Os dilemas do desenvolvimento

Imediatamente após a Segunda Guerra, economistas das mais diversas linhas passaram a defender a necessidade de uma moeda desvalorizada para permitir o desenvolvimento brasileiro.

A lógica era simples. O desenvolvimento se daria com a consolidação da produção interna, substituindo a monocultura do café por uma base industrial. Na infância, nenhum país conseguiria desenvolver sua indústria sem mecanismos de proteção. E o mais eficaz é a moeda desvalorizada – que torna os produtos internos mais baratos que os externos.

Ora, o principal objetivo da desvalorização cambial é reduzir os custos dos insumos internos. Com pequena base tecnológica, o principal insumo interno das empresas são os salários. Ou seja, a maxidesvalorização visa preponderantemente reduzir o peso dos salários na produção através de uma mudança de preços que se reflete nos índices de inflação.

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Com competitividade, as empresas conseguem crescer, ganhar caixa e investir em produtividade. Em um segundo tempo, geram empregos melhores e de forma sustentável.

O grande desafio é como trocar promessas futuras por efeitos negativos imediatos.

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Getúlio Vargas não ousou mexer no câmbio. No máximo, criou várias classes cambiais para driblar o problema. JK legou uma inflação devido à irresponsabilidade fiscal, mas refugou correr os riscos de uma mudança cambial. Pouco tempo depois, a inflação legada derrubou o governo João Goulart.

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Por receio da inflação, FHC, Lula e Dilma praticaram políticas ortodoxas, com alguns laivos de heterodoxia. A desvalorização cambial permaneceu como peça de defesa dos desenvolvimentistas.

Mas aí surge o fato novo que cinde a escola: a eficácia das políticas sociais de Lula, incluindo milhões de pessoas, reduzindo o desemprego e permitindo uma elevação do salario real acima do crescimento da produtividade da economia.

E agora? Surge um neo-desenvolvimentismo, o chamado “desenvolvimentismo social” que considera inviável qualquer medida de política econômica que afete o mercado e os ganhos sociais.

Mas qual seria o motor de crescimento? Dilma tem apostado em desonerações de folha, financiamento a baixo custo, investimentos em infraestrutura. São medidas sem a capacidade de disseminação de uma mudança cambial. Além disso, ao fortalecer o mercado interno, desequilibra ainda mais as contas externas.

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Nos últimos meses, o receio com as contas externas e a desindustrialização levaram o governo a acordar para a questão cambial. Agora, o mercado distribui trabalhos anunciando mudanças estruturais nas contas externas, afastando o risco de crise.

Permanece o da desindustrialização, mas, em véspera de eleições presidenciais, evitar qualquer soluço da inflação torna-se prioritário.

E nem Aécio, Marina e Campos desenvolveram um discurso que resolva esse dilema.

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Nesse quadro, para os próximos dois anos pode-se esperar a economia andando de lado, com pouco crescimento, pouca inflação e, gradativamente, havendo um arrefecimento no mercado de trabalho e na renda.

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Idas e vindas de sucessivos governos pós-democratização ao menos ajudam a decifrar o enigma histórico: porque, com tantas condições favoráveis, embora esteja se tornando uma economia menos injusta, o Brasil jamais conseguiu se tornar uma economia dinâmica.

Luis Nassif

39 Comentários

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    1. Não muda nada, o governo tem

      Não muda nada, o governo tem o controle absoluto e usará poupança estrangeira para captar mais recursos para o BB, que quer se expandir pelo mundo.

  1. Desenvolvimento

    “Ora, o principal objetivo da desvalorização cambial é reduzir os custos dos insumos internos. Com pequena base tecnológica, o principal insumo interno das empresas são os salários”.

    Tenho a impressão, Nassif, que mantendo-se o emprego nos níveis atuais, destravar o país para maior competitividade seria importante deixar o real menos apreciado e reformular, através de reformas, bem discutidas e pontuais, as cargas de encargos trabalhistas e tributários.

    Nem acho que seja necessário crescimento mais vigoroso do que o de 2013 e do próximo ano. bastaria o controle da inflação no nível atual, o mesmo para a produtividade do trabalho, e continuar reforçando os programas sociais.

    Preste atenção no Plano Brasil Agroecológico para 2013/15, lançado na semana passada por Dilma, e que faço referência. É importante e terá forte impacto num segmento da agropecuária ainda carente. 

  2. “Brasil jamais conseguiu se tornar uma economia dinâmica.”

    “Brasil jamais conseguiu se tornar uma economia dinâmica.”

    Qual o referencial da economia brasileira desde as invasões portuguesas?

    A riqueza natural de suas terras? E o agronegócio?

    De onde saíram as empresas referenciais brasileiras como a Vale, Petrobras, Embraer?

    E a empresa de ponta, a Embrapa, atua em pesquisas de que setor?

    As fortes empreiteiras brasileiras, suas principais obras, são bancadas por que setor?

    Países com economias dinâmicas, fora os Brics, conseguiram a robustez de suas economias com desequilíbrio sócio-econômico que encontramos por aqui?

    As respostas dos questionamentos acima podem responder à indagação de Nassif.

    1. Re: “Brasil jamais conseguiu se tornar uma economia dinâmica.”

      Acho q o Assis tocou no ponto central: Justamente o desequilíbrio social que impediu a dinamização da economia e as repetidas “idas-e-vindas”. Uma economia muito “dinâmica” fica caótica se a razão dos fluxos não estiver constante (equilibrada, ou melhor, estacionária, para usar o termo da matemática das eq. diferenciais!). Desenvolvimento econômico e social estão acoplados, vide que não existe qquer economia “dinâmica” numa sociedade muito injusta.

