O Xadrez do pacto com Temer ou com Dilma

O aprofundamento das crises política e econômica torna mais próximo o momento do pacto. Sempre é temerário apostar no bom senso político nacional.

Mas o bom senso é meramente questão de preço. Em países modernos, chega-se ao bom senso a preços módicos. No Brasil do impeachment, a um preço caro. Mas o aprofundamento da crise já se tornou o excessivamente caro. Dentro de algum tempo induzirá o país ao pacto.

A grande dúvida é sobre quem conduzirá a travessia.

1. Não há maneira de vestir Michel Temer com a aura de estadista.

Desde que teve início o processo do impeachment, os grupos de mídia empenharam-se em uma tarefa hercúlea: dentro da dramaturgia que cerca a sociedade do espetáculo, tratar de conferir ao interino Michel Temer a aura de estadista.

Embora antigo na política, o personagem Temer era quase desconhecido da opinião pública, podendo, assim, ser um livro em branco no qual jornais e seus jornalistas, de forma combinada, pudessem escrever o perfil de um grande homem.

O entusiasmo precoce provocou elogios surpreendentes, como o do blogueiro Ricardo Noblat, confirmando a máxima de San Thiago Dantas, de que “o poder é afrodisíaco”:

“Uma coisa eu jamais observara: como Temer é um senhor elegante. Quase diria bonito. A senhora dele, também”.

 

 

A roteirização da política consistia em supervalorizar positivamente os pequenos gestos de Temer e negativamente os da oposição.

Esse papel coube a  Jorge Bastos Moreno, brilhante colunista de O Globo.

Por ocasião da demissão do Ministro do Turismo Henrique Alves, velho companheiro de Temer, Moreno saudou a prontidão com que o interino defenestrou o Henriquinho (como é tratado no círculo íntimo do Palácio, ao qual pertence Moreno), cuja atuação era de conhecimento de Temer e de Moreno há décadas.

Ontem, com a fúria de um Catilina, Moreno desancou sem dó a insensibilidade de parlamentares da oposição, por ousarem manter uma conversa descontraída no ambiente austero de… uma festa junina.

Conhecidos os detalhes sórdidos da delação de Machado, esperava-se que nessa noite os políticos se recolhessem, envergonhados, mais cedo para a casa.

Pelo contrário. Foram para a festa de São João, por si só uma piada pronta, da senadora Kátia Abreu.

Entre as pérolas captadas na mesa da diretoria, presidida por Renan, destaco esta:

— Vanessa está sendo massacrada nas redes porque apareceu retocando a maquiagem com um pó da marca Shiseido — denunciou Lindbergh.

— Oxe, o pó custa R$ 260. Será possível que não posso comprar um pó de R$ 260?

— perguntou a senadora.

E Renan, que não se maquia com pó, certamente, embora mantenha a cara sempre lustrada:

— Vocês não passam de comunistas de boutique.

É compreensível a confusão de Moreno. Afinal, nos dois casos há a presença insofismável das quadrilhas.

Em poucas semanas, no entanto, Temer construiu uma imagem tão negativa que nem os melhores roteiristas de O Globo conseguirão mais vender o peixe do Temer Bom.

No mundo real, o Temer Bom é só para consumo caseiro e dos amigos. Tem duas filhas adultas admiráveis e cultiva amigos do naipe de Celso Antônio Bandeira de Mello e Antônio Mariz de Oliveira. E só. Seu passado distante atenua mas não o absolve.

O Temer Mau é o da política, aliado e influenciado por vestais da qualidade de Eduardo Cunha, Eliseu Padilha, Gedel Vieira de Lima e Moreira Franco, os quatro porquinhos e o lobo mau querendo devorar o Chapeuzinho Vermelho da democracia e a cesta do orçamento público. E também é o amigo do Henriquinho (apud Moreno), do Mendoncinha políticos que, apesar de tratados no diminutivo, são  dotados de uma voracidade pantagruélica.           

Ocorre que quem governa o país é o Temer Mau, e não o Temer elegante, quase bonito, que encantou Noblat.

A diferença entre o estilo cordato do Dr. Jekill e o perfil truculento de Mr. Hyde é de tal magnitude que, antes do impeachment, pessoas próximas a Dilma atribuíam o oportunismo do vice à má influência de Eduardo Cunha. Ou seja, um senhor de 75 anos sofrendo da síndrome da má influência.

Como o Brasil é o país da intimidade benevolente, mesmo figuras públicas referenciais fecham os olhos aos malfeitos, quando cometidos por amigos. Ainda assim, Celso Antônio Bandeira de Mello e Antônio Mariz de Oliveira devem ao país a chamada pressão positiva sobre o amigo. Não permitam que a amizade os diminua perante uma legião de admiradores.

Já os grupos de mídia decidiram promover uma cirurgia nos xipófagos que habitam a alma de Temer.

O Temer Bom passou a ser o da área econômica, que veta reajustes do Bolsa Família, planeja arrebentar as verbas da saúde e da educação, mantém as taxas de juros em patamares elevados mesmo o mercado prevendo inflação no centro da meta em 2017. Este é o Temer Bom.

Pega, separar os dois? Não pega.

O padrão Temer ficou muito exposto à opinião pública.

Consiste em trazer para o governo seus aliados, o que de pior a política brasileira gerou no período democrático, dentro de um acordo tácito. Temer e cada Ministro sabem o que ambos fizeram. Se as falcatruas se tornarem públicas, o Ministro sai e o Jorge Bastos Moreno apregoa que Temer é diferente, porque não vacila em demitir Ministros cuja presença no governo tornaram-se inviáveis por razões alheias à vontade de Temer. É isso?

Some-se a isso a Lava Jato que prossegue a todo vapor e que já assestou sua mira na JBS – uma das grandes financiadoras dos partidos políticos e, até pouco tempo atrás, presidida por Henrique Meirelles, do suposto grupo dos homens bons de Temer.

Juntando tudo isso, chega-se ao busílis da questão: com o processo de radicalização do impeachment, a ampliação da radicalização perpetrada pelos quatro porquinhos, pelo seu passado e pelo seu presente, Temer teria condições de ser o mediador desse pacto?

É evidente que não. O Temer Bom só se sustenta com a aliança que o Temer Mau monta com as facções que dominam a Câmara. Quando o Temer Bom planeja direcionar o orçamento inteiro para o mercado (através dos juros da dívida pública), os aliados do Temer Mau não permitem.

A não ser que se acredite que as Forças Armadas irão se lançar contra as manifestações, nenhum pacto frutificará nem com o Temer Mau, nem com o Temer Bom.

Não sendo Temer, como poderia ser conduzida a transição?

2. A alternativa a Michel Temer

Posto que o interino é inviável, o que restaria? A volta da titular?

Depende.

A inabilitação de Temer cria um vácuo. Mais um pouco e todos se darão conta do jogo de perde-perde na qual o país vai afundando. E aí se terá que buscar alternativas de pacto de fato, que pacifique o país, que varra do mapa a velha política e abra espaço para o novo.

O primeiro passo é extirpar da vida nacional a mancha de um impeachment sem fundamento constitucional. É condição essencial para o restabelecimento dos postulados democráticos.

Por outro lado, não se pode tapar o sol com a peneira e imaginar que bastaria a queda do impeachment para Dilma recuperar as condições de governabilidade.

E aí tomo a liberdade de enxergar duas Dilmas, como figura pública.

A Dilma presidente queimou sua oportunidade no início de 2013, quando cedeu ao mercado e voltou a aumentar a Selic. Dali em diante, seu governo caminhou como um barco adernando. Não há a menor possibilidade de viabilizar um terceiro mandato.

A Dilma deposta, no entanto, assumiu uma dimensão pública inimaginável em Dilma pré-impeachment. Tornou-se amada pelos movimentos sociais. No auge do poder, a crista empinada era sinal de arrogância; deposta, tornou-se prova de grandeza, de coragem, de destemor.

É essa Dilma que emerge das trevas– da sessão que votou o impeachment – que poderá ser a condutora da transição. Mesmo porque é praticamente a única grande figura política não maculada pelos borrifos da Lava Jato.

É hora de deixar um pouco de lado a presença nas manifestações públicas e buscar as lideranças da sociedade civil para começar a se pensar no grande pacto.

Há dois desafios políticos e um econômico, tendo que ser administrados simultaneamente.

Os políticos são uma Constituinte para discutir a reforma política, seguida de eleições gerais.

O econômico é a pactuação de um conjunto de medidas visando blindar a economia dos solavancos da política. Com o agravamento da crise, haverá condições de empresários, trabalhadores e movimentos sociais começarem a sentar para conversar, especialmente se Dilma apresentar  um conjunto racional de propostas de transição.

Para trabalhar junto aos setores produtivos, ela terá ao seu lado duas figuras significativas das chamadas forças produtivas – Armando Monteiro e Kátia Abreu. Junto ao sistema bancário, há duas lideranças expressivas e de bom senso, Roberto Setúbal, do Itaú, e Luiz Trabucco, do Bradesco. Os movimentos sociais e sindicatos já estão com ela.

Havendo isenção na condução da transição, poderá ampliar o círculo de apoio.

Restarão as incógnitas: o Congresso pós-Eduardo Cunha, a Procuradoria Geral da República e a Lava Jato, o Senado com ou sem Renan Calheiros (obviamente, com Renan haverá maior espaço para o bom senso).

Luis Nassif

109 Comentários

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  1. A obsessao do Nassif com esse “pacto” q o faz delirar

    com cenários impossíveis. E pior, de Direita, por mais que ele provavelmente nao queira assim. Parar as manifestaçoes e ouvir “líderes razoáveis” como Setubal do Itaú? É piada? De muito mau gosto…

    1. Acho que ele insiste na ideia

      Acho que ele insiste na ideia de pacto por vislumbrar um cenário de radicalização, com o risco inclusive de se estabelecer uma nova ditadura. Se a ideia do pacto for pra restruturar o país economicamente isso passa pela presença de direitistas e esquerdistas, e todo o espectro que vai no meio. Banqueiros, industriais, agronegocio, trabalhadores, sindicatos, movimentos sociais, políticos, empresários. E o nefasto Setubal entra na lista.

      Particularmente, considero que a montagem de um gabinete de notáveis nesse momento não representa uma solução a menos que seja feita uma consulta ao povo sobre o que queremos que sejam mantidos como salvaguardas independente do governo de plantão (envolvendo saúde, educaçao, segurança, emprego). Ou seja, precisamos de garantias de que os governos eleitos (tanto faz se é liberal, neoliberal, socialista, etc.) obedeçam o que diz a constituição. Constituição essa que precisa ser reformada urgentemente. Rever os salários nababescos pagos a algumas categorias do funcionalismo, principalmente os penduricalhos dados as categorias da justiça com seus supersaláros. Valorização de outras categorias como professores, médicos, que tem uma implicação social direta. Tudo isso e muito mais precisa ser discutido.

      De qualquer forma, independentemente de reforma política, tributária, fiscal, do judiciário…tudo isso vai ser em vão se a globo continuar sendo a globo. Pra esse país ir pra frente a globo, como ela é hoje, precisa acabar.

      1. E vc acha q esse cenário de q vc fala é possível?

        Com esse Congresso, com esses “notáveis”, haveria como garantir essas conquistas? Ora, ora, nao sonhe…

        1. Eu não lembro de ter

          Eu não lembro de ter afiançado qualquer esperança nesse congresso que temos, que aliás só presta contas aos financiadores de suas campanhas.

          O meu ponto é que se a saída pra crise for através de um pacto, esse só pode ser ratificado pelo povo tendo uma garantia de que o congresso e futuros governos vão cumprir o que se colocar na mesa, independentemente de termos liberais, conservadores ou socialistas de plantão. Não pode um governo, como esse interino, propor essas mudanças profundas nas relações de trabalho e renda, no financiamento da saúde e educação sem respaldo popular.

