Roberto Civita, a derrota póstuma de um chefão da mídia, por Luis Nassif

Iniciei minha carreira jornalística na Veja em 1970. Era dirigida por Mino Carta, tendo abaixo de si dois grandes secretários de redação: Luiz Garcia, um mestre na arte do jornalismo, Sérgio Pompeu, um mestre na psicologia das redações. Foram substituídos por outros jornalistas, igualmente talentosos, mas de estilo mais truculento, Luiz Roberto Guzzo, que assumiu o posto ainda na era Mino, e Elio Gaspari, que foi convocado na era Guzzo, depois de ter saído da Veja para assumir uma coluna no Jornal do Brasil.

Depois de três anos de experiências, até atingir o azul, Veja tinha todos os ingredientes de um ambiente inovador campeão.

Roberto Civita e Mino CartaDe um lado, a importação do modelo Times e Newsweek, de simplificar os grandes temas da semana, até o limite de entendimento da dona de casa de Botucatu – como se dizia na época. Depois rechear o texto com truques de estilo, uma ampla adjetivação, uma arrogância editorial, um comportamento superior, valorizando as informações e análises, a maioria ao alcance de qualquer leitor, fulminando os personagens das matérias com um humor ácido. Lendo a Veja, qualquer imbecil entendia e se via parceiro de um pensamento superior.

Havia ainda um cuidado de ourives com os pequenos detalhes irrelevantes – como o vinho servido na refeição, a reconstituição algo literária de cenas que o repórter não presenciou, para contornar a falta de profundidade da maioria das reportagens, fruto de uma opção editorial, não da falta de talento da redação.

Trabalhando essa receita, capas criativas, inovadoras, variadas, retratando as mudanças do país, a nova atriz que surgia, os novos empresários que apareciam. Tudo isso sendo trabalhado por uma redação entusiasmada, campeã, tendo em Mino um líder referencial.

Sérgio Pompeu humanizava o temperamento  de Mino Carta, alertando sobre pontos de tensão que eventualmente surgiam na redação.

Na época em que a TV Globo explodiu, com o trabalho brilhante de Boni, Veja conseguiu ser o porta-voz máximo do pensamento médio paulista – da classe média à empresarial – e o sonho de consumo de opinião da classe média ascendente e de empresários tradicionais de outros estados.

Era oficialista, sim, até o momento em que Mino resolveu apostar na redemocratização e entrou em conflito com Roberto Civita. E o oficialismo assegurou à Abril grandes benesses, como a montagem da rede de hotéis Quatro Rodas com recursos da Sudene.

Roberto Civita

Faço essa abertura para introduzir o personagem do artigo: Roberto Civita.

Caixa de Texto: Figura 1Com Roberto Setubal, Victor Civita e Mino

Não sei se ele é o medíocre, descrito por Mino Carta em seus livros. Inescrupuloso, sem dúvida. A pouca convivência que tive com ele foi suficiente para entender a ira santa de Mino. Convivi com outros grandes empreendedores, da mídia e de outros setores, muitos tão frios quanto Civita na administração dos negócios. Mas João Saad e Otávio Frias, por exemplo, eram personalidades fascinantes, ainda que muitas vezes me chocasse a frieza com que encaravam o interesse de suas empresas. Não era o caso de Roberto Civita.

Mesmo assim, foi um campeão, sempre o primeiro a perceber os movimentos da mídia norte-americana e a importa-los para o Brasil.

O grande Luiz Fernando Mercadante, uma das peças chaves da revista Realidade, e já afastado do jornalismo, me falou acerca do talento de Roberto Civita. Foi assim no lançamento da Realidade e, especialmente, quando entendeu a eficácia do modelo Times-Newsweek. Mais ainda, quando selecionou os jornalistas que deveriam levar os projetos adiante.

Foi atrás do maior jornalista desde então, Mino Carta, que trouxe do Jornal da Tarde uma equipe talentosíssima, com Tão Gomes Pinto, Renato Pompeu, ao qual se somaram jovens revelações cariocas, como Elio Gaspari, Dorrit Harrazim, Marco Sá Correa.

