direita: A desigualdade sempre existiu e sempre existirá. Ela é produto da maior capacidade e disposição de uns e da menor capacidade e menor disposição de outros. Como se diz nos EUA, “não há pobres, há fracassados”.
    Esquerda: A desigualdade é um produto social de economias – como a de mercado – em que as condições de competição são absolutamente desiguais. 

    Direita: É preferível a injustiça, do que a desordem.
    Esquerda: A luta contra as injustiças é importante, nem que sejas preciso construir uma ordem diferente da atual.

    Direita: É melhor ser aliado secundário dos ricos do mundo, do que ser aliado dos pobres.
    Esquerda: Temos um destino comum com os países do Sul do mundo, acreditamos que diversificando as parcerias teremos melhores chances, temos que lutar com eles por uma ordem mundial distinta.

    Direita. O Estado deve ser mínimo. Os bancos públicos e as empresas estatais devem ser privatizados
    Esquerda: O Estado tem responsabilidades essenciais, na indução do crescimento econômico, nas políticas de direitos sociais, em investimentos estratégicos como infra-estrutura, estradas, habitação, saneamento básico, entre outros. Os bancos públicos têm um papel essencial nesses projetos.

    Direita: Os gastos com pobres não têm retorno, são inúteis socialmente, ineficientes economicamente.
    Esquerda: Os gastos com políticos sociais dirigidas aos mais pobres afirmam direitos essenciais de cidadania para todos.

    Direita: O Bolsa Família e outras políticas desse tipo são “assistencialismo”, que acostumam as pessoas a depender do Estado, a não ser auto suficientes.
    Esquerda: O Bolsa Família e outras políticas desse tipo são essenciais, para construir uma sociedade de integração de todos aos direitos essenciais.

    Direita: A reforma tributária deve ser feita para desonerar aos setores empresariais e facilitar a produção e a exportação. 
    Esquerda: A reforma tributária deve obedecer o principio segundo o qual “quem tem mais, paga mais”, para redistribuir renda, com o Estado atuando mediante políticas sociais para diminuir as desigualdades produzidas pelo mercado.

    Direita: Quanto menos impostos as pessoas pagarem, melhor. O Estado expropria recursos dos indivíduos e das empresas, que estariam melhor nas mãos destes.
    Esquerda: A tributação serve para afirmar direitos fundamentais das pessoas – como educação e saúde publica, habitação popular, saneamento básico, infra-estrutura, direitos culturais, transporte publico, estradas, etc. A grande maioria dos servidores públicos são professores, pessoal médico e outros, que atendem diretamente às pessoas que necessitam dos serviços públicos.

    Direita: O capitalismo é o sistema mais avançado que a humanidade construiu, todos os outros são retrocessos, estamos destinados a viver no capitalismo.
    Esquerda: O capitalismo, como todo tipo de sociedade, é um sistema histórico, que teve começo e pode ter fim, como todos os outros. Tende à concentração de riqueza por um lado, à exclusão social por outro, e deve ser substituído por um tipo de sociedade que atenda às necessidades de todos.

    http://www.cartamaior.com.br/?/Blog/Blog-do-Emir/Ha-ainda-direita-e-esquerda-/2/23793

  3. É incrível

    Nassif sempre fez a cobrança por mais política e neste texto ele enaltece o pragmatimo que coloca esquerda e direita dentro de um mesmo contexto.

    As diferenças são exorbitantes, e as mudanças ocorridas se deve à ideologia que se diferencia em governo para todos e governo para o mercado.

    Candidatos que defendem menos estado jamais conseguirão implementar politicas sociais amplas.

    Nassif enalteceu os movimentos de ruas que pediram mais transportes, saúde e educação públicos, isso é mais estado.

    Defende maior participação popular e qual foi a reação ao Decreto de Dilma de nº 8.243?

    Na economia, como age o atual governo em relação à Petrobras e sua participação no desenvolvimento do país e o que prometeram Aécio e Marina sobre esta estatal?

    1. A questão não é “menos

      A questão não é “menos Estado”. É aumentar os espaços de atuação da sociedade organizada. Avanços mais incisivos em todas as áreas – econômico, político e social – só mediante participação ativa por parte da sociedade. O protagonismo isolado do Estado induz a muitos erros, além de ser um suicídio político quando interesses poderosos são contrariados. Está certo Sr. Nassif. 

