Os sofismas dos cabeças de planilha ou em time que está perdendo não se mexe

Desde os anos 90, o mito da “lição de casa” e outros bordões de mercado foram abundantemente utilizados pelos cabeças de planilha como álibi para a falta de resultados ou para os desastres acarretados por algumas políticas imprudentes.

Impunham-se medidas draconianas, que afetavam gastos com educação, saúde, resultavam em recessão pesada, taxas de juros exorbitantes, acenando com o pote de ouro no fim do arco iris. Terminava o ano sem sinal de melhoria.

Aí sacavam-se dois álibis recorrentes:

1. O mito da entrada jogada fora.

Se desistir agora, vai se jogar fora todo o sacrifício até agora feito. Em vez da piora servir para uma análise e correção de rumos, usava-se a imagem da entrada paga que poderia ser desperdiçada, para dar sobrevida ao desastre. Foi esse tipo de argumento que permitiu elevar a dívida pública de 20% a 60% do PIB no período FHC. Ou seja, em time que está perdendo não se mexe.

2. O mito do sacrifício insuficiente.

Pegue o quadro atual. A economia está despencando para uma queda de 3% do PIB este ano. Não há o menor sinal de retomada. O Congresso discute o orçamento para 2016. Um aprofundamento dos cortes fiscais com a política monetária em vigor aprofundaria mais a queda. Mas, segundo porta-vozes do mercado, a recessão é fruto da timidez do Congresso em bancar os cortes fiscais.

São os mesmos argumentos utilizados para prorrogar a política monetária desastrosa de Pedro Malan a Antônio Pallocci.

A cada dia que passa confirma-se a morte anunciada da política econômica de Levy-Tombini.

Política fiscal pró-cíclica, com a economia desabando, somada a uma política monetária radicalmente restritiva levaram a um aprofundamento tal  da recessão que a queda de receitas supera em muito os ganhos fiscais com cortes orçamentários.

A projeção de duas linhas – a de queda do PIB e da receita e o aumento exponencial da dívida pública, com a taxa Selic – o resultado é trágico. O segundo governo Dilma foi acometido da síndrome da chamada “bala de prata”, a ideia da jogada definitiva, o golpe fatal capaz cortar o nó górdio político, atitude própria de quem domina pouco as intrincadas relações econômicas, políticas e sociais que compõem a vida política de um país.

A ideia de ambos era um golpe súbito e mortal sobre o déficit público e a inflação. Em pouco tempo, com o equilíbrio fiscal e de preços os empresários voltariam a investir, pois preços entrariam no lugar e a economia retomaria o crescimento. Erraram rotundamente em dois pontos fundamentais: os efeitos da recessão sobre as receitas públicas e a demora para os preços refluírem para a meta.

Agora se tem o seguinte dilema. Se jogam a toalha, é o atestado final do fracasso do plano. Em vez de aceitar a realidade, se teimam em prolongar a agonia, colocam o país sob um risco extraordinário.

Luis Nassif

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  1. Opinião

    A Crise

    Analisar a economia brasileira em separado não mostra a realidade. Culpar a dependência das exportações de matérias primas para a China também não. A questão é global. A redução do dinamismo da economia chinesa e os seus reflexos internacionais não podem ser vistos como causa do problema. A crise no mercado financeiro chinês é mais visível, pois o país é o grande centro exportador de manufaturas. Do crescimento anual de vendas acima de 10% para números negativos, no intervalo de apenas um ano, o impacto seria realmente muito forte.

    A situação brasileira é grave devido à situação externa e a absurda obediência das autoridades econômicas às fórmulas de duas décadas atrás, quando a realidade era outra. Mecanismo como a elevação da taxa básica de juros quando não existe pressão de demanda serve apenas para agradar aos especuladores e os manter neutros devido à bolsa rentista.

    As exportações chinesas caíram cerca de 5% de 2014 para 2015. No mesmo período a Coréia do Sul teve queda de 14%. As exportações da Índia estão cerca de 10% menores. O Japão que até julho apresentava o crescimento de 7% anualizado, retrocedeu para 3% em agosto. Embora o número ainda seja positivo foi uma queda expressiva num curto período de tempo.

    A maior economia do mundo, os EUA, no mês de agosto apresentaram queda nas importações e nas exportações. A Alemanha, dos grandes exportadores, foi a única que até o mês de agosto manteve a taxa de crescimento no seu comércio internacional.  As outras importantes economias da UE, França e Reino Unido, viram suas vendas retrocederem. 

    Os países exportadores de commodities como o Brasil, a Rússia e a Austrália estão vendo os valores das suas vendas despencarem. No caso dos dois primeiros a desvalorização cambial acentuada foi benéfica, reduzindo os danos internos.

    Uma das grandes empresas mundiais de máquinas pesadas, a Caterpillar, há quase três anos vê suas vendas caírem mês a mês. São equipamentos básicos para investimentos em infraestrutura.

    O problema é mais profundo que uma simples acomodação chinesa, ela também está sofrendo as mudanças negativas na economia mundial. Um dois principais fatores da recuperação norte-americana após a crise dos subprimes, o boom do xisto, está em reversão devido ao baixo preço do petróleo. 

    Os EUA após terem batido o recorde de produção em abril, com 9,6 milhões de barris dia, iniciou setembro em 9,1 milhões e a previsão para o período de um ano é que caia ainda mais, para 8,6 milhões. Para evitar isto somente com o aumento do preço internacional e o consequente encarecimento da energia nas economias já combalidas. A queda acentuada do preço do petróleo beneficiou os importadores, permitindo um suspiro em países como a Espanha. 

