Xadrez da democracia em transe e dos aprendizes de feiticeiro

Caso 1 – cenas de uma República risonha e franca

O Ministro interino da Casa Civil, Eliseu Padilha, é acusado de ter manobrado ilegalmente certificados de filantropia para uma universidade privada em troca de bolsas para apaniguados e contratos para suas empresas (http://migre.me/uz6NF).

Também é réu por jogadas com precatórios envolvendo o DNER (Departamento Nacional de Estradas de Rodagem). Como Ministro dos Transportes, valeu-se de um acordo extrajudicial para repassar R$ 2,3 milhões a uma empresa gaúcha (http://migre.me/uz6Vv).

Foi condenado em R$ 300 mil por manter um servidor fantasma (http://migre.me/uz6Sv).

Em 2011 foi indiciado pela Polícia federal por formação de quadrilha na construção das barragens Jaguari e Taquarengó (http://migre.me/uz711).

É feliz proprietário de um terreno onde se instalou um parque eólico. Padilha recebe R$ 1,5 milhão por ano apenas por estar na corrente do vento (http://migre.me/uz7t8), embora vozes maliciosas sugerissem se tratar de propina da EDP.

Mas passou a controlar a Secom (Secretaria da Comunicação) e a inundar sites e blogs da velha mídia com o controle centralizado da publicidade de todas as estatais.

Com isso, transmudou—se. Eliseu Padilha aparece nos jornais com aspecto grave, pontificando sobre reforma da Previdência, reforma administrativa, diplomacia. Tem a última palavra para liberar verbas milionárias para estados (http://migre.me/uz7vQ). Tornou-se o segundo homem mais poderoso de um país continental, com mais de 200 milhões de habitantes. E sob as vistas benevolentes dos mais intimoratos defensores da moralidade pública que a República já conheceu: o Procurador Geral da República Rodrigo Janot, a Força tarefa da Lava Jato, colunistas moralistas da velha mídia.

Cena 2 – a destruição de direitos sociais

Montou-se o seguinte pacto dos justos:

1.     Em 2016 o orçamento federal será utilizado para pagar a conta do impeachment. Houve aumento para as emendas parlamentares, para as carreiras que mais contribuíram para a vitória e para os amigos dos reis. Ao mesmo tempo, manteve-se no Banco Central a política de Selic a 14,15% com apreciação cambial, propiciando enormes lucros para os especuladores que apostaram na queda do dólar pós-golpe.

2.     O enorme déficit contratado para 2016 e 2017 será compensado pela lei de limitação de gastos públicos. Se congelarão as despesas no menor nível da década (porque após dois anos de recessão). Depois de aprovada a lei, só poderão ser corrigidas pela inflação. Como os gastos com a Previdência continuarão aumentando, pelo envelhecimento da população, haverá cada vez menos recursos para saúde, educação, políticas assistenciais e todos os demais gastos públicos. E a conta de juros continuará sem limitações.

3.     A lambança fiscal deste ano ajudará de algum modo na recuperação moderada da economia. A médio prazo, a situação não será sustentável, a menos que se coloque o Exército nas ruas para administrar a segurança.

4.     A estratégia não é eleitoralmente viável para 2018. Mesmo esperando alguma recuperação da economia – que parece ter batido no fundo do poço.

Tem-se, então, um modelo em xeque.

O atual grupo de poder conseguiu salvo-conduto na condição de abrir o saco de maldades e liquidar com direitos consagrados na Constituição de 1988.

Mas vai-se chegar a 2018 com a dívida pública muito mais elevada – devido às lambanças desses dois anos – e sem a menor garantia de manutenção desse pacote devido a essa inconveniência das democracias chamada de voto popular.

Não é nenhum pouco factível a ideia de um grupo de desprendidos, dispostos a passar dois anos praticando maldades para depois passar o bastão para terceiros.

De duas, uma: ou prorrogarão a irresponsabilidade fiscal; ou tratarão de se articular para impedir as eleições de 2018.

Cena 3 – os sinais da ditadura que se avizinha

Conforme o “Xadrez” antecipou, o caminho natural será apostar na figura do inimigo interno visando primeiro partir para uma democracia mitigada e, mais à frente, para um endurecimento maior do regime, provavelmente inviabilizando 2018.

O grupo que tomou o poder é alvo de muitas críticas. Mas há de se reconhecer que, no exercício do poder, são profissionais, incomparavelmente mais eficientes do que o amadorismo constrangedor do governo deposto: sabe intimidar os que se intimidam; e a comprar os que se vendem.

Basta ver a reação da cúpula do governo à informação de que Michel Temer estaria inelegível pela Lei da Ficha Limpa: “Não tem problema: mudaremos a lei”.

Hoje em dia, todas as nomeações, inclusive de funcionários concursados, passam pelo crivo do Ministro Padilha, com a assessoria do general Sérgio Etchegoyen, do GSI (Gabinete de Segurança Institucional). Há um estímulo à delação, visando eliminar qualquer sinal de resistência na máquina pública.

Multiplicam-se as ações contra Lula do mesmo modo que desaparecem as ações contra políticos do PSDB. Tanto na PGR quanto na Força Tarefa da Lava Jato se mantém informações sob sigilo, só sendo vazadas informações contra Lula e o PT.

Cena 4 – os responsáveis

Seria esse o objetivo final do Procurador Geral da República Rodrigo Janot, da força-tarefa da Lava Jato, do juiz Sérgio Moro, da Globo, de entregar o país a um grupo tão polêmico? Tenho para mim que não.

Então o que leva forças tão díspares a montarem uma operação de tal envergadura, derrubando uma presidente de forma ilegítima, para entregar o poder a um grupo com tal biografia?

As ditaduras não nascem do nada. São semeadas, irrigadas, até ganhar vida própria.

A base da psicologia de massa do fascismo, dos movimentos violentos europeus dos anos 30, consistia em centrar a intolerância em uma figura ou um grupo e ir alimentando gradativamente o ódio, até que a besta saísse às ruas.

Criado o efeito manada, no início consegue-se manipular a coesão contra o inimigo comum, levantando o grande véu debaixo do qual misturam-se do exercício do preconceito mais odioso, o personalismo mais entranhado às jogadas mais rasteiras, mas todos imbuídos da orientação divina de erradicar o mal.

Destampada a caixa de Pandora, gradativamente a besta vai ganhando vida própria e todos os atores, em volta, acabam sendo conduzidos pelo turbilhão que pretendiam controlar.

Quando a grita contra Lula e o PT tornou-se hegemônica, Janot resolveu surfar na onda. No início, dá uma indizível sensação de onipotência. Provavelmente o que se passava na sua cabeça foi isso, um tremendo sentimento de onipotência. Julgava que o primeiro passo seria defenestrar Dilma e prender Lula. Ficaria titular de um poder tão avassalador que o segundo passo seria pegar o PMDB.

No momento do segundo passo, o aprendiz de feiticeiro deu uma tacada altíssima: o pedido de prisão de vários senadores com base em grampos de Sérgio Machado. O álibi do inimigo interno só se aplicava ao PT, as declarações grampeadas não eram fortes o suficiente para justificar tais arroubos, o STF impediu e a PGR veio ao chão como um balão furado.

Imediatamente recuou. Não se ouviu falar mais em ofensivas contra o PMDB, manteve a blindagem a Aécio Neves. As únicas duas missões do PGR e do MPF, assim como dos juízes de 1a instância, são continuar atacando os bichos de sempre – PT e Lula –  e, no andar de cima, Eduardo Cunha, e apenas ele, já que se tornou pato manco. Tudo sem risco.

Cena 5 – os desdobramentos

Nesses momentos de selvageria, o país não dispõe de forças contra cíclicas. O conceito de democracia e estado de direito não é suficientemente forte nem entre os seus operadores.

Ante a onda formada, o Supremo apequenou-se. No MPF, qualquer ato contra a onda recebe críticas da própria corporação. Hoje em dia há um exército de procuradores espalhados por todas as comarcas do país, indo à forra contra os advogados graças à Lava Jato.

Qualquer medida contra Lula ou Dilma é aplaudida. E o PGR não conduz, pelo contrário, é conduzido por esse sentimento porque vive-se a Procuradoria de coalizão, desde que o PT inventou a história de indicar automaticamente o Procurador mais votado – que obviamente vai ser descontinuado pelos novos donos do poder.

Criou-se um movimento inercial irresistível. Numa ponta, o desmonte total do precário Estado de bem-estar que o país ousou levantar nos últimos anos, somado à venda indiscriminada de estatais na bacia das almas. Na outra, a condescendência com o grupo de Temer, desde que entregue o combinado. Alimentando essa fuzarca, a intolerância, a radicalização do Judiciário, o delenda Lula. E, a cada momento, mais incursões sobre o estado de direito.

E como impedir essa avalanche? O que aconteceria se o PGR ganhasse coragem cívica e tentasse enquadrar Temer e sua turma? Pagaria o preço de uma segunda crise institucional sem dispor da unanimidade em que se calçou para derrubar a presidente? A caixa de mágicas do PGR só tinha combustível para um impeachment.

A caminhada rumo ao arbítrio acontecerá grotescamente, mas passo a passo. Cada novo ato de arbítrio será minimizado, cada novo cerco aos recalcitrantes ignorado. Até que o país passe da democracia mitigada ao autoritarismo.

E não haverá forças contra cíclicas. Hoje em dia, em lugar de Raimundo Faoro, Luís Roberto Barroso; em lugar de Waldir Pires, Rodrigo Janot; em lugar de Pedro Aleixo, Michel Temer; em lugar de Paulo Brossard, Cristovam Buarque.

Enfim, o país é a resultante do nível de suas elites.

Luis Nassif

106 Comentários

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  1. Brilhante, Nassif! Só

    Brilhante, Nassif! Só acrescentaria que o Temer é o Cunha de amanhã. Será impiedosamente descartado por tucanos, Globo et caterva após ter feito o trabalho sujo (i.e., privatizações e extinção dos direitos da C.F. de 88). Creio que Gilmar cassará a chapa Dilma/Temer no fim deste ano para que em 2017 venham as eleições indiretas para empoderamento de um tucano e, quem sabe, cancelamento das eleições de 2018. Lula, por sua vez, continuará sofrendo o processo de “emmanuel goldsteintização”.

  2. Bravo Nassif. Eu seu próximo

    Bravo Nassif. Eu seu próximo sarau, toque o réquiem para o Brasil. Ele tá mortinho. Falta só enterrar.

  3. jogo do brasil no futebol

    jogo do brasil no futebol masculino olimpico hoje no estadio de brasilia terminou em 0X0. e teve manifestação no estadio.. apesar das tentativas de esconder as vaias… o senado federal tem a oportunidade de fazer história e justiça também. espero que não a jogue fora.

    :

  4. Bom texto do Nassif, mais uma

    Bom texto do Nassif, mais uma vez. Aliás, se eu fosse ele mandava para o prelo logo,logo, o livro com os xadrezes, antes que aconteça o que ele prevê, com altíssimas possibilidades de acerto.

    Não há, contudo, nenhuma palavra sobre eventuais reações populares, que virão mais cedo ou mais tarde. Quando as fichas caírem e o povão sentir na pele as terríveis perdas que estão planejadas, eu não sei se essa paz conturbada, mas sem violência real ainda, poderá ser mantida.

    De todo modo os registros de todo esse processo devem ser preservados. A memória poderá ser resgatada no futuro. 

    Compile os textos, Nassif, publique o livro, e guarde as matérias no exterior, se possível. O futuro aqui não garante nada.

  5. Revolução é a solução.
    Povo

    Revolução é a solução.

    Povo nas ruas, quebra quebra, mortes, povo pobre e favelado invadindo supermercado para saque…

    Greve geral, mas tem que parar vários setores.

    Tudo isso teria que acontecer antes do decisão final do impeachment.

    Duvido que esses golpistas não iriam recuar.

    Infelizmente não aconteceu nada de resistência ao golpes.

    Esses movimento sociais diziam que iam fazer e acontecer, cadê ? Não fizeram nada.

    Guilherme Boulos e João Pedro Stedile vão em cana assim que o impeachment passar.

    Falaram demais e não fizeram porra nenhuma.

    /////

    Fico impressionado com a passividade dos milicos com a venda do pré-sal que seria aplicado na saúde, educação e defesa. E mais,  a condenação de 43 anos de um ciêntista que criou a independência atômica do Brasil. Cadê o espirito nacionalista desses caras. A soberania do país não é mais importante do que qualquer ato de corrupção ?

    1. Esses movimentos sociais diziam que iam fazer e acontecer, cadê?

      O momento é, se realmente estimulado, para banho de sangue, mas os movimentos sociais, no Brasil, não são revolucionários, apenas reformistas.

  6. Vem ditadura pela frente!

    Vem ditadura pela frente! Desde que o golpe foi consumado no parlamento venho dizendo que essa corja não permitirá eleições em 2018. Esses ratos são profissionais do poder e não brincam em serviço. 
    Vem tempos funestos que deverão durar décadas se não houver uma resistência cívica avassaladora por parte de todo o povo. O grande problema é que a maior parte da população ainda não tem uma noção clara do que vem ocorrendo. Está confuso pois está sendo vítima há anos de uma autêntica operação de lavagem cerebral por parte da mídia monopolista racista e anti-nacional através de mentiras, desinformação e manipulações as mais bizarras já criadas em qualquer tempo e lugar só comparável ao que a Alemanha viveu durante o regime nazista. Mobilizar e, sobretudo, informar o povo é nossa única saída enquanto nação una e soberana.
    Então, mãos à obra, cidadãos! E viva o Brasil e seu povo sofrido porém inquebrantável!

