Xadrez das derrotas eleitorais e das vitórias políticas, por Luis Nassif

Peça 1 – as três dimensões da política

Para efeito pedagógico, vamos dividir o mercado de opinião política pós-Constituinte e pré-Lula em três dimensões:

Dimensão intelectual

Um grupo numericamente reduzido de atores que discutia e ajudava a definir as grandes políticas públicas. Eram intelectuais, com preponderância para os economistas, acadêmicos, em especial da USP e da FGV, lideranças empresariais mais esclarecidas, todos com atuação essencialmente paulistana, orbitando no universo da mídia.

O status político era garantido pela exposição midiática, inclusive junto ao PT, como foram os casos de Eduardo e Martha Suplicy, Aloisio Mercadante e Guido Mantega.

Intelectuais e empresários de outros centros, com exceção do Rio de Janeiro da FGV e da PUC, não eram admitidos no salão principal, e era expressamente proibida no baile a entrada de sindicalistas, lideranças sociais e movimentos populares.

No máximo, grupos minoritários obtinham apoio retórico para algumas causas, servindo de álibi para os bens pensantes mostrarem sensibilidade social retórica. Se ousassem transpor os sentimentos para o campo objetivo das políticas públicas seriam marcados na testa com a condenação definitiva: populistas.

Dimensão política

Os partidos que ajudavam a compor maioria, a quem eram oferecidas as sobras do banquete do presidencialismo de coalisão. Brilhavam em seus estados, mas periodicamente precisavam vir a São Paulo comprar bens de status na Daslu e bens de opinião junto aos intelectuais e políticos tucanos.

Os invisibilizados

Aí entrava a rapa, dos movimentos sociais, sindicais, às lideranças populares, sem nenhum espaço na mídia desde as Diretas, sem direito a qualquer forma de protagonismo. As experiências inovadoras que poderiam elaborar ficavam restritas às prefeituras, nas gestões de Luiza Erundina e Marta Suplicy, em São Paulo, e Patrus Ananias, em Minas.

Peça 2 – o governo Lula

Especialmente nos dois governos Lula, os invisíveis passaram a ter protagonismo na definição das políticas públicas, sobretudo nos temas sociais.

Em pouco tempo mostraram uma criatividade inédita, como o Bolsa Família, juntando o melhor objetivo com a melhor metodologia. Depois, Luz Para Todos, o programa de cisternas no semiárido, o programa inicial de biodiesel com selo social, uma chuva de ideias inovadoras e bem elaboradas, enquanto as áreas técnicas se perdiam em medidas de manual, incapazes sequer de avaliarem criticamente os resultados, como foi e é a metodologia das metas inflacionárias.

Resultou em um movimento generalizado de inclusão social, de fortalecimento das minorias raciais, sociais, sexuais, dos deficientes, na criação de um ambiente de solidariedade inédito na história do Brasil.

Quando sobreveio a crise, constatou-se que a maior virtude do PT e Lula, o republicanismo, era sua maior vulnerabilidade.

Esse paradoxo provocou dois resultados contraditórios. O imediato foi a derrota eleitoral e o golpe do impeachment. O de médio prazo, significou uma vitória política expressiva, com a esquerda se apropriando das principais bandeiras civilizatórias, movimento ampliado pela perseguição e prisão de Lula, e pela comparação com o governo Temer, com o desmonte social apoiado pelo arco do impeachment e o receituário econômico incapaz de tirar o país da crise.

Peça 3 – a legitimação da política

Aí se entra em um território de luta política no sentido mais profundo: como se dão as formas de legitimação moral das bandeiras políticas.

O ódio produz catarses, desabafos, violência, mas não gera perenidade, a não ser radicalizando a guerra ao inimigo. No limite, esse movimento leva à perda de controle das instituições que comandam o jogo – mídia-cúpula do Judiciário-grupos políticos –, para as de uma liderança carismática qualquer, ou de um poder extra institucional, como os militares. Os abusos cometidos por Policiais Federais e procuradores, auto investidos na missão redentora, são a prova cabal dessa perda de referenciais e de controle. Não é à toa que merecem a resistência de Gilmar Mendes, o mais destemido e preparado dos gurus do golpe.

O sábio (sem ironia) Olavo de Carvalho, precursor e mestre de toda uma geração de propagadores de ódio, é dono de um faro invejável para antecipar os movimentos mais profundos da opinião pública.

Quando parecia que o país tinha descoberto o caminho da paz social, ele já antecipava o movimento de ódio que viria a seguir. Forneceu o template do qual se valeram colunistas de esgoto, um receituário tão funcional que pôde ser utilizado dos mais talentosos aos mais primários.

Um ou dois anos atrás, o mesmo Olavo alertou seus discípulos para o esgotamento do modelo inicial e a eficiência de um contra discurso que nascia de novos influenciadores, defensores dos direitos humanos valendo-se das mídias sociais.

Hoje em dia, os valores civilizatórios se tornaram parte integrante do arco da esquerda, uma espécie de prêmio de consolação ao lulismo pelo republicanismo, que, de um lado, consagrou Lula como um pacificador à altura de Ghandi ou Mandela, mas, de outro, permitiu o golpe jurídico-midiático mais fácil da história. Do lado de lá, estão os Alexandres Frotas e as Janaínas.

Como tornar permanente, a não ser pelo poder das armas, jurídicas ou militares,  um modelo moralmente iníquo?

Peça 4 – a direita e a busca do tempo perdido

Desde sempre, a lógica ancestral do golpe previa um roteiro ou planejado, ou melhor, conduzido pelos ventos do golpe:

  1. Tirar Lula, PT, esquerda e movimentos sociais do mapa político e midiático. Para tal, praticar um discurso de ódio e de guerra total ao inimigo.
  2. Esse discurso tiraria da garrafa o gênio da ultra-direita e da violência indiscriminada, com os gendarmes tentando levar o freio aos dentes.
  3. Consumado o golpe, tentativa de recriação de um espaço minimamente civilizado, como o que se formou no pós-Constituinte, admitindo-se uma pluralidade restrita e seletiva e combatendo os extremismos.

Há dois objetivos em jogo, além do cuidado em não perder o controle da situação.

O primeiro, a tentativa de recriação da mídia como locus de mediação, conferindo um mínimo de legitimação ética ao discurso midiático, profundamente abalado por anos de ódio e falsificação das notícias. O segundo, tentar recriar uma centro-esquerda midiática, uma pluralidade sob controle.

De fato, abriram-se espaços para alguns colunistas que passaram a exercitar os limites do jornalismo. Prosseguindo assim, serão os jornalistas referenciais da nova geração. Ao mesmo tempo, tentam montar uma espécie de República de Vichi acadêmica, cooptando alguns intelectuais de esquerda para um combate sem trégua à “esquerda velha”.

