Xadrez do TSE e dos zumbis da política

Peça 1 – algumas características relevantes do momento

Para analisar o momento atual e montar cenários possíveis, é necessário assumir alguns pressupostos:

Ponto 1 – os desdobramentos políticos dependem de um conjunto de circunstâncias.

Não imagine o golpe atual como uma ação concatenada, com um comando central pensando em cada jogada e com controle sobre todas as variáveis. Há as variáveis centrais, os fatos fora de controle, e as saídas estratégicas secundárias.

Há um grupo hegemônico manipulando o golpe – aliança mídia-grande capital -, e um conjunto de agentes secundários que se movem de acordo com a formação das nuvens da opinião pública.

Ponto 2o ponto central do golpe é impedir que as esquerdas retomem o poder em 2018.

Aí, abrem-se várias possibilidades: o surgimento de um campeão branco, uma eventual candidatura competitiva; o impedimento legal de Lula disputar; a implantação de um semiparlamentarismo; até um endurecimento do golpe, se as circunstâncias permitirem.

Ponto 3 – candidato bom é candidato viável

Se seu amigo está se afogando no mar, veja se ele está ao alcance do arremesso de um salva-vidas. Se não estiver, se desculpe e marque a missa de 7o Dia.

No jogo político atual, será preservado apenas o político que for imprescindível para o segundo tempo do golpe, a se iniciar em 2018.

Peça 2 – a mídia e os tucanos jogados ao mar

Como sempre acontece, a velha mídia sempre pratica movimentos sincronizados. Nos últimos tempos, com exceção do Estadão, que parece editorialmente parece ligado no automático, os demais veículos procuram investir um pouco na busca da isenção perdida.

Na 6a, o Jornal Nacional deu uma edição surpreendentemente isenta sobre os escândalos de Temer. Agora, Veja solta uma bomba contra Aécio Neves e um vazamento mortal contra José Serra – a informação de que o executivo Pedro Novis informou ter depositado muito dinheiro na conta de “uma parente” de Serra, através do lobista José Amaro Pinto. A Folha, uma das que mais estimulou a intolerância dos últimos anos, lança um manual se propondo a praticar um jornalismo propositivo, que afaste o discurso de ódio.

O que está em jogo, inicialmente, é a tentativa de recuperar credibilidade. Quando começou esse jornalismo de esgoto, não faltaram alertas de que se tratava de uma tática suicida, da qual as principais vítimas foram Veja e FolhaIstoÉ não tinha muito a perder.

O momento de corte ocorre quando se esfumaça o futuro político de Aécio Neves e José Serra e o de Geraldo Alckmin fica sob dúvida. Tateia-se, agora, a candidatura de João Dória Júnior.

Para a mídia poder bancar o novo, precisaria enterrar o velho, com quem tornou-se imprudentemente identificada. Por esta lógica, Aécio e Serra já estão condenados. E Alckmin fica sob análise. Sua condenação dependerá, em parte, das delações da Odebrecht e, em parte, do crescimento ou não de Doria nas pesquisas.

É o que explica o fim da blindagem dos aliados.

Peça 3 – a inviabilidade do governo Temer

São muitos os indícios de que o governo Temer está no fim. Além da ilegitimidade da falta de votos, assim como o governo Dilma, foi vítima da falta se discernimento político de burocratas primários, que julgam que toda radicalização é virtuosa: Joaquim Levy, com seu pacote fiscal, Mansueto de Almeida, com essa extravagância de reforma do sistema e previdência social que jogará o país de volta ao século 19.

Os índices recordes de impopularidade de Michel Temer, a ameaça de debandada do PMDB, o aumento da popularidade de Lula e de candidaturas alternativas, a ausência total de uma estratégia de recuperação da economia, tudo indica que se esgotou o prazo de 6 meses no qual, de acordo com a Teoria do Choque, todas as crueldades são permitidas.

Aliás, é inacreditável que a mediocridade de Temer não tenha sido percebida nem por Lula, Dilma e o PT – que o fizeram vice-presidente -, nem pelas forças que perpetraram o golpe parlamentar. Trata-se de uma pessoa com baixíssimo nível de informação, falta de cultura geral, de escrúpulos e de discernimento, com o carisma de coruja obrigada a falar, uma espécie de rei dos mendigos intelectuais do Congresso.

