Papa Francisco, o estadista contemporâneo

O fracasso do neoliberalismo trouxe de volta um fenômeno paradoxal no Brasil, mas especialmente na Europa. Morreu o velho antes do novo ter nascido.

Discussões sobre ser de esquerda ou direita – que se julgavam mortas desde a queda do muro de Berlim -, voltaram a se tornar recorrentes.

Historicamente, dizia-se que políticas sociais inclusivas pertenciam ao terreno das esquerdas; a busca da eficiência do capital seriam atributos da direita; a defesa dos direitos civis, da esquerda; dos direitos individuais, da direita.

Um século de conflitos, de embates, de experiências trágicas algumas, relativamente bem sucedidas outras, embaralharam o meio de campo.

O que é ser de direita ou esquerda?

***

No início de toda religião, de ideologias, de estratégias de poder, de construção de partidos políticos, há a busca de princípios legitimadores.

Poderão ser valores humanistas (como os dos fundadores da Revolução Francesa, norte-americana e das grandes religiões), poderá ser um nacionalismo exacerbado da Europa dos anos 30.

***

A partir dos princípios desenham-se os objetivos. E os objetivos exigem organizações e fórmulas para serem atingidos. Nas democracias, o instrumento de transformação são os partidos políticos.

Um princípio básico das democracias é o da melhoria da vida da população (especialmente dos eleitores).

O populista propõe políticas que tragam benefícios diretos à população. O neoliberal promete uma suposta busca da eficiência do capital que, por tabela, trará o bem estar social.

É quando os princípios tornam-se ideologias, que são apropriadas por organizações religiosas, políticas, por meios de comunicação de massa ou organizações sociais.

***

Com o tempo, mesmo imbuídas dos melhores princípios, as organizações ganham vida própria, montam suas burocracias, alianças e desenvolvem interesses próprios que vão gradativamente se sobrepondo aos princípios fundadores.

Na origem da humanidade, as religiões significaram um salto civilizatório, trazendo os princípios do respeito à vida, à coexistência pacífica, aos valores espirituais. Com o tempo criaram burocracias responsáveis por alguns dos maiores crimes da humanidade.

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Como elas, partidos envelhecem e voltam-se para dentro de seus próprios interesses, diluindo os princípios fundadores.

É por isso que a democracia tornou-se o regime mais representativo do século, por permitir a alternância do poder.

***

Globalmente, no entanto, há uma crise de representatividade dos partidos políticos, dos sistemas de governo, das ideologias. Nem situação nem oposição conseguem representar o novo.

Daí a importância das figuras referenciais, aquelas que se movem por princípios.

***

Lamenta-se a falta de estadistas referenciais no mundo.

De minha parte, tenho meu candidato a estadista do momento: é o Papa Francisco.

Ao recuperar princípios esquecidos não apenas pela Igreja como pelos grandes governantes mundiais, o Papa poderá ter um papel transformador tão relevante quanto o de João 23.

Ontem, quando a Comissão de Justiça e Paz da Arquidiocese de São Paulo emitiu uma nota de apoio à Parada Gay – superando o obscurantismo de dom Odilo Scherer – deu para acreditar que princípios são forças capazes de mover montanhas e arejar o mofo de organizações seculares.

Luis Nassif

63 Comentários

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  1. Papa Francisco.

    Realmente o Papa Francisco é fora de série, imaginem se a Dilma apoiasse a Parada Gay? Criaria uma polêmica com os evangélicos e católicos conservadores, já o Papa não da a minima pra essa gente. 

  2. A diferença é que o Papa não

    A diferença é que o Papa não depende de evangélicos e católicos conservadores para continuar sendo papa. Ele só sai do Vaticano literalmente morto -rs. Já Dilma depende. Não estou com isso concordando com o silêncio dela em relação à Parada, mas analisando a razão pragmática para tal. 

    A lembrança de Mujica também é importante. Numa entrevista ao O Globo, se não me engano, ele diz que não tem razão fazer as pessoas sofrerem inutilmente no caso do casamento gay. O pior é que o nosso mundo é lotado de dirigentes que fazem milhões de pessoas sofrerem inutilmente. 

  3. Excelente

    O Papa Francisco está contribuindo a partir do momento que capta as reivindicações da sociedade e pauta seus atos e falas nelas. Em outras palavras está vislumbrando o futuro e adequando o discurso do presente à ele.

    O que o papa está fazendo parte de um princípio filosófico (característica bem clara nos Jesuítas) que se transforma em uma ideologia a ser seguida, portanto, ligado a um pensamento e deslocado de limitações partidárias e pragmáticas que permite à um individuo ou grupo que vislumbre com independência dos mesmismos praticados no presente os desejos futuros de uma sociedade.

    Essa são as condições que coloca o Papa Francisco ao que Nassif aponta; o “estadista contemporâneo”.

    Na definição de Houaiss, estadista é pessoa versada nos princípios ou na arte de governar, ativamente envolvida em conduzir os negócios de um governo e em moldar a sua política; ou ainda pessoa que exerce liderança política com sabedoria e sem limitações partidárias.

    Ideologia seria, no sentido filosófico e segundo dicionários online, a “atribuição da origem das ideias às noções sensoriais do indivíduo a partir de sua compreensão do mundo externo”.

    Os atos do Papa estão lastreados em princípios filosóficos e ideias norteadoras que formam uma ideologia clara.

    Tais princípios diferem, sim. Formam lados opostos e Emir Sader assim os diferencia:

    Direita: A desigualdade sempre existiu e sempre existirá. Ela é produto da maior capacidade e disposição de uns e da menor capacidade e menor disposição de outros. Como se diz nos EUA, “não há pobres, há fracassados”.
    Esquerda: A desigualdade é um produto social de economias – como a de mercado – em que as condições de competição são absolutamente desiguais.

    Direita: É preferível a injustiça, do que a desordem.
    Esquerda: A luta contra as injustiças é importante, nem que sejas preciso construir uma ordem diferente da atual.

    Direita: É melhor ser aliado secundário dos ricos do mundo, do que ser aliado dos pobres.
    Esquerda: Temos um destino comum com os países do Sul do mundo, acreditamos que diversificando as parcerias teremos melhores chances, temos que lutar com eles por uma ordem mundial distinta.

    Direita. O Estado deve ser mínimo. Os bancos públicos e as empresas estatais devem ser. privatizados Esquerda: O Estado tem responsabilidades essenciais, na indução do crescimento econômico, nas políticas de direitos sociais, em investimentos estratégicos como infra-estrutura, estradas, habitação, saneamento básico, entre outros. Os bancos públicos têm um papel essencial nesses projetos.

    Direita: Os gastos com pobres não têm retorno, são inúteis socialmente, ineficientes economicamente.
    Esquerda: Os gastos com políticos sociais dirigidas aos mais pobres afirmam direitos essenciais de cidadania para todos.
    (…)

    O que o papa Francisco tem feito é resgatar a importância do ser humano como ente principal, dentro de uma escala de importância, destronando as corporações que adquiriram a condição de destaque e importância nessas últimas décadas.

    1. Excelente comentário,

      Excelente comentário, Assis.