O combate aos fakenews – prática midiática desde 2005 – está servindo como uma espécie de evento de corte, para marcar a “nova mídia” em relação ao jornalismo de esgoto praticado anteriormente por ela própria. A cada dia que passa, o jornalismo de esgoto fica restrito à chamada imprensa de segunda linha ou a colunistas de segunda linha, sem instrumental para vôos mais sofisticados.

O que impede a busca do tempo perdido? De um lado, o abandono das teses programáticas pelo PSDB, que trocou a social-democracia pelo MBL, deixando vazio de legitimidade no anti-petismo. Mas, principalmente, pelo fenômeno Lula que trouxe tantos personagens novos para a cena política que o país tornou-se grande demais para caber nas dimensões restritas da grande imprensa, em ambiente democrático.

Peça 5 – a dimensão política de Lula preso

E, aí, entram em cena aspectos psicossociais pouco compreendidos por esses cabeções de planilha.

A prisão de Lula, a perseguição escandalosa contra ele, a exposição da face partidária da Justiça, as arbitrariedades da Lava, escancaram o que o próprio Lula antecipou no comício de São Bernardo.

O último comício de Lula foi um clássico de estratégia política, especialmente a transferência simbólica do seu legado para o povo – “agora vocês são milhões de Lulas” – e a imagem criada por Pablo Neruda, que Lula utiliza desde a campanha de 1989: “podem matar uma, duas, três rosas, mas não podem deter a primavera’”.

No Festival Lula, na Lapa, um público estimado entre 10 mil e 40 mil pessoas, muitas vindas de outros estados, mostrou a força do mito. Os apresentadores relembravam a vida de Lula, o nascimento em um casebre de dois quartos, para sete irmãos, a vinda no pau-de-arara para São Paulo, os empregos na infância e na adolescência. Depois, os depoimentos de artistas e músicos sobre as políticas sociais, os meninos pobres ascendendo à Universidade, entremeados de vídeos das palavras de Lula no comício de São Bernardo. Tudo isso, mais a lembrança de que o personagem está em uma cela da Polícia Federal, impedido de se candidatar a presidente, formam o quadro final da criação do mito.

Entre os artistas presentes no Festival Lula Livre, tempos atrás, um dos mais ilustres chegou a esboçar uma composição-lamento sobre a decepção com Lula e o PT. Reviu a posição quando a perseguição a Lula e seu encarceramento desnudaram o jogo político-policial que se montara.

O encarceramento de Lula apressou seu julgamento histórico, minimizou os erros da atuação política do PT, reaproximou Lula não apenas das bases, mas dos setores independentes e de grupos de esquerda historicamente críticos da realpolítik do PT.

No encontro, confraternizaram-se lideranças do PcdoB, PSOL, artistas populares de primeira grandeza e jovens músicos praticando suas músicas de resistência.

Quem estava ali não eram apenas petistas ou lulistas, mas pessoas independentes, tendo em comum a defesa da democracia e dos valores civilizatórios, ou seja, um pacto em torno de princípios, como a defesa da democracia, dos direitos sociais, da recuperação da coesão social.

No palco, as palavras de ordem eram contra a ditadura, o preconceito, o feminicídio. E a lembrança de Lula a combustão maior, o fio que amarra as esperanças de todo o Brasil, representado na multidão que compareceu ao Festival e nas pesquisas de opinião, ampliando sua diferença em relação aos demais candidatos.

A cada dia que passa, torna-se mais acachapante a diferença de estatura entre Lula, que preferiu a prisão para preservar seu legado, e Fernando Henrique Cardoso, com seu oportunismo mesquinho, personagem minúsculo e, no entanto, o melhor símbolo que o golpe do impeachment tinha a oferecer.

Peça 6 – os desdobramentos do jogo

Não significa que, até as eleições, haverá a recuperação das regras democráticas. O estado de exceção ainda se prolongará por bom tempo. Mas os valores democráticos, as bandeiras da solidariedade social, o entendimento da democracia como um valor nacional, estão vivos como sementes plantadas em solo fértil. E, na base de tudo, o legado de Lula, não apenas no discurso e na palavra, mas nas políticas implementadas em seu governo e nos resultados alcançados.

É a semente para uma nova política que ainda está nascendo, mas que é irreversível.

Luis Nassif

57 Comentários

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  1. Grande Nassif! Quando eu já

    Grande Nassif! Quando eu já tava indo embora do jogo a bola novamente quica na área do gol! Grande sacada de artigo!

  2. Lula paga um preço terrível

    Lula paga um preço terrível por ter acreditada na elite quando esta lhe bajulava por ter conseguido um momento econômico que incluia todos, do catador de lixo aos Setúbal. Se de um lado seu governo incentivou a mídia alternativa, do outro a Imprensa Oficial nunca ganhou tanto dinheiro da verba das estatais – que agora fazem de tudo pra vender a preço de banana.  Lei de mídia que pelo menos combatesse o que nem nos EUA é permitido – que um mesmo grupo de tv controle jornal, revista – isso foi devidamente jogado fora. Gastou tempo e dinheiro em tentar fazer uma espécie de BBC tupiniquim ao invés de aproveitar o escandâlo do banco panamericano e obrigar  que o SBT ficasse tendo o governo como dono, já que a caixa ficou com o mico do banco.  Assim contar com uma rede de tv com força pra tentar rebater as fakes news da Globo. Que nada – a caixa assumiu o prejuízo e o seu Silvio Santos não perdeu um centavo de patrimônio.

    O que dá mais vergonha é que Cristina Kirchener desmembrou o Clarin, a globo dos hermanos. Não deixou a chance passar – sabe-se lá quando haverá outra. 

    Uma coisa pra mim é certa = se um candidato apoiado por Lula vencer a presidência, ele terá que fazer não só uma arrumação econômica, mas também atacar os setores que foram os carrascos de um projeto de desenvolvimento inclusivo = midia e  judiciário. Se o PT conseguir arrumar a economia e depois disso colocar nessas discussões o famoso “Veja bem…” será uma traição imperdoável a todos aqueles que estavam presentes ou que prestigiaram via redes sociais ao show lá na Lapa. 

     

     

    1. Ainda há tempo de reverter

      Ainda há tempo de reverter isso. E outra, se essa tragédia acontecer, a responsabilidade será cobrada de que é de direito. Não vai dar para ficar passando a mão na cabeça de ninguém com desculpa A, B ou C.

    2. Que horizonte é este que você

      Que horizonte é este que você está exergando, Alkimin X  Bolsonaro no segundo turno.

      Matematicamente é muito dificil de acontecer, só acontecerá se todos os votos brancos/nulos forem despejados nos dois candidatos. Ou a campo Democratico revolver em peso dividir os votos entre os candidatos de direita.

      Pegue a última pesquisa e faça as contas que verás que é pouco provável dois candidatos de direita no segundo turno.

      Náo sei como o Nassif viu essa possibilidade.