A maior prova de sua mediocridade é a maneira como embarcou no sofisma da impopularidade, peça pregada nele pelo impagável Nizan Guanaes: a impopularidade é uma vantagem, pois não impede a pessoa de cometer as piores maldades. E sai o gênio político estufando o peito e proclamando sua impopularidade.

Peça 4 – os fatores aleatórios no julgamento do TSE.

Na próxima semana, entra em pauta o julgamento da chapa Dilma-Temer pelo TSE.

A nomeação do Ministro Admar Gonzaga não muda o jogo: ele não participará da votação, ainda sob responsabilidade de Henrique Neves.

Em relação à votação, há apenas uma certeza: o parecer do relator será a favor do impeachment da chapa completa. A partir daí, há as seguintes possibilidades.

1.   Manutenção de Temer

Atuando como consultor de Michel Temer, Gilmar Mendes adiantou duas possibilidades possíveis de sobrevivência: a separação da chapa, condenando apenas Dilma; o impeachment da chapa, mantendo os direitos políticos de Temer, que seria reconduzido à presidência por uma nova votação.

Há uma terceira manobra, de algum Ministro pedir vistas do processo por prazo indeterminado. Gilmar Mendes é campeão dessas manobras.

Há quem veja vantagens na manutenção de Temer. Com ele, seria mais difícil postergar as eleições de 2018.

As desvantagens óbvias:

·      o desmonte do Estado, perpetrado por sua equipe, sem a menor estratégia de recuperação da economia, aprofundando ainda mais a recessão,

·      O assalto que está sendo praticado em todos os níveis, de forma escandalosa.

2.   Saída de Temer.

Nesse caso, haveria uma nova eleição, pela Câmara dos Deputados. E aí há um conjunto enorme de variáveis. Há o grupo que ainda segue Eduardo Cunha; o grupo do PSDB; a frente das esquerdas.

O único ponto de confluência desses grupos é o medo da Lava Jato – que, agora, entra na fase STF. Nesse rumo, sobressaem duas candidaturas: a de Gilmar Mendes e a de Nelson Jobim.

Gilmar seria um tapa na cara da opinião pública. Já Jobim, em que pese as enormes críticas que suscita, tem pontos de contato com todas as pontas e salve exercer a autoridade e o caminho das pedras.

Peça 5 – os cenários possíveis

Tudo ainda é confuso, inconcluso, dependendo da evolução de uma série de fatores:

Crise econômica

Apesar do esforço descomunal da mídia, o quadro econômico piora. Há uma inadimplência generalizada do setor privado, uma interrupção de todo investimento público e, agora, o início da debandada dos aliados de Temer. O aprofundamento da crise reduz as possibilidades de Temer e fortalece a candidatura de Lula.

O fator Dória

É cedo para apostar as fichas em João Doria Junior. Suas reações às críticas que tem recebido mostram um político não apenas novato, mas tosco. Falta a ele visão prospectiva mínima. Ganhou um saldo em caixa com suas manobras de marketing e a crise final das velhas lideranças. E sai gastando o saldo explorando de forma repetitiva o marketing do João Trabalhador e um discurso velho, da polarização PSDB-PT, marca mais anacrônica de um modelo que se pretende extirpar. Até agora, Dória é conhecido apenas pelas jogadas de marketing. A construção da imagem pública começa agora. E o que tem revelado é o perfil do mimado agressivo. Uma eventual desintegração da candidatura Dória poderá precipitar outras tentativas anticonstitucionais.

A Lava Jato

As sucessivas ações de Sérgio Moro e delegados da PF contra blogueiros, sindicalistas e críticos das redes sociais, refletem desequilíbrio decorrente da síndrome da perda de poder. Agora que retornaram ao nível da terra, a perda do impacto de seus feitos torna-os mais sensíveis às críticas. De truculência em truculência vão desconstruindo sua imagem e revelando-se como efetivamente são: um grupo de funcionários públicos provincianos jogados, de repente, no epicentro da política brasileira. Com vento e mídia a favor, até o padre baloeiro de Florianópolis torna-se Santos Dumont. Na hora da prova dos 9, soçobram.

