Os tomates e o capitalismo de conluio

Em geral, os empresários referenciais falam pouco e têm foco. Aparecem mais pelo exemplo e pela coerência de suas propostas do que pela verborragia.

Quando o empresário julga que sua palavra ganha peso apenas por vir escorada em negócios bem-sucedidos, dança.

É o caso do empresário Flávio Rocha, herdeiro e presidente das Lojas Riachuelo – grupo que têm ainda a Confecção Guararapes e algumas outras empresas.

***

Mais jovem, Flávio não largava do pé do grande Roberto Campos, provavelmente supondo que inteligência se transmitisse por contato. Não conseguiu.

Neste fim de semana concedeu uma entrevista ao Estadão (http://migre.me/rtd6j), onde não teve a menor cerimônia de tratar de temas complexos com a segurança de um vendedor da Riachuelo expondo a última moda para a freguesa deslumbrada.

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— Vamos começar com uma boa notícia – começou ele, antecipando a intenção de desenvolver ideias e conceitos.

Aí discorre sobre o fim de um ciclo de ideias ruins, insustentáveis, compara o país com uma carruagem cujos “elementos de tração” são as empresas e os trabalhadores.

Com a mesma naturalidade com que seus vendedores exibem peças de vestuário nas vitrines, Flávio transborda filosofices e lugares comuns, cujo ápice foi a parábola do tomate:

– Quando você vê o preço do tomate aumentar é um alerta importante que denuncia uma escassez localizada. E o que se faz nessa hora? Nada. Deixa a ganância empresarial atuar. O produtor vai descobrir que tomate está dando lucro, mais gente vai produzir tomate, aumentar a oferta e o preço volta para onde estava. Dilma ignorou essas delicadas engrenagens da economia.

É a primeira vez que alguém denuncia o tabelamento do preço do tomate. Choques de oferta, de demanda, política monetária, demanda agregada, que bobagem! O must é discutir o tabelamento do tomate.

Mais importante é o que Flávio diz sobre o mundo que ele conhece: o empresarial.

— Tem o empresário de mercado e tem o empresário de conluio. (…)  O termo campeões nacionais, até outro dia, fazia parte do discurso nacional. Um absurdo. (…) Muitas vezes, você olha e diz: ah, são os empresários. Mas vai ver e o que tem é o clubinho do capitalismo de conluio.

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Nem se vá buscar as origens da Guararapes, nos tempos em que o Finor (Fundo de Investimento do Nordeste) era um aparelho de queimar dinheiro público para propósitos privados.

Uma ida ao site do BNDES permitirá identificar rapidamente quem são esses empresários do clubinho do capitalismo de conluio.

Clique no endereço http://www.bndes.gov.br/bndestransparente no campo Busca coloque a palavra Riachuelo.

  1. Outubro de 2009: financiamento de capital de giro. R$ 100 milhões a juros de 3,58% ao ano e 12 meses de carência.

  2. Janeiro de 2010: financiamento de R$ 286,7 milhões para implantação de mais 19 lojas. Taxas de juros de 4,5% ao ano, com 18 meses de carência.

  3. Junho de 2011: R$ 229,3 milhões de financiamento para abertura de mais 25 novas lojas. Taxas de juros de 5% ao ano, com 18 meses de carência.

  4. Agosto de 2012: R$ 140 milhões de financiamento para a abertura de mais 18 lojas. Taxa de juros de 5,5% ao ano.

  5. Dezembro de 2013: R$ 397,9 milhões para expansão das unidades industriais e centros de distribuição. Taxa de juros de 3,5%, com 18 meses de carência.

Apenas nessas operações R$ 1,2 bilhão em 5 anos. Provavelmente o valor desembolsado deve ser muito maior, se consultar por outros CNPJs – o grupo é constituído de várias empresas.

Luis Nassif

59 Comentários

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  1. Boicote já!

    Boicote ao conluio de empresários cretinos: não à Riachuelo.
    E não ao BNDES que injeta recursos em gestões equivocadas, como o da Riachuelo.

  2. Perderam a vergonha

    Esse pessoal perdeu vergonha da própria ignorância. Outro dia, um nobre deputado deu uma entrevista ao The Guardian, ressucitando idéias de Lambroso, para a vergonha nacional. Agora este nobre empresário vem a público demonstrar aquele velho ditado: “é melhor ficar quieto e parecer um idiota, do que abrir a boca e não deixar dúvidas.”

    Assim, ficamos com aquela má impressão, de que não temos saída, pois como a grande mídia dá muito espaço a quem quer falar mal do governo, fica parecendo que, tanto a classe política e a artística, como a empresarial, são formadas por pessoas de notável ignorância, verdadeiros parvos, que arrotam arrogância e barbaridades. Uma pena, pois temos personalidades tão mais interessantes que poderiam dar contribuições bem mais relevantes. Não é a toa que nossa mídia tradicional está cada dia mais insignificante…

  3. A pior heresia foi dita no

    A pior heresia foi dita no começo, chamar de  “grande” a Roberto Campos. Um entreguista desses só pode se comparado a Joaquim Silvério dos Reis. E deveria ter o mesmo destino de Tiradentes. 