      Ao meu ver, o “sucesso” do Papa tem a ver com o fato dele não poder ser muito questionado pela mídia, seja a daqui, seja a de qualquer lugar. Você mesmo deu o exemplo usando o nome da presidenta.

      Pense o que aconteceria, por exemplo, se o Papa opinasse de forma diferente do quem vem fazendo a igreja católica. Como se comportaria a mídia? Iria cair de pau nele?

      Ações públicas sempre beneficiam alguém em detrimento de outro. A questão é de que lado está a mídia – a favor do capital ou a favor do povo.

      A nossa, no momento, está ocupadíssima em transformar a política em uma coisa muito ruim.

  4. Nassif estavos vivendo a

    Nassif estavos vivendo a ditadura da informação, não estou conseguindo colaborar com o seu blog, postar (colar) matérias ou texto? O meu computador só consegue acessar o seu blog, pelo internet explore, infelizmente isso é para impedir que as pessoas desfrutem da democracia ou façam a diferença. Tenho certeza que o meu computador é monitorado.

    1. Casamento LGBT afundará a Previdência!

      Jo LIma

      Com o casamento entre pessoas do mesmo sexo, o número de pensões para viúvos gays ou viúvas lésbicas vai aumentar, entretanto, o número de contribuintes será o mesmo. Isto é aumentam as despesas, mas, não aumenta a receita/arrecadação/dinheiro. Se num casamento de um homem com uma mulher, no caso da morte da mulher, raramente, o homem recebia pensão, num casamento homo afetivo há paridade; todos são “maridos” e “esposas”. Ou melhor temos o homem”esposa” e o homem”marido” ou mulher”esposa” e a mulher”marido”. Portanto, se num casamento homem e mulher, só a mulher recebia pensão, agora, tanto o homem”esposa” quanto o homem”marido” terão direito. Do mesmo modo em relação à mulher”esposa” e a mulher”marido”. No casamento gay há a figura do companheiro, que em caso de morte de um dos dois cônjuges, automaticamente, receberá a pensão. Por outro lado, se eu ficar viúvo terei que provar que preciso da pensão da minha mulher para viver. Nesse caso os heteresexuais estão sendo discriminados e não estão sendo tratados com isonomia.

      Um viúvo que alegou dependência econômica da esposa rurícola teve seu pedido de pensão por morte negado pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1). O viúvo, com base no que dispõe a Lei nº 8.213 de 1991 – que garante o direito ao recebimento da pensão por morte em caso de dependência econômica – recorreu ao TRF1 após ter seu pedido negado pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). De acordo com a desembargadora Neuza Alves, da 2ª Turma do TRF1, mesmo que a legislação vigente seja mais benéfica, deve ser considerada a legislação que vigorava à época do óbito da esposa do autor do processo, que no caso aconteceu antes da promulgação da Constituição Federal de 1988.

      http://www.sandovalfilho.com.br/component/content/article/8-noticias/1200-pensao-por-mor

      Isso implica dificuldades para todos, já que o governo vai impor, em função do aumento de custos, mais restrições à obtenção da aposentadoria e pensões a viúvos e viúvas. Na verdade, o governo já está, atualmente, estudando a possibilidade de restringir a pensão para viúvas. O critério seria por idade ou número de filhos. 

      1. Não fala bobagem

        Já há jurisprudência, que você mesmo cita, de que viúvos devem receber pensão.

        Você insiste em colocar um pedido de pensão anterior a 1988. Dá um tempo.

         

        1. m viúvo que alegou

          Um viúvo que alegou dependência econômica da esposa rurícola teve seu pedido de pensão por morte negado pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1). O viúvo, com base no que dispõe a Lei nº 8.213 de 1991 – que garante o direito ao recebimento da pensão por morte em caso de dependência econômica – recorreu ao TRF1 após ter seu pedido negado pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). De acordo com a desembargadora Neuza Alves, da 2ª Turma do TRF1, mesmo que a legislação vigente seja mais benéfica, deve ser considerada a legislação que vigorava à época do óbito da esposa do autor do processo, que no caso aconteceu antes da promulgação da Constituição Federal de 1988.

          http://www.sandovalfilho.com.br/component/content/article/8-noticias/1200-pensao-por-mor

        2. Amor cristão

          Gunter, deixa o “amor cristão” dele aflorar, é a melhor prova do quanto as religiões andam podres e anacrônicas… Desejam o retorno de um passado que jamais voltará!

          Um abraço.

  5. Tradicionalmente, os

    Tradicionalmente, os católicos não seguem as determinações do Vaticano/Papa. Vide pílula e afins. Logo, a nota de apoio à parada gay, para os católicos, grosso modo, não quer dizer nada. Por outro lado, para o movimento gay tem um significado de apoio politico ao movimento LGBT. Como já disse o Gunter.

    Hoje, no Brasil, as missas são, via de regra, frequentada por idosos. O Papa Francisco é pop. Desse modo, ele.joga para a torcida, LGBT, e para os jovens. No entanto, isso é arriscado. Ao se voltar para os “excluídos”, ou LGBT, a igreja católica pode afastar cristãos históricos que se bandearão para outras denominações cristãs. O Papa mexe em um vespeiro, se ele descontruir a ortodoxia teológica da igreja católica, ele, corre o risco de transformar o catolicismo em uma filosofia cristã secular –  que com o tempo não será mais nada a não ser um clube de amigos.

    Não acho que dessa forma o Papa Francisco esteja sendo um grande estadista. Ao contrário, ele está só jogando para torcida. A igreja católica tem problemas muito mais sérios a serem resolvidos que ele, Papa Francisco, nem se arrisca a tangenciar: fim do celibato/casmento de padres e sacerdócio feminino/padres mulheres – isso sim seria uma verdadeira revolução na igreja católica. No entanto, o Papa Francisco é conservador demais para fazer isso.

    Na verdade, o papa Francisco é um conservador.

     

  6. Mulher e Igreja Católica

    Há realidades e fatos concretos que nao me deixam sentir outra coisa que raiva ou desprezo pela igreja católica. É de dar lástima que Papa Francisco cumpra com esse papel tao referente, sinceramente, espero muito que isso nao venhar a ocorrer. Religiao ñ é prática genuina da espiritualidade, a espiritualidade pode nada ter a ver com as instituiçoes que a desejam representar. Qualquer mísero sinal positivo da Igreja é algo imenso a ser festejado?¿ POr que?¿ O que a Igreja tem deixado de discriminaçao, perconceito, a mulher anulada e fadada ao materno, devido aos seus principios dogmaticos.. Sinceramente, é deplorável que um Papa ainda detenha tamanho poder para dar rumos frente ao que é direito humano. Ou deveria ser simplesmente humano, sem ter que passar nem ao menos pelo tom do direito/justiça/política, mas talvez o humano nao sabe sê-lo, ñ é de ua natureza, contraditória por si só. 

    1. Concordo com você, Maíra.
      Os

      Concordo com você, Maíra.

      Os gays podem usar o corpo como quiser (e eu concordo) já a mulher tem que submeter o seu corpo a aprovação do que determina a Igreja. Quanto a posição da mulher dentro da Igreja Católica me aponte uma  só mulher de destaque dentro do Vaticano. Somos subalternas. Nos querem Madres Teresas, Irmãs Dulces. Nem sequer professar as cerimonias religiosas mais importantes é permitido à mulher na Igreja Católica. E olhe que está faltando padre.

