Os desequilíbrios na política cambial

Recente estudo do IBMEC (Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais) constatou que a redução do investimento no país está associado à perda de rentabilidade das empresas. Associou essa perda de rentabilidade ao aumento dos custos salariais.

O buraco é mais embaixo, mas permite uma análise sobre as disfunções que acometeram a economia brasileira com a apreciação cambial.

***

A apreciação do câmbio teve efeitos diversos sobre setores da economia. E produziu um enorme conjunto de distorções associadas:

  1. No mercado financeiro permitiu ganhos expressivos.

É conta fácil de fazer.

O investidor traz US$ 100 milhões a R$ 2,72 = R$ 272 milhões.

Aplica R$ 272 milhões a uma Selic de 12,5% = R$ 306 milhões

Sai com o dólar a R$ 2,20 = US$ 139.090 milhões, ou 39% em um ano.

  1. As operações de swaps de moeda. O investidor toma um empréstimo em dólares, a uma taxa de 1% ao ano e aplica no Brasil a 12,5%.

Sem precisar imobilizar um tostão de capital, meramente com essa operação o investidor teria um ganho infinito. Não aplicou um dólar e recebeu US$ 39 milhões.

  1. O Banco Central troca poupança interna por poupança externa. Não amplia em nada o investimento privado e arca com uma conta fiscal pesada.

O investidor traz US$ 100 milhões. Adquire no mercado interno o equivalente a R$ 272 milhões.

O aumento na entrada de dólares provoca uma apreciação no real. Para impedir que isso ocorra, o BC vende títulos, recebe reais e com eles adquire os dólares que são colocados nas reservas cambiais.

Ou seja, o resultado líquido final é que o investimento privado não saiu do lugar. O investidor externos trouxe US$ 100 milhões; como contrapartida, o BC aumentou a dívida pública em R$ 272 milhões, colocou os títulos no mercado e retirou R$ 272 milhões da economia.

O resultado final é que a poupança total ficou na mesma. Para cada dólar que entrou houve uma aumento equivalente na dívida interna que retirou da economia o montante de reais equivalente à entrada dos dólares.

O BC aumentou seu passivo (a dívida interna) em R$ 272 milhões; e engordou seu ativo (as reservas cambiais) em US$ 100 milhões. Pela dívida ele paga 12,5% ao ano, em reais; pelas reservas cambiais ele recebe 1% ao ano, em dólares.

Se o câmbio permanecer inalterado no período, o resultado líquido dessa operação é um custo fiscal equivalente a 11,5% ao ano – sem acrescentar um tostão à poupança total do sistema.

Se o dólar cair para R$ 2,20, como no exemplo, o custo final poderá chegar a 40% ao ano.

***

Nos últimos anos, a política cambial comportou-se assim.

Para atender o mercado, sucessivos governos permitiram políticas de apreciação do real.

Para compensar os grandes grupos não –financeiros, ofereceu toda sorte de arbitragem – como swap reverso e outras – permitindo que esses grupos compensassem as perdas operacionais com os ganhos de tesouraria.

Tudo isso foi possível quando havia um quadro externo favorável, com abundância de divisas e de arrecadação fiscal.

Agora, chegou a hora da verdade, de criar um ambiente econômico que permita às empresas lucrarem em cima das suas atividades produtivas.

Luis Nassif

33 Comentários

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  1. É como um professor meu dizia…

    Se fosse fácil, todo mundo faria.

    Entra governo e sai governo, entra ministro e sai ministro, e ninguém muda o quadro. Eu lembro que se festejou tanto aqui a queda dos juros, e, se não me engano, veio o André Araújo e disse que seria temporário, que logo iriam subir de novo, e dito e feito.

    O que vejo é que o Brasil é, infelizmente, um País com tendências de hiper-inflação. E aí esse gasto todo apontado pelo Nassif é, tão somente, para tentar evitar essa inflação. É como se o controle da inflação fosse um apartamento que foi comprado financiado (plano real) e tem um condomínio muito caro, e estamos hoje pagando as prestações da dívida e o condomínio.