    1. Sr, Marcos K: Não se esqueça

      Sr, Marcos K: Não se esqueça de que Tiradentes deu dignidade à morte por enforcamento. Ele enfrentou o aparelho de execução solitariamente. Hoje, o aparelho deveria ser coletivo. São muitos os candidatos cujos crimes de “lesa-pátria” exigem que assim seja. Para maior conforto aos que deverão assistir a “faxina”, coloquemos essa forca coletiva ao gramado do Maracanã. Entrada grátis.

  4. O BNDES fica fora da crítica?

    Esse Flávio é apenas um a mais no vasto grupo de empresários favorecidos pela sanha louca do BNDES e seu presidente “desenvolvimentista”. Por que o LN não faz uma análise mais ampla e objetiva do destino que tomaram os cerca de R$500 bilhões que o tesouro colocou no BNDES?

    1. Perfeito

      Que tal LN enumerar outros tantos “Empresarios” aquinhoados com tais volumes de recursos.Alguns um tanto quanto “estranhos”.Seria bom uma analise mais aprofundada de tais “Emprestimos”

    2. A falácia do argumento

      A falácia do argumento incompleto.

      A Coluna tem 3 mil toques. Escrevo sobre as asneiras do Flávio Rocha. Aí vêm a falácia do argumento incompleto. E por que não escreveu sobre os outros campeões nacionais? Se escrevesse: e por que não escreveu sobre o custo do Tesouro? E se escrevesse: e por que não escreveu sobre os efeitos da concentração na pecuária? E se escrevesse: por que não falou sobre as exportações dos campeões?

      Porque o espaço é restrito e em cada coluna abordo um tema. Caso contrário cometeria o milagre da multiplicação de argumentos e escreveria teses de doutoramento de 3 mil toques.

      Se quiser crítica aos campeões nacionais, leia a coluna em que escrevo sobre campeões nacionais.

      https://jornalggn.com.br/noticia/como-dilma-conseguiu-perder-o-apoio-da-industria

      1. Mais explícito

        Nassif, está claro que meu comentário não foi entendido, provavelmente porque foi pouco explícito. Repito-o de outra forma: uma análise ampla e objetiva dos empréstimos do BNDES e do seu impacto sobre a economia seria muito mais interessante do que gastar tempo com um caso isolado, como o do Flávio. Esses empréstimos custam ao Tesouro uns R$50 bilhões/ano.

        p.s.: o artigo de J. Bardeen e W. H. Brattain de 1948, que lhes rendeu o prêmio Nobel, não terá tido mais do que 3 mil toques. 

          1. que ironia

            Para você responder de forma tão irônica é porque o sr Daniel comentou algo que lhe incomodou…. hehehe. Ato falho!

  5. Uma jabuticaba.

    “Uma jabuticaba”, como adora dizer o empresário e ministro do STF, Gilmar Mendes.

    São capitalistas, privatistas e liberais, porém, dependentes da máquina estatal.

    Pelo visto, a “meritocracia” consiste em ser eficiente em mamar nas tetas do erário.

  6. ad crumenam

    O padrão do mundo empresarial é o argumento ad crumenam, ou falácia da bolsa, ou, ainda, apelo à riqueza. Um certo tipo de bravata parecida com o argumento de autoridade pelo fato de ter dinheiro: tem dinheiro, logo tem razão.

    O que esses mercadores não se dão conta é que o que sabem é comprar barato e vender caro, só isso. E é sobre isso que deveriam ser chamados a opinar e ponto – incluam aí os tais “operadores do mercado”, afinal saíram das mesmas escolas (basta ver que as frases que decoraram e outras platitudes que repetem são as mesmas). Mais do que isso está além demais das sandálias deles.

    Se um ou outro leu um livro a mais que os manuais e planilhas das escolas de negócios, felicidades. Mas, repito, não é suficiente pra ser chamado a opinar sobre o que não lhe compete. Porém, sabemos que gostam muito de, em conluio com a imprensa, se prestarem ao papel de doutrinar essas crianças grandes que lêem o que é publicado diariamente.

    Nisso, aliás, discordando do Nassif, repetem direitinho o que fazia o “grande” Roberto Campos: como político falava como “economista”; como “economista” falava como político

  7. Este é o verdadeiro “instinto

    Este é o verdadeiro “instinto animal” dos empresários brasileiros: pendurar nas tetas do governo.

    Mesmo sem checar, tenho certeza que os juros MENSAIS cobrados dos clientes que compram a prazo nas lojas riachuelo são maiores que qualquer daquelas taxas ANUAIS que o Nassif publicou no post.

    Por isto também digo: O governo Dilma perdeu. Foi derrotado pelos rentistas nacionais e internacionais.

    Aécio e outros babacas não passam de oportunistas que odeiam o Brasil.

  8. Precisa ser dito ainda que o

    Precisa ser dito ainda que o próprio surgimento e crescimento das Confecções Guararapes e, por tabela, da Riachuelo, foi nutrido por muitos incentivos estaduais por parte do governo do RN.  O maior shopping de Natal, por exemplo, é de propriedade do grupo.  Está localizado em área nobre, cujo terreno foi doado ao grupo para lá funcionar uma fábrica.  Qd a fábrica se mudou para outros cantos, ficaram com o terreno, e hoje lucram com isso.

  9. Esse empresário deve sentir saudades da era FHC…

    Esse empresário deve sentir saudades da era FHC. Naquela época todas essas idéias esdrúxulas que defende foi colocada em prática e o país quebrou três vezes, teve apagão e uma quantidade absurda de empresas nacionais quebradas.