      Será que o governo Lula desatou este nó? Difícil dizer agora, talvez ainda estejamos num desequilíbrio social demasiado. Talvez demorem muitos anos para que os efeitos de educação, formação e até civilização afetem a nova classe média. Mas, certamente, sem um maior equílibrio social, não há possibilidade de economia “dinâmica” e estável…

  3. A janela de oportunidades

    A escolha do governo é clara, a opção de Libra é evidente, o desenvolvimento do Brasil passa necessariamente, e, não poderia ser de outro modo pelo setor petrolífero, com forte desenvolvimento da indústria naval, dos portos, de refinarias, fábricas de fertilizantes, gasodutos, etc.

    De outro lado, o continuo incremento do agronegócio e da agricultura familiar.

    E, dentro dos novos campos,  não deve ser esquecido que, neste momento, estão abertas as famosas  janelas de oportunidade, decorrentes da realização da Copa do Mundo no  Brasil.

    Serenados os ânimos e perto da realização do evento, os efeitos na economia deste novo campo de desenvolvimento, com seu potencial turístico deverá, ao contrário de certas análises,  gerar milhões de empregos.

    Este é o novo passo, a Copa do Mundo e as Olimpíadas, agora sem o ranço ideológico que permeou os protestos de junho, e foi dirigido, de forma eleitoreira e destrutiva contra estes dois eventos excepcionais para a economia de qualquer país.

    No contexto mundial, todos, sem exceção,  todos países gostariam imensamente de terem em seu horizonte a realização de apenas um destes eventos esportivos e de entretenimento, imagina poder contar com dois.

    Mas,  em nosso país, a imprensa e parte da oposição boicotam tais realizações.

    Eu diria que isso é impossível, mas infelizmente a realidade é mais forte, e constato que no Brasil, é possível.

    E, o pior, conseguem convencer uma classe média em parte elitista e preconceituosa, que em nome de um pseudo combate a corrupção,  coloca-se contra estas realizações, as quais, além de seu caráter esportivo e, portanto saudável, carregam consigo uma expressão econômica excepcional, capaz de produzir pleno emprego, de tornar possível que se alcance este plus,  que o país precisa para se consolidar no cenário econômico mundial. 

  4. Eu não entendo o PIB da Dilma

    Eu não entendo o PIB da Dilma ser deste tamanhinho, igual ao dos anos FHC. Mas na década destruída, o desemprego era muito alto e mantinha a inflação mais ou menos domesticada, embora FHC tenha sempre estourado o teto das metas que ele mesmo impunha. O PIB de FHC era ridículo, mas ninguém comentava nos jornais, revistas, programas de TV. Ninguém sabia o que era SELIC e se os 45% por 3 meses estavam corretos. Mas agora, com o emprego em alta, o PIB não deveria acompanhar? O IBGE está investigando sua própria metodologia, para descobrir esse divórcio entre o crescimento dos negócios que a gente vê nas ruas e um PIB que não decola? Precisamos de explicações técnicas para saber o que ocorre. Se não explicar, os economistas do PSDB na Folha, Estadão, Veja e GloboNews têm ótimas explicações para destruir o governo Dilma Rousseff.

    1. PIB e Emprego

      Talvez não seja tão complicado assim, Tadeu. Se vc distribui renda (aumentando a média pelo maior emprego), vc pode ter mais empregos, aumentar a renda média salarial, etc., mesmo que cresça pouco (ou nada!).

      Lembremos que uma boa parte do PIB não é registrada como salário…

      Uma boa razão para o PIB não crescer é o corpo mole dos empresários, banqueiros e outros investidores porque esta atual “convecção” de renda não interessa a eles. Querem mesmo é o histórico modelo concentrador do compadrio privilegiado. Daí não investem para “crescer o PIB de verdade.

      Trabalhar pra dividir renda? Jamais! …

      Neste cenário atual, enquanto os amigos neolibs não voltam (tóctóctóc), melhor para eles ganhar um pouco menos (e distribuir menos). Mas sem muito risco ou trabalho.

      Já os economistas de oposição vão sempre falar qq. coisa contra, quer seja verdade, quer não.

      O que importa pra eles não é a razão.

      É o barulho e seus efeitos,

       

  5. http://brasileconomico.ig.com

    http://brasileconomico.ig.com.br/noticias/justica-do-trabalho-afasta-investimentos_136793.html

    Um dos dilems do desenvolvimento segundo os empresarios que não investem ou novos empreendedores que poderiam se tornar empresarios da produção é o processo legisfferante da Justiça do trabalho que a cada semana cria novas expansões dos direitos através de jurisprudencia, sumulas e interpretações que só por exceçõ equilibram a favor da empresa uma cvatarata de novos custos.

    A legislação trabalhista brasileira agora com uma nova tropa de choque tambem em imensa expansão, o Ministerio Publico do Trabalho, agregado a fiscais do Ministerio do Trabalho, cada vez mais personagens improdutivos a cercar os produtivos, criando custos e mais custos que tornam a produção brasileira a mais cara do mundo.

    O processo de expansão dos direitos tabalhistas é historico no Brasil MAS sempre contou com forças contentoras para equilibrar a balança. Hoje essas forças não mais aparecem por razões varias. Se a expansão desses direitos não for temperada pelo bom senso, pode-se tornar inviavel produzir qualquer coisa no Brasil.