Antes disso, com a Realidade, atraiu grandes jornalistas da época, Mercadante, Milton Coelho da Graça, Sérgio de Souza, Hamiltinho, Narciso Kalili. E teve o mesmo discernimento na montagem de Quatro Rodas, Placar, Exame, com Paulo Henrique Amorim, Cláudia.

Playboy, com Mário de Andrade e Juca Kfoury, além do padrão de nus da revista-mãe, notabilizou-se por grandes reportagens.

Nos anos 90, quando as novas tecnologias começaram a se consolidar, deu uma entrevista ao Roda Viva mostrando o conhecimento amplo sobre o novo universo que surgia. E uma megalomania notável, que o fez enveredar por novos setores sem ter domínio sobre o modelo de negócio e sem ter noção sobre a desproporção de capital exigido com o que a Abril conseguiria captar.

Foi assim, quando se habilitou a uma das concessões de TV distribuídas por Antônio Carlos Magalhães no governo Sarney. Meteu os pés pelas mãos. Mais à frente, acertou uma parceria com a TV Gazeta, com a Abril Vídeo. Colocou a programação nas mãos competentíssimas de Mercadante e Narciso Kalili. Mas em um veículo – uma TV pequena, sem rede – impossível de gerar receita publicitária que pagasse o projeto.

Quando percebeu o avanço da TV a cabo nos Estados Unidos, montou a Sky por aqui, outro salto desproporcional em relação ao tamanho da empresa. Em todos os momentos, contava com o poder de persuasão de Veja para resolver os problemas que surgiram.

Dispersão de energia

Civita foi vítima de um vício recorrente em quase todos grandes grupos de mídia: a dispersão de energia em muitas frentes, perdido ante a multiplicidade de frentes que surgiram com as novas tecnologias.

Caixa de Texto: Figura 2Luiz Frias e Roberto Civita na fusão da UOL com a BOL

A salvação passou na sua frente com a montagem da BOL, um dos primeiros portais de Internet, competindo com a UOL. A BOL saía na frente porque tinha à sua disposição o conteúdo das dezenas de publicações da Abril.

Deu algumas cabeçadas iniciais, mas teria tudo para se transformar no grande portal de notícias brasileiro. Contava com a revista de informação mais lida, a Veja, com a revista empresarial de maior penetração, a Exame, com a revista esportiva líder, o Placar, com as revistas femininas de maior prestígio, Cláudia, Contigo.

Mas, nos primeiros percalços, Roberto Civita se desfez da BOL, aceitando uma fusão com a UOL. Como narrei no artigo anterior, Luiz Frias se associou à Portugal Telecom, montou um aumento de capital inesperado, que pegou Roberto de calças curtas, diluindo sua participação. Mais tarde, num dos IPOs da UOL, Luiz comprou o restante da participação da Abril.

Ainda na fase da lua-de-mel, quando Otávio Frias pediu que eu sondasse João Saad, da Bandeirantes, para uma proposta da Folha e da Abril, tive um almoço com Civita e Thomaz Souto Correia. No almoço, Civita mostrou-se surpreso com o que ele considerava primarismo administrativo da Folha. Sem contar com CEOs, com relatórios sofisticados, no entanto, o velho Frias tinha controle absoluto e foco nos negócios. Com toda a parafernália de gestão, Civita não tinha a estratégia correta.

Aliás, o almoço foi curioso. Na época, apresentei um projeto para Otávio Frias, de jornalismo digital. Ele sugeriu que falasse também com Roberto Civita. No almoço, fui alvo uma saraivada de perguntas. Depois, o Paulo Moreira Leite me telefonou dizendo que eu era um dos jornalistas que Roberto Civita tinha pensado para a sucessão dele e de Mário Sérgio Conti.

Seja como for, nenhum convite foi formalizado para que eu pudesse formalmente recusar. Mas o meu projeto, que deixei com Roberto, acabou resultando em uma série de eventos da Exame, claramente calcados nele. Na época, uma amiga que trabalhara no marketing da Abril me contou desse hábito de Roberto Civita: se apossar das sugestões de terceiros e apresenta-las como suas.

O inferno final da Abril

Tenho a impressão que o inferno de Roberto Civita começou com a constatação de que, com a fusão da BOL com a UOL. jogara fora a grande oportunidade da Abril.