    1. Legal

      E o que exatamente o Lula fez de diferente do FHC na economia? Se estava tudo errado Lula deve ter mexido e feito bastante mudança na gestão econômica do país, não é mesmo? 

      Outra coisa, um país quebra quando assume que não consegue honrar os compromissos com seus credores (moratória), ou quando não consegue mais rolar sua dívida (falência). Isso não aconteceu nem uma, quanto mais três vezes. Agora, em vez de se preocupar com FHC, deveria se preocupar com a dívida atual de 3,4 Trilhões que pagamos 14% de juros, e a incapacidade de fazer superavit primário. Deveria se preocupar com a inflação de 2 dígitos, os dois ou três anos de retração do PIB e o desemprego que isso vai causar na população, fruto da irresponsabilidade de um governo desastroso. Preocupemos com o que vem por aí.

      1. Asneira
        Não fala asneira não, cara !
        Não sei qual a sua idade , só sei que vivi bem aquela época do desastroso , principalmente , o horroroso 2o mandato do “principe” que deixou o país na maior m…. , com a economia estagnada , desemprego galopante etc .
        A coisa foi tão feia que FHC teve de engolir críticas ácidas de um neoliberal como Bill Clinton que , num encontro de chefes de estado , criticou duramente a falta de coragem e ousadia de nosso governo nas politicas sociais que melhorassem o perfil socio econômico de nosso país à época.
        Lula pode ter até errado em muita coisa (como na melhoria da Educação Fundamental , a sus mais grave omissão ),mas na política social foi muito mais corajoso e ousado que o seu “idolo”.

        1. Asneira?

          Eduardo, tenho 38 anos, e vivi bem a época do FHC, e também a anterior à dele, do Cruzado, Cruzado Novo, Cruzeiro Real, inflação de 50, 60, 70% ao mês! Agora repito a pergunta, se ele foi tão ruim, como você disse, o que Lula fez de diferente dele, especificamente na Gestão Econômica? Deve ter mudado bastante coisa, já que recebeu uma “herança maldita”! Fala aí, quais as mudanças significativas que Lula implementou na economia se o mesmo era contra tudo que o FHC havia feito até ali. Mas se atenha ao tema por favor, pra não dizer asneira.

  10. Orçamento Federal para 2016

    Está faltando gente que pensa no Governo Federal e os que pensavam, estão desaparecendo,  Trabalhar assim é fácil: aumentaram as Despesas?  muito fáci l==) vamos aumentar os impostos. Eles deveriam abrir um “Brain Storming” para que o povo possa dar idéias e tenho certeza que resolveria, pois, temos muitas cabeças pensantes neste Brasil.  

  11. Os campeões nacionais são outros.

    Se o BNDES olhasse mais para o S da sua sigla, deveria viabilizar esse R$ 1,2 bi (“doados” para a Riachuelo) para empreendimentos de economia solidária do Singer, para as pequenas cooperativas agroindustriais do Patrus, para a enorme rede de bancos de fomento de diversas prefeituras e estados, para ONGs de microcrédito, para o reforço do microcrédito dos bancos oficiais, etc. O efeito multiplicador na economia seria bem maior do que subsidiar a abertura de mais 70 lojas dessa empresa para abarrotá-las de produtos chineses. 

    1. Jogar dinheiro fora ainda mais rápido?

      BNDES investir em micro-crédito? Empreendimento de economia solidária? Você tem problema, ou realmente não sabe que nada disso cabe ao BNDES, ou faz sentido, ou ambos? De fato, acho estranhíssimo o BNDES investir dinheiro para facilitar a vida de uma rede varejista. E foram durante os governos do PT esses empréstimos, ainda que possam ter havido outros antes. O BNDES, mais doque uma mãe que aos filhos tudo dá, deveria com parcimônia e cuidado extremo escolher a dedo projetos de desenvolvimento que criassem tecnologia, capacidade industrial que não temos ainda e da qual efetivamente precisamos ou precisaremos no tempo certo, coisas nas quais há um certo risco, associado à grandes ganhos, e que são pouco interessantes aos bancos tradicionais. Financiar uma rede varejista não é nada espetacular. Gerar empregos no comércio não deveria ser função do BNDES, e tampouco sufocar pequenos comércios que não tem acesso à esses financiamentos milagrosos a taxas amigáveis. Enquanto o BNDES for visto como ferramenta para fomentar o emprego e defender a indústria e o comércio nacional, será apenas isso: Uma ferramenta para favorecer uns poucos, em detrimento do real interesse da maioria, que é empregar o parco dinheiro de impostos de forma responsável e rentável, em forma que gere retornos mensuráveis e compatíveis com o objetivo a que se presta.  Quem tem contato, quem oferece proteger empregos e gerar uma empresa forte, que vai devorar seus concorrentes, não precisa realmente de subsídio público. De fato, só quem merece subsídio público é quem está buscando fazer algo difícil, arriscado, novo e revolucionário.(todas essas características juntas) E provavelmente é quem não quer realmente receber esmola de governo algum…

      Essa história de efeito multiplicador começou com o Bolsa-família, e agora virou solução mágica da esquerda. É a bala de prata, que faz com que o governo dar dinheiro em troca de nada seja, de alguma forma, benéfico. Certamente é triste ver pessoas sem capacidade de se sustentar morrendo de fome. Ainda mais quando elas querem trabalhar, mas não conseguem um emprego e não sabem como empreender. Não é nada digno de pena ver essas pessoas vivendo de esmolas do governo, votando nos candidatos que o governo indica para continuar a receber a esmola, mas sim de revolta.