    A entrevista acima, ontem, do Presidente da Confederação Nacional da Industria, Robson Andrade ,no jornal Brasil Economico, coloca bem a questão. A Justiça do Trabalho está barrando o investimento industrial, torna-se um faor

    de paralisia do crescimento brasileiro. As aberrações da Justiça do Trabalho criaram as tercerizações, onde aqueles que ela pretende proteger ficam mais precarizados do que se fossem empregados diretos das empresas.

    Está havendo uma furia de autuações de fiscais e procuradores mesmo em pequenas empresas que está fazendo alguns desistirem. Uma pequena fazenda de leite no sul de Minas foi na semana passada autuada e multada em doze infrações, todas coisas minimas e discutiveis, com multas pesadas, um ramo de escassa ou nenhuma rentabilidade, uma fazendinha antiga e tradicional com boas instalações, meu amigo vai pagar as multas e vender seu rebalho e a propriedade, não quer mais aborrecimentos, muita gente esta desistindo de ser empresario.

    A percepção desses excessos, clara na entrevista de Robson Andrade, deve ser colocada na conta do mediocre crescimento do Brasil. Todas as iniciativas, TODAS, no Congresso, nos Tribunais, no Executivo, são para criar MAIS direitos, o que inves de estimular o emprego faz o contrario, desistimula  emprego e investimento, mas há um setor onde novos empregos se criam todas as semanas, a Justiça do Trabalho e o gigantesco setor de advocacia trabalhista, o de maior crescimento no Brasil, cada vez mais gente vivendo as custas de cada vez menos produtores.

    1. Tiro no pé

      A justiça do trabalho é o epitome do contra-senso, basta imaginar-mos que se ela não existisse, não existiriam reclamações trabalhistas, o que com certeza não daria emprego a juízes e servidores dela, nem a advogados que nela atuam, ou seja liberariam recursos e mão de obra para atividades produtivas, fora que o custo de produtos e serviços seriam menores ( não se esqueçam nunca, quem paga tudo é o consumidor final, senão a empresa fali) gerando mais serviços e bens para o povo a menores custos, ou seja, menor inflação.

      As leis trabalhistas existem para dar azo às reclamações.

      Os trabalhadores não ficaram nem mais ricos, nem mais protegidos com a justiça do trabalho, muito melhor são as negociações coletivas, baseadas nos avanços dos direitos sociais e nos ganhos tecnológicos que aumentam a produtividade dos operários.

      Hoje, a justiça do trabalho é um custo que não beneficia nem o povo, nem o Estado e nem o trabalhador, só faz a fortuna dos que a intermedeiam.

      Precisa ser reformada imediatamente, com sua extinção e a devolução ao direito civil dos conflitos entre as partes contratantes.

      Mas para isto é necessário que os custos dela sejam esclarecidos e o debate se instale.

  6. A advertência de Delfim Neto

    A tempestade perfeita

    Por Delfim Neto

    VALOR ECONÔMICO – 29/10

    Se insistirmos em não dar atenção às ameaças das agências de rating e à insistência de organismos internacionais sobre o nosso endividamento, podemos correr alguns riscos no primeiro semestre de 2014

     

    Numa preliminar do que vai acontecer com o Orçamento “impositivo”, maioria robusta na Câmara dos Deputados aprovou, sem reflexão aprofundada sobre o interesse nacional, uma proposta mais do que problemática.

    Ela reduz a eficiência do “cinto de castidade” que previne a permanente tentativa de “violação fiscal”, por parte de conhecidos “caçadores de renda”. Trata-se do que poderá vir a ser uma clara deterioração da Lei de Responsabilidade Fiscal, que até agora foi o único “garante” do relativo equilíbrio fiscal que estamos vivendo.

    Com um comparecimento de 375 deputados (73% do total de 513), a proposição foi aprovada por 264 votos a favor e 111 contra. Mesmo que todos os que faltaram (118) fossem contra, ainda assim teria sido aprovada por 51% dos votos! Há, portanto, muita pouca esperança sobre a mudança dessa situação no Senado.

    É possível imaginar que em nosso “presidencialismo de coalizão”, o poder incumbente federal – sem suporte num dispositivo legal que o constranja – poderá enfrentar a fome insaciável e o extraordinário poder dos entes federados por mais endividamento, revelados na trágica decisão da Câmara dos Deputados?

    Será que já esquecemos que só depois da consagração da Lei de Responsabilidade Fiscal e da demonstração aos entes federados de que ela “tinha pegado” (e seus violadores arcando com as consequências como foi o caso, não único, da Prefeitura de São Paulo), é que se impôs alguma ordem à política fiscal da União, Estados e municípios? Governadores e prefeitos têm estímulos para gastar e endividar-se, porque isso representa a possibilidade de ascensão política. Não têm nenhuma responsabilidade sobre os problemas dos desequilíbrios inflacionário e fiscal, que cabem à União.

    Infelizmente, o Poder Legislativo, sem visível oposição do Executivo, tenta saber se há gasolina no tanque iluminando-o com um fósforo aceso. Violações da ordem fiscal vão se acumulando, sem consequências aparentes no curto prazo. Mas a história e a análise teórica ensinam que, em algum momento, provavelmente em tempo superior ao mandato do poder incumbente, elas geram uma “emergência” que explode num desequilíbrio fiscal, inflacionário e cambial simultâneo, que reduz a pó a economia nacional. Todo brasileiro com mais de 20 anos já assistiu em branco e preto a tragédias como essa.