      1. Protagonista…

        Se a Presidenta Dilma se reeleger, vamos ver se muda este paradoxo de governo e chame de vez por todas os grupos sociais para participar.

        É só montar um blog oficial do Governo Federal, com pessoas cadastradas e identificadas por senha e foto.

        A tecnologia disponível hoje permite a interação rápida e fácil entre governo e pessoas, sem precisar de deslocar para a capital.

  4. No plano estratégico Nassif já indicou o acerto de Dilma

    No plano estratégico Nassif já indicou que Dilma está no caminho certo.

    Abordou no GGN sobre a industria Naval, a de medicamentos e a do pré-sal, e no Brasilianas.Org sobre a indústria de defesa, como indústrias mães, geradoras de várias outras, que criará a nossa nova indústria e a articulação produtiva

    Nos links:

    Brasil 2015: a política industrial da saúde

    Brasil 2015: os novos passos da indústria naval

    A estratégia para a indústria de defesa nacional

    Brasil 2015: o modelo Prominp de articulação produtiva

  5. Como diz Percival Maricato

    “Tão só a blindagem ideológica impede os empresários brasileiros de ver a importância dos governos Lula e Dilma, portanto do PT, para o desenvolvimento do capitalismo no Brasil, portanto para seus negócios.”

  6. Abusando da propaganda negativa

    Que tal Aécio ontem, às 17:03? A Bolsa caiu 4,5%, mas vai lá e taca 8%, dá no mesmo, o que importa é o terrorismo. 

     

     

    Aécio Neves15 h · Uberlândia

    Boa de Brasil. Boa Tarde meu povo

    Acabo de receber informações que acabou o seqüestro em Brasília e fico feliz em saber que não houve vitimas e o refém foi solto sem nenhum ferimento. Mas também acabo de receber noticias também preocupantes de São Paulo, o dólar esta em disparada em alta na Bolsa de Valores , que o valor das ações da nossa PETROBRAS, já atingi uma queda de 8% e que as empresas estrangeiras já se preparam para diminuir e ate mesmo extinguir os investimentos em nosso pais e isso com isso ocorrera a maior taxa de desemprego em nossa historia. Aos que são leigos no assunto, quando uma empresa multinacional, não se sente confiante com um governo, ela literalmente ou para de investir ( abrir um novo pátio industrial ou filiais ) ou simplesmente vai embora, para não ter prejuízos, com isso são os empregos do nosso pais que estará em risco, será que é isso que o Brasileiro quer ? Será que é isso que o Brasileiro quer pagar para ver se acontecera ? Ou todos acordam e dão um basta nesse colapso que esta por vir ou será o fim de aquilo que levamos anos para construir. è todos vocês que decidiram.
    ‪#‎Aécio45‬ ‪#‎45Nelas‬ ‪#‎Vamosagir‬ ‪#‎EuvotoAécio45‬

     

  7. “No plano estratégico,

    “No plano estratégico, (…).

    No plano microeconômico, (…).

    Mas não poderá adiar mais as reformas microeconômicas, a desburocratizaçao, colocar ordem na parte fiscal e outras medidas destinadas a melhorar o ambiente econômico (…).

    ***

    Tem que apoiar setores estratégicos, como propõem os desenvolvimentistas, mas corrigindo os exageros  das decisões unilaterais, como defendem os neoliberais.

    A política econômica precisa ser proativa e, ao mesmo tempo, previsível. (…)

    Precisa-se de um Estado forte, mas para cumprir o papel de indutor do setor privado.”

     

    Não precisa de um Estado forte para reduzir as desiguadades? Pelo visto, o setor privado induzido pelo Estado forte vai tratar disso naturalmente. É a nova versão da mão invisível.

    O Brasil é um dos países mais desiguais do mundo. O Estado induziu o setor privdo desde sempre. E os neoliberais estão defendendo um capitalismo financista, cuja última obra foi destruir o estado de bem estar social europeu.

    Não há nada mais atual do que falar do mundo que os neoliberais tem construído e quais as alternativas a esse modelo. 

    O Estado forte precisa ter sempre em foco o bem estar social. 