A TV falhara, assim como os hotéis Quatro Rodas, a rede de TV a cabo e o portal de Internet. Ali começou o desespero da busca das oportunidades perdidas.

Dali para frente, adotou duas estratégias inteiramente copiadas de seu guru maior, Rupert Murdok, o australiano que saiu pelo mundo, valeu-se do mercado de capitais global para uma série de aquisições que o transformaram em um dos campeões da nova fase. Em alguns momentos, o grupo de Murdok atingiu níveis de alavancagem perigosos. Superou os percalços e foi um dos vitoriosos nesses tempos de mudanças radicais da mídia. E Roberto tratou de emular a estratégia vencedora.

O primeiro lance foi se valer do estilo jornalismo de esgoto para infundir medo e abrir portas. Ali mostrou seu talento de captador das tendências da mídia norte-americana, ao perceber – mais do que qualquer outro grupo brasileiro – o potencial do discurso do ódio, da criação de um inimigo para a classe média, que legitimasse todas as jogadas comerciais possíveis.

Veja se antecipou aos demais veículos na exploração desse mercado de esgoto. E ganhou um poder de influência absoluto.

A capa da Veja, contra o desarmamento, foi um marco da inauguração do pior momento da história da mídia brasileira. Nos meses seguintes, o discurso de ódio foi introduzido por Tales Alvarenga, um ex-diretor da revista, de baixo calibre, mas que trabalhava diretamente com Roberto. Com a onda pegando, outros veículos seguiram o touro-guia e vários personagens se apressaram a atender a demanda por ódio criada.

Caixa de Texto: Figura 3No fórum Democracia e Liberdade

Para evitar contrapontos de outros veículos, Roberto convenceu-os a montar o cartel que, durante anos, expôs a imprensa brasileira ao nível mais baixo da história. Depois, a deflagração de  uma razia contra os jornalistas não-alinhados, visando afastar os mais independentes, e enquadrar pelo medo os demais. Guerra é guerra!

Foi um jogo em que se tentou, inclusive, redesenhar o universo de celebridades – artistas, intelectuais, compositores, cientistas sociais -, filtrando as fontes e tentando criar novos referenciais no mercado de opinião. Da mesma maneira, aliás, que Murdok nos Estados Unidos e o Clarin na Argentina.

A receita era óbvia e repetitiva. Abriu-se espaço para um colunista de cultura, Diogo Mainardi, atacar os alvos previamente definidos. Atacados, os jornalistas eram impedidos, por seus veículos, de se defenderem. O passo seguinte era a demissão.

Foi a noite da grande infâmia em que se romperam os pactos de lealdade que vigoraram em muitos jornais – até  na Globo – nos tempos da ditadura militar.

Um dos alvos da trama, acabei saindo da Folha e me dediquei a estudar melhor o fenômeno que surgia. De imediato, montei uma trincheira na Internet e passei a questionar matérias da Veja. Roberto colocou profissionais do assassinato de reputação para ataques pessoais diários.

Na época juntei 500 páginas de baixarias contra mim. Veja estava o auge do poder, aliada a Ministros do Supremo, a procuradores, assassinando reputações sem o menor pudor. Federações de jornalistas, ABI, sindicatos, Ministério Público? Não recebi uma mísera gota de solidariedade pública, tal o temor infundido pela revista.

O resultado saiu em uma série que escrevi, “O caso de Veja”, desmascarando o estilo que Roberto implementara na revista. Veja saiu machucada, e bastante, do embate. A ponto de bancar cinco ações de seus jornalistas contra mim e, depois, Roberto enviar um assessor pessoal, Sidney Basile – pessoa decente – para propor um armistício. Eu pararia de criticar a Veja e ela suspenderia as ações.

Não aceitei a proposta. Recorri a advogados que montaram defesas pífias e me deixaram na mão na primeira pressão da mídia. Nem adiantaria pensar em denunciá-los à OAB ou qualquer outra instituição, porque havia um temor generalizado da Veja.

A emulação do estilo Murdok arrebentou não apenas com a imagem da Abril e da Veja, mas foi fatal para os negócios de Roberto. Ele passou a buscar desesperadamente novos negócios, recorrendo à estratégia de endividamento do seu tutor.