      Nem os jornalistas coxinhas vislumbram este horizonte. Muitos já jogaram à toalha. 

      A briga no primeiro turno e Alkimin e Bolsonaro, para ver quem vai perder para o poste do Lula no segundo turno.

      Se não houver golpe dobrado, que é pouco provável, Lula leva no primeiro turno.

    3. Quase impossível. Nem o mais

      Quase impossível. Nem o mais otimista do pig acredita nisso. Lula não vai ser candidato e o golpe não deixará um petista ser eleito. Mas um segundo turno desses não rola

      O candidato do Lula, ou o Ciro devem ir para o segundo turno. E aí que um segundo golpe pode haver. Ao ver a possibildade real de ser derrotado, os golpistas deveão tomar a decisão: Se conformar com o jogo democrático ou virar a mesa.

      Acho que optarão pela segunda opção. Só não sei como. Como disse o Nassif, o estado de exceção vai ainda ficar um tempo por aqui. O que não dá é querer alijar a esquerda ou centro-esquerda e brincar de democracia ao mesmo tempo. 

      Vai chegar a hora da onça beber água e vão ter que optar. Não vai ter mais lugar para “é mas não é, não é mas é”. Esse tempo está se esgotando

  3. Achei que este post do Nassif

    Achei que este post do Nassif foi feito no modo “Polyana”. Ele meio que dá como certa a derrota eleitoral mas tenta reconfortar os derrotados lhes dando uma vitória moral. Sinceramente, muito difícil de engolir.

    Se tem uma coisa que o lulismo me ensinou em termos de política, em especial de 2002 para cá é que, se é para concorrer, é para fazer a coisa à vera e ir para ganhar, não é só para fazer uma participação e depois dizer aos quatro cantos que a campanha foi linda, etc e tal. Depois o outro governo assume e acaba com o país, simples assim. Sem qualquer crítica pessoal ou política a outro partido, o PSOL quando perdeu para Crivella no RJ fez um balanço positivo de sua campanha, algo parecido a este post e lá está a cidade do rio de janeiro sofrendo com Crivella, assim como neste ano o estado vai provavelmente sofrer com um substituto de Pezão tão ruim quanto, senão pior. E provavelmente mais uma vez o PSOL dirá que a campanha foi linda, que um dia as pessoas vão entender o significado de tudo aquilo etc e tal. Esquece !!! Uma derrota linda ainda sim é uma derrota e vai ter consequências nefastas reais e concretas para a vida da população. E nada me faz crer que os passos atrás dados com o impechment virarão algum dia uma sequência de passos para frente que ira além do que alcançamos um dia. Diga-se de passagem, sequer conseguirmos depois da volta à democracia em 85 a termos o mesmo nível de maturidade política que tivemos durante o período entre 45 e 64. Não existe garantia nenhuma de que o retrocesso será anulado se não fizermos por onde. Os dados ainda não foram lançados e não dá para prescindir de levar à vera essa eleição que acontecerá em pouco mais de 60 dias. Quem quiser que se entregue ao nihilismo, eu particularmente estou fora dessa.

  4. O Brasil entrou pela segunda

    O Brasil entrou pela segunda vez pelo mundo afora através de  Lula: Foi chamado por Obama – esse é o cara e agora quando comparado ao Mandela. Transformou-se então num mito mundial que quem sabe não influenciará toda a esquerda mundial? Excelente artigo Nassif. Que bom que você existe.

  5. Outra criatura minúscula,

    Outra criatura minúscula, mesquinha e invejosa é o Ciro Gomes. Se ele tivesse o mínimo de humildade e sensibilidade política defenderia o Lula e seu legado. Diante da iminente prisão e impugnação da candidatura do Lula, o Ciro poderia se apresentar como vice numa chapa com o PT e passaria a defender o ex-presidente, dessa forma herdaria todos os votos do lulismo com o apoio dos dirigentes e militantes petistas.

    Mas não, a arrogância, prepotência, orgulho e inveja do Ciro são tantas que acabou inviabilizando sua candidatura à presidência. Os ataques covardes ao Lula e seus fiilhos foram muito baixos e desleais. Agora temos a esquerda rachada graças ao temperamento desequilibrado do Ciro, que poderia ser o sucessor natural do Lula.

    Dessa formam na atual conjuntura quem dará continuidade ao projeto político lulista será o Fernando Haddad. Gostem ou não, será ele o indicado pelo Lula, que herdará seus votos. O ex-prefeito de São Paulo terá algo em torno de 20 a 30% dos votos no primeiro turno e certamente estará no segundo turno como autêntico representante do legado do lulismo.

     

    1. Ciro voltou ao ninho tucano

      Percebi isso na entrevista que ele deu ao Reinaldo Azevedo na radio Band. O entrevistador brincou sobre Ciro e Alckmin terem nascido em Pindamonhangada, ele respondeu algo assim: “Alckmin é meu amigo de longa data, temos todas as diferenças políticas, mas somos amigos”.

      Nenhuma crítica a Alckmin ser sócio do golpe, a ter apoiado as políticas neoliberais e entreguistas do Temer, nenhuma crítica ao PSDB estar dentro do governo Temer, nenhuma crítica a Alckmin ter sido péssimo governador e ter um dos governos mais corruptos que é apenas blindado. Ciro só tem boca para criticar Lula e o PT, o que fez no fim desta mesma entrevista.

      Trauzindo: Ciro ofereceu (ou já fez) um pacto de não agressão à Alckmin, esperando que o PSDB o apoie no segundo turno se o adversário for do PT. Se Ciro já fez esse pacto nos bastidores, a recíproca será ele apoiar Alckmin contra o PT se o tucano for para o segundo turno.

      Que queira escolher esse caminho, é problema dele. O duro é caciques políticos da esquerda verem isso e ainda ficarem enchendo o saco com uma suposta união da esquerda em torno de Ciro.

  6. Derrota eleitoral em 2018? Difícil Lula perder essa…

    … mesmo com outro nome na urna.

    A eleição polarizou entre Lulismo X (Temer+golpe).

    Nem espaço para terceira via tem.

  7. Por longo tempo, fiquei

    Por longo tempo, fiquei impaciente com as seguidas derrotas da esquerda – que era sufocada pela força da direita (mais a mídia etc). Um conhecido meu contemporizava, dizendo que era do jogo democrático. Com paciência, a esquerda chegaria lá. E chegou mesmo. Daí que passamos a acreditar que a democracia finalmente chegara de forma irreversível. Parecia que o anjo vingador estava esperando o tempo certo para descer do céu e lutar contra as injustiças no “país abençoado por Deus” (diria Jorge Benjor); “um novo começo de era de gente fina, elegante e sincera” (diria Lulu Santos). Foi um erro. Subestimou-se a força do diabo. Ficou um hiato em questões como: 

    – O “tabu do revanchismo” na Comissão da Verdade;

    – a falta de conscientização dos jovens sobre a tragédia da ditadura e o valor da democracia. Em vez disto, o incentivo ao consumismo desenfreado;

    – o descaso com a regulação da mídia;

    – a inapetência do governo para combater falsas notícias, boatos e processar ataques caluniosos;

    – o republicanismo ingênuo;

    – etc.