  2. IBMEC

    Que outra conclusão poderia se esperar desse instituto, que não fosse contra trabalho e salário? Correm os anos, e seus economistas repetem formulações ortodoxas, neoliberais, antidesenvolvimentistas, sejam lá os rótulos que se queira dar, mas invariavelmente colocando a inserção social em ponto-morto. O câmbio, ora o câmbio … 

  3. Realmente não entendo essas

    Realmente não entendo essas contas que o Nassif faz do investidor estrangeiro.

    Como que ele vai saber que o dólar iria se depreciar ? Ele advinha o futuro ?

    Agora, por exemplo, o dólar está se apreciando, quem sabe o que ocorrerá no futuro ?

    1. Mas as análises do Nassif são

      Mas as análises do Nassif são assim – totalmente unidimensionais. E sempre com um viés de “olha que mamata a desses investidores”.

      Se fosse um médico, Nassif, ao pegar uma pessoa com febre, primeiro colocaria a culpa no termômetro, depois diria que essa febre era fabricada pelo próprio corpo (“esse maldito”, ele talvez acrescentasse) e por fim, quando o paciente estivesse quase moribundo, aí ele, envergonhadamente pediria um exame de sangue para constatar, enfim, que o caso era de antibiótico desde o início e que o paciente precisaria realmente reformular sua vida, medidas que ele não gosta de prescrever por serem ortodoxas demais  e pouco populares entre os pacientes.

      A diversão é entrar aqui, ler o Nassif e ver cada vez mais pessoas questionando as análises.

       

    2. Desenhando seria mais fácil…

      Daniel, o investidor sabe que o dólar irá se depreciar pelo simples fato da entrada de dólares ter aumentado, para conter o avanço, o governo precisará valorizar o real.

      Essa gangorra, e sobe e desce é que faz com que a economia seja estável, e também com que os rentistas acumulem sem produzir nada.

      Tenhas em mente que o “investidor estrangeiro” não é um mané qualquer, é um cara de muita grana, que faz isso em vários países, principalmente nos de 3º mundo e emergentes, onde as regras são fracas, o governo é leniente e subserviente. Estamos falando do 1% do 1%.

  4. E o “lucro Brasil”

    Desde a minha época de faculdade, lá pelos idos de 90, sempre ouvi que o empresário brasileiro não se contentava com taxas de retorno civilizadas. Naqueles tempos, havia a hiperinflação para embaralhar a conta, pois era difícil aferir qual o lucro final de uma empreitada.

    Pois bem. Estamos há 20 anos com “estabilidade” – comparados aos anos anteriores, é sim! – e até hoje o empresário brasileiro quer ganhar mais do que ganham todos os pares em outros países. E não só o empresário, diga-se: também os executivos nativos cuidam para que suas remunerações e premiações figurem dentre as maiores do mundo, em detrimento da massa salarial, que recebe remuneração média baixa, mesmo considerando os benefícios (“essa maldita CLT”)…

    Só a “memória cultural” do período hperinflacionário explica? 

    Toda vez que ouço que o “brasileiro é empreendedor porque é criativo e dinâmico”, tenho vontade gargalhar. A questão é que aqui, com toda a burocracia e dificuldades, temos taxas de retorno elevadíssimas. Incentivo ao “empreendedorismo” ou a velha lei da “oferta” (Lucro Alto = mais interessados em investir)?!?!?  

    Os preços dos serviços mostram isso com mais facilidade (hotéis no Rio de Janeiro mais caros que hotéis em Paris), mas também as margens de lucro das montadoras de automóveis escancaram a situação. Com uma vantagem: ainda há um “senso comum” que culpa a carga tributária (ou seja, o governo) e permitem aumentar cada vez mais o lucro para a indústria automobilística.

     

    1. Mas infelizmente não existe

      Mas infelizmente não existe milagre. O País precisa aumentar sua taxa de investimento, principalmente produtivo. Nâo pode abaixar taxas de retorno senão é ai que não vão investir mesmo.