          De qualquer forma, estou no aguardo de novas jornadas, ou greve geral, que ajudem a enterrar esse governo golpista.

          1. E como essa garantia seria possível?

            Os políticos sao esses aí, traiçao para eles é brincadeira, nao dao a mínima p/ o que o povo quer, sao capazes de prometer o céu já encomendando o inferno ao diabo.

          2. Com esse legislativo e o

            Com esse legislativo e o judiciário que temos, sinceramente perdi as esperanças.

    2. Mas é pacto, não?

      Pacto de um lado só não existe. Não vejo como delírio.

      Já a Dilma voltar e terminar o mandato me parece delírio. O Temer seguir me parece pesadelo insuportável.

      1. Qq coisa q nao seja Dilma completar o mandato é GOLPE!

        Nao adianta trocar um golpe por outro, isso nao resgata a democracia. E é delírio achar que os movimentos sociais vao se desarmar em troca de uma “conversa de notáveis”.

  2. Este pacto já passou do ponto, agora tem que ser outro.

    O lado do grande capital mostrou a sua intolerância e a sua má vontade em achar uma solução pactuada quando eles desembarcaram de mala e cuia no golpe. Agora ou talvez daqui a duas semanas estarão todos dispostos a negociar, mas neste momento todas as forças vivas da nação não querem sentar com estes senhores para eles traírem de novo.

    O pacto deve ser feito com a nação, não só com os sindicatos ou com os políticos do partidos que ainda apoiam Dilma PT e PCdoB. Deve ser feito com os sindicatos, com o PT e PCdoB mas também com as centenas de entidades que colocaram a cara para bater na defesa de Dilma.

    Os alunos secundaristas mostraram sua força e vitalidade, as comunidades mais desfavorecidas, o trabalhadores sem terra, os sem moradia, os professores, os reitores, os cientistas, muitos juristas, artistas, os demais partidos de esquerda que estenderam a sua mão …. É uma pilha de gente que precisaria uma boa memória e várias linhas para preencher uma lista incompleta.

    Destes deve ser retirado o melhor, Dilma deveria chamar todos estes movimentos para discutir um verdadeiro governo popular. Um governo inovador na sua base social,

    Um pacto social não é feito com banqueiros, temos dezenas de grandes economistas que podem contribuir bem melhor do que meia dúzia de tão discretos simpatizantes que de público não se ouviu nada,

    Devemos propor coisas mais ousadas, como uma nova constituinte para uma reforma eleitoral e política, uma nova pactuação com os estados atribuindo-os mais papéis e mais controle social. Uma nova justiça que cumpra o que é previsto na justiça, ou seja, justiça para todos.

    Tem muita coisa a ser resolvida neste país e com um governo convencional não chegaremos a nada. Dilma deve propor um grande passo ao futuro, em que não se tire a voz de quem já a tem mas se dê a voz em o poder aqueles que nunca tiveram, vamos acabar com a escravidão no Brasil.

    1. Esquece, maestri

      Esquece, maestri. É muita areia para um caminhãozinho só…

      A casa está pegando e só tem um galão de água. Vamos salvar o mais valioso, por enquanto: a Democracia.

      1. Alexis e Tony, um pacto não deve ser excludente, mas …

        Alexis e Tony, um pacto não deve ser excludente pois se ele for vira conchavo. Mas devemos colocar na ponta quem deverá sustentá-lo e se for feito um pacto de gabinete excluindo as forças vivas que começaram a se manifestar e intensificam cada vez mais a sua atuação ele será refém de um pequeno grupo com tendências a traição.

        Para sair do golpe precisamos de algum apoio de elementos que ainda tem uma perpectiva democrática no senado, é suficiente não mais do que quatro ou cinco, com isto volta Dilma, mas para depois governar efetivamente precisa-se bem mais do que isto.

        No início do afastamento de Dilma diversos setores importantes da sociedade brasileira manifestram corajosamente o apoio a democracia, a maioria não eram petistas mas sim democratas, o pacto deve ser feito para incluir estes setores, mas incluir dando força real a eles.

    2. Muito bom

      Embora não invalida opções de “conversa” com qualquer sector. Ocorre que aqui há prioridades e a primeira delas é restituir a democracia e acabar com o “golpe”. Apenas Dilma teria legitimidade para iniciar um pacto, com foco principal contra o desemprego e una profunda reforma política, com renovação, que possa , eventualmente, incluir novas eleições se o povo desejar.

  3. Obrigatório
    Alguém em sã consciência pode admitir que qualquer negociação política neste país pode prescindir de Luis Inácio Lula da Silva?

  4. Nomeação de Macela Temer

    Será que é verdade o que dizem por aí? Marcela Temer teve currículo turbinado para ser nomeada em cargo público pelo marido.

  5. Faltou considerar a mídia

    A grande mídia é quem pôe o ovo de serpenta na cabeça da população, um pacto sem ela não vingaria. Na verdade quem mais ganha dinheiro de campanha eleitoral é a grande mídia, se esse dinheiro vem de proprina, a mídia recebe dinheiro sujo, mas claro que ninguém quer saber disso. Afinal, tudo é culpa do PT.

  6. Não acredito em pactos
    Penso que o Brasil real da política, do judiciário sem isonomia, e dos atores econômicos, deixou pouca margem para pactos, negociações, serenidade e racionalidade. Não consigo vislumbrar esse cenário em que os mesmos que ontem fustigaram a democracia, sentarão a mesa para negociar com a presidente afastada, chegando a um consenso qualquer. Por mais grotesco que seja perpetuar um governo carcomido de cima a baixo pela fisiologia e clientelismo, como esse interino, não tenho a menor dúvida que a coalizão golpista continuará bancando Temer e sua trupe até o fim. Não darão um passo atrás por temerem movimentos sociais, coletivos jovens, feministas, sindicatos, ou por preocupação com a imagem da democracia brasileira.São abutres sem qualquer remorso, noção de limites e bom senso.Não vão querer trocar o certo pelo duvidoso. Não devolverão as urnas ao povo brasileiro, via plebiscito, correndo o risco de ver o Lula na presidência mais uma vez. Não abrirão espaço para o novo, somente se o “novo” significar um recrudescimento ainda maior das forças conservadoras e liberais.Estou bastante pessimista para essa atual conjuntura, mas respeito quem ainda enxerga possibilidade de uma reviravolta que possa remediar minimamente o estrago já feito nas instituições democráticas brasileiras.

  7. Qualquer pacto é espúrio com essa gente

    Qualquer pacto é espúrio se vier a envolver, mesmo que de raspão, os agentes ativos na conspiração do GOLPE, os corruptos beneficiários dele, seus patrocinadores e ainda aqueles, que podendo evitar, se omitiram.

    Vejo a proposta redentora do Nassif como aquela que tentará estancar de forma passageira, momentânea, (longe do que o País precisa) a crise, e da qual discordo por isso mesmo, pois baseia-se em principios e objetivos que revelam-se oportunistas (de maneira à atender a todas as partes), circunstancial, e que para tanto, venha a ferir principios morais, a base legal e a esência da Democracia: o poder do voto.

  8. Enquanto se discute esse xadrez…

    Única alternativa:

    (“parodiando”) ou o Brasil acaba com a “rede globo”, ou a “rede globo” acaba com o Brasil.

  9. Novo normal

    Como Temer lutará para retribuir a coalizão de forças pela chance que lhe deram de sentar no trono da presidência nessa altura da sua vida e como a postura de Dilma tem viés religioso no sentido de só aos bons estarem abertas as portas do Paraíso (no estilo Zé Cardozo: “o importante é que a História a reconhecerá como uma presidenta impoluta defenestrada por uma conspiração de assaltantes do futuro do Brasil como país soberano e justo”), é melhor nos acostumarmos que o nosso novo normal (para usar uma linguagem de posts anteriores do Nassif) é (será) viver em constante bad trip: se Dilma volta teremos primaveras com coxinhas, se Temer fica teremos uma espécie de primavera com mortadelas, se os militares voltam com alguma politica salvacionista teremos “primaveras” sufocadas, se um semiparlamentarismo começar a tomar forma teremos “primaveras” de presidencialistas, se um semipresidencialismo… etc. etc. De fato o Brasil não é para principiantes e nem para brazilianists.

  10. Saidas para o pacto

    O ideal para a situação de impasse em que chegamos seria um pacto envolvendo eleições gerais, num prazo mais breve possível. O atual Congresso antes e depois da vergonha de 17 de abril tem demonstrado consistentemente que não tem nem honestidade, nem competência, nem representatividade. Quanto mais isso for adiado, maiores serão os custos para o país. A mídia hegemônica, que poderia auxiliar nesse processo, aposta no contrário, com sua blindagem do governo interino. Ou seja, acha que as vantagens obtidas para si valham o custo de fazer o país involuir em vários aspectos. O Judiciário já deu provas de que não se importa de ver o circo pegar fogo, desde que seus privilégios sejam mantidos ou aumentados. Argumenta que não deve intervir nos outros poderes, mesmo que o Legislativo e o Executivo transgridam abertamente a Constituição. Em alguns casos, a lerdeza (calculada?) do Judiciário funciona como ajuda aos cleptocratas. A rapidez com que vazam delações, embargam nomeações, concedem ou negam habeas corpus ou pedem aumentos, mostra que não são tão lerdos assim, quando lhes interessa. Enfim, estamos diante de uma bomba relógio, que a plutocracia finge não existir. Ela acha que mais uma vez vai conseguir desarmar a bomba com as manipulações de sempre. Essa aposta fica cada vez mais arriscada, já que os tempos são outros. Temos blogs, redes sociais, emails e outras formas de mobilização. Uma coisa é certa: o resultado desse poker entre a plutocracia e o povo vai ter resultados dramáticos. Mais cedo ou mais tarde.

  11. Esperar bom senso de

    Esperar bom senso de politicos que estão com os dias contados para irem para a cadeia? Que eles entreguem o mandato de bom grado e fiquem à mercê da mosmorro de curutiba? Esperar bom sendo de banqueiros que financiaram a releição do fhc como já foi delatado e tem divida de dezenas de bilhões com o fisco? Esperar bom senso de ministros do stf que dizem um monte de asneiras  aqui e quando vão para o exterior envergonhados dizem outra? A ordem constitucional já foi quebrada, o povo brasileiro está só, o xeque mate já foi dado, querem muito de gente desesperada e com a corda no pescoço; a  midia vendida e quadrilheira irá vender o mundo encantado dos politicos trevosos, a pressão tem que vir do povo organizado, não com manifestações na paulista ignoradas pela midia quadrilheira, mas na porta e nos ouvidos do stf, do congresso e do alvorada, é fungar no cangote da turma para eles sentirem a ira, caso contrario, é temer até 2018 e mais um golpe para adiar as eleições.   

  12. Mora na filosofia, Morô, Maria!

    À medida que o país degringola para o farrapo da Velha Política da República, há uma onda em contraposição que quer recuperar a “imagem” democrática por meio da estética. Cantatas, filmes, músicas, encenações têm dado o lastro de um revigoramento da cultura. Assim também tem sido os textos de Luis Nassif, mais frugais, mais contundentes, mais verossimilhantes das necessidades democráticas do país. E aí poderíamos lançar mais um ex=certo de Nietzsche, ou Como Filosofar Com a Marreta = foi-se assim:

    “Enfim, ninguém pode despender mais do que possui: isto vale tanto paraos indivíduos, quanto paraos povos. Despende-semuito com o poder, com a grande política, com aeconomia, com o comércio internacional, com oparlamentarismo, com os interesses militares – se dissiparmos comeste lado o quantum de entendimento, de seriedade, de vontade, de auto-superação, que se é, então ele faltará para o outro. A cultura e o Estado – que não nos enganemos quanto a isso – são antagonistas: o “Estado Cultural” é apenas uma idéia moderna. Cada um deles vive do outro, cada um prospera à custa do outro. Todos os grandes tempos da cultura são tempos de decadência política: o que é grande no sentido da cultura sempre foi apolítico, mesmo antipolítico. O coração de Goethe abriu-se juntamente com o fenômeno deNapoleão – ele fechou-se novamente junto com as ‘guerras de independência’…”

  13. Temer ficar é pesadelo, Dilma
    Temer ficar é pesadelo, Dilma voltar é delírio. Penso que a solução para o país independe da ação de políticos. Ela surgirá em consequência dos desdobramebtos da lava jato, com delações de Marcelo Odebrecht, Cleto e outros e das denúncias da PGR. Terra arrasada. Então STF/Constituição vão ditar  o caminho a ser seguido.