O primeiro mercado foi o da educação. Como grande parte depende de agentes públicos, especialmente no livro didático, Roberto julgou que o temor infundido pela revista ajudaria a abrir portas.

E ajudou, e muito. Montou grandes pacotes com José Serra vendendo de assinaturas de Veja a gibis para o estado de São Paulo. Tentou afastar concorrentes no mercado de cursos apostilados, denunciando supostas inclinações subversivas dos livros e nos cursos apostilados. Levantou a bola dos governantes que adquiriam seus pacotes.

Certa vez, representantes da Abril chegaram a insinuar ameaças contra o Corinthians, caso não aceitasse a proposta da editora para um projeto de… álbum de figurinhas.

Roberto certamente não contava com os novos agentes que surgiram fora do pacto, o fenômeno dos blogs. Cada tacada da Abril se espalhava pela Internet, ajudando a erodir dia a dia sua credibilidade.

As compras indiscriminadas

Sem rumo, colocou um executivo megalomaníaco na educação, que saiu pelo país afora comprando cursos e editoras de livros didáticos por preços superestimados. Na época, conversei com o dono de um grande grupo educacional, que me mostrou que seria impossível a Abril se equilibrar com os preços pagos pelos cursos.

Em outras áreas, a imprudência foi similar. João Dória Jr vendeu para a Abril sua parte na Casa Cor, da qual a Abril era sócia. Segundo me contou, levou um susto com o preço  oferecido, muitas vezes superior ao que ele pensava em pedir por sua parte.

A escalada suicida persistiu com a estratégia para evitar a queda de preços na tabela de publicidade da Veja. À medida em que a tiragem paga ia caindo, a Abril bancava os custos da distribuição gratuita, ou da manutenção das assinaturas não renovadas, para impedir que o IVC (Instituto Verificador de Circulação) apontasse a queda de tiragem. Todas as semanais do planeta tiveram quedas expressivas nas edições impressas, e apenas Veja mantinha impávida os supostos 1,2 milhões de assinantes.

Quando morreu, Roberto já tinha consciência do final inevitável da revista. Um grupo de bilionários paulistas ainda pensou em montar uma fundação para adquirir Veja e Estadão e mantê-los vivos na disputa política. Desistiu quando confrontado com os números da empresa.

A família ainda tentou algumas jogadas atrevidas, como a de passar para um parceiro argentino parte dos títulos da Abril. Desistiu quando os blogs denunciaram a manobra, como provável crime de ocultação de patrimônio.

Em todo caso, a família está financeiramente bem. Consta que os filhos chegaram a adquirir uma ilha no Caribe com recursos corporativos.

Mas a Abril vai morrendo rapidamente, Veja vai sangrando um pouco mais lentamente, mas deixando plantadas as sementes de ódio que ajudaram a destruir um país que parecia promissor.

 

Luis Nassif

43 Comentários

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  1. Veja

    Vai com Deus e não se esqueça de nenhuma pulga, revista nojenta ! que infelizmente, fez a cabeça de muitos contra o ex Presidente Lula e o PT. Desejo que o Estadão siga a mesma, assim como a TV Globo e seus capangas, os “verdadeiros” donos do Brasil.

    Vade retro !

  2. Medo do futuro

    Quase um retrato de como seria o Brasil se Serra, Alckimin e Aécio tivessem sido eleitos. País falido e com o FMI na porta da frente. Esses contratos de sobrevivência das revistas com o poder público são as tais parcerias público privadas? As nossas Universidades poderiam estar produzindo conteúdo muito melhor para a população, garantindo direito a informação e acesso ao conhecimento.

  3. Nada me fascina mais na
    Nada me fascina mais na imprensa brasileira do que o embate Nassif X Veja.Duvido que alguém tenha acompanhado esse embate como foi acompanhado pelo acima assinado.Quando Chivvitta despachou Basile para um armistício com Nassif,prontamente recusado por esse,Luis ja tinha o controle da situação,quero crer que Luis detinha uma volta de vantagem,comparando a uma corrida de Fórmula Um.O ótimo vem agora.”A Veja saiu bastante machucada desse embate”.Me remete a recente Copa do Mundo disputada na Rússia.Um reles machucado,os 2 X 1 que o Brasil foi surrado pela Bélgica,tirou o Brasil da Copa e desmontou o circo da Globo.Quebrar acho que não,mas fissurou colunas,levando muita gente boa a solicitar aposentadoria antes da hora.Um machucadinho besta.Haja choro de alegria no Bar do Alemão.Essa doeu.E como doeu.