      O efeito multiplicador seria muito maior se o mesmo dinheiro fosse empregado em algo produtivo, ou se não tivesse sido tirado do mercado através de impostos. O empreendedor, o poupador, o rico não quer ver seu dinheiro parado. De fato, se não fosse o próprio estado uma máquina estragada, que paga juros exorbitantes para receber empréstimos de todos, e com isso rolar uma dívida que produziu muito menos doque devia, quando era para investimento, política anti-cíclica, e tantas outras desculpas que ouvimos há décadas no Brasil, esse mesmo dinheiro estaria buscando investimentos em empreendimentos, em novos negócios, esses sim agregando valor e gerando mais riqueza. O pobre que recebe esmola para poder comprar comida e roupa só consegue consumir aquilo que é barato, fácil de fazer ou importar, que tem pouco ou nenhum valor agregado, e para o que há capacidade excedente nas indústrias mais defasadas para poder atender. Está longe de ser um bom empreendimento, é apenas melhor doque ser gasto pelo próprio governo em algum outro esquema de desvio de verbas.

      Se o estado toma dinheiro do povo através de impostos, é para fazer apenas aquilo que beneficia a todos, e não para gastar de forma incompetente, e quando exaurido, vir aumentar os impostos para continuar gastando mal. Não trabalhamos para sustentar um governo que só desperdiça, não temos obrigação social de continuar a sermos explorados por uma entidade disforme que não produz nada de forma eficiente, que não entrega nenhum serviço de forma adequada, e que à tudo justifica como sendo pelo bem dos mais fracos. Não precisamos de governos heróicos, a sociedade não precisa de um governo que a culpa e pune por seus fracasos, isso seria masoquismo. Precisamos de governos que cumpram sua obrigação, que entendam que os impostos não são uma ferramenta de tortura, nem uma torneira para um depósito infindável de recursos, mas uma concessão da sociedade que produz para receber em troca serviços que atendam à todos, com qualidade compatível com o valor pago por esses impostos.

      1. Tem razão o amigo

        “… O empreendedor, o poupador, o rico não quer ver seu dinheiro parado.”

        Vão logo voando – via hsbc – para as suíssas e  ilhas caymãs da vida… investir?… só com dinherinho fácil do BNDS…

  12. Clubinhos Continuam Até Hoje.

    O triste é ver – ao contrário dos que são do clubinho vermelho – estas datas aí em cima, todas em governos do PT que através do BNDES distribuiu benesses ao clubinho de capitalistas de conluio (conluio com quem mesmo?). Porque será que o PT nada fez para acabar com estes clubinhos de capitalistas? Uma pena, perdeu ótima oportunidade histórica, poderiam ter feito muito mais, e sem colocar o país em crise por simples falta de planejamento. Sobre o sujeito e as bobagens vomitadas nada a declarar.

  13. Vendo Chevette 69, uma jóia, $ bom, só pro Dr.

    Todo mundo gosta de filosofar. A coisa mais dificil de acontecer é vc perguntar alguma coisa de natureza técnica para alguém e o sujeito responder simplesmente: “não sei, não tenho conhecimentos sobre isso”.

    O indivíduo sempre “acha” alguma coisa, sobre a qual discorre com voz empostada, num tom de assunto “futebolístico”, repleto de lógica vazia e sem sentido prático. Pior, ninguem nunca diz que vai aprender sobre o assunto para poder opinar. Opina e pronto.

    Isto é um fenomeno mundial. Gente dando opinões e pareceres o tempo todo sobre tudo. É a essência da democracia: as massas e suas opiniões.

    Talvez seja por isso que nossos ouvidos produzam cêra. Deve ser para lubrificar o amontoado de tolices que somos obrigados a ouvir, ou então é uma tentativa do cérebro na natureza para bloquear o canal auditivo poupando o ouvinte de tanta e quanta besteira que rotineiramente se ouve.

    E talvez seja por isso que pessoas desenvolvem miopia, astigmatismo e catarata. O cérebro tenta impedir o sujeito de ler também, dada a imensa quantidade de burrices que se escreve por aí.

    Isto me faz pensar no vácuo. Dizem que nem no universo isso existe, pois haveria a matéria escura. Logo o pensamento do vazio seria inadmissível. O vazio não existe. Ou então sempre acaba preenchido por alguma coisa.

    Em épocas de absoluta mediocridade política, para não dizer de criminalidade dos parlamentares e de executivos, amplificada pelo autismo e pelo cinismo de quem deveria encabeçar a economia, até vendedores se acham capazes de apontar os caminhos. Afinal, o que não falta hoje é o vazio para ser preenchido.

    O vazio gerado pela incompetência, pelo silêncio das barbas de molho, pelo medo das investigações, pela falta de capacidade , pela constatação do erro no método e no estilo, pela falta de honestidade, pela previsão do desastre iminente, enfim, com raras excessões, ninguém quer “achar” nada sobre política e muito menos quando o assunto é economia, porque esse assunto aborrece as pessoas mais que tudo.

    Mas aí surgem os que não conseguem manter a boca fechada. E querem ser entrevistados. Querem partilhar sua imbecilidade com o mundo.