    1. Pode ser

      Mas, isso não invalida o fato de termos um golpe e que a democracia deva ser restituída. Dilma deve voltar e, aí sim discutir novos rumos, mesmo ela saindo novamente, dentro de uma solução costurada; dentro da democracia e da ordem jurídica.

      1. Concordo com você. Essa seria

        Concordo com você. Essa seria a melhor solução, só que não consigo vislumbrar na prática que se torne realudade.

        1. Na prática

          Junto com o aumento da participação popular em favor da Democracia, na aproximação da Dilma com antigos “não” aliados, inclusive da esquerda e, finalmente, com o convencimento de poucos senadores que faltam para a votação final.

          1. Pode ser

            Mas como dusse acima, as delações da Odebrecht  odem levar a um terremoto com a impugnação da chapa Dilna/Temer, antes que o processo de impeachment chegue ao fim. Cunha pode estar fora do jogo em breve com renúncia ou prisão e a situação de Renan  é muito difícil, pode  estar fora do jogo também.  Assume Lewandowski e ordena nocas eleições em 90 dias.

  14. Ordem das coisas

    Importante é discutir, desde já, algumas medidas a serem tomadas logo do retorno da Dilma ao poder, como por exemplo, medidas em favor do emprego (plano de obras públicas de uso intensivo de mão de obra, por exemplo) e a sonhada reforma política, com assembleia constituinte, que envolva a redução da quantidade de partidos, o financiamento de campanha e outros.

    É mais fácil chamar a conversar os setores com, pelos menos, duas ou três pautas de agenda positiva já definidas. Dilma devia então estar preparando esta pauta, onde não necessariamente estariam novas eleições. O povo seria consultado a esse respeito, incluindo novo congresso.

  15. Pacto com globo atuando para
    Pacto com globo atuando para desistabilizar o pais em dobradinha com a republica de curitiba? Parar as manifestações?Isso nāo é pacto, é capitulação.

  16. Não haverá um líder para conduzir
    Temer não irá liderar o pacto:

    1 – sendo golpista, não tem legitimidade

    2 – não são dois, Jekill e Mr.Jekill, o bom e o mau. Esse perfil seria os de personalidade como ACM, o do sorriso doce e olhar maligno. Temer é o tipo vestidor de máscaras, o que exala falsidade. Portanto, menos confiável que os de características Jekill e Mr.Jekill.

    Não haverá um líder para conduzir.

    O novo ultrapassa a noção de pactos de gabinete. Os líderes, todos eles, estão na guilhotina da lava jato.

    Reforma política profunda nunca ocorre em pactos entre os que estão no “status quo”, por isso a proposta (temerária sem o reagrupamento das forças opostas*) de convocação de Constituinte, para que, em eleição direta, se escolha os nomes.

    Todas as alternativas, postas, à permanência de Dilma fere o que está posto, por isso a quebra da legalidade, o rasgar da Constituição, o golpe à democracia.

    Solução, respeitando os princípios democráticos, seria a permanência de Dilma, e a realização de plebiscito, e,ou, Constituinte.

    * Há um grande desequilíbrio, temerário, de forças.
    Os que têm mais força para se fazer eleger para uma Constituinte estão entre os que pediram o afastamento de Dilma. As entidades classistas como OAB, igrejas, as fortes associações de médicos, a mídia hegemônica; os milhões de brasileiros vestindo amarelo.

    A esquerda foi desmobilizada pela campanha sórdida.

    Uma Constituinte agora será uma derrota mais clamorosa do que as das ruas.

    Deixe como está, pelo menos o que está posto como cidadã servirá como armamento de guerra contra a direita que se encontra mobilizada, unida e sedenta.

    Cuidado com a culatra.

  17. Duas coisas: selic + forças armadas

    1- Me lembro que no inicio de 2013 os juros chegaram a 5%, motivo pelo qual as grandes corporações e o mercado começaram a conspirar com os protótipos de MBL (trocadilho de MPL), Vem pra Rua e REvoltados online…

    2- Há insatisfação de setores nacionalistas das Forças Armadas contra o crime organizado que tomou de assalto o poder? Segue link para um recorte de algum coisa que consegui colher sobre o tema

    https://jornalggn.com.br/blog/jose-carlos-lima/deu-a-louca-no-pig

  18. O país precisa de despir

    O país precisa de despir dessa síndrome da soberba na qual a palavra PACTO soa como vitupério. Muitas das nações do Mundo em algum momento das suas trajetórias apelaram para saídas negociadas a partir de agendas de interesses globais e não singulares. 

    O que parecia até bem pouco tempo impossível já bastante provável: a absolvição da presidente Dilma e seu retorno ao Poder. Entretanto, por mais que tenha lustrado sua imagem de arrogante e pouca afeta ao que é essencial na Política – o diálogo e o upgrade em termos políticos pela percepção de que está degraus acima dos seus adversários no quesito honestidade, aliados às avaliações negativas do governo usurpador de Temer, a mandatária de Direito terá pela frente um cenário em que os termos “dificuldades” e “complexidade” para definir os cenários estariam aquém do Real.

    Por essa projeção a única alternativa seria a da espécie negociada. Jamais a do confronto; o do ajuste de contas; o da soberba própria, apesar de inusual,  que assoma aqueles que sobrevivem às intempéries como é o caso desse impeachment. Pactuar é abrir mão, sim, de certos princípios e reconhecer erros e equívocos. Mas é primordialmente e principalmente colocar os interesses indiscutíveis da NAÇÃO acima de todos os demais. 

    Os exemplos, alguns dramáticos e emblemáticos, estão na aí na história recente da humanidade. Pesquemos dois bem ilustrativos porque egressos de duas circunstâncias bem distintas e de dois países, pelo menos nos momentos da inflexão, com estruturas políticas e sociais singulares. A tangência residia epenas num ponto: o da fragilidade extrema que ameaçava ruir os pilares de ambas como nação. A referência é ao NEW DEAL nos Estados Unidos e ao Pacto de Moncloa na Espanha. 

    Por maiores que sejam as nossas dificuldades econômicas; por mais esgarçado que esteja nosso tecido social; estamos à anos-luz dos dramáticos momentos que antecederam e ensejaram os pactos retro mencionados. Aos que duvidarem, que então busquem os livros de História e os ainda remanescentes registros jornalísticos da época.

    Para uma grande caminhada o primeiro passo é essencial, ensina a sabedoria oriental. Pois então vamos dá-lo que é superar o egoísmo e o orgulho, mesmo que os retomemos lá na frente, em nome das causas das causas que é recolocar o país na rota da convivência política civilizada, do desenvolvimento e do bem estar social. 

    1. Que New Deal,

      Que New Deal, companheiro?

      Alí foram medidas e providências muito mais econômicas…

      Olhe para a nossa situação de instituições frágeis, agentes despreparados, babagem pesada de deficiências…

      Que cerveja é essa que vocês bebem que os deixam tão aéreos?

      Me indica por favor que tô querendo muito.

      1. Chico Pedro,
        SIm, o New Deal

        Chico Pedro,

        SIm, o New Deal foi de cunho mais economico porque eram econômicos os fatores proeminentes da crise.  Seria necessário esse alerta dado o nível intelectual dos que aqui comentam? Acho que não. Talvez só a ti, o que me é deveras estranho dado a tua supimpa percuciência. 

        De qualquer modo foi, sim, um pacto, porque continha previsões de ações políticas e da área social. Aliás, nada está fora do escopo da política. 

         

         

        1. São condições de Estado

          São condições de Estado totalmente diferentes a não ser pelo fato que lá possuímos pessoas de carne e osso e aqui também.

          E só.

          Olhe – por exemplo, se é que se precisa de um – apenas a justiça que possuem lá, isso que possuímos aqui.

          Nìvel intelectual dos que comentam aqui?

          Mas é um dos pontos que mais me preocupa porque soltam absurdos ridículos e recebem 5 estrelas.

          Por qual motivo? Espírito de corpo ou burrice aguda?

          1. Eita! Parece que o mineiro

            Eita! Parece que o mineiro Chico Pedro acordou meio enviesado hoje. O café da manhã estava frio e o pão-de-queijo azedo? Os mineiros que conheço são menos enfezados. 

            Não vou me repetir. Leia, por gentileza – se é que já não o fez – um comentário meu logo acima clarificando esse termo PACTO.  

          2. Prezado companheiro

            Prezado companheiro JB,

            Deixe-me ir direto ao ponto usando a pesepectiva que modestamente considero a apropriada.

            O contexto histórico institucional é outro.

            Uma coisa é uma colônia de povamento, outra é uma de exploração.

            (Já que gostam tanto do binômio casagrande/senzala)

            Eles – os países avançados – possuem outro nível de processamento de ações.

            É outra plasticidade, outras ferramentas de alocação, distribuição… Outra eficiência.

            E isso significa COMO as instituições executam e o CONTROLE que a sociedade exerce sobre.

            .

            Vamos ver o que tem a me dizer agora.

  19. Falta do componente externo
    Ótima análise. Na minha opinião faltou a provável inserção de forças externas que estão viabilizando estes acontecimentos no Brasil.

    Alguns citam a “Revolução Colorida” para denominar o início do golpe que, para mim, começou em junho de 2013. Com o fracasso da “Revolução Colorida” em mudar o poder político no Brasil, alguns analistas falam em “Guerras Híbridas”. Só teorias que mais tarde podem ser provadas ou não. Para mim, está acontecendo algo semelhante ao Paraguai e Honduras só que uma grande resistência por parte da população brasileira e de alguns poderosos grupos da elite do Brasil. Sem mencionar que a NSA espionou a Petrobrás e seus membros antes de iniciar a Lava-jati.

    Bom… A situação do Brasil só vai se normalizar, na minha opinião, se a componente externa do golpe se convencer que da forma que está sendo conduzido vai causar mais prejuízo que lucro. O mundo passa pelo olho do furacão da crise mundial, o Brasil é essencial para a sobrevivência de muitas empresas transnacionais no ramo automobilístico, matérias-primas e alimentos.

    O princípio básico da banca é ganhar dinheiro. Devem estar reavaliando os próximos passos. Espero que se convençam que para ganhar muito dinheiro deverão permitir que o Brasil cresça de forma democrática e plural. Este pessoal nunca ganhou tanto dinheiro como no governo Lula e Dilma.

    Vamos aos próximos passos uma vez que toda semana os ventos estão mudando !

  20. Estamos ainda em plena
    Estamos ainda em plena guerra, ou no meio do jogo, poucas peças foram perdidas. Ambos os lados ainda acreditam na vitoria. Portanto, pouco há a ceder.

    Quem cederá?

    Há duas forças em jogo; mercado(neoliberê) X neodesenvolvimentismo

    Na economia:

    1- baixar juros, ou mantê-los

    2 – relação sul-sul, ou com Alca

    3 – BNDES forte, ou de poucos investimentos

    4 – Petrobrás, ou Petrobráx

    No Social:

    1 – Bolsa família abrangente, ou paliativa

    2 – programas de inclusão

    Na educação

    1 – cotas, não cotas

    2 – grandes investimentos, ou redução de 70% com a aprovada desvinculação

    3 – escolas públicas, ou escolas privadas

    Ns saúde

    1 – mais médicos, menos médicos

    2 – ampliar o SUS, ou diminui-lo

    3 – fortes investimentos, ou redução (já aprovada) pela desvinculação.