    Felizmente, por outro lado, o Poder Executivo está mudando a sua postura quanto ao equilíbrio fiscal: renegou os exercícios de alquimia; começa a engajar-se mais fortemente na reforma do ICMS; compreendeu que dívida publica não é recurso novo; reviu a política de campeões nacionais; começa a preocupar-se com o avanço da dívida pública; tenta controlar a expansão dos bancos federais e redirecionar o BNDES para o seu papel de ajudar a financiar projetos de infraestrutura; tenta atrair o sistema bancário privado para “projects financing”; está ouvindo mais atentamente os potenciais competidores nas concessões de energia, rodovias e ferrovias etc.

    A última boa notícia foi que a presidente apontou, em Belo Horizonte, o nefasto esquecimento do excesso de regulação federal, estadual e municipal, que torna o Brasil um dos países menos eficientes do mundo. Quem ainda tiver dúvidas, consulte o “Doing Business” de 2013-14, do Banco Mundial.

    Talvez só isso não baste para corrigir o aparente mau humor dos investidores internos e externos, que não se confirma no seu comportamento prático. É só olhar o bom resultado da última emissão externa da dívida do Tesouro, que recomprou títulos com cupons muito mais altos e vencimentos em 2017 e 2030, com spread um pouco maior (180 pontos sobre o Treasuries americanos equivalentes) mas que melhorou a “curva de juros” do país. Ou mesmo o resultado do leilão de Libra, que talvez pudesse ter sido melhor com um “desenho” diferente, o que, aliás, não tem a ver com o regime de partilha. Quando há competição (o que não houve), ele pode, eventualmente, ser mais favorável do que o de concessão.

    Teremos um 2013 pouco brilhante, mas nada trágico. Há desconforto, certamente: alguns preços estão controlados e há uma desconfiança com relação ao nosso endividamento. Esse já é relativamente elevado para uma economia como a brasileira, e com a proposta aprovada poderá voltar a crescer.

    Devemos levar mais a sério as ameaças das agências de rating e a insistência de organismos internacionais sobre esse fato, ainda que a nossa dívida seja basicamente em nossa própria moeda, o que afasta a insolvência.

    Se insistirmos em não dar atenção a esses sinais, podemos correr alguns riscos no primeiro semestre de 2014. Ele pode reservar-nos surpresa desagradável e nos punir com uma “tempestade perfeita”, gerada por uma conspiração de eventos simultâneos: 1) a redução do nosso rating; e 2) o início do fim dos estímulos monetários nos EUA.

    Se isso ocorrer, teremos uma rápida elevação da taxa de juros no mundo, uma mudança dos fluxos de capitais, um ajuste instantâneo e profundo da nossa taxa de câmbio, uma redução do crédito bancário, uma queda dramática da renda real dos trabalhadores e a volta – em legítima defesa – de taxas de juros reais aos absurdos níveis com que vivemos durante tantos anos, acompanhados por um aumento do desemprego. Isso sim — e não fantasia política – poderá comprometer a confortável posição atual da presidente Dilma Rousseff no processo eleitoral.

    1. Acorda, Dilma!

      Você não vai inventar a roda!

      Se a China, que emite o Yuan, abriu zonas de produção especiais, aqui mais ainda elas são necessárias para dar um start em nossas empresas inovadoras e com vocação tecnológicas.

      É para ontem estas zonas especiais de produção e inovação, um lugar onde não se nasce e não se morre, igual a Delos que o Requião visitou, um lugar onde se negocia, empreende, cria, inventa, industrializa, lucra, etc…

      Um lugar sem impostos e sem leis, a não ser as básicas, quem não concordar não vá para lá atrapalhar. Capitalismo selvagem, onde o espírito animal do empreendedor brasileiro poderá dar asas a sua imaginação e o lucro não seja pecado.

      Solução radical, pois é a única que funciona, nos põe de pé por mais alguns anos, até que possamos elevar a população a padrões dignos de vida, com esgoto e água tratada para todos e instrução eficiente para o mundo mais sofisticado de hoje.

      Sem isto, na minha humilde opinião, o projeto do governo morre na praia.

  7. E a reforma tributária?

    Quando se fala em desenvolvimento, impossível olvidar da reforma tributária.

    Claro, desenvolver um sistema tributário menos injusto, mais aproximado do modelo do “Welfare”, seria como a queda da Bastilha tupiniquim, muito difícil. Mas é uma discussão sempre necessária.

    O governo, atento a esta realidade, já cuidou de promover desonerações aqui, isenções acolá. O problema é que o sistema todo tem de ser mudado, pois o contraponto ao alívio fiscal sobre a produção e o consumo deveria ser uma maior taxação da renda dos mais abastados.

    A perda de competitividade da indústria nacional é latente, por alguns motivos (que listarei de forma bem resumida):

    1) O Estado brasileiro perde receita imensa ao manter:

    (i) o teto das alíquotas do Imposto de Renda em patamar baixo (27,5%) se comparados com países desenvolvidos, com alíquotas batendo em 45%, 55%;

    (ii) o imposto sobre transmissão causa mortis (ou sobre heranças) igualmente em alíquotas baixas, que podem variar de 4% a 8%, a depender do Estado. Só compararmos com os States (onde podem chegar a metade do patrimônio) para verificarmos a injustiça desta sistemática.

    (iii) ausência de regulamentação do imposto sobre grandes fortunas.