    1. Respondo ao comentario de

      Respondo ao comentario de José Eduardo de Camargo,05/08/2016-3:11.Não é o caso de manda-lo acordar,visto que,postou seu comentario madrugada adentro.A outra observação faço-a com enorme tristeza.A ditadura não vem pela frente,de há muito instalou-se por atrás.É que nós brasileiros temos um pessimo hábito:somos os ultimos a saber.

  7. Xadrez do Crioulo Doido

    As peças do xadrez estão todas soltas e desordenadas neste tabuleiro de hoje.

    Falta muita objetividade e síntese nesta avaliação.

    Até bandidos do Rio Grande do Norte conseguem enfrentar o Estado, em forma ampla e organizada,mesmo desde a cadeia.

    Acho que existem pessoas neste blog, começando pelo próprio Nassif, que poderiam ter mais objetividade perante esta situação. Estamos a poucos dias da degola e não temos ainda movimentos organizados, objetivos claros e, como parece mostrar este post, nem sequer o inimigo devidamente identificado.

    Trata-se de mais uma reação global, desde Washington, que ataca desde a base os fundamentos que poderiam levar os países latino-americanos para uma autonomia. Basta um pequeno esforço de fora para aqui encontrar enorme eco entre as elites da midia e do poder econômico local, assim como dos coxinhas adestrados e alienados desde crianças.

    A ofensiva ataca orçamento nacional, educação e saúde, idiotizando as escolas, privatizando o patrimônio, rompendo leis sociais e aposentadorias. Imobilizaram o PT por causa dos seus erros, mas abrem assas para a direita com base na ocultação de erros piores.

    Quero ver, exijo ver, é obrigatório que vejamos, uma reunião de comando entre o PT, PCdoB, PDT e outros partidos de esquerda, junto com a CUT, o MST e outros movimentos sociais, para sair logo para a rua com uma bandeira e uma única meta, para podermos caminhar juntos. Neste último Domingo, ficamos com a minha mulher até última hora sem saber se haveria manifestação em apoio a Dilma, onde e a qual hora.

    Precisamos ver candidaturas unidas para estas eleições. precisamos ver o que não aconteceu na recente eleição na câmara dos Deputados, onde a esquerda foi fragmentada. precisamos ver todos com Haddad em São paulo, e todos com Jandira no Rio de Janeiro (ou com o candidato do PSol). Precisamos disso, não mais de saladas de situações dispersas.

    Se não juntamos sequer aos nossos aliados não podemos esperar mais nada, que não seja a defesa individual de nossos lideres perante acusações de malfeitos, enquanto a direita deita e rola nas ruas e em todos os poderes da República.

  8. A democracia que eles querem é só de fachada

    A impressão que dá é que tudo marcha para a instituição de um governo sem povo. Esse governo seria constituído por oligarcas para os quais o povo é só um detalhe. Dessa oligarquia fazem parte: caciques políticos locais, familias donas de mídias, juízes, procuradores e delegados cooptados, banqueiros e rentistas além de empresários avessos ao risco e beneficiários de mamatas. Para esses oligarcas o maior perigo são eleições diretas e gerais, porque o povo por uma razão desconhecida não costuma eleger  os candidatos dos oligarcas. Mesmo com campanhas midiático-jurídicas para influenciar as eleições. Vão tentar de tudo para melar as eleições de 2018. A democracia que eles querem é só de fachada. Uma fachada que não resiste à menor análise.  

  9. Quando terminei de ler o post

    Quando terminei de ler o post do Nassif, me lembrei de um lema que ouvi muito nos anos 80 e início dos 90= nesse momento a única saída é o aeroporto. É um post em que, ao contrário dos demais, não mostra uma luzinha escassa no final do túnel. E há um dois dias, um amigo meu me confessou que está pensando em sair do país, ele e sua família e duas filhinhas lindas. E ele é cara que foi em todas as manifestações contra essa corja. Pessoas decentes e de talento que não veem futuro decente pro país, que temem não só a economia mas também esse reacionarismo nos costumes. Acho que nem vai precisar usar o exército. O povo brasileiro, infelizmente, se mostrou tão passivo nesse golpe , que vai aceitar tudo. É um povo Globotomizado, infelizmente. Acho que o próximo passo é introduzir o sistema parlamentar [ou melhor pralamentar ] e aí o povo fica fora de vez e o que contará é a vontade dos deputados. Porque esse sistema permite que gente que nunca seria eleito pra síndico de seu prédio possa sonhar em ser presidente da república. É desanimador. 

  10. Faria eu um comentário.Fui

    Faria eu um comentário.Fui poupado pela análise lúcida,correta e certeira de alexis,05/08/2016-6:42.A acrescentar que o editor do blog em sua análise,transformou as forças de contestação ao golpe,em ossos de borboleta,a destacar que até agora,essas forças ainda não disseram à que veio.Aposta errado quem achar que a consolidação do golpe vai ser um passeio a Paqueta.A tentativa de retiradas das conquistas no campo trabalhista e previdenciário dos trabalhadores,fará com que as tropas se mexam de forma contundente.Não pode passar em branco,a anotação do editor do blog,quando de forma emblemática,enfatiza no seu ótimo texto,o amadorismo infantil do governo anterior.Politica em qualquer lugar do mundo,no Brasil em especial,é campo aberto para profissionais,quando nada a profissionais do crime organizado.  

  11. Uma observação que sou

    Uma observação que sou obrigado a fazê-la.Desde que o editor do blog,com sua paciência de Jó,permitiu-me fazer a série Relembrando Joel Silveira,é imperativo informar,que às vezes ele fala por mim,noutras eu falo por ele.Deixemos os entretantos,vamos aos finalmente.”Caetano Veloso é um gênio,não resta a menor sombra de dúvidas.As vezes exagera.Nas eleições presidenciais de 2006,votou em Lula no primeiro turno e em Geraldo Alkimin no segundo.”Nessa eu falo por ele.

  12. Longe de mim comparar Paulo

    Longe de mim comparar Paulo Brossard de Souza Pinto com Cristóvão Buarque,um trânsfuga entupido de rancor.Leonel Brizola também tinha umas tiradas ótimas.Ele dizia que Paulo Brossard era o nosso Ruy Barbosa com compota.

  13. Faltam também os artistas de
    Faltam também os artistas de alto calibre nos diversos segmentos.

    No lugar dos Tropicalistas, Vandré, Chico, aparecem Teló e Calcinha Preta.

    No lugar de José Celso Martinez, Cláudio Botelho.

    No lugar de Luiz Carlos Maciel, quem?

    No mesmo sentido, onde andam as associações como a UNE, os sindicatos, os coletivos?

    Matamos todos.

    Entramos na pilha do sistema e veborrreicamente repetimos os mantras enganadores do pragmatismo, eficiência, excelência, praticidade, e tantos outros eufemismos.

    Nos esquecemos que Linguagem, conceitos e eufemismos são armas importantes usadas pelos senhores do andar “de cima” concebidos por jornalistas e economistas capitalistas para maximizar a riqueza e a eficiência do neoliberalismo. Na medida em que críticos progressistas e de esquerda adotam estes eufemismos e seu quadro de referência, as críticas e alternativas que propõem são limitadas pela retórica do sistema.

    Economia, economia, economia, era tudo o que sabíamos.

    Enterramos os nossos sonhos nos corredores dos shoppings.

    Trocamos, como anteparo das nossas fraquezas, a cultura pelas policias.

    Abrimos mão dos debates, para eleger a justiça como solucionadora das divisões.

    Criminalizados a política, e aplaudimos Datena.

    Debater filosofia passou a ser frescura, o bom mesmo era o MNA.

    E que bosta é MBA?

    Os utopistas, os pensadores do amanhã, ditos ultrapassados e sonhadores pelos modernistas imediatistas.

    Desde 2013 trago ao blog a preocupação e o alerta do que o Brasil estava se tornando, escrevi naquela época;

    “Ao sufocar a utopia e enaltecer o pragmatismo, o mundo pós – moderno estabeleceu mecanismos de reprodução sistêmica e tornou – se autômato, colocando em risco a própria democracia. Este pragmatismo cria sociedades marcadamente burocratizadas com instituições políticas rigorosamente fora de controle social o quê, por seu turno, é fonte propositiva de irregularidades, de desvios, de crimes, e da violência.”

    O artigo completo:

    https://jornalggn.com.br/noticia/o-pragmatismo-e-a-falta-de-utopia

    Sobre a permissividade dada à imprensa, comentei que ela se tornaria a detentora exclusiva da verdade e destinos do país, disse:

    “Trata-se de uma construção ideológica alcançada por ataques constantes e muitas vezes infundados efetuados contra políticos, governantes, e a atuação do judiciário, com o objetivo de criar uma imagem negativa do agente público, associando-o invariavelmente à corrupção e à ineficiência.

    Junto com as matérias depreciativas diárias são encomendadas pesquisas sobre a credibilidade das instituições públicas principalmente quando determinadas notícias ganham musculatura e maior ressonância e o resultado de descrédito já é esperado.

    Essa ação diária, realizada de forma coordenada, atende a alguns interesses, entre eles:

    1) Legitimar-se como detentora da verdade;

    2) Tornar-se agente principal do jogo político;

    3) Direcionar as decisões dos governos;

    4) Influenciar para o desmonte da máquina pública;

    5) Submeter governos, parlamentos e o judiciário. ”

    Artigo completo em:

    https://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/sobre-o-papel-politico-da-imprensa

    O emburrecendo da sociedade foi a maior e melhor ATVs que a ditadura utilizou para fazer vencer os interesses da direita.

  14. Amnésia??

    Nassif, esqueceu-se que temos a votação final do impeachment no final de Agosto?

    Diria você ou alguns:

    – são favas contadas….

    Não, senhores. As favas não estão contadas. O jogo só acaba quando termina. 

    O que acontece com o seu xadrez se Dilma retorna?

    A derrota do impeachment dará um ponta  pé no seu tabuleiro e suas peças voarão pelos ares.

    Não é hora de se deixar dominar pelo medo. 

    Agosto é o mês da luta.

    Às favas para as favas contadas.

     

    1. Amigo Jandui, gostaria de

      Amigo Jandui, gostaria de acreditar no seu otimismo mas a realidade é bem diferente, estamos diante de uma operação mafiosa e execução maçônica, diferente da esquerda que toma suas deciões em plenárias em que todos tem acesso a turma do Temer age nas sombras, em reuniões fechadas com pouca gente e nada vaza, a direita é unida e bem organizada.

      Eliseu Padilha num país sério e com judiciário e MP legalistas já deveria estar preso, todos conhecemos o passado criminoso desse senhor, ele é um capo que no momento certo foi alçado as estrelato para fazer o serviço sujo em troca de poder e impunidade.

      Estamos diante de uma ofensiva reacionária da elite nativa, aos poucos se consolida uma ditadura civil-institucional lastreada na aliança da mídia, judiciário, MP e PF que empurra a cidadania para o gueto enquanto os trogloditas vão ocupando todo o espaço público. 

      É crível a tese de que poderemos inclusive nem ter eleições em 2018 desde que os golpistas não tenham reais chances de vencer afinal não existe meio-golpe e eles não vão entregar o poder para esquerda novamente a não ser que o país esteja em ruínas como foi o caso da ascensão de Lula ao poder.

      1. Questão de estratégia, somente

        Se os movimentos sociais e partidos de esquerda encorporarem esta jogação de toalha do Nassif, as chances de derrotar o impeachment no senado cai de 2% para 0,000001%. 

        Portanto, a hora é de arregaçar as mangas, intensificar as manifestações, sair de casa e participar da manifestação de hoje que seerá a mais importante antes do alvorecer da batalha final e não ficar escrevendo artigos com este teor que na prática serve somente para enterrar de vez uma pequena chance de chutar a bunda desse usurpador. 

        É isto que estou tentando dizer.

         

         

         

    2. O jogo não acabou só para

      O jogo não acabou só para voce e meia dúzia.

      Quem tem alguma noção já sabe que Dilma ja era. Até o Rui Falcão deu sinais disso ontem.

      Taí o resultado da confusão institucional começada por Lula e ampliada por Dilma e Zé Cardozão, ao dar Poder a corporações de que tem noção de como exercê-lo.

       

    3. Antes não estivessem contadas.

      Desculpe, gostaria que você estivesse certo, mas está na hora de encrar o bicho de frente: o golpe foi dado e não voltará atrás. A opção, me parece, é a de que acontençam movimentos massivos contra o golpe. Do senado e do judiciário não dá para esperar nada. Eles estão no golpe.

    4. gostaria que voce estivesse certo

      mas acho que só com a ajuda doEspirtio Santo, aqui na terra estes sujeitos arrumaram a cama e nós iremos deitar nela.