  4. Como grande estudioso dos
    Como grande estudioso dos bastidores da política,ainda não conseguir identificar as relações protocolares e institucionais entre Mino e Nassif.Nao morrerei sem descobrir.

  5. Todos os negócios que o

    Todos os negócios que o Civita filho entrou afundaram, mesmo recebendo verbas generosas dos governos através da publicidade, compra de assinaturas, dinheiro do BNDES  e outras boquinhas. Esse é o exemplo de empresário brasileiro competente. E a editora ainda produzia revistas que davam aconselhamentos econômicos para leitores desavisados.  Editora Primeiro de Abril, mais uma farsa empresarial tupiniquim que vai pro buraco.

  6. Vai ver, que quem segue os conselhos dessas

    revistas, acaba falindo também !

    Ou será que os donos dessa editora não seguiam os conselhos que suas revistas davam?

    Se isso é verdade, não haveria credibilidade nessas revistas “conselheiras”.

     

  7. Não posso dizer que fiquei

    Não posso dizer que fiquei surpreso com a falência da editora Abril. 

    “Em algum momento, porém, as empresas de comunicação também começarão a colher o que plantaram. A ganância pelo poder resulta sempre em húbris.

    “O prejuízo dos jornais e redes de TV serão inevitáveis, um resultado perverso das bombas semióticas jogadas no campo político pelos próprios jornalísticos.”

    https://t.co/PqFumNwX6G

     

     

  8. A frase final diz tudo. Somos
    A frase final diz tudo. Somos um país destruido. O pior de tudo é que essa destruição está longe de terminar.

  9. agora sim

    Artigo rico em detalhes, ESTE SIM deixa claro que canalha quando é canalha se revela desde os primordios  ..e não como no outro artigo que dava a impresão que o FDP virou FDP só pq começou a enfrentar problemas e dificuldades em seu negócio

    Pra mim, do pouco que sei, faltou lincar Civitta BRASIL com CIVITTA argentino e Roberto Marinho + EUA  ..aí sim o ciclo se fecharia e nos revelaria mais e mais da grande PUTARIA geopolítica na qual estes BASTARDOS apátridas meteram o Brasil e ajudaram a desgraçar, ao longo dos anos, pelas crises urdidas, MILHÔES de famílias.

    https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9sar_Civita

  10. A frase final diz tudo. Somos
    A frase final diz tudo. Somos um país destruido. O pior de tudo é que essa destruição está longe de terminar.

  11.   Estamos falando da revista

      Estamos falando da revista e editora que lançou “o caçador de marajás”, que lambeu as botas do imperialismo americano até gastar a língua, defendeu crimes contra a população como chamar agrotóxicos de “defensivos agrícolas”, etc etc

    A derrocada e intensificação da calhordice podem ser mais recentes, mas o caráter sempre foi esse.

  12. No magnífico retrato pintado

    No magnífico retrato pintado por Nassif, pode-se notar o monstro que estava sendo gerado e que agora se materializa na figura de Bolsonaro. As chantagens que alavancaram a Veja se alimentam do esgoto produzido pela plutocracia nacional.

  13. Brasileiro tem memória
    Brasileiro tem memória curta,reza a lenda.Sera?Não faz muito tempo que o Prof.Wanderley Guilherme dos Santos clamava em artigo de sua lavra,a retirada da candidatura de Lula para apoiar Ciro Gomes.Fui na jugular dele,e afirmei peremptoriamente que Luis Inácio jamais o faria.Passado algum tempo,continuo aceitando apostas.

  14. Ainda Existe Dia Feliz?

    O dia em que o grupo Abril falir (de fato e de direito) será, para mim, provavelmente, dia pleno de felicidades!!!!!!! Que Deus me de vida para vivenciar este mesmo acontecimento com Folha, IstoE, Estadão e, principalmente, organizações Globo! Com o Grupo Globo, atingiria pleno êxtase!! 

    Tomara que meu desjo se realiza brevemente!