    2) Para compensar a perda de receita com os impostos diretos (patrimônio e renda), o Estado aumenta demasiadamente os indiretos (que incidem sobre consumo e produção), que resulta em

    (i) carga fiscal mais pesada (sobre a produção e o consumo) do que suportam empresários de outros países; 

    (ii) Distorções de mercado ferozes, como a que se discutiu em (https://jornalggn.com.br/blog/rafael-cruz/como-a-desigualdade-social-explica-o-videogame-de-r-4-mil).

    Como a tributação regressiva retira poder de compra dos mais pobres (que sofrem muito mais com impostos sobre o consumo e a produção), e “turbina” o dos mais ricos (que deixam de pagar vultosas quantias de IR e ITCMD), os preços consequentemente sobem a patamares proibitivos, a exemplo do que vimos no caso do Playstation 4, uma vez que temos uma maioria esmagadora que não tem renda para comprar o console a R$ 2 mil (preço considerado “justo”, com Custo Brasil e tudo) e uma minoria que pode pagar R$ 5 mil, R$ 10 mil reais.

    (iii) sistema tributário muito complexo.

    Com uma arrecadação focada mais nos Impostos diretos (IR, ITCMD, IGF, IPTU, etcétera), com especial atenção aos ricos e super-ricos, seria muito mais fácil de combater a sonegação fiscal, bem como daria menor margem para abater-se bilhões e mais bilhões de reais legalmente, via planejamento tributário.

    Não digo que é a origem de todos os males do universo, mas nosso Código Tributário Nacional, uma herança da ditadura, visou justamente o “crescimento do bolo” concentrando renda, o que restou largamente preservado pela Constituição de 88. 

    1. Impostonismo brasileiro

      Somos a nação dos impostos, isso é fato consumado. Agora tributar ainda mais o brasileiro, desta vez sobre seu patrimonio ou herança é simplismente populismo. Somos um pais onde nenhum serviço publico funciona, e apesar da crise financeira a arrecadação de impostos do governo bate recorde todo mês. Acredito que quanto menos dinheiro na mão do governo, menos seremos roubados.

      Afinal, pra que temos IPI, II, PIS, COFINS, ICMS, IPTU, IPVA, DARF, GPS, ITR, ISS, IRPJ, IRRF, CSLL, ITCMD, e mais três duzias de impostos se de nada adianta. O problema do Brasil não é arrecadação, não é falta de dinheiro para investir, e sim falta de competecia para gerenciar, governar e educar o povo.

      Nosso problema econômico se resolve com educação para o povo, e não com a tributação do dinheiro dos mais favorecidos. Alem do mais, quem tem muito dinheiro no Brasil deixa o dinheiro na pessoa juridica, assim como seus bens. Leia sobre Holding Familiar e o direito sucessório, esse é um tema novo que quase ninguem conhece.

       

  8. “Imediatamente após a Segunda

    “Imediatamente após a Segunda Guerra, economistas das mais diversas linhas passaram a defender a necessidade de uma moeda desvalorizada para permitir o desenvolvimento brasileiro.”

    Exemplo de moeda desvalorizada: exterioriza a produção interna para a moeda valorizada, a qual exige uma cultura especial das diferenças das distinçoes da nacão, e, então, é capaz de pôr toda riqueza em estado de concentração externa. 

    O reino dessa potência da produção não é a valência da matemática econômica do desenvolvimento, é uma devassidão de invenções fantásticas e falsas.

    Nesse aspecto, temos o Brasil com uma exata ideia do seu valor nos títulos publicos, porque internamente falta-lhe o conteúdo real para a representação da moeda valorizada, por si e para si, como objeto de conhecimentos científicos.

    Mas ao entrar nesse domínio, o mercado atribui a nós todos os sentimentos patéticos e um meio de elevar a reflexão dos povos a considerações frias ou em vazia verbosidade.

     

      1. Vc é desses q sabem o

        Vc é desses q sabem o português simples da estultícia econômica, mas qdo chega a sua vez de entender sobre a origem do dinheiro ao invés de justificá-la no conhecimento real vai determná-la pelo mercado financeiro.

        O q vc sabe sobre a exata ideia de valor, diga ai sua medida?

          1. fashion week do maneirismo

            Precisar, não precisa, caro Chico.

            Mas usando a linguagem do economês greco/aramaico passa aquela sensação de que o comentarista manja muito do assunto. É fera.

            Por essas e outras que quando o assunto aqui é economia, leio o post principal (mesmo assim somente quando é do Nassif) e pulo o desfile da passarela. 

          2. Quanto mais progrede a

            Quanto mais progride a civilização dos gregos mais aumenta os deuses primitivos.

          3. Pois é Artaud,
            Falam por aí

            Pois é Artaud,

            Falam por aí que economia em grego pode ser a “administração da casa”. 

            Que maldita casa é essa eu não sei…

            Mas pelo visto gostam dessa idéia do enigma. 

             

            Por sorte há quem diga que educação é importante, assim como cuidar da saúde, zelar pela segurança. 

            Quem sabe lá na frente vamos perceber que a cultura também faz parte de uma casa bem administrada. 

            Os esportes, o turismo, o transporte público, terras menos concentradas. 

            Talvez – num sonho distante – até a boa política comece (ou volte) a fazer parte dela. 

             

            Se já não for tarde demais tentando decifrar o enigma. 

          4. Vocês comentam a reunião

            Vocês comentam a reunião acidental de qualidades que se manifestam ao acaso, ignorndo umas as ações das outras, e esquecem o lado do governo que paga a representação da moeda, quase duas vezes e meia, para apresentar a fusão de todos os aspectos se contrairem e assim revelar-se um valor de reserva.