    O crescimento chinês era a âncora que impedia a ação mais acentuada da crise econômica estrutural global em andamento. Com o arrefecimento da sua economia os problemas começaram a aparecer. O impacto nos Estados Unidos foram mitigados pelo quantitative easing, um alimentador da especulação devido ao baixo preço da moeda. A Europa seguiu pelo mesmo caminho. Mesmo com todos os trilhões em incentivos a economia real não foi beneficiada na mesma proporção. Quando forem forçados a aumentarem os juros, o que não deve demorar, devido ao risco de contágio da deflação dos preços internacionais nos mercados nacionais, veremos as bolhas explodirem em sequência. Não existem mais mecanismos financeiros a disposição dos governos ou banco centrais para fazerem frente a quebra dos mercados.

    Infelizmente o Brasil parece que não irá mudar de rumo. Seja com a dupla Levy-Tombini ou com qualquer outra se não houver mudança de paradigma. O inverno está chegando e ao invés de estarmos nos preparando para ele continuamos a desprezar as provisões para o enfrentar.

  2. A presidente Dilma está

    A presidente Dilma está impondo um sacrifício desnecessário à sociedade com esta política fiscal e monetária insensatas. Segundo a presidente, o mundo não viverá mais o super-ciclo das commoditties, ou seja, preços do petróleo, minério, soja, café, etc. ficarão em um patamar baixo daqui pra frente, ou seja, a inflação permanecerá comportada nos próximos anos na maioria dos países. Se isto vai acontecer no mundo, a inflação não cairá no Brasil? Nada, absolutamente nada, justifica uma taxa selic de 14,25% Com safra recorde no Brasil (segurança alimentar), energia elétrica abundante no país, mais as energias renováveis, que são um exemplo para o mundo, câmbio competitivo, aumentando nas exportações e tornando nosso país atraente para o turismo, são fatores que contribuem para o crescimento sustentável da economia brasileira. Um fato extremamente importante está acontecendo com as contas externas do país nos últimos meses: redução de 30% do déficit no balanço de pagamentos, devido à desvalorização do real. A presidente Dilma tem muito medo de reduzir a taxa de juros da selic e causar um curto-circuito no país. Presidente, a maioria dos setores da sociedade brasileira quer uma redução forte da taxa de juros da selic; a senhora será aplaudida pela população se reduzir os juros. Se a taxa de juros da selic for reduzido rapidamente, haverá uma migração gigantesca do capital especulativo para investimentos em fábricas, equipamentos, etc tirando o Brasil desta letargia e salvando o seu governo. A senhora vai anunciar novos cortes de gastos nos próximos dias. Lembre-se: não há gasto mais deletério para o país do que o pagamento de R$ 1,1 trilhão de reais do orçamento público para pagar os juros da dívida pública. Portanto, troque o ministro da fazenda e o presidente do Banco Central e exija uma redução, ainda esta semana, da taxa selic em pelo menos 1 ponto percentual e a senhora terá sua força política restaurada em pouco tempo.

     

    1. A ideia é boa, só que não.

      A ideia é boa, só que não. Reduzir a Selic agora seria suicídio, estamos a um passo de um ataque especulativo ao Real.

      Para a dívida não estourar o Tesouro deve colocar no mercado títulos pós-fixados com inflação + 3 ou 4 p.p., (14% ao ano) e rolar o mínimo possível de títulos indexados à Selic.

      A primeira coisa que deveria ser feita para resolver os problemas do país seria uma mini reforma tributária. Retirando impostos dos produtos como ICMS e IPI e substituindo por impostos sobre propriedade: IPVA ou algo semelhante em jatinhos, helicópteros, iates. Criar uma faixa de IR para quem ganha acima de 10 mil Reais (30%) e outra pra quem ganha acima de 50 mil Reais (35%). Taxar dividendos e grandes fortunas. Inicialmente com alíquotas baixas pra não assustar o capital e esse não derrubar o governo. 

      Aí sim poderia se começar a baixar a SELIC. Mas devagar pois a chance do capital especulativo criar um tsunami cambial seria grande.

      Se nada der certo, renúncia. É melhor aceitar um governo do PMDB por uns anos do que algo pior.

      1. Com US 370 bilhões de

        Com US 370 bilhões de reservas, uma das 05 maiores reservas do mundo!!, superávit na balança comercial há meses, redução de 30% na balanço de pagamentos!! falta coragem e habilidade ao governo para dar um xeque-mate nos especuladores.

  3. E o governo Dilma – e pior

    E o governo Dilma – e pior com ele todo um sonho de um país mais igual equilibrado e justo – se esvazia… 

    Acorda Dilma, governo tem lado !!!

  4. se colar…

    “empresários voltariam a investir, pois preços entrariam no lugar e a economia retomaria o crescimento.”

    Eu tenho o péssimo hábito de frequentar supermercados. Isso me deu um conhecimento sobre os preços praticados. O que observo desde o início do segundo governo Dilma e agravado cada vez mais pela crise  é que o empresariado de fato investiu. Investiu pesado na majoração de preços. Aumentos para se defender do menor volume de vendas em alguns casos, aumento para confundir o freguês, aumento expeculativo, aumento contra o governo, aumento por não ter nada melhor para fazer, aumento porque o vizinho aumentou, aumento porque o Brasil é uma m., aumento porque está na moda…

    Não há o que justifique um produto ser oferecido por R$ 11,40 num determinado dia da semana e no dia seguinte estar em “promoçã” por apenas R$ 22,30! O zé povinho prefere, na fila do caixa, fazer discurso inspirado no PIG, contra a DIUMA, do que fazer pesquisa de preços para deixar de ser roubado!

    É o samba de uma nota só, hoje, amanhã duas notas e depois tres. E…aqui prá voces.