    Aliás, isto é rotina também nas empresas. Quando a situação está dificil e todos se fecham em cautelosa contemplação, inclusive os sócios, desfilam incansáveis os malditos vendedores por entre as mesas querendo “fazer as coisas andarem”. Ao invés de tratarem de conseguir vendas e novos clientes, eles se empenham em destruir a segurança dos processos financeiros, embaralhar os conceitos mais do que sedimentados dos sistemas de qualidade, estuprar as normas fiscais e deturpar a contabilidade, óbvio, para poder burilar relatórios.

    Então se não temos lucro de fato, teremos lucros na marra, alterando números e falsificando resultados. E se for preciso desenvolver algum conceito justificador eles o fazem. “Esta despesa não entra porque no mes passado choveu acima da média”. Ou não choveu, pouco importa.

    Quando precisam de alguma projeção econômica eles não buscam um economista, visitam uma cigana. Para melhorar seus negócios não analisam o que poderiam estar fazendo de errado, queimam incenso. Nas causas jurídicas não buscam um advogado, vão a um terreiro de macumba. “Ih Zi Fio, assunto com Zi Polícia o Pai Caboclo não resolve não…”

    E pasmem, convencem diretores, sócios e executivos internacionais. Usam sua lábia para salivar o pessoal da própria empresa. O único problema é que o saldo de caixa não mente. E quando não há caixa eles convocam o financeiro para explicar porque. E mais, independentemente da explicação, o financeiro ouve que ele “tem que arrumar dinheiro”, já que trabalha para isso.

    Todos sabemos que na fala dos vendedores 50% é bobagem e 50% é mentira.

    Então, como pode ser que, um mero vendilhão de uma empresa medíocre, que sobrevive às custas de dinheiro emprestado dos fundos de desenvolvimento do governo, tenha coragem para vir a público e dar palpites. É um cara de páu, como todo vendedor.

    Mas o que explica isso, na minha (não vou deixar de dar meu pitaco) opinião, é o vazio deixado por quem devia saber o que dizer e o que fazer. Mas note-se (e isso me revolta demais) que há quem tenha coragem de encaminhar um orçamento deficitário às casas parlamentares. Como quem diz: “eu quero gastar isso, arrumem o dinheiro”. As casas devolvem a “peça” respondendo “não é nosso trabalho resolver isso”, como quem devolve uma batata quentíssima ao dono do assunto. E aí surge quem? O financeiro que tem que arrumar o dinheiro. E onde ele vai buscar? Aumentando os impostos, em uma economia já abatida e desmotivada, em recessão.

    E mente. Fala em IR para depois dizer que seria só sobre dividendos. Disse que a CPMF estaria em estudo, quando já tinha pronto o encaminhamento do projeto às câmaras. Aliás, este projeto já deve estar pronto desde que a antiga CPMF caiu.

    E ameaça. “Vou cortar na saúde”. Mas que saúde? Aquela que usa sôro para tudo. Duvida? Vá ao hospital com a unha encravada. Sôro! Se for dor de barriga, sôro! Dor de cabeça, sôro! Febre? Sôro! O governo petista descobriu a panacéia que a ciência tanto procurava. É o sôro. Até nisto são enganadores.

    “Então vou cortar na educação”. Corte pôxa, está esperando o que? Chega de falar em educação. Isso é conversa para boi dormir. Educação para que, para fazer o que, e aonde? Não há e nem haverá oportunidades para tantos diplomas nem daqui a 20 anos. Não é porque temos ex-presidente semi analfabeto (e dá palestras, veja-se!) que devemos transformar a nação em uma terra de mendigos cientistas.

    Há vendedores demais por aqui. Estão vendendo sonhos e promessas vãs a troco de dinheiro suado.  E quando pressionam o financeiro ele só acha uma saída (ultra moderna) do tipo que se usava na idade média, taxar!

    Já que a saída é modernizar, onde será que anda Joseph-Ignace Guillotin. Ele inventou uma solução muito boa na época dele, para diminuir orçamentos.

     

     

     

  14. LUIZ NASSIF OS TOMATES E O CAPITALISMO DE CONLUIO

    Prezados Nassif, é um grande equívoco sua colocação. Veja, a Riachuelo faturou em 2014 R$ 3,3 bilhões. Supondo-se que o lucro desta empresa seja de, sei lá 15%, o que é muito no mundo empresarial, este ficaria com R$ 495 Milhões do total prudozido pela sua empresa. Assim te faço uma pergunta: Para onde foram os R$ 2,8 Bilhões restantes ? Aproximadamente R$ 1,5 Bilhões foram devolvidos ao governo em impostos. Os outros R$ 1,3 Bilhões foram transferidos para a sociedade em salários de toda a cadeia que eles participam. Ou seja, não há investimeto melhor do que se induzir a produção. O Estado além dos R$ 1,5 Bilhões, terá a remuneração do capital a juros internacionais. Temos que parar com esta visão pequena, de pregação contra a riqueza. Temos que parar de criar arestas na sociedade, de distribuir discórida. A imprensa Brasileira precisa amadurecer. Precisa ajudar o povo Brasileiro a se desenvolver. O senhor acha que seria preferível este dinheiro ficar no BNDES aplicado no mercado financeiro ? Agregaria o que ao povo Brasileiro. Vamos raciocinar !!! Vocês são formadores de opnião e por este motivo têm que refletir sobre o que postam. Ou vocês não são Brasileiros ? 

    1. É verdade.