  7. Verdade que o sistema

    Verdade que o sistema neoliberal, pela “eficiência” do uso do capital, por tabela trará o bem estar social? É bom falar isso para americanos, ingleses, espanhóis, portugueses, gregos… A história já comprovou esta mentira.

    E “populista” propõe melhoras da vida da população.

    Donde se deduz que: neoliberal=eficiência e populismo não tem sistema de aplicação: populismo=populismo (definição de populismo: sistema em que o lider utiliza linguagem popular, usa e abusa da propaganda pessoal, toma medidas autoritárias, não respeita  partidos políticos e instituições democráticas). Será que atenção aos mais pobres e distribuição de renda é só isso? Quem sustenta o “eficiente” mercado neoliberal?

    Então tá…

    Quanto ao arejamento da Igreja Católica aguardo as próximas eleições para ver de que lado estará. Porque no movimento gay que a Igreja Católica agora aceita tem muito, mas muito pobre. Quero ver se a Igreja vai apoiar o “populismo da esquerda” (sic) representado pelo atual governo com pleno emprego e distribuição de renda ou a “eficiência” do neoliberalismo que aprofunda e prega o desemprego, o roubo das riquezas nacionais para as corporações financeiras,  a centralização de renda e a exclusão social (de gays pobres?).

     

    1. Concordo com você

      Concordo com você Verá. 

      Também não entendi a questão do “populismo”  inserida no texto do Nassif.  Do jeito  que foi colocado, ficou parecendo que populismo = neoliberalismo , pois ao final todos querem a mesma coisa: o bem estar social. Não é isso que se vê. Além do mais, o conceito de populismo soou estranho.

      Estou ansioso para ver a postura da “Santa igreja” nas próximas eleições, pois sabemos quem, de fato, quer o bem estar social. Aguardemos.

      Abs.

  8. Pelas escolhas, se conhece o eleitor.

    Quantos pedófilos ele processou (nos ritos inquisitoriais da Igreja, os mesmos que defenestrou o pessoal da Libertação) e expulsou da Igreja?

    Nadica de nada.

    Continua mantendo um banco? Para que raios uma Igreja quer um banco?

    Indenizou os negros que ajudou a escravizar? Devolveu as terras que grilou?

    Pediu desculpas por ter vendido a alma a Mussolini (uma versão italiana do diabo) para conseguir o vaticano? 

    Só há estadista se for eleito democraticamente, quem elegeu o papa? “Arte de governar” (ver comentário do Assis)? Governar autocraticamente neessita de “arte”?

    Então por que reclamamos da Redentora?

    Estadista é quem enfrenta as forças políticas dentro da dinâmica democrática, dos conflitos trazidos a luz do debate, e não a hierarquia e dogmas.

    O autor me fala em crise de representatividade é elege um ditador para significar o termo estadista.

    Que pecado…ou piada, e de péssimo gosto.

  9. Crises e representatividade.

    O autor embarcou nesta “moda” de denunciar o atual momento como crítico a representatividade.

    Tolice.

    Qualquer calouro de sociologia, história, geografia ou antropologia (argh) sabe que os sistemas representativos submetidos a hegemonia capiatlista sempre estão em crise (sistêmica), justamente porque o sistema de produção  que tende a concentração de renda e exclusão social sempre pressionam o peso relativo do voto, buscando diluir as identidades de classe em armadilhas ideológicas.

    Deste atrito surgem as formas caóticas de manifestação, que de tempos em tempos, toda vez que os efeitos do capitalismo aumentam o sofrimento, e as classes despossuídas não enxergam alternativas democráticas de superação das desigualdades, há a forte tendência de esvaziamento e questionamento dos sistemas políticos.

    Aconteceu em 1848, 1933, 1968, etc. Há tantas outras datas.

    O capitalismo apropriou-se ideologicamente e instrumentalizou com sucesso a Democracia, mas é essencialmente anti-democrático.

    E aí vem o autor a choramingar estas bobices de “crise de representatividade”.

    Eita, sô…tá difícil…

  10. Parada e direitos

    Apoiar a parada é muito pouco, quase nada. A igreja daria um passo importante se defendesse os direitos LGBT, como o casamento homossexual p.ex., se se empenhasse pela lei anti-homofobia, e assim por diante.

    1. Luis Eduardo

      Luis Eduardo Brandão

      Indiretamente, ao apoiar a parada gay, você não acha que Papa/igreja católica defende os direitos LGBT, como o casamento homossexual p.ex., e, sobretudo, se empenha pela lei anti-homofobia, e assim por diante – já que a parada é contra violência contra LGBTs.

      1. Casamento não.

        O discurso atual de alguns padres, como o Fábio de Melo, é apoiar o casamento civil, mas não o religioso. É claro que ninguém vai excomungar gays casados agora. 

        A ICAR está observando os testas da Igreja Anglicana (um meio termo entre catolicismo e protestantismo), que está discutindo agora um rito de benção para casais LGBT.

        Mas a ICAR do Brasil retirou as objeções ao PLC 122 em 2010. Nisso você está certo, é coerente com uma posição agora anti-homofobia.

        E nunca teve alguém relevante da ICAR contra o kit antihomofobia em escolas. O Chalita teve uma posição intermediária entre Haddad e militantes LGBT em 2012.

         

    2. Não acho pouco não.

      Desde a JMJ que Papa Francisco solta mensagens indiretas de inclusão. Isso foi em julho, mais ou menos a mesma época em que Putin, para agradar a Igreja Ortodoxa, sancionou a lei anti-gay.

      Os dois fatos juntos fizeram a direita homofóbica no Brasil recuar um pouco. Os pastores políticos, já desgastados com o “Fora Feliciano” quase não fizeram declarações polêmicas desde então. Quando foi a última fala polêmica de Malafaia? Faz tempo.

      O pessoal tipo Bolsonaro também não quer parecer anti-papa ou anti-Obama, então também fala pouco.

      (Putin foi um desastre para LGBTs na Rússia, mas como a mídia e governos ocidentais querem demonizar Putin, e como a Igreja Católica compete com as pentecostais – que apoiam os Republicanos nos EUA – não é muito difícil entender discursos óbvios.)

      Quem errou em não perceber os ventos foi a bancada governista no Senado, ao engavetar o PLC 122, em nov./2013.

      E agora tem o Min. da Saúde, Petrobrás e CEF financiando uma Parada cujo mote é a criminalização da homolesbotransfobia.

      E os religiosos não estão criticando o governo federal por isso.

      Acompanhemos, mas acho que o ponto de virada já se deu.

      O PT errou feio nisso de fazer concessões a fundamentalismo religioso, aproximou-se às práticas da extrema direita europeia. Não aumentou sua popularidade junto à direita brasileira e assustou secularistas.

      Faz tempo eu discuto o assunto em redes sociais. Do período maio/2011 (abandono pelo governo federal do kit antihomofobia) até nov./2012 (eleição de Haddad) ainda havia discurso “realpolitik”. Aquele papo furado do ‘você tem que entender a governabilidade, blá blá.’