    1. Epa Somebody!!!.Me tire

      Epa Somebody!!!.Me tire dessa.Sei disso bem antes de muita gente boa,inclusive posso arrolar o editor do blog como testemunha.A proposito penso escrever uma missiva ao jornalista Elio Gaspari,dos chapeus para os intimos,que tem por habito transformar Ditadores em Fiadores de democracia,pedindo-lhe pelo Altissimo,que descreva que tipo de Ditadura vivemos:Descarada,Camuflada,Incubada ou Desavergonhada.Eu,particularmente,fico com a ultima.

  15. Devo confessar uma

    Devo confessar uma coisa.Relendo o texto do editor do blog,sou acometido de calafrios mil.De um lado,um exército de profissionais do crime,armados até os dentes,absolvidos pela Suprema Corte,captaneada pelos Mendes e os Barrosos da vida.Do outro lado,nada,quando muito algo parecido com o Deserto dos Tártaros.

  16. Uma força maior

     Acredito que há uma força maior que todas e  esta quieta demais, e as Forças Armadas, não é possivel que eles não se manifestem diante desta imoralidade politica, não tem um militar com culhoes para acabar com esta roubalheira nacional, hoje defendo uma intervenção militar,digo isso com pesar.

  17. Interessante, conheço um

    Interessante, conheço um senhor já na casa dos 70 que foi repudiado pela mãe e está aqui, hoje, pela misericórdia e caridade de terceiros que o criaram, é o maior reacionário e inescrupuloso homem que conheço, com modos afáveis e suavidade de voz para consumo externo mas que pega o que pode (de qualquer maneira) para si. Segundo um dos brilhantes comentaristas do blog, Romulus, o excelso Barroso também foi agraciado com segunda oportunidade de vida, e é o que vemos hoje. Negam tudo o que aprendi sobre princípios de conduta e moralidade. Se para nada servem, servem para nos mostrar a força do mal!

  18. Faz algum tempo que já houve

    Faz algum tempo que já houve o alerta de que estes elementos não teriam tanto trabalho pra dar um golpe contra o Brasil e depois permitiriam que alguém “do outro lado” assumisse o governo através de eleições livres em 2018 para desfazer a lambança e tentar começar a consertar o estrago. Os desdobramentos previstos aqui parecem bem reais mesmo, mas isto é a versão golpista da história. Há o outro lado. Existem pessoas com convicção, existem milhões de brasileiros que não sofreram lavagem cerebral se manifestando e se organizando desde 2015. Infelizmente será preciso esperar que mais e mais pessoas sintam na pele as consequências nefastas desta “ditabranca” para que as reações cresçam. Nunca tivemos uma revolução francesa que livrasse o estado da nobreza que o comandava, quem sabe se um dia esta hora não chega? Chegamos a este ponto porque, infelizmente, tudo sempre terminou em pizza, como a própria redemocratização.

  19. Desde sempre os EUA são

    Desde sempre os EUA são divididos ao meio. Desde sempre o “meio” que se elege governa. Na Inglaterra acontece o mesmo, seja conservador ou trabalhista o partido vencedor. Poder-se-ia (que mesóclise, hein?) fazer inúmeras criticas a esses 2 países, menos a de que não são democráticos. E a democracia lá funciona devido as instituições fortes, povo evoluido, patati patatá e etc. e tal? Pode ser mas o motivo principal é terem resolvido ( também pode-se criticar a maneira como conseguem resolver, mas é outro assunto) os principais e mais importantes problemas de seus habitantes, como habitação, segurança, saúde, alimentação. Imaginem uma Inglaterra faminta, sem assistência médica, sem moradia, sem escolas. Se isso ocorresse hoje seria também sem lordes, sem rainha ou rei, sem Democracia, um caos. Esse preâmbulo é para concluir que se o governo ora instalado no poder, com uma mágica qualquer, pelo menos mantivesse as conquistas sociais implementadas a partir de 2002, teria alguma chance de se manter. Ao povo, de qualquer lugar, sempre interessou o resultado, não a cor ou o nome do partido que governa, e ouso dizer,  nem mesmo a maneira como chega ao poder. Mas é possível sequer imaginar que desse governo usurpador, legítimo representante do que há de pior em nossa política, cercado de cunhas por todos os lados e com cunhas no centro, possa vir algo de bom? Seria o mesmo imaginarmos que O bebê de Rosemary fosse uma linda criança gerada pelo demônio. Como a esperança não deve morrer nunca, nem por último, resta-nos aguardar que esse bando de corja tenha, mesmo metaforicamente, o mesmo fim de Attila Mellanchini (Donald Sutherland) no antológico filme 1900, de Bernardo Bertolucci. E para isso necessitamos das mulheres. 

    Em tempo: Quem não assistiu, sugiro que reserve um tempo (quase 5 horas) e assista o filme 1900. Tem no youtube. Qualquer semelhança com nossa Democracia em Transe não é mera coincidência.

    1. EUA democrático?

      Os EUA aquele país em que os negros não tinham direito a voto até a década de 1960? Em que o George Bush na segunda eleição perdeu no voto popular, mas ganhou no colégio eleitoral? O país em que o partido Democrata mainpulou as primárias para que Sanders não ganhasse? Se esse é o modelo de “democracia”para o Brasil, estamo f e mal pagos!

      1. Prezado, quando digo

        Prezado, quando digo democrático, refiro-me a isso mesmo, a aceitação de resultado pela maioria. A segregação racial é uma ignomínia mas era (será que ainda não é?) aprovada pela maioria branca. Em nenhum momento defendi a importação do modelo americano ou inglês,apenas refiro-me a eles para evidenciar que o resultado de eleições é plenamente aceito pelos perdedores. Al Gore aceitou a vitória de Bush, que destruiu o Iraque, mas isso também só ocorreu porque a maioria americana aprovou a invasão.E  no meu parco entender,  toda essa aprovação, melhor, aceitação de resultados eleitorais pela populaçao, decorre do fato de que esses países tenham conseguido resolver, a que custo seria outra discussão, os problemas básicos de seus habitantes. Que estamos fodidos e mal pagos, dispensam-se comentários. 

  20. Creio que o principal para o

    Creio que o principal para o momento, é o País acabar com  a lava jato.

    Só assim poderá voltar ao rumo certo, independente de qualquer coisa.

    Se o preço a se pagar for prender Lula e Dilma que assim seja, já que foram eles que criaram e ajudaram a alimentar esse monstro.

    Criaram e alimentaram o Godzila, e agora querem que outros os ajudem a eliminá-lo. Agora que aguentem ora.

     

  21. Uma grande infâmia

    Traição à Pátria

     

    ….“As ditaduras não nascem do nada. São semeadas, irrigadas, até ganhar vida própria.

    A base da psicologia de massa do fascismo, dos movimentos violentos europeus dos anos 30, consistia em centrar a intolerância em uma figura ou um grupo e ir alimentando gradativamente o ódio, até que a besta saísse às ruas.”….

     

    Qualquer cidadão com um mínimo de politização, sabe muito bem, que a selvageria fascistas das gigantescas e impunes badernas e sabotagens por todo o Brasil, junto com pesado bombardeio midiático da grande mídia “livre”, tendencioso, mentiroso e cínico, tem por finalidade tornar público as velhas e conhecidas roubalheiras, só que as ligadas ao governo Dilma/PT,  evitando ao máximo, expor as semelhantes roubalheiras dos governos e integrantes do PSDB. Nessa tendenciosa investida, os golpistas contaram ainda, com importante suporte da Justiça, Ministério Público e Congresso. Estão revestidos de ditatoriais poderes.

    Para o desespero dos fascistas e golpistas, não encontraram roubalheira alguma de Dilma Rousseff, nem de Luiz Inácio Lula da Silva, apesar de infatigável e truculenta busca pela Justiça e Ministério Público. Caso semelhante minuciosa busca fosse exercida no Congresso, Justiça e Ministério Público, provavelmente, a maioria de seus integrantes iria parar na cadeia.

    Essa gigantesca ação cheia de ódio teve por único objetivo o desmonte da exuberante economia Dilma/PT de até junho de 2013, visando depor a presidente Dilma Rousseff da presidência da República. Visando,  inviabilizar e destruir a imagem de Lula/PT, o maior líder nacionalista desde Getúlio Vargas. Visando também, manter e instalar no Poder, elementos comprometidos e suspeitos, com a finalidade de entregar nossas riquezas aos gringos nas sistemáticas privatizações de riquíssimas empresas estatais e municipais, a preços de bananas, vistos no entreguista governo FHC/PSDB.

    Agora mesmo, sem perda de tempo, os golpistas já entregaram o bilionário campo de petróleo Carcará, no pré-sal, pelo ridículo preço de 2,5 bilhões de dólares para a empresa estatal norueguesa Statoil. Vergonhosamente, sem a devida reação contrária de importantes instituições brasileira, inclusive, de nossas Forças Armadas.

     

  22. Parece a narrativa do
    Parece a narrativa do Apocalipse (fim do mundo) brasileiro!
    A esperança é a última que morre (está respirando por aparelhos)
    VOLTA DILMA!(só milagre) mas governe eficientemente SE VOLTAR!!!

  23. Desejo

    Desejo que o autor esteja completamente errado, mas infelizmente tudo indica que o que vgem pela frente é uma ditadura. A barbárie.

    1. Faça uma análise melhor. O

      Faça uma análise melhor. O Brasil nunca foi democracia. Saiu de uma ditadura militar para uma ditadura civil. Todos os governos pós 64, foram apenas pela vontade das elites. Imagina se o Lula não tivesse feito “a carta ao brasileiros” para abrir o caminho. Infelizmente ele não teve forças para o bom combate e governou em coalizão com o que há de mais rasteiro na política aí deu no que deu ou no que está dando.

  24. uau, uma das melhores partidas descortinadas pelo Nassif

    Valeu Nassif, levantou o véu da besta.

    Faltou apenas falar da lei contra terrorismo para respaldar os anos vindouros de ditadura. Eu, que sou pessimista, pensava em 2018 mas agora …..  sei não. Bastará dizer que a “crise” tornou a democracia i9nviável e que teremos anos de chumbo pela frente.

    E a besta sai de sua cova!

  25. Há que se considerar também a

    Há que se considerar também a divisão dos grupos que esperam realizar o butim. Estivessem todos unidos, definitivamente não haveriam eleições livres em 2018. Porém, ao que parece, há fissuras nessa nova aliança PSDB-PMDB além de haver divisões entre grupos dentro do próprio PSDB. Isso pode viabilizar no médio prazo a substituição do governo golpista por um outro que promova uma “abertura”.

  26. E os jovens? Vão alertar seus filhos?Fatura amarga..

    Para comentar seu artigo, Nassif, vou citar as palavras expressas de um comentarista aqui do blog, o Fernando J em resposta ao post “noticia/a-lava-jato-e-o-vice-almirante-por-mauro-santayana”, que me impresionou pela agudeza da da sua percepção, porque resume bem e em poucas palavras o que está no caminho dos brasileiros que, infelizmente, repetem, sem saber, o mesmo comportamento do sono eterno que acometeu os seus antepassados quando o país caminhou para a ditadura: “há jagunços coçando a coronha, aguardando a ordem. Pode demorar, mas virá. E virá quando a poeira estiver assentada.”  – (a poeira, no caso, seria o período logo após a legitimação do golpe com o afastamento definitivo da presidente eleita democraticamente)

    Pessimismo? Cada um deve refletir os dias atuais de acordo com o limite de seus horizontes. O meu pessimismo e angústia, nem tão atual, deve-se à minha longa convivência com muitos velhos que viveram a realidade da história do Br daqueles tempos sombrios descritos nos livros da nossa história mas adormecidos na memória da maioria, esse mesmo povo de hoje que historicamente sempre foi posto à margem na escolha de seu destino, e a conclusão é a de que estamos repetindo a tragetória do passado..

    A lógica é sempre a mesma..O ladrão espreita e vai comendo pelas beiradas. A população vai sendo conduzida e o processo vai avançando.. Avança tanto que quando a resistência chega, normalmente tarde e sem organização e estratégia claras, os mecanismos de repressão já estão só no aguardo..

    As medidas futuras contra os direitos dos cidadãos/trabalhadores vão desencadear reação social, óbvio, mas elas já foram devidamente ponderadas no projeto desenhado pelo atual governo pós golpe e vão servir a 2 frentes ao mesmo tempo: apropriar-se de mais recursos públicos e ensejar o endurecimento das leis sob a falsa bandeira da manutenção da ordem pública e paz social; A boiada está madura para comprar o discurso da “moralização” do país..

    Será o passado desfilando aos olhos de quem já viu esse filme ….ou, então, terá o mesma simbologia da cena das tropas passando em revista. A roupagem de hoje é outra mas o significado será o mesmo. 

    Os meus velhos saberão do que se trata……e os jovens de hoje serão os velhos de amanhã..

     

  27. Registro minha decepção com o

    Registro minha decepção com o Ministro Luis Roberto Barroso.Tinha tudo para fazer o contraponto a Gilmar Mendes no STF,vide a historica seção que definiu o ritmo do Impechemant.Teve atuação impecavel.Qual o quê.Bastou um telefonema de Merval Pereira para ele dá um passo atrás e sair proferido um monte de aleivosias.Papai sempre tinha razão,coragem não é para todo mundo.