  8. até que deu pra animar legal…

    e isto sem contar com a rejeição silenciosa de parte considerável da sociedade ao que estão fazendo com Lula,

    e que de uma hora pra outra pode se dar conta de que ser antidemocrático ao lado de bandidos da pior espécie, porque traidores e golpistas, não é bom para os negócios

    Desnecessário dizer que estou me referindo àquela parte que só se deixa animar pelos valores capitalistas ou que só defende ou entende toda e qualquer mentalidade coletiva se for para o consumo do que ela cria, vende ou produz

  9. “É a semente para uma nova

    “É a semente para uma nova política que ainda está nascendo, mas que é irreversível”

    Só espero que essa “nova semente” não seja Ciro Gomes

    A Marina disse que faria uma “nova politica”, mas parece que deu chabu, deu ruim.

    Putz ! nova politica ! 

    Só acontecerá quando a velharia que está na politica morrerem, de todos os partidos.

    Ou quando proibirem as Capitanias hereditarias dentro da politica. Como fazer nova politica com esse quadro.

    Os filhos dos varios caciques da politica estão disputando as eleições, com chances reais de ganhar.

    Aqui no RJ a filha do Eduardo Cunha e o filho do Cabral vão disputar as eleições com nomes que não identifique seus pais. Como já tem uma maquina pronta, tem grandes chances de conseguirem um cargo.

    Existem familias que estão há 100 anos na politica, passando de pai para filho.

    Putz ! nova politica, está bom ! 

    Bolsonaro que o diga.

    1. bem lembrado…

      agregado familiar desde o Descobrimento, para não dizer mafioso, e ainda têm a cara de pau de propagarem que é tudo pela soberania do povo

    2. #

      “Só espero que essa “nova semente” não seja Ciro Gomes”

      Só espero que não seja a direitona.

      Se for o Haddad, o Ciro, o Boulos ou a Manuela… tudo bem.

       

    3. conclusão: o sistema atual

      conclusão: o sistema atual não funciona mais, certo? (se é que já funcionou algum dia).

      Muita gente já chegou a essa conclusão, e por isso cada vez mais a participação do povo é menor (em todo o ocidente).. a saída é criar um novo modelo..

  10. #

    O xadrez da vitória política é que o povo está comparando o Brasil antes do Golpe de 2016 e o Brasil pós o Golpe de 2016.

    O povo não é besta…

  11. Duas caras do anti-Petismo

    Como tem acontecido nestes últimos quase 20 anos e agora bifurcado em duas vertentes, a eleição de 2018 será – no 1º turno – do PT contra dois tipos de anti-PT. Apenas um desses modelos de anti-PT poderá chegar a um eventual segundo turno. Isso não é apenas pelo protagonismo do PT e pelo ódio do poder econômico contra este, mas também pela falta de um programa de governo da direita que possa ser minimamente apresentado à população. Já foi provado que pela via democrática esse programa neoliberal não ganha.

    Além do problema meramente político acima resumido, com aquele ódio disseminado pelo Aécio Neves depois da sua derrota em 2014 e pela tentativa de criminalização do Partido dos Trabalhadores, durante estes últimos anos foi sendo criado e alimentado um segundo sentimento anti-PT, desta vez explorando os aspectos comportamentais de parte da população mais conservadora (embora de classes populares), onde habilmente alguns políticos espertos, com apoio indireto da rede Globo, tem levado a política partidária para uma linha embaixo da cintura e, obviamente, confrontando o PT e a esquerda em geral contra pastores ultraconservadores. A modernidade social, transvestida em algo caricato e pecaminoso, contra o sentimento conservador da população, menos evoluída culturalmente e fácil de enganar.

    Pelo lado estritamente político o golpe poderia ter dado certo se tivessem conseguido resultados melhores na economia ou se achassem alguma prova de crime contra o Lula. Não havendo nada disso e, pelo contrário, considerando a constatação por parte da população de que os verdadeiros criminosos são Aécio Neves (o grande acusador de 2014), o comando golpista encabeçado por Temer e muitos outros, assim como a flagrante parcialidade do Judiciário contra Lula e etc., fazem da alternativa política anti-PT contar com fracas expectativas de chegar ao 2º turno (Alckmin).

    Já pelo lado comportamental, através de Bolsonaro e parcialmente de Marina, surge uma contestação anti-PT aparentemente maior, habilmente explorada pela rede Globo e hoje, sem controle, convertida num monstrengo que eles mesmos criaram, pudendo ser tarde demais para esta tentativa de trazer os tucanos de volta ao páreo.

    O aparelho golpista, embora correndo o risco de que parte da população mais pobre e conservadora volte para Lula, terá que desidratar o seu próprio monstro Bolsonaro para tentar ainda capitalizar o lado político anti-PT, como nos velhos tempos PSDB VS. PT, embora que com os notórios fracassos políticos e econômicos da frente golpista não haja como o candidato tucano se desvencilhar do Temer e da enorme antipatia da população. 

    A eleição caminha para Bolsonaro contra o PT e, além de termos que evitar alimentar esta criatura feita pelo sistema, que explora a boa fé da população mais conservadora (conservadora pela falta de preparo perante a evolução natural da sociedade moderna), devemos evitar o confronta abaixo da linha da cintura em debates e, pelo contrário, trazer ao Bolsonaro para a discussão política, econômica e de nação, que será como um alfinete destruindo boneco inflável. Haverá quatro anos de trabalho diário e técnico para praticar políticas inclusivas e justas para as minorias, como de fato o PT tem feito, mas há poucas semanas agora para exatamente evitar esse tipo de discussão em debates e bandeiras a caminho da urna, pois, o único que destruiria a vitória do PT seria o próprio PT e a falta de clareza em relação aos pontos acima colocados.

    O esquema de poder está sem opções vencedoras e o tempo caminha muito rápido. O desespero de tempos atrás, na procura de um candidato alternativo já acabou e agora, para o sistema golpista, será Alckmin ou Alckmin contra Lula ou Lula. Os outros candidatos ficaram sem posição num tabuleiro que apenas tem dois lados. Ciro escolheu o lado errado e, junto a outros, ficará no meio do caminho sem pena nem gloria.