    Não há pontos minimamente em comum, ou possíveis de convergência para que um pacto que envolva transformações sérias seja possível.

  21. Acho que o único jeito é

    Acho que o único jeito é haver eleições para presidente. Não quero dizer que essa é a melhor solução, mas é a menos pior. Não há como haver pacto, pois não há figuras politicas com condições para isso – seja por estarem envolvidas em escândalos, seja por inabilidade para esse papel, o caso de Dilma. 

    1. Temos jeito sim e o caminho passa pela Dilma

      Inabilidade de Dilma? então o contrário que estamos vendo é a habilidade de Temer?

      Na verdade a Dilma é muito corajosa pois se arriscou a enfrentar esta quadrilha chamada  PMDB e o impoluto PSDB.

      Secaram às fontes e estamos assistindo o resultado.

      Considero dois momentos cruciais neste processo a queda da taxa Selic, desagradando os Rentistas neste caso incluso o PSDB e às demissões dos diretores da PETROBRAS estancando a sangria de dinheiro que abasteciam o PSB (né mesmo santo Eduardo Campos e o avião sem dono, né mesmo Marina…que inclusive no dia não embarcou).

      A partir deste episódio o Dudu precatória passou a ser oposição frontal ao governo, neste caso já prevendo o que viria pela frente.

      O interessante é que na narrativa construída pela imprensa a Dilma é a culpada pela situação. Quando ao contrário ela começa a combater esta situação que vem desde a origem da petroleira e diferente de que muitos pensam intensificada na gestão de FHC, pois no comando foram colocados rentistas preparando para a privatização.

      Até hoje não sabemos a real história da P36.

      “De acordo com relatório conjunto emitido pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) e pela Marinha, a principal causa das explosões foi um problema no fechamento de uma válvula. Os técnicos também apontaram erros e deficiência na construção da plataforma fabricada integralmente no exterior através de contrato turn-key que impedia o acompanhamento de etapas importantes da obra. A plataforma chegou ao Brasil em dezembro de 2000 com mais de quinhentas não conformidades, quem intermediou a negociata da compra da plataforma foi o genro de FHC David Zylberstajn e o empresário German Eframovitch, dono da empresa Marítima Offshore, um “testa-de-ferro” dos tucanos que tinha empresas offshore fantasma no exterior e negócios bancários na Ilhas Cayman.”

      Fonte Estado de São Paulo, 2001.

      A Dilma foi afastada pois mesmo na dificuldade ainda preservava os ganhos sociais dos menos favorecidos, ganhos estes que a plutocracia abomina e não admite de nenhuma forma políticas inclusivas.

      Ainda temos um caminho aberto para recompor às finanças e cito alguns deles: recriar a CPMF, taxação de grandes fortunas, impostos sobre bens supérfluos como aviões, lanchas e helicópteros, ampliar as faixas da tabela do IR ( herança de FHC e seu pupilo Maciel, primo do lapiseira e vice-presidente da república) e aumentar a alíquota para faixas maiores desonerando a base da tabela.

      Reforma do judiciário impondo o respeito aos límites salariais evitando penduricalhos e abonos, aumento disfarçado. Tem juiz estrela que ganha o triplo da presidência, agora pergunto não é salário de iniciativa privada?

      Pergunto é o Temer que vai fazer isto?

      O resto é luar de Paquetá. Portanto acorda rapaz a Dilma é vítima e não algoz.

    2. Nova eleição para Presidente

      Nova eleição para Presidente será o aval do golpe. E se o Aécio vencer? Parece absurdo, depois de tantas delações e denúncias contra ele. Mas não é. Os eleitores anti PT estão se lixando pra isso. Agora, mais absurdo ainda seria o candidato derrotado na última eleição, que tacou fogo no país após a derrota, com inúmeras denúncias de corrupção, cujo partido junto com a mídia foram os mentores intelectuais do golpe, virar Presidente com a “legitimidade” das urnas.

      1. Sei que pode dar no que você

        Sei que pode dar no que você descreve. Como disse, pra mim me parece a solução menos ruim. A primeira vez que me interessei por política foi quando houve o plano Collor, o maior roubo desse país. Mas mesmo ali, naquele momento terrível, a gente tinha alguém personificando alguma esperança  – fosse um Lula, um Brizola, um Ulysses… Hoje não temos nada, absolutamente nada. Trinta anos de democracia e não se forjou UM , UM líder político do peso dos que citei. 

        O certo é Dilma voltar ontem ao poder. Mas como ela vai levar o governo até 2018? Se Lula pudesse vir socorrê-la, haveria um fiapo de governabilidade, mas agora Lula tem que lutar é com Sérgio Moro. Enfim, vivemos uma espécie de nó dado em outro nó e que ainda pode ter mais ainda outro nó…

  22. Pactos Nassif?

    “buscar as lideranças da sociedade civil para começar a se pensar no grande pacto.”

    Desde 1500 até agora que ao povo brasileiro é oferecido essa cantilena de “pactos”… em todos os momentos que a Casa Grande observa a possibilidade de um grande “cú de boi” ferrando seus calhordas interesses (exploração barata de mão de obra, lucros astronômicos, assalto ao erário púplico…) ela inventa essa histórieta macabra de “pacto”, é o que ocorre agora: vendo que a nave canalha de Temer tende a sucumbir, eles logo sacam da cartola essa palavrinha mágica (pacto) para novamente ludibriar os idiotas e continuar o Brasil como é – uma imensa nação continental com uns 2% mandando em 98% do bolo da riqueza e dos privilégios.

    Pacto é meuzeggss!!! Esse momento que vivemos agora é tão mais sujo que o pós 1964, os golpistas do crime organizado que expulsaram Dilma e o PT do Planalto e tomaram a máquina pública pra roubar descaradamente não merecem (nem eles nem seus apoiadores, entre os quais alguns emissários e eventuais participantes “cruciais” desse tal “pacto”) o mínimo de consideração, merecem coisa pior do que aquilo que o povo fez com os amofadinhas franceses em 1789.

    E tem outra: Dilma não volta pelas mãos do senado ou do STF, deixemos de ser hipócritas ou ingênuos a esse ponto; Dilma só volta se uma grande revolta popular obrigar Temer e seus comparsas de crime organizado a irem para os quintos dos infernos – sem isso, o Brasil atravessará a barbárie completa até que eles se cansem de nos oprimir e roubar.

    1. Não só concordo, como estou de acordo

      E se a esquerda ficar com esse mimimi, eles vão segurar o mordomo até o final do ano e o congresso (mídia, capital financeiro, nsa, etc) vai eleger Meireles presidente para concluír o serviço de desmonte do estado brasileiro.

  23. O Grande Pacto que nos trouxe

    O Grande Pacto que nos trouxe até esta situação foi feito em 2002.

    Esse foi o acordo que arrebentou com as esperanças, detonou a esquerda e impôs esse retrocesso violento ao país.

    Acorda!!!

  24. Quem vai ceder?
    Arrancaram o
    Quem vai ceder?

    Arrancaram o poder de Dilma ,mesmo tendo sido ela a ceder com as nomeações de Levy,….

    Tudo o que o PT construiu de avanço está sendo destruído à golpes de marretas.

    Essas condições são de que se propõe à pactos?

    Pacto para resolver a crise econômica sem taxar os 1%, condição primordial, para redistrubuir e alavancar a crescimento?

    Pacto para resolver a questão política?
    Onde está os projetos de reformas que tramitam há décadas sem um mínimo de convergência?
    Lembram de como foi resolvido o financiamento público de campanha?

  25. O pacto é a volta da
    O pacto é a volta da PRESIDENTA HONESTA e ponto,
    Quem PARIU a terra arrasada q o embale e pague por isso
    NÃO ACEITO Q DILMA CEDA NEM UM MILÍMETRO MAIS!

  26. Os defeitos dos nossos

    Os defeitos dos nossos adversários, alguns roçando a mais absoluta indignidade, todos nós sabemos. Como sabemos que subsiste neste país, apesar de algum progresso nesses últimos anos, um brutal desnivelamento social que exige de nossa parte uma postura de intransigência quanto ao nosso dever moral de arrostá-las a qualquer preço. 

    Coloquemos de lado, pelo menos por enquanto, essas duas constatações óbvias para que possamos ousar mais nesse debate. Para que saiamos desse quadrado que tem sido essa interlocução interna corporis, como dizem os juristas, no que tange às auto-indulgências e os complexos de superioridade moral e intelectual.

    Não é possível evoluirmos, no sentido de fazermos a nossa parte, enquanto não aceitarmos o que parece inaceitável e assentirmos o que nos parece extremamente doloroso: reconhecermos numa proporção pelo menos razoável aos acertos os nossos ERROS. Alguns verdadeiramente desastrosos, se pelo viés das contingências; outros moralmente repugnantes quando constatado o dolo.

    Uma crítica sempre recorrente a Esquerda é o uso do utilitarismo moral como retórica política. Se erramos, mesmo que em níveis inaceitáveis, tudo poderá ser esquecido ou olvidado se a causa, ou as causas, forem nobres. Tem ou não fundamento essa imputação? É possível uma defesa desse alegado relativismo?

    A meu ver, sim, para a primeira indagação e não para a segunda. O utilitarismo moral subjacente ao discurso da Esquerda é inegável. Age como válvula de escape tal como o cinismo e o falso moralismo na Direita. Em ambos os casos a relativização é indefensável pois trata-se de uma tentativa de legitimação ex post facto. 

    Então, penso que se ainda for possível o PT reconquistar a confiança e a esperança da população a tarefa inicial, portanto mais básica, será uma auto-análise despida de qualquer outro impulso, se não o da purgação, acerca desses erros e adotar uma postura mais humilde frente as críticas.

    O que se percebe, infelizmente, é o desespero escapista do tipo “o PT não inventou a corrupção”; “somos, sim, mas quem não é”, conjugados com o vitimismo. Mesmo que de certo modo e em certa proporção correlacionadas com os fatos, tais posturas jamais devem ser usadas como justificativas frente a erros e eventuais crimes. 

    Assisto perplexo a alegria disfarçada por parte de alguns quanto, como sói ocorrer nos últimos meses, os adversários políticos são também arrolados nessas denúncias de desvios vergonhosos na administração pública, como se isso de alguma forma diminuísse as nossas culpas. Se os roubos na Petrobras ou em qualquer outra instância estatal ou paraestatal remanesce nos tempos em outros governos e por outros autores, tal verdade não deve eclipsar o fato de que os ocorridos de 2003 para cá foram sob a égide de um governo petista e de Esquerda. 

    Se não aprendermos com nossos erros inevitavelmente voltaremos a repeti-los. E não se aprende, ou se apreende nada, sem antes admiti-los. 

     

     

  27. É difícil falar em pacto com políticos tão imundos quanto os que

     É difícil falar em pacto com políticos tão imundos quanto os que compõem o legislativo brasileiro. O que importa para esses comensais são apenas seus próprios interesses. Nesse aspecto o fisiologismo despudorado do governo temer soa como música para eles. É só um político barganhar que consegue o que quer, assim acontece com Romário e as negociações pela direção de furnas.

    Apelar para o bom senso e a consciência dos políticos que promoveram o golpe é algo inviável. Em sua grande maioria são répteis de sague frio que não sentem o menor incomodo em trair, mentir e roubar. 

  28. Qual pacto pode se sobrepor
    Qual pacto pode se sobrepor às eleições limpas e acabadas?

    Os 54 milhões de votos que elegeram Dilma não representam o pacto democrático?