    1. Realmente criminoso o que se

      Realmente criminoso o que se faz hoje em dia; comprei uma maionese num mercado por 5,30, o outro vidro saiu por mais de seis e o seguinte mais de sete, isso em menos de dois meses, o tragico é que no mercado vizinho estavam vendendo o mesmo produto por quase doze reais!!!! Qual a lógica a não ser a da esperteza, do abuso e da ganancia? E não tem nenhum instituto de defesa do consumidor para brigar contra isso, o procon não tem força nenhuma.

      1. Tem saída sim

        O vidro da maionese de melhor marca está sim R$ 5,30, mas a maionese “genérica” saía por menos de R$2,00.

        Este é mal da inflação, é o mal do povo brasileiro, não sabe substituir produtos caros por produtos “genáricos”.

        Precisei de um computador novo, e não tinha dinheiro para comprar. Comprei um usado por R$100,00 ( cem reais), coloquei Linux nele, e uso faz quatro anos. No princípio a família chiou, mas todo mundo foi obrigado a aprender a usar Linux. Demos um drible na inflação, na alta do câmbio, e mandamos a microsoft para o espaço.

        Cadê a inflação aqui?

         

  5. Desconfio que Dilma não

    Desconfio que Dilma não governa mais. Quem está governado é o capital, através do levir, colocado lá pelas grandes máfias desse país que sempre foram a imprensa, justiciaria e essa quadrilha velheca e mofada oposição. Como o cara de fuinha da época fhc, levir é um empregado privado querendo doar o nosso dinehrio, novamente como na era fhc, para empresários mequetrefes, que não sabem faze nada sem dinehiro público. São apenas amiguinhos dessas máfias velhacas, mofadas, mas que dependem exclusivamente do dinehrio público para terem suas regalias eternas. Sem o dinheiro´público, não existe vida nesses parasitas, sugadores contumazes de dignidade desse país. Sp, quando governava meu país, roubou todo dinheiro e nunca distribuiu o dinehro deferal de forma democrática. Sempre tiveram toda nossa grana e deixaram o resto do páis à mingua. Hoje, como recebem só o que lhes pertence, esse estado do atraso, não consegue fazer nada, não consegue fazer o básico, pois o roubo é extremo o que faz com que necessitam de todo dinheiro dos cofres federais para poderem roubar e fazer alguma coisa(uma viatura nova, por exemplo) para enganar seus eleitores. SP não teve avanço nenhum desde o momento que teve fhc corrido PELO VOTO, nAS URNAS, do poder desse país. Em compensação, o resto do país conseguiu respirar, melhorar(vide, principalmete, nordeste e norte). A distribuição para todos os estados foi mais equânime desde o governo Lula. Ciro Gomes(não confio nesse falador, mas…) deveria entrar na disputa pelo cargo de presidente, pois é o único, no momento, que nos livra do aecioporto e as máfias que o apoiam. Infelizmente, a não ser Lula, não resta outra opção, no momento, que esse ciro gomes e torcer para que, se eleito, não mude de partido, já que essa figura anda de galho em galho, faz tempo. Deveria ser proibida a troca de partido depois de eleito, mas nossa justiciaria, empregada das máfias, não tem culhões e nenhuma dignidade para isso.

  6. O sonho de todo economista eh

    O sonho de todo economista eh aperfeiçoar um modelo matematico que exprima as variaveis economicas, de modo que se saiba exatamente como, ao alterar variaveis , para onde irá o modelo. Pois o que o jornalista Nassif rotula de forma pejorativa como cabeças de planilha, nada mais sào que os iniciados na ciencia economica, sem ideologia. O Jornalista, que passou boa parte do ano passado escrevendo que nào havia motivos para pessimismo, agora procura culpados pela não retomada mágica da economia. Talvez fosse o caso de chamar os economistas alquimistas do PT. 

  7. Defender a politica econômica suicida, rejeitada nas urnas,

    que a Dilma está nos impondo é defender nossa tragédia anunciada. Esse novo “ajuste” só vai servir de desculpa para novos “ajustes” num futuro próximos e todos vão nos levar direto para um buraco sem fundo.

  8. Correção da taxa de câmbio e recuperação da produção industrial

    Podemos sair deste processo com taxa de câmbio bem mais competitiva, mas sem redução dos juros da Selic não haverá recuperação econômica.

    A estratégia do Banco Central de tentar conter o aumento da taxa de câmbio com apenas a venda de swaps cambiais não deu certo, e a  correção da taxa de câmbio se completou de forma mais rápido do que todos esperavam, tendo como um dos impactos a inflação acima da meta estipulada pelo CMN.

    Sem os cortes no orçamento, a redução da demanda interna e aumento de impostos talvez os impactos nos preços internos seriam maiores.

    A atual taxa de câmbio é mais do que suficiente para aumentar significativamente as exportações de manufaturados, bem como proporcionar uma substituição de parte dos importados pela produção nacional.

    Já ocorreu uma depreciação real em dólar dos ativos, imóveis, ações. títulos públicos e  títulos privados.

    Esta depreciação dos ativos reduz a quantidade de dólares que pode ser comprada com a venda de ativos, ações, imóveis e títulos públicos e títulos  privados, o que torna a ação de venda de parte de dólares das Reservas Cambiais mais do suficiente para impedir novas altas na taxa de Câmbio, único fator que pressiona a inflação em reais no momento.

    Uma vez, com inflação controlada não haverá justificativa para o Copom manter os juros da Selic no atual patamar, e deve ocorrer um processo de redução,

    Os agentes econômicos estão em  posições compradoras no mercado de câmbio, com exportadores retendo ao máximo os dólares das exportações, os importadores comprando o mais rápido possível os dólares para quitar as importações, as instituições financeira e empresas cancelando a contratações de novos empréstimos e quitando antecipadamente os empréstimos já realizados, alterando significativamente a fluxo normal de  dólares no mercado de câmbio,

    Nestes momentos alguns exportadores além de reter os dólares das exportações, passam a comprar dólares  para obter lucros financeiros, o mesmo ocorre nas instituições financeiras. o que torna necessário a ação do BC vendendo dólares para restabelecer a normalidade e sinalizar o patamar da taxa de câmbio.