  12. Nossa, que beleza  ..to

    Nossa, que beleza  ..to aliviado

    AGORA todo mundo vai pra casa que o tempo resolve tudo  ..afinal, a vitoria política já ta na mão enquanto o ARROCHO e o ARBITRIO prometem durar mais um tempinho (provável, até o fim da nossa existência  ..ta logo aí  ..20 anos passa rápido, mesmo pq GILMAR tem mais 13 anos antes de se aposentar)

    francamente ..que coisa mais asseptica e MORNA  ..meio que como prever que amanhã o sol vai nascer (grandes chances)

    Convenhamos, os Marinhos, Mesquitinhas e Friazinhos agradecem  ..pros Civitta parece que não deu tempo e eles foram pra casa do caralh? ..mesmo pq, os que sobraram, já entenderem os sinais que partiram das suas HEMORROIDAS (comprimidas nos ultimos tempos), e trataram de começar a criar uma imprensa HIPOCRITA, pra “frentex”, com jornalistas manipuladores mais modernos (agora catando FAKE que eles mesmos ajudam a produzir)

    realmente  ..nunca gostei de jogar xadrez  ..eita joguinho mais sem graça nem emoção

    https://www.youtube.com/watch?v=P6C5bZOr3xQ

    1. Me lembra o trecho do poema

      Me lembra o trecho do poema tabacaria de Fernando Pessoa

      O mundo é para quem nasce para o conquistar 
      E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão.

      Se um marciano chegasse aqui e se interasse da situação política, não entenderia como o partido que conta com um candidato preso injustamente e com 30 por cento, de piso, de eleitores certos ( umas 30 milhões de eleitores  por baixo) não consegue organizar manifestações em massa, com milhões de pessoas nas ruas pra exigir que esse candidato tenha direito a disputar eleição. 

      1. pois é ..quem nasceu pra

        pois é ..quem nasceu pra carregar a CANGA nunca vai conduzir nada

        E não que se peça revoluções inviáveis, revoltas desarmadas, genocídio, não  ..

        Mas greves, ocupação de praças e ruas  ..protestos permanentes  ..tudo pela cidadania, pela ordem e pela CONSTITUIÇÃO, pelo RESPEITo a democracia, pelas leis em SOBREPOSIÇÃO a tramites buroráticos e a FARSAS JUR´DICIO-milico-midiáticas

        Como pode o BRASIl se conformar se hoje dorme numa cela MILHARES de inocentes  ..PIOR, LULA, o melhor presidente ?!

        Me pergunto aonde estão os PETROLEIROS  ..cadê os professres, funcionários públicos, os condutores de trem, metro e onibus  ..os eletricitários, os portuários  ..o mtst  ..as liderenças das Forças Armadas que se opõe a estes GOLPISTAS ?

        Será que estão só preocupados com seus salários e benefícios enquanto a DEMOCRACIA, a cidadania, o Esatdo independente e ALTIVO, derretem ?

        francamente, inacreditável

        1. “Será que estão só

          “Será que estão só preocupados com seus salários e benefícios enquanto a DEMOCRACIA, a cidadania, o Estado independente e ALTIVO, derretem ?”

          A resposta é sim, estão preocupados somente com seu umbigo.

          Acredito que não haverá solução pacifica para o buraco em que os golpistas nos meteram. Eles sabem disso e por isto permanecem coesos no golpe. Não hesitarão em assassinar pessoas para se manterem onde estão. Para eles é uma questão de sobrevivência.

          Acredito até que poderão cancelar as eleições se não arranjarem um candidato até lá ou então roubarão descaradamente os votos dos eleitores direcionando-os para o seu candidato.

          No TSE há vários canalhas, o maior deles um tal de fucks. Ladrão, bandido, safado e ordinário. Não hesitarão um segundo em fraudar a eleição com esta urna eletrônica facilmente manipulável.

          No stf também canalhas inacreditáveis como carmem lúcia, fraquim, barroso, cabeça de ovo, etc etc para “garantir a lisura” da eleição.

          O jogo não será limpo.

          Tenho certeza de que já roubaram na eleição passada beneficinado candidatos do psdb, partido mais sem vergonha e ladrão da história.

           

          1. É isso!

            Pois é, Jossimar, Luna, amigos,

             

            minha visão cada vez mais clara, é a de que esta, embora não desjada por implicar altos riscos, é a derradeira cartada dos homens: simplesmente fraudar as eleições. 

            Por que tanta resistência do TSE (STF) em adotar a papeleta? As desculpas… nenhuma delas convence, uma pior que a outra!

            Esta gente é capaz de tudo para não deixar escapar o osso abocanhado.

             

            Lamento dizer isto.

        2. e nem pode se usar a desculpa

          e nem pode se usar a desculpa de que o inimigo não cederia a essas manifestações em massa. O STF, que tem o poder de fato de deixar Lula livre, é formado por covardes – TODOS SEM EXCEÇÃO (até os que lutam pela volta do cumprimento da lei o fazem porque sabem que seu voto não vai mudar nada -caso contrário, eu não duvidaria que mijariam pra trás ) – gente que se ouvir um arroto já se borra todo ( Carmen Lúcia é a que mais ficaria suja ). Duvido que se tivesse manifestação em massa o STF não voltaria a seguir a constituição e daria a Lula o direito de disputar eleições. 

          Se o país for esperar alguma atitude de seus funcionários públicos, nós tamos fritos. Se as FA não fazem nada nem quando se vende uma jóia da coroa como a Embraer pra Boeing ( os militares suecos devem estar putos da vida, pois sabem que o que já tiverem passado de conhecimento tecnológico dos caças logo logo estará nas mãos ianques ) , por que eles fariam algo pra evitar que o povo mais simples se ferrasse? Aliás, acho que as FA só iriam pras ruas hoje se o governo tirasse a pensão que as filhas eternamente virgens dos militares têm direito. Fora isso, esquece. 

          O país não tem uma elite que queira fazer do país uma nação de verdade. Nossa elite cada vez mais se assemelha à elite francesa da década de 30 que preferiu ser governada pelos nazistas a deixar de manter seus privilégios – como li nos post de André Araújo. 

           

           

           

           

           

  13. “Eu digo que o túmulo que

    “Eu digo que o túmulo que sobre os mortos se fecha/ Abre o firmamento/ E o que acreditamos aqui em baixo ser o fim/ É o começo”.

    É um belo trecho do poema ‘À Villequier’, de Victor Hugo, escrito em 1854, é da fase final da longa carreira desse gigante romancista, poeta, dramaturgo, ensaísta e ativista pelos direitos humanos francês, cuja atuação política marcou as sociedade francesa e, por que não dizer?, mundial.

    O poema em questão é bastante reproduzido, sobretudo por marcar uma virada do autor à religião, que passou a dividir espaço com sua obra política e de filosofia humana e social. Falava da crença da vida após morte, mas é também uma ode ao recomeço. Cabe para o nosso momento brasileiro, mas, particularmente prefiro esta sua outra célebre frase, que para mim é imbatível:

    “Nada é mais poderoso do que uma idéia que chegou no tempo certo”.

     

  14. Lula entrará para a história

    Lula entrará para a história como um do maiores líderes populares de mundo em todos os tempos.