      Já a partir do desastre da manobra feita para acomodar o PSC na CDHM a coisa virou: se alguém falar que não apoia mais o governo federal por conta do fundamentalismo religioso, a militância petista se cala.

      E nunca se viu alguém da oposição (por exemplo, eleitores de Serra em 2010) dizer que graças ao conservadorismo agora é que vão votar em Dilma.

      O resultado é que este ano será naturalmente mais apertada a eleição que em 2010.

      E em eleições apertadas LGBTs são vistos por políticos como gente, como em 2012 na França e EUA.

      1. Sugestão

        Prezado GZ,

         

        Adorei a fina ironia. Já que os LGBT é apenas gente na eleição, por favor, espalhe na comunidade a seguinte mensagem:

        “AQUELES QUE NÃO NOS DEIXARAM VIVER, NÃO VIVERÃO PARA NOS GOVERNAR!”

        E vamos ver o que acontece…

      2. Conversa de ninar bovino…

        Uai, eu não sei o que é mais horrendo (eu sei, é só retórica):

        Os pragmáticos e conservadores que utilizam (instrumentalizam) a agenda LGBT e só consideram a humanidade deles em época de eleições, ou os próprios LGBT que assumem esta condição e se colocam como fiel da balança em eleições apertadas, dando vazão a sua condição de humanidade transitória.

        Deve ser a tal de síndrome de Estocolmo. 

        Só um pobre mentecapto para imaginar que um gay negro, favelado, triplamente discriminado, que conseguiu um emprego ou uma bolsa da Universidade graças a este governo vá dar atenção a Feliciano ou aos espasmos mentais de Caetano “Melloso”.

        O tipo de LGBT que desanca o pragmatismo petista é conservador de raiz (mas aceita o pragmatismo tucanos e afins), e nunca votaria no PT de forma alguma, nem que a gente convencesse o papa chico a ordenar Roberta Close.

         

        PS: o nosso silêncio é cansaço, cês são chatos demais, sô…

          1. O macaco e o rabo alheio…

            Claro que tenho, mas a minha lógica é me preocupar com todos os temas que dizem respeito a todos os eleitores, e não imaginar que eu possa definir acordos ou estratégias a partir de demandas setorizadas, que aliás, nem conseguem vocalizar seus pleitos com algum peso relativo e competência, preferindo a cripto-ação do tipo chantagista, ou seja: se vocês não fazem o que queremos vamos nos vingar de vocês…

            Os que, como você, vivem a espreita de alguma catástrofe para poderem fazer alguma diferença (eleitoral)…e os direitos sociais dos mais pobres que lucraram com estes governos? Ah, danem-se…

            De fato, como eu disse e você parece ter preferido ignorar, minha preocupação não é com o gay, mas com o gay preto ou pobre ou desempregado ou sem faculdade ou sem atendimento de saúde…

            O gay rico e classe média não viram progressistas por causa de sua orientação, ao contrário, vem com o pacote classe média inteiro: retrógrado-fundamentalista, mas que se acha apenas porque tem opções sexuais heterodoxas.

            Engraçado é o pessoal LGBT pró-Ucrânia e pró-Bornhausen vir cobrar coerência de alguém…

  11. Ministério da Saúde dá 600 mil reais para a parada gay

    É vergonho, dentre muitos apoios financeiros, o Ministério da Saúde dar 600.000,00 reais para ajudar na organização da parada gay. Enquanto isso a saúde/SUS, no Brasil, está na  UTI. E dentre os muitos problemas do SUS está a impossibilidade de oferecer exames de papanicolau a todas as mulheres e/ou doentes que tem que entrar com processo no Ministériode Saúde para conseguir remédio.   

    Diferentemente de outros anos, o próprio governo federal aparece como patrocinador da parada, ao lado de Petrobras e Caixa Econômica Federal, empresas estatais que patrocinam o evento desde 2007.

    O ministério da Saúde reaparece em 2014 contribuindo para o ato, o que tinha acontecido de 2000 e 2010 com uma verba de R$ 290 mil no período. Neste ano, um edital do ministério deslocou R$ 600 mil para paradas, incluindo a de São Paulo, para divulgar campanhas de prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, além de distribuição de preservativos.

    Por seu lado, a estatal Petrobras aumentou sua cota de patrocínio, subindo de R$ 200 mil dados em 2013 para R$ 220 mil desembolsados neste ano. Já a Caixa manteve o valor de R$ 50 mil que contribuiu na última edição.

    http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2014/05/04/em-ano-de-eleicoes-governo-federal-cola-em-parada-lgbt.htm

      1. Mas isso nao vai mudar em nada sua campanha anti-PT, né Gunter?

        Porque tudo o que o PT nao faz a favor dos homossexuais você multiplica por 3, mas o que faz você minimiza ou deixa de “lembrar”. Nisso parece até a nossa mídia, com os seus 2 pesos e 2 medidas… 

        1. Olha, não vai.

          O desencanto com várias coisas foi enorme.

          Dar dinheiro para Paradas (e a própria PMSP dobrou ano passado a verba em relação a 2012) não compra consciências.

          Foi o PT que revogou a lei antihomofobia do DF e apoiou (era ainda governo) a revogação no RJ. Em SP está ok e ficou como única lei antihomofobia estadual regulamentada do Brasil.

          Foi o PT que quis copiar e depois renegou o kit antihomofobia das secretarias estaduais de educação de SP e MG.

          São os presidentes em comissões na Cãmara e Senado que barram os projetos de interesse LGBT.

          É Dilma a única pré-candidata que não fez declarações aceitando o Casamento Civil Igualitário. E ainda tem 3 deputados de partidos de sua bancada com projetos contra. Você mesma disse que Executivo deve orientar, não? Por que não orientou o Dep. fonteles a NÃO fazer discurso em plenário contra o Casamento Gay?

          Foi o Min. da Saúde, esse mesmo que agora soltou 600 mil, que vetou propaganda já paga anti-AIDS só porque tinha dois homens…

          Esse mesmo ministério mandou recolher a cartilha de educação sexual do Min. Temporão.

          E eu não deixo de lembrar. Mas não dá “ibope” aqui porque os próprios petistas do blog não dão destaque. Boa parte não virou post:

          https://jornalggn.com.br/blog/gunter-zibell-sp/algumas-verdades-inconvenientes

          E mesmo as coisas que há para se lembrar não compensam essa coisa tão antiética de negociar direitos civis em troca de tempo de TV de partidos como PSC, PR, PRB ou PP.

          Se o PT tem problemas hoje de comunicação com (parte de) segmentos LGBT não é trabalho meu remontar a imagem.

          O PT fez muita coisa explicitamente para cortejar o voto conservador moral.

          Se quiser mudar e trabalhar por isso, que o faça.

          Eu me sinto traído.

          Não fui eu quem mudou. Não fui eu que quis que as coisas fossem por essa direção.

          Quem mudou foi o PT. Se quiser, que mude de novo.

          Podia começar colocando os militantes divulgando as poucas coisas que ainda faz (na PMSP e no governo de RS)

          Mas não faz para não atrapalhar as alianças, né?