      De fato nós de esquerda costumamos rejeitar que dependemos do empresariado assim como estes dependem dos trabalhadores e do estado.

      Mas é bom lembrarmos que o BNDES poderia financiar os micro, pequenos e médios, porque ajudar pobre é sempre mais barato!

  15. temo pelo dept. comercial a

    temo pelo dept. comercial a chorar pitangas pela perda irreparável de mais um anunciante varejista peso pesado em tempos bicudos de vacas magras e corte draconiano (sonho meu…) de gastos públicos.

  16. Não entendo o que há de errado no dito pelo Flávio Rocha

    1) Ele faz parte do capitalismo de compadres brasileiro, pendurado nas tetas do estado. Ok, como empresário o objetivo dele é ganhar dinheiro e infelizmente no Brasil só se ganha dinheiro pendurado nas tetas do estado.

    Mas isso invalida a crítica dele ao capitalismo de compadres que cada vez mais se aprofunda em negociatas? Não!

    2) O exemplo dos tomates é simplório, mas vivemos em um país acostumado a ver Lula falar de futebol ao tratar de qualquer assunto e Dilma não falar nada com nada. Esse é o nível das discussões estabalecido como paradigma para nós, infelizmente.

    De qualquer maneira, falar em tomates não é tão trivial em um país onde a presidente represa os preços da gasolina destruindo as finanças da principal estatal brasileira e devastando a incipiente indústria do etanol (tocada por aqueles empresários trouxas que acreditaram no que o governo dizia poucos anos antes). Os preços são um canal de comunicação essencial ao mercado no ajuste de seus desequilíbrios. O aumento ou queda de preços “informa” às partes do sistema como vai o andamento de suas demais regiões, permitindo um mecanismo realimentado de adaptação. Assim, represar ou indexar preços somente mascara esses desequilíbrios até o ponto de eles se tornarem uma bomba armada para explodir em algum momento. Vivemos um momento em que diversas bombas represadas nos últimos anos estão explodindo.

    Falar em tomates com a lição enorme de economia que a realidade está dando na dona Dilma é bem didático. Muito mais que as metáforas futebolescas de Lula.

  17. Não entendo o que há de errado no dito pelo Flávio Rocha

    1) Ele faz parte do capitalismo de compadres brasileiro, pendurado nas tetas do estado. Ok, como empresário o objetivo dele é ganhar dinheiro e infelizmente no Brasil só se ganha dinheiro pendurado nas tetas do estado.

    Mas isso invalida a crítica dele ao capitalismo de compadres que cada vez mais se aprofunda em negociatas? Não!

    2) O exemplo dos tomates é simplório, mas vivemos em um país acostumado a ver Lula falar de futebol ao tratar de qualquer assunto e Dilma não falar nada com nada. Esse é o nível das discussões estabalecido como paradigma para nós, infelizmente.

    De qualquer maneira, falar em tomates não é tão trivial em um país onde a presidente represa os preços da gasolina destruindo as finanças da principal estatal brasileira e devastando a incipiente indústria do etanol (tocada por aqueles empresários trouxas que acreditaram no que o governo dizia poucos anos antes). Os preços são um canal de comunicação essencial ao mercado no ajuste de seus desequilíbrios. O aumento ou queda de preços “informa” às partes do sistema como vai o andamento de suas demais regiões, permitindo um mecanismo realimentado de adaptação. Assim, represar ou indexar preços somente mascara esses desequilíbrios até o ponto de eles se tornarem uma bomba armada para explodir em algum momento. Vivemos um momento em que diversas bombas represadas nos últimos anos estão explodindo.

    Falar em tomates com a lição enorme de economia que a realidade está dando na dona Dilma é bem didático. Muito mais que as metáforas futebolescas de Lula.

    1. Concordo

      Ele falou em tomates a Dilma na Mandioca .vamos combinar Tomate com Mandioca.Eita Pais.Outra coisa.Estive dando uma “fuçada”  no link passado pelo LN, nos tais “Emprestimos do BNDES”. La só tem “Cachorro Grande”.Kablin ,Lojas ASmericas,Ipiranga Petroleo.Será que estes precisam de Financimanerto do BNDES,afinal cade o “S” de Social ou o “S” é de Sócio.

    2. Inclemência com Dilma.

      Receitas econômicas são sempre muito simples e corretas enquanto ainda não foram aplicadas.

      A Planificação da economia é tão desastrosa quanto a Liberalização total da economia, 1989, 1929 e 2008 comprovam isso.

      Há que se ter respeito por quem erradicou a fome do Brasil! 

       

      1. Concordo que a liberalização

        Concordo que a liberalização total da economia é tão catastrófica quanto a estatização. Mas no Brasil estamos longe de ter um ou outro. Aqui temos um caos estatal misturado com um capitalismo de compadres. Só. No mais, quem erradicou a fome no Brasil? Que eu saiba isso nunca aconteceu. E a população continua dependente como sempre de esmolas estatais.

  18. É como eu sempre digo:

    É como eu sempre digo: Liberal de verdade, no Brasil, só os capitalistas sem capital do Instituto Mises.

    Empresários e políticos só são liberais até a página 2.

  19. Só sei que o tal do tomate

    Só sei que o tal do tomate têm dado muito lucro…é não é ao produtor, mas ao mercado financeiro, que o elegeu como espantalho número 1 para a alta dos juros.