De qualquer modo, a delação da Odebrecht provavelmente criará uma dinâmica que arrastará o restante da atual geração política para o buraco.

Some-se a delação do ex-governador do Rio, Sérgio Cabral Filho, que poderá atingir até magistrados dos tribunais superiores – STF e STJ.

A soma desses três fatores – Crise + Frustração com Dória + Lista Odebrecht – cria um cenário absolutamente incerto para o golpe.

Uma das estratégias será ampliar as revelações da lista sobre o PT e os governos Dilma e Lula. Mas já se tornaram carne de vaca. Não haverá como jogar para segundo plano os novos denunciados.

Por outro lado, o discurso de demolição do Estado, é de alcance bastante restrito. Especialmente depois que a proposta de reforma da Previdência escancarou os efeitos sobre a população. Se passar o saco de maldades de Mansueto, o tema imbatível da campanha de 2018 será o da reversão do desmonte.

Em suma, a estratégia de desmonte do PT e vitória em eleições diretas em 2018 torna-se a cada dia mais distante.

Pode-se esperar, para os próximos meses, que Gilmar, Globo, e camarilha de Temer tirem algum novo coelho da cartola.

Luis Nassif

87 Comentários

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  1. Nem perto, caro Colunista, é

    Nem perto, caro Colunista, é só verificar o resultado das eleições municipais (tardias) de hoje. Os partidos vencedores – como sempre – foram o pmdb e o psdb. Ou seja, acreditar em milagre eleitoral, nem pensar. Assim, diga-se, como foram as eleições vencidas pelo PT, por conta do Lula, desde sempre acompanhada pela vitória do pmdb-centrão-negociante na bancada parlamentar, motivo pelo qual, em verdade, o PT jamais governou de fato.

    Em 2018, mantido o Lula como candidato – duvido até que aconteça as eleições, talvez ele possa ganhar, mas, novamente – e como sempre – ficará refém dos acunhados parlamentares de sempre.

    E, esqueceu de citar o fator desMoronado, também desde sempre, a (im)própria “mosca azul”.

  2. Salve o otimismo

    Nassif, esse seu texto é francamente otimista. A música do Chico ao final não permite dúvidas. E, se você e os leitores do blog quiserem saber, estou amplamente de acordo com esse otimismo. É o que comecei a sentir faz já uns meses. E não é um simples efeito do meu “hegelianismo”, daquela fé imbatível na História, inclusive da nossa, tão doída. Mais precisamente, desde que a popularidade do Temerário despencou e as contrarreformas deixaram claro para o povão, a que serve o golpe. O “samba popular” irá dar as caras novamente na Avenida Brasil.

  3. Lula e a corrida de 1.500 m com obstáculos

    Se a República dos Pinhais não der conta, aparecerá uma PEC apresentada por algum obscuro deputado do baixo clero, aprovada em 2017 para valer em 2018, impedindo que ex-presidentes se candidatem a um novo mandato. Se não surtir efeito, farão uma nova PEC, mais específica: “…ficam impedidos de concorrer a um novo mandato aqueles que já foram presidentes, e ainda todos aqueles nascidos em 1945, em Caetés, distrito de Garanhuns (PE), e que tenham 4 dedos na mão esquerda, de nome Luiz Inácio e sobrenome Silva.”

    PS.: Considerem o estrago que o filme da Lava Jato, com cenas da condução coercitiva de Lula, vai produzir quando for lançado, e quando a Globo começar a programar o filme toda semana, em pleno 2018. Difícil, muito difícil.

    1. O filme pode não ter o

      O filme pode não ter o resultado esperado pela Globo e força tarefa.

      O filme pode vitimizar ainda mais o Lula.

      Principalmente depois da morte de D. Marisa.

      Muitas pessoas que não acompanharam o episodio da coercitiva do Lula, podem se compadecer com o presidente.