      1. Não se trata de milagre…

        A meu ver, a questão é mais embaixo.

        Mesmo com estas taxas atrativíssimas, o ganho no mercado é muito melhor! Mas – claro – apenas para “gente grande”: nenhum empresário médio tem condições de captar em dólares para especular com os títulos do governo. 

        A taxa de retorno tem que ser alta pq os ganhos com especulação são elevadíssimos? Derruba a SELIC e começa a quebrar esta “cultura de altos ganhos”! Pode ser doloroso no começo, mas só a folga que daria nas contas públicas, permitiria margem de manobra para o governo incentivar via desoneração, por exemplo. 

    2. Caro José Carlos
      O lucro

      Caro José Carlos

      O lucro Brasil, é um conjunto de mecanismo, que faz com que a casa grande, ganhe em tudo.

      Exemplo no STF, desmontar esse lucro Brasil, é uma declaração de guerra. E tem que ser desmontado.

      Saudações

  5. Apreciação cambial nos últimos governos?!

    Parem o mundo que eu quero descer, diria o poeta. O governo da presidenta reeleita, Dilma Rousseff, desvalorizou o real desde o primeiro minuto da sua existência, em janeiro de 2011.

     

    Ao contrário do que está escrito no texto, no governo Dilma não houve absolutamente nenhuma “apreciação cambial”, referente ao real. Ao contrário! O real já se desvalorizou aproximadamente 65% desde o início do governo Dilma, o que é ótimo para as indústrias e para as exportações.

     

    Vejam a cotação no governo Dilma:

     

    -Janeiro de 2011: R$ 1,65 por dólar;

    -Janeiro de 2012: R$ 1,86 por dólar;

    -Janeiro de 2013: R$ 2,04 por dólar;

    -Janeiro de 2014: R$ 2,39 por dólar;

    -Dezembro de 2014: R$ 2,70 por dólar.

     

    Ainda é preciso desvalorizar mais o real, mas daí a dizer que no governo Dilma houve apreciação da nossa moeda, vai uma longa e inalcansável diferença. Houve, isto sim, o contrário disto: o real se desvalorizou durante o governo Dilma.

    1. Outra visão:  Dólar em

      Outra visão:  Dólar em janeiro de cada ano: 2009 = 2,32 – 2010 = 1,87 2011 = 1,67 2012 = 1,74 2013 = 1,99 2014 = 2,43

  6. Cabeças e Corações de Planilha

    A Análise feita pelo IBMEC, apesar da grife, é típica de “Planilheiros”.

    Tenho alguma experiência no que as Multinacionais chamam de “Feasibility Study” e garanto que uma das Empresas mais Conservadoras (em termos de Risco) neste campo é a GE.

    A Rentabilidade Passada (IBMEC) conta muito pouco.

    O Cenário Futuro, com suas Expectativas e Riscos, é que é determinante.

    E, sempre se tem um Plano B, caso tais Expectativas não se confirmem.

    É o equivalente a uma Taxa de Saída.

    Em Resumo:

    – Vale muito mais o “Sonho” (mencionado pela Conceição Tavares, e, rapidamente por Lula no seu Discurso na Abertura do V Congresso do PT) na hora de se decidir por Investimentos.

    – Claro que após “Comprar” o Sonho, o Investidor vai acompanhar a coerência dos atos do governante (Dilma).

    – Se o Governante não Lidera, formatando o Sonho e “Vendendo” tal Sonho à Sociedade, não haverá a Decisão em Investir no Lado do Consumidor (Demanda)  e do Empresário (Oferta).

    – Vamos aos exemplos (para jovens e velhos):

    a. Milagre Brasileiro:

    Médici, um General típico, sem jogo de cintura, surfou no Sonho do Milagre Brasileiro que impulsionou Investimentos e a, por incrível que possa parecer, autoestima do Brasil.

    Pena que o Delfim, que ainda não era o atual “colunista”, sábio em dar palpites à Dilma, como é hoje, tenha acabado com os Fundamentos Macoeconômicos do País.

    b. O, agora, tão em moda Porto de Mariel (“sou Mariel desde criancinha”).