    A venda de parte dos dólares das Reservas Cambiais no mercado vista, faria com  que exportadores e importadores retomassem o fluxo normal de venda e compra de dólares.

    Mais importante do que impedir novas altas exageradas dólar, é impedir que o dólar volte a cair de forma acentuada, por meio de compra de dólares para aumentar novamente as Reservas Cambiais, caso seja necessário.

    Daqui para frente precisamos manter a atual taxa de câmbio e reduzir os juros da Selic.

     

  9. Emersom: estás certo. Tudo

    Emersom: estás certo. Tudo que nosso empresariado faz é lucrar com tanta avidez, com tanta loucura, que não só não percebe isso, o analfa da história desse país. Lembra quando acabram com a cpmf( fhc, o ancião metido a mauriconho, criou e usou para bombar as contas dos amiguinhos), os midiáticos diziam que tudo baixaria de preço? Pois é, alguém viu algo parecido? Nosso empresariado é o pior do mundo, NUNCA investiu no social, apenas para abate em iseu mposto de renda, que sonega na maior cara de pau. Nós temos muitas coisas boas nessa país, mas temos muita RUIM como esses empresários e as máfias financiadas por eles.

  10. Levy, como economista que é,

    Levy, como economista que é, não tinha noção do que era certo ou errado em termos de equação das receitas e a evolução da dívida pública quando assumiu o Ministério da Fazenda? Mas se entregou a tarefa de defender a tradução do ajuste fiscal como um missionário que vai fazer a junção da palavra de Deus e o pecador.

    Mas encobria e endossava os pecados do ofensor Tombini no Banco Central… 

    Agora que a má conduta de Tombini – disparando as taxas de juros – são responsáveis diretamente pelo rombo no governo, ele poderia dizer ao Levy – deixe o assunto do déficit fiscal nas minhas mãos, eu me encarrego de acabar com o peso da divida que transmiti para você engrossar essa conta abusiva, e ser em púlpito a favor dos especuladores. 

    Eu entendo que, para nos julgar já existe um ser que não usa beca nem o martelo, mas ocupa o único assento supremo do céu; e tenho certeza que o Senhor pode cuidar disso rapidamente, e, também, mostrar compaixão pelo pastoreio imoral. 

  11. Os sofistas ao menos…

    …reconheciam  a necessidade e a circunstância como as molas da argumentação e do conceito. E a razão, nonde fica? Tentaram até colar-lhe um aporte ético. Ora, a razão é uma puta que aceita Qualquer cantada e há quem diga  que seu charme nao esta em seu poder de sedução, mas em sua humildade.  

    Nesse mediterrâneos calcinados pelo sol e pelo tempo, não convem refugiar-se em qualquer conselho sob o risco de naufragar, porque quem dá conselho dá conforme seu interesse ou do grupo  que representa.  Na questão do ajuste fiscal, embarcar no discurso do neoliberal lançará a sua sorte contra a classe que tem como propriedade a força do trabalho.

     Se quisermos aceitar  conselhos, que seja daqueles que se nos assemelham.

  12. em time que esta perdendo não se meche…

    O mundo todo viu o comercio recuar em relação de um pais com o outro, isto muito como consequência da retratação da economia chinesa. O crescimento chinês era a âncora que impedia a ação mais acentuada da crise econômica estrutural global em andamento. Com o arrefecimento da sua economia os problemas começaram a aparecer. O impacto nos Estados Unidos foi mitigado pelo quantitative easing, um alimentador da especulação devido ao baixo preço da moeda. A Europa seguiu pelo mesmo caminho. Mesmo com todos os trilhões em incentivos a economia real não foi beneficiada na mesma proporção. Quando forem forçados a aumentarem os juros, o que não deve demorar, devido ao risco de contágio da deflação dos preços internacionais nos mercados nacionais, veremos as bolhas explodirem em sequência. Não existem mais mecanismos financeiros a disposição dos governos ou banco centrais para fazerem frente a quebra dos mercados.

    Infelizmente o Brasil parece que não irá mudar de rumo. Seja com a dupla Levy-Tombini ou com qualquer outra se não houver mudança de paradigma. O inverno está chegando e ao invés de estarmos nos preparando para ele continuamos a desprezar as provisões para o enfrentar.

    Os trilhões de incentivo foram mais uma vez e como sempre descarregados nos mesmos fundamentos econômicos de sempre, o mais do mesmo, por esta razão o resultado foi tão baixo. I irônico disto tudo é que a economia global busca manter os juros baixos para evitar a deflação e no brasil mantem-se a taxa absurdamente elevada… Para combater uma inflação fantasiosa aterrorizante e inexistente.

    Voltamos aqui ao tal do paradigma. E neste assunto não é só o Brasil que esta sendo colocado em xeque, o mundo todo segue no mesmo dilema. Enquanto o individuo não for colocado no centro das discussões, veremos os êxodos de populações inteiras se repetirem sem a existências de cataclismos, unicamente por causa da ganancia e da concentração da riqueza mundial.

    A vantagem do Brasil é que já existe um mercado interno de pujante possibilidade, uma população interessante um parque industrial de enormes possibilidades, clima e agricultura equilibrados, tecnologia, apesar de incipiente de grande criatividade e possibilidades. Porem, enquanto este novo paradigma de distribuição não for considerado e implantado, os arrastões nas praias, os assaltos nas vias congestionadas por jovens sem futuro e as chacinas nas cidades brasileiras, repetir-se-ão com tenebrosa regularidade.

