Xadrez do novo tempo do jogo

Os últimos meses foram os mais decisivos da moderna história política brasileira.

De um lado, pelo fim inglório de um período no qual partidos políticos, poderes e instituições públicas se esfarelaram em torno do mais vergonhoso episódio político pós-redemocratização: a forma como está sendo conduzido o processo de impedimento.

Não se salva um, da presidente afastada ao interino usurpador, de ex-presidentes da República a mandatários do Judiciário, dos velhos coronéis nordestinos aos supostamente intelectualizados coronéis paulistanos de má catadura.

Nunca o peso do subdesenvolvimento foi exposto de forma tão cruel quanto agora. Praticamente não há mais nenhuma figura referencial em nenhum setor. Executivo, partidos políticos, Supremo, Ministério Público, Congresso, empresariado, mercado, mídia foram tomados pela mais medíocre geração de dirigentes da história. Suas lideranças estão preocupadas em preservar interesses miúdos, de curto prazo, eximir-se de responsabilidades em relação ao país.

A tentativa de dourar Michel Temer com a aura de estadista tem sido um fiasco. O próprio Delfim Neto apelou para que Temer esquecesse sua vida até agora e começasse a interpretar daqui por diante o papel de estadista. Lembra um clássico do cinema italiano, com Vitorio De Sicca: “De crápula a herói”.

Não dá. Falta ao interino não apenas biografia como competência mínima para se locomover no palco do poder.

Além disso, Temer pode esquecer seu passado, mas ele voltará periodicamente a bater em sua porta.

Por outro lado, o processo do impeachment está sendo o catalizador de uma movimentação política inédita, uma redefinição de valores e formas de organização que irão dominar o cenário político-eleitoral pelas próximas décadas.

Nesse período consolidaram-se as novas formas de organização, os coletivos, ao lado dos movimentos sociais, fazendo-se ao largo da estrutura hierarquizada de sindicatos e partidos políticos. Essa mesma horizontalidade se revela na notícia, com as redes sociais tornando-se cada vez mais influentes com seus múltiplos filtros substituindo o filtro único da mídia.

As ideias-chaves do que se imagina ser esquerda ou direita estão sendo plasmadas nestes períodos turbulentos. Assim como as preocupações centrais dos que zelam pelo aprimoramento da democracia.

Temas dos próximos anos

Controle da mídia

A fórmula trazida por Roberto Civita e protagonizada pela Rede Globo definitivamente extrapolou. Deve-se aos grupos de mídia não apenas a deposição de uma presidente eleita, como o agravamento inédito da crise, a apologia do ódio e a subversão das notícias. A aposta no quanto pior melhor tornou-se marca muito forte da mídia.

 A apropriação da política pelos grupos de mídia, o uso das campanhas extenuantes de fogo de exaustão contra os adversários, finalmente fez com que o Brasil se equiparasse à Venezuela e à Argentina.

Hoje em dia, para pelo menos 30% do país o controle da mídia tornou-se bandeira central. A ideia do controle econômico da mídia, nos moldes de qualquer país civilizado, será substituída por uma guerra permanente entre partidos de esquerda e grupos de mídia.

Curiosamente, a esquerda sempre teve posições nacionalistas, em oposição ao internacionalismo da direita. Mas, nesse caso, certamente abrirão os braços para os grupos estrangeiros que começam a invadir o espaço com jornalismo de alta qualidade – como o El Pais, a BBC, CNN, ESPN.

O poder do MPF

Os abusos dos vazamentos da Lava Jato criaram um ambiente de completa subversão política. Delegados, procuradores, vazam à vontade, vaza-se em Brasília e sempre de forma seletiva. Apenas quando o dedo de Gilmar Mendes apontou em sua direção, o PGR Rodrigo Janot manifestou-se sobre o tema.

No começo, os vazamentos eram encarados como abusos funcionais. A partir de janeiro de 2016, ficou nítido seu propósito político e a invasão da política por pessoas investidas de poder de Estado recorrendo a práticas ilícitas.

Passada a onda Lava Jato, não se tenha a menor dúvida sobre um conjunto de medidas visando reduzir o poder de manipulação política da Polícia Federal e do Ministério Público, em cima do vazamento de inquéritos. As mudanças focalizarão especialmente a delação premiada e os vazamentos.

Haverá uma grande disputa para impedir que grupos de poder não se valham da irresponsabilidade atual do MPF para subtrair poderes relevantes para a defesa da cidadania.

As políticas sociais e a inclusão moral

É o tema que delimita mais nitidamente o pensamento de esquerda e de direita ou, mais que isso, o pensamento contemporâneo e o pensamento ultraconservador de grupos religiosos e de ultradireita. Por aqui abre-se espaço para alianças mais amplas do que aquelas de cunho mais ideológico.

A luta de classes

Nas últimas décadas, houve dois movimentos paralelos de ascensão. Na classe média incluída, o aparecimento das primeiras gerações de PhDs, poliglotas, muitos com cursos no exterior, que trouxeram um sentimento de classe superior para todos os setores do país, das redações ao serviço público, na forma dos concurseiros.

Mudou a natureza de muitas organizações, na medida em que passaram a ser povoadas com essas gerações de vezo internacionalista, tendo a perspectiva de mundo e com uma ambição pessoal acendrada.

Ao mesmo tempo houve uma ampliação das organizações sociais, entendendo a luta política fundamentalmente como disputa de classes.

A maneira escancarada como a atual junta aboletou-se no poder exibiu didaticamente a forma como se dá a disputa pelo orçamento. A aliança entre sanguessugas políticos, do mercado, das corporações públicas e da mídia, é curso profundamente didático intensivo sobre as disputas de classe em torno do orçamento.

Na crise fiscal mais séria de décadas, os Ministérios estão com recursos em caixa (provenientes do decreto que ampliou a previsão de déficit público) para atender às suas demandas fisiológicas.

Esse componente será cada vez mais forte nas disputas políticas, trazendo o chamado efeito Orloff: nós seremos a Argentina e a Venezuela de hoje, cada vez mais radicalizados. Uma pena!

A tentação do arbítrio

Dois fatores levarão à tentação do arbítrio.

O primeiro, a enorme dificuldade da direita em apresentar um projeto de país minimamente defensável. Com o discurso do ódio, antissocial, jamais a direita será uma alternativa eleitoral competitiva – incluindo aí seu lado mais depauperado, o PSDB. Quem não se sustenta pelos votos, precisa encontrar outros caminhos.

O segundo fator é a dispersão de poder trazendo a demanda por governos fortes.

O interino Michel Temer tem apostado nesse caminho. Nos últimos dias o general chefe do Gabinete de Segurança Institucional Sérgio Etchegoyen, passou a investigar até a movimentação de Lula. Enquanto o Ministro da Justiça Alexandre de Moraes tenta fincar pontes com a Lava Jato, em torno da bandeira do “delenda Lula”.

Esse tipo de jogo não prosperará, devido à pequena dimensão política de Temer e à composição extraordinariamente corrupta do seu bloco de poder

Mas certamente estimulará candidaturas bonapartistas nas próximas eleições. O caminho está aplainado para uma candidatura populista autoritária, tipo Ciro Gomes.

O aprofundamento da democracia

Paradoxalmente, a ânsia por uma liderança forte será acompanhada também por um aumento na sede de participação. O país já experimentou formas embrionárias de participação, com as Conferências Nacionais, conselhos etc. Esse modelo foi deixado de lado no governo Dilma e sob liquidação no governo interino.

Mas, com o grau atual de diversidade e sofisticação da sociedade brasileira, haverá uma demanda crescente por participação.

PS – Alguns comentaristas julgando ser depreciativa a designação “populismo autoritário” para Ciro Gomes. O termo populismo não pode ser visto como depreciativo. Significa quem se alia com o povo. E autoritário define o estilo que busca a governabilidade pelo confronto, em vez da conciliação, em um quadro em que a conciliação foi inviabilizada pelo golpismo.

Luis Nassif

104 Comentários

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  1. “candidatura populista

    “candidatura populista autoritária, tipo Ciro Gomes”

    Autoritário com certeza o Ciro Gomes é, populista não sei.

    Se o populismo do Ciro for em beneficio dos mais pobres, manter e ampliar todos os programas sócias, continuar abrindo escolas técnicas e universidade, ampliar o mais médico… que seja populista.

    De todos os candidatos colocados, da extrema esquerda à extrema direita, na minha opinião, acredito que o Ciro seja o melhor.

    Tirando o temperamento explosivo do Ciro, acho que se eleito, fará um bom governo.

    Se bater de frente com a mídia hegemônica, e tirar poderes desta, seu governo já terá valido à pena.

    ////

    Ciro/Requião seria uma chapa bem competitiva, mesmo o Requião sendo do PMDB. Uma coisa é certa a mídia iria detestar essa chapa.

     

    1. Paralelo

      De todos os candidatos colocados, da extrema esquerda à extrema direita, na minha opinião, acredito que o Ciro seja o melhor.

      Faça uma avaliação análoga, ou paralela, imaginando partidos políticos e não pessoas salvadoras da pátria. A democracia brasileira (e sua inteligencia indiscutível) merecem!

      1. Fazer uma avaliação

        Fazer uma avaliação imaginando partidos politicos, como ?

        Se no Brasil existem 35 registrados. http://www.suapesquisa.com/partidos/

        Duvido  que vc consiga dizer e conhecer nomes e politicos de 8 partidos.

        No Brasil não se tem tradição de votar em partido, e sim em pessoas.

        Por falar em partido, vc se lembra sem consultar, qual o partido que lançou Fernando Collor de Melo à preisdência em 1989…pois é… o PJ, depois virou PRN.

        Lembra-se desses partidos ?

        Por isso que no Brasil escolhe-se pessoas salvadora da Pátria, e não programa de partido como deveria ser

        Por falar em Ciro, qual era o partido dele antes de ir para o PDT.

        Não vale colar, eh,eh,eh

        1. Oi Gilson

          Concordo em parte. Há coisas que nem lembro.

          Mas, eu sei o que quero para o Brasil: Nação autônoma e desenvolvimento social. Sou de ideias politicas de esquerda e, dentro do contexto atual, acompanho o PT, embora estou atento a alguma unidade superior entre os partidos de esquerda. Não sei qual será o candidato dessa agremiação, embora o Lula apareça agora nas pesquisas. Estarei com o candidato que este movimento popular indicar. No RJ, por exemplo, eu sou Jandira, a partir de poucos dias atrás.

          O Ciro não aparece nestas análises, nem o PDT, até este se tornar um partido confiável, para os tempos de hoje.

  2. Democracia

    ¨Quem não se sustenta pelos votos…¨ derruba e acaba com a democracia, e cria uma ditadura – ops: não é isso o que estão fazendo?

    Junta-se a onipotente mídia (GLOBO) com os eruditos tucanos e o efeito é todo esse descrito aqui pelo Nassif.

     

  3. “Populismo” – uma sugestão nesses jogos de xadrez.

    https://pt.wikipedia.org/wiki/Populismo Falar em populismo e autoritarismo é que me lembra, sim, outro(s) personagem(ns). De um “novo Collor” já foi rotulado (por quem e por quê? fica a pergunta pra quem se lembra). E creio que aprendeu com as jogadas politiqueiras em que caiu até por ingenuidade ou gana (rasteira na transferência de domicílio eleitoral pra São Paulo sob que promessa, e por quem, e por quê? fica a pergunta). A língua afiada, por vezes deslocada e imprópria, sem o rebusca mento elitista. Não á toa, tem apoio de Mangabeira Unger, um sonhador pensante – e é disso que também precisamos, de mexer com o povo decepcionado. Mas a campanha contra já começou. Vou de Ciro Gomes.

     

    1. Prezado Attilan
      Bom

      Prezado Attilan

      Bom dia

      Concordo com a antipatia do missivista,  e acho que  ela vem um Roda Viva em que os dois se degladiaram sobre economia!

      https://www.youtube.com/watch?v=n7I8z1dlHi4

      Ciro não conseguiria governar, com sua truculência,  estilo Dilma!

      Não podemos esquecer que Lula entregou o governo a Dilma com 3/4 do congresso!