          Não é minha responsabilidade.

          Você cobra muito as coisas de mim.

          Cobre posturas do PT também.

          Não é proibido se manifestar simpatizante no Brasil. Ainda não é como a Rússia.

          Que os candidatos do PT então não tenham vergonha de se declararem simpatizantes.

          Que tal Lindbergh? Ah, mas e o apoio de Malafaia?

          Não é minha responsabilidade também.

          O PT faz as escolhas que quiser para seus projetos.

          Mas não quer meu voto. 

          E nem se pode dizer que não compartilho de parte do pensamento. Afinal, meus candidatos favoritos são ou Campos (aliado do PT desde sempre até ano passado) ou Marina ou Randolfe ou Eduardo Jorge. Todos ex-PT.

          Estes dois últimos são pró-descriminalização do aborto e da maconha. E também favoráveis ao combate da homofobia.

          Dilma e Padilha podem fazer o mesmo discurso.

          Se quiserem.

          Proibido não é.

          1. Quando eu digo q vc carrega as tintas de 1 lado só…

            E ainda por cima, Gunter, que que é isso de enfiar a Rússia no comentário? Para ser antipetista é preciso tb se alinhar com esse blablablá de trolls, anti-Rússia, anti-Cuba, os comunistas que comem criancinhas (quem faz isso sao os padres, rs, rs)  etc e tal? Toma tento, seja anti-petista mas nao vire troll por causa disso! 

          2. Não.

            Não há um único comentário meu do tipo anti-Cuba ou sobre comunistas que comem criancinhas. Isso é “criação de espantalho”, tentar me associar ao que eu não disse. Já discutimos essa técnica em debates não?

            O governo Putin é uma fraude, não levará o bem a ninguém, nem ao próprio povo russo que pagará a conta da continuidade da demonização.

            Eu só colaboro com a verdade ao escrever sobre isso. (Tenho vários artigos, se desejar mando os links.)

            Faço bem em lembrar de autocracias. Até porque tem dias que eu penso que a Rússia é aqui.

            Você não nota que a estratégia de se apoiar em voto fundamentalista tem elementos com o cortejamento à Igreja Ortodoxa? É incrível que depois o ingênuo sou eu…

            Ou falar a verdade é ser troll?

            Por acaso a Rússia não proibiu (em jan./2014) manifestações de rua (as não-autorizadas, pois as a favor do governo são autorizadas, como o recomeço este ano da Parada de 1º de Maio.)

            Por acaso a Rússia não promulgou uma lei (em junho/2013) que proíbe a defesa pública de direitos civis iguais?

            Por acaso a Rússia não marcou para 01.ago o início da censura ao Youtube e facebook?

            Por acaso a Rússia não patrocina extra-oficialmente as milícias do Leste Ucraniano?

            E você acha errado eu mencionar a Rússia…

            Vamos bem, não?

            O certo seria você dizer o que no meu comentário é inverdade.

            E eu não sou anti-petista.

            Sou a favor do combate à homofobia. O PT é que não mais quer sê-lo. Então eu sou contra as negociações políticas e discursos atuais do PT. Que mude se quiser, pois proibido não é.

            E não serão R$ 2 milhões em verbas públicas que mudarão essa imagem.

            E se o PT prefere ser conservador moral é uma opção válida para esse partido, só que não é a minha:

            http://www.jornalggn.com.br/blog/gunter-zibell-sp/para-entender-alguns-discursos-politicos-atuais

            E minhas posições não são de hoje:

            https://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/ordem-e-progresso

            https://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/que-fim-levaram-todas-as-flores

            Faz dois anos, portanto, que sou oposição transparente e argumentativa. 

            Tem também os 10 ou mais textos sobre Rússia e Ucrânia.

            Posso não ser pró-PT hoje, mas troll não sou.

            Achei argumento fraco esse.

            E por que tentar mudar (ou influenciar) a minha opinião? Eu sou apenas uma pessoa…

            Tente-se influenciar o PT a voltar a ser simpatizante, que o alcance é de 8 milhões de eleitores!!!

             

             

             

          3. Mistura de alhos c/ bugalhos. Nada disso é relevante aqui

            Nao estou defendendo a Rússia, nao tenho nem simpatia nem antipatia pela Rússia (talvez um pouco de torcida por ser um obstáculo ao poder absoluto dos EUA, mas é só). Mas fale contra a Rússia em tópicos sobre a Rússia, nao “enfiando” em outros tópicos, sem quê nem pra quê. Isso é tática de trolls, que fazem isso porque associam (erradamente a meu ver) a Rússia atual com a ex-URSS. Já vi você fazendo isso em outro tópico, até comentei. E meter a Igreja Ortodoxa aqui tb nao tem pé nem cabeça. Até porque tb é maluquice associar Igreja Ortodoxa com Rússia como potência, a Igreja lá é tao pouco favorável aos governos como a ICAR aqui. 

          4. Eu não associo a Rússia atual

            à ex-URSS. A ex-URSS era um sistema do socialismo real, com diversificação da economia e baixa concentração de renda.

            E naquela época a Igreja Ortodoxa não apitava nada.

            Agora é diferente. Putin usa conscientemente e deliberadamente o conservadorismo moral como ferramenta de manipulação de opinião. Vide um longo discurso recente em que ele fala sobre como os valores russos do século XIX são superiores aos ocidentais e as restrições recentes à divulgação da possibilidade de aborto.

            E eu vou reservar meu direito de criticar o regime russo atual usando-o como exemplo daquilo que não devemos aspirar.

            Em qualquer comentário ou post.

            Não considero isso ser troll.

            A culpa dessa situação não é minha, a elite política russa é que levou a isso. Se eles quiserem ser vistos de outro modo, como exemplo positivo, que trabalhem por isso, uai.

          5. Enfiar 1 mesmo assunto em qq tópico É CONDUTA DE TROLL

            Francamente, Gunter. Você parece até meio alterado com esse tipo de coisa. Posso até entender que você faça proselitismo em cima de tópicos que te tocam muito de perto. Mas anti Rússia? Alguma coisa está esquisita com você. 

  12. Temeridade

    Discordo.

     

    Acho uma temeridade considerar um estadista alguém que se rende às políticas escusas da sua própria organização, enquanto que externamente “joga pra galera”.

    Não há nada de diferente neste papa, exceto o fato de que ele (+ cúria) conseguiram tirar os holofotes das mazelas do Vaticano e, com muito mkt pessoal, tratar temas “sensíveis” com a irresponsabilidade de quem não está nem aí para a Família. 

    Família não é projeto humano. Família é projeto de Deus, para benefício da sociedade. Sociedades que historicamente abandoram esse projeto acabaram extintas, sem contar as mazelas sofridas.

    Talvez a história nos livre desse equívoco, porque por enquanto nem o papa salva (aliás, não salva mesmo!)

    1. Começou tao bem e terminou tao mal…

      Dois primeiros parágrafos excelentes, sobre o aspecto de fruto de markting do papa. Depois descambou, com esse blablablá sobre a família como projeto de Deus. Primeiro porque famílias as há de vários tipos, nao só como os conservadores e religiosos as querem. E depois porque “projetos de Deus” nao têm que ser levados em conta em sociedades laicas. Ponto. 