  20. Ele queria era fazer parte do clubinho

    Ja entraram numa loja da Riachuelo ? O que percebi logo é que ha poucos atendentes e poucos caixas em relação ao tamanho desse tipo de loja, de departamento. O que significa que quem trabalha la, trabalha bastante, deve acumular funções (ganha-se salario minimo) e eles empregam pouco. Logo, qual a razão de se “emprestar” dinheiro publico a esse tipo de empresa, que não gera emprego de verdade, mas gera muito lucro aos seus acionarios?

  21. ESTE TIPO DE EMPRESÁRIO TÁ

    ESTE TIPO DE EMPRESÁRIO TÁ CHEIO

    SE BENEFICIAM DO DINHEIRO,POLÍTICAS PÚBLICAS

    DEPOIS  METEM O PAU,COMO NUNCA TIVESSEM SE BENEFICIADO UM DIA

    SÃO INGRATOS,HIPÓCRITAS E É SÓ PRECISAR Q VÊEM COM O PIRES NA MÃO

     

     

  22. Dilma, extingue a porcaria do BNDES

    Dalli não sai nada que presta.

    Extingue e monta uma agência de desenvolvimento realmente a favor do povo brasileiro.

  23. É NÓIS, OS POBRES!


    Sintetizando a tributação brasileira, com tomate ou mesmo com o conluio dos empresários ricos::

    O POBRE PAGA O IMPOSTO, O RICO SONEGA!

  24. Por isto a concorrente está tão bem

    Entendi pq os resultados da Renner este ano divulgados são tão bons (EBITDA crescendo 20%) com um líder destes à frente do concorrente… Mas, não é o único, já vi CEO e CFO criticando a intervenção da Dilma 1 na economia, juros por exemplo, é qdo vc olha o balanço recorde de lucro líquido em 2012 derivado da diminuição das despesas financeiras…mas, deixa pra lá eu não entendo nada, sou só o CFU (cê ferrou ou) kkkkkk

  25. O fulcro do texto tangencia

    O fulcro do texto tangencia não só  um viés de cunho estrutural do “capitalismo” brasileiro, mas também remete à própria formação econômica do país na qual o grande vetor impulsionador foi menos o “espírito animal” e mais as benesses e estímulos do “oficial”(Estado).

    Quando trabalhava no BB observava bem esse aspecto, digamos, peculiar da alguns  “impetuosos capitalista”: incentivos fiscais como parte do capital inicial;  capital de giros a juros subsidiados;  investimentos com prazos a perder de vista e a juros baixinhos; estímulo à exportação; novas plantas somente com renúncias fiscais, em especial para o interior; e por aí vai. 

    Obviamente que tratamos não de todo o empresariado, mas de uma boa parcela. E se formos observar bem é dela que partem as maiores críticas ao aparelhamento do Estado pelo PT, os pesados encargos sociais, e – podem rir – a presença do Estado na economia. 

  26. O Brasil tem um banco só!

    Vendo os comentários, parece que os empresários brasileiros tem opção quanto ao financiamento ser público ou privado. Alguma vez vocês já viram os financiamentos dos bancos privados para capital de giro. É absolutamente impossível tocar um negócio com esses juros, IMPOSSÍVEL. Na verdade, o Brasil possui um banco só e ele se chama BNDES.

    É claro que uma economia capitalista de um banco só não cresce, só se for por um milagre.

    Quanto ao empresário, ele tem que emular os planilheiros da mídia econômica pra se valorizar socialmente. É só ver o maior dos planilheiros, sr. Joaquim Levy. Quem vê os comentários da mídia pensa que trata-se do novo Adam Smith, um gênio incompreendido pelos incompetentes populistas. Esse herdeiro da riachuelo só quer o mesmo reconhecimento.

  27. CANDIDATO A PRESIDENTE PELO PL EM 1994

    Nassif & Amigos, depois de ter levado uma traulitada do blogueiro tempos atrás por um comentário infeliz (PELO QUAL PEDI SINCERAS DESCULPAS) tinha decidido não mais fazer comentários aqui no pedaço, estava na moita, só lendo o blog.

    Mas é que tenho um amigo que trabalha no grupo, tem um alto cargo, e esse amigo vive me xingando por defender os governos do PT. É daqueles que vai às manifestações de verde e amarelo pedir o impitim.

    Como ninguém tocou no assunto da candidatura do Flavio a presidente pelo PL em 1994, abortada logo depois que a Folha (a mando de quem, o Seu Nassif sabe) desmontou com uma única reportagem(premiada, inclusive)  a tentativa ainda no início das arrecadações do candidato, gostaria de compartilhar o acontecido com os desavisados.

     