            Caráter geral de potências da moeda, como a Medida de Valor, para tornar-se totalidade ideal de um só sujeito das atividades de toda riqueza; em unidade concreta estável: 1=1.

            Simples assim.

          5. Ora, antes de mais é preciso

            Ora, antes de mais é preciso ter em mente que aquilo que em termos categoriais está em causa na transição do feudalismo para o capitalismo é o processo histórico de “transformação do dinheiro em capital” (Marx). É sabido que o dinheiro existia antes do capitalismo, mas de modo algum a sua função social pode ser considerada idêntica à que desempenha no capitalismo. Nas sociedades pré-modernas o dinheiro possui uma função religiosa ou de intermediação de relações de reciprocidade e obrigação pessoal (dádivas, contra-dádivas, oferendas, sacrifícios, etc.), também elas vincadamente religiosas, que de modo nenhum pode ser equiparada à lógica autonomizada de “riqueza abstracta” (Marx) e “encarnação de trabalho abstracto” (Marx) que é específica do capitalismo. Diversos historiadores e antropólogos, como Karl Polanyi (2001), Jacques Le Goff (2003) e Marcel Mauss (2001), forneceram pistas no sentido dessa diferenciação, mas sem que estas tenham sido estudadas de forma sistemática, como Robert Kurz (no prelo) procura fazer na sua obra recente “Dinheiro sem valor”. Por isso, também de modo algum se pode dizer que as sociedades pré-modernas possuíam uma “economia”; chamada de atenção que aliás há muito foi feita por Moses Finley (1980), no que respeita a antiguidade greco-romana, e por Polanyi de um modo mais abrangente com a sua tese da “desincrustação” da economia capitalista. A economia, como esfera autonomizada e desvinculada das relações sociais e caracterizada por um mercado impessoal e anónimo, é algo específico da sociedade capitalista. E o que aí está em causa é o dinheiro como pressuposto e finalidade da produção, como “deus das mercadorias” (Marx), valor que se valoriza a si mesmo, ou seja, capital.

          6. Livro do Kurz

             

            Caro Raymundo, como adoro o Robert Kurz gostaria de saber se vc tem idéia de quando sai o livro. Realmente ele é um agrande pensador marxista! Caso souber notícias do livro peço informar-me  aqui no blog.

          7. “Ora, antes de mais é preciso

            “Ora, antes de mais é preciso ter em mente que aquilo que em termos categoriais está em causa na transição do feudalismo para o capitalismo é o processo histórico de “transformação do dinheiro em capital” (Marx).”

            Negativo. Antes de mais “transformação do dinheiro em capital”, é preciso ter em mente a criação do valor (classes de valor) para a transformação em dinheiro; e criado o dinheiro de classes de valor se faz a transformação de conteúdo do capital (capitar valor).

            As personagens principais, que fundam o valor, em termos de categorias que deveriam estar em causa para transição do capitalismo (que são possiveis desvendar e apreender), para um processo histórico de Estado da sociedade, são os bancos e empresas vinculadas que arrastam e dominam o caráter real para o erro da mentalidade especulativa de classes em geral, e, por outro lado, em causas completamente alheias estão as classes das categorias consigo mesmas, sem determinação do valor de todos os aspectos do substrato da realidade (dinheiro).

  9. Desvalorizar é fácil, manter a desvalorização é que são elas.

     

    Luis Nassif,

    Penso que a essência desse dilema é que é muito difícil abraçar o mundo. Não dá para fazer tudo. No livro “A Lanterna na Popa”, Roberto Campos passa um bom bocado defendendo a desvalorização cambial. Então os amigos dele fazem um golpe e ele fica bem próximo do poder no cargo de Secretário do Planejamento do governo militar de Castelo Branco. Ai tudo que ele consegue é fazer uma desvalorização de 10% para entrar em vigor no governo militar de Costa e Silva.

    O seu texto em defesa da desvalorização é um avanço e tanto no que você dizia antes, mas ainda fica alguns cacoetes.

    Você é ainda incapaz de dizer algo como “o principal objetivo da desvalorização cambial é garantir competitividade externa”. Desta vez você quase chegou lá. Colocou no terceiro parágrafo o objetivo indireto da desvalorização: reduzir custos dos insumos internos. E no caso foi ainda mais longe ao dizer que “o principal insumo interno das empresas são os salários”. É preciso que fique bem claro: a desvalorização é dolorida. Ela de imediato beneficia o grande capital. Só que no longo prazo ela é benéfica para a classe trabalhadora, pois a desvalorização é fator de geração de emprego.

    E só no quarto parágrafo é que você foi falar de competitividade. É claro que para quem ler encadeado vai concluir que você ligou a desvalorização à competitividade. Antes tarde.

    Também considero que não foi bem informativa a sua frase “Nos últimos meses, o receio com as contas externas e a desindustrialização levaram o governo a acordar para a questão cambial”.

    A preocupação do governo Dilma Rousseff com o câmbio vem desde o início. Só que a forma como ela ganhou a eleição em 2010 (O esforço maciço do governo para garantir altas taxas de crescimento antes da eleição de 2010 deixou a economia no limite) a impedia de fazer a mudança de imediato, principalmente porque existia uma bolha na construção civil que precisava ser amenizada.

    Em 2012, o governo tentou fazer a desvalorização, mas a seca americana afetou os preços de commodities e obrigou o governo retroceder.