      Abração

       

  4. Tentando resumir este xadrez

    Este xadrez traz uma salada de situações que, embora certeiras, fica difícil juntar e concluir. Seria o caso de um tabuleiro de xadrez sem peças definidas, mas apenas peças “coringas” que ora andam como cavalo e noutras ocasiões se deslizam diagonalmente como bispos. Todos os atores querem ocupar peças de maior nível, embora se observe que quem irá ganhar mesmo o jogo será a “peãozada” unida, em “novas formas de organização”, justamente pela extrema mediocridade das peças consideradas importantes, como destaca Nassif no começo da sua exposição.

    A mídia se apoderou da política, e leva para o espectador uma imagem distorcida do embate político real, como se fosse uma tecla SAP moderna do mito da caverna de Platão.

    Uma colocação instigante do Nassif, porém verdadeira, é: “a esquerda sempre teve posições nacionalistas, em oposição ao internacionalismo da direita”. Isso é muito interessante, para quem usa o termo de “nacionalista” para apelidar apenas simpatizantes do nazismo ou da extrema direita. Num país menos desenvolvido, o nacionalismo é justamente a opção da parcela mais pobre, mas apenas quando um representante do povo organizado levanta essa bandeira.

    Nassif observa que depois desta crise haverá ”um conjunto de medidas visando reduzir o poder de manipulação política da Polícia Federal e do Ministério Público, em cima do vazamento de inquéritos”. Este grupo faz parte dos chamados “concurseiros” ou “meritocráticos” que se acham hoje os donos da verdade. Nassif agrega, e com toda razão, que a maior parte desta gente é de viés internacionalista, em todos os sentidos, até com sonho de casa em Miami (agregaria eu).

    Embora candidaturas francamente identificadas com a direita tenham poucas chances de prosperar nestes momentos, no Brasil, Nassif alerta para o caminho que se abre para candidaturas populistas, como a do Ciro Gomes, recém-incorporado a um partido indefinido e pouco coerente (nada a ver com os tempos do Brizola), que deu 5 votos de deputados e 2 ou 3 senadores em favor do Impeachment.

    De todo este xadrez fico com o povo organizado e com a possibilidade de união das esquerdas junto com os movimentos sociais. Este é o caminho que Dilma deverá seguir logo de recuperar a Presidência, começando por uma consulta popular que priorize a reforma política e, se o povo achar, chamar a novas eleições (incluindo congresso).

  5. Nesse post, o Nassif deixa

    Nesse post, o Nassif deixa claro uma sensação que tenho = a de que estamos no pior momento político de todos os tempos pois não temos UM, UM nome que tenha peso, seja referência de alguma coisa. Mesmo quando houve a desgraça Collor, ainda havia a esperança personificado num Lula, num Brizola, num Ulisses. Agora, é o vazio. E nesse vazio pode entrar uma figura como Ciro, que tem até boas ideias, mas uma falta de cintura que faria Dilma parecer um Roosevelt rs Enfim, o quadro é de Terra Devastada. 

  6. Perfeito, não se salva um,

    Perfeito, não se salva um, nem a presidente da República. Dilma colhe o que plantou. De traidora ao traidor o que vivemos e vivenciamos. De dupla personalidade foi eleita defendendo teses progressistas com o apoio dos progressistas. No governo, não obstante, empalmou teses conservadoras (Banco Central, Juros elevados, Câmbio, Meta Infracionária, Mídia Corporativa Conservadora de mão única, Levy….). Na reeleição e nas crises recebeu sempre apoio das bases progressistas (na PUC deu pulinhos nos terraço enquanto era aclamada pela base progressista que acabou virando a eleição. Apontava então um retorno às bases. Ledo engano. ais se aproximou dos conservadores). Hoje é – novamente – é sustentada pela base progressista. Mudou??? Não se sabe. Estou na luta (em reuniões e na rua) contra o golpe e pela defesa da Constituição e, portanto, pelo retorno conseqüente de Dilma à Presidência. Não me iludo e nem a idolatro.

     

    1. Um atenuante.

      Mais uma análise, a meu ver,  precisa do Nassif que, me parece, pouca gente tem coragem hoje em dia de manifestar. Plenamente de acordo com suas críticas ao comportamento bipolar da presidente afastada que não deu causa à crise mas ajudou-a a ganhar intensidade com maior velocidade. Mas, acredito que, a sua trajetória errante deve ser analisada levando em conta alguns condicionantes, como

       – a extraordinária coalisão de forças nacionais e internacionais que se levantaram contra a democracia em 2014, incapazes de aceitar a própria falta de capacidade de apresentação de melhores opções para o eleitorado brasileiro. Nenhum animal político com maior habilidade e experiência conseguiria se sair muito melhor do que ela porque as instituições se derreteram abrindo todos os espaços públicos institucionais para serem livremente operados pelos interesses privados que puxam as cordinhas por trás do oligopólio midiático. Não haveria que pudesse resistir a tamanha esculhambação generalizada de TODAS as lideranças da sociedade, como bem acentua o preclaro Nassif.

       

       – o que sobrou para a Presidenta, em termos de conselheiros políticos aparentemente foi, entre outras mediocridades, Mercadante e Zé Cardozo, com maior proximidade e uma choldra de medíocres menos significativos que, certamente, influenciaram a atormentada governante sob pressões permanentes e fustigada de todos os flancos de batalha política. As duas criaturas, Mercadante e Zé, sempre alimentaram aspirações de maior projeção no cenário político mas nunca tiveram luz para sustentá-los na busca desse sonho. Para quem não tem luz própria a presença de estrelas traz desconforto. Na escuridão política estabelecida a partir do primeiro mandato da Presidenta a mediocridade enxergou a chance de fazer brilhas as suas luzes de lamparina. Devem ter convencido a pobre e atormentada mandatária para não convocar o Lula para o grupo de conselheiros mais próximos. Assim a casa virou uma tribo sem cacique com um monte de pajés charlatães tentando tirar proveito da situação.

       

       – por último mas, não menos importante e sem encerrar as condições atenuantes, a extraordinária capacidade de resistência da Presidenta que, contra tudo e contra todos, sem apoio nenhum, próximo ou distante, resistiu a todas as pressões pela renúncia, que era tudo que a canalhada golpista queria para que não precisasse sujar tantos as mãos e a cara, ambas expostas publicamente como ficou escancarado no GOLPE!!

       

      Portanto, eu penso que se, no meio de toda essa turbulência e inferno astral enfrentado, a Presidenta aprender com os erros ela pode voltar a política com força de, pelo menos, influenciar nos rumos que serão tomados daqui pra frente.

  7. Ciro gomes
    Sou cearense tal qual Ciro, apesar do mesmo ter nascido em sp. Eh bom o nassif explicar da onde vem o populismo do ciro, pois nas fartas palestras dele ae, no quesito economia, ele vem com uma ideia de novo nacional desenvolvimentismo que ate hj ninguem conseguiu de fato contestar. Se o populismo eh pq ele fala o q o povo quee ouvir, dai vc nao conhece o ciro. Ele eh desse jeito, fala com todo mundo, gosta do povo, digo isso pq vi a campanha dele pra prefeito e como ele fez corpo a corpo com o povo do conjunto ceara, bairro de fortaleza. Ele ta nas ultimaa palestras sendo sincero ate a alma, falando tudo que pensa, da onde que populista eh ser isso?

  8. Resumo, não respeitaram uma

    Resumo, não respeitaram uma presidente eleita, por que deveriamos respeitar um governo ilegitimo que está destruindo o país e entrtegando o controle para os estrangeiros, até o solo brasileiro querem entregra de lambuja, é guerra, pelo nosso país e contra os entreguista, midia quadrilheiro junto, ou seremos submissos aos interesses dessa corja.

  9. Com Lula deposto, preso,

    Com Lula deposto, preso, degredado, que outro nome poderia aglutinar a esquerda? Apenas um. Ciro Gomes.  Mas aí o próprio setor progressista ensaia um discurso sem qualquer 2 linhas a mais de argumentos que o alicercem, chamando o cara de populista autoritário.  Primeiro ataca, depois, sabe Deus quando, explica-se o motivo do ataque. Bravo.

    1. O Partido e o Candidato

      Ciro aparece agora no PDT, lembrando que nasceu tucano, no ninho do Tasso Jereissati.

      Ciro é um bom sujeito, provavelmente honesto e falastrão, mas é ele: Ciro. Conheço muita gente e até amigos meus, que tem mais competência e falam até mais bonito, mas, para chegar a ocupar o cargo de Presidente é necessário representar um movimento, um programa e uma parcela significativa da sociedade. O irmão dele, quando Ministro, meteu o pau ao Cunha, no congresso, mas fez um fraco favor ao Governo, naquela época, devendo ser demitido, justamente pela priorização da sua boca antes que a sua atitude de equipe. O mesmo acontece com o Ciro.

      Ciro pertence hoje a um partido hesitante (considerando a época pós Brizola), com Lupi transitando entre vários discursos. No discurso más recente se colocou contra o impeachment, mas, a rigor, 5 deputados e 2 ou 3 senadores do PDT apoiaram o golpe. Como poder confiar no PDT de hoje? Como confiar o nosso futuro ao Ciro? Ciro é um bom sargento na linha de combate, mas um péssimo General.

      Existe, desde 2014, a estratégia de cravar uma cunha nova entre o centro e a esquerda, tentando substituir o PT naquela posição. O PSB, chamados por mim de tucanos do Nordeste (mais parecem com o cacará), tentou com a “nova política” de Eduardo Campos e Marina, sobrando esta como “salvadora da pátria”. Ciro aparece agora, tentando colocar o PDT naquela posição do espectro, mas com um aspecto de Marina Silva, de gravata e combativo, mas ainda ele, apenas o Ciro Gomes.

      Primeiro o partido, a aglutinação dos partidos e movimentos de esquerda, depois o melhor representante destes. Esse é o meu candidato. Não devemos colocar a carreta diante dos bois. Quem procura pessoas age também assim, de forma pessoal. Quem procura partidos e movimentos manifesta a sua pluralidade e espirito de equipe.

    2. é bem por aí mesmo.

      Que o Nassif tem um desconforto antigo com o Ciro é sabido desde os tempos do IG.

      O que não da pra entender é por que raios já está dinamitando a campanha. Autoritário? Populista? Será que vai implantar uma ditadura sindicalista?

      1. Populismo não é uma

        Populismo não é uma designação depreciativa. E autoritário aponta uma candidatura que busca o confronto, em vez da conciliação. Se tiver designação melhor, apresente.

        1. Nos dias atuais, “populismo”

          Nos dias atuais, “populismo” ou “populista” é vendido como um termo pejorativo e depreciativo, graças à mídia familiar brasileira.

          1. Mídia familiar, não. Sempre,

            Mídia familiar, não. Sempre, sempre, sempre, a esquerda deu conotação pejorativa aos termos “populista” e “demagógico”. Ou seja, a esquerda (seria apenas a intelectualizada?) sempre teve um profundo preconceito contra aqueles que falam diretamente às massas. Talvez essa concepção tenha mudado depois das ascenção do Lula, para não cair em contradição.

        2. Como ja disseram, pode até
          Como ja disseram, pode até não ser depreciativo, mas tornou-se a partir da conotação que nossa mídia e a esquerda intelectualizada deram pro termo.

          Vc diz que é um tipo que busca o confronto e não a conciliação. Será? Como já disseram, o suposto “populista maior” Getúlio era um conciliador. O mesmo vale pro Brizola (confronto só com a Globo). Isso pra não falar do Lula, que em campanha era dinamite pura e no governo foi uma mãezona.

          Acho que Ciro tem defeitos, mas é a melhor aposta pra agora (supondo Lula imobilizado pelo judiciario). Prefiro enxergar o copo meio cheio, por isso me incomode com a crítica (nem tão crítica assim) ao Ciro.

          Abs

      2. As duas faces da moeda

        Getulio Vargas, que era um conciliador, foi tratado de populista por todo o seu longo governo. E no entanto, queiram ou não, seu legado é enorme….

    3. Oscilações marinistas.

      O que eu vejo é que o Ciro anda oscilando mas do que rabo de biruta de aeroporto. Inclusive com algumas críticas cínicas, hipócritas e infundadas a lideranças respeitáveis, muito maiores do que ele jamais será. Não se pode esquecer que o Ciro é das castas dos coroneis nordestinos e tem, por conseguinte, no DNA, alguns genes idênticos aos Jereissati e outros que vieram da mesma cepa.