    1. Riqueza não se cria, riqueza

      Riqueza não se cria, riqueza se descobre e se distribui. Nunca antes na historia do mundo a riqueza esteve em patamar tão elevado, e sua concentração tambem.

      Fala-se insistentemente que os planos economicos visam a estabilidade monetaria financeira, afim de despertar o interesse dos empresarios em investir e assim acionar o tão almejado ciclo virtuoso de crescimento, consequencia da confiança e da possibilidade de prosperidade. Pra quem tem dinheiro a prosperidade não tem mais significado são outros interesses, evidentemente que a estabilidade, tanto social como economica é o que interessa para todo mundo, acontece que nem sempre aqueles que atingem o poder nas mais diversas regiões do mundo, se pautam no bem da coletividade, nas mais das vezes manobrando no proprio interesse. E pior demagogicamente investindo contra os verdadeiros donos do poder que detem todas as condições de se defender, assim a injusta distribuição de renda persiste e com ela a corrupção.

      A riqueza existe e esta concentrada. Dar condições de que ela circule é tarefa dos governantes de plantão. Não é mais interessante para ninguem que a  situação se mantenha desequilibrada como  atualmente. Acontece que milionario algum estara disposto a colocar a imensa fortuna amealhada, fruto de sacrificios e do destino favoravel, a merce dos oportunistas e visionarios que em nome do proprio interesse, debocham e monosprezam, por inepcia e ineficiencia da inteligencia alheia.

      Politicos demagogos, semi analfabetos, novos ricos, facistas e fanaticos estão sempre a procura de assaltar o poder em beneficio proprio e das causas destrambelhadas que defendem. Não são os trilionarios,os verdadeiros donos do poder o culpado por este estado de coisas, os verdadeiros culpados são os representantes do  baixo clero da sociedade, que manobram com a selvageria dos intintos primitivos de que se compraz a grande maioria dos habitantes desta civilização.

      Sera possivel mudar o paradigma que sustenta tal sociedade?

      Enquanto isto não acontece, os inocentes vão pagando a conta.

  13. Uma das coisas que me espanta

    Uma das coisas que me espanta aqui no Brasil, é que não há valorização do próprio dinheiro. Vai comprar uma coisa, mas vê uma mais cara, parte para a aquisição da mais cara(coisa de vira-lata ignorante e preocupado com algum status. Status, isso tem matado o brasileiro). Em outros países, quando o cidadão de lá compra algo, sempre pede  o mais barato e contola seu orçamento com muito cuidado e sensatez. Aqui, não. É uma festa pagar caro por descartáveis. Então, como todo tolo ignorante, culpam governos e livram-se do pecado próprio que é ser muito bobão. Nem dos empresários reclamam! Impressionante como o brasileiro não assume nada, tudo é culpa de políticos, governos, mas eles, que são bobões, não se responsabilizam por toda sua bobice nojenta. A sensção que tenho é que o brasileirol é o maior consumidor de futilidades do mundo.

  14. Brasil não está acompanhando as finanças mundiais

    A banca no seu despero está tentando uma cartada relamente arriscada, que na minha humilde opinião, não têm como funcionar. 

    Tenta colocar a economia brasileira numa espécie de geladeira, onde fica inatingível pelas mazelas do mercado e da agiotagem internacional, um tipo de reserva técnica para sacar nos momentos de desespero.

    Caiu a quarta parede como bem salientou o Deustsh Welle, citado no artigo abaixo, onde a farsa conta agora com a participação não só dos atores, mas do público que irá definir o seu resultado final. É uma mudança de paradigma fundamental, pois se na Europa e nos USA a taxa de juros é baixa e a ação da banca disssimulada, aqui no Brasil é escancarada, com seus juros pornográficos e a estupidez com que acessa e subtrai os recursos do Brasil, empobrecendo o povo e a nação. 

    Se os brasileiros puderem influenciar, os banqueiros vão para a forca na mesma hora.

    Situação arriscada, para dizer o mínimo.

    Foucault Does FOMC: Deutsche Bank Explains The Fed’s Decision By Mixing Quantum Theory With Post-Modernism

     Tyler Durden's pictureSubmitted by Tyler Durden on 09/21/2015 09:05 -0400

    y

    Bore of cut and dry (and 100% spot on) explanations of why the Fed did not do a “hawkish hold” or a “dovish hike” just because Goldman’s Jan Hatzius told Bill Dudley not to order a lobster sandwich at the Pound and Pence? Then you are in for a treat…

    From Deutsche Bank:

      

    September FOMC meeting felt like a blind date that was never meant to be. As the market developments were unfolding, Fed members simply didn’t like what they saw. Despite seemingly robust US data, the global economy appears too fragile and the strong USD is in the center of the crisis. The developments in EM have been negative for risk and, if conditions deteriorate further, the net result could be in a nontrivial adverse impact on DM economies. Rate hikes and further USD strength could have made things considerably worse. So, while the market waited, Fed decided not to engage.

     

    Going into the FOMC meeting, we had to face multiple nested contingencies, from Fed reaction function, to ambiguous signals given by the economic models which largely underwent structural breaks post-2008 and eroded market’s already low confidence regarding economic forecasts. The Fed decision showed that when everything fails, common sense remains the best guide. And common sense prevailed. 

     

    This changes everything. 

     

    Power relations have been revealed; nothing will ever be the same. In that sense, despite seeming status quo, the FOMC was a true Event in the sense of being an encounter which retroactively creates its own causes.

     

    What we now have is another data point which outlines the contours of the Fed reaction function. Fed’s communication strategy, it is becoming clear, is an equivalent of what in theater context is referred to as Removing the fourth wall whereby the actors address the audience to disrupt the stage illusion — they can no longer have the illusion of being unseen. An unalterable spectator becomes an alterable observer who is able to alter. The eyes are no longer on the finish, but on the course — what audience is watching is not necessarily an inevitable self-contained narrative. The market is now observing itself from another angle as an observer of the observer of the observers. 