    1. Coragem

      Oi Júnior,

      O Ministro Barroso perdeu a coragem e a moral quando ficou exposto o seu segredo, de ter comprado casa em Miami, como um coxinha qualquer, com uma conta de empresa off shore de fachada, da sua mulher. Algo como o ex-ministro Barbosa, outro “patriota”, também fez. Agora fica caçando pedalinhos do Lula.

      http://vetorm.com/?p=558

      1.  Obrigado alexis pela

         Obrigado alexis pela informação.Não sabia.O segundo maior erro da era lulopetista,foram as escolhas dos Ministros da Suprema Corte.Beira o amadorismo,ultrapassa o infantilismo.Nunca aferiram exatamente a diferença entre,Governo X Poder.Falta eu lhe dizer o maior grande erro.Deixa pra lá,tarde demais,já não vale a pena.Confesso-lhe apenas,que esse erro fez com que,meus sonhos fossem avacalhados.

        1. O tecido é todo podre, caro

          O tecido é todo podre, caro Junior. Não há muito o que escolher.

          Mas não abra mão de seus sonhos. Quando alguém sonhador deixa de sonhar é porque morreu. Abs.

          1. Agradeço a José de Almeida

            Agradeço a José de Almeida Bispo,a lembrança que me faz.Forte abraço.

        2. A velha teoria

          Quando vai acabar esta história de que a estuprada tem sua culpa porque usou saia curta?

          Uma bandidagem explicita do governo teme,r patrocinado pela golpista e vendihona rde golpe, a vender a petrobrás rapidinho e estes comentarista dizem que o atual governo é mais profissional do que a Dilma, como disse o nassif aí em cima? Só se for para roubar e ser cretinho e vendalhão. Nisso a Dilma não nem amadora.

          O outro ainda vem com a velha história que o pt não soube escolher ministro. Se o barbosa, o tófoli, o barroso são hoje o que são é porque mudaram totalmente, não havia como advinhar. As escolhas foram corretas, mas,,, Não está aí a marta mergulhada no pmdb apontando a “corrupção do pt”? E o cristovam buarque, quem advinharia o babaque que agora se revela.

          1. Respondo a

            Respondo a Hcmagalhaes,05/08/2016-12:06.Ainda que tenha se referido ao “o outro”,você se dirigiu a mim.Deixo de lhe responder,porque você explícita em comentário,como milhares de outros petistas,desconhecer o que vem a ser o binômio Governo X Poder.Ademais,sendo eu bahiano com tendências socialista,seu sobrenome me causa calafrios,principalmente em tempos de golpes,contragolpes e quiçá ditadura.Seria pedir demais e imaginar que você é mineiro,e foi cliente do falido Banco Nacional.

    2. Meu caro, pelo num ponto a

      Meu caro, pelo num ponto a esquerda tem que aprender com a direita: nomear ministros do STF. Aqui não é lugar de jurista ou intelectual: STF é lugar de ALIADO. Ponto final. Tem sido assim desde que Cabral chegou aqui. É só luO PT caiu na ilusão de fazer republicanismo num orgão totalmente político. Deu no que deu…

      Na outra ponta foi O PGR.  Sinceramente, Dilma merece o que está passando: nomeou e reconduziu o carrasco dos petistas: janot.

      1. Ainda que seu comentario

        Ainda que seu comentario se mostrar  um pouco confuso,quem sou eu para discordar de você,principalmente do que você afirma no final.

      2. Será que é tão simples?

        Lula e PT tentaram fazer isso com Toffoli. Desnecessário comentar, não?

        Depois, no governo Dilma, tivemos o Facchin, cuja nomeação a direita e sua mídia até tentaram melar, dado seu histórico de supostas simpatias esquerdistas. Está sendo um tanto decepcionante, não?

        A impressão que tenho é que mesmo muitos juristas que vemos por aí, escrevendo textos brilhantes em defesa da democracia e assinando manifestos, se chegassem ao Supremo ficariam morrendo de medo de uma capa da Veja, e acabariam entrando no jogo de cena comandado pelas elites que é(são) aquela(s) Corte(s).

        Aliás, se não me engano o próprio Nassif relatou, decerto informado por suas fontes, que os ministros sofrem pressão até de familiares!

        Não nos esqueçamos que gente como Ayres Britto e Joaquim Barbosa, em questão envolvendo comportamento, direitos sociais e civis pareciam despontar como grandes humanistas, progressistas, trazendo até esperanças para uma nova configuração na Corte – tudo isso sem falar de uma propalada tradição garantista daquela casa.

        As ilusões só começaram a se esvair mesmo foi durante o julgamento do mensalão. Não sei se eles começaram a tirar as máscaras ou se a mídia, dando àquele julgamento um palanque privilegiado, soube lidar com a vaidade das Excelências. 

        De lá para cá, é só ladeira abaixo. E vai piorar: alguém duvida que a maioria esmagadora de jovens concurseiros aspirantes a carreiras nos MPs ou na Magistratura não sonha em ser um Deltan ou um Moro do futuro?

  28. Discordo do Nassif. E justo

    Discordo do Nassif. E justo eu, que sou tradicionalmente pessimista e sempre dou uma zoada no seu otimismo.

    Se o país é resultado de suas elites há de haver consequências quando temos jornalistas de elite, iluministas, sensíveis, corajosos e decentes como Luis Nassif. Tenho certeza que quando Gleen Greenwald lançou o Intercept Brasil e falou em editorial dos blogs e do  altíssimo nível de alguns jornalistas brasileiros, um desses jornalistas era Luis Nassif.

    Da tristeza imensa que me dá ver essa nuvem negra cobrir o Brasil, me dá muita satisfação acompanhar um blog como este que prima pelo apoio as causas humanitárias, pela solidariedade, pela decência e pela coragem. É coisa de uma “certa elite brasileira diferenciada”. 

    E se o blog precisar de assinantes estou aqui para colaborar.

    1. A grande massa, incluidos aí

      A grande massa, incluidos aí os bacharelados continua na Globo. Agora na GloboNews, mas Globo. É um catecismo de que eles precisam.

      Há três instâncias reais de poder sem a posse das quais, ao menos de duas delas se não tem muito aonde ir: pelo grau de importância, o dinheiro, a informação e as armas. O que têm os democratas do país?

  29. Boi preto conhece boi

    Boi preto conhece boi preto

     

    Assim como corruptos adoram corruptos, carater não se vende na esquina, esse grupo sabia que entregariam o país a essa escumalha, quem mais sobraria? A turma do psdb, aquela “que não se salva nenhum”? Sabiam e queriam esse resultado, ao final tudo se resume a bussines, ao petroleo e as terra que tanto querem que entreguemos junto com o sangue do povo, o segre é saber se aceitaremos sermos escravos novamente. Não saida pacifica para o embroglio que enfiaram o país.

  30. “Não tem problema: mudaremos a lei”

    Nassif, fiquei daqui pensando se o caminho natural seria realmente este do encaminhamento para uma democracia mitigada e daí para o autoritarismo, ou se o objetivo deles não é justamente “cozinhar o galo” de uma democracia mitigada.

    Como tudo parece novo nesse golpeachment, e se, ao invés de inviabilizar 2018, não seria possível, com Gilmar no TSE, manipular as urnas para garantir ao ilegítimo ou qq outro candidato determinado pela plutocracia uma pseudo-legitimidade popular?

  31. Que merda …

    ja perto da minha aposentadoria ( isso se deixarem eu me aposentar …), sou obrigada a voltar aos meus 18 anos de idade, com as mesmas palavras de ordem (“abaixo a ditadura”, “diretas já”, etc, etc). Nos ultimos anos pensei que tinhamos avançado um degrau, e que meu filho não precisaria passar pelo que passaram os jovens da minha geração. Que merda … De volta ao começo. 

  32. Futuro

    Nassif,

    No Brasil, sempre se esquece que a corrupção ocorre nos três poderes da república. E é a corrupção do poder judiciário a mais prejudicial à democracia, uma vez que ele é o poder mediador entre cidadão e Estado.

    Pode teoria de botequim? Então a minha é a seguinte: descobriu-se o principal caminho de evasão de divisas no Brasil, passando por Foz do Iguaçu. Incluía dinheiro do tráfico de drogas e de multinacionais, de grupos de mídia e empresariais, de políticos e celebridades. Era preciso fechar novamente o galinheiro, e a chave não poderia ficar nas mãos da raposa.

    Até você ignora um dos fatos mais marcantes do combate a corrupção no Brasil. Algo que está escancarado e qualquer um pode ver, mas que passa despercebido na doentia sociedade brasileira. Foi assim desde a Operação Macuco, e assim continuou nas operações seguintes da dobradinha PF-Justiça: aqueles que trabalharam para avançar o combate a corrupção, atingingo os centros de poder, acabou como resultado sofrendo consequencias, sendo transferido, afastado, promovido para outras áreas, ou até mesmo condenado.

    Quem sofreu as consequencias da corrupção do Banestado?

  33. Esses golpistas não podem ter um segundo de sossego!

    Esses golpistas não podem ter um segundo de sossego!

    Eu não acredito que os mais de 54 milhões de eleitores que tiveram seus votos roubados aceitarão passivamente o golpe. Antes da votação final do golpe no senado ainda existia a ilusão de que a democracia seria restabelecida. Após o golpe se consumar é que teremos a real dimensão da resposta das ruas.

  34. Nassif, tenho um olhar diferente sobre isso tudo

    Nassif, 

    Toda essa sujeira, toda essa manipulação, toda essa perseguição à esquerda, toda essa aversão à democracia não é novidade pra mim

    A força que o judiciário ganhou com a sua parcialidade junto às elites nada mais é do que a exposição de algo que está escondido há muito tempo no pensamento contemporâneo brasileiro: a aversão a ascensão de classes sociais mais baixas e de uma melhora geral do país

    Quando hove o lamento de Danuza Leão sobre a possibilidade do porteiro do seu prédio ir pra New York junto com ela, houve espanto e reações adversas, mas ela só expôs o pensamento de quem se acha elite no brasil e muitos concordaram com ela

    Havia o grande fracasso do governo do FHC que deixou milhões de brasileiros na extrema miséria e outras dezenas extremamente ricos, então palco para o PT e suas causas sociais e o ostracismo da elite, daqueles que defendiam o Brasil da miséria

    Mas e essa elite que se retraiu aonde foi parar?

    Como um pus ante uma infecção, essa elite aparece agora como sintoma de uma doença nunca curada, algo nunca bem resolvido, principalmente no sudeste, que desde a revolução de 1932 sabota governos de iniciativas populares

    Rasteira, misógina, rancorosa e putrida as elites econômicas no país sabem que jamais irão alçar ao governo federal novamente e agora contam com uma arma de fazer inveja a qualquer ditadura no mundo: a conivência da Lei e seus juízes eletistas

    A aplicação da Lei por si só já é uma ditadura, você pode discordar dela e até protestar contra, mas Lei é Lei e deve ser cumprida, independente disso ou daquilo, mas quando seu aplicador seleciona quem deve ou não sentir o seu peso aí a coisa muda de figura 

    Pessoas sem a mínima moral viram heróis, políticos com o passado mais sujo do brasil viram salvadores da pátria e nós, espectadores, assistindo a tudo isso

    Esse é o Brasil, o verdadeiro Brasil, mas também dá pra separar os democratas, os defensores dos direitos humanos, as pessoas que se importam com o próximo apesar da cor de sua pele e de sua classe social, no meio disso tudo, pessoas como leonardo Boff, Luí nassif, Letícia Sabatella, Chico César, professores, pesquisadores, intelctuais e demais artistas e muitos outros, muitos mesmo

    Não é preciso ser petista pra ir contra essa onda conservadora que “varre” o país até mesmo porque eles não são maioria e é tão fácil derrotá-los, basta usar a democracia

    E é por isso que querem acabar com ela…

     

    http://www.brasil247.com/pt/247/cultura/86189/Danuza-lamenta-que-todos-possam-ir-a-Paris-ou-NY.htm

    http://novaescola.org.br/historia/fundamentos/foi-revolucao-constitucionalista-1932-482251.shtml

    http://g1.globo.com/goias/noticia/2016/08/integrante-do-mst-esta-preso-com-base-na-lei-antiterrorismo-em-goias.html

     

    1. Xará

      Meu caro xará.

      O seu pensamento em nada difere do que escreveu Nassif, que por sinal, é um artigo de superação, inspiradissimo.

      Nunca li Nassif tão igual como hoje.

    1. Pensei que era só eu que

      Pensei que era só eu que acordava no meio da noite pensando no que está acontecendo no Brasil. O pessoal daqui de casa fica bravo comigo: você não pode fazer nada então para de se preocupar. E eu, não sei porque sou tão tonta, continuo a enfarruscar.

      Enfarruscar! Ops essa deve ser uma das palavras já mortas do Gregório Duvivier e realmente é antiga pois quem a usava era a avó do meu marido, mineira de Montes Claros. Mas como temos múmias no poder é bom ressuscita-la.

      1. Pois é Vera eu também acordo

        Pois é Vera eu também acordo e a primeira coisa que me vem no pensamento é o golpe e suas consequências.

        Fico muito triste e sinto um vazio muito grande.

        Não assisto TV e fico lendo tudo isto que já sabemos.

        Ganharam os ricos, perderam os pobres e serão longos anos de retrocesso.