  13. Auto de fé.

    O melhor papa é o que já morreu. A melhor igreja é a que está fechada. Direito a crer em fábulas religiosas deve estar circunspecto a intimidade do lar do crente.

    Não há estadista, nem avanço algum em igreja alguma.

    A fé é por natureza intolerante, não tegiversa, não tem interlocução, porque que crê em verdades imutáveis. Não é à toa que capitalismo e cristianismo se deram tão bem, pois são anti-democráticos por princípio.

    Não é à toa que a estrutura normativa da Inquisição continua intacta desde muito tempo. Guardados para serem usados quando preciso.

  14. .

    Nassif, reliigião continuará sendo o ópio do povo e, por mais panos quentes que se coloque, a luta de classes continuará sendo o motor das sociedades. Onde houver um controle maior sobre o capital, o acirramento será menor. Onde o capitalismo selvagem imperar, as colisões serão de consequências maiores, imprevisíveis, inevitáveis. O Papa que reze por todos.

  15. Votos e fiéis o que manda é o dinheiro.

    Nassif, longe, mas muito longe de ser um estadista, o Papa é apenas um homem em busca de auto-afirmação. Esta surfando na maré da tolerância grotesca de aceitar a promiscuidade como causa natural e isto não o torna um estadista. Esta palavra ao longo da história da humanidade pode ser atribuída a pouquíssimos homens que demonstraram com atos fortes e atitudes decisivas que realmente faziam a diferença. A Igreja Católica está a beira do abismo do vácuo que criou para si mesma e vê suas hostes se esvaziarem dia após dia. A mesmice de suas missas, o uso de imagens paradoxais, a santificação indiscriminada para atender demandas políticas, as missões frustradas na África e todo o conjunto de aberrações promovidas por seus padres, bispos e cardeais fizeram da Igreja uma instituição arruinada moralmente que só sobrevive pelo poder econômico. Se um dia o Papa Francisco vier a se tornar um estadista, certamente este dia será em que veremos a Igreja Católica Apostólica Romana fechar as portas.

  16. Direito de Viver – Chitãozinho & Xororó

    Todos homens são
    Distintos demais
    Todos sentem dor
    Todos são mortais
    Então porque não estender a mão
    A quem precisa mais de ajuda e atenção que nós
    Se deus é nosso pai
    Quem é que não é nosso irmão

    Negar ajuda a quem precisa, não
    Negar ajuda a quem precisa, não

    Todo mundo tem direito de viver
    E o milagre vem de mim e de você
    Todos tem que ter direito a ser feliz
    Que é pra não morrer o futuro do país

    É o nosso dever ajudar alguém
    E não só fazer o que nos convém
    Quando a gente quer repartir o pão
    Multiplica a fé
    Soma grão em grão

    Então por que não estender a mão
    (pra quem tá correndo perigo)
    Pra quem precisa mais de ajuda e atenção que nós
    (pra isso é que servem os amigos)
    Se deus é nosso pai
    Quem é que não é nosso irmão ?

    Negar ajuda a quem precisa, não
    Negar ajuda a quem precisa, não

    Todo mundo tem direito de viver
    E o milagre vem de mim e de você
    Todos tem que ter direito a ser feliz
    Que é pra não morrer o futuro do país

    Como é que pode alguém não ter nada com isso
    Como pode alguém dizer: não é problema meu
    Como é que pode alguém viver sem compromisso
    Não foi pra isso que jesus cristo morreu
    (todos somos iguais)

    Todo mundo tem direito de sonhar
    De ter paz, ter segurança e o que comer
    Todo mundo tem direito de falar
    E de se entregar a quem bem entender
    Todo mundo tem direito de assistir
    A virada do milênio que está aí
    Todo mundo tem direiro à crescer
    De brincar, de se educar e de sorrir

    Só assim que vai ser grande esse país

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=IbDEA7LsB8M%5D

  17. Belo texto!

    Caro Nassif, hoje eu creio que as Igrejas de todas as religiões são instituições mantidas e pensadas por homens, não por Deus, então as “retirei” do meu convívio pessoal. Inclusive acredito que se a humanidade sobreviver mais algum tempo, serão instituições fadadas a perder poder sobre os indivíduos em função de dogmas que se tornarão cada vez mais contraditórios e arcáicos, como por exemplo as novas formas de pensar sobre o papel da mulher na sociedade moderna, a política quanto a minorias, gays na frente, etc.

    Porém somos obrigados pelas osmoses sociais a conviver com várias delas em momentos distintos de nossas vidas, então sob esse aspecto, o papa Francisco surge como bela novidade no tecido socio político mundial. Pepe Mujica lembrado aqui, também… São pessoas inspiradoras pelas ideias, pelo exemplo, e nos fazem ter esperança na humanidade.

    Um abraço.

    1. ” as novas formas de pensar

      ” as novas formas de pensar sobre o papel da mulher na sociedade moderna, a política quanto a minorias, gays na frente, etc.”

      Isso só acontece no ocidente cristão, capitalista, liberal.

      Exatamente o que a esquerda quer destruir.

  18. Princípios no vazio, s/ ligaç c/ forças sociais, sao só PALAVRAS

    E esperar de um papa algo em prol da melhoria da humanidade é de uma INGENUIDADE ATROZ. 

  19. Papa Francisco

    Nassif,

    Não existe mais espaço para estadistas ou personagens carismáticas no mundo moderno. 

    Basta olhar prá trás e ver o destino do pessoal dos dois grupos, a morte antes da hora. O Papa JPaulo II foi pessoa muito carismática e sobreviveu até mesmo àquele ataque no Vaticano, e o Papa Francisco já mostrou ser líder carismático,  característica que deverá ajudar a ICAR sob diversos aspectos, um deles a recuperação da imagem do Vaticano, ainda bastante desgastada por conta dos inúmeros casos de padres pedófilos.

    Neste pouco tempo de papado, Papa Francisco só fez gol a favor, foi prá cima dos pedófilos, meteu a mão naquele vspeiro que é a IOR, iniciativas que interferiram no interesse de inúmeros cardeais.

    Como grande amigo de Emílio Massera e Rafael Videla, fato inquestionável, Papa Francisco sabe perfeitamente bem como a banda toca neste mundo, e como eu disse aqui desde o primeiro momento de sua escolha, Papa Francisco foi ótima escolha, pois só mesmo um Papa “mafioso” para enfrentar com sucesso aquelas cobras criadas instaladas no Vaticano. Como não é burro, Papa Francisco tratou de mudar de endereço, modo de dificultar ocorrências estranhas durante a noite.

    A continuar neste ritmo, reconheço que ele pode vir a ser reconhecido como um estadista. 

  20. Esse papa esta´ querendo

    Esse papa esta´ querendo agradar a Deus a o diabo. Resultado : O primeiro não o reconhecerá, e o segundo não lhe dará valor. Será um a mais no inferno.