    Esses votos não aprovaram a política de inclusão, o fortalecimento da relação sul-sul, mais investimentos em saúde e educação, e as políticas realizadas e prometidas?

    Querem democracia séria?

    Estados presidencialistas não derrubam presidentes por crises, e depois os reintroduzem para promoverem pactos.

    Se endossarmos derrubadas de governo por crises econômicas, política, denúncia de corrupção em ministérios, não fica um.

    Ou é democracia, ou não é.

    O Brasil não pode continuar na sua liturgia do faz de conta, sempre enganadora e usurpadora de direitos.

    Que volte Dilma, tendo ou não maioria para governar.

    1. Desista,meu caro. A

      Desista,meu caro. A insistência do blog no pacto parece maior do que a dos golpistas no impeachment. Chega a ser comovente ver tantas argumentações,todas nutridas de um embasamento teórico que parece perfeito mas,como você bem lembrou,esquece sempre os 54,5 milhões de votos recebidos pela presidenta Dilma.

      Hoje,discutir qualquer pacto com golpistas e seus filhotes amestrados das ruas,não passa de dar recibo a este tipo de ação. Precisamos comoeçar a depurar a política deste tipo de ação ou ficaremos eternamente sujeitos ao cadafalso da história com as sempre presentes ameaças do golpe,sejam elas da forma que forem,com milicos e sua botas ,com a mídia porca deste país e suas imundas pressões sobre um judiciário podre e sem controle nenhum da sociedade ou de outro poder.

      É preciso não sucumbir ao encanto de nenhum pacto simplesmente porque não existe nenhuma condição para isso.

      O munda já entendeu que o Brasil sofreu um golpe de Estado.

      Só falta nós,brasileiros,entendermos a gravidade deste momento.

  29. Eleições Indiretas
    Creio que todo esse movimento tem por fim empurrar esse imbróglio até o ano que vem. Daí será possível afastar Temer e eleger indiretamente o presidente. A aposta é aprovar o semi-parlamentariamo antes da eleição de 2018.

  30. “É essa Dilma que emerge das

    “É essa Dilma que emerge das trevas– da sessão que votou o impeachment – que poderá ser a condutora da transição. Mesmo porque é praticamente a única grande figura política não maculada pelos borrifos da Lava Jato.”

     

    Nassif deve bem saber que, na onda de irresponsabilidade que tomou conta da oposição, principalmente midiática, é extremamemte fácil colocar o nome de Dilma na lama. Acho que se a alternativa Dilma se viabilizar, oq eu está bem longe de acontecer por hora, vão voltar a torpedeá-la com “indícios” de irregularidade.

  31. Temos que abrir mais nossas

    Temos que abrir mais nossas mentes quando elucubramos acerca do termo Pacto. Substituirmos a conjugação adversativa OU pela coordenativa E quando dos valores, termos e premissas em discussão.

    Não faz sentido falar em pacto se se parte de posições irredutíveis ou impositivas. Pacto, simplificando as coisas, nada mais é que formalizar o que todos tem como certo, como viável, imprescindível, óbvio, inadiável, justo e aplicável, mas que por razões políticas mesquinhas, complexo de superioridade ideológica ou simples maldade se negam a tal. Daí porque pactos não se darem em cima de minudencias, mas envolvendo grandes questões.

    O interessante é que no terreno mais movediço das escolhas humanas que é o da Política é onde ocorram as manifestações mais incisivas de “verdades” absolutas. Daí a dificuldade para a busca e pactuação de consensos. 

    Será que alguém discorda das premissas abaixo que bem poderiam ensejar uma agenda de repactuação nacional:

    – O sistema político do país é disfuncional, está superado e está na raiz dos nossos impasses e problemas na área. 

    – Os nossos indicadores de desigualdade são ainda vergonhosos.

    – O sistema tributário nacional é complexo e dá vazão para injustiças e sonegação.

    – Nosso sistema federativo poderia ser menos centralizador; poderíamos dar mais autonomia aos estados e municípios;

    – A Educação e a Saúde são áreas nas quais a atividade privada será apenas complementar e não principal. Há de existir sistemas únicos que assegurem de forma rasa o acesso a TODOS a esses bens.

    – A violência no país alcançou níveis absurdos. Há de se conjugar politicas de repressão com as de recuperação e prevenção sem estigmatizar nenhuma delas. 

    Estes são só alguns exemplos ilustrativos. 

    1. Continua o palavrório
      Continua o palavrório rebuscado… e oco.

      Mas pelo menos com algum sentido de realidade agora.

      A conclusão é que é mais uma vez péssima.

      A pergunta não o que pode ser motivo de pacto…

      Mas QUEM e COMO.

  32. Pactos – quem está dentro e quem está fora?

    Democracias sempre são pactos. Nas ditaduras é que não tem pacto. 

    Com certeza a hora é de deixar os pactos velhos para trás e iniciar um pacto novo. A Dilma mostrou na entrevista com Nassif que tem consciencia disso. É legítimo que trabalhe para articular um novo pacto. Claro está, que a base de um pacto atual seria: a) privlegiar o público em detrimento do privado, e b) corrupção zero (de todo executivo). Muito mais do que isso não está desenhado.

    Para um futuro próximo, é essencial quebrar a hegemonia do rentismo e da grande mídia como “Quarto Poder”. Mas isso é tarefa para a luta política no seio da sociedade civil. 

    Assim como a prática da corrupção e tudo que ela implica (captura do Estado pelo poder privado; patrimonialismo; troca de favores) está sendo quebrado, não pelo governo, e sim pelo judiciário, com ajuda do executivo sim, mas sem atuação decisiva no caso (e ainda pagando o ônus do desgaste), cabe à sociedade colocar na ordem do dia, como prioridade máxima, a luta contra o rentismo e o poder dos PIGs. 

    Trata-se de uma luta para o futuro, possível de ser levantado como bandeira por um governo na medida em que a sociedade tenha compreensão e esteja disposta a bancar as medidas neste sentido.

    É verdade que do jeito que os acontecimentos andam acelerados, o futuro póde virar presente em dois tempos.

    De qualquer forma, o Estado é apenas espelho das forças na sociedade (e no mercado). Não tem como enfrentar grupos hegemônicos sem que a sociedade pressione por ações nesse sentido. Governos que agem através de “canetadas” são derrubados. Este é o drama dos desenvolvimentistas, que no passado e no presente afrontaram interesses hegemôncos sem o necessário respaldo.

     

  33. Os senadores golpistas não
    Os senadores golpistas não mudaram seus votos, é nítido isso por mais argumentos que provém que Temer e sua corja são todos corruptos, os que votarem para tirar Dilma fazem parte da corja corrupta e jamais mudaram seu voto.
    É questão de sobrevivência e de pagar quem encomendou esse assalto à democracia e ao povo brasileiro. O acórdão entre PMDB PSDB e sem PSB é dar i golpe para por creio na lava jato. O Brasil que se exploda, já preparam para roubar tudo. Temos que reagir com força de forma organizada e agressiva.

  34. Se houve RUPTURA da

    Se houve RUPTURA da democracia da parte das instituições e empresariado riquíssimos, pq pacto agora,

    que está mais claro AOS BRASILEIROS E AO MUNDO o roubo que foi tudo isso,não tem acordo,pode sim

    se fazer política ouvindo a todos,MAS É OS GOLPISTAS Q TÊM Q CEDER e aceitar Dilma definindo tudo,

    Tudo isso tá acontecendo por que desde a era Lula houve sempre JOGO DUPLO e ñ RUPTURA,então

    não houve as mudanças necessárias para o Brasil crescer,SÓ MIGALHAS AO POVO!!!

    OBS:Globo tá desesperada pois não consegue negociar patrocínios comerciais para as Olímpíadas e

    o golpe REPERCURTIRÁ ENORMEMENTE nas competições, diante do mundo,ela q embale seu filho!!

  35. Você e o imenso grupo de

    Você e o imenso grupo de ex-ufanistas que o segue estão delirando.

    Alguns já começam a ver os vaticinios furadissimos.

    Vai me desculpar muito se o ofendo…

    Muito embora o perfil que gosta de exibir, o do profissional capaz de compreender jogos intricadíssimos…

    Na essência você não entende.

    Porque as coisas se arrastam na estrutura e devido a a ela, existe um poder inercial fortíssimo.

    Agentes dominam certos nós do sistema. Não abrem mão dela e – devido múltiplas fragilidades – tem também acesso fácil.

    Olha para onde quiser olhar e verá isso acontecer: existe uma captura sinistra do poder.

    De verdade, a teoria da captura explica muita coisa.

    Agentes tacanhos e despreparados para problemas complicadíssimos quando não simplesmente mal intencionados.

    Tudo isso você desconsidera.

    Diz, por exemplo, que tem fulano e beltrano aqui e alí, cicrano e não sei mais quem acolá…

    É como usar uma pranchinha de isopor para enfrentar um tsunami.

  36. Ela sempre faz a coisa errada

    O mapa que o Nassif traçou é o caminho correto. O caminho que Dilma parece estar traçando é, para variar, o que conduz ao abismo. Ela quer se qualificar agora, tardiamente, após um ano de Joaquim Levy, como a grande “líder das esquerdas”, voltar ao poder e terminar o mandato. Novas eleições presidenciais não adiantam nada. É preciso lutar por uma constituinte e por eleições gerais e, para isso, Dilma tem que se qualificar como ponte, e não fincar o pé numa das margens, chamando o outro lado para a guerra. Vai conseguir a guerra, é claro. Só que vai perder, e ainda por cima atirar o país numa crise maior ainda que essa. Tem chamar o Serra, o Lula, o Ciro, a Marina, todo mundo que conta – até mesmo o Temer. Conversar. Combinar uma transição. É isso (e só isso) que ela pode (e deve) fazer. Mas não fará. Há um muro intransponível que separa Dilma Rousseff do mundo exterior. Ela imagina um cenário e passa a viver dentro dele. É um surto atrás do outro. Nem o Lula ela era capaz de escutar. Eita país azarado o nosso!

    1. A guerra já foi declarada e

      A guerra já foi declarada e não vejo Dilma tentando ser nada mais que uma ponte.  Os termos do pebiscito serão formulados durante o pacto, que passa pelo retorno de Dilma, só isso.  Todos deverão mostrar maturidade para chegar na melhor solução, e Dilma é parte disso, não a líder.  No entanto, sem o retorno da democracia não haverá paz no Brasil, haja vista o ataque fascista na UnB e outros tantos pelo Brasil afora, incluindo perseguições a jornalistas.  É o JUDICIARIO que tem que abaixar a bola, e não Dilma.

  37. Não duvido nada de que os

    Não duvido nada de que os golpistas estão recolhendo as velas e mudando o curso do barco do golpismo.

    Alguns sinais estão bem claros, o primeiro é a resposta que Gilmar Mendes deu dias atrás: “se Dilma tivesse cometido crime”, outro sinal é as capas das revistas golpistas com o Temer sendo, digamos assim, colocado em cheque.

    Acredito que os golpistas já aceitaram que o senado não afastará Dilma, o que lhes causará grande desgaste e jogarão as fichas numa nova eleição ainda este ano, onde lançarão algum salvador da pátria (Moro? Barbosa? Meirelles com + chances?).

    Espero que a esquerda pregressista tenha aprendido que seu programa de governo deve ser voltado ao social e não o contrário.   

  38.  O pacto é possível? Vou

     O pacto é possível? Vou arriscar algumas especulações.

    No plano interno, o golpe tem três eixos ou grupos: (1) o político/corrupto; (2) o judiciário (com todas as suas heterogeneidades); e (3) o do grupo mercado/grande mídia. Quando falo em grupos, não me refiro a grupos de pessoas claramente demarcados, pois há indivíduos que participam de vários grupos. Penso em conjunto de interesses mais ou menos demarcados.