    4. Formação de quadros

      Olá!

       

      Que tragédia, ao longodestes anos todos,a esquerda e principalmente o Partido dos Trabalhadores, não montaram um escola de quadros (políticos).Depender de um marqueteiro para ganhar uma eleição , a meu modo de ver, é uma tragédia. Você pode “vender um produto”por um tempo, por um período, um ano,mas, não poderá vendê-lo eternamente.

      Assim,a esquerda está orfã de novaslideranças.

      Acredito que novos lideres se formam na luta. E o momento é um verdadeiro canteiro de sementes para desabrochar novaslideranças, desimpregnadas do “cargopolítico”, “do cartãozinho de assessor de quase nada”,etc,tc,

      Espero que o tempo demontre estas verdades.

      Ousar Lutar….Ousar vencer

      Não Temer. Lutar e avançar

       

      Marco Meyer-ex-membro da Polop, do Colina, preso, torturado, banido, exilado 8 anos na Súecia. 60 anos lutando para transformar este país. Hoje editor e comercinate delivros.

      1. Prezado Marco

        Prezado Marco Meyer,

        Primeiramente (não, não é fora temer, pois esse é primeiramente, secundamente, terceir…..eternamente), enorme respeito pelo seu currículo passado e do mesmo tamanho o desejo de que em sua atual atividade tenha sucesso. Concordo que marqueteiro não ganha eleição mas quando a guerra eleitoral é totalmente desigual, a senzala tentando entrar na casa grande, ele é fundamental para não perder eleição. O PT chegou ao Governo devido sua história, sua militância, seu programa, seus candidatos, e também seu marqueteiro, sem o qual talvez as outras causas não tivessem conseguido o devido reconhecimento. Claro que o PT errou, só que isso não configura tragédia, apenas aprendizado. Principalmente Dilma errou muito mas creio que aprendeu outro tanto. Ela é teimosa mas não obtusa. Talvez, sei que por ora é só desejo e esperança, ela ainda venha e se mostrar como uma lideraça criada na luta. Costumo dizer, plagiando, que o PT é o pior partido do Brasil, fora os outros. E isso vale para o que fez em políticas publicas e até em renovação de quadros, é só comparar. Grande abraço.

    5. Ciro Gomes NAO É de esquerda

      Ainda me lembro dele (nao na última eleiçao, mas na anterior) dizendo que, se Aécio fosse o candidato do PSDB, ele nao precisaria concorrer pois os dois tinham projetos parecidos. Parecido com Aécio, nas próprias palavras dele, Ciro… Nao quero isso de jeito nenhum.

  10. Os conceitos apresentados por Nassif
    Os conceitos apresentados por Nassif, como sementes para germinar o novo, se encontram em estado latente na base da pirâmide sócio-econômica.

    É da base das sociedades que saíram todas as revoluções e os grandes avanços da humanidade.

    A Guerra de Secessão, a Revolução Francesa, e outras, ocorreram em situação de extrema usurpação dos direitos da classe menos favorecida, que transborda e atinge a classe média.

    O mesmo ocorreu, de certa forma, com as transformações provocadas pelos distúrbios das décadas de 60/70.

    É a tal da corda que de tanto retesada irá romper, ou por pactos, ou por fórceps.

    Os dois primeiros eventos citados para fins de ilustração trouxeram avanços retirados à força de parte da sociedade, no terceiro, soube o “sistema” afrouxar a corda e devolver os direitos usurpados, dos negros , mulheres, pobres, e fazer refluir a violência expressada na guerra da Vietnam.

    Os estudos do saudoso pensador Milton Santos apontam, com riqueza de detalhes, de onde e como surgirá essa nova transformação da sociedade, diz ele:

    “Quem pensa o novo são os homens do povo e seus filósofos, que são os músicos, cantores, poetas, os grandes artistas e alguns intelectuais.

    Estamos convencidos de que a mudança histórica em perspectiva provirá de um movimento de baixo para cima, tendo como atores principais os países subdesenvolvidos e não os países ricos; os deserdados e os pobres e não os opulentos e outras classes obesas; que o indivíduo liberado partícipe das novas massas e não o homem acorrentado; o pensamento livre e não o discurso único.”

    “Os pobres não se entregam e descobrem a cada dia formas inéditas de trabalho e de luta; a semente do entendimento já está plantada e o passo seguinte é o seu florescimento em atitudes de inconformidade e, talvez, rebeldia.”

    http://assisprocura.blogspot.com.br/2012/07/milton-santos_09.html?m=1

    Como se pode notar, dos conflitos anotados acima e da situação atual, podemos resumir em uma palavra: concentração.

    O belo texto de Nassif aponta para a necessidade da desconcentração do poder e das demais relações, que passariam a ser exercidos de forma horizontal e fracionada, com introdução da base nas decisões dos destinos do país.

    Como desconcentração, o livro ” O Capital no século XXI”, de Thomas Piketty aponta os caminhos para a economia alavancar.

    A própria insatisfação da população expressada nos movimentos de rua, no aumento da solidão e depressão, a violência, toda ela, demonstram que as pessoas não se sentem representadas, com a sensação de não pertencimento, de estarem dentro de um vazio.

    Um novo surgirá daí, dessa insatisfação provacada pela usurpação da classe pobre, agora refluída para a classe média, pelo excesso de concentração.

    O bolo cresceu e não repartiram.

    O sistema irá ceder, e repartí-lo, ou povo resgatará seus direitos à fórceps?

    1. Que assim seja, Assis

      Espero, mesmo, que a usurpação do hoje fecunde o desejo do novo no coração das massas. Nunca seremos grandes “falando de lado e olhando pro chão”.

      No curto prazo, porém, a “coisa aqui tá preta”, re-citando o poeta. Depois da vergonha do Golpe de Estado e deposição do governo legítimo de Dilma, sem direito à defesa, os paulistanos espantam o país ao escolher Celso Russomano para governar sua cidade. Ou seja, escolheram um bandido, corrupto, demagogo e safado e que, provavelmente, nem poderá disputar a eleição.

      Não aprenderam nada. Nada.

  11. Novas vias

    Ciro Gomes tem muitas virtudes, mas também não deixa de ser demagogo, infelizmente. Sempre li reticente os elogios que muitos comentaristas fazem a Ciro. Acho esses elogios ingênuos, em vista da carreira que Ciro tem batido no cenario politico e seu vai-e-vem retorico.

    Tenho acompanhado na Europa as eleições para a prefeitura de Roma e na Espanha o Podemos na atual corrida eleitoral. Em Roma foi eleita no domingo ultimo, a candidata anti-corrupção, do Movimento Cinco Estrelas. Virginia Raggi sera a primeira mulher prefeita de Roma, com um programa anti-establishement, denunciando mafia, politicos, velhas praticas etc.

    Na Espanha, o Podemos uniu-se com a Izquierda Unida e esta à frente na disputa legislativa do tradicional Partido Socialista espanhol. Personagens como o jovem Pablo Iglesias, do Podemos, esta hoje na primeira fila do cenario politico espanhol por propor uma outra via politica possivel. Sera posta em pratica? Na Grécia é grande a decepção com o Syriza e sua submissão à União Europeia.

    Acompanho assim esses movimentos através do noticiario da imprensa francesa, que não mesura suas palavras em trata-los de populistas. Por que a imprensa  tem tanta difificuldade em lidar com o que representa ou pretende representar o povo? Os partidos tradicionais, sejam à direita, centro ou esquerda, também o fazerm, mas não são taxados, jamais pela imprensa, de populistas-demagogos. Porém, desde que surja um partido ou personagem fora dos padrões estabelecidos, logo é taxado de populista, demagogo, subentendendo perigoso para o statu quo.

    O cenario politico brasileiro esta arruinado. Não ha outra palavra que defina melhor esse momento. Acho que assim como na Italia ou na Espanha, apos a bancarrota desses paises tanto econômica quanto moral, no Brasil também devera surgir movimentos que levem à criação de novos partidos e novos personagens na cena politica. Nem Ciro nem Lula e muito menos Marina representam isso hoje em dia.

    1. alto lá.

      Após duas décanas de Berlusconismo, a Itália tem um governo progressista. Esse papo de bancarrota moral do sistema político italiano é falado há mais de 20 anos. Em benefício de quem mesmo?

      O que aconteceu em Roma foi a eleição de uma versão moderna do Jânio Quadros. Paciência. O grande embate será a reforma constitucional de Renzi, que será votada no segundo semestre. 

       

      ps: Comparar o Movimento 5 estrelas com o Podemos é como comparar a Marina Silva com o PSOL. 

       

      1. Calma la

        Estou falando exatamente do fim do Berlusconismo e o inicio de movimentos em direção tanto da extrema esquerda quanto da extrema direita, os quais são tratados – com razão ou não – de populistas.

        Quanto à prefeita eleita de Roma. Tenho muita reticência em relação às suas promessas. Se é um Jânio Quadros, veremos. O que noto é que esses candidatos são, à priori, desde sempre tratados como algo perigoso para o que ja foi estabelicido.

        Renzi mostrou-se também mais um demagogo-populista… Mas não acompanho de perto seu governo.

        Não comparei Movimento cinco estrelas com Podemos ou Syriza. Cito movimentos que surgiram apos a quebradeira pela qual a Europa passou. Alias, poderia falar também da ultra-direita no Reino Unido, com a possivel vitoria da proposta de “Brexit” – saida da União Europeia -, no referedum de amanhã.

  12. O povo é surpreendente. Tem

    O povo é surpreendente. Tem de tudo, inclusive picaretas e os que se recusam a aprender e a melhorar de vida, mas a maioria do povão com quem tenho contato fala “A gente percebe…”, “A gente logo vê quem se preocupa com o povo e quem não está nem aí”. A Globo que se cuide.

  13. xcelente texto em alguns pontos, já em outros, mistificação

    Na parte excelente, a constatação da implosão do sistema político e a abertura à possibilidade de um maior protagonismo da sociedade civil. Democracia não se exerce apenas de 4 em 4 anos e somente chegamos ao ponto em que estamos pela sociedade civil nunca ter se articulado em face aos abusos do poder público no Brasil. A constatação de quanto continuamos subdesenvolvidos também é benéfica: o PT no poder julgava que o país não precisava de absolutamente nenhuma reforma, mas agora parece ser claro para todos o quanto ainda é preciso ser feito, para além de apenas programas sociais. Feito o elogio, vamos à mistificação. O Nassif diz que a mídia fez o Brasil se reduzir ao nível de Venezuela e Argentina. Não né…. chegamos ao mesmo nível de Venezuela e Argentina por conta de dois fatores: 1) populismo econômico irresponsável e de curto prazo, 2) polarização política baseada em uma esquerda que se julga monopolizadora das boas intenções e das melhores práticas. Simplesmente não existiria espaço para a direita na América Latina se não fosse a insistência nessas duas bobagens arrogantes. No mais, sobre a direita ser internacionalista e a esquerda ser nacionalista…. bons tempos em que isso se dava ao contrário!!! Quando a esquerda era internacionalista e a direita nacionalista… Aí já se vê como os conceitos de direita e esquerda são móveis até o limite da incoerência… No que isso diz respeito ao nosso quintal, o Brasil tem participação percentual ridícula no comércio internacional dado o tamanho do seu PIB. O isolacionismo que nossa esquerda costuma pregar por aqui é uma das chaves para o nosso atraso. Ao invés de tentar nos integrar às redes produtivas mundiais, nos esforçamos em sentido contrário. Não tem como dar certo.

    1. mistificação da midia

      Não esqueça amigo, que a história nos ensina que o ruim sempre pode ficar pior. Se hoje temos semelhanças com Argentina e Venezuela, podes crer, são apenas semelhanças, tanto lá quanto cá a coisa pode piorar e piorar, a ponto de termos uma mídia pedindo a pena da morte para um desafeto político!

  14. populismo autoritário
    Não entendi a pecha limpa e seca de populista autoritário para Ciro Gomes. Não vi essa caracteristica na carreira política dele. Achei meio gratuito. Sim, o cenário está tão pobre que Ciro poderia ser uma alternativa demicrática na ausência de Lula.