  21. Realmente, é notável essa

    Realmente, é notável essa recente guinada, digamos, progressista de um importante setor da Igreja Católica em apoio à causa gay na maior cidade do Brasil. Antes do Papa Francisco, isso não ocorreria. É importante realmente que haja uma liderança religiosa tão importante como estadista, digamos, progressista, conforme apontado pelo Nassif. Ainda mais num momento em que pode resultar em grave conflito mundial a crise na Ucrânia. Mas, é preciso atentar para interesses político-econômicos muito fortes em jogo aí, e que certamente se sobrepõem a quaisquer outros “princípios”. No Brasil, ainda é importante reforçar o que restou da Teologia da Libertação, praticamente relegada a poucas áreas, nos últimos tempos. É a ela que os direitos indígenas e os do povo mais pobre e desvalido devem alguma visibilidade, num mundo e num país cujo desenvolvimentismo capitalista passa como trator sobre eles, ou como tanque de guerra, para que por ali passem os carrões dos agronegociantes milionários.

  22. Papa Estadista é o Estado Absoluto da Obediência

    comentários espinosanos no Tratado Teológico-político estudados interpretados decifrados pela Chaui, para ilustrar iluminar o estadista preferido do seu Nassif (pobre da civilização atual…): o santo “papa argentino”; e, também, dar uma ajudazinha ao nosso Herr Gunter (tamo junto mermão!) malhado que nem um judas no pedaço lulopetista:

    “A teologia é a teoria imaginária da contingência. Centrada na imagem de uma vontade onipotente e transcendente que cria e governa o mundo, a imaginação teológica propõe explicações que conservem o medo e a esperança, pois deixam cada um dos humanos suspensos aos desígnios imprevisíveis de um poder altíssimo; e propõe códigos de conduta em que a vontade humana se submete à divina pela mediação daquele que afirma saber interpretá-la, isto é, o teólogo.

    Eis por que o Teológico-político  declara taxativamente que a verdade, e única verdade, da teologia é ensinar a obediência, pois seu ponto de partida é a distinção entre razão ou luz natural e a revelação ou luz sobrenatural, distinção que, na realidade, afirma a inferioridade da primeira e a superioridade da segunda, exigindo que aquela se submeta a esta. Pondo-se como intérprete autorizado das revelações divinas, o teólogo pretende com elas estancar a razão e dominá-la. […] Filosofia e teologia não se distinguem pelo conteúdo de suas verdades e sim pela atitude diversa que exigem daquele que deseja pensar: a teologia exige obediência e submissão intelectual; a filosofia é exercício livre do pensamento.

    Mas, se a teologia exige uma razão obediente e submissa, se transforma o sentimento religioso em submissão a preceitos e dogmas incompreensíveis, nada impede que aquele que deseja obedecer possa também desejar compreender o sentido de sua obediência. […] Em outras palavras, aquele que procura o sentido de sua obediência ao já pensado, já dito e já feito descobre que precisa abandonar o recinto teológico se desejar realmente pensar, dizer e agir. Isto é, se desejar ser livre.

    […] Por isso mesmo, a teologia racional, jamais sendo um saber, é sempre política. De fato, é impossível considerar obra de um infeliz acaso o encontro desse não-saber com uma prática autoritária, porquanto um não caminha sem o outro e ambos carregam em seu interior o princípio de uma dominação irrestrita. O fato de que a dominação se realiza de maneira perfeita – insólita, diz Espinosa – quando a figura do dominador não está imediatamente visível é o signo acabado do exercício pleno da autoridade, pois ter autoridade é fazer-se reconhecer como tal por um outro que a interioriza e se identifica com ela, cumprindo seus decretos e mandamentos mesmo na ausência visível dela. Esse reconhecimento in absentia leva a executar ordens e comandos, não porque seria impossível agir de outra maneira, mas porque, interiorizada, a obediência tornou-se espontânea. Aquele que assim obedece não o faz porque reconheça um valor intrínseco na ordem e no mandamento recebidos, mas porque sente que emanam de um poder reconhecido, ainda que desconhecido. Conseguir a obediência sem o constrangimento da força bruta é obter a posse absoluta do outro. E a teologia sabe que a verdadeira tirania não é aquela que se exibe pelo ferro e pelo fogo, mas aquela que consegue alcançar a universalidade e a homogeneidade do espaço social e político, os corações e as mentes. Essa autoridade não quer obediência obrigada, pois esta não a legitima: aspira pela obediência desejada e consentida; busca a submissão que se suprimiu como obediência porque já deixou de ser sentida como obediência. Não é surpreendente que, no campo teológico-político e no campo teológico-metafísico, a liberdade só possa manifestar-se como insubordinação e revolta, como pecado e heresia.”

    Política em Espinosa. Marilena Chaui. São Paulo, Companhia das Letras, 2009.

     

     

     

     

     

     

    1. Que teologia assustadora, companheiro !

      Caro JC.Pompeu, não existe uma tradução teológica conservadora da Chauí, nem uma tendencia extremamente religiosa da parte do Nassif, que nem é tão católico assim,  porem sua visão de pessoas competentes e que fazem a diferença, é ímpar, concorda ? E concordemos, num mundo tão carente de homens de boa vontade, aonde os bárbaros prevalecem, e normalmente pela fôrça política e militar, este Papa, ecumenicamente consegue falar e entender-se com demais líderes religiosos, e mais do que ser certamente o maior Estadista do planeta neste momento,ele faz a religião não ser o ópio do povo, mas uma esperança de uma vida com Deus, e com união com os irmãos.

  23. Quando percebemos o

    Quando percebemos o desaparecimento de civilizações, processos, tecnologias, crendices e outras, mas o livrinho de capa preta continua fazendo sucesso, é algo que não se pode desprezar ou relegar.

    Nassif, na sua opinião Jesus era de esquerda ou de direita? E os ensinamentos biblicos a qual lado predominam?

  24. Oi meu nome eh esquerdista
    Oi meu nome eh esquerdista hipócrita e defendo os gays e suas manifestações, mas odeio os religiosos e suas crenças. Generalizo os defeitos dos que discordam de mim l.

  25. Obama do vaticano

    Papa Francisco está ligado a globalização liberal anglo americana. Até agora o MKT do vaticano acertou todas.

    João XXIII abriu a ICAR aos valores do iluminismo. A igreja se tornou uma instituição com missão de ordem preferentemente temporal.

    Só há uma saída a mobilização política dos cidadãos de cada país do mundo, em uma organização partidária e ideológica nítida em seus princípios e objetivos e em sua ação coerente a fim de colocar COLEIRAS NOS BANQUEIROS.