    Por cima deles, o grande jogo geopolítico, que fornece informações e apoio aos três grupos, explora suas contradições, usando-os para obter o controle do pré-sal e eliminação do B dos Brics.

    Os interesses e contradições dos três grupos resultaram no golpe, que pareceu, a alguns dos participantes desses grupos, uma saída para superar interesses distintos.

    O grupo judiciário parece-me complicado. Ele é fortemente heterogêneo e apresenta feições ideológicas bastante distintas. Os que os une e permite caracterizá-los como grupo é o desejo de um poder que esteja acima da política, que desprezam, e mesmo da democracia, da qual desconfiam.

    O grupo político/corrupto luta desesperadamente por sobrevivência. Para tanto, topa qualquer aliança. Acreditou que, cedendo tudo o que o grupo mercado/grande mídia exigia, sobreviveria. Mas, isso exige que o grupo do judiciário seja neutralizado. Sua sobrevivência é, portanto, incompatível com os interesses do grupo do judiciário.

    O grupo mercado/grande mídia quer o controle do estado, pois o neoliberalismo, ao contrário do que muitos ainda pensam, não quer o estado mínimo: ele precisa e quer um estado forte a serviço dos seus interesses. Desregulamentação do mercado de trabalho, apropriação do fundo público e das empresas estatais (pontos muito importantes), etc. exigem um estado autoritário, que imponha permanentemente à sociedade o que o mercado quer. Para controlar o estado, esse grupo aceitaria perfeitamente conviver com o grupo político/corrupto, se fosse necessário, desde que este ceda no principal: o controle total da área econômica e as reformas neoliberais. Dos três grupos, este é o mais coeso e coerente.

    Para o Brasil, como nação democrática, os três grupos são altamente danosos. Mas o grupo mercado/grande mídia é, inclusive por seus objetivos, coesão e coerência, o mais perigoso.

    Executada a primeira fase do golpe, as contradições emergiram. O grupo do judiciário reagiu fortemente, pois percebeu que os seus interesses estavam ameaçados pela aliança dos dois outros grupos. Atacou o ponto mais frágil: o grupo político/corrupto. Vai destruí-lo. É inevitável.

    O que vimos na última semana? Uma tentativa clara da mídia de separar as duas faces do governo golpista: a “face boa”, ou seja, a turma do mercado; e a face corrupta, que alguns julgam que pode ser mais ou menos descartada. Mas será verdade? O problema é que o grupo mercado/grande mídia não pode prescindir de algum grupo político, e não parece ter algo à mão a não ser o Temer. Cumpre, portanto, protegê-lo (por enquanto), levando-o, na medida do possível, a descartar as figuras mais notórias da corrupção. Enquanto o grupo mercado/grande mídia estiver imune a quaisquer ações do grupo do judiciário e tiver alguns prepostos políticos, ele não tem razões para fazer algum pacto. É claro que o acirramento da crise econômica pode reverter essa situação. É por isso que seria altamente benéfico para a democracia que surgissem denúncias contra o mais forte dos três grupos.

    Por que um golpe que envolve interesses tão dispares não foi ainda derrotado. Bem, por um lado, temos a força do grupo mercado/grande mídia. A grande mídia, em particular, convenceu uma classe média desesperada e abobalhada que os interesses desta coincidem com os do mercado. Por outro, a fraqueza da oposição ao golpe. O PT, que poderia em tese organizar a resistência, está em cacos, devido a dois fatores principais: é suscetível aos ataques do grupo jurídico; não consegue articular um discurso claro, pois contra ele pesam as alianças passadas com o grupo do mercado. O que temos, então, é uma resistência corajosa porém difusa de intelectuais, artistas, da juventude, de velhos militantes da luta contra a ditadura, da imprensa alternativa, de algumas figuras expressivas do PT, de partidos pequenos, como o PSOL e de alguns políticos lúcidos porém isolados, como o Roberto Requião.

    1. recomeço (3)

      -> “É por isso que seria altamente benéfico para a democracia que surgissem denúncias contra o mais forte dos três grupos.[o grupo mercado/grande mídia]”

      é exatamente como o lança-chamas da Lava Jato, usado a serviço da restauração da Democracia, pode incinerar instantaneamente este grupo: basta investigar as doações de campanha feitas pelos banqueiros.

      os banqueiros obtém o retorno de seu investimento nas campanhas eleitorais através da Selic,  dos swaps cambiais, do spread bancário e da política econômica voltada para os interesses do mercado financeiro. seus  operadores são o Copom, o BC e o Ministério da Fazenda, fazendo com que cerca de 45% do orçamento público se destine ao pagamento de juros (link).

      o limite da investigação em curso na Lava Jato são as contradições intrínsecas do capitalismo: financeirização e oligopolização. a contradição interna da Lava Jato é que sua investigação desemboca na constatação que a corrupção sistêmica é endógena ao capitalismo. e não pode ser corrigida, portanto, pela via policial ou judicial. requer uma solução política.

      “O dinheiro que eles [os indiciados na Lava Jato] se dispõe a devolver à Justiça é algo assustador. Fulano vai devolver R$ 90 milhões, o outro vai devolver não sei quantos milhões. Peraí, que tipo de gente é essa? Enquanto nós estamos aqui falando de Recursos para Minha Casa, Minha Vida, prá Bolsa Família, e essas pessoas acham que é um absurdo, um desperdício de dinheiro?! ”    

      Eugênio Aragão, palestra realizada na Faculdade Nacional de Direito da UFRJ, 13/06/2016 (link)    

      .

    2. Excelente análise

      Acredito que a quebra desse eixo ocorrerá apenas com a disputa entre os grupos ou intragrupos, será uma autodestruição. A esquerda tem que estar preparada para agir certeiramente nesse momento.

  39. O golpista nobla, blá, blá.. deve ter visto esta foto de temer..

    …e resto são delírios alucinóginos de golpistas sem legitimidade, tentando nos convencer sobre o ímpossivel.

  40. recomeço (2)

    “Portanto a sociedade não pode ser destruída deste jeito. Nós estamos simplesmente esgarçando todo o tecido institucional do país. E sem ter nenhuma contraproposta. Nós não sabemos o que vamos colocar no lugar disto. (…) Qual o nível de debate possível? Até onde suas excelências, os magistrados, os membros do ministério público, estão querendo cortar da própria carne? Existe essa hipótese? Se depender deles, não. Mas a sociedade tem que botar isso em cima da mesa. Tem alguém que tem que chegar com a legitimidade do voto e dizer: peraí, vamos botar as coisas nas devidas proporções. A república não pode ter príncipes”. 

    Eugênio Aragão, palestra realizada na Faculdade Nacional de Direito da UFRJ, 13/06/2016 (link)    

    a maior de todos as nossas crises nos conduziu a um quase insuperável impasse. sua solução só poderá ser construída através de um monumental esforço coletivo nacional. este é o tamanho do pacto que teremos de erguer.

    extirpar o impeachment e restaurar a ordem Democrática apenas se inicia com o #VoltaQuerida. a Dilma ressurreta se reconciliou com as ruas e tornou-se um símbolo vivo da ânsia por um novo Brasil.

    em sua reeleição, em 2006, Lula se descolara não apenas do PT, movia-se através da estrutura partidária e acima do sistema político com a desenvoltura de um mito. mas como um mito anti-político, descolado das classes e dos conflitos. agora com Dilma ocorre algo semelhante, porém com efeito oposto. Dilma emerge como um mito das águas revoltas do rio da política, com toda a força da polarização e da disputa em um contexto no qual já não funciona o velho truque da solução à la Brasil.

    como estabelecer um mínimo de estabilidade política e de recuperação da economia com uma Lava Jato seletiva e partidarizada? para a viabilidade de qualquer pacto é condição imprescindível colocar a Lava Jato a serviço da restauração da Democracia. os cruzados de Curitiba, com seu fetichismo penal, foram úteis para desencadear os incêndios, mas já provaram sua incompetência em controlar as labaredas.

    acossados por uma crise da qual nunca sairemos, perambulamos na escuridão enquanto tentam nos devorar pelo fogo. utilizemos as chamas para queimar as velhas estruturas corrompidas, e, ao mesmo tempo, para iluminar nossa rota em direção à reconstrução da Democracia e da refundação da República.

    “Não está errado você questionar Marcelo Odebrecht o que ele fez no verão passado. Não tá errado. O que está errado é a forma como isto é feito. Autoritariamente, sem nenhum tipo de sensibilidade sobre valores jurídicos que devem ser preservados. (…)“Um certo fetichismo penal. Essa crença obsessiva de que o Direito Penal pode curar as feridas de nossa sociedade. O que é uma tolice tamanha, porque o Direito Penal nunca foi feito para isto.”

    Eugênio Aragão, palestra realizada na Faculdade Nacional de Direito da UFRJ, 13/06/2016 (link)    

    .

  41. Quando Dilma for reconduzida
    Quando Dilma for reconduzida ao cargo, não venham dizer que não houve golpe. Que o que houve foi o afastamento, dentro da previsão legal, para instrução e decisão de um processo de impeachment.

    O que ocorreu não foi um simples afastamento da presidenta e posse de substituto para um governo provisório.

    A substituição de todos os ministros e principais assessores, a avalanche de medidas, principalmente as de desconstrução dos atos e realizações do governo afastado, consubstancia a usurpação do poder, em português mais claro a concretização do golpe.

  42. Não haverá nenhum pacto, a

    Não haverá nenhum pacto, a não ser que seja sobre a convocação de eleições. Mas aí não receberia o nome de pacto, mas de um acordo simples e singelo.

    Nesse caso, só ocorrerá com nova rodada de deterioração das condições sociais e principalmente econômicas OU com a inabilitação de quem está no comando do turno: Michel, Renam e co.

    A chance do último caso é até razoável, da primeira é pouco provável, mesmo com o desmonte da frágil estrutura de seguridade social.

    .

    O grosso da população é anestesiada. O ridículo devaneio do pacto, eu imagino, só ocorre porque não andam de ônibus, não ouvem o que dizem, não sentem o que acontece.

    Falar que a Dilma virou heroína da esquerda pinta um quadro hipotético com massivas manifestações de apoio, milhões de pessoas nas ruas, comoção nacional e por aí afora…

    .

    De dentro de carros com vido fumê a blogosfera parece um gigante capaz de girar a roda satânica noutra direção. Devem ter outras explicações, mas falar em convocação de constituinte tem muito a ver com o que já disse: ouvir e não escutar, ver e não enxergar, sentir sem compreender.

    .

    No rés do chão a agudíssima desinformação e desinteresse da população não faz um pingo de idéia do que acontece. O grau escandaloso da falta de instrução do brasileiro fazia – e faz muito – nossa sociedade ser idiota, brutal e vulgar, tudo ao mesmo tempo.

     

    1. Eu só discordo de que “O grau

      Eu só discordo de que “O grau escandaloso da falta de instrução do brasileiro fazia – e faz muito – nossa sociedade ser idiota, brutal e vulgar, tudo ao mesmo tempo.”

      So lembrar dos professores da USP (da USP!!!!!) que participaram do circo montado no congresso para o impedir a DIlma. A nossa sociedade é idiota, brutal e vulgar, mesmo entre aqueles bem instruídos (ou com diplomas), só olhar a nossa classe média.

  43. Nassif, há um detalhe que

    Nassif, há um detalhe que você não notou: os movimentos sociais sempre estiveram com Dilma. É para eles, no fundo, que a presidente afastada queria governar – fazendo guinadas cada vez mais à esquerda, tendo Venezuela e os bolivarianos como paradigmas, e o esquerdismo politicamente correto das faculdades brasileiras como um Norte.