  15. Sugestão

    Nassif,
    O Fernando Britto outro dia comentou em um de seus posts sobre o voto de lista como opção de reforma politica.
    Um repórter experiente como ele ignora que, na prática, o voto atual é como um voto de lista, pois é proporcional e direto – escolhemos o partido e, na lista indicada pelo mesmo, aquele candidato de nossa preferência.

    Esse é o ponto essencial. Interesses particulares logram se infiltrar no condução das questões públicas, e portanto na execução plena da democracia, apenas em uma cultura despoliticizada (aqui como no resto do mundo). E a principal instituição do campo político é o partido.

    O efeito dos últimos acontecimentos vai justamente no sentido de minar o partido enquanto instituição legítima da atuação política. Sem uma identidade partidária forte, mantém-se o uso distorcido pelos pseudo-partidos autuais do mecanismo do voto, e garante-se a alienação e distanciamento do campo político por parte dos eleitores.

    Não é uma questão da direita atacando a esquerda (uma visão simplista e ingenua). O que está em jogo é a continuidade da fragmentação político do ponto de vista institucional.

    Até o Britto se equivoca quanto ao voto, ponto tão elementar do sistema político. Por cair nesse erro, ele sem querer corrobora aqueles que adoram reproduzir a máxima de que o país tem os dirigentes que merece. 

    Mas isso, Nassif, a forma objetiva e prática de votar, poderia ser alterada se as pessoas fossem informadas e conscientizadas a respeito. Você não acha?

    (ou seja, os blogs sujos, junto a outros atores, não deveriam se unir em uma campanha com esse objetivo?)
     

  16. Belo texto, merecendo como

    Belo texto, merecendo como única ressalva a pecha de populista-autoritário para o Ciro Gomes. Tenho visto alguns vídeos dele no Youtube e me impressionam pela franqueza com que aborda a podridão das instituições brasileiras,  mormente do governo interino.

    Não vejo qualquer traço de autoritarismo no Ciro, mas tão somente um pouco de falta de jogo de cintura, na medida certa, pois a transigência moral do Lula e do FHC é que nos levou a esta lógica de impasse que vigora na política atual.

    Está na hora de colocar alguém que entenda da máquina que vai pilotar, mas também não a deixe à deriva como fez Dilma, mal aconselhada por Mercadante.

    1. Os conselhos de Mercadante e

      Os conselhos de Mercadante e Cardoso, e a confiança em tais por parte de Dilma, foram fatais para Dilma e para o país.

  17. Geralmente, procuro em

    Geralmente, procuro em analistas estrangeiros uma radiografia verossímel da situação do Brasil, eles são implacáveis e como não tem rabo preso mostram as vísceras de um país atrasado politicamente com uma das plutocracias mais predadoras do planeta.

    A visão ora exposta é uma das melhores que vi na mídia nacional, é um retrato fidedigno da conjuntura e dos atores medíocres em seus papeis coronelescos tradicionais tão presentes na cultura política autoritária de uma republiqueta de bananas como o Brasil.

    O país, hoje, está atrás de simulacros de democracia como Paraguai, chamar o Brasil de terceiro mundo pode até ser recebido como elogio mas temo que estamos no mesmo patamar de Burkina Faso com a diferença que avançamos para golpes de estado sem armas.  

  18. Nassif,um belo termômetro dos
    Nassif,um belo termômetro dos NOVOS TEMPOS será já nestas eleições e
    veremos o nível de percepção do povo deste jogo, sobre as circunstancias
    atuais acredito q virariamos o jogo somente com ajuda EXTERNA,pq aqui dentro
    com essas nossas instituições já está perdido,vcs repararam q os golpistas só
    se conteram mais pelo constrangimento da repercussão do golpe lá fora então
    concluo q será só pelo CONSTRANGIMENTO e vergonha que se resolverá tudo,
    exemplo prático disso é comparar situações brasileiras com situações e soluções
    ESTRANGEIRAS,somente assim o povo teria a noção do certo pq aqui todos são
    acostumados com o errado ou distorcido. No jornal Metro Sp tinha um índice de
    preços mundiais e os preços no Brasil quase sempre eram mais caros,isso gerou
    constrangimento e o Metro até parou de divulgar isto,o caminho é este.(fim!)

  19. Apesar de toda a deseperança

    Apesar de toda a deseperança ainda temos feliz/infelizmente: Lula, se a lavajato não alcançá-lo será o grande nome das próximas eleições

    Ai vão alguns links pra tentarmos entender o país que é hoje o Brasil:

     

    http://www.esquerdadiario.com.br/Wikileaks-EUA-criou-curso-para-treinar-Moro-e-juristas

    http://www.gazetadopovo.com.br/vida-publica/camara-derruba-decreto-de-conselhos-populares-e-impoe-1-derrota-a-dilma-apos-reeleicao-efikhkxctowxjb678suia361a

    http://educacao.uol.com.br/noticias/2013/09/09/dilma-sanciona-lei-que-destina-royalties-para-educacao-e-saude.htm 

    http://www.viomundo.com.br/denuncias/irmaos-koch-partido-mais-secreto-do-mundo-torra-r-25-bilhoes-para-ganhar-eleicoes-combater-governos-e-espalhar-as-ideias-de-hayek-e-mises.html

    https://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/wikileaks-as-conversas-de-serra-com-a-chevron-sobre-o-pre-sal

    http://www.jb.com.br/informe-jb/noticias/2011/10/27/wikileaks-william-waack-da-globo-e-citado-tres-vezes-como-informante-dos-eua/

    http://cinegnose.blogspot.com.br/2014/10/sociedade-de-consumo-e-o-ovo-da.html

    http://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2015/10/19/bancada-evangelica-cresce-e-mistura-politica-e-religiao-no-congresso.htm

    http://congressoemfoco.uol.com.br/noticias/gilmar-mendes-e-joaquim-barbosa-batem-boca-no-stf/

    http://www.naosalvo.com.br/as-melhores-imagens-das-manifestacoes-de-13_03/

    http://www.brasil247.com/pt/247/brasilia247/239013/Grupo-fascista-invade-UnB-com-bombas-e-gritos-preconceituosos.htm

    http://www.pragmatismopolitico.com.br/2014/08/nove-mestres-da-usp-e-william-bonner.html

    http://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2015/03/28/brasil-precisa-de-educacao-politica-disse-janine-dias-antes-de-nomeacao.htm

     

    BOA SORTE…

     

  20. Outra coisa: essa esquerda

    Outra coisa: essa esquerda sobrevivente da Ditadura da Sensibilidade Social – Ditadura Ufanista – há muito tempo dizia sobre os equívocos do caminho tomado.

    A propósito, no período ufanista onde tudo era flores, calor e praia e a cigarrinha cantarolava ardente, o termo “Sensibilidade” virou critério e régua para tudo.

    E ao lado desta BOLSA FAMÍLIA virou panacéia.

    Voltando ao assunto: Quem é que ouvia naquele momento, seis, sete anos atrás, os gritos do desespero?

    Ninguém. Quem tinha voz contrário era troll.

    Lembram disso?

    Porque hoje não existe mais essa figura do troll como se via antes?

    Porquue foi uma espécie de escudo ufanista para bloqueio do contrário.

    O brasileiro não tem condições e não sabe fazer crítica. Não gosta dela.

    E também não gosta de responsabilizar “amigos”. Todo mundo aqui é…amigo.

    Lula? O cara não é um chefe de Estado com imensas responsabilidades… Ele é um amigo.

    .

    Portanto, vai me desculpar, agora que a vaca foi para o brejo essa não é uma conversa honesta.

    Essa conversa da esquerda renascendo das catacumbas do inferno.

  21. Entre um populista

    Entre um populista autoritário e um populista “conciliador” (eufemismo para covardia ou inépcia ou as duas coisas juntas, como foi o Luis Inácio, um político tão super valorizado quanto estes craques do futebol que aparecem todo dia no Brasileiro), vou ser obrigado a votar no primeiro. 

    No segundo, jamais novamente. Deu o que tinha que dar. Bananeira miúda que deu um e pronto.

    1. Mas que obsessão!

      Esse sujeito é obcecado por atacar o Lula! Dizer que Lula é “supervalorizado” é brincadeira! Quando foi que alguém tirou tanta gente da pobreza antes? Quando alguém abriu tantas universidades e escolas técnicas? Quando alguém deu aos pobres a oportunidade de cursar uma universidade ou ter sua casa própria? Quando alguém se preocupou com os mortos de fome antes?

      Supervalorizado é o Serra, que nem continha de escola sabe fazer. Supervalorizado é o Aécio, que não consegue superar a pecha autoinflingida de ser o menino do Rio. SUpervalorizado é o FHC, festejado como “Príncipe dos Sociólogos” e que não consegue dizer uma frase que não seja uma platitude, uma mentira ou uma obviedade…

       

      1. Não é obsessão, é um profundo
        Não é obsessão, é um profundo lamento ao ver que havia uma janela de oportunidades e ele a fechou.

        Levará anos até chance igual, o tempo de recuperação de uma esquerda que o PT e o super valorizado conduziram para a lama.

        .
        Retirou milhões da miséria? É a falácia do século. Se até hoje não viu, sinto muito, continuará sem a parceber.

        Em vários países do mundo houve ao longo da história ene elevaçoes de massas.

        Até um leigo como eu seria capaz de citar pelo menos 5 ótimos argumentos.

        Aqui a ignorância atribui o fenômeno a um indivíduo.

        Na Bolívia, China, Russia… Enfim, todos que incluíram MATERIALMENTE muitos devem atribuir o mérito a seus respectivos.

        Ou não…
        .

        Escolas tecnicas e universidades? Otimo. E vão trabalhar de quê agora?

        De balconista de padaria?

        .

        Companheiro, o que gastou com escolas é a décima parte do que gastou com juros..

        Hahaha.

        Hora de acordar, filhao, a roda continua diabolica.

        1. Não sou eu quem precisa acordar

          Você é quem precisa de tratamento. Já existem vários avanços da psicologia e da psiquiatria no tratamento da obsessão. Até em centro espírita você vai achar ajuda, se procurar…

          1. Não vou acordar…Vou

            Não vou acordar…Vou dormir.

            Para sonhar que em 2010 vivíamos no país das mil e uma maravilhas.

            Porque a realidade de mocinhos e bandidos é muito insossa pra mim.

            Mediocres viram heróis sem culpa de nada e vilões são sempre os culpados de tudo.

          2. Alan, Lula nunca promoveu nenhuma reforma

            FHC e até Collor fizeram mais pela modernização institucional do país do que ele. Apenas programas sociais não bastam. Isso fica claro agora que você vê o estado geral das coisas no país. No começo do segundo mandato ele foi o presidente com mais oportunidades até hoje de ter alavancado as reformas. Não quis. Nunca quis. O governo do PT resultou sendo extremamente reacionário. Infelizmente, Lula pensou apenas nas próximas eleições sem nenhuma visão de longo prazo. E isso só para você ter noção: o médio prazo chegou e o país já atolou novamente.

    2. A solução é confrontação?

      Oh Chico!

      Partindo da premissa de que a política pode ser definida, em rápidas palavras, como a arte de consciliação de interesses divergentes, o que vc propõe é a negação da política como instrumento de construção dos pactos sociais? Se é essa a sua proposta, quais os meios e maneiras de construir e viabilizar uma proposta de confrontação? Seria aquela estória de “democracia direta”, onde não haveria partidos políticos e uma suposta energia surgiria espontaneamente de organização de coletivos “apolíticos, apartidários e horizontais” como aqueles que surgiram e sumiram nos movimentos chamados “Manadas de Junho” e depois fizeram a última performance sob o tema “Não vai ter Copa”?

      Sempre se ouve muita besteira em elaborações sobre a infelicidade de uma suposta linha “conciliadora” adotada em governos mais sensíveis às aspirações das camadas mais populares da sociedade e  talvez fosse salutar para os leitores a oportunidade de aprender com vc alguma diretriz de pensamento com alguma consistência, nessa direção das teorias da confrontação. Sem esquecer que, mesmo tentando de todas as formas consciliar e mitigar as difevgências e a intolerância existente entre os grupos extremistas mais radicais do espectro político, esses extremos se uniram com assombrosa fúria e coordenação e puseram abaixo um  projeto de país levando de roldão, em poucos meses, o que poderia ser considerado ainda instituições de suporte e equilíbrio dos poderes do Estado nesse pobre país.