        Esta difícil até conviver com quem apoia o golpe. 

        É como um exílio em seu propário pais.

        Não é possível que vamos perder mais esta.

         

  35. Relembrando Joel Silveira.Vez

    Relembrando Joel Silveira.Vez por outra, eu discutia com Papai sobre quem seria o maior escritor brasileiro.Eu fixava-me em Graciliano Ramos(até hoje),ele pendia para Guimarães Rosa.O volume da discussão aumentava,a medida que se elevava  o consumo de cerveja.È Rosa,é Ramos.é Ramos,é Rosa.Lá para tantas,eu lhe dava o cheque mate.Tudo bem,mas o maior livro da lingua portuguesa é Fogo Morto,de José Lins do Rego.Ele ajustava seu inseparavel oculos escuros,sorvia um generoso gole de cerveja,e discussão parava ali.È grande a falta que me faz,pricipalmente em tempos de cachorro doido.

  36. Infelizmente é impossível

    Infelizmente, é impossível discordar do texto. E a tristeza está no fato de que traça um painel realístico e faz projeções abalizadas de um país imaturo que atravessa mais uma das suas recorrentes crises.  

    Na dimensão política, o que está na iminência de se concretizar é um golpe parlamentar da sub-espécie “assalto ao Poder”, onde a palavra “assalto” não é gratuita e abrange os dois sentidos: real e figurado. Uma investida tragicômica dado que lastreada politicamente pela parte do país composta majoritariamente pelos melhores situados na pirâmide social, açodados pela mídia corporativa,  que, acometidos por espasmos cívicos por conta da “corrupção generalizada”, foram às ruas para repudiar um esquema de Poder e colocar outro com “pós-doutorado” na arte de se apropriar dos recursos da “viúva”. 

    O que temos aí: ignorância política? Má fé? Ódio e ressentimento ideológico? Talvez as três variáveis juntas. Via de regra, esses substratos sociais conscientemente encaram a práxis política numa amplitude que vai dos desdém à ojeriza pura e simples. Veem seus agentes como meros mandatário junto ao Estado das suas visões, percepções e ambições. Fora disso, a arte da Política é dada como um entrave. Mesmo porque, é regra do Sistema, terão que suportar os do “outro lado” com suas demandas que pouco ou quase tem de comum com as delas. Não por nada são chegados a uma “farda”, símbolo alusivo a certos valores que lhes são caros, a exemplo da segurança, objetividade e o conservantismo. E a higidez moral? Ora, não vem ao caso.

    Ultimado o golpe parlamentar, se finda a dúvida sobre por quem as panelas batem porque essas ficarão intactas. Silentes tal como ficaram quando ressoavam os gritos de agonia dos porões da ditadura e os gemidos de fome e desespero dos “despanelados”. 

    Assim, o texto se apropria de uma  linha de raciocínio absolutamente coerente não só com a conjuntura, mas com a própria história. O Chefe de governo interino e a camarilha que o cerca emitem sinais claros acerca das suas referências para uma possível e provável efetividade. E elas certamente não estarão nas camadas mais humildes, portanto silenciosas, da população. 

    Dúvidas inexistem sobre o potencial de adentrarmos num processo de reversão dos avanços políticos e sociais tão arduamente conquistados, mas se tal inflexão alcance uma tal ordem de magnitude que torne impossível a curto prazo deter a inversão. 

     

     

     

     

     

  37. Numa frase

    Resuma-se tudo numa frase que talvez alguns “bem-intencionados” ainda não ouviram: não existe golpe pela metade.

    Ponto.

  38. Fora do tema, mas oportuno
    Imperdível o wadih damous e seu passo fora no moron e procuradores da lava jato.

    Deixou claro o fascismo e a seletividade. Jogou na cara a questão da impunidade ao dizer que temos mais de 780 mil encarcerados, a maioria pobres e negros. Disse -” se não havia poderosos presos, perguntemos ao MP e ao judiciário”.

    Mais uma vez, imperdível

    http://www.viomundo.com.br/denuncias/wadih-damous-desconcerta-moro-nao-reconheco-em-ninguem-o-poder-de-oraculo-de-divindade-no-combate-a-corrupcao.html

  39. No lugar de Ulysses Guimarães, Rui Falcão

    “Procuradoria de coalizão” – perfeito.

    No quadro comparativo de “ontem / hoje”, faltou apenas a oposição institucional.

    No lugar de Ulysses Guimarães, Rui Falcão:

    “Mal do malandro é achar que outros são otários”, por Romulus      

     ROMULUS      SEX, 05/08/2016 – 12:32

    “O mal do malandro é achar que os outros são otários”

    Por Romulus 

    Concordo com a avaliação de um caro amigo em seu blog, que reproduzo abaixo. À possível explicação que apresenta, acrescento outras alternativas.

    Bem… explicações alternativas ou cumulativas?

    Sejam o que forem, ainda mais “desabonadoras”.

    Já as publicara há mais de mês em outro post. E, novamente, nesta semana (“Dívida pública: silêncio eloquente dos grandes “ausentes”):

    LEIA MAIS »

  40. Resumindo:

    Estamos lascados!

    A menos que, na hora da divisão do butiim, começem a atirar uns nos outros……

    “Trair e coçar é só começar……..”

  41. Resposta do “Leitor da Veja” a Luís Nassif

    Do blog do Professor Hariovaldo

    http://www.hariovaldo.com.br/site/2016/08/05/olimpiadas-novo-hino-nacional-brasileiro-ja-e-o-mais-ouvido/

     

    Leitor da Veja5 de agosto de 2016 at 12:03

    Devo protestar aqui contra o senhor Luís Nassif que escreve em seu blog em:

    https://jornalggn.com.br/noticia/xadrez-da-democracia-em-transe-e-dos-aprendizes-de-feiticeiro

    “Não é nenhum pouco factível a ideia de um grupo de desprendidos, dispostos a passar dois anos praticando maldades para depois passar o bastão para terceiros.

    De duas, uma: ou prolongarão a irresponsabilidade fiscal; ou tratarão de se articular para impedir as eleições de 2018”.

    xxxx

    Senhor Nassif:

    Pelo visto o senhor desconhece que as ações humanas podem sim ser pautadas e motivadas por valores como patriotismo, desprendimento, amor ao próximo e vontade de servir.

    Entretanto o seu desconhecimento não pode ser motivo parra julgar, pela sua régua, o caráter e a moral dos patriotas que recolheram os cacos do governo Dilma e assumiram a responsabilidade de conduzir o Brasil e os brasileiros para um futuro radioso.

    Quanto às eleições de 2018 eu lhe asseguro que elas estão garantidas. Não é próprio a democratas como aqueles que nos estão governando atualmente a prática de atos atentatórios à democracia.

     

     

     

     

     

  42. Parabéns Nassif, estas

    Parabéns Nassif, estas especialista em analisar passos do golpismo. É correcto conjecturar; o problema é que essa turma pode lhe ler e entender em fazer. Como por aqui nunca a esquerda ganhou uma, isso pode se tornar insustentável.

  43. Democracia representativa de fachada com conteúdo autoritário.

    Sinceramente, não acredito que tenhamos uma ditadura, entendida como fim de eleições e parlamento fechado ou ‘bionico’. Por vários motivos. Primeiramente os ‘mercados’ querem mostrar que o capitalismo é sinônimo de democracia, que a ‘esquerda'(seja lá como se defina essa) é suprassumo da privaçao de liberdade e para isso precisam manter intacta a fachada da democracia representativa.

    Segundo, mesmo não sendo um pais central o Brasil é um pais importante demais no mundo para que uma ditadura explicita seja implantada aqui sem que isso convulsione o mundo todo. Faço uma analogia com o México que hoje é um Estado Policial, uma democradura; o México é grande demais para ter uma ditadura explicita. O Brasil, por pior que seja a situação tem mercados imensos(de consumo e de propriedades para serem vendidas) e uma força de trabalho a preço de banana(atualmente, mais barata que bananas).As empresas transnacionais tem enorme interesse na economia braisleira, seja com ‘acordos de livre comércio’ seja com investimentos diretos, privatizaões, aquisição de propriedades, seja na papelada financeira. Uma ditadura explicita em uma economa como a do Brasil inviabilizaria ou dificulataria a realização desses interesses.O Brasil é uma das peças centrais na difusão da ideologia de que o capitalismo é sinonimo de democracia, basta lembrar que a democracia brasileira foi apontada pelos EUA como um exemplo contrário a suposta ‘ditadura’ bolivariana da Venezuela. Nem os interesses ‘externos’, acho eu, sancionariam uma ditadura explicita no Brasil. Ao contrário do que muita gente pensa, não estamos mais na década de 1960.

    Terceiro há os motivos da baixa politica: eleições são um grande negócio que movimenta muito dinheiro. Ninguém vai querer perder o grande negócio em que se transformaram as eleições, e a lava jato nem tem isso como objeto – teria que ser muito credulo para achar que o moralismo juridico tem como fim ou é capaz de acabar com os grandes negócios das eleições, possivelmente só vai mudar os ‘players’.

    Quarto, há um enorme dominio ideológico que sanciona e legitima ações contrárias aos direitos dos trabalhadores, aos direitos sociais e ações autoritárias que dificulta muito qualquer resistencia de massa a um Estado de Direitos (do mercado) sem direitos(para a maioria da população). Dou um exemplo: soube que uma estudante de um universidade pública defendeu o ensino pago na Universidade, mesmo admitindo que não tem dinheiro para pagar. O que prevalece é a ideologia do empreededorismo e da meritocracia. Assim se direitos coletivos são retirados, as pessoas acham que elas não vão ser atingidas porque são empreendedoras e tem mérito suciente para ser um vencedor de ‘classe média’ e consumir ‘serviços’ no mercado. Se não conseguem só culpam a si mesmas, são ‘perdedores’. E quem apanha das policiais é visto como ‘bandido, comunista, pecador’, legitimando ações arbitrárias.

    Quarto, a memória da ditadura militar ainda é muito viva, a despeito das novas gerações parecerem ter em grande parte esquecido dela. Duvido que as FA queriam mostara a cara nessa bagunça e para descer a porrada no povo já existem as policias que são muito eficientes nisso.

    Mas se uma ditadura – entendida como fim da democracia representativa – apresenta dificuldades, um aprofundamento do autoritarismo e do Estado policial é muito fácil no Brasil de hoje, aliás, sempre foi. O caráter autoritário de nossa sociedade e politica nunca deixou de existir mesmo na ‘democracia’: o Estado de Direito nunca foi plenamente efetivado para todos, basta ver como as policias agem em todo o Brasil durante a ‘democracia’.Os direitos sociais da Constituição de 1988  começaram a ser ‘desmontados’ assim que forma sancionados ou que nunca foram implementados de fato. Além da destruiçao progressiva do SUS, desde de 1988 tivemos umas duzentas reformas da previdência. Todas passaram ‘democraticamente’ e dentro da ‘legalidade'(ou seja de acordo com o Estado de Direito), a despeito das resistencias, cada vez menores – em parte devido a crescente ditadura ideológica de direita – a cada ‘reforma’.

    Acho que veremos o aprofundamento de uma democracia representativa de fachada com um conteúdo cada vez mais autoritário e, o pior de tudo, com pouca resistencia de massa e apoio de uma grande parte da população. Digo aprofundamento porque já estamos vivendo isso. Tudo dentro da lei. Se é legal, está dentro do “EStado de Direito”, mesmo que esse se resuma ao “direito” de ficar calado e de levar porrada; basta ‘mudar a lei’ – Escola sem partido, reforma do código penal, e por ai vai – que além de tudo é sempre passivel de ‘interpretação’. Continuaremos tendo eleições cada vez mais manipuladas, mas manipuladas dentro da ‘lei’.  Não teremos um novo golpe via impechment, a lei será ‘mudada’ – reforma politica, afinal é uma reivindicação ‘democrática’ dirão eles – e ‘intepretada’ de modo que cada vez menos os representates eleitos representem qualquer outra coisa que não os grandes intere$$e$.

    Por pior que seja um ditadura explicita é muito mais complexo combater e resistir a uma situação dessa.

  44. Relembrando Joel

    Relembrando Joel Silveira.Essa eu falo por ele,visto que,deve abalar até a Muralha da China.”Acho João Gilberto,com essa batidinha horrorosa no violão,um chato de galochas”.Como sou conterraneo de João Gilberto,vou me permitir apenas,tirar as galochas.

  45. O brasileiro e sua Fé Cristã, as esquerdas e o Golpe de Estado.

    Lendo este último xadrez do Nassif e os comentários me veio a impressão de que precisamos olhar para o brasileiro real dentro da sua religiosidade cristã e da cultura do American Way Of Life e da Meritocracia para entender o pacifismo como se encara o Golpe de Estado. E, surgiu este texto. 

     

    O brasileiro e sua Fé Cristã, as esquerdas e o Golpe de Estado.

    O brasileiro tem uma formação cristã. E, dentro dela foram décadas de um cristianismo mais voltado para o campo espiritual.

    Talvez, se olhou muito mais para as coisas do além do que para as coisas terrenas, do que para os problemas cotidianos, resolvidos ou na hora do voto, sendo o eleito quem deve resolvê-los, e se não tiver Eleição, por quem assumiu o Poder sem voto.