    Got that? No? That’s ok.

    This is Deutsche Bank channeling their inner Diderot on the way to mixing Schrodinger’s uncertainty principle with the greatest hits of Jacques Lacan and Jacques Derrida all in a rather amusingly metaphysical attempt to explain that the market must now account for itself when attempting to predict the actions (or inactions) of a body (the Fed) that impacts it. 

    In other words, it’s no longer enough to for investors to consider what effect the Fed will have on the market – now, investors must come to terms with the fact that the market affects the Fed which affects the market. 

    Or, stripped of all the self-referential confusion: The Fed has admitted that it is market dependent and investors must somehow come to terms with their own role in the play.

     

    1. FMI – Ouro – o Dilema – O governo mundial com SDRs

      Todos estão apostando no QE 4 que vem por ai. Vão continuar a imprimir até que o Dolar vá a zero e seja substituido pelos SDRs do FMI.

      Fazer ajustes no Brasil é de uma crueldade que só encontra paralelo em sua inutilidade.

      Interessante que na palestra do PSDB o Gustavo Franco fazia cara de indignado justamente com este financiamento do déficit público brasileiro sendo financiado por títulos públicos em poder do Banco Central, que como o FMI, não quebra.

      Acorda, Dilma!

       

      Triffin’s Dilemma and the Future of SDRs

      If you don’t know who Robert Triffin is, you should read this closely.  

      Triffin was a Belgian economist who lived from 1911–1993. He was regarded as one of the leading authorities on gold, currencies and the international monetary system during his career. He made many notable contributions to international economics, but his most famous was the articulation of what became known as “Triffin’s dilemma.”

      The paradox of Triffin’s dilemma was pointed out in the early 1960s, yet its implications are just now coming into full view. Far from a relic of the past, Triffin’s dilemma is the key to understanding the future of the international monetary system.

      Triffin’s dilemma arose from the Bretton Woods system established in 1944. Under that system, the dollar was pegged to gold at $35.00 per ounce. Other major currencies were pegged to the dollar at fixed exchange rates. The architects of the system knew that these other exchange rates might have to be devalued from time to time, mostly because of trade deficits, but the devaluation process was designed to be slow and cumbersome.

      A country that wanted to devalue (for example, the U.K. in 1967) first had to consult with the International Monetary Fund, IMF. The IMF would typically recommend structural changes, to fiscal policy, tax policy and other areas designed to cure the trade deficit.

      The IMF also stood ready to offer bridge loans of hard currency to help the deficit-hit country withstand temporary stresses while the structural changes were implemented. Only if the structural changes failed and the trade deficits were persistent would the IMF allow devaluation.

      That was the process for countries other than the U.S. As far as the U.S. was concerned, the link between gold and the dollar was fixed for all time and could never be changed. The dollar/gold link was the anchor of the entire system.

      This fixed link between the dollar and gold made the dollar the most prized reserve currency in the world. That was the hidden agenda of Bretton Woods. With the dollar as the main reserve currency, U.K. pounds sterling, a competing reserve currency, would eventually fall by the wayside.

      The U.K. relied on Imperial Preference among its trading partners in the British Commonwealth to gain trade surpluses, and also relied on the willingness of those Commonwealth partners to hold sterling in their reserves. The Bank of England assumed Commonwealth members would not ask to convert the sterling to gold. Imperial Preference came under attack by the General Agreement on Tariffs and Trade, the GATT, which was also part of Bretton Woods. (Today, GATT is known as the World Trade Organization, WTO.)

      Bretton Woods was a one-two combination punch designed by the U.S. to destroy the British empire. GATT undermined Imperial Preference. The dollar-gold link undermined sterling. It worked. The U.K.’s trade deficits persisted, and the Commonwealth partners demanded their gold. Eventually, the pound sterling was devalued, and the empire dissolved. It was replaced by a new age of U.S. empire and King Dollar.

      There was only one problem, and Robert Triffin pointed this out. If the dollar was the lead reserve currency, then the entire world needed dollars to finance world trade. In order to supply these dollars, the U.S. had to run trade deficits.

      The U.S. sold a lot of goods abroad, but Americans quickly developed an appetite for Japanese electronics, German cars, French vacations and other foreign goods and services. Today, China has replaced Japan as the main source of exports to the U.S.; still, Americans have not lost their appetite for imports financed by printing dollars.

      So the U.S. ran trade deficits, the world got dollars and global trade flourished. But if you run deficits long enough, you go broke. That was Triffin’s dilemma. Any system based on dollars would eventually cause the dollar to collapse because there would either be too many dollars or not enough gold at fixed prices to keep the game going. This paradox between dollar deficits and dollar confidence was unsustainable.

      This system did break down in the 1970s. The solution then was to abolish the dollar-gold peg in 1971, and demonetize gold in 1974. But there was a third leg of the stool invented in 1969 — the IMF’s Special Drawing Right, SDR.

      The SDR was a new kind of world money printed by the IMF. The idea was that it could be used as a reserve currency side by side with the dollar. This meant that if the U.S. cured its trade deficit, and supplied fewer dollars to the world, any shortfall in reserves could be made up by printing SDRs.

      In fact, SDRs were printed and handed out repeatedly during the dollar crisis from 1969–1980. But then a new King Dollar age was started by Paul Volcker and Ronald Reagan, with some help from Henry Kissinger, the king of Saudi Arabia and private bankers like my old boss Walter Wriston at Citibank.

      Under the new King Dollar system, U.S. interest rates would be high enough to make the dollar an attractive reserve asset even without gold backing. Remember those 20% interest rates of the early 1980s?