    Qual foi (foram) o Sonho?

    Para a Esquerda, uma sonhada Integração da América Latina (apenas um Sonho Bolivariano, como rotularia a Veja?).

    Para Empresários, poderia ser o Sonho de uma Saída Logística do Brasil para as Américas Desenvolvidas, China e Europa.

    Seria, finalmente, o “sucateamento” do Porto de Santos, movendo a riqueza via Ferrovia Norte-Sul e Portos nas Regiões Norte e Nordeste (Pecém, Barcarena, etc.).

    A Nova Fronteira estaria servida com uma Logística digna do Agronegócio, das Novas Plantas de Celulose e Papel e Minérios para Exportação.

    Lula “Sonhou” (teria sido junto com o Jovem Marcelo Odebrecht?).

    E o que foi o Debate Eleitoral sobre o Porto de Mariel?

    Aécio criticou o Bolicarianismo.

    E, Dilma “Planilhou”, afinal IBMEC, Unicamp, PUC-RJ, etc. são excelentes em formar Gestores de Projetos…

    Limitou-se a responder que o Porto foi um Investimento a Empresas Brasileiras, bla, bla, bla,…

    Pena que, para se formar um “Gestor de Sonhos”, há que se frequentar muitos “Pés-Sujos” perto das Fábricas do ABC Paulista (hoje transformadas em Shopping Centers).

    Arriscaria a complementar a “Hora da Verdade” da Dilma, mencionada pela Nassif.

    – A Selic, nos níveis atuais, quebram qualquer Equilíbrio de Contas Públicas;

    – A Dilma (e, a Dupla Levy-Barbosa, sendo que o Tombini já fez uma rápida menção ao assunto) deveria entender que o crescimento do IED está se dando via transferências Intercompany, para se aproveitar a Selic e ganhar uns trocados com o Hotmoney.

    Não é realmente Investimento, muito menos “Direto” e Produtivo.

    – Não existem mais Grandes Empresários Nacionais (aqueles que Nassif chama de Grandes Empresas Familiares).

    Estes já estão na Terceira Geração, ansiosos por vender seus Negócios e se dedicarem ao Rentismo.

    – Os Grandes Cartéis Nacionais, e não são apenas as Construtoras, vão encolher (aposto que deve ter muito Dono, na Lista do Moro, pensando que “neste País não dá para se trabalhar honestamente”.

    Gostando, ou não, Dilma terá também que se aproximar das Multinacionais.

    E, vender os Sonhos, agora em Inglês.

    Um bom exemplo de que Grandes Decisões, mesmo na Conservadora GE, é feita com base em Expectativas/Sonhos é a Unidade de Negócios de Energia da GE.

    O Sonho de Fontes alternativas como Xisto, Vento e, até o Pré-Sal fizeram a GE investir Bilhões nesta Área.

    Um simples decisão da OPEC pode comprometer tudo isso.

    O que diria a IBMEC sobre a Rentabilidade Passada, com o Petróleo a U$ 110,00 e agora a US$ 60,00?

    http://www.wsj.com/articles/how-cheap-oil-complicates-investing-1418519442

    Fora as Multis, ficam as Pequenas e Médias Empresas.

    E, aí, a Dilma tem que estimular um Sonho que já existe na cabeça dos Brasileiros, o de ser um Empreendedor.

    O BNDES terá que se restruturar, tanto para prover a Capilaridade do Crédito como para controlar a Inadimplência.

    E, é bom lembrar, as PMEs são sempre Satélites das Grandes.

    Quem sabe Dilma não surprrende sendo uma Grande Gestora de Corações?

     

     

  7. Produzir ou especular

    Há também um efeito negativo no balanço de pagamentos a ser considerado. No primeiro exemplo, entram no país US$ 100 milhões e saem US$ 139 milhões. O país precisa exportar US$ 39 milhões a mais para arranjar as divisas em dólares.