    Não há uma preocupação coletiva com os rumos da sociedade brasileira. Porém, podemos assistir uma necessidade de culpar os outros pelos problemas que enfrentamos na Economia e Sociedade.

    Uns chamam os golpistas de culpados, outros chamam de culpados o PT, Lula e Dilma. Ninguém se vê participante dos erros. O Pecado está no outro. Eu não faço parte do todo, sou apenas eu, minha família e no máximo meus amigos.

    Não querendo polemizar, já polemizando e durante todo o texto polemizarei.

    Jovens brasileiros, maior comitiva na Jornada Mundial da Juventude e mesmo com um Papa progressista o que se mostra desses jovens: eles são sorridentes, cheios de Fé, Esperança, creem na Salvação, se mostram solidários, porém, eles estão sorridentes e felizes, mas não estão vendo a banda passar no Brasil do Golpe nada solidário por excelência e acreditam em contos de fadas:

    – solidariedade resolve tudo. Terço na mão e pronto!

    E, imaginemos no todo da sociedade? Quantos jovens sabem enxergar a realidade para além do doméstico, do quarteirão de casa, do núcleo familiar e dos amigos e do trabalho?

    O brasileiro é acima de tudo um acomodado. É um retrato do cristianismo pouco engajado e que não se enxerga como uma Teologia da Libertação, e, sim! Muito mais como um neopentecostal e a Teoria da Prosperidade. Abraça-se na ideia da Fé, da bondade, até, mas não se coloca como agente social, porque não lhe foi dado o passaporte de agente para estar no Mundo do Pecado como participante, não lhe foi colocada a ideia de coletividade, de que são as ações concretas de Poder que podem tornar as pregações de Jesus Cristo reais, e que elas precisam ser colhidas nos governos e parlamentos e não apenas numa corrente de Oração pela paz do Mundo.

    Deixar que os outros façam exime de culpas quem não fez. Exime de pecados. Foi o outro quem fez, não sou responsável. E o brasileiro comum é bem este quadro de não envolvimento com a realidade concreta do Poder, não é verdade?

    Imaginemos em um País que mistura a religiosidade conservadora com a Cultura do American Way Of Life. Que mistura a cultura do consumo e a cultura da meritocracia. Que avança no individualismo do meu diploma, meu carro, meu emprego, minha Casa, minha Vida e, ainda, tem alguém para referendar isto, em crescente nas Igrejas neopentecostais, principalmente.

    Talvez, o programa Minha Casa, Minha Vida poderia chamar Programa Casa para Todos, como foi chamado o programa de levar energia elétrica para todos os lares: Luz para todos. Porém, a sociedade do “eu” não daria a significância se assim chamado fosse.

    Adentramos no Brasil existente e vemos que o brasileiro nem sindicalizado quer ser para não pagar uma taxa de Imposto Sindical. E, como ele não é dado ao raciocínio acredita que nasceu do Céu: férias, 13, cesta básica, vale-transporte, aviso prévio de 90 dias, jornada de 44 horas, etc. É uma mistura de Divino com boa-vontade dos “homens do dinheiro”.

    Você compra foi seu esforço, você não compra a culpa é de quem está fora do seu domínio de ações. Claro, colocando em evidência que uns são mais culpados que outros, porque se assumem coletivos e, no meu individualismo se mexe, se retira os brios do esforço.

    Imaginemos cadê meu mérito se eu penso coletivo, se eu faço parte de um Governo que olha por todos e não me destaca?

    Eu pensei nos professores. Imaginemos criar aulas de Cidadania, de noções básicas de Direito, de Educação Sexual, de Política nas escolas. Qual sindicato iria bancar uma revolução deste quilate? O Professor perder metade da grade semanal de aulas, para implementar outro currículo escolar?

    É o corporativismo. É a aceitação da realidade, contanto que não se produza um choque com a minha Identidade, com o meu mérito. Se todos perdem tudo bem. Se perco eu, para os outros ganharem um pouco que seja, não dá!

    Fomos educados assim…

    A estrada congestionada por causa de um deslizamento de terra, tudo parado e o acostamento livre, quantos não aproveitam o único espaço livre para chegar antes de todos ao destino final, depois lá na frente, ainda têm a cara-de-pau de ligar o pisca-alerta e pedir para entrar de volta para a estrada, e se acredita em Deus. É o além. Terreno não me é preciso ser dado ao comportamento civilizado.

    O brasileiro corre o tempo todo contra si mesmo. Melhora de Vida e se considera o hospedeiro do fato.

    Porém, se disserem para ele que existe um conjunto de ações coletivas e que há um Governo trabalhando junto para sua melhoria de vida ele já desconfia, prefere acreditar no que a Imprensa diz.

    A realidade fica embaçada. Ele prefere perder tudo o que conquista, sem dar o braço a torcer. E, ainda, culpa quem lhe propiciou fazer o que “seu olhar meritocrático almejou e conseguiu”. Afinal, quem lhe propiciou discursa coletivamente.

    Assusta ser coletivo no Brasil. Eu quero ter de tudo o que o Capitalismo me apresenta, mas não quero que ninguém leve/receba o respeito por eu conseguir.

    Aquela mãe que fez a filha de + ou – 7 anos inculcar que a culpa da criança não ir para a Disney era da Dilma, porque subiu o dólar é bem o retrato do Brasil.

    Quando todos iam gastar bilhões em compras em Nova Iorque nenhuma reflexão do fato nenhuma valorização para além da meritocracia. Tudo foi possível porque eu tenho “talento” e trabalho.

    E, hoje, nem baixando o dólar conseguirei ir.

    Faltou trabalho? Faltou talento? Não! O Governo atrapalhou.

    Enquanto a sociedade for individualista e centrada na ideia do esforço individual não sairemos desta situação desalentadora de ver com olhos inertes o que acontece, sem ativar nenhum neurônio interior.

    Porém, quem vai saber dialogar com esta realidade, a direita aproveita a situação e radicaliza para o extremo do mérito privado.

    Quem deu o Golpe não fala em coletivo, fala em mérito, fala em iniciativa privada, e aqui no Brasil, privado é sinal grandeza.

    – Ele conseguiu, nossa! Que inveja dele!

    Um repete o outro. E, todos perdem ou ganham e perdem de novo e pouco importa, a oportunidade está dada.

    – Eu que não a abracei. Tem um sujeito na minha rua que se deu bem e, ainda, está em ascensão, pode até ir morar em Miami.

    Esta é a realidade. Décadas e décadas de cristianismo neopentecostal, carismático e uma sociedade que não se enxerga no coletivo dela mesma. Transcendente a um mundo outro, noutra Fé – não terrena – lá do alto.

    – Se eu não pequei, se eu segui os mandamentos da Lei de Deus, ok! (Aqui não falo dos que se aproveitam da Fé alheia e até se arriscam a ir aos parlamentos colocar seus interesses particulares misturados com uma “Falsa Fé” em funcionamento).

    O Golpe de Estado é possível porque é pacífico, é ordeiro o povo brasileiro. Temer assumiu sabiamente com o lema: Ordem e Progresso.

    Você produz a narrativa de que estamos a sair do caos e o Progresso virá.

    O que não fazem as mídias apoiadoras da deposição de Dilma e da efetivação de Temer, neste momento?

    Acabou a bagunça. Deixa o homem trabalhar. E tudo se acertará.

    Acreditávamos na consciência do brasileiro que seria possível responder ao Golpe com as ruas cheias de contragolpe, mas ele, o brasileiro, não foi capaz de entender ou quem sabe, se acomodou na eterna esperança da Fé e do pacifismo cristão brasileiro.

    Somos 30% de coletivistas, outros 10% de radicais e 60% de meritocráticos. Este o Brasil real. E uma infinidade de cristãos, mesmo que não praticantes, casam, batizam nas Igrejas cristãs. Até Missa de 7 dia rezam.

    Dos coletivistas, a grande parte das esquerdas, têm tantos coletivismos que se perdem no “eu”, também. A minha ideia, a minha corrente, a minha vitória, acima do verdadeiro coletivo que não nos esqueçamos é COLETIVO.

    O Brasil ainda não se debruçou para escolher um sentido de Nação. Somos apenas uma unidade territorial, uma fronteira grande nos separa de outros países da América do Sul sem preservar as nossas fronteiras da Globalização, esta, nem sabemos o que seja e como ela nos é oferecida.

    Estamos felizes. Não mexeu comigo e com meus amigos e familiares, o que importa como a Justiça age com os outros? O senso de coletivo está dentro da Fé, na religiosidade e só lá se resolve o que interessa.

    Por isto falei da Jornada Mundial da Juventude no começo do texto e o seu significado para os brasileiros jovens que lá foram. É festa, alegria, solidariedade, mas, o Brasil real é para outro jovem colaborar.

    Não há Revolução possível dentro da alienação bondosa das boas intenções. Da solidariedade da cesta básica. Da roupa velha doada. Do cada um dá um pouco, enquanto, o Governo do Golpe tira quase tudo.

    Qual o Brasil possível?

    Escolhendo um caminho dentro da realidade do brasileiro, americanizada, consumista e meritocrática com bases cristãs há soluções?

    E as esquerdas neste Brasil de agosto de 2016?

    Para onde caminham? Para o cartaz de “Fora Temer” e, ele continua ai livre, leve e solto?

    Quem vai assumir o comando de voz da sociedade pela via das esquerdas, para além de Lula, entendendo o que é o brasileiro, e, não, apenas, o que a justeza de uma sociedade merece?

    Como equilibrar o pensamento real e o desejo do brasileiro: em sua grande maioria, e um discurso palatável da esquerda, que se possa ecoar na sociedade como voz ativa?

    Não há mais o Brasil da conciliação de classes.

    Porém, há quem queira conciliação?

    Ou há quem queira manter tudo como está? Porque não se precisa mexer com as crenças individuais de cada brasileiro e o sofá ou o ar-condicionado é mais cômodo, não precisa pôr a mão na massa, quebrar nada, sair da casinha, no pensar popular.

    As esquerdas fabricarão heróis capazes de representar a alma dos brasileiros?

    Há diálogo com a sociedade real?

    Ai é que entra a questão para a reflexão.

    Talvez, o certo é que não há identidade de um Governo no Brasil sem identidade com o caráter cristão da sociedade.

    Não é misturar Política e Religião, é ter uma compreensão mais cristã e menos radical do trato com esse tema. Dissocia a realidade e o discurso proferido, infelizmente, o que discursa sem notar a força do cristianismo na sociedade brasileira.

    O conservadorismo neopentecostal, carismático é mais forte do que se imagina.

    É um pouco da Teoria da Prosperidade, do meritocrático, do American Way Of Life o predomínio do individualismo sobre o coletivismo.

    Precisamos encarar de frente esta realidade.

    O aborto, por exemplo, se a maioria da população é contrária, a gente vai construir um texto e desancar a sociedade brasileira?

    Se vamos dialogar com ela como vamos fazer?

    Usar um mecanismo de conscientização das diferenças possíveis de entendimento do tema, conforme a visão de mundo de cada pessoa e da importância de colocar o aborto como uma questão de Saúde Pública ou vamos sair falando mal e chamando de conservador, desmerecendo todos que são contrários ao aborto? Mesmo que o contrário ao aborto, ao diálogo não se apresente, muitas das vezes. Têm quem possa mudar de opinião, mesmo assim, certo?

    Este exemplo mostra porque, penso eu, as esquerdas muitas das vezes não conseguem chegar ao seio da sociedade brasileira de maneira definitiva e eficaz.

    Queremos uma imposição contra majoritária. E, o resultado é ineficaz.

    Urge, para terminar, às esquerdas entenderem o brasileiro real, para construir um discurso que lhes possa ser plausível e amigável.

    E, para, além da ideia da conciliação de classes. Um discurso forte e seguro, mas, que chame à reflexão dos pontos centrais:

    Que País queremos?

    Que modelo de sociedade pode nos levar até este País? O que está ai, não é, ponto pacífico.

    Como conceituar melhor a ideia de defesa dos interesses nacionais e de defesa de nossa Bandeira, hoje, utilizada mais pela cor contrastante com o vermelho do que pela importância nacional de construção de um Brasil independente, soberano, desenvolvido culturalmente, socialmente e economicamente. Constitutiva de uma Identidade Nacional.

    Enfim, tudo feito sem o descuido com a linguagem, que não seja desagregadora, que não afugente o ouvinte, que não o reconheça e que ele se reconheça nas ideias a serem defendidas e buscadas pelas esquerdas, melhor seria, por uma Esquerda unificada, pois, são em si próximos objetivos a serem alcançados no Brasil que nós queremos ver florescido.

    A difusão de ideias que abandonem o brasileiro real para se buscar um brasileiro ideal, que é nosso espelho (das esquerdas) não vai resolver a realidade atual. O coletivo é coletivo eficaz sem se deixar de lado o Ser humano e sua individualidade interior, com seus desejos e aspirações.

    Menos Malafaia e Feliciano, certo. Jamais a ideia de que as suas existências atestam que a religiosidade neopentecostal, carismática, de uma Fé transcendental, do olhar meritocrático, até do American Way Of Life e a Teoria da Prosperidade são um mal para a sociedade, pode ser para nós, não são para o brasileiro em geral. Uma coisa não tem ligação com a outra. Não se deixa de ser uma sociedade cristã por causa desses modelos de pastores. Eles passam, a Fé cristã continuará.