     

  8. Nassif,
     
    Essa estória de que

    Nassif,

     

    Essa estória de que a Dilma tem um perfil “gerencial” é uma das maiores lendas da políticas brasileira dos últimos tempos. Ela se pauta apenas da percepeção de que a própria faz de si mesma, ou foi construída num contexto em que se julgava precisar de uma

    Ela não tem perfil gerencial e não faz ideia do que seja isso. Para citar um aspecto, uma das características importante de alguém como esse perfil é a capacidade de liderança. A Dilma não faz ideia do que seja isso, nem da sua relevância. Basta ver a forma com que ela lida com seus subalternos. 

    Graças as Dilma diversas órgãos do governo vivem sob um clima insuportável de abondono e falta de direção, e ela não faz ideia de que isto esteja acontecendo 

  9. Perfeito Nassif.
    Eu só

    Perfeito Nassif.

    Eu só adicionaria uma coisa a este seu artigo, que eu acho que faz parte do diagnóstico completo e que vem gerando enormes problemas ao governo, que eu acho que seria uma agenda que poderia ser dita até liberal por parte do governo (é claro que não será aceita pela mídia, porque a mídia não é liberal, é fascista):

    Para reduzir o problema do estado forte e das concessões de benefícios, como você bem escreveu, seria necessário, além de ter uma taxa básica de juros menor, um sistema bancário menos concentrado, ou pelo menos mais regulado, para que o crédito chegue na ponta, ou seja, no seu objetivo final, que é financiar a produção.

    O governo Dilma, muito mais técnico que o governo Lula, percebeu bem o problema e tinha iniciado a regulação do setor bancário, via competição com os bancos públicos no varejo, ou seja, sem a concessão de benefícios fiscais ou creditícios a um setor ou outro da economia.

    Acontece que o governo recuou no meio do caminho por motivos políticos, ou político-eleitorais.

    Iniciado o segundo governo, a primeira ação de Dilma deveria ser retomar esta política de regulação do setor bancário.

    Só assim reduz a necessidade de estado forte e concedente de benefícios e a indução poderá ser feita mais através do ajuste das variáveis macro-econômicas, sem a necessidade do governo ficar a todo momento metendo a mão diretamente na economia.

    É isto.

  10. O Nassif não quer dar às

    O Nassif não quer dar às coisas os nomes que elas tem. Tudo bem, direito seu. Mas um Estado indutor da economia, com forte protagonismo dos bancos públicos e das estatais é agenda da esquerda, pelo menos da centro-esquerda, não comunista, no sentido chinês e cubano, por exemplo, muito menos coreano.

    O contrário disso, ou seja, BC independente, menos banco público, privatizações das estatais é agenda da direita (leia-se Marina e Aécio). Outra coisa que é de direita é menos imposto, de uma forma geral, indiscriminadamente. E também, no front externo, buscar a reaproximação com os EUA em detrimento dos mercosul e dos Brics. Tudo direita.

    Eu me considero de esquerda. Sou pela estatização da economia, nas áreas básicas, como educação e saúde. Estratégicas, como energia e petróleo. E dos serviçoes públicos, todos. Telefonia, energia elétrica, água e gás. E transporte.

    Iniciativa privada fica com TV, computadores, celulares, DVDs, geladeiras, carros, roupas, brinquedos e por aí vai. Já é bastante coisa e dá muito lucro. Sem bem que sou a favor da participação dos trabalhadores nas decisões de gestão da empresa. Isso não é ser de esquerda, Nassif?

  11. Comento uma frase do Nassif, a que usa o Ar

    O Nassif escreveu:

    “A política econômica precisa ser proativa e, ao mesmo tempo, previsível. Trata-se de desafio perfeitamente factível desde que se tenha um plano de vôo.”

    A analogia que usa uma aeronave como um proxy, indica claramente a concordância dele com o que venho afirmando há anos aqui no blog, que a estrutura onde o presidente da república do Brasil age lembra a necessidade de ser ter um Rumo, um Norte e uma Estrela. Uma estrutura compatível com o Ar. Pode-se pensar em um avião, como um jumbo, ou algo realmente grande como um dirigível com centenas de metros, onde o destino seria um país com melhores condições para o povo e que a nação pudesse florescer em todo o seu explendor, como anseio e destino.