    Infelizmente, porém, esses grupos não representam praticamente nada na sociedade. Para cada um que está nas manifestações pró-Dilma há outro que vai às ruas contra ela – e, no meio, seis ou sete que querem simplesmente voltar para casa durante a semana, ou que não vão sair de suas residências no domingo e gastar dinheiro nas festas da direita.

    Nada impede que Dilma volte ao poder e dê uma banana para todo mundo. Seria o caos completo, muito pior do que Temer acossado pela mídia e pelo Congresso (do qual não se espera grande coisa).

    1. Análise muto equivocada

      Análise muto equivocada simplista e sem conhecimento de causa.  Os governos Lula-Dilma tinha como foco a redistribuição de renda dentro de uma economia de mercado livre, com intervenções do Estado sempre no sentido de garantir o patrimônio nacional, o desenvolvimento e a proteção, quando possível, das nossas grandes multinacionais. 

      Essa história de seguir paradigma da Venezuela e Bolivariana não condiz com a realidade.  O Itamaraty de LUla-Dilma tinham como prioridade da América do Sul, e o eixo Sul-Sul, que é uma estratégia correta uma vez que se isolar no nosso próprio continente não faz o menor sentido, considerando que Eua e Europa estão em crise.  Dito isso, é importante salientar que Chile e Colômbia já fazem parte dos EUA, que a Venezuela é um anteparo geofísico contra o Brasil, que as Guianas ainda são colônias.  Nesse cenário é importante sim incluir a Venezuela no eixo sul para enfraquecer a influência americana no continente.

      Os movimentos sociais são maiores, mais diversificados e mais fortes que vc imagina.  Ao contrário do que vc afirmou a população, mesmo a globoguiada, já percebeu na armadilha que entrou, já vê o fascismo na saliva dos Bolsonaros e Malafaias, já não crê em combate à Corrupção, e já sabe qua nunca houve provas contra Lula.  Cadê os coxinhas na paulista, único lugar que conseguiram se juntar em número??  Cadê a coxinhada defendendo Bolsonaro e sua corja de reacionários????  Cadê os coxinhas com máscaras de Cunha e do Japonês ladrão???  Os movimentos sociais são a garantia da luta diária pela democracia e não aquele casal sonegador com babá na paulista.

      O que vc chama de esquerdismo nada mais é que ações de inclusão, nada mais.  Uma leve reforma agrária, seguindo todos os trâmites legais e distribuição de renda.  E Lula-Dilma conseguiram isso aumentando a renda dos parasitas públicos (empregados e funcionários) e da classe alta que vive de renda em função dos juross da Selic.

      Vc e boa parte da nossa classe média analfa política caíram no conto da Globo, e são vcs mesmos, assalariados, que pagarão a conta do rombo que Temer está criando para manter o Brasil como paraíso dos rentistas.  Sem falar na desmoralização do Itamaraty, no retorno do Brasil ao mapa da fome, das milhares de pessoas que não terão acesso a casa própria, educação, universidade etc.

       

       

       

       

  44. Isto:

    “Como o Brasil é o país da intimidade benevolente, mesmo figuras públicas referenciais fecham os olhos aos malfeitos, quando cometidos por amigos” 

    se aplicaria ao Lula também?

  45. TUDO QUE SE FALA É O QUE SABEMOS, O QUE NÃO SABEMOS DO GOLPE?

    Tentei ficar de fora, não consegui, o foco não é o que sabemos, é o que não sabemos. O GOLPE só foi possível pela inercia de que foi golpeado. O Moro é uma interrogação, a PF é uma interrogação, MP é uma interrogação, O STF também o congresso viciado e com medo, só restou uma sensatez maduro das forças armadas, no sentido de elucidar se estamos perdendo o BRASIL. O nacionalismo não é ruim quando nos defendemos como brasileiros, só é ruim quando se alia a qualquer outra ideia que não seja a nossa defesa, Venezuela se destroçando, Argentina cedendo bases, o que realmente está acontecendo? Esse é o foco, alguém tem que ser punido por essa sacanagem com o Brasil. O foco é outro.

  46. TUDO QUE SE FALA É O QUE SABEMOS, O QUE NÃO SABEMOS DO GOLPE?

    Tentei ficar de fora, não consegui, o foco não é o que sabemos, é o que não sabemos. O GOLPE só foi possível pela inercia de que foi golpeado. O Moro é uma interrogação, a PF é uma interrogação, MP é uma interrogação, O STF também o congresso viciado e com medo, só restou uma sensatez maduro das forças armadas, no sentido de elucidar se estamos perdendo o BRASIL. O nacionalismo não é ruim quando nos defendemos como brasileiros, só é ruim quando se alia a qualquer outra ideia que não seja a nossa defesa, Venezuela se destroçando, Argentina cedendo bases, o que realmente está acontecendo? Esse é o foco, alguém tem que ser punido por essa sacanagem com o Brasil. O foco é outro.

  47. A Dilma deposta, no entanto,

    A Dilma deposta, no entanto, assumiu uma dimensão pública inimaginável em Dilma pré-impeachment. Tornou-se amada pelos movimentos sociais. No auge do poder, a crista empinada era sinal de arrogância; deposta, tornou-se prova de grandeza, de coragem, de destemor.

    É essa Dilma que emerge das trevas– da sessão que votou o impeachment – que poderá ser a condutora da transição. Mesmo porque é praticamente a única grande figura política não maculada pelos borrifos da Lava Jato.

     

    Hahaha, o autor continua na sua cruzada para se tornar o maior piadista brasileiro de todos os tempos, produzindo análises fora da realidade e baseadas em wishfull thinking. Dilma condutora de transição? Uma figura com competência política zero???

    1. Acho que quem está cego pelos

      Acho que quem está cego pelos sentimentos é vc caro amigo.  Temer demonstrou que veio com o único intuito de entregar o Brasil, tomar conta de vez da máfia dos portos, realinhar o Brasil com o extremismo de direita e zerar os cofres públicos para menter o rentismo mundial.  Temer sim, compotência política zero.  Dilma foi sabotada desde que ganhou o segundo mandato, foi acuada para mudar sua política econômica, coisa que qualquer um faria diante de nenhuma opção.  Cunha manipulou e travou o Congresso, junta-se a isso o golpe no Judiciário que lavou as mãos e entregou Dilma aos leões.  Só há uma solução : volta Dilma, plebiscito, eleições gerais, constituinte com reforma política e nehum ficha-suja candidato.

      1. Dilma foi sabotada desde que

        Dilma foi sabotada desde que ganhou o segundo mandato, foi acuada para mudar sua política econômica, coisa que qualquer um faria diante de nenhuma opção. 

         

        E eu é que estou cego……kkkkk

  48. Concordo com o pacto.

    Concordo com o pacto. Discordo de novas eleições presidenciais.  Dilma foi legitimamente eleita para governar o Brasil até dezembro de 2018.  O resto é golpe! 

  49. ABAIXO ASSINADO CASA BRANCA

    Neste momento há um abaixo assinado no site da Casa Branca pedindo que os Estados Unidos denunciem o golpe e não reconheçam o governo Temer. Se conseguirmos 100 mil assinaturas até dia 26, eles são obrigados a discutir o assunto!
    https://petitions.whitehouse.g
    Tem que colocar email válido. Eles mandam um email pra verificar que você é de verdade e que assinou só uma vez.

  50. Deflação e o pacto

    Li toda a discussão, mais de duas horas de leitura, fico com a dúvida de sempre, o que teremos dentro deste pacto?

    Para mim se conseguir reverter o efeito devastador na economia da deflação que o Brasil e o planeta estão enfrentando, já será uma proeza para entrar na história.

    O desemprego irá rapidamente para mais de 25% da população ativa e a falência dos pequenos e micro negócios já dão sinais alarmantes, ou seja para o começo do caos social temos dias contados.

    Quem irá produzir a proeza não faz muita diferença para mim, mas dentro de um Estado de direto me parece muito mais fácil, mesmo com medidas emergênciais pontuais.

    Sem conter a sangria nas contas públicas provocadas pelos juros extorsivos que o Brasil paga, penso que a tarefa será impossível, mas um waiver com a banca me parece necessário também, negociar será a palavra mágica. Para isto ocorrer a bom termo o negociador que age em nome do Brasil tem de ter clareza do que quer e do que pode oferecer em troca, o pacto deve refletir esta questão, sob pena de ser mais uma panaceia sem utilidade a atravancar a solução das questões de desenvolvimento e bem estar do povo e da nação.

    Temer ou dona Dilma?

    Nem um nem outro, nem os dois juntos, talves um comitê montado especialmente para isto, com três hábeis titulares na arte da negociação encabeçando um grupo de oito que dominem os assuntos brasileiros e financeiros, bem como com credibilidade para fechar o acordo.

    Difíícil? Se fosse fácil qualquer um faria e já teriam feito e o Brasil não estaria nesta sinuca de bico que se encontra agora.

     

  51. Caro Nassif,
    Vajo que agora

    Caro Nassif,

    Vajo que agora você propôs uuma assembleia constituinte para realizar a reforma política. Isso já foi proposto por Dilma após as Jornadas de Junior, ideia da qual foi demovida porque muitos entenderam que isso não seria possível. Essa é a pergunta a ser respondida: é possivel tal constituinte? brevemente eviarei um artigo para o blog sobre o tema.

    Prof. Acelino Carvalho

  52. O interessante

    é que sempre que as classes dominantes, o grande capital e seus serviçais (notamente o judiciário), a grande mídia colocam o país em cheque, na bancarrota e quando disso decorre, devido à sua imensa canalhice e incapacidade de controlar o ímpeto faminto dos seus próprios vetores, a sua provável indisposição com o resto dos brasileiros, quando uma parcela de brasileiros começa a querer uma mudança radical nos rumos das suas vidas, esses mesmos calhordas sacam sempre da cartola o coelho mágico da “conversação”, da “renegociação do Brasil”, do “pacto”.

    Isso é quando o cinismo começa a se contaminar pelo medo.

    Nassif: os mesmos fdp que financiaram e agora se locupletam dos resultados do Golpe de Estado serão os mesmo que provalvelmente estariam nessa tal mesa repactuadora que nos daria “rumos mais agradáveis”… Globo, Itaú, Fiesp, Bradesco, Barões do Aço, etc, ou você acha o contráio?

    Por esse motivo eu nem acredito e nem compactuo dessa idéia de “pactos”.

    Dilma voltando tem que fazer pactos sim: mas com quem até agora não desistiu dela e está lutando nas ruas e nas redes pela sua recondução à Presidência da República.

    Se ela não voltar o Brasil vai ter pacto com o inferno e com a barbárie.

  53. Pacto = governo => democracia Pacto = união nacional => fascismo

     

    Luis Nassif,

    Primeiro cabe um esclarecimento sobre o título deste post “O Xadrez do pacto com Temer ou com Dilma” de domingo, 19/06/2016 às 09:21, e de sua autoria. Sempre entendi pacto nacional no sentido de proposta de governabilidade exigindo uma união nacional. E contra essa proposta eu sempre me bato, pois vejo um sentido anti partidário nessa proposta e, portanto, considero que ela tem um cunho fascista.

    Agora, governar é um pacto. E pode-se até ir um pouco além e dizer que a constituição é mais que um pacto, pois seria quase o pacto de união nacional. Só que não fica todo mundo cordato aceitando qualquer ordem superior emanada em nome da constituição para a realização do bem comum. Sob a égide de uma constituição, há em todo o governar de modo democrático uma espécie de luta entre partes. Aceitar essa luta é condição necessária para aceitar a democracia. Querer que não haja luta é querer que não haja democracia.