    http://www1.folha.uol.com.br/folha/circulo/premio_reportagem_94_1.htm

    Folha comprova fraude com bônus eleitoral do PL ; tesoureiro nega

    05/08/94 
    Editoria: CADERNO ESPECIAL
    Página: Especial-1

    Da Reportagem Local

    A reportagem da Folha comprou do PL (Partido Liberal) um lote de R$ 140 mil em bônus eleitorais em troca de um cheque de apenas R$ 70 mil.
    O negócio comprova a existência de de um mercado paralelo formado por partidos para a venda ilegal, com deságio (desconto) de bônus eleitorais.
    Como se fossem empresários do interior de São Paulo, os jornalistas realizaram a negociação.
    O esquema dos bônus criado na legislação da eleição deste ano permite vários tipos de irregularidades contra a Receita Federal, como a legalização de recursos de “caixa 2” -contabilidade paralela de uma empresa com o objetivo de sonegar impostos.
    Esse mercado paralelo pode resultar em um grande prejuízo para a Receita Federal, pois os partidos terão acesso a um montante de R$ 3,1 bilhões em bônus este ano.
    Os bônus funcionam como recibos. São entregues pelos partidos aos doadores de recursos às campanhas.
    O mecanismo foi criado com o objetivo de dar transparência ao financiamento de candidatos, um dos principais problemas de eleições anteriores no Brasil.
    O PL (Partido Liberal), cujo candidato à Presidência é Flávio Rocha, é uma das legendas mais fartas em estoque de bônus -vai ter direito a receber R$ 177 milhões, conforme solicitou à Casa da Moeda, órgão público federal responsável pela emissão dos papéis.
    Este partido está vendendo bônus com deságio (desconto) para empresários que pretendem utilizá-los com o objetivo de sonegar impostos.
    A venda com desconto interessa aos tesoureiros das campanhas por ser uma das formas de atrair as doações, que não estão sendo tão generosas como nas eleições passadas.
    Para os pequenos partidos, sem chances de vitória nas eleições, o negócio torna-se mais interessante ainda. Poucos empresários se interessariam em dar recursos aos seus candidatos nanicos.
    Os partidos não tomam prejuízo nenhum com este tipo de operação. Para justificar a diferença entre o total de bônus e o dinheiro recebido, o partido trata de conseguir notas fiscais “frias”.
    Exemplo: para um partido que vendeu um lote de R$ 140 mil em bônus e recebeu apenas R$ 70 em dinheiro, basta conseguir mais R$ 70 mil em notas fiscais “frias” e justificar a saída, no momento de prestação de contas, do total de bônus ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
    As notas “frias” são notas fiscais que mostram uma despesa que de fato não foi realizada. O partido apresenta notas, por exemplo, de aluguéis de carros que nunca foram alugados, compra de cartazes que não foram comprados etc.
    A reportagem tentou comprar bônus após apurar com empresários que vários partidos, entre eles o PL, o PSD e o PRN, estariam promovendo as vendas com deságio (desconto).
    As informações mais precisas apontavam para transações feitas pelo PL, que havia oferecido o negócio a pessoas em São Paulo.
    A transação, iniciada na sexta-feira da semana passada, foi concluída na noite de anteontem, nas sedes da Guararapes e Riachuelo, em São Paulo, empresas pertencentes à família de Flávio Rocha.
    Foram dez telefonemas até a aquisição do lote de R$ 140 mil -28 bônus no valor de R$ 5 mil cada. As negociações foram feitas com Téofilo Furtado Neto, executivo da empresa Guararapes e presidente da Comissão de Finanças do PL.

    Outro lado
    O chefe do comitê central de campanha do candidato Flávio Rocha (PL), Teófilo Furtado, afirmou que “não procede” , a acusação. Informado pela Folha da existência de provas de irregularidades, Furtado disse que não ‘sabia explicar’ o fato.
    Respondendo sempre com um “não procede”, Furtado chegou a responsabilizar Dilma Gonçalves pela venda. “Isso é com dona Dilma. Ela é lotada em São Paulo. Não sou eu que trato de venda. Se está acontecendo isso, é responsabilidade dela”, afirmou Furtado.
    Colaboraram VICENTE DUARTE NETO, da Redação, e Sucursal de Brasília

  28. Pena …

    Brilhante Nassif, como sempre  !

     

    ai fiquei com pena de quem depende dos 300% ao ano do cheque especial e do cartao de credito.   serah q alguem eh contra a cpi do bndes  ??

  29. Prática abusiva

    O senhor Flavio Rocha, através com seu banco de nome Midway (muito americano mesmo), usa da prática abusiva de por nas faturas de seus cartões de crédito apenas um código de barras que não pode ser pago em outros lugares. É uma prática abusiva e desleal. Mais um dos agiotas legalizados deste país.

  30. Telhado de plástico

    Esse Nassif. Matou a minhoca e mostrou o graveto. kkkk

    Esse empresário é um embuste como ¨comentador¨ (sic) não tem profundidade nenhuma e o Nassif mostrou isso de forma muito tranquila.

    Abraços

  31. Que diferença de tratamento

    Que diferença de tratamento entre Flávio Rocha e Marcelo Odebrecht.

    Um é condenado porque criticou o governo, o outro apesar de ser o maior corruptor do Brasil é defendido com unhas e dentes por aqui.

     

     

     

  32. Quem deveria reclamar somos

    Quem deveria reclamar somos nós, da forma que ele é grande  empresário até  consigo, juros subsidiados, mas na financeira da empresa juros acima de 7,5¨% mes, ele conseguiu no BNDES 3,58% a.a. Os deputados da oposição e grandes empresário não suportam uma semana de transparência. MUDA MAIS é a frase mais correta. A falha do Gov. do PT é de atender até pouco os pequenos estes não levantam a voz contra ela, agora este grande empresário vive de favores do ESTADO deste a nascença e ainda reclama, a barriga dele não enche. A maioria dos eleitores da Dilma , estão só ouvindo e quando abre as contas do governo e ainda confirmar os beneses do andar de cima. Dilma volver a esquerda urgente. Onde estão seus apoios é nos mais humildes

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    ==========
    obrigado
    Sr. John Donard

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