      1. É a arte de conciliar somente
        É a arte de conciliar somente aqui onde tudo permanece como sempre foi para exibirmos uma desigualdade brutal de condições de vida.

        Brutal, cruel e pavorosa. Fatal, também, porque o que era ruim fica pior. O que era um problema simples torna-se complicadissimo.

        .

        Não é radicalizar. Nunca foi adotar ações extremas.

        Mas usar do excepcional capital político acumulado para IMPOR – paulatinamente – novas condições.

        O Lula não fez isso e o preço está aí.

        Minha “obsessão” com ele também é por esse motivo: aprenderem. Quando finalmente surgir nova oportunidade, façam.

        .

        Sua conclusão, logo, é falsa. O Golpe é consequência da omissao, e da tendência a manter privilégios que deterioram as condições de vida.

  22. Primeiramente, FORA, TEMER!

    Primeiramente, FORA, TEMER! Em segundo, aécio. Em terceira, uma lembrança de Cazuza: “Transformam um país inteiro num puteiro, pois assim se ganha mais dinheiro”. E, por fim, é duro acreditar que o Brasil vai deixar de ser este Paraguai com mania de grandeza sendo paulistano e vendo uma pesquisa que aponta, no momento, um demagogo do partido dos bispos com uma traídora oportunista do pmdb no segundo turno da eleição municipal. O povo é burro e a única maneira de diminuir esta burrice é aniquilando a mídia atual.

  23. Uma coisa, uma coisa, outra coisa, outra coisa…

    Se for para SEPARAR o joio do trigo é PRECISO ESTABELECER CRITÉRIOS…

    Se formos pela estrutura partidária, os médios e grandes partidos – OLHANDO COM RIGOR QUASE NENHUM SE SALVA!

    Os pequenos caem  na tentação das siglas de aluguel…

    Agora separando políticos POUCOS SE SALVAM!

    Os que se salvam não têm força politica dentro da população, e os aécios da vida serão um DANO DE BILHÕES PARA O BRASIL AO CUSTO DE ANOS DE ATRASO!

    O STE vai julgar a chapa PT / PMDB e É CERTO QUE O PT SEJA IMPUGNADO, mas a MAIORIA DOS POLÍTICOS QUE ESTÃO NO GOVERNO DO PMDB NÃO SE SALVAM!

    É preciso que não seja olhando apenas com os olhos da LEI!

    Por que na lei serão julgados partidos e a preferências de grupos midiáticos que se impõem em julgamentos deste porte!

    Por que na condenação colocaremos como iguais Dilma e Cunha – o que é absurdo!

    Se alguma coisa FOI CONSTRUÍDA E DEU CERTO NESTE PAÍS, é por que houve SERIEDADE COM A COISA PÚBLICA DE ALGUNS GOVERNANTES!

    Se 40 milhões de pessoas deixaram de passar fome, outros tantos que comprarm casa com prestações de R$ 25,00, é por que alguem se preocupou com elas – O BRASIL NÃO É SÓ A ELITE E O STF!

    Olhando agora o mar de lama que é estrutura de poder no Brasil passando por Executivo, Legislativo e Judiciário DÁ PARA ENTENDER MELHOR A DILMA –  A FALTA DE INTERLOCUÇÃO, DE IGUAIS EM VALOR NO TRATO DA COISA PÚBLICA ERA ABSURDA!

    Ele devia ver um bando de ministros incompetentes, um vice alienado, um STF fisiologista e um bando de ladrões NO LEGISLATIVO…

    Por isso ela dizia, SÃO MUITAS AS TRAIÇÕES…

    E a mídia batia todo dia e cunha ficava livre dando as cartas…

    Dá para endoidar…

    Então se quisermos salvar o que está ai, seria reconduzir a DILMA e que ela fizesse as reformas, por que fora dai NADA SE SALVARÁ!

  24. Bom, faz tempo que muitos de

    Bom, faz tempo que muitos de nós comentaristas, aqui no blog, falamos da pequenez de nosso sistema político-governamental frente ao desafio atual: Cheios de boas ou más intenções, não sobra ninguém. O fato é que o novo já se apresenta a algum tempo; agora o velho tenta a todo custo manter-se. Desse choque vai nascer outro país, não sem antes derramar-se muito sangue, suor e lágrimas.

    Assim caminhamos…

    1. O novo é novo?
      Hahahaha..
      O
      O novo é novo?

      Hahahaha..

      O novo é feito de Gabriels FILHOS de Virgilios..

      De Aecios NETOS de Tancredos..

      De Patrus FILHOS de Patrus.

      Entenda a estrutura e seus processos, companheiro.

        1. Sim, e seu filho não é o

          Sim, e seu filho não é o verdadeiro Patrus. E disso que se trata aqui.

          Há uma transferência intergeracional de poder BASTANTE evidente.

          O que significa?

          Ausência de criatividade, de mudanças na forma e no conteúdo.

          Ou, simplesmente os mesmos modos de fazer que os anteriores.

          A velha e boa inércia da estrutura.

          Mas a esquerdinha miúda festiva não vê isso também, não é?

          Acham que processos de formação de lideranças ocorrem por geração espontânea.

          Rssss…

  25. Crônica inteligente e apropriada

    A crônica de hoje é mais do que adequada ao momento de crise político-econômico-institucional que o Brasil atravessa. O retrato traçado par o PIG, para a burocracia estatal (PF, MP e PJ), para a elite plutocrata e para a classe média concurseira ecom aspirações a fazer parte da oligarquia plutocrata que dirige o País é fiel à realidade que observamos diàriamente. E sobre as velhas oligarquias corruptas que compõem a ‘realpolitik,’ a crônica também as descreve com perfeição.

  26. Ciro está com um pé na Presidência, seja 2016 ou 2018

    Assumiu a candidatura no dia seguinte ao segundo turno de 2014, certa e obviamente porque enxergou o iceberg na rota do Titanic. De lá para cá, está correndo o Brasil de ponta a ponta, principalmente dentro das universidades, dando palestras e entrevistas, ocupando todos os espaços gerados pelo vácuo político. Dê-lhe apenas 30 segundos, e ele fará um discurso de 800 palavras onde se sobressairão expressões que NUNCA ninguém ouviu e jamais ouvirá da boca da Direita: combate a desigualdade, justiça social, inclusão, para ficar em apenas três. Nassif está correto em sua reticência: “Ciro diz o certo; fará o certo?”. É uma dúvida pertinente, um contraponto à verborragia, à incontinência verbal fácil do candidato. 

    Dia 14 de junho, Ciro Gomes proferiu palestra/debate na FESPSP-Escola de Sociologia e Política. Meu filho foi, preferi ver pela internet, apesar de morar a 3 quadras. Meu filho, 31 anos, que já gostava do Ciro e em quem irá votar, voltou impressionado, porém fez uma observação: “Ciro é muito bom, impressiona muito, porém ele tem muito pouca tolerância com o contraditório”. 

    Venho acompanhando todas as palestras do ciro pela internet, PUC, Teatro Oficina, etc. Notei uma diferença em relação à palestra na FESPSP, ele suavizou as críticas ao PT, foi até light, porque sabe que se quiser se tornar viável, precisará do terço de votos que o PT tem históricamente. Independentemente disso tudo, pelo certo que o Ciro diz, meu voto é dele, seja em 2016 ou 2018. Lula em 2016 ou 2018 é uma ficção.  

     

    1. Ideias e não pessoas

      Importante observar o comportamento do Partido onde, desta vez, o Ciro aparece: o PDT. Já não é mais como o Brizola gostava, mas é hesitante e pouco confiável, considerando que 5 deputados do PDT e outros 2 ou 3 senadores votaram pelo impeachment, ou seja, pelo golpe. Que esperar então?

      Num quadro como este, num país de 200 milhões, temos então a sua declaração pessoal de voto por uma pessoa determinada, do tipo: eu gosto de fulano, mas sem considerar o sentido comunitário e social que envolve a figura de um presidente, em representação de um partido ou movimento majoritário. O seu voto não estabelece uma relação pessoal com o candidato, mas deveria mostrar o seu desejo de nação com base em projeto oferecido por determinado partido.

      Brasil irá evoluir muito na construção da democracia ao valorizar mais os partidos e correntes e menos a pessoas que falam bonito, eventualmente. Ciro não cabe nem convive sequer dentro de um partido, discutindo ideias dentro desse partido, muito menos no Brasil. Ciro é uma nova Marina, onde o Jereissati é a sua “Neca” Setúbal, e o seu guru é o Mangabeira Unger, apenas isso. O PDT é apenas o avatar desta sua nova tentativa presidencial.

  27. Após as badernas o golpee

    Enquanto a economia do primeiro mundo continuava muito ruim, o Brasil de Dilma/PT em junho de 2013 exibia progresso e muita confiança, com emprego e euforia, o povão vivendo bem, com bom poder de consumo, restaurantes lotados nos fins de semana,  classes “B” e “C” comprando carros e imóveis, fazendo turismos por toda parte, até na Europa. 

     Em semelhante ambiente de confiança e prosperidade, seria muito complicado depor o governo Dilma/PT do Poder. Então, a turma de preto (provavelmente com a CIA), partem para escancaradas sabotagens dessa exuberante economia de até junho de 2013, com as gigantescas badernas por todo o Brasil, jamais vistas em tamanha intensidade e violências, com muitos assaltos, depredações de lojas, de bancos, de concessionárias de veículos, com incontáveis incêndios de ônibus e de viaturas, truculentas manifestações interrompendo o tráfico de veículos nas avenidas e rodovias, e outros mais diversificados vandalismos. Causando inclusive a morte de um jornalista no auge da baderna. Nem lixeiras públicas escapavam do vandalismo.

    Toda essa sabotagem na forma de gigantesca baderna, sempre contando com grande entusiástico apoio de seus filiados (turma de preto) e da grande mídia “livre” em incessantes alarmantes manchetes tentando envolver o governo Dilma/PT, apregoando o caos, violências, roubalheiras, assaltos e tudo o mais de ruim – com verdades, mentiras e distorções – em decisivo clima de muita insegurança, receios e incertezas, empurrando a formidável economia Dilma/PT para o caos que hoje.

    De provisória posse do Poder, os golpistas estão agora percebendo que a destruição que causaram na economia do Brasil foi grande demais, alimentada com novos escândalos e revelações de roubalheiras dos próprios golpistas. Nesse clima de total insegurança, vão surgindo sinalizações de privatizações e exclusões de direitos e benefícios. Por todos os lados, vai se firmando a crescentes fragilidade da economia pela proliferação dos anúncios “Aluga-se” e “Vende-se” fixados nos prédios e lojas, começando a sinalizar o caótico governo FHC/PSDB.

    Integrantes do interino Temer/PMDB continuam sendo desmascarados com provas e ou forte suspeitas de roubalheiras. O ameaçador clima de grandes privatizações (entreguismo) promete a desgraça do desemprego e desespero dos trabalhadores e das empresas vistos do governo FHC/PSDB, com massas de desempregados e de falidos junto com o sucateamento das indústrias e das empresas por todo o Brasil.

    Perdidos e sem rumos, de pronto e imediato, interromperam as paralisações, greves, badernas e boatos – passaram a falar de amenidades. Colocaram moderação até nas manchetes alarmistas da grande mídia “livre”. Logo, acabarão com a Lava Jato. Tudo, esperado.

    Parece que os golpistas acreditam que poderão reerguer a economia aos níveis de Dilma/PT de até junho de 2013, pondo fim na divulgação do caos que eles mesmos causaram. Demolir é fácil.  

    A gigantesca desmoralização mundial imposta à democracia do Brasil só poderá ser redimida com a imediata volta de Dilma/PT à presidência da República. Após então, amplas negociações com toda a sociedade.  Fora disso, é ir andando na direção do caos.                  

  28. Xadrez do novo tempo do jogo

    Nassif,

     

    Você se esqueceu de comentar sobre a mídia. Neste caso, o meu pensamento, é que ela não deveria ser contratada nem pela situação e nem pela oposição. Isto lhe permitiria quase que total isenção.