    … onde predomina uma deterioração de princípios nada de bom e saudável pode germinar. Somente o caráter do cidadão cria e conserva o Estado e possibilta a liberdade política e civil…  FRIEDRICH SCHILLER

  26. Não, as ideologias não
    Não, as ideologias não desapareceram… Elas podem estar em crise, mas não desapareceram…Estão em crise porque a praga do neoliberalismo embaralhou tudo depois do esfacelamento da URSS e do fim do chamado “socialismo real”, quando pareceu que o capitalismo havia triunfado sobre o humanismo (que aparecia nas vertentes socialistas, comunistas, trabalhistas, sociais-democratas…)…A partir daí o neoliberalismo, aparentemente triunfante, impôs uma espécie de pensamento único, e a ideia de que a história havia chegado ao fim e as ideologias inexistiam e não mais faziam sentido…Ledo engano… Essa foi uma das mais espertas e bem pensadas jogadas que o capitalismo financeiro em ascensão difundiu para impor seus princípios de Estado mínimo, economia desregulamentada e concessões (não direitos) para as camadas excluídas e exploradas da sociedade…O troço funcionou a tal ponto da própria esquerda entrar na jogada e entrar na  roda… A antiga esquerda humanista, defensora dos direitos civis, do Estado do Bem Estar Social, e da construção de uma utopia de justiça social e paz para os povos, começou a também fazer parte da demoníaca e insensível engrenagem neoliberal…Partidos e lideranças de esquerda passaram a ser cooptadas ou dominadas pelos interesses de mercado, e pouco a pouco em nada começaram a se diferenciar dos partidos e lideranças de direita. A única diferença era a de que os de esquerda procuravam dar um verniz social a um modelo econômico que privilegia os interesses de mercado, enquanto os de direita continuaram a defender os pilares básicos do sistema capitalista, os chamados direitos individuais e a tal eficiência gerencial, a partir de um Estado mínimo, que não intervisse nos mercados e não gastasse dinheiro público com coisas supérfluas… Por coisas supérfluas passaram a ser entendidas políticas públicas justamente essenciais para a manutenção do Estado de Bem Estar Social e que atenuavam as injustiças e desigualdades inerentes ao sistema capitalista…Azeitou-se uma máquina de eleger candidatos sem compromissos com seus eleitores, mas sim com seus financiadores de campanha (como é o caso do Brasil). Onde meios de comunicação que mais manipulam e desinformam do que ajudam a esclarecer, e que também são vinculados aos interesses de mercado, ajudam a eleger bancadas ultra-conservadoras, que atravancam e impedem avanços sociais que vão de encontro aos interesses de mercado. Mesmo quando governantes trabalhistas ou de esquerda são eleitos eles ficam impedidos de ir além dos limites da governabilidade que certas alianças (necessárias para se eleger) lhes impõem. E não conseguindo reformar de forma ampla, tem que se contentar com medidas cosmetológicas e, ainda assim bombardeadas pela mídia mercadista como “populistas”.O resultado é que a esquerda, impedida de realizar reformas acaba ou derrotada eleitoralmente por uma direita mais comprometida com o mercado. Ou segue esse ciclo de eleição após eleição vestir uma camisa de força que a impede de realizar reformas que o povo reclama e a Nação necessita, para reduzir as desigualdades sociais e combater a miséria absoluta – seja porque aceita os limites de “governabilidade” da “democracia burguesa”, seja porque mesmo impedida por esses limites, acaba, mesmo que de cabeça baixa para o sistema, perseguida e demonizada por uma mídia mercadista .Como essa situação é complexa e praticamente imperceptível pelos que não acompanham a política no seu dia a dia, ou por seu viés acadêmico, as coisas vão continuando assim. Até que eleição pós eleição esse eleitorado vá aprendendo com seus próprios erros e acertos, o que demanda muito tempo, repletos de avanços, mas também de recuos (que não raro representam retrocessos sociais terríveis, sempre contra os mais pobres).Quanto ao papa Francisco. Após os anos de obscurantismo do catolicismo, escamoteados pelo longo papado do popularesco pontífice João Paulo II, a Igreja Católica retoma os rumos e ventos liberalizantes do Concílio Vaticano II, conduzido pelos papas João XXIII e Paulo VI.Depois da morte, em circunstâncias muito suspeitas e até hoje mal esclarecidas, do papa João Paulo I, que permaneceu apenas 33 dias à frente do catolicismo, surge novamente um papa carismático e disposto a retomar essas reformas que recolocam o catolicismo nos trilhos da contemporaneidade.Reformas essenciais que tornam a Igreja mais tolerante, mais transparente, com rosto mais humano, dentro de seu princípio de instituição santa e pecadora, mas que busca a santidade pelo respeito ao próximo e pelo respeito à dignidade humana, fazem desse surpreendente papa um estadista contemporâneo, pois comprometido com os valores de seu tempo e com as reformas que a Igreja necessita para reconquistar o papel de vanguarda, não mais pelo viés ultra-conservador e intolerante do passado, mas pelo viés do diálogo inter-religioso (com outras crenças) e filosófico (com variadas lideranças políticas globais).Oxalá o papa Francisco consiga enfrentar resistências que surgirão de dentro do próprio catolicismo (e também fora dele) e seja peça importante no tabuleiro global para a construção de um novo modelo econômico mundial, baseado na defesa da vida, da auto-sustentabilidade, da justiça e da igualdade social. Valores que se contraponham ao egoísmo, ao consumismo desenfreado, e a ditadura do “deus” mercado, que a tudo e a todos engole.O cristianismo e o mundo só terão a ganhar com isso.

    1. Defina “neoliberalismo”, seu

      Defina “neoliberalismo”, seu conceito e principios, livros, autores, ideólogos. trabalhos acadêmicos em defesa do neoliberalismo.

      Quanto o poder estatal se reduziu ao longo do século XX ?

  27. A modernidade contra o obscurantismo.

    Concordo plenamente com o comentarista, e só dou um certo desconto ao nosso Arcebispo, o Cardeal Dom Odillo Scherer, no que concerne à sua formação teológica, ainda muito ligada à antiga doutrina cristã, que a Cúria metropolitana de São Paulo pregava e mantinha inalterada, a de que o conservadorismo teria que prevalecer, como se a entrada na modernidade, fosse uma ameaça à fé cristã, da igreja católica.

    Foi preciso um franciscano, oriundo “do fim do mundo” para balançar os alicerces de uma igreja que se acreditava tão segura, porem perdia fieis a cada dia, e não tinha armas para enfrentar as seitas evangélicas, crescentes e pegajosas.

    Por isso, tambem concordo com o comentarista, que “enxerga” no Papa Frncisco, um revolucionário, que fará a nossa santa igreja, avançar e recuperar as ovelhas desgarradas e perdidas, para outras religiões, ou sem sem pastores.

  28. “O que é ser de direita ou

    “O que é ser de direita ou esquerda?”

    Em resumo ser de esquerda é lutar pela redução da desigualdade mediande redução das liberdades por meio do aumento do poder estatal. A direita a redução da desigualdade será obtida pela redução do poder estatal, aplicando o princípio da subsidiariedade, e para os católicos a DSI Doutrina Social da Igreja.

    1. Direita e esquerda, na interpretação católica.

      Certamente você não é cristão; Se for, não é um “bom” católico; Se for(ou tentar vender esta imágem) não é batizado, senão não estaria tão equivocado, a respeito de direita e esquerda; pois está interpretando errado, este conceito.

      A Igreja católica apostólica e que segue os dógmas da Cúria Romana, interpreta a política de “direita” como uma tendencia conservadora e apropriadora dos recursos do universo, por uma minoria de exploradores, contrapondo-se à  esquerda, que é uma visão cristã, de distribuição equanime dos recursos naturais e da produção de riquezas, entre todos os envolvidos neste processo, não aceitando que o capital, subjugue o trabalho, em defesa de uma divisão de classes.

      E esta é a visão do “novo”, a visão do Papa Francisco.

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