    Três verdades:

    1 – Lula: Maior presidente do Brasil!

    2 – Brasil: Gringo’s Eterno Pelego!

    3 – Cada Povo tem o Governo que Merece!

  15. Um causo

    Ao tomar conhecimento de que a rede de hotéis quatro rodas fora financiada pela Sudene, Millor Fernades fez uma charge aonde duas madames (é como se chamavam o(a)s coxinpas na época ) conversavam;

          ~- Esse povo todo com fome , poderiam construir mais restaurantes !

  16. Reflexões sem dor.Caetano
    Reflexões sem dor.Caetano Veloso politicamente falando,tem a cabeça na direita,o coração na esquerda e a língua no centro.Aquela de votar em Lula no primeiro turno e em Chuchumbo,Geraldinho para os íntimos,no segundo turno das presidenciais de 2006,nem Blábláblárina,correspondente de Deus na Terra,entenderia uma porra dessa.

  17. ..

    Acompanhei toda a fase acima e posso dizer que sou uma testemunha ocular virtual do que Nassif passou, inclusive com a perseguição resvalando na esfera familiar dele, com o jornalismo terrorista protagonizado pele dita imprensa criminosa e irresponsável.

    Acho que a idéia de escrever o ‘Caso Veja’ foi fundamental pois, já no tempo da internet, ainda que engatinhando no Brasil, serviu para leitores e ativistas repassarem e divulgarem ao máximo a verdade por trás dos fatos e o que ocorria no país.

    Vou mais além e considero que foi exatamente naquele momento, protagonizado pelo ‘Caso Veja’, que foi dado início no Brasil ao verdadeiro ativismo político das redes sociais, ao uso do mundo virtual para denunciar e contrapor a realidade ‘publicada’ com a realidade dos fatos. A partir de então multiplicaram-se os casos de denúncias de farsas e mentiras, desmascaradas com a ajuda do mundo virtual e hoje isso é rotina, mas teve seu preço, para alguns, como Nassif. O conforto é saber, que valeu a pena.

     

     

  18. Múuuuuuu…

    Enterrei no meu quintal  pequenos pedaços de  alcatra e algumas sementes de tomate. Um dia ouvi um mugido e corri na esperança de ver   “a verdade”  que a  “revista(?) veja”  sempre diz que apregoa. Decepção, o “boimate” não havia  germinado. Como não possuo nenhuma vaca, com muito cuidado,  fiz enxertos em um tomateiro. Quem fez a festa foram as moscas de um certo jornal,-(lembram delas?)- também paulista. O forte da  “veja”, sempre foi enganar quem perde tempo e dinheiro para comprar  mentiras em abundância propaladas por ela.

  19. Nossa, que castigão pros

    Nossa, que castigão pros herdeiros playboys ! Vão se livrar do peso de trabalho deixado pelo pai e viver da renda que o negócio da família proporcionou. Uma ilha no caribe, o que mais ?

    Que baita prêmio, para quem destruiu o país. Mesmo com toda decadência, ainda teve papel proeminente na derrubada de um governo legítimo. Quantas ações judiciais foram abertas contra o governo com acusações oferecidas pela reportagem de capa da revista ?  

    Ela pode ter perdido a credibilidade entre os jornalistas, mas pra GLOBO ela continuava sendo o início dos escândalos políticos. A revista foi usada criminosamente para incitar a população a protestar, a ir às ruas e exigir a derrubada do governo.

    Bem, agora serão punidos. Serão degredados numa ilha no Caribe, ou quem sabe quantas outras ilhas os negocios da família podem ter rendido. 

  20. Resumindo: ambiente de

    Resumindo: ambiente de bandidos

    Em um depoimento que vi em 25/10/14 na TV, Mino Carta já dizia: “Roberto Civitá é uma das mais refinadas bestas que “conheci

  21. Civitas
    A justiça (“justiçamento”) se fará quando o rabo dos Civitas (e congêneres) estiver devidamente flagrado nas lavanderias do Caribe ou alhures e a cana fechar a história.

  22. veja, istoe, epoca…
    Estudei em uma escola pública nos anos de 99 e 2000 e 2001, falei com a professora de história que faria o vestibular e perguntei quais dicas ela poderia me dar ela falou ;

    procure ler jornais todos os dias, apenas as manchetes e introduções, além disto havia muitas revistas semanais para os alunos levarem de professores que se

    desfaziam delas quanto sobras de distribuidoras.