      O Tiro pode sair pela culatra.

      Acho isso desesperos da Globo e força tarefa, jogar todas as fichas nesse filmes.

       

  4. Salve o otimismo

    Nassif, esse seu texto é francamente otimista. Aliás, a música do Chico caiu como uma luva. E, se você e os leitores do blog quiserem saber, estou amplamente de acordo com esse otimismo. É o que comecei a sentir faz já uns meses. E não é um simples efeito do meu “hegelianismo”, daquela fé imbatível na História, inclusive da nossa, tão doída. Mais precisamente, desde que a popularidade do Temerário despencou e as contrarreformas deixaram claro para o povão, a que serve o golpe. O “samba popular” irá dar as caras novamente na Avenida Brasil.

    1. Uma apoteose

      Vejo a moçada cantando essa música junto com os da velha-guarda, os do golpe do 1° de abril de 64; e o encontro das duas gerações que sofreram os golpes contra o Brasil que avançava.

      As manifestações do último dia 31 foram vitoriosas, além das expectativas.

      Vislumbro uma GREVE GERAL jamais vista. É só trabalhar direitinho até lá.

      Há que criar pontes que entrelacem os diversos movimentos; essa moçada alegre, cheia de energia e graça, junto aos trabalhadores organizados, a turma do MST e MTST, o PT, o PCdoB, o Povo Sem Medo, os da resistência indígena, as mulheres, os negros, os professores, artistas…e os da velha-guarda do golpe dos milicos.

      Nesse dia o golpe terá cumprido o seu papel histórico.

      A importância desse lance no xadrez golpista não pode ser descartada, provocará um arranjo totalmente novo, inesperado.

      Lavou-me a alma essa mocinha, uma garotinha, comandando a massa, a galera. Vejam:

      [video:https://youtu.be/unq1FSqewxg%5D

  5. COm a maior taxa de juros do

    COm a maior taxa de juros do planeta… Quase três vezes maior do que a segunda maior taxa de juros do planeta… E uma das 10 taxas de juros do planeta que está acima de 1% de juros reais… Já nos mostra para onde vai o nosso dinheiro… Só isto bastaria para entendermos porque não há dinheiro para educação, saúde, e previdência… Na verdade, como já foi mostrado por muitos jornalistas… O dinheiro sobra! Fora que não é usado nem metade de nosso PIB para pagar estas despesas… Logo, isso já nos mostra que a maior parte de nosso dinheiro vai para pagar uma dívida criada por eles, para enriquecer a eles mesmos… São os velhos lobos em pele de cordeiro… Já está ficando muito escancarado isso tudo… Quando é que estes caras vão tomar vergonha na cara e parar com esta palhaçada? Está é a grande e única questão! Todo o resto… Corrupção… Gastos desgastos… Não estão nem ao pé do real fator para esta grande crise financeira… E para piorar… Dão como remédio para acabar com esta crise vendendo o patrimônio público para eles mesmos… Ou seja, nos tornaram refém deles… Estamos refém do roteiro que eles criaram para nós… Nem os salários astrônomicos dos políticos que mal comparecem nas câmaras seria o suficiente para este rombo todo… Privatizar ou diminuir os investimentos em áreas sociais não só não irá ajudar… Como irá acabar com tudo de uma vez… Afinal, o dinheiro destas privatizações já serão queimados no mesmo instante… Estas privatizações é apenas uma transferência de renda do público para alguns privilegiados… É apenas isto… Beneficiação para alguns poucos diante dos demais… E ainda olhamos surpreso para o aumento da violência e da pobreza nos bairros periféricos… 

  6. A analise de Doria

    Ps: teclado desconfigurado.

    Na minha opiniao esta completamente errada. O voto anti-Lula(hj mais de 50%) , o coxinha ele quer um cara como Doria que ataque Lula. Toda frase do Doria agora tem um ataque ao Lula e vai se itensificar, ate pq o programa de governo dele eh simples privatizacoes nada mais. E fora isso se apresentar como o anti-Lula. Boa parte do povo brasileiro hoje so quer isso um anti-Lula para chamar de seu. Ele sera o candidato da direita e a cegueira e o ego do Lula em insistir com essa eleicao de 2018 eh o maior produtor dessa candidatura.