    Sem isto, o governo fica sem unidade e complica a coordenação de atividades de maneira sinergética. O que dificulta a agilidade das manobras e a eficiência delas no exercício da governança, dando menos qualidade as atividades da presidência e realizando menos que o ótimo e o possível.

    Como sempre digo, governo bom, burras cheias e dinheiro na mão é vendaval.

  12. Gestão Eficiente Dilma

    Tesouro Nacional tem 4º deficit consecutivo e afunda contas do ano

    POR DINHEIRO PÚBLICO & CIA30/09/14  09:49Ouvir o texto 

    A despeito das receitas extraordinárias obtidas em agosto, o governo Dilma Rousseff gastou acima da arrecadação pelo quarto mês consecutivo e afundou as contas deste ano eleitoral.

    No mês passado, as despesas com pessoal, programas sociais, custeio administrativo e programas sociais superaram as receitas em R$ 10,4 bilhões, no pior resultado para o período desde o Plano Real.

    Houve o que os economistas chamam de deficit primário: o Tesouro Nacional teve de se endividar para bancar suas despesas cotidianas e as obras públicas.

    No início do ano, o governo havia se comprometido a obter um saldo em suas contas, ou superavit primário, de R$ 39 bilhões de janeiro a agosto. Com a derrocada do mês passado, a poupança acumulada caiu para R$ 4,7 bilhões, o que, em termos orçamentários, é praticamente nada.

    Nem o recurso a fontes pouco usuais de receitas evitou o rombo de agosto. A principal delas foi a reabertura do programa que oferece descontos de multas e juros para o pagamento de tributos em atraso, que rendeu R$ 7,1 bilhões.

    Além disso, o Tesouro extraiu R$ 5,4 bilhões em dividendos -ou seja, parcelas dos lucros- das empresas estatais.

    Até dezembro, a meta é uma poupança de R$ 80,8 bilhões, virtualmente impossível -a menos que o Tesouro adote em proporções inéditas  manobras de contabilidade e adiamento de despesas para o próximo governo.

    Expedientes do gênero se tornaram recorrentes nos últimos anos, para viabilizar a expansão generalizada das despesas públicas com a qual a administração petista procurou estimular a economia.

    A política fiscal deste ano é a mais frouxa desde 1999, quando o governo FHC iniciou a política de metas de superavit primário. A escalada dos gastos, especialmente na área social, não acelerou o crescimento econômico, mas contribuiu para preservar o emprego e o consumo das famílias -o que também ajuda a explicar a inflação elevada.

     

    1. As noticias infundadas dos

      As noticias infundadas dos desesperados hahahahaha…

      No capitalismo o endividamento é o modelo de crescimento

       

  13. Estamos perdendo tempo em

    Estamos perdendo tempo em analisar o modelo de Dilma sem levar em conta a força de equilíbrio do mercado financeiro, os partidos barriga de aluguel, e a mídia formadora de opinião distorcida. 

    Nas pesquisas a verdade está começando a ser restabelecida: Dilma ganha.

    O que vai mudar na execução a partir de 2015, ao nível Dilma, não requer o território dos derrotistas, porque o poder dos decididores (banqueiros e seus herdeiros) segue não aparecendo na forma da realpolitik imperialista.

  14. depios da queda do muro de

    depios da queda do muro de berlim ficou

    mesmo mais difícil diferenciar

    entre esquerda e direita.

    a diferença agora é entre :

    1.  os vorazes financeirizadores da economia

    como ocorre na caótica

    política-economia europeia, por exemplo,

    que está ndo ridiculamente

    copiada pela candidata marina silva.

    em suma, uma política que exclui.

    um governo de minorias para minorias.

    2. e o lado que opta pela defesa da maioria,

    a defesa dos interesses que protegem essa maioria.

    governo para maiorias.

    um governo como este de lula e dilma que

    transformou, transforma e ,espera-se,

    transformará o país cada vesz mais,

    com essa pol´pitica de inclusão social.

    donde se conclui que o fim do

    maniqueísmo entre esquerda e direita

    acabou beneficiando

    a esquerda! 

    pelo menos no brasil.

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