    Os seus detratores/algozes/carcereiros entrarão para a história como lixo que envergonhará tdos os brasileiros perante o mundo para sempre.

    Para mim a única pena possível para estes TRAIDORES BANDIDOS seria o fuzilamento agora ou a fogueira, como no tempo da inquisição.

  15. Prezado Nassif, Bolsonaro

    Prezado Nassif, Bolsonaro parece ruim, mas é o começo da solução..

    .. ele é o que resta dessa fase final do capitalismo tardio, apodrecido, que vem se escorar em nossas riquezas naturais..

    .. vai inaugurar uma transformação pela dor, lembrando que a transformação pacífica, pela mobilização social, foi rejeitada pelas nossas “esquerdas”..

    .. triste ver, ainda hoje, “esquerdista” fazendo conchavo para ganhar carguinho na próxima gestão.. (me mata de vergonha)..

    Bolsonaro vai nos dar uma importante lição.

    Mas olha só que chique: entramos em um “circuito mundial”..

    .. nossa luta será a de todo o mundo..

    .. são nossos os maiores símbolos da iniquidade humana..

    .. é nosso o maior símbolo da luta por um mundo mais justo e igualitário..

    .. está preso lá em Curitiba..

    .. para desespero de todo o planeta.

  16. Se Alckmin pegar o país por 4 anos
    Não importa se algum dia a esquerda volta. O Estado será reduzido a nada. Esse texto é confirmação pela derrota.

    E tenho que lembrar Alckmin será eleito com a anuência e cumplicidade dos Lulistas que pretendem anular os votos em massa.

    Depois não terão direito a uma reclamação em 4 anos.

    1. Os Lulistas têm a quem culpar

      O pobre de direita, seja lá o que isso quer dizer, como sempre. Longos artigos acadêmicos, aos borbotões. 

    2. Alckmin não é burro como Temer, sabe que liberalismo é balela

      Eu acho que se Alckmin assumir teremos uma melhora considerável na economia pois ele tem experiência administrativa e sabe muito bem que essa “balela liberal” não funciona na prática. ALCKMIN SABE QUE PRECISA MELHORAR A ECONOMIA PARA SUBIR A POPULARIDADE.

      Temer adotou essas políticas privatistas cedendo a pressões midiáticas e lobbystas… nem sabe ao certo as implicações de suas ações. Alckmin sabe muito bem que o corte em políticas públicas gera corte em arrecadação…

      Eu acho que um governo Alckmin irá manter grande partes das políticas públicas de Lula, porém com outro nome. O PSDB sabe muito bem o que não pode abrir mão no governo Lula/Dilma. Eles vão fazer isso para manter um crescimento mínimo do PIB que garanta manchetes favoráveis na mídia amiga e popularidade.

      É claro, que o resto será cortado até o osso… mas a economia será mantida para dar suporte ao governo.

      Essa direita não cometerá os erros de FHC de ignorar o social… tão pouco os erros de Temer.

      Se essa desgraça do PSDB assumir o poder será por décadas!!! Todos os poderes se prepararam para esse momento.

        1. Temer fez o trabalho sujo do PSDB, Alckmin vai colher as glórias

          O que Temer fez até agora foi o trabalho sujo do PSDB… não vai sobrar nenhuma “maldade” para o governo Alckmin.

          Se Alckmin for esperto basta ele retornar o “Bolsa Família”, o “Minha Casa Minha Vida”, o BNDES e os investimentos para seus patamares originais do Governo Lula… e depois tocar a máquina estatal por 8 anos surfando na glória alheia e na imprensa amiga.

          É ingenuidade achar que Alckmin vai seguir “comprando briga” e “dando murro em ponta de faca” a troco de nada… como faz o Temer e seus Ministros trapalhões.

          Alckmin é esperto… será o “apaziguador”… o “consciente”.. não tem perfil de Aécio e Serra. Ele vai tocar a economia para evitar críticas… e usar a PF e o judiciário para DESTRUIR a esquerda por completo… aprofundando ainda mais o “tucanismo” das instituições.

          Se Alckmin for eleito, ele vai querer ser o “novo Lula”, o cara que salvou o Brasil… com a imprensa toda no bolso e preparando Dória para mais 8 anos!

          SE ALKMIN SE ELEGER O BRASIL VAI ENTRAR NUMA DITADURA TUCANA DE DÉCADAS!!!

          TODAS AS INSTITUIÇÕES ESTÃO PREPARADAS PARA ISSO!!!

          ESSE É O GOLPE 3.0!!! O MAIOR DE TODOS… ESTÁ SE CONCRETIZANDO EM NOSSA FRENTE!

    3. Gueras,  suas afirmações são

      Gueras,  suas afirmações são peremptórias. Bola dem Cristal ? Permita-me contestar sem a pretensão de ser concludente: Considero importante que um dia a esquerda volte, o Estado nunca se reduz a nada, nem metaforicamente, e  o texto não é confirmação de derrota. Se Alckmin for eleito, improvável, não será com anuência nem cumplicidade de lulistas. Não creio que haverá anulação em massa de votos. E se houver, será um ato político, errado a meu ver porém legítimo, cujo objetivo será bem diferente de anuência ou cumplicidade com a eleição de quem quer que seja. A responsabilidade pela eleição de Alckmin será daqueles que forem às urnas votar no Alckmin. Não podemos esquecer que por definição, Democracia é governo daquele que tiver a maioria dos votos válidos, nesse caso Alkmin será o presidente, temos que aceitá-lo nos próximos 4 anos, mas com direito a reclamação desde o primeiro dia. 

  17. Nassif : Campeão moral não levanta taça!

    Os Arautos do voto nulo e branco vão legitimar o rolo compressor que se prepara para as próximas eleições. E no caso de mais quatro anos de gestão da Casa das Garças , pode esquecer não tem retorno , não vai sobrar o que recuperar, sera terra arrasada.

    E para marcar gol , o jogador tem que constar da súmula e ter sua situação normalizada , senão o jogo vai para o Tapetão e este campo é do utro time!

    1. W.O.

      Melhor perder por W.O. do quer ser roubado em campo.

      W.O. é denúncia de jogo viciado e juiz comprado!

      W.O. é jogo que não existiu.

  18. O antilulismo coloca Lula no centro

    Tudo indica que retiraram Dilma da presidência para prender Lula e tira-lo dessas eleições. Mas o acordão do centrão no governo é o direitão conservador e ao invés de ocuparem o centro aderiram todos ao fisiologismo e aos privilégios, e a parcialidade e protecionismo amigos. A veja rebocou os delatores, que rebocaram os procuradores, que rebocaram o juíz, que rebocou o PGR, que rebocou os deputados e o senador, que rebocaram a mídia, que rebocou o STF que rebocou a sentença. Todos ouvindo apenas o que queriam ouvir como Moro no julgamento. Se todos fossem mais imparciais ou republicanos, teriam um governo Dilma cambaleante e com Lula livre mas explicando acordão ao invés de pedalinho.Se moveram sempre rumo ao atraso ao invés do discurso modernizante.