  7. É muito simples para se

    É muito simples para se  atacar Doria. – DORIA VAI ABANDONAR A PREFEITURA  PARA SE CANDIDATAR A PRESIDENTE. O povo nao gosta disso, foi o mesmo que  aconteceu com Serra e ele acabou se dando mal, entao  vamos denunciar entao vamos denunciar que  Doria  vai  abandonar a Prefeitura.  

    Outro detalhe: Aliás, é inacreditável que a mediocridade de Temer não tenha sido percebida nem por Lula, Dilma e o PT – que o fizeram vice-presidente 

     

    TANTO  Lula como Dilma (E voce ja  deveria  estar muito consciente disso) como precisavam de apoio do PMDB para passar as propostas para alavancar este país  tiveram que aceitar o vice que o PMDB quis.infelizmente  esse nosso sistema obriga  o  presidente  a  fazer alianças das quais ele nao gostaria. mais nao tem muito o que  fazer. 

    1.  Não vai ser muito simples

       Não vai ser muito simples atacar Doria. Os tempos mudaram.

      Fico até imaginando o slogan que vão criar pra qdo ele se afastar da prefeitura pra concorrer à presidência:

      ” São Paulo precisa muito de um Dória, mas o Brasil precisa mais.!”

  8. Marcados para virar comida de tubarão…

    Boa metáfora com o padre baloeiro…..eu tava precisando mesmo dar uma gargalhada para soltar músculos faciais….pelo andar da carruagem os “intocáveis” da Lava Jato, ainda nos ares, cairão um a um no mar e serão devorados pelos tubarões tão logo completem o serviço sujo com a prisão política de Lula…

    Sobre o padre que fez a alegria dos tubarões: padre!!!

    http://waldemarneto.blogspot.com.br/2008/04/charge-sobre-o-vo-de-adelir-de-carli.html

    1. Concordo…

      Dei muitas gargalhadas quando li a frase: “Com vento e mídia a favor, até o padre baloeiro de Florianópolis torna-se Santos Dumont.”

  9. Tudo o que eu tenho a dizer é

    Tudo o que eu tenho a dizer é que vocês brasileiros têm menos culhões do que os seus vizinhos paraguaios. Só assim para um golpe de estado tão incompetente e tão óbvio prosperar.

    1. As pessoas estão muito

      As pessoas estão muito mal-informadas sobr o que está acontecendo no Paraguai. A lei aprovada permite não só a reeleição do atual presidente, como permite a candidatura do presidente legalmente eleito que sofreu um golpe, Fernando Lugo. É como se Temer nem Lula pudessem ser candidatos em 2018. Fechou-se um acordo, ambos poderão ser, e a turma do MBL e eleitores do Dória inconformados, achando que ele ia para a presidência de antemão, ficaram revoltados e sairam tacando fogo em tudo. Não é o povo Paraguaio quem está se revoltando, e sim, neoliberais raivosos.

  10. Xadrez do TSE e dos zumbis da política

    a postura do Ministro Luís Roberto Barroso é um notável exemplo de uma plutocracia sem qualquer característica notável.

    num STF em que Gilmar Mendes age como o dono do poder Judiciário, o Ministro Barroso deveria ter sido o contraponto “civilizatório”.

    entretanto, o Ministro Barroso se tornou, por inegável mérito próprio, o representante perfeito de uma elite irrecuperável em sua total incompetência em comandar este país.      

    enquanto o racha no setor dominante se aprofunda, as cenas de canibalização explícita se tornam mais e mais violentas. os velhos caciques são atirados impiedosamente na fogueira.

    disto uma certeza se deve ter: o grande troféu é a prisão de Lula.

    para uma das facções que se apoderaram do destino do Brasil, Lula precisa ser preso. pouco importam os meios e o custo. mais do que um objetivo político, tornou-se uma obsessão de sociopatas.

    a maior defesa e proteção que se pode fornecer a Lula é a realização de um esmagador 1º. de Maio unificado em Curitiba.

    ironicamente, uma outra facção já trabalha com a irrecusável hipótese de que, dada a dimensão atual da tragédia brasileira, Lula será o único capaz de viabilizar o Pacto à la Brasil, para evitar que o país seja lançado definitivamente nas chamas.