  29. Tinha estranhado esse termo

    Tinha estranhado esse termo para se referir ao Ciro Gomes. Entendi o ponto do Nassif, mas chamar o estilo agressivo do Ciro de autoritário é pesar na mão um pouco demais. Para ser autoritário o sujeito precisa de outras “qualidades” além dessa

  30. Ciro não vai aglutinar a esquerda …

    Ciro é um candidato instavel, um Collor. Valentões não aglutinam ninguem. Não são confiáveis. Só quem pode dar credibilidade a Ciro é o apoio de Lula. E isso ele não terá pois Lula não confia nele. Em campanha Ciro poupa Dilma,mas  ataca Lula como se não hoouvesse amanhã. Os nanicos PSOL e similares não querem nem ver a cara dele. Então Ciro não é viável. Não representa ninguem,  tal qual Collor.

    1. O Ciro afirma que Lula foi

      O Ciro afirma que Lula foi “complacente” com os corruptos, principalmente do PMDB, ao contrário de Dilma, que demitiu o Cunha de Furnas, p. ex.  Responsabiliza tb. o Lula por colocar a ala corrupta do PMDB na linha de sucessão, quando lançou a chapa Dilma-Temer. Portanto, acho que o PT devia se defender dessas acusações (mais graves que os ridiculos pedalihos, sítios e apartamentos) antes de acusar de “inviáveis” ou “não representativos” seus eventuais futuros adversários na centro-esquerda.

      1. Aliança com Pmdb foi igual ao dilema do prisioneiro.

        É fácil criticar agora, depois do jogo jogado. Mas alianças entre diferentes não se faz por gosto e sim por conjuntura. Descartar o pmdb era jogar no colo de Serra em 2010 ou de Aécio em 2014, além de complicar a governabilidade.

        É igual ao dilema do prisioneiro.

        Se PT e Pmdb se aliam os dois vencem um pouco e cedem um pouco.

        Se PT rompesse arriscaria vencer tudo sozinho ou perder tudo. Só que ainda que vencesse tudo não levaria tudo, pois teria de ceder nacos do governo para construir maioria no Congresso do mesmo jeito que se disputasse eleição aliado. Repetiria 2002 quando o PMDB foi vice de Serra, perdeu e depois entrou no governo Lula.

        Logo, aplicando a teoria dos jogos o melhor resultado era a aliança com o PMDB naquela conjuntura.

        Haveriam outros cenários possíveis? Sim, mas para dar certo a centro esquerda teria de conseguir a improvável proeza de fazer maioria sozinha no Congresso, coisa impossível sem reforma política, e ainda difícil em uma primeira eleição pós reforma. 

         

         

        1. Explica mas não justifica. A

          Explica mas não justifica. A melhor alternativa de alguém ganhar no “Dilema do Prisioneiro” é trair e não ser traído, que foi exatamente o que o PMDB fez.  Agora, acusar o Ciro Gomes pelos seus aliados de 2002, quando se sabe quem eram todos os aliados que o PT tinha até o meio dia daquele fatídico domingo de abril de 2016…

          1. A melhor alternativa

            A melhor alternativa INDIVIDUAL de alguém ganhar no “Dilema do Prisioneiro” é trair e não ser traído. A melhor alternativa coletiva (soma de menor perdas na matriz de resultados) é os dois não traírem.

            E não confunda cenário de eleições com golpe. Nas eleições “trair” o aliado gera retaliação imediata impedindo ganhos, porque o “traído” não fica aniquilado, ele se une ao adversário. Diferente do golpe.

            Outra coisa é quando o jogo é jogado em várias rodadas, caso mais próximo do ambiente político, quem trai na primeira rodada perde a confiança em todas as outras, e acaba traído mais vezes. Veja a situação de Aécio, Cunha e Jucá hoje. Traíram mas estão perdendo. E o caminho de Temer é o mesmo, provavelmente acabará delatado por quem ele não conseguir proteger. Quem confia ou é fiel a traidores?

    2. Ciro sequer se posiciona claramente à esquerda…

      Não vejo Ciro se posicionando claramente à esquerda e ao lado de movimentos populares em nenhum momento. Pelo contrário ele vocaliza segmentos críticos da elite semi-nacionalista que fazem críticas pontuais sobre juros altos, repete o discurso udenista anti-corrupção e parece ser favorável reformas econômicas liberais ao agrado de empresários, pois não as crítica.

      Ele vocaliza mais Benjamin Steinbruck, seu atual chefe na CSN, do que as demandas dos trabalhadores.

      No pseudo-moralismo, Ciro esquece convenientemente a quem se aliou no passado para estar onde está hoje, incluindo Paulinho, Sérgio Machado, Bornhausen, ACM, Sarney em 2002,  E ainda dispara fogo amigo contra líderes da esquerda para agradar ao PIG como plano B anti-lula.

      Ele ainda venera os meios de comunicação tradicionais e fica fora das lutas contra a Globo. Só vejo sua atividade política em programas de entrevista tradicionais, não participa das manifestações de rua anti-golpe, não é atuante nas redes sociais.

      É bom de discurso seletivo e inteligente, mas está usando a inteligência via oportunismo conservador, o que retira expectativas de vir a ser um líder capaz de fazer grandes transformações com Lula fez. A menos que mude muito para a esquerda, só seria alternativa tolerável diante de um candidato de direita pior.

  31. A “realidade” que se “realiza” para você

    Caros debatedores muito bom dia.

    Bom dia Nassif e equipe!

     

    Senhores, 

    Por aqui, aprende-se  muito com os textos do r. jornalista e  com os diversos comentários.

    Isso porque o  Nassif tem o dom de compreender, traduzir e escrever “as percepções, os  sentimentos e os enunciados de  muitos”. Com isso, acaba fomentando debates os quais julgo de extrema importância para nós brasileiros.

    Sei que estou “chovendo no molhado”, vez que bagagem histórica do Brasil é o que não falta ao r. jornalista.

    E quando uma  “bagagem”  alia-se e alinha-se com o  poder de síntese, pronto. Casal imbatível!

    Resta-nos tecer um comentário  na tentativa  inglória de agregar alguma coisa ao debate que já nasce rico.

    Então, lá vai!

     

    O que tenho tentado passar aqui, nos diversos comentários, enfim, o “meu sentimento”, com ressalvas,  é esse mesmo:

    Não se salva um, da presidente afastada(*) ao interino usurpador, de ex-presidentes da República a mandatários do Judiciário, dos velhos coronéis nordestinos aos supostamente intelectualizados a coronéis paulistanos de má catadura. 

    (*)Aqui uma ressalva que “salva”. Notemos bem como é curioso: Ela já está sendo “salva” pelo crimes de responsabilidade que não cometeu- aqueles que “atentam” contra a CR/88-   mesmo diante da “pré-condenação”, ao que tudo indica, irresponsável dos que se dizem “representantes do povo”.

    Estarima estes em busca de um “estado irresponsável” absolutista?

    Vale dizer que como o vocábulo “povo” é  ambíguo, entenda-o, nesse caso portanto, que “o povo” é  os que “financiaram” as campanhas de seus “representantes” no poder.

    Eis a cara de nossa “democracia” cujo poder emana do “povo”, isto é, do povo que financia campanha etc. 

    Afinal, os órgão (genitais?)  do poder soberano são “harmônicos e independentes”, dependendo, todavia, do poder que emana daquele “povo”. O “povo” seria então o “povo” que paga. Uma espécie de “povo” que vota “censitariamente” via “campanha publicitária. Em suma: não existe almoço grátis, nem para o “povo”… 

    A propósito, (a digressão)  eu já parei para ver o “julgamento” na TV Senado- com o rito sacramentado pela suprema corte hein! olha lá…não se trata de “golpe” por isso então. Sem tem “rito” então não é “golpe”.

    Em suma, eu diria que é uma espécie de  “julgamento” de mérito com falta de mérito ou com o mérito de nos fazer sorrir.

    Nesse sentido,  assemelha-se  com aquela famigerada anedota de surdo-mudo:

    Diz o cumpadre surdo-mudo para outro surdo-mudo:

    -Ei cumpadre, você vai pescar hoje? E o cumpadre responde:

    -Não, não, cumpadre, hoje eu vou pescar hoje.

    Então responde o outro:

    -Ah sim, desculpa cumpadre. Achei que você ia pescar hoje.

     

    É mais ou menos  assim mesmo. A diferença é que os surdos-mudos são muito mais espertos que o julgamento “de mérito” e perceberiam que ambos iriam pescar. Não cairiam nessa piada, portanto.

    Mas, no julgamento de “mérito” sem mérito  é  visível  senhores:

    Alguns juizes senadores-opositores políticos  – que já declaram suas sentenças antecipadas  de mérito – indagam as testemunhas da ré.

    Em seguida,  estes têm 3 minutos para proferirem  a mesma resposta de várias formas preservando o conteúdo(não há crime) e a  prova que não há crime.

    E em seguida, os julgadores, senadores opositores-políticos  na qualidade de magistrados, concluem que a testemunha confirma o crime cometido.  

    -Foi crime? Não, não foi crime por isso e mais aquilo.

    -Tá vendo! Não falei que era crime…

    -Julgo portanto que a presidente é culpada pelos problemas do mundo! Inclusive, por todos os peitos que soltamos ao longo dessa “crise” de estômago.

    É realmente inacreditável. Trata-se, de um teatro. Uma peça de humor, talvez. 

    Portanto, a presidenta, a meu sentir, já foi absolvida nesse teatro. Com a devida venia aos opositores.

    Fim da digressão. Prossigo.

    Nunca o peso do subdesenvolvimento foi exposto de forma tão cruel quanto agora.

    De fato, Nassif. O peso foi exposto! Exatamente isso. Trata-se do substantivo da coisa. É o nome da nossa coisa democrática

    O peso! Força que se exerce sobre a “democracia” na republiqueta de bananas nanicas em “estado moderno” de putrefação.

     Nada parece nos livrar desse subdesenvolvimento avarento, concentrador de riquezas, cheio de fermento no bolo que outrara cresceria para depois ser distribuído. Certo Delfin?….rsrsrssr

    O capital essencialmente inerte  vem aqui nessas terras à  procura de “movimento”.

    Movimenta-se em busca de extração total das horas de trabalho que não são remuneradas – com “ganhos de escala” , produtividade, aquelas enganações de sempre – para ao final, gerar “empregos”.

    Todavia,  lembremos: é bom manter aquela reserva de oferta de mão de obra( desempregada) para manter o preço de mercado(*) atrativo.

    (*) Mercado= monstro sagrado que vive em algum lugar próximo ao criador do universo.

    Indaga-se: a gente somos inúteis?

    Certamente, não.

    Somos úteis!  

    A gente somos úteis..para movimentar esse capital e “gerar demanda”, com a geração de empregos com ou sem “carteira assinada”, ou “flexibilizada”.

    Nesse sentido, “a gente somos úteis”, no projeto da tal “ponte para o futuro”  da primeira revolução industrial do século retrasado.

    Heureca! É isso!

    Estamos em plena revolução industrial iluminista!

    Enfim, vamos se tornar-mos uma nação central . Viva!

    E olha que com o  “câmbio”  a 3,5 unidades monetárias estabelecidas pelo Estado soberano  e independente, mais conhecido como  banco central do banco privado , podemos “exportar” nossa “tecnologia avançada e   industrial”  do setor primário e comprar tecnologia do capital alienígena. 

    Eis as nossas “vantagens comparativas”….

     

    O famigerado economista, Sr. Delfin Neto ( sem ironias pois ele sabe muito bem das coisas) deixou claro que para ele, “a história morreu”. Vejamos esse trecho:

    O próprio Delfim Neto apelou para que Temer esquecesse sua vida até agora e começasse a interpretar daqui por diante o papel de estadista. 

     

    Isso mesmo! A história começa agora, logo “a história morreu”…

    E com aquele “ar” de “estadista”. Que tal? What about?

    Francamente…. fala que não é cansativo senhores debatedores?….. francamente…. de novo não…

    Dessa confeitaria,  já conhecemos o bolo de “chocolate” .

    Indaga-se: seria uma espécie de 7×1 no “povo”?

     

    Caminhando para o final do meu comentário rasteriro, não vou comentar todas as passagens do texto, pois como dito, estou de acordo com quase todas.