    Segui o Conselho da professora, concomitantemente as leituras de livros de história e geografia fazia leitura dessas revistas esgoto, e percebia a dissonância que os livros me passavam com a falsa realidade das informações que essas

    revistas passavam, as colunas e artigos retratavam algo que não havia base histórica ou geografica real, eram artigos cujos conteúdos se construía do nada sem

    qualquer base no mundo real ou de uma referência real quando muito o artigo não trazia um viés preconceituoso, certa vez li um artigo falando da China e seu

    crescimento econômico, algo que já havia lido em livros, depois de mencionar êxitos no artigo, no final o jornalista faz um trocadilho sobre o povo chines estar deixando de ser resto de humano para se

    tornar parecido com o resto da humanidade, sem contar o denuncismo vagabundo que se fazia na época que não gerava qualquer confiança de ser verdade, depois de ler

    vários artigos de embrulhar o estômago o artigo sobre a China foi a gota d’água, nunca mais li essas revistas esgoto e nunca mais levei o jornalismo a sério, a exceção era uma revista chamada cardenos do terceiro mundo um ótimo conteúdo.

  23. Um detalhe

    Hamiltinho é o Zé Hamiltom? Ainda o vejo em reportagens no Globo Rural. Um programa que, em meu parco entender foge ao padrão Globo de Qualidade. É melhor, principalmente quando destoa do padrão – politicamente, principalmente.

  24. parabéns

    Muitas pessoas quando sofrem este tipo de ataque como o Nassif sofreu, ficam depressivas e perdem a vontade de lutar, parabéns Nassif por enfrentar a Veja com mais de 500 ataques, você tem uma parte psicológica muita boa!

    Tomara que as novas gerações de brasileiros sejam como você, inteligente , sábio , quem saiba assim podemos chegar a uma melhor distribuição de renda!

  25. bom post.

    Uma das mentiras que se repetem, com maior frequencia, no Brasil é que tem uma elite empresarial competente, atualizada e vencedora.

    Nos 40 anos que trabalhei não encontrei essa gente. Muito pelo contrário. (Os melhores executivos que encontrei eram inevitávelmente estrangeiros.)

    E a familia Civita faz parte dessa elite, foram vendidos como vencedores mas eram apenas capitalistas de compadrio, mamadores das testas do Estado.

    Só podia dar nisso.

  26. Parabéns Luís Nassif!

    Não tenho a menor dúvida de que o Luís Nassif é o jornalista brasileiro mais importante da atualidade. Seja pela coragem em enfrentar os poderosos, seja pela inteligência em enxergar os novos tempos. 

    Parabéns Luís Nassif!

    1. Antes do que nunca
      Antes do que nunca companheiro Wilson Santos.
      Afirmo peremptoriamente essa qualidade que oportunamente você observa no Moreno Vivo,desde que descobriram que os dias de segunda a sexta tem feira nos nomes.

  27. História para as gerações

    Posso escrever que não acompanho tão perto e é muito mais recente minha compreensão. Porém, seu texto detalha algo que é visto, mais ainda é sentido. Nunca gostei da VEJA, seja por indentificação, seja pelas suas capas cheias de ódio e para aqueles que não estão nesse meio “eletista” e sim num meio muito mais popular de classe baixa sem sentido nenhum.

    É incrivel ler seu texto e imaginar essas situações escrotas e injustas. Saiba Nassif é difícil compreender quanta sujeira existe por trás de aparentes “normalidades”. Essa vida de gente rica, mesquinha, sem escrúpulos e apenas lutando pela sua mordomia a todo custo, seja do Estado, da sociedade ou daquele mais simples na cadeia hierarquica.

    Deixo meus parabéns para você e sua história. Claro que há ainda muito o que acontecer e contar. As gerações precisam saber, a atual geração precisa entender. A história continua e os lados existem, é preciso saber de qual lado alia-se.

    Coragem, força, saúde, Paz e Bem!