    Dória não tem a menor viabilidade como candidato nacional. é um produto de marketing concebido para SP. qual a penetração de Dória no Nordeste? 

    a atual ascensão dos movimentos sociais é um inevitável retorno de 2013. quando em pequenas cidades se repetem as manifestações contra as reformas regressivas, é claro indicativo que a mobilização popular mudou de patamar. sem partido e sem lideranças tradicionais.

    assim, será quase impossível uma reedição do Lulismo, tanto pelas condições econômicas desfavoráveis quanto pelo novo patamar dos movimentos sociais.

    a lumpenburguesia forjou as condições para o impensável: o fim do austericídio e a aplicação das duras e inadiáveis “medidas populares”.

    os próximos 30 dias serão de alta tensão e periculosidade.

    de alguma forma, apesar de tudo, somos todos privilegiados. habitamos a maior de todos as crises de nossas história. nada mais nos resta, a não ser viver plenamente este momento.

    .

  11. Zumbilândia

    Melhor que o texto só as montagens das fotos.

    Mas ainda acho que será muito trabalho para deixar a esquerda voltar assim, tão fácil.

  12. Esse negocio de 1o. de Maio

    Esse negocio de 1o. de Maio em Curitiba é bobagme. Facilmnte eles mudam o local da audiencia. Na última hora.

  13. Esse negocio de 1o. de Maio

    Esse negocio de 1o. de Maio em Curitiba é bobagme. Facilmnte eles mudam o local da audiencia. Na última hora.

  14. 6 – PECA

    NASSIF. NAO ESQUECA QUE ESTA DENUNCIAS DA VEJA PODE SER PURA ARMACAO.DENUNCIAS FALSAS EM ACORDO COM OS DELATORES. QUANTO TEMPO DEMOROU PARA SAI ESTAS DENUNCIAS? ENTAO PODEM PROVAR QUE TUDO E FALSO E ELES SAIREM COM INJUSTICADOS, E VIRAREM HEROIS. A MIDIA ESTA APOSTANTO EM TUDO. ACORDA BRASIL  OLHA O LACERDA .

  15. Nassif, o Design, as Hienas e o UBoat

     

    Antes de tudo, parabéns pelas descrições sobre o xadrez. . Excelente como sempre.

    A arte dos posts também melhorou. E muito. A parte inferior (Serra e Gilmar) está sublime. É uma linha a ser seguida

    O mote : “Se seu amigo está se afogando no mar, veja se ele está ao alcance do arremesso de um salva-vidas. Se não estiver, se desculpe e marque a missa de 7o Dia.”

    é pra descrever o zeitgeist das hienas do planalto ou crença pessoal?

    Espero que seja a primeira opção…

    Em todo caso vou guardar no meu UBoat

  16. Como cada um faz o cenário

    Como cada um faz o cenário que quer, julgo que há outro possível, não tratado por Nassif: o acordo de Lula e o atual centro do golpe, acordo em que cada um entrega parte dos seus e tudo continua como sempre. Jobim e Renan podem ser parte dos articuladores dessa situação, que poderia levar, quem sabe, Carmen à presidência de transição, saindo do STF, como ela mesma disse na PUC-MG. Para isso, é necessário apresentar garantias a Temer e seu grupo de que nada sofrerão fora da presidência. É necessário fazer a transição na PGR, trazendo alguém que controle a turma, com calma e paciência. E dar uma saída para Moro, que pode ser o esquecimento, a la Barbosa. Nada que não seja resolvível. Os prejuízos que Temer e seu grupo têm imposto e podem impor são a chave para um acordo. Ah! Falta Gilmar, mas este está enfadado e quer ir para Lisboa, não? Esse cenário tem um respaldo importante na baixa resistência que o grupo lulista, amplamente majoritário na CUT e no PT, tem imposto ao golpe e suas consequencias. Querem acordo e acenam para isso o tempo todo. O acordo pode passar pela não-candidatura de Lula em 2018, inclusive.   