    E, o Brasil, para as esquerdas, não caminhará por dias melhores sem este entendimento do discurso que olhe o brasileiro existente e sua religiosidade cristã, também.

  46. Nostalgia ou saudosismo é prova de passado, mas não de presente

     

    Luis Nassif,

    Um texto longo e cheio de informação que para eu fazer algo próximo, e é claro sem a sua verve, levaria mais de 20 horas de trabalho. Então por esse trabalho eu o aplaudo.

    Há, entretanto, alguns pontos que aqui aparece mais de relance em que eu me vejo em bastante discordância em relação a você e a outros comentaristas aqui do blog. É o caso por exemplo de fazer acusações do tipo presente no post “O aparelhamento no Ministério de Relações Exteriores por Serra” de quinta-feira, 04/08/2016 às 19:10, aqui no seu blog e com a indicação de Cintia Alves e do Jornal GGN. A Cíntia Alves que me desculpe, mas a acusação de aparelhamento é própria de gente atrasada e sem conhecimento da realidade, ou de alienígenas ou alienados que imaginam um mundo em que os humanos fossem meras máquinas biológicas sem capacidade de pensar. E o endereço do post “O aparelhamento no Ministério de Relações Exteriores por Serra” é:

    https://jornalggn.com.br/noticia/o-aparelhamento-no-ministerio-de-relacoes-exteriores-por-serra

    Também vejo com desdouro aqueles que põem ênfase em acusar o Poder Judiciário e a mídia como tendo efeitos econômicos. Trata-se de acusação sem nenhuma fundamentação lógica. Que pais do mundo há um exemplo de um Poder Judiciário que tenha feito o PIB de um país estagnar-se ou crescer. O mesmo deve ser dito sobre os meios de comunicação que sem dúvida estão apoiando o golpe e que influenciaram a população a se posicionar contra o PT e contra a Dilma Rousseff, mas não há nenhum exemplo no mundo que mostre uma economia sendo relançada pelos meios de comunicação ou paralisada também em decorrência da influência dos meios de comunicação na economia.

    Poderia entrar em outros detalhes, mas prefiro prender-me aqui ao final deste seu post em que você diz:

    “E não haverá forças contra cíclicas. Hoje em dia, em lugar de Raimundo Faoro, Luís Roberto Barroso; em lugar de Waldir Pires, Rodrigo Janot; em lugar de Pedro Aleixo, Michel Temer; em lugar de Paulo Brossard, Cristovam Buarque.”

    Primeiro é uma comparação nostálgica. O saudosismo é apenas prova de que se viveu, mas vivê-lo no presente é quase prova de que não se vive. E os exemplos que você dá para reverenciar o passado não são nada edificantes. Raimundo Faoro inundou o Brasil de falsos preconceitos e para mim não foi surpresa quando li no post “Jessé Souza: O desafio de desconstruir os intérpretes do Brasil” de segunda-feira, 23/11/2015 às 18:36, aqui no seu blog matéria do Jornal GGN transcrevendo entrevista que Jessé Souza dera a você na TV Brasil, a seguinte frase de Jessé de Souza:

    “Isso é extremamente importante. O Estado passa a ser o demônio. No caso aí teria uma elite incrustada no Estado. Isso vai ser montado por Sérgio Buarque, vai ser revertido depois para a sua tese histórica, brilhantemente montada, apesar de falsa, de fio a pavio, por Raymundo Faoro – em Os Donos do Poder – [por] Fernando Henrique Cardoso, Roberto DaMatta – portanto nove entre dez dos grandes pensadores e interpretes do Brasil -. Isso vai inspirar partidos políticos, de esquerda e direita, [temas como] limpeza do estado, etc.”

    E há mais sobre Raymundo Faoro na entrevista de Jessé de Souza como se pode ver no parágrafo um pouco mais à frente em que Jessé de Souza diz o seguinte:

    “Acho que a esquerda não conseguiu montar uma narrativa própria. Por exemplo, caras como Sérgio Buarque e Raymundo Faoro, são admirados pela esquerda. Isso tem a ver que a gente confunde muito a pessoa e a obra dela. É claro que um cara como Raymundo Faoro, eu lembro, eu era adolescente na época, era um campeão pelas Diretas Já e tal, era um cara decente, inteligente. Quer dizer, isso é a pessoa dele. Por exemplo, o livro dele é extremamente frágil e com a tese extremamente conservadora. Esse é o ponto. E no caso você monta uma narrativa que vai ser aceita, por todos, e ela tem um sentido político que é extremamente regressivo, conservador e isso não é percebido enquanto tal. E a tese é cientificamente falsa.”

    O endereço do post “Jessé Souza: O desafio de desconstruir os intérpretes do Brasil” é:

    https://jornalggn.com.br/noticia/jesse-souza-o-desafio-de-desconstruir-os-interpretes-do-brasil

    A comparação de Waldir Pires e Rodrigo Janot é desprovida de sentido: um foi um grande político e o outro pertence a um órgão que não pode, por previsão constitucional, misturar com os outros poderes.

    Sou mineiro, mas tenho que reconhecer que Michel Temer é melhor constitucionalista do que Pedro Aleixo que além de tudo foi servil ao ganhar indiretamente a vice-presidência da República durante a ditadura militar, e vice de um presidente como Costa e Silva. E querer ver superioridade de Paulo Brossard sobre Cristovam Buarque só não sofre troça porque ninguém mais conhece Paulo Brossard e também porque Leonel Brizola não é mais vivo.

    Clever Mendes de Oliveira

    BH, 05/08/2016

  47. Infelizmente, no exercício do

    Infelizmente, no exercício do poder não tinhamos um estadista reformador que pudesse recuperar a visão antropocêntrica do mundo espiritual, e, então, oficialmente estabelecesse um Estado Real, que governe para dentro de individuos nacionamente criados pelo valor do trabalho.

    Proponho a visão de resultados, de que somos blindados nos regimes locais, enquanto trabalhadores das obras.

    A economia justifica o ato interno das obras, e os individuos delas se tornam justificativa para seu justo valor.

    Os individuos no geral, em entidades inteiraramente trabalhistas, não poderiam ser suprimidos, pois se tornam distinguiveis de sua cidadania, ao serem partes de desempenhar papeis variados em certo Estado e Nação de apoio a esta sociedade, emergindo como epicentro do tempo; fora dos movimentos que, derrepente, se combinam com conflitos politicos. 

    Nada será consagrado para os especuladores.

    [email protected]

  48. Acabrunhado

    Confesso que andei umas semanas meio acabrunhado com o blog.

    Não estava lendo matérias que me inspirasse.

    Era sempre o mesmo do mesmo.

    Hoje, com esse artigo, Nassif se por um lado, conseguiu resumir a desgraça que acomete o país, do outro, energiza pessoas como eu.

    Vendo a calhordice dos representantes das instituições que conseguiram derrubar uma presidente comprovadamente honesta e como num passe de mágica, tudo aquilo que veio semanas antes do golpe fatal e que atingia tucanos e peemedebistas, simplesmente desapareceram da grande mídia, como bem assinalou Nassif.

    A presença ontem do Moro na Câmara, foi patética.

    As falas dos deputados Wadih Damous e Paulo Pimenta, foram muito polidos para um personagem nefasto no judiciário brasileiro.

    Deveriam ser mais contundentes, mesmo sabendo que ele não responderia, como ficou claro após as falas dos deputados.

    Deveriam ter jogado na figura infame, sal grosso.

    Deveriam ter contestado a sua isenção ao participar na Globo para receber o prêmio de gente que faz a diferença.

    Deveriam ter contestado a sua isenção ao participar de ato político patrocinado pelo almofadinha João Dória, candidato tucano à prefeitura dre São Paulo.

    Por que os nobres deputados não lhe perguntaram porque ele só aparece na mídia com figuras políticas ao lado dos golpistas?

    Por que os nobres deputados não lhe perguntaram porque ele nunca os procurou para tirar fotos e aparecerem na mídia com o arguemento de que mais honesto do que eles a Globo e João Dória nem passam perto.

    Por que não lhe perguntaram porque é garoto propaganda da Globo, cuja empresa é sonegadora da Receita Federal em mais de 1 bilhão de reais?.

    Por que não lhe perguntaram porque  Alberto Youssef, o doleiro do escândalo do Banestado, que voltou a delinquir e foi condenado a apenas 3 anos de prisão, por conta do acordo da delação premiada, apesar de ser um bandido contumaz, ( Ele é acusado pelos procuradores da República de chefiar um esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas que, entre 2010 e 2014, enviou para o exterior U$S 446 milhões para pagamentos de importações fictícias em nome de empresas de fachada .fonte G1 de 10/02/2015 20p5 – Atualizado em 10/02/2015 21p6 ) e condenou o Almirante Othon a 43 anos por suposta propina de 4 milhões de reais?

    Que parâmetros ele utilizou?

    Foi aquela que o professor José Carlos de Assis escreveu aqui no blog “As duas histórias do Almirante Othon”?

  49. No lugar de Chiquinha Gonzaga, Alexandre Frota
    Já tivemos na elite política referências como Ulisses Guimarães, Franco Montouro e Tancredo Neves. Hoje, os líderes bajulados pelas elites são Temer, Cunha, Aécio, Renan, Serra, Bolsonaro, Caiado…

    Na cultura, orgulhávamos de personalidades como Guimarães Rosa, Antonio Candido e Chiquinha Gonzaga. Hoje, as elites batem palma para Reinaldo Azevedo e Alexandre Frota.

    Tínhamos elites intelectuais do porte de Paulo Freire, Sérgio Buarque, Euclides da Cunha e Darcy Ribeiro. Hoje, as elites intelectuais cultuadas são Olavo de Carvalho e Lobão.

    Já convivemos com economistas do porte de Roberto Campos e Celso Furtado. Hoje, segmentos mais visíveis das elites seguem as dicas econômicas de Rodrigo Constantino e Miriam Leitão. E já tivemos empresários que defendiam uma indústria nacional forte e geradora de riqueza e renda para o Brasil e os brasileiros. Agora, os homens de negócio dessa terra resolveram criar a filosofia empresarial do pato amarelo.

    O espaço da liderança religiosa que era ocupado por figuras da estatura de Paulo Evaristo Arns, Helder Camara e Luciano Mendes de Almeida é protagonizado, agora, por vultos como Malafaia, Cunha, Malta, Macedo e Feliciano.

    ROBSON SÁVIO REIS SOUZA

    Doutor em Ciências Sociais e professor da PUC Minas.

    OS HIPÓCRITAS TAMBÉM PAGARÃO A CONTA DO GOLPE

    Brasil 247

  50. “No lugar de Chiquinha Gonzaga, Alexandre Frota”
    Já tivemos na elite política referências como Ulisses Guimarães, Franco Montouro e Tancredo Neves. Hoje, os líderes bajulados pelas elites são Temer, Cunha, Aécio, Renan, Serra, Bolsonaro, Caiado…

    Na cultura, orgulhávamos de personalidades como Guimarães Rosa, Antonio Candido e Chiquinha Gonzaga. Hoje, as elites batem palma para Reinaldo Azevedo e Alexandre Frota.

    Tínhamos elites intelectuais do porte de Paulo Freire, Sérgio Buarque, Euclides da Cunha e Darcy Ribeiro. Hoje, as elites intelectuais cultuadas são Olavo de Carvalho e Lobão.

    Já convivemos com economistas do porte de Roberto Campos e Celso Furtado. Hoje, segmentos mais visíveis das elites seguem as dicas econômicas de Rodrigo Constantino e Miriam Leitão. E já tivemos empresários que defendiam uma indústria nacional forte e geradora de riqueza e renda para o Brasil e os brasileiros. Agora, os homens de negócio dessa terra resolveram criar a filosofia empresarial do pato amarelo.

    O espaço da liderança religiosa que era ocupado por figuras da estatura de Paulo Evaristo Arns, Helder Camara e Luciano Mendes de Almeida é protagonizado, agora, por vultos como Malafaia, Cunha, Malta, Macedo e Feliciano.

    ROBSON SÁVIO REIS SOUZA

    Doutor em Ciências Sociais e professor da PUC Minas.

    OS HIPÓCRITAS TAMBÉM PAGARÃO A CONTA DO GOLPE

    Brasil 247

  51. A frase mais definidora do momento histórico brasileiro

    As classes dominantes brasileiras se juntaram e decidiram que, finalmente, havia chegado a hora de eleger um outro povo.

    Eu a li hoje, aqui no GGN, em outro post: https://jornalggn.com.br/blog/arkx/ta-na-cara-por-arkx  (a frase original é: “uma lumpen burguesia escravagista e colonial, viciada em saquear o país e sua população, decidiu que chegou o momento de eleger um outro povo através de uma Democracia sem voto”).

      1. Este espírito de conciliação

        Este espírito de conciliação nunca existiu. O que existiu foi uma trégua momentânea propiciada pelos indicadores econômicos favoráveis aos dois lados. Mas a turma da casa grande não contava que a Dilma tivesse cacife eleitoral pra desbancar seus fantoches. E a Dilma permitiu que a oposição virasse o jogo quando enveredou pelo campo da austeridade. O estrago já feito é descomunal, e mesmo havendo eleições presidenciais em 2018, o eleito sabe que se não entregar o que o congresso pedir, pode simplesmente ser dispensado. O poder executivo foi rebaixado à condição de refém do legislativo, enquanto o judiciário se preocupava com o “rito” e o reajuste dos servidores… Dá pra ser pior? Francamente, acho que não.