    A necessidade de fechar as contas externas, que sofreram seria deterioração nos últimos tempos, obrigará o país a adotar políticas econômicas que atraiam o capital externo, principalmente ante a ameaça da elevação da taxa de juros nos EUA. Por isso o governo terá que continuar atendendo o mercado financeiro, como o fez no passado, seja impedindo uma maior desvalorização do real, seja aumentando a taxa básica de juros.

    O aumento dos juros aumenta o custo dos investimentos e incentiva as empresas da economia real aplicar mercado financeiro. Devido a isso, talvez não seja fácil eliminar as disfunções que acometeram a economia no passado.

  8. Petrobrás

    Como você vai investir numa empresa se ela tem um componente político ideólogico nos seus estatutos? Como pode um investidor confiar numa empresa onde o conselho administrativo fica a mercê de decisões de um partido político? Como pode Graça Foster ficar no cargo depois da desatrosa entrevistade ontem?

    1. Petrobrás.

      Pois é…Aquela feiosa, horrorosa parecia competente, mas agora se mostrou uma enorme incompetente e mentirosa.Como dizer que não entendeu uma denúncia onde uma funcionária fala em “Esquartejamento de Projetos e de Licitações ilícitas”e ela vem com esta balela que não entendeu e que a pessoa não foi clara?? Maldita, foi plantada neste posto para apagar as cenas dos CRIMES cometidos por DILMA, Lula e sua Trupe cujo principal executor foi o também maldito Sérgio Gabrielli, sim, aquele que continuava se encontrando escondido nos hotéis de Brasília com outro Maldito chamado Zé Dirceu.

      Vamos pagar muito caro por isto mas esta quadrilha vai também pagar pelos milhares de mortos em filas e corredores de hospitais por falta de recursos que foram desviados criminosamente.

  9. Artigo mal feito e

    Artigo mal feito e enviesado.

    Qual o ganho do estrangeiro ao liquidar a operação e perceber que a moeda nacional derreteu em relação a sua moeda de origem?

    O país precisa de capital externo porque não poupa, tem baixíssima produtividade, elevada corrupção, péssimo sistema judiciário e tributário e ainda tem uma turma de economistas dizendo que a culpa é dos demoníacos “especuladores internacionais”.

    Quando o brasileiro acordar e reconhecer que o nosso maior problema somos nós mesmos, a coisa pode mudar.  

     

    1. “… nosso maior problema somos nós mesmos”

      Quase. Nosso maior problema é nossa IGNORÂNCIA.

      Como não conseguir diferenciar capital especulativo de investimento produtivo e achar que o capital sai depois da queda da moeda e não que a moeda cai por causa da saída de capital.

      1. Nada desse esquema ocorre sem

        Nada desse esquema ocorre sem a conivência do Estado. Ou seja, os três poderes.

        Esqueça essas multiplicidades que o BC faz para ocultar os especuladores.

        O sistema econômico é um mundo paralelo que pertence ao link dos EUA, bancos e bolsas de valores.

  10. O Nassif é uma boa

    O Nassif é uma boa alma.

    Acredita que quem vive de renda está ansioso para “investir”, “produzir”, “trabalhar”…

    Ora, qualquer tentativa de mudar qualquer coisa que pareça, mesmo que remotamente, que vá afetar os rendimentos dessa turma eles surtam e apostam pesado na desestabilização de qualquer que seja o governo que ameace seus privilégios. Só aceitam uma cartilha e ponto final.

    Falar em descontrole cambial, câmbio desregrado perto dessa turma eles vão xingar de tudo que é nome feio.

  11. se fosse fácil todo mundo

    se fosse fácil todo mundo faria.

    o mais difícil mesmo é como faze-lo.

    mas a discussão

    já leva a uma

    possível construção.

  12. Nassif,

    Um dia desses gostaria de ler uma análise sua sobre os investimentos diretos  – IDEs -, que até aqui tem conseguido evitar estragos maiores desse desequilíbrio sobre nosso balanço de pagamentos.