    É preciso, entretanto, ver como vai ser o PIB do terceiro trimestre. Se se mantiver a tendência ao crescimento, a sequência vai ser maior nível de investimento, pois há vários trimestres que o país vem crescendo em taxas pequenas mas com tendência a elevação. Com seis trimestres com esta tendência los empresários são estimulados a investir. Maior investimento não só favorece o crescimento como de certo modo cria perspectiva de aumento de produção e portanto menor pressão inflacionária. Se o Banco Central conseguir levar o juro a 11% ao ano, em 2014, o Brasil pode sofrer uma desvalorização levando o dólar para 2,5, sem que a economia sofra muita alteração.

    E não sei se você foi preciso no encerramento do seu post. As idas e vindas dos governos pós-democrático explicam muito o Brasil jamais conseguir se tornar uma economia dinâmica, mas faltou uma referência mais firme a dois momentos que tiveram efeito muito grande nessa situação. O primeiro foi o Plano Cruzado. Sem o Plano Cruzado, e com um pouco mais de rigor com o processo inflacionário, a economia brasileira com saldo mensal de 1 bilhão de dólares poderia estar hoje em uma situação parecida com a da Coreia do Sul. Em compensação se não tivéssemos tido o Plano Cruzado nós não teríamos tido talvez uma das constituição mais moderna do mundo.

    Se não fosse pela Constituição de 88, eu desejaria para Pérsio Arida e André Lara Resende todos os fogos do inferno.

    E há também a culpa do Plano Real. A valorização do real ocorrida para a implantação do Plano Real em 1994 e durante o primeiro governo de Fernando Henrique Cardoso, e a série de mecanismos que deixaram o Brasil como que preso ao cenário internacional: câmbio flutuante, livre circulação de moeda, liberação do comércio (A desoneração da Lei Kandir em 1996 e que foi depois levada para a Constituição pelo governo de Lula é uma prova disso) e Regime de Metas de Inflação repercutem na nossa atual situação. Essa repercussão foi aumentada com a figura da reeleição e a redução do mandato presidencial de 4 para 5 anos. O Plano Real também só não merece o fogo do inferno porque ele foi o que permitiu que a disputa presidencial fosse realizada entre candidatos de esquerda.

    Clever Mendes de Oliveira

    BH, 29/10/2013

  10. Dilma está no rumo certo

    A desvalorização cambial já está aí.

     

    Dilma recebeu no início de seu mandato a seguinte situação (que foi evoluindo positivamente):

     

    -Janeiro de 2011, câmbio na casa de R$ 1,65 por dólar;

    -Janeiro de 2012, câmbio na casa de R$ 1,86 por dólar;

    -Janeiro de 2013, câmbio na casa de R$ 2,04 por dólar;

     

    E hoje a cotação está na casa de R$ 2,20 por dólar.

     

    Ou seja, Dilma vem promovendo uma gradual desvalorização do real, o que tem gerado pressões inflacionárias (que permacecerão no curto prazo), mas que tem proporcionado um desafogo para a indústria nacional, frente a concorrência estrangeira.

     

    É o suficiente? Não, definitivamente não. Mas o rumo empreendido por Dilma é corretíssimo. Manteve todas as políticas sociais de Lula e está intervindo em vários setores econômicos para privilegiar o investimento produtivo.

     

    Quanto às reformas de que o Brasil precisa há muito tempo, como a reforma tributária, não sai porque o Congresso Nacional bloqueia toda e qualquer reforma tributária que chegue lá. Isto é uma questão eminentemente política (e vale para todas as outras reformas…), não é uma questão econômica.

    1. Senhores, precisamos de um

      Senhores, precisamos de um discurso eficiente.. o cambio com a presidenta dilma continua rigorosamente o mesmo (se considerarmos a inflação, ele corresponde a aproximadamente 1,70 em janeiro de 2011). O amigo diogo é excelente comentarista, mas claramente não sabe o que é cambio real… não podemos dar asas ao PIG, este blog é observado pelo PIG, incluso os comentaristas… não vamos dar mole nos comentários..

       

      valeu! ;L

      1. Como que o câmbio atual

        Como que o câmbio atual equivale a R$1,70 em janeiro de 2011? Mostra a matemágica nessas contas. Que taxa maluca de inflação você usou?