  52. Nassif, você não está

    Nassif, você não está exagerando ao dizer que querem inviabilizar as eleições de 2018?

    Eu n”ao vejo a mínima posibilidade para tal acontecer.

    O Temer tentar a reeleição é uma coisa, mas impedir a eleição vai uma distancia considerável.

    E outra. Como ficaria a eleição dos deputados e senadores?

    E dos governadores?

    Seria tudo adiado?

    Você não acha que exagerou?

  53. Será

    Acreditar que esse governo interino super frágil vai conseguir pedalar as instituições 2x seguidas parece ser super estimar o poder e habilidades deles.

    Mas também não é impossível nessa nossa já surreal situação.

    Att.

     

    Tio_Zé

  54. Um regime, qualquer regime,

    Um regime, qualquer regime, tem que ser sustentado pela maioria de seu povo!

    Não tem outro jeito!

    A Russia é comunista?

    A China é comunista?

    O que será o Brasil?

    O Feliciano é o que ele diz ser?

    O que são esses membros deste governo?

    O LULA disse uma coisa genial…

    NÃO DEVIAM SE PREOCUPAR COMIGO, MAS COM OS MILHÕES DE LULA QUE EXISTEM NESTE PAÍS…

    Há uma mulecada que está brigando para TER AULAS!

    Por recursos de merenda desviados!

    A verdade É UM BEM, É UM DOM, É UM PRAZER!

    Existir nela É PRAZEIROSO!

    Miséria é a mentira – causa e consequência…

    E o que farão os golpistas?

    Pedirão ANISTIA AMPLA, GERAL E IRRESTRITA?

    Quem lhes dará isso novamente, se novamente deram o golpe?

  55. A disputa pelo butim: PMDB X PSDB

    Acho que há uma contradição aí.

    “Seria esse o objetivo final do PGR Rodrigo Janot, da força-tarefa da Lava Jato, do juiz Sérgio Moro, da Globo, de entregar o país a um grupo tão polêmico? Tenho para mim que não.”

    Porém, “Eliseu Padilha aparece nos jornais com aspecto grave, pontificando sobre reforma da Previdência, reforma administrativa, diplomacia.”

    Logo, tem apoio da Globo & cia. (pq Padilha controla a Secom e inunda a velha mídia com publicidade de todas as estatais).

    “… a PGR veio ao chão como um balão furado. … recuou … contra o PMDB, manteve a blindagem a Aécio Neves. … o Supremo apequenou-se.” 

    A PGR recuou porque o STF mandou e a base dos Procuradores apoiou. Logo, no frigir dos ovos esses tbm apoiam o “grupo tão polêmico” (tudo bem, concordo q. falta um estadista).

    “Tanto na PGR quanto na Força Tarefa da Lava Jato se mantém informações sob sigilo, só sendo vazadas informações contra Lula e o PT.” 

    Logo, PGR, LJ e Moro, protegem o “grupo tão polêmico”.

    Como diria Cazuza as ideias (tenho para mim que não seria objetivo dos comandantes do golpe entregar o país a um “grupo tão polêmico”), não correspondem aos fatos (eles estão fazendo de tudo para entregar o poder a esse “grupo tão polêmico”).

    Continuando. Aí, a conta da gastança X economia para pagar juros, não fecha.

    Além disso, esse grupo tão polêmico não vai entregar a rapadura. Logo, vai haver uma ditadura, para o povão pagar a conta.

    Será? Pode ser. É bem provavel, mas tem outra variável.

    Acho que o PMDB, ao contrário do PSDB, ganha dinheiro (a palavra é essa mesmo*) com a aplicação do orçamento e não com operações no mercado financeiro. Além disso, o PMDB tem capilaridade e base político-social espalhada no Brasil, ao contrário do PSDB, mais eletista e com forte apoio da grande mídia.

    Logo, para que impor uma ditadura se eles têm o apoio de quase todos os comandantes do golpe e o orçamento na mão?

    A conta fiscal não fecha por causa dos juros e outras cositas más, como swap p. ex.. Mas é essa aplicação do gordo orçamento que dá poder político ao PMDB, contrariamente aos interesses do mercado financeiro (que quer sanidade fiscal para ter rentabilidade com segurança) e seu representante político o PSDB.

    A luta: Padilha X Meirelles, é essa. E através dela o Padilha/PMDB/Temer matam dois coelhos: o PSDB (Alckimin, Aécio, Serra) e o Meirelles. Tudo no jogo da política onde o PMDB é craque. O ingênuo do Rodrigo Maia quase entrega o jogo. Então, para que uma ditadura? O exército vai pra rua segurar as pontas para o PMDB? Ora, só fará isso se for para ele governar como foi em 64. Além disso, para que o PMDB irá se enfraquecer politicamente, dando dinheiro para banca e, indiretamente, fortalecendo o poder político do PSDB? A luta pelo poder ainda está sendo jogada e é dentro do governo golpista.

    Enfim, sem querer ser otimista demais, creio que não há consenso entre todos os comandantes do golpe para impor um regime de força – para o povão pagar toda a conta e o mercado ficar de boa (junto com o PSDB) e o PMDB (no comando do poder) ficar de malvado na história.

    Sei, sei, essa leitura de conjuntura não foi combinada com os russos do mercado. Mas aí já é outra história.

     

    * Vide o discurso da Kátia Abreu sobre a indicação do PMDB para a casa da moeda = compra de MUITO papel MUITO CARO.

  56. Ditadura de Cassações e Impeachments

    Nassif, 

    acho que ao contrário de uma ditadura com armas e tanques nas ruas, teremos uma pseudo-democracia, com a mídia/judiciário atuando às pressas antes e depois das eleições, para cassar candidatos eleitos (ou não) que não atendam os interesses da casa grande. 

    Assim, mantém-se a aparência de uma democracia, que é importante para atrair investimentos e vender a imagem do país no exterior,  porém o controle sobre o sistema é mantido. Basta ter uma meia dúzia de juízes e promotores alinhados com o pensamento do PIG para pôr em prática, visando cassar eleitos, inviabilizar candidaturas, tornar inelegíveis os candidatos incômodos. 

    Por isso que já está aparecendo juíz defendendo o uso de provas ilícitas obtidas de boa-fé (uma excrescência no mundo jurídico em qualquer lugar do mundo), a celeridade no caso Russomano,  e é óbvio, o caso Lula.

    Parabéns pelo ótimo trabalho em seu blog.

  57. “De duas, uma: ou prorrogarão

    “De duas, uma: ou prorrogarão a irresponsabilidade fiscal; ou tratarão de se articular para impedir as eleições de 2018.”

    NUNCA tive a menor dúvida que prevalecerá a segunda opção.

    Se o Temer 105 decibéis for confirmado pelo senado, esqueçam eleição. É possível que nunca mais tenhamos eleições presidenciais como foi até 2014.

    Bandido é Bandido. E o executivo,  judiciário e legislativo está repleto deles.

    Aparentemente, o ÚNICO impecilho para o saque eram a Dilma e o PT.

    Mantenho minha previsão: Primeiro detonar a Dilma, depois detonar o Temer 105 decibéis e seus ladrões e depois Serra(preposto dos EUA) ungido por vontade divina para primeiro ministro.

     

  58. Adeus educação
    CRIME DE TRAIÇÃO

    “Foram os primeiros legisladores que deram à carta esse prestígio
    extraterrestre…Naturalmente, teriam escrito nos seus códigos: tudo
    o que há no mundo é propriedade do doutor, e se alguma cousa
    outros homens gozam, devem-no à generosidade do doutor. Era
    uma outra casta, para a qual eu entraria, e desde que penetrasse
    nela, seria de osso, sangue e carne diferente dos outros – tudo isso
    de uma qualidade transcendente, fora das leis gerais do Universo e
    acima das fatalidades da vida comum.” (Afonso Henriques de Lima
    Barreto – Recordações do Escrivão Isaias Caminha, 1905)

    Há quem se impressione com as denúncias, muitas vezes sem provas, nesta enorme publicidade que é a Operação Lava Jato. Mas há um crime continuado que se comete contra o Brasil e continua impune. E nem mesmo encontra dispositivo legal que o tipifique: o crime da manutenção na ignorância do povo brasileiro.
    Vamos detalhá-lo, como num manual de direito penal, identificando as autorias, os elementos materiais do crime, os elementos subjetivos da ação e as vítimas. Sendo um crime de lesa pátria, a pena seria de exclusão da cidadania, eventualmente cominada com outros delitos, como da formação de quadrilha e apropriação de bens e recursos públicos.
    Para caracterização dos autores vamos distinguir os três segmentos que compõem a sociedade brasileira. Denomino-os aristocracia, burguesia e povo. Constitui a aristocracia aqueles que vivem confortavelmente de rendas patrimoniais; podem até obter rendimentos de trabalho, mas não são necessários nem relevantes para a manutenção familiar. Também não residem sempre no Brasil, mas graças a suas fortunas têm enorme influência nas decisões políticas. Constituem a maioria absoluta dos “donos do poder”.
    A burguesia pode ser rentista, mas difere dos aristocratas pela necessidade de rendimentos do trabalho. Sua subsistência é garantida pelo trabalho, como empresário ou como assalariado. Em amplas camadas inveja e macaqueia os aristocratas e, por ignorância de sua condição, defende as vantagens daqueles poderosos até mesmo em detrimento de seus próprios interesses. A maioria dos membros do poder judiciário, dos militares e policiais são do segmento burguês.
    O povo, que constitui a maior parcela da população, tem sua subsistência oriunda do trabalho, formal ou informal, vive a angústia do desemprego e da precariedade de seus ganhos. As vítimas do crime aqui tratado são o povo e os mais desfavorecidos membros da burguesia.
    O crime se dá pela inexistência em todo território nacional de ensino público, gratuito e universal para os brasileiros.
    Vejamos um artigo da jornalista brasileira Claudia Wallin, residente na Suécia.
    “(Na Suécia) ninguém fala em acabar com a educação gratuita – um dos fundamentos do salto dado pela sociedade sueca há um século”. E continua: “não existem mensalidades escolares. A partir dos seis anos de idade, todas as crianças têm acesso gratuito à educação, que é obrigatória até o último ano do ensino médio. As escolas fornecem todo material escolar. A merenda escolar também é gratuita, e consiste em geral de um bufê que inclui dois pratos quentes e uma opção vegetariana, além de saladas, legumes, pães e frutas. Se decidem cursar a universidade – que também é gratuita – os estudantes suecos têm direito a assistência financeira mensal, até completar os estudos”. Hoje esta ajuda equivale a R$ 1.200,00.
    Não é a riqueza sueca que permite esta situação, mas é esta prioridade orçamentária que garante a riqueza sueca. Um dos países que mais gasta em educação em todo mundo capitalista.
    Quem são os criminosos? Todos os do poder executivo e dos legislativos que governam o Brasil desde o Império e do judiciário decidindo a favor da ignorância. As exceções foram poucas e breves, sempre destituídas por golpes da aristocracia, com o apoio do exterior interessado na manutenção da colônia, e dos alienados burgueses, sem capacidade de entender o que se passa no País, repetindo como papagaio o que lhes doutrina a comunicação de massa.
    Elemento material do crime são os orçamentos que destinam mais verbas para pagamento de juros (que são estabelecidos pelos próprios governantes) do que para a educação e para a cultura (que o atual governante exclue do orçamento). Também constituem elemento material deste crime de traição à Pátria os salários dos professores, principalmente quando se os compara com os proventos e vantagens dos membros dos poderes judiciário e legislativo.
    O elemento subjetivo do crime é o desejo de perpetuar o engodo, a mistificação que mantém os detentores do poder e faz crer que é uma situação normal e definida por Deus ou pela divindade mais oportuna. Que a qualidade do ensino é ruim porque os professores são relapsos e as pessoas não se interessam. E a imprensa reforça como inevitável, para que não se forme uma pressão efetiva em favor da mudança: mais educação e menos juros.
    E assim, a grande vítima é o Brasil. Inerte diante das agressões da aristocracia, dos interesses estrangeiros, pois seu povo ignora o que está ocorrendo e a televisão tudo deforma e deturpa sem que do outro lado haja quem encontre espaço na mídia para a crítica e a informação esclarecedora.
    Pedro Augusto Pinho, avô, administrador aposentado
    Gostaria de manifestar minha solidariedade a todos os que iludidos pelos discursos votaram em Cristovam Ricardo Cavalcanti Buarque, pretenso educador, trasladador político, que acaba de votar no Senado a favor do obscurantismo, do rentismo, da corrupção e pela redução de verbas para a educação.

  59. Vemos, passo a passo, nossa

    Vemos, passo a passo, nossa elite e seus estamento burocrático fechando o cerco para voltarmos a casa grande. 

    Os valores democráticos e mesmo humanistas nada significam para uma elite estamentos que vive a gerações se aproveitando do aparato estatal para garantir suas próprias benesse. 

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