    O que aconteceria se num quadro de aumento da aversão ao risco eles diminuissem drásticamente? Não estamos comprometendo demasiadament a sustentabilidade do balanço de pagamentos ao admitir que esses investimentos aconteçam sem a contrapartida em exportações ou transferencias de tecnologias? As remessas de lucros logo serão superiores à entrada de novos investimentos, e aí, como fica? 

    1. Economia

      Tom,

      Conselho,

      Se que saber sobre economia, aconselho que consulte um blog sobre economia (Ricardo Gallo por exemplo).

      Querer houvir comentário de Jornalista sobre economia, acredito que não seja a melhor opção.

      Abraço,

       

      Roberto

       

  13. Considerando a equipe

    Considerando a equipe econômica que vai assumir em 1º de janeiro de 2015, e vendo que Dilma irá passar o país para o neo-tucanato, resolvi tornar público a quem interessar possa o email que enviei hoje, pois não estou comprometido com absolutamente nada que me impeça de ser voluntário de uma causa justa.

    From: [email protected]
    To: [email protected]
    Subject: RE: PPLRS
    Date: Thu, 18 Dec 2014 11:30:55 -0200
     Prezada Luciana Genro, Bom Dia! Tenho admiração e respeito pelo seu caráter. Provocado pelas suas ideias divulgadas no meu email, hoje é a primeira vez que entrei no seu site; e vejo que temos afinidades em comum: Sermos contrários a alienação internacional e bancária do país. Acho, e tenho certeza, que o movimento de esquerda depende de saber a consciência interna/externa do desenvolvimento econômico para projetá-la centralizada no poder. Entendo que um movimento político sem propostas e propostas de fundamento de valor sem o movimento de apoio para representar o lugar que está ocupado por forças especulativas, não conseguirá encaixar as mudanças em que o país tenha o mesmo poder dos expropriadores do capital externo, e processe a substituição da moeda digital dos bancos. Disponho de um novo meio sistemático e temporal que pode nos conectar aos mesmos objetivos sociais e políticos, tendo como cenário formal a estruturação da economia real – sobre a sua prática métrica nos moldes da moeda neutra e produção socializada do trabalho; mantendo o status quo da democracia individual partidária e sindical para resultado da própria sociedade. Caso haja interesse de conversarmos sobre minha parceria na sua campanha, visando a criação dos valores nacionais, acredito que será um ato de grandeza para sua ação determinada na próxima eleição.    Cordialmente  Miguel A. E. Corgosinho 

     

  14. Mi resumo sobre El Cambio

    Si el dólar sube, yo gano y pierdo

    Si el dólar cae, yo pierdo y gano

    Si el dólar queda como esta ahora, es una porquería. 

    Ay por dios, ¿qué haré?

    Ese es mi muy sencillo análisis del dolar, jajajaja

  15. Taxa Imperial

    Um país que mantém desde 1860 uma poupança garantida a 6% a.a. quer acabar com a inflação como? A inflação está institucionalizada porque ainda há pouca competição entre os agentes e essa “meta” de juros é repassada aos estoques e serviços, inflação psico-inercial. Em 2012 foi feito um remendo p/ as taxas abaixo de 8,5% a.a. a 70% da Selic + TR, menos mal, mas ainda ruim. Se o câmbio deprecia, o impacto nos preços também é grande, além de reduzir o PIB porque a renda das famílias cai com a inflação (ou com seu remédio, os juros). As exportações no Brasil representam apenas 15% do PIB, o consumo e o investimento 80%, o impacto doméstico no Brasil é muito maior. Acho super importante o Nassif trazer essa discusão p/ as ruas, mas a análise quantificada deve ser integrada, o dinheiro flui pelos ralos, tem que incluí-los na análise, exigindo modelos abrangentes com fundamentos causais, vide os DSGE vigentes no mundo há 30 anos. O que não dá p/ entender é a postergação da regulamentação integrada do SFN (art. 192 da CF), da reforma tributária para reduzir o tributo indireto que penaliza os pobres e a reforma eleitoral que não incentive os propinodutos.