  19. Xadrez das derrotas eleitorais e das vitórias políticas

    por décadas Luis Carlos Prestes foi um mito intocável para a Esquerda brasileira. de fato, a Coluna que levou seu nome foi um feito inigualável, inspiradora de Mao, Fidel e Che.

    Prestes teve outros feitos inigualáveis. foi o dirigente comunista que mais deixou cair documentos nas mãos da polícia. também ordenou em 1936 o “justiçamento” sem provas de Elza Fernandes, adolescente, de origem operária e analfabeta.

    quando em 1956 Khrushchev denuncia os crimes de Stálin, a muralha da infalibilidade de uma Esquerda ditatorial começa ruir. ficam abalados também os pilares do PCB e do culto à personalidade de Prestes, sempre subserviente às diretrizes de Moscou.

    mas foi o completo imobilismo de Prestes em relação ao Golpe de 1964 o início do fim de seu mito.  a Roda da História o esmigalharia impiedosamente.

    no período da luta armada, por não ter participado de nenhuma ação, o PCB supôs estar a salvo. em 1975, Geisel ordena o extermínio de seus membros. as sucessivas prisões e execuções desmantelam completamente a direção e a estrutura do partido em solo bvrasileiro.

    a Anistia e a volta de Prestes foi também o momento da retomada do movimento de massas. numa nova e dinâmica conjuntura, Prestes e o PCB tornaram-se irrelevantes, mesmo conservando sua importância histórica.

    em entrevista em 08/12/1979, Prestes enfim reconheceria:

    “Somos responsáveis pela morte de centenas de jovens pela repressão. O pacifismo seguido pelo PCB provocou uma certa conciliação, o que fez com que estes jovens saíssem do partido e partissem para a luta armada. O PCB é responsável por estas mortes.”

    todo mito é uma construção histórica. quase sempre suas bases não estão em raízes profundas alimentando-se da luta coletiva por emancipação. repousam flutuando no ar. uma ilusória miragem incapaz de resistir à violenta tempestade causada pelo avanço dos fatos, com a mudança de conjuntura e da correlação de forças.

    em meio a toda esta festejante algazarra eleitoral, é possível ouvir imensos gemidos. são o débil estrondo do Lulismo ruindo por suas próprias contradições internas.

    é assim que tudo se aniquila.

    .

    1. Antônio Arkx intelectual
      Antônio Arkx intelectual psolista,quanta cultura,sempre aprendo com vc,coisas boas e ruins,REALMENTE NÃO EXISTE O MUNDO PERFEITO E NEM PESSOAS PERFEITAS, ESPERO Q TANTA SABEDORIA SUA SIRVA P AO MENOS VC SABER CUIDAR DA SUA FAMÍLIA E DE VC PRÓPRIO,PELO Q VC ESCREVE AQUI ME PARECE DEPRESSIVO E MUITO DODÓI COM ALGUMA DECEPÇÃO GRANDE COM O PT/LULA/ESQUERDA, NÃO LHE DERAM UM CARGO NO GOVERNO QUANDO VCS DO PSOL ERAM DO PT? TIRE ESSS MÁGOA NÃO LHE FAZ BEM, ISSO JÁ PASSOU!POR ACASO E O GOVERNO TEMER E O PSDB O Q VC ACHA???

      1. Xadrez das derrotas eleitorais e das vitórias políticas

        -> sempre aprendo com vc,coisas boas e ruins

        então, amor! de novo pleiteando um pouco de minha atenção. ah, se você me entendesse… ía aprender tanta coisa nova.

        bem-me-quer, mal-me-quer, bem-me-quer…

        Tarso Genro amava Boulos, Boulos amava Lula, Lula amava Eunício Oliveira, Ângelo Coronel, Helder Barbalho e toda a quadrilha.

        prá vc escutar e se lembrar sempre de mim:

        vídeo: MAURO SÉRGIO – O FIM

        [video: https://www.youtube.com/watch?v=kADC8jyznGg%5D

        .

  20. Um dos melhores textos do

    Um dos melhores textos do Nassif. A esquerda, PT a frente se fortaleceu de uma maneira impressionante, desde que começou seu inferno astral nos protestos de 2013.

    Bateu no fundo do poço na derrubada da Dilma e de lá para cá recuperou toda a força política dos bons tempos e pode até ultrapassar já que ser oposição é mais fácil do que governar. Ainda mais quando se é oposição a um governo como o Temer.

    O que está na cabeça da grande maioria é “eu era feliz e não sabia”. “Se eu soubesse que seria assim….”. É a mais pura e simples comparação. Como era nos governos PT e como é agora. Até os coxinhas não conseguem mais exercer o antipetismo como antes.

    E Lula como símbolo do Brasil feliz. Eles não tem como impedir isso. Prisão, proibições, abusos, Leitões e Mervais falando merda, 24 horas de Globonews. Não adianta. Podem impor um tucano no governo à forceps, podem um monte cde coisas. Mas a verdade cristalina é essa aí que o Nassif falou

  21. Água com açucar

    Relato singelo e fraco.

    Correção: não foram eles que fizeram o LULA enorme, foi o enorme LULA que os reduziu a vermes.

    Para afastar o LULA terão que cometer o MAIOR CRIME da chamada democracia de todos os tempos; terão que CASSAR 60 MILHÕES DE VOTANTES. Terão que impedir 60 milhões de votos consciente e maduros por que votam em que sabem honesto, vítma de infâmia, e que poderia salvar o país, LULA.

    Cometerão um crime.

  22. duas perguntas

    (1) No último parágrafo da Peça 2:

    “Esse paradoxo provocou dois resultados contraditórios. O imediato foi a derrota eleitoral e o golpe do impeachment. “

    Que derrota eleitoral? O PT ganhou 4 eleições presidenciais em sequência e só saiu do governo via golpeachment.

    (2) Qual presença ilustre do Festival Lula Livre fez a composição-lamento que cantava a decepção com o PT? Chico Buarque? Gilbert Gil? Chico César? Beth Carvalho? Fiquei curiosa. E não sei porque não dizer o nome da pessoa. A não ser que a tal canção decepcionada tenha sido mostrada a Nassif em privado… 

     

  23. duas perguntas

    (1) No último parágrafo da Peça 2:

    “Esse paradoxo provocou dois resultados contraditórios. O imediato foi a derrota eleitoral e o golpe do impeachment. “

    Que derrota eleitoral? O PT ganhou 4 eleições presidenciais em sequência e só saiu do governo via golpeachment.