    Sem dúvida então o governo que virá será um pacto com Michel Temer ou um pacto com a presidenta Dilma Rousseff. E embora eu torça pela presidenta Dilma Rousseff não tenho dúvida em dizer que é ínfima a possibilidade de um pacto com a presidenta Dilma Rousseff. E não vejo com dificuldade que tenhamos um governo de Michel Temer até 2018. Trata-se quase de uma lógica matemática que os que acusam a presidenta Dilma Rousseff de teimosa deveriam até de se envergonhar nesse comportamento de recusar a aceitar a superioridade política de Michel Temer.  O dado real é que a oposição a Michel Temer é pequena e o apoio à presidenta Dilma Rousseff é inferior a 1 terço.

    Em segundo lugar lembro do post “Dilma e a síndrome do pacto social” de sexta-feira, 06/03/2015 às 17:46, de sua autoria. Enviei para você sexta-feira, 06/03/2015 às 19:51, um comentário em que eu dizia logo no primeiro parágrafo do meu comentário:

    “Não pensei viver para ler você tratando como mito a Constituinte Exclusiva e o pacto social, principalmente esse último, o pacto social. Ainda mais em uma semana em que você levantou o mito da crise, do estadista e da conciliação nacional”.

    Não sei se o seu comportamento fruto de uma veia polemista natural ou induzida para fermentar idéias contrárias, mas você vai em uma direção e depois volta com muita facilidade que imagino acaba deixando muita gente órfã do seu apoio.

    Às vezes você manifesta uma capacidade premonitória que deixa qualquer um boquiaberto como aconteceu no post “O raio X da política e o fator Temer” de sexta-feira, 07/08/2015 às 19:45, em que você diz:

    “Dilma não tem muito tempo pela frente.

    Há dois caminhos em curso: Temer com Dilma e Temer sem Dilma.

    O caminho menos traumático seria institucionalizar o poder de Temer, conferindo-lhe o protagonismo político e jurídico, conduzindo uma mudança ministerial pactuada, preservando o papel institucional de Dilma, que passaria a se dedicar às políticas públicas.

    Seria a maneira de segurar esse golpe paraguaio interminável, o terceiro turno que parece não ter fim.

    Os únicos interessados em impeachment são os que ambicionam o controle do cofre.

    Não interessa à economia, à população, pelo potencial de desestabilização existente. Além disso, qualquer tentativa de impeachment significaria um desrespeito à ordem jurídica, colocando em risco um custoso processo de amadurecimento político que se seguiu à redemocratização e à Constituição de 1988”.

    A essência do trecho que transcrevi e que mostra sua capacidade de previsão é a frase:

    “Há dois caminhos em curso: Temer com Dilma e Temer sem Dilma”.

    Só que, se lá atrás você já dimensionava com precisão a força de Michel Temer, como você agora vem dizer que Michel Temer, só porque está dez meses mais velho, estaria tão fraco que a outra possibilidade seria a presidenta Dilma Rousseff sem Michel Temer. E a presidenta Dilma Rousseff que viemos de ver não tem o apoio de 1/3 do Congresso Nacional.

    Lá atrás, você realmente viu que ou seria Michel Temer com a presidenta Dilma Rousseff ou seria Michel Temer sem a presidenta Dilma Rousseff ou você apenas jogou?

    E em terceiro lugar, eu questiono o seguinte parágrafo do seu post:

    “A Dilma presidente queimou sua oportunidade no início de 2013, quando cedeu ao mercado e voltou a aumentar a Selic. Dali em diante, seu governo caminhou como um barco adernando. Não há a menor possibilidade de viabilizar um terceiro mandato”.

    Já fiz muitos comentários apresentando dados ou deixando links que mostram que o PIB voltou a crescer a partir do terceiro trimestre de 2012, tendo tido uma alta taxa de crescimento no segundo trimestre de 2013 e que os investimentos cresceram a taxas absurdamente elevadas no quarto trimestre de 2012 e no primeiro e segundo trimestre de 2013 e de repente houve uma queda absurda no terceiro trimestre de 2013. Esses dados precisam ser mais bem analisados para compreender direito o que teria acontecido no terceiro trimestre de 2013. A quem atribuir responsabilidades pela queda do PIB é questão que precisa ser respondida de modo convincente.

    De certo modo o que você está dizendo é que a queda do PIB no terceiro trimestre de 2013 decorreu do aumento do juro em abril de 2013 e nas reuniões posteriores. Eu continuo avaliando que o fator principal para a queda do PIB foi a forte redução dos investimentos e que os efeitos dos juros nos investimentos seriam mínimos. Isto é, se o aumento dos investimentos era proveniente do setor privado, o que estava induzindo o empresariado a investir era o espírito animal do empresário e não a fada da confiança. O aumento do juro tem efeito sobre o espírito animal do empresário, mas não é um efeito assim tão imediato.

    O espírito animal é algo concreto e é fruto da percepção da possibilidade de aumentar a acumulação de capital e da vontade de querer acumular mais. A fada da confiança é algo abstrato que pode até afetar o humor do empresário, mas não o leva a investir ou deixar de investir a menos que aconteça algo absurdamente anormal. Não sou economista, mas avalio que essa confusão entre o espírito animal e a fada da confiança foi feita pelo economista Roger Farmer no blog dele Roger Farmer’s Economic Window no post “Confidence is not a fairy and it is not an illusion” de 19/06/2016, e que pode ser visto no seguinte endereço:

    http://www.rogerfarmer.com/rogerfarmerblog/2016/6/19/the-confidence-fairy-is-not-an-illusion

    Um pouco dessa confusão você também estabelece ao ver resultados imediatos entre o aumento da taxa de juro e a ação de investir do empresário. De todo modo considero que é preciso estudar mais aquele período desagregando todos os componentes do investimento e avaliando o que realmente aconteceu.

    E também serve para argumentar contra a sua afirmação de que foi o aumento do juro que causou o mal estar na economia no final do primeiro governo da presidenta Dilma Rousseff dar uma olhada no artigo “O PIB cresce 4% ao ano” de Francisco Lopes publicado no jornal Valor Econômico de quarta-feira, 17/07/2013, e que você transcreveu aqui no seu blog no post “O pessimismo obsessivo nas análises econômicas” também de quarta-feira, 17/07/2013 às 10:55, por sugestão de MCN. Francisco Lopes via o Brasil crescendo a taxas expressivas no segundo trimestre de 2013. Não é por outra que naquela época o próprio Francisco Lopes recomendava que o Banco Central preparasse aumentos de juros para segurar a demanda. Então é preciso analisar com mais cuidado o que aconteceu no terceiro trimestre de 2013 para saber a exata responsabilidade de quem quer que seja.

    Quanto ao final do seu texto eu reproduzo aqui a parte final de um comentário que eu enviei domingo, 19/06/2016 às 22:33, para ML junto ao post “O perfil dos grupos que fomentam o golpe no Brasil” de domingo, 19/06/2016 às 15:25, aqui no seu blog e consistindo da reprodução do comentário que ML enviou domingo, 19/06/2016 às 13:24, aqui para este post “O Xadrez do pacto com Temer ou com Dilma”. Disse eu lá:

    “E o que eu mais gostei no seu texto foi apresentar o pacto como uma ação entre amigos que não confiam muito entre si.

    Sempre fui contra os pactos pelo cerne fascista de união nacional que todos eles clamam. Há casos de pactos no mundo que foram feitos pela esquerda e que eu não os acusaria de fascista (o feito com êxito pelo chanceler Bruno Kreisky na Áustria na década de 70, o que foi feito na Inglaterra sob o comando de James Callaghan também na década de 70, mas foi derrotado pela Margaret Thatcher, e o pacto de Mancloa na Espanha que originalmente foi proposto pela direita mas contou com o apoio da esquerda), mas em geral o germe de união nacional que fermenta esses pactos é o mesmo que alimenta o fascismo.

    Participar deste pacto ainda mais com base em uma proposta de eleição geral é o maior tiro no pé que a esquerda pode dar. O único fator a ajudar a esquerda em uma eleição geral no atual momento é o fato que agora o financiamento de campanhas políticas por empresa estaria proibido. Não se pode esquecer, entretanto, que esse Congresso Nacional por mais de direita que seja foi eleito em 2014, quando a recessão não era tão grave. E mais ainda, o atual Senado Federal tem dois terços dos seus membros eleitos na eleição de 2010, daí um caráter menos conservador do Senado Federal na atual legislação.

    O pior é que há um grupo de esquerda autoritário que vê no pacto com eleições gerais uma possibilidade de substituir a democracia brasileira por um sistema político que consiga extirpar do parlamento a representação mais popularesca da direita (a da bíblia, a da bala e a do boi) ou fazer essa representação perder força política. Esse grupo da esquerda mais autoritário conta até com o judiciário naquela parte que segundo você desconfia da democracia, para desfechar esse golpe contra a democracia.

    Eu sou contrário a esses que tentam emascular a democracia brasileira porque considero que a nossa democracia é um avanço muito grande. Ela é fruto de uma época específica, com a circunstância do Plano Cruzado que destruiu nossa economia, mas nos deu uma Constituição de vanguarda. É bem verdade que a nossa democracia precisa evoluir, mas há que ter paciência porque essa evolução é muito lenta, pois a evolução passa pelo aumento de igualdade entre os cidadãos.

    Esse aumento da igualdade é difícil não só pela natural desigualdade entre os seres humanos como principalmente em razão da extrema desigualdade existente no Brasil. E além disso, há que considerar que o sistema econômico escolhido é o capitalismo que gera por si só desigualdade. E uma necessidade brasileira é aumentar a taxa de crescimento econômico que traz como consequência mais desigualdade.

    Temo então que pela dificuldade que se tem pelo caminho venha a se podar a democracia brasileira reduzindo a participação popular, retirando dele o direito de eleger um presidente da República com plenos poderes. Um pacto nessa direção seria compactuar com o roubo da cidadania.”

    E para finalizar deixo os links para os quatro posts mencionados neste comentário:

    1) o post “Dilma e a síndrome do pacto social” pode ser visto no seguinte endereço:

    https://jornalggn.com.br/noticia/dilma-e-a-sindrome-do-pacto-social

    2) o post “O raio X da política e o fator Temer” pode ser visto no seguinte endereço

    https://jornalggn.com.br/noticia/o-raio-x-da-politica-e-o-fator-temer

    3) o post “O pessimismo obsessivo nas análises econômicas” pode ser visto no seguinte endereço:

    http://advivo.com.br/node/1444276

    e 4) o post “O perfil dos grupos que fomentam o golpe no Brasil” pode ser visto no seguinte endereço:

    https://jornalggn.com.br/noticia/o-perfil-dos-grupos-que-fomentam-o-golpe-no-brasil

    Bem, resumindo considero que você está partido de premissas falsas como afirmar que todo o problema econômico do primeiro governo da presidenta Dilma Rousseff foi decorrente do aumento do juro que se iniciou em abril de 2013. Além disso você propõe alternativas políticas inviáveis e que, caso ocorressem, seriam como uma emenda pior do que o soneto. Requer menos do que bom senso perceber que Constituinte é inviável, que eleições gerais são inviáveis. E para esquerda se tanto a Constituinte como as eleições gerais fossem viáveis se perceberia que são opções que viriam prejudicar ainda mais a esquerda.

    Os problemas do Brasil são muitos, e não há como os resolver de uma vez. É precioso ter consciência que os nossos problemas são problemas mundiais e que aqui ganham contornos maiores porque somos um grande país, somos ainda muito pobres e há aqui uma desigualdade tremenda que é o nosso maior problema econômico.

    A democracia no mundo inteiro se mostra disfuncional. Não se pode, entretanto, suspendê-la para tentar resolver outros problemas que parecem ser mais prementes. É preciso apreender a trilhar o caminho do aperfeiçoamento, sabendo que a democracia brasileira se torna ainda mais disfuncional com a má distribuição de renda brasileira e que talvez esse problema não possa ser atacado (ou só possa ser atacado de leve) antes que se tenha crescimento econômico.

    Clever Mendes de Oliveira

    BH, 20/06/2016

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