  17. Estamos diante de um iminente confronto de classe

    A proposta de reforma da previdência e a aprovação da ampliação generalizada da terceirização já está provocando uma intensa mobilização dos trabalhadores da cidade e do campo, o que cria condições para o surgimento de novas lideranças dos trabalhadores e de um período pré-revolucionário.

    O mais provável é que os controladores do capital prefiram estabelecer um governo de conciliação de classe, promovendo a distribuição de renda e evitar o aprofundamento do confronto de classe.

     

     

     

  18. O fator Rede Globo – epicentro do Golpe.

    Penso eu que se a Rede Globo comandar a derrubada do Temer pode não haver eleição direta por tempo indeterminado.

    Tenho um posicionamento sobre os passos seguintes do Golpe. Coloco aqui.

    Precisamos ter uma clareza, a Rede Globo (epicentro do Golpe) não puxou, ainda, o Fora Temer por dois motivos principais:

    1) As reformas neoliberais desejadas não foram aprovadas por completo: Previdência, Trabalhista, Terceirização Irrestrita e a venda/entrega total a preço de banana da Petrobrás e dos campos do Pré-Sal e demais privatizações ainda precisam se completar;

    2) No atual estágio da realidade brasileira a Rede Globo está sem um palanque para chamar de seu. Precisa montar um palanque antes de chamar o seu povo às ruas para legitimar a queda de Temer! e o Pós-Temer por ela desejado!

    As reformas neoliberais a serem sancionadas por Temer não podem criar um palanque para ninguém, certo?

    Hoje, um palanque não combina com Reforma da Previdência, fim da CLT, terceirização irrestrita, certo? MBL e Vem Pra Rua que o digam. A Globo, por isto adia a construção do seu palanque para o pós-reformas aprovadas. Palanque atual de Fora Temer! com todos os manifestantes calados sobre as reformas neoliberais? Não existe, não é verdade?

    O que a Rede Globo e seus aliados centrais do Golpe: Mercado e Imperialismo Norte-Americano querem é conciliar em um mesmo tempo histórico a aprovação das reformas neoliberais com a mudança do Governo Federal.

    Com a aprovação das reformas ela se fará de anti-Temer e segura convocará o seu povo às ruas para “derrubá-lo”, ou seja, para dar ao Golpe via TSE, da cassação da chapa Dilma/Temer, legitimidade. Engatilhada é claro com a escolha, já acertada, do candidato que o Congresso Nacional colocará, através de um “Colégio Eleitoral”, no lugar de Temer. Será o palanque do Pós-Temer, jamais das Diretas Já!

    O candidato/Presidente da Globo será o centro das atenções no Palanque Global montado nas ruas e nos seus telejornais e demais veículos de comunicação brasileiros ligados à velha mídia. Será fabricado um Collor emergencial: boa pinta, sujeito honesto, seguro, competente, que não perde a esportiva, com fala mansa e bem-treinada no convencimento do público Global.

    Este Presidente ficará no Poder, já discursando que as reformas neoliberais não podem ser revistas, porque foram aprovadas pelo Legislativo e que a sociedade terá de fazer um esforço para adaptarmos a nova realidade existente (neoliberal radical, bem sabemos) às possibilidades de crescimento econômico, desenvolvimento social e de fortalecimento, com qualidade dos empregos, do mercado de trabalho.

    Claro é que este novo Presidente, que andam dizendo será o Ministro Gilmar Mendes, será?, trabalhará dentro de um Projeto de manter-se no Poder para além de 31 de dezembro de 2018, alegando, em parceria com a Rede Globo & velha mídia, que se precisa de tempo para pôr a casa em ordem, que o Presidente eleito de forma indireta, lembremos, nascido do Golpe dentro do Golpe via TSE, merece ficar por 4 ou 5 anos no cargo em busca desse slogan: “preciso de tempo para arrumar a casa”.

    Eleições em outubro de 2018 só se Lula e/ou outro candidato de