      Henry Kissinger also persuaded Saudi Arabia to keep pricing oil in dollars. This “petrodollar deal” meant that countries that wanted oil needed dollars to pay for it whether they liked the dollar or not.The Arabs deposited the dollars they received in Citibank, Chase and the other big banks of the day. The bankers, led by Wriston at Citibank and David Rockefeller at Chase, then loaned the money to Asia, South America and Africa.

      From there, the dollars were used to buy U.S. exports like aircraft, heavy equipment and agricultural produce. Suddenly, the game started up again, this time without gold. This new Age of King Dollar lasted from 1980–2010.

      Still, it was all based on confidence in the dollar. Triffin’s dilemma never went away; it was just in the background waiting to re-emerge while the world binged on new dollar creation and forgot about gold. The U.S. ran persistent large trade deficits during this entire 30-year period as Triffin predicted. The world gorged on dollar reserves with China leading the way in the 1990s and early 2000s.

      The new game ended in 2010 with the start of a currency war in the aftermath of the Panic of 2008. Trading partners are again jockeying for position as they did in the early 1970s. A new systemic collapse is waiting in the wings.

      The weak dollar of 2011 was designed to stimulate U.S. growth and keep the world from sinking into a new depression. It worked in the short run, but now the tables are turned. Today, the dollar is strong, and the euro and yen have weakened. This gives Japan and Europe some relief, but it comes at the expense of the U.S., where growth has slowed down again.

      The new dollar-yuan peg with China has also contributed to a slowdown in China. There’s just not enough global growth to go around. The major trading and finance powers are cannibalizing each other with weak currencies. Soon the U.S. and China may devalue relative to Europe and Japan, but that just moves the global weakness back to them.

      Is there no way to escape the room? Is there no way out of Triffin’s dilemma?

      A new gold standard might be one way to solve the problem, but it would require a gold price of $10,000 per ounce in order to be nondeflationary. No central banker in the world wants that, because it limits their ability to print money and be central economic planners.

      Is there an alternative to gold? There is one other way out. That’s our old friend, the SDR. The brilliance of the SDR solution is that it solves Triffin’s dilemma.

      Recall the paradox is that the reserve currency issuer has to run trade deficits, but if you run deficits long enough, you go broke. But SDRs are issued by the IMF. The IMF is not a country and does not have a trade deficit. In theory, the IMF can print SDRs forever and never go broke. The SDRs just go round and round among the IMF members in a closed circuit.

      Individuals won’t have SDRs. Only countries will have them in their reserves. These countries have no desire to break the new SDR system, because they’re all in it together. The U.S. is no longer the boss. Instead, you have the “Five Families” consisting of China, Japan, the U.S., Europe and Russia operating through the IMF.

      The only losers are the citizens of the IMF member countries — people like you and I — who will suffer local currency inflation. I’m preparing with gold and hard assets, but most people will be caught unaware, like the Greeks who lined up at empty ATMs last month.

      This SDR system is so little understood that people won’t know where the inflation is coming from. Elected officials will blame the IMF, but the IMF is unaccountable. That’s the beauty of SDRs — Triffin’s dilemma is solved, debt problems are inflated away and no one is accountable. That’s the global elite plan in a nutshell.

      We never take our eye off the IMF and its plans to expand the use of SDRs. The IMF will include the Chinese yuan in the SDR basket over the next 12 months to make sure the Chinese are “on the bus” when the endgame begins. That’s an important step in the SDR process.

      We plan to report on the IMF annual meeting in Lima, Peru, so you have a front-row seat for these developments. This story has longer to run, but the endgame is already in sight. Stay tuned…

      Regards,

      Jim Rickards

  15. O mito da planilha

    Nassif, modelagens econômicas desta década são bem mais complexas do que fórmulas Excel. Envolvem clusterização e regressão múltipla, utilizando algorítimos de “machine learning” que possuem mais de 95% de acerto e são muito úteis na Economia, sem contar que o “big data” dessa área são os diversos boletins de análise e prospecção de vários institutos, think tanks e agências de classificação.

    Sugiro atualizar sua bibliografia.

    1. Modelos sem o fator humano são inúteis

      Não existe modelo perfeito nem tratamento estatístico que não deixe de capturar certas variáveis. Isso se dá, porque a realidade não resolve equações matemáticas. Nesse ponto o Nassif está mais do que certo. Se não tiver alguém com sensibilidade suficiente para interpretar dados e resultados, tem-se enganos absurdos. Não leve modelos a sério demais. Eles são apenas ferramentas, e se vc der poder demais para elas, acaba sendo engolido. Lembra do filme 2001 uma Odisséia no Espaço 😉

  16. O mito da planilha

    Nassif, modelagens econômicas desta década são bem mais complexas do que fórmulas Excel. Envolvem clusterização e regressão múltipla, utilizando algorítimos de “machine learning” que possuem mais de 95% de acerto e são muito úteis na Economia, sem contar que o “big data” dessa área são os diversos boletins de análise e prospecção de vários institutos, think tanks e agências de classificação.

    Sugiro atualizar sua bibliografia.

  17. Que esquerda é essa?

    Que esquerda é essa que paga a maior taxa de juros real do mundo? Que cobra do pobre que tem um carrinho velho e isenta de IPVA os jatinhos, helicópteros e iates? Que esquerda é essa onde indústria, serviços e comércio só caem e intermediação financeira só cresce? Todo mundo quebrando menos os bancos. Nos EUA isso seria o segmento mais conservador do Partido Republicano.

    Manter alguém como o Levy na Fazenda é algo de partido de ultra-diretia, coisa de DEM e PP, pois nem o PSDB colocaria alguém tão alinhado ao mercado financeiro. 

  18. É o povo, não o cabeça de planilha, quem decide se mexe

     

    Luis Nassif,

    Você deu uma escorregada no ditado. O ditado correto é:

    “em time que está ganhando não se mexe”.