    (2) Qual presença ilustre do Festival Lula Livre fez a composição-lamento que cantava a decepção com o PT? Chico Buarque? Gilbert Gil? Chico César? Beth Carvalho? Fiquei curiosa. E não sei porque não dizer o nome da pessoa. A não ser que a tal canção decepcionada tenha sido mostrada a Nassif em privado… 

     

  24. O futuro da democracia no Brasil

    Serei breve, não, brevíssimo. Que tal pensarmos não mais apenas no que houve, mas gastarmos um pouco o bestunto para tratar do que se apresenta no horizonte como algo possível e necessário? Porque não começarmos a definir uma democracia pós-liberal para o Brasil? Até s primeira resposta!

  25. Nada será possível se não for

    Nada será possível se não for colocado na ribalta o amálgama (ou seria enforca-gato?) que une todos os golpistas e que dá as diretrizes para cada um deles agir a bem do seus chefes/irmãos estrangeiros.

    Por que esse elo não é encancarado?????

  26. Fiquei com sinceras dúvidas

    Fiquei com sinceras dúvidas acerca do texto.

     

    Vamos a elas:

     

    Peça 2 – o governo Lula

    Especialmente nos dois governos Lula, os invisíveis passaram a ter protagonismo na definição das políticas públicas, sobretudo nos temas sociais.

    Em pouco tempo mostraram uma criatividade inédita, como o Bolsa Família, juntando o melhor objetivo com a melhor metodologia. Depois, Luz Para Todos, o programa de cisternas no semiárido, o programa inicial de biodiesel com selo social, uma chuva de ideias inovadoras e bem elaboradas, enquanto as áreas técnicas se perdiam em medidas de manual, incapazes sequer de avaliarem criticamente os resultados, como foi e é a metodologia das metas inflacionárias.

    Resultou em um movimento generalizado de inclusão social, de fortalecimento das minorias raciais, sociais, sexuais, dos deficientes, na criação de um ambiente de solidariedade inédito na história do Brasil.

    Quando sobreveio a crise, constatou-se que a maior virtude do PT e Lula, o republicanismo, era sua maior vulnerabilidade.

    Esse paradoxo provocou dois resultados contraditórios. O imediato foi a derrota eleitoral e o golpe do impeachment. (…)

    Pergunta 01:

    Que derrota eleitoral?

    Bem, eu não contaria com as eleições de 2016 como derrota, se contextualizarmos o ambiente nas quais elas se deram.

    Sabe-se hoje que o PT diminuiu de tamanho em 2016 como resultado do massacre jurídico-policial-midiático que fez com que houvesse uma debandada geral no PT, e a consequente diminuição da apresentação de chapas e candidatos no pleito.

    Com muito menos concorrentes, e diante da Inquisição, o PT foi mutilado.

    Colocar isso na conta de derrota não ajuda na análise.

     

    Peça 3 – a legitimação da política

    Aí se entra em um território de luta política no sentido mais profundo: como se dão as formas de legitimação moral das bandeiras políticas.

    O ódio produz catarses, desabafos, violência, mas não gera perenidade, a não ser radicalizando a guerra ao inimigo. No limite, esse movimento leva à perda de controle das instituições que comandam o jogo – mídia-cúpula do Judiciário-grupos políticos –, para as de uma liderança carismática qualquer, ou de um poder extra institucional, como os militares. Os abusos cometidos por Policiais Federais e procuradores, auto investidos na missão redentora, são a prova cabal dessa perda de referenciais e de controle. Não é à toa que merecem a resistência de Gilmar Mendes, o mais destemido e preparado dos gurus do golpe.

    O sábio (sem ironia) Olavo de Carvalho, precursor e mestre de toda uma geração de propagadores de ódio, é dono de um faro invejável para antecipar os movimentos mais profundos da opinião pública.

    Quando parecia que o país tinha descoberto o caminho da paz social, ele já antecipava o movimento de ódio que viria a seguir. Forneceu o template do qual se valeram colunistas de esgoto, um receituário tão funcional que pôde ser utilizado dos mais talentosos aos mais primários.

    Um ou dois anos atrás, o mesmo Olavo alertou seus discípulos para o esgotamento do modelo inicial e a eficiência de um contra discurso que nascia de novos influenciadores, defensores dos direitos humanos valendo-se das mídias sociais.

    Hoje em dia, os valores civilizatórios se tornaram parte integrante do arco da esquerda, uma espécie de prêmio de consolação ao lulismo pelo republicanismo, que, de um lado, consagrou Lula como um pacificador à altura de Ghandi ou Mandela, mas, de outro, permitiu o golpe jurídico-midiático mais fácil da história. Do lado de lá, estão os Alexandres Frotas e as Janaínas.

    Como tornar permanente, a não ser pelo poder das armas, jurídicas ou militares,  um modelo moralmente iníquo?

     

    Pergunta 02: Olavo “previu” ou foi um dos que lançaram o movimento que ia se autorrealizar?

    Mais ou menos como as anamariasbragas dos tomates e suas correspondentes “colonistas econômicas”, como a pitonisa miriam leitão, de tanto martelar e torturar a realidade, ela cede para asumir a versão que lhe é imposta.

    Elogiar a “mediunidade” de Olavo é estranho, não?

    (…)

     

    Peça 6 – os desdobramentos do jogo

    Não significa que, até as eleições, haverá a recuperação das regras democráticas. O estado de exceção ainda se prolongará por bom tempo. Mas os valores democráticos, as bandeiras da solidariedade social, o entendimento da democracia como um valor nacional, estão vivos como sementes plantadas em solo fértil. E, na base de tudo, o legado de Lula, não apenas no discurso e na palavra, mas nas políticas implementadas em seu governo e nos resultados alcançados.

    É a semente para uma nova política que ainda está nascendo, mas que é irreversível.”

    Aqui um comentário mesmo:

    Até quando Nassif vai tratar a regra como exceção?

    Que Estado capitalista não é de exceção?

    Onde é que tem regra democrática?

    EUA?

    Na Grécia? (o que houve com o plebiscito?)

    Na dinastia alemã de Merkel?

    Essa intragável mania de rotular processos indivisíveis com cortes do tipo “nova”, “velha” também é de fazer chorar.

     

     

  27. Para mim a situação é a

    Para mim a situação é a seguinte. O centro de gravidade do eleitorado brasileiro moveu-se para a direita. E não é hora de ter um presidente petista. Mais que nunca, entendo ser a hora e a vez de Ciro Gomes.
    Confesso que há nessa posição um bocado de avaliação de conjuntura mais uma pontinha de autointeresse. Estou disposto a fazer das tripas coração para tentar eleger Ciro presidente. Mas, com que cara vou chegar nos meus parentes e amigos e pedir a eles que votem no PT? Não quero ter que passar por esse perrengue. Uma das maiores vantagens de Ciro é a de que ele não é do PT (Jacques Wagner concorda comigo). E isso o torna mais palatável eleitoralmente.
    Creio sinceramente que Lula hoje pode fazer mais bem pelo Brasil como eleitor do que como candidato.

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