    1. Resposta
      Concordo plenamente: gente rica e mesqunha. Parece um submundo só que de noupas e carros de marca. Quanto mais estudo sobre a idade média mas penso que ainda estamos lá: Tudo para permabecer na corte mesmo sabendo que para isso jogue escremento na cabeça do povo pela janela.

  28. Vai tarde!

    Leio Nassif desde a época da folha, acompanhei o Caso Veja. Irei degustar uma garrafa de vinho, a lá Mino, pra saudar a derrocada do detrito de maré baixa.

    Parabens Nassif! Vc deu uma grande contribuição para acabar com essa erva daninha que tanto mal fez ao país.

  29. O Roberto Civita era inepto,

    O Roberto Civita era inepto, tanto como executivo como jornalista ou intelectual que ele achava que era. Porém ele não atuou sózinho. Muitos jornalistas que hoje se dizem de esquerda o ajudaram na sua cavalgada suicidária. Não estou falando do Nassif, Me refiro a toda uma casta que praticou um jornalismo de guerra cujas sementes estava presentes desde o incío da Veja. Aqueles chefetes deslumbrados com o poder político que mandavam os reporteres para a rua já com a matéria escrita só para confirmar o que eles pensavam como grandes visionários que pensavam que eram. A mitologia da Imprensa como Quarto poder, quando na realidade se tratava apenas de um auxiliar das mais escusas e mesquinhas negociatas. E a coisa só piorou quando impuseram a necessidade do curso de jornalismo  para execer a profissão, porque o grau de ignorância e presunção aumentou então exponencialmente. Um dia alguém escreverá a história da Veja, e dará os nomes a que me refiro acima. É claro que nenhum fará  o mea culpa, ocupado que estará em apagar as pegadas do passado.

    1. Não sem razão atribuem a mim
      Não sem razão atribuem a mim o protagonismo político do Blog,e aqueles e aquelas que não vão nem de longe com minha cara,sentem a minha falta.Vejam por que.Escreve o cadastrado Paulo Só,um nome ou pseudônimo sugestivo:”Um dia alguém escreverá a história da Veja etc etc etc”.Ora vejam SÓ,tenho quase certeza que Paulo desconhece O Caso de Veja,pior,não faz a menor idéia do sofrimento de Nassif para escrevo-lo e do acima assinado para le-lo.Mesmo que apareçam outro jornalista(s) para faze-lo,não passará nem perto do maior trabalho feito sobre aquilo que Nassif legou para a posteridade.Paulo sequer deu conta que o trabalho de Luis deu a Veja o mesmo destino que vulcão Vesúvio destinou a Cidade de Pompéia,e nesse caso deixa evidente do por que escolheu ser Paulo Só.

    2. Não sem razão atribuem a mim
      Não sem razão atribuem a mim o protagonismo político do Blog,e aqueles e aquelas que não vão nem de longe com minha cara,muito menos com o meu pseudônimoo,sentem a minha falta.Vejam por que.Escreve o cadastrado Paulo Só,um nome ou pseudônimo sugestivo:”Um dia alguém escreverá a história da Veja etc etc etc”.Ora vejam SÓ,tenho quase certeza que o companheiro Paulo desconhece O Caso de Veja,pior,não faz a menor idéia do sofrimento de Nassif para escrevo-lo e do acima assinado para le-lo.Mesmo que apareçam outro jornalista(s) para faze-lo,não passará nem perto do maior trabalho feito sobre aquilo que Nassif legou para a posteridade.Paulo sequer deu conta que o trabalho de Luis Nassif reservou a Veja o mesmo destino que vulcão Vesúvio destinou a Cidade de Pompéia,e nesse caso deixa evidente do por que escolheu ser Paulo Só.

  30. Canalhas

    Os mafiosos milionarios e impunes. Nasceram golpistas e acabaram como golpista livres e ricos. Quero mais, mas como temos um Judiciario canalha vai acontecer nada com os meilantes.

  31. Essa é a melhor análise que já vi da revista

    “Depois rechear o texto com truques de estilo, uma ampla adjetivação, uma arrogância editorial, um comportamento superior, valorizando as informações e análises, a maioria ao alcance de qualquer leitor, fulminando os personagens das matérias com um humor ácido. Lendo a Veja, qualquer imbecil entendia e se via parceiro de um pensamento superior.”

     

    Análise perfeita.

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