    Como todos os ditados, esse tem a sua validade, mas há que considerar as circunstâncias. Há circunstâncias em que se muda mesmo em time que está ganhando. Só que cabeça de planilha não leva em conta as circunstâncias.

    No nosso caso, entretanto, as circunstâncias não recomendam mudança. O time prometeu entregar a inflação em 2016 em 4,5% e tudo leva a crer que vão conseguir. Não vão conseguir entregar o superávit primário, mas para o povo o que interessa é a inflação. Quem se interessa por superávit primário são os cabeças de planilhas que ficam ligados na agência de risco. O povo não sabe o que é agência de risco nem superávit primário. E político que se quer fizer na crista da onda tem que ir aonde o povo está.

    Clever Mendes de Oliveira

    BH, 21/09/2015

  19. FHC fez mal governo, não será imitado, assim, não é exemplo

     

    Luis Nassif,

    Não é que o livro “Português pelo método confuso” do Mendes Fradique seja um bom livro que se deve fazer confusões na economia também. Ao fazer referência ao crescimento da dívida no governo de Fernando Henrique Cardoso é preciso entender as razões para depois estabelecer comparação. No primeiro governo de Fernando Henrique Cardoso, a dívida cresceu porque desde 1995, com a crise cambial do México no final de 1994 e a desvalorização do peso chileno no início de 1995, o Brasil manteve o juro alto que chegava nos picos em 45% (1995, 1997, 1998) para evitar a desvalorização do real. Não é o caso que temos no atual momento da realidade econômica brasileira.

    E no segundo governo dele a dívida cresceu porque a dívida estava muito alta e não houve planejamento para investimento na produção de energia elétrica no primeiro governo dele e, portanto, o governo teve que arrefecer o crescimento em 2001, mantendo o juro mais alto do que o necessário.

    Clever Mendes de Oliveira

    BH, 21/09/2015

  20. Dívida pública e inflação são para públicos diferentes

     

    Luis Nassif,

    É preciso compreender a formação da presidenta Dilma Rousseff,

    Primeiro ela é cartesiana. Veja o que disse a respeito do governo dela ainda em 1910, Marco Aurélio Nogueira no blog dele Possibilidades de Política no post “Nada será como antes” de terça-feira, 20/12/2010:

    “Uma hipótese realista sugere que haverá um suave descolamento entre Lula e Dilma. Disso talvez nasça um governo mais ponderado e equilibrado, capaz de substituir a presença de um líder carismático e intuitivo pela determinação e pelo rigor técnico que são indispensáveis para que se possa construir uma sociedade mais igualitária”.

    É bem verdade que esta é uma visão tecnicista de alguém que dá mais relevância e importância ao técnico do que ao político. É uma visão que eu considero atrasada, mas é a partir dessa visão que se compreende melhor o que pretende a presidenta Dilma Rousseff. O post “Nada será como antes” pode ser visto no seguinte endereço:

    http://marcoanogueira.blogspot.com.br/2010/12/nada-sera-como-antes.html

    E segundo, ela é keynesiana. E veja o que um keynesiano diz a respeito da dívida pública: “Debt Is Money We Owe To Ourselves”. Essa afirmação é também o título do post de Paul Krugman de sexta-feira, 06/02/2015 às 7:32 am e que pode ser visto no seguinte endereço;

    http://krugman.blogs.nytimes.com/2015/02/06/debt-is-money-we-owe-to-ourselves/?_r=0

    Quem se preocupa com o aumento da dívida são os cabeças de planilha.

    E a presidenta Dilma Rousseff embora não tenha nenhuma habilidade política e capacidade de sentir os interesses populares foi bem instruída a se preocupar com a inflação. Em função do aconselhamento que ela recebeu, e com a inflação que a presidenta Dilma Rousseff agora se preocupa.

    Clever Mendes de Oliveira

    BH, 21/09/2015

  21. Estou admirada!! Como o

    Estou admirada!! Como o pessoal aqui do blog entende de economia! Pena não estarem sentados  na cadeira da Dilma. Aí, ficaria tudo resolvido. É fácil, fácil.

  22. seu Nassif faz crítica

    seu Nassif faz crítica vexatória a pobre equipe econômica sem ler, no próprio GGN-NASSIF, e quero crer, o post postado pelo próprio seu Nassif…  doutor Delfim tagarelar de cátedra sobre acabado finito governo Dilma:

    “O Guido não tem culpa nenhuma. E, para falar a verdade, nenhum ministro da Fazenda da Dilma tem culpa nenhuma, porque o ministro da Fazenda é a Dilma, é ela. E o custo da eleição é o grande desequilíbrio de 2014.”

    seu Nassif quer ser mais realista que o rei…

    sem chance!

     

  23. Os sofismas do Levy

    Os problemas que existiam antes da era levyana: desajuste fiscal e inflação.

    Como bom planilhista mercadiano Levy recomendou ações imediatas e severas para recomposição fiscal e inflacionária com tres vertentes:

    – corte de despesas,  

    – choque na demanda

    – fé e orações ao decantado bordão que “Deus é brasileiro”.

    Somaram-se redução de investimentos e custeio do governo + juros extorsivos do BACEN + crise política . Encaminharam o país para a recessão depurativa entender o que estava acontecendo. Como país do passo certo, desestimulamos a economia enquanto o mundo ia no caminho oposto. 

    Algo parecido aos juros do Meirelles no último estouro da boiada.

    Pelo andar da carruagem o país recebeu a recomendação divina de mais racionalidade e coerência.

    É hora da humildade e das sandálias do pescador, de preferência na Grécia.

    Diálogo com os protagonistas da economia e não apenas do mercado/mídia.  

    E BAIXAR OS JUROS DO BACEN !!!!

     

     

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