  16. Câmbio / Inflação / D. Pedro II

    Um país que mantém desde 1860 uma poupança garantida a 6% a.a. quer acabar com a inflação como? A inflação está institucionalizada porque ainda há pouca competição entre os agentes e essa “meta” de juros é repassada aos estoques e serviços, inflação psico-inercial. Em 2012 foi feito um remendo p/ as taxas abaixo de 8,5% a.a. a 70% da Selic + TR, menos mal, mas ainda ruim. Se o câmbio deprecia, o impacto nos preços também é grande, além de reduzir o PIB porque a renda das famílias cai com a inflação (ou com seu remédio, os juros). As exportações no Brasil representam apenas 15% do PIB, o consumo e o investimento 80%, o impacto doméstico no Brasil é muito maior. Acho super importante o Nassif trazer essa discusão p/ as ruas, mas a análise quantificada deve ser integrada, o dinheiro flui pelos ralos, tem que incluí-los na análise, exigindo modelos abrangentes com fundamentos causais, vide os DSGE vigentes no mundo há 30 anos. O que não dá p/ entender é a postergação da regulamentação integrada do SFN (art. 192 da CF), da reforma tributária para reduzir o tributo indireto que penaliza os pobres e a reforma eleitoral que não incentive os propinodutos.

  17. É muito Fácil

    A conta feita na reportagem,me parece muito simples.
    Então eu tenho $ 100 milhões X 2,72 = R$ 272 Milhões 
    Invisto com taxa de 12,5, resgato em um ano com dolar a 2,20 e NÃO PAGO UM CENTAVO DE TAXA E IMPOSTOS.

    Conta muito simples!!!

    Eu vou comprar uns dolares no banco tenho de pagar R$ 60,00 de taxa

    Aonde ficou o imposto de renda, a taxa de administração a taxa de cambio Nessa conta. O Risco da selic cair

  18. O governo paga aluguel do

    O governo paga aluguel do país a 12% a.a. e repassa o dinheiro inventado para cobrar o aluguel a sociedade, e esta lhe paga o imposto do mesmo dinheiro; e assim o crescimento da economia vai para os banqueiros.

    Ai vem alguém é diz que o dinheiro do aluguel deve ficar parado na poupança ao inves de girar para a cobrança dos impostos senão os banqueiros aumentam o juros.

    Que contradição dos infernos os economistas fazem… Vai coxinha tomar um cafézinho com o dinheiro, vai.

  19. Inocente não

    Palavra de ordem e reciclar, mas parece que tem economista que garante que o mercado é imutável, vamos conectar se com o mundo e juntos com um fator muito importante que é credibilidade daria mais informações mais próximo a nós meros mortais, mas querer isentar 8 anos de inganação e 4 anos de incompetência e querer cobrir a incapacidade com panos vermelhos furados lembrando duas letras é inacreditável.

  20. Substituição de parte das importações

    Mantido o atual ritmo de correção da taxa de câmbio , mesmo com um aumento dos juros da Selic, haverá uma significativa recuperação da produção industrial no Brasil em 2015 e 2016, principalmente em função da substituição de parte das importações.

    Além disso, haverá também um aumento das exportações de manufaturados, que pode mais do que compensar a queda das exportações para a Argentina e Venezuela.

     

  21. só funciona com bola de cristal

    Eu concordo com um comentaŕio abaixo: como prever que o dólar iria cair 20%.?

    Então a operação só funciona se o sujeito tem uma bola de cristal…

    No mais, temos, no mínimo,15% de IR, taxa de conversão de câmbio, etc, etc, etc…

    1. Custa 0.34% para trazer R$ para os USA como U$

      Estou morando nos USA (ficarei apenas um ano em um curso) e trouxe cerca de U$10,000.00 em reais para cá em Setembro pagando apenas 0,35% de imposto e R$40,00 de taxas (gasto total, aproximadamento 0,52%). Tenho certeza que trazer mais dinheiro de uma só vez levará a taxas menores.

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