  11. Análise “otimista”

    Uma versão

    1 Farsa da descoberta ( na verdade invasão),e, como sabemos,  transferência de riquezas aos “mercantilistas invasores”.

    2 Feudalismo? Não, escravidão

    3 Escravidão? Desde sempre e até hoje

    4 Republica? Golpe de Estado para escravos e analfabetos

    4.1 Escravidão? sim, agora travestida de “subordinação”.

    5 Emprego à moda taylorista?sim,  para imigrantes e seus “tempos modernos”.

    6 Produto? Café com leite e com açucar.

    8 Eleições? Fraude ou cabestro

    9 Democracia?  Mais golpe

    10 CLT ou carta del lavoro? É claro, para alguns trata-se de cópia desta. É bem melhor pensar assim, não é mesmo?

    11 Ameaça comunista, reforma agrária, povo?  Não, marcha da “família”.

    12 Presidencialismo? Não,  parlamentarismo

     13.1 Parlamentarismo? Não, presidencialismo

    13 Mensalão? Sim, porém à moda Gordon/ Kennedy  por ali, em torno de 1964

    14 Constituição? Não, AR-15 e  AI-5 

    15 Milagre? Não, fermento no bolo

    16 Keynes está vivo? Não, Keynes morreu. Afinal, no longo prazo todos estaremos mortos.

    17 Mais golpe? Sim, com ajuda de um certo poço sem  fundo mas com FUNDO.

    18 Década de prosperidade? Não, perdida.

    19 Diretas já? Não, indiretas já

    20 Eleição de representantes constituintes? Não, constituintes sem voto.

    21 CR/88?  Não,  CF/88

    22 Lula? Não, Confisco 

    23 Dobrão? Reis? Não, “real” , ou melhor,  irreal ( urv)

    24 Dilma? Não, Thatcher

    25 Ronaldo Fenômeno? Não, Ronald Reagen

    26 Crise cambial? Não, “dealers”

    27 Sofismas econômicos de novo? Não,  Credores

    27 Golpe de novo? Não, Lula!

    28 República  velha? Não, república nova! 

    29 Bolo de novo? Não, fatias.

    Resta saber até onde chegará o papo furado da “globalização”, da instabilidade econômica, bem como das baboseiras de análises ENVIESADAS econômicas. Melhor assumir logo a teoria do MEDALHÃO.

     

     

     

     

  12. desenvolvendo…

    Dilemas do desenvolvimento = investimento em educação.

    Se naquela época tivessem investido em educação, hoje o Brasil seria melhor que a China.

    Como os sabichões da época colocaram a carroça na frente dos burros, o Brasil é o que é. 

    Quem detém a ciência, sempre renasce das cinzas. 

  13. Só falta combinar com a mídia e os lobbies para o aumento dos ju

    A quantidade de sacoleiros que viaja para a Florida é uma indicaçao que algo está muito errado com o câmbio.

    Seria muito boa uma desvalorização mas o preço político seria muito alto para ser pago às vésperas de uma eleição.

    Não precisa ser um gênio para perceber que a “grande” mídia marca em cima os índices de inflação. Existe uma simbiose dessa mídia com os lobbies para aumento das taxas de juros. A inflação é usada como desculpa para aumentar os juros. Quanto mais altos os juros melhor para essa mídia e pior para a maioria da população brasileira.

    Por outro lado, não foram desmontadas todas as componentes inerciais da inflação, o que faz com que aumentos de preço de tomate e farinha de mandioca provoquem aumento de tarifas de serviços públicos (sob concessão ou não), as anuidades escolares, os preços das passagens de ônibus, metrô e trens, os impostos patrimoniais (IPTU, IPVA, etc.), os planos de saúde, a tabela de contribuição à previdência oficial, e por aí vai.

     

     

  14. século XX – meados…

    Fico imaginando… Creio que a maioria dos leitores do Nassif (e o próprio) vive um mundo mui particular. Completamente desconectado do que se pesquisa e estuda em economia mundo afora há pelo menos 40 anos (no Brasil, estamos mui atrasados. Os currículos são desconectados igualmente, salvo PUC e FGV).

     

     

  15. Conclusão errada

    “Idas e vindas de sucessivos governos pós-democratização ao menos ajudam a decifrar o enigma histórico: porque, com tantas condições favoráveis, embora esteja se tornando uma economia menos injusta, o Brasil jamais conseguiu se tornar uma economia dinâmica.”

     

    Como assim “o Brasil jamais conseguiu se tornar uma economia dinâmica”?

    Na verdade, o Brasil passou quase todo o século XX como uma economia bem dinâmica.

    A raiz do problema não está no câmbio ou na inflação, não adianta tentar manipular um ou outro porque eles não colocam a economia pra funcionar como que por milagre.

    O problema é que como toda economia capitalista há períodos de prosperidade e períodos de conjuntura fraca.

    A história mostra que a crise econômica dos anos 60 derrubou Jango e o sistema constitucional vigente, a inflação foi apenas um sintoma da economia fraca.

    Assim como a crise dos anos 80 derrubou a ditadura militar.

    E este período atual que vivemos é o propício para nova mudança de regime, que felizmente ainda não aconteceu.

    A chave para a resposta do problema encontra-se neste parágrafo:

    “Mas qual seria o motor de crescimento? Dilma tem apostado em desonerações de folha, financiamento a baixo custo, investimentos em infraestrutura. São medidas sem a capacidade de disseminação de uma mudança cambial. Além disso, ao fortalecer o mercado interno, desequilibra ainda mais as contas externas.”

    É preciso encontrar o tal motor do crescimento, como você disse. As medidas citadas são procuras desesperadas para encontrá-lo e desarmar o golpismo latente. Mesmo uma mudança cambial ainda não operaria por milagre, apenas traria mais insatisfação, inflação alta num primeiro momento, até haver possibilidade de internalizar a produção dos importados. O problema todo não é apenas ganhar ou perder eleição, o problema é a evitar o populismo golpista direitista de conquistar espaço com a alta da inflação.

    No geral, fico com a boa e velha sugestão do velho Ignácio Rangel ainda do final da década de 70, a contragosto de muitos à esquerda: é investir nas concessões públicas como vem fazendo a presidente Dilma que parece ter lido o Rangel de cabo a rabo, e tentar atrair o capital privado para estes investimentos, o que seria um feito histórico, porque até hoje, privatização no Brasil só com muito dinheiro público.

    Infelizmente nos aeroportos venceu o velho modelo de concessão com dinheiro do BNDES, a moda FHC.

    Mas na área de rodovias parece que o governo conseguiu convencer a banca: http://br.reuters.com/article/businessNews/idBRSPE98B08Z20130912

    É por aí. O caminho é este.

     

     

  16. Espero que nossa economia

    Espero que nossa economia ande para frente, pois so assim continuarei a ser da classe media moderna, nao quero voltar para traz.

    Att. Samuel <a href=”http://www.cialis.blog.br/”>cialist</a> santos

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