    O Nassif  tem a  capacidade de perceber uma certa realidade que também percebemos.

    Mas, não nos enganemos: há outras “realidades”.

    Qual é a sua “realidade” debatedor?

    O que “existe” para você?

     

    Saudações 

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

  32. Boa análise, mas discordo do

    Boa análise, mas discordo do desfecho.

    Acho que teremos um longo outono político, com essa direita que “não ousa dizer o nome”ocupando todos os nichos do poder, com apoio da Globells e demais grupos midiáticos, buscando a todo custo privilégios que posterguem os efeitos econonômicos da internet sobre os impressos e TV.

    Vivemos a primeira experiência de estado braudillardiano, alicerçado sobre simulacros da realidade, tendo como ideologia a cultura do descarte e consumo, imposta a todos os estratos da cultura e da sociedade. Único país em que meritocracia é hereditária, que ressuscitou a nobreza de sangue como requisito para preenchimento de vaga de desembargador, no qual ladrões estão soltos e inocentes são penalizados, no qual o povo trata política como questão de cor de camisa. 

    Ciro? Coitado! A Globells tratará de descontruí-lo noite após noite em seu jornal do absurdo. Não haverá tempo para que os efeitos desse golpe se tornem evidentes sobre a economia, a ponto de qualquer midiota conseguir perceber o grande engodo.

    E o povo? Sempre bestializado. Cessaram as manifestações pela democracia, cessou a movimentação da CUT e movimentos sociais, o PT se encolheu e perdeu legitimidade, Lula escafedeu-se. Dilma não agrega. Enfim, sós. Para qualquer espírito progressista, tem sido uma tortura acompnhar o noticiário e ler blogs como este, pois é surreal o assalto à nação, ao estado social e ao futuro do país que somos obrigados a constatar sem nada poder fazer.

    Não encontro no horizonte forças sociais, políticas e econômicas que tenham como diretriz a regulação da mídia como se dá com todas as demais atividades econômicas. Não há uma proposta para trocar o rentismo do Estado para uma reduação gradual dos juros e desvinculação do custo da dívida para ações de infraestrutura e aporte à saúde e educação.

    A sociedade brasileira, infelismente, ainda não entrou na modernidade. 

  33. Dívida pública

    Na tentativa de definir o cenário político e social dos próximos anos, não podemos esquecer o cenário econômico.

    Quaisquer que sejam os próximos presidentes, eles terão que lidar, nos próximos dez anos,  com o fardo de administrar uma dívida pública ascendente, estimada em atingir o pico de 90% do PIB em 2026. 

  34. Um dos problemas do nosso

    Um dos problemas do nosso “Leviatã coxo”, é a enorme dependência pelo ponta pé inicial vindo do Estado. A sociedade civil democrática precisa sair desse triste dilema de terceiro mundo.

    Vi um dado de que, nestes últimos dois meses, ocorreram no país mais de 400 atos contra o golpe parlamentar-midiático. É uma pena eles se concentraram, em sua maioria, nas grandes e médias cidades. Há vida e militantes da democracia em todos os pequenos locais.

    A radicalização da Democracia começa do lado de cá, de fora da política: na política em ação, informal, não institucionalizada.

    Se o centro é uma Reforma Política, o poder revisório não pode ser daqueles que se beneficiam diretamente de privilégios, abusos e monopólios que precisam ser combatidos. 

    Desta forma, toda essa energia democrática pluralista – trabalhadores, mulheres, jovens, estudantes, sem teto, sem terra, artistas, professores e outros funcionários públicos – precisa ser canalizada em uma ação unitária, de presença nacional.

    Fica a sugestão de que entidades sociais como UNE, UBES, MST, MTST, OAB, CNBB, CARITAS, CUT, Centrais Sindicais, associações de gênero, de arte e cultura, organizações locais e regionais, com presença junto às pessoas, organizarem uma CONFERÊNCIA NACIONAL PELA REFORMA POLÍTICA. Tecnologia social já existe. Exemplos como o Plebiscito da Divida Externa construiram aprendizado e capital social.

    Tal conferência, de caráter informal, popular e social, deve ser antecedida de uma discussão que elenque os principais tópicos possíveis para o começo do debate.  Qual a reforma política necessária? A partir de então, convocar edições municipais, regionais, estaduais, setoriais, voltadas a construir as bases da proposta desejada.

    Finalizando como um evento catártico nacional, uma conferencial nacional, aberta e plural, definindo a reforma política pró-ampliação da democracia, da participação social, rompendo com privilégios e monopólios dos profissionais da política.

    Depois de um documento desse porte ser legitimado pela sociedade, começará a hora de pressionar as agendas dos partidos políticos e do Judiciário.

    Nenhuma arquitetura social voltada a reforma política terá sucesso na ampliação e radicalização da democracia, revigoramento dos partidos e da própria Política sem esse desenho popular. O resto, é suspiro de crise ou reação conservadora.

     

  35.  
    Esse pais não vai mudar

     

    Esse pais não vai mudar nada.

    A plutocracia vai continuar a mandar como sempre mandou.

    Foi assim e é assim desde o Brasil colônia.

    O Brasil é um pais condenado pelas suas elites.

     

  36. Ciro tem uma vantagem. É um
    Ciro tem uma vantagem. É um dos maiores estudiosos e conhecedores dos problemas brasileiros. Conhece muito bem a “casa grande” pois já teve trânsito por lá, aparentemente tropeça quando caminha pela senzala.

    Mas, tem um grande problema; a boca grande e a língua sibilante.

    Essas são características dos “heróis”; a Grécia esteve cheio deles, a Pérsia, idem; Ciro, “o grande”.

    O Brasil adora heróis, inda mais em momentos de turbulência. Já chamaram os generais, já chamaram Collor, então…

    é bom deixarmos os burros na sombra.

    Um confronto final entre dois heróis, é o que se espera nos grandes epílogos.

    Seria a glória para muitos ver um herói de um lado, Ciro, o “glande”, e representando a direita, Bolsonaro o “minto”.

    Divertidíssimo, se não fosse trágico.

  37. dois Ciros em campanha

    Ciro tem adaptado o discurso ao gosto do freguês.

    Se vai em espaços mais progressistas, abranda a rajada contra o Lula e o PT.

    “O meu velho e querido amigo, etc..”

    Se o espaço é mais conservador, como jornalões e afins, a rajada vem impiedosa contra o já surrado ex presidente. 

    “Moral frouxa, Novo rico, nouveau riche”

     

    Um tanto quanto oportunista e demagógico eu diria. Nesse sentido podemos dizer que temos dois Ciros em campanha.

  38. Gozado…
    Dilma de tanto ‘parlamentar’ e ‘institucionalizar’ o governo, ficou longe do Congresso, deixando o Cunha, no varejo real, ganhar. O grande argumento é: se no limite, para votar o seu próprio impeachment, sua votação foi tão pífia, imagine como foi o dia da eleição do Cunha, cerca de dezoito meses atrás. Houve real empenho?

    Compare dezembro de 2014, sem Levy e sem ninguém, sem nenhum dado econômico tão estarrecedor como os de agora…existia espaço para governar: mas a pergunta continua – que real tipo de esforço foi feito, além de pairar acima as nuvens ( ‘parlamentar’ ‘institucionalizar’ ) do varejo político..?

    Se Dilma sair desta gostaria de ouví-la dizer o que aprendeu diante deste maior buraco político que já vi: o econômico ladeado pelo político…

    Só para lembrar, o que não deve o PT bancada, de ambas casas do Congresso, ter sofrido levando míssil político em cima de míssil politico, sem poder reagir, pois a idéia não era a caneta, o confronto e a aposta, muito da energia política enfim. Era falar, falar e só falar…

    Zé Cardoso, para alguns, Nassif inclusive, é excelente Advogado. Talvez o seja, mas uma coisa é inegociável: na política apenas falar que se está certo, não deixa ninguém, politicamente, mais certo ou menos certo

    Quando Cid Gomes dá o roteiro, sendo convocado como Ministro de Estado ao Congresso, e face a face com o Dito Cujo, dando-lhe os devidos epítetos que o Supremo só lhe daria, jurídicos correspondentes e devidos, um ano depois… ver a cara do adversário, pessoal ou não, força política ou não, ideologia ou não, e dizer a verdade para que todo mundo ( inclusive a Presidenta de então ) ouça, processe e se localize diante deste fato, faz parte deste atributo político: veracidade, para agregação. Isto é visto em liderança de qualquer ordem. O popular ‘ por o guizo no gato’

    Aos sociólogos, do sul, digo: este traço, da prática à percepção, é um traço mais que nordestino, mui especificamente cearense….

    Quando chega o Ciro, ou Cid e traz esta nordestinidade ao debate….

    Ou só é autoritarismo ou so pode ser populismo. Contextualmente, o real nome disto é liderança e lealdade…

    Predicados políticos mínimos, ao exercício da liderança política

  39. TRANSCRIÇÃO DA LEI.

    “”””Ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado da sentença penal”, exceto, o PT.””””

  40.  
    Temos que trabalhar 59

     

    Temos que trabalhar 59 anos, ganhando um salário mínimo, de 880,00 reais, para juntar a quantia gasta por Eduardo Cunha e sua esposa e filha, com cartões de crédito, apenas em dois anos, sendo informações publicadas agora pouco no site uol. 

  41.  
    Temos que trabalhar 59

     

    Temos que trabalhar 59 anos, ganhando um salário mínimo, de 880,00 reais, para juntar a quantia gasta por Eduardo Cunha e sua esposa e filha, com cartões de crédito, apenas em dois anos, sendo informações publicadas agora pouco no site uol. 

  42. só os pançudos sobrevivem

    -> Por outro lado, o processo do impeachment está sendo o catalizador de uma movimentação política inédita, uma redefinição de valores e formas de organização que irão dominar o cenário político-eleitoral pelas próximas décadas.

    antes mesmo do golpeachment ser votado, o usurpador Temer apresentou-se como um governo de salvação nacional (link), através de seu programa Ponte para o Futuro (link). agora, após ser declarado inelegível (link), sua luta é para salvar a si mesmo e seu projeto é um túnel do tempo para regredir o Brasil a um status pré Revolução de 30.

    o golpe em curso é a concretização do projeto de país da fração hegemônica do setor dominante brasileiro: banqueiros, rentistas e exportadores de commodities. enquanto as capitanias hereditárias midiáticas fornecem ópio para domesticar o povo (link), a aristocracia da burocracia estatal (o Judiciário e o MPF) renega sua condição de “servidores públicos”, ao se auto converterem em  príncipes da República para garantir a segurança jurídica do golpeachment (link).

    uma degenerada lumpen burguesia (link) dedicada ao saque e à espoliação. sedenta de ser convidada para a mesa do jogo dos grandes lobos globais, mas resignada ao seu desprezível lugar como hienas periféricas.

    em meio ao caos institucional e aos escombros da legalidade, ainda mais uma vez um outro Brasil se movimenta. um robusto Povo sem Medo reivindica seu protagonismo.

    o Brasil como o conhecíamos já não existe. não há retorno. o interregno nos faz pendular entre dois pólos. um fascista e o outro transformador. não se trata apenas de um movimento social e político. é algo que também experimentamos em nosso cotidiano. dentro de nós mesmos. tudo agora se hiper conecta.

    perambulamos na escuridão enquanto tentam nos devorar pelo fogo. ou seremos aniquilados pelo fogo destruidor do dragão. ou renasceremos como fênix flamejante. esta é a autêntica ponte para o futuro.

    “E nunca houve, nunca houve a humanidade. só agora ela está surgindo. o que estamos fazendo, no presente, são os ensaios desta futura humanidade.”

    Mílton Santos, “Encontro com Milton Santos”, filme de Silvio Tendler (link 1:24:00)

  43. Caudilho, ou vanguarda: qual Ciro sedimentará da turbidez?

    Santo, com certeza não. Meu conceito de populismo vem do PCB eurocomunista; ou seja, uma prática política que concede direitos aos trabalhadores, mas a faz para desestimular a capacitação de sua organização autônoma; essa sim a tornaria independente de caudilhos na defesa das conquistas e não em massa de clientes, pois a não organização dos trabalhadores leva a reação apenas de muxoxos autodestrutivos ante a retirada de direitos num previsível refluxo da economia. Apesar das críticas (é do jogo) a Lula, ainda confio na qualidade humana de Ciro; mas, na administrativa, nem tanto,  porque a complexidade para fora de sua máquina política é muito desafiadora para toda a máquina que não tem vínculos orgânicos mais intensos com os movimentos sociais. Pesa, também, a “infidelidade” junto a uma legenda partidária na “saúde e na doença”, haja vista que o marco da democracia representativa deve perdurar. Por isso, vejo o respeitável Ciro às vezes histriônico, adaptando-se às plateias nas quais milita de forma agradavelmente quixotesca, mas ainda inseguro, ele e os seus, na capacidade de agregadores em organizações maiores com várias máquinas em disputa; até porque ser fiel só aos próprios princípios pode ser parcialidade voluntarista de caudilho populista bem intencionado; ou, capitulação interna ante “seguidores” apenas fazendo marketing oportunista em “nicho de mercado” da esquerda sem maiores compromissos com o povo, como fez a cúpula traidora do Brizola; mesmo esse tendo um imenso enraizamento social e histórico em relação ao do Ciro, pois a máquina do Brizola passou com louvor pelas provações da administração sob cerco midiático e da ditadura, além da construção do diálogo com os movimentos sociais.

  44. TENTANDO DESFAZER O
    TENTANDO DESFAZER O NÓ

    “Minhas antigas agitações, más companhias” (Shakespeare, em
    As alegres comadres de Windsor, na tradução de Millor Fernandes)

    O golpe de maio de 2016 levou à luz solar a profunda crise institucional brasileira. Mas não estamos diante de mais uma jabuticaba. O modelo institucional que o Ocidente construiu e quase todo mundo adotou, por imposição colonial ou alguma conveniência, formou-se da conjugação de ideias do século XVIII, expostas nas obras de Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), Adam Smith (1723-1790) e Immanuel Kant (1724-1804).
    Observando os acontecimentos na Europa, terra dos formuladores deste modelo, das Américas, onde a colonização europeia o implantou, e mesmo nas mais resistentes culturas asiáticas, constatamos que ele não dá respostas às questões das sociedades deste século XXI. O que deve ser visto como uma demonstração da força deste modelo, a sobrevivência por mais de dois séculos, enfrentando revoluções econômicas e sociais do porte das industriais e do marxismo.
    Não me capacito à crítica teórica. No caso brasileiro, como discorre com aguda objetividade o sociólogo Jessé Souza, há um amálgama de vertentes econômicas e psicossociais, cuja singularidade deve ser observada no “contexto simbólico inarticulado e opaco que acompanha a expansão do capitalismo mundial” (A construção social da subcidadania, Editora UFMG, 2012, 2ª edição).
    Inicio assim pelo estágio do capitalismo no século XXI. De certo modo ele restaura o capitalismo inglês do século XIX, onde o poder se concentrava nas finanças, credora das economias industriais e comerciais. Creio que poucos, se algum analista, contestariam a precedência do sistema financeiro internacional, que abreviadamente chamo “banca”, sobre todos demais atores econômicos. As decisões deste provisório governo, bem como as do segundo mandato da Presidente Dilma, nada mais faziam e fazem do que assegurar vantagens à banca, em detrimento dos demais setores econômicos e mesmo dos segmentos sociais. Sinteticamente diria ser a política do endividamento, ou seja, toda ação quer do Estado quer do mercado se dirige ao pagamento da “dívida”, sem crítica ou questionamento sobre sua formação e relevância para a Nação. No manifesto do Senador Roberto Requião à rejeição dos projetos limitadores dos gastos públicos do atual governo está a clara contestação a esta sujeição à banca.
    A banca, em meu entender e de muitos mais gabaritados analistas, domina hoje os governos do Atlântico Norte e do Japão, que a linguagem comum midiática denomina “ocidente”. Este domínio, por si só, já desfigura as instituições que deveriam representar o conjunto do leque social.
    Passo a um segundo ponto que designarei “demandas intersubjetivas”. Delas participariam o que Jessé Souza apreende das reflexões do filósofo canadense Charles Taylor e constituiriam “os estímulos não econômicos” da ação humana.
    É amplo, vasto e complexo este domínio, onde estão as questões ecológicas, de gênero, de raça, de religião etc. Nelas, para ficarmos na nossa realidade nacional, estão o fundamentalismo de pastores evangélicos políticos e as demandas do reconhecimento das diversidades de opções sexuais propostas pelo Deputado Federal Jean Wyllys.
    Nem as básicas instituições da sociedade, Estado e mercado, nem suas operacionais estruturas foram e continuam não sendo capazes, no Brasil e em outros países colonizados e colonizadores, de responder à sociedade contemporânea.
    Sem o entendimento mais profundo da “crise”, as respostas poderão aplacar um momento, mas explodirão logo adiante. As soluções que pedem plebiscito, novas eleições, acordões diversos podem afrouxar o nó que estrangula nosso País e a sociedade brasileira. Mas terá a vida tão breve quanto a insatisfação de qualquer segmento e o reiniciar das pérfidas campanhas midiáticas.
    Este artigo não pretende ser apenas mais uma reflexão sobre o tempo presente mas uma conclamação à busca por todos pela difícil e complexa resposta da reforma institucional.
    Pedro Augusto Pinho, avô, administrador aposentado

  45. Bela análise, a propósito.

    Bela análise, a propósito. Sou pedetista de coração e conheço um pouco as engrenagens do meu partido, então posso falar com certa propriedade: podem ficar tranquilos, petistas. Ciro não é projeto para 2018. O PDT, infelizmente, não tem máquina eleitoral para bancar uma eleição nacional hodiernamente. Gostaria, tão somente, que tivessem mais autocrítica. A conciliação dos anos de Lula não salvou o país da crise atual, além de não sabermos em que medida essa conciliação aprofundou ou minorou a corrupção crônica do nosso país. Abram mão da hegemonia do discurso de esquerda, por favor.

  46. QUE VENHAM ESSES BONS VENTOS!

    Quem defender a maior participação popular na política, será aplaudido de pé!

    Mas meias palavras e insinuações não são suficientes. Até agora, alguns políticos e partidos defenderam a reforma política e a maior participação popular. Só que ninguém debate o tema, não diz o que pode ser feito, e não fala claramente. Justamente as propostas que poderiam mobilizar nosso povo!

    Chega de infantilizar o debate político! Vejam ao ponto em que chegamos:

    https://www.facebook.com/democracia.direta.brasileira/photos/a.300951956707140.1073741826.300330306769305/778155888986742/?type=3&theater

  47. do jeito que as coisas andam, democracia é o de menos…

    ou até agora foram poucos os que se apresentaram para injetar soro ou remédio na paciente

    E pela crise política ter sido injetada como um contraste,

    apenas vai realçar uma já quase certeza futura: depois de resolvida, cadê o Brasil que estava aqui?

    Passamos por uma redistribuição das nossas riquezas, algo muito mais grave do que a crise política, pois estamos perdendo praticamente todos nossos fundos garantidores internos de futuro  para fundos estrangeiros

    Tudo em baixa é o ideal pra eles, e, como da outra vez, com FHC, não teremos tempo de fazer mais nada

    e a Democracia ideal servirá pra quê? serviu para alguma coisa depois de FHC? evitou crise polítca?

    sem uma parada total, greve geral, não resolveremos nada

  48. Destaco esse trecho: ” A

    Destaco esse trecho: ” A apropriação da política pelos grupos de mídia, o uso das campanhas extenuantes de fogo de exaustão contra os adversários, finalmente fez com que o Brasil se equiparasse à Venezuela e à Argentina.”

    E um outro assunto diferente. O que alguém sabe que poderia estar por trás desa notícia de acordo da Câmara com o suspeito instituto do Gilmar Mendes? 

    “Acordo com IDP possibilitará oferta de estágios a estudantes de graduação

     

    A Câmara dos Deputados e o Instituto Brasileiro de Direito Público (IDP) assinaram acordo, nesta quinta-feira (23), que possibilitará a concessão de estágio curricular a estudantes de cursos de Graduação daquela instituição de ensino.

    O contrato prevê que o preenchimento das vagas ficará condicionado à redução de vagas de estágios em outros convênios firmados pela Casa, ou seja, não haverá alteração no quantitativo atual. 

    Participaram da assinatura do acordo a diretora-geral adjunta da Câmara, Juliana Werneck; a diretora de Recursos Humanos, Maria Madalena Carneiro; o diretor do Centro de Formação, Treinamento e Aperfeiçoamento (Cefor), Paulo Costa; e a diretora-geral do IDP, Dalide Corrêa. “

     

  49. Não consigo deixar de lembrar

    Não consigo deixar de lembrar que a maioria das ostes progressistas do Brasil passou anos afirmando que “as instituições democráticas estavam consolidadas”. Eu, pobre mortal, bem que desconfiava que a história não estava bem contada. Toda gente minimamente lúcida sabia que isto aqui era um poço de lama onde chafurdavam “autoridades” de todos os matizes e escalões (sempre subtraí a Dilma desse poço e sempre a considerei a última guerrilheira com pudor). Curioso, e ninguém lembra disso, que com toda lama, com todo roubo generalizado, falcatruas e que tais a era Lula-Dilma tirou da miséria absoluta milhões de infelizes desdentados, acéfalos e desnutridos, o que prova que isto é possível com toda corrupção reinante. Apenas não teve tempo ou preferiu dar comida e emprego antes de dar educação e cultura. A classe mediazinha que se constituiu consumista e idiotizada pelas mídias majoritárias conseguiu tornar-se tão abjeta quanto a classe mérdia existente e firmemmente segura na corrupção, então odiando aqueles que faziam lembrá-la de sua origem na senzala. O Brasil era isso na era Lula-Dilma, mas os progressistas tapavam o sol com uma peneira furada, enquanto os interesses internacionais rugiam e preparavam os Moros e kins para na hora oportuna chamar o vassalo mor da privataria (Serra) para operar a nova velha semântica, tornando o país o mais recente Porto Rico do Brazil. E agora ainda ficam brincando de reversão (impossível) do golpe. O que vai acontecer é simples e alé uma professorinha de história barnabé como eu, mas com o Tico e Teco ainda de mãos dadas dentro do cérebro sabe: retrocesso durante uns 30 a 40 anos, lento, gradual e contínuo…Lula não volta à presidencia, Se um Ciro oportunista ou uma Marina mais cretina ainda assume a presidência apenas muda a intensidade do retrocesso, mas o que vai acontecer mesmo é um Morinho na presidência e a ditadura judiciária em pleno vigor garantindo a censura conveniente e a privatização descontrolada, porque o boçal da cultura do estrupo (Bolsonaro) só consegue convencer os 20% mais boçais ao fim e ao cabo. Isto ainda se antes não vira parlamentarismo, tudo dependerá das conveniências da hilária na condução dos interesses de massa de manobra  (América Latina) para os lucros de guerra do império do caos em decadência E/ou interesses de escambo do novo império subindo a ladeira (China).

    Então, e finalmente, se os doutos progressistas do BraZiiiill desejarem reformas para valer preparem-se para ver sem vizeiras e falar verdades depois dos próximos 30 ou 40 anos, porque a melhora virá, e revolucionariamente, para um novo período que também fenecerá.

  50. revolução republicana

    Acho que o pior episódio político  pós-democrátização não é a forma como até agora vem sendo conduzido o impedimento, mas o desvendamento via Lava Jato da corrupção generalizada que corrói todos os valores da política. Não entendo como a esquerda releva a corrupção. Concordo sim que vivemos a mais medícocre geração de dirigentes da história. Que esta catarse coletiva em que vive o Brasil sirva para uma superação, uma reconstrução radical do Estado, levando em conta no mínimo quatro pilares. 1. Reforma política com constiuinte exclusiva; 2 Nova governança na interface estado, empresas privadas  3. Reforma administrativa que coloque o Estado a serviço da sociedade e não o contrário. Isto inclui o fim do privilégio nos três poderes e a construção de um Estado republicano com pacto social 4.  aprovação das dez medidas do ministério público chanceladas por dois milhões de assinaturas para acabar com impunidade. Aliás, uma nova classe está sendo gestada, a dos delatores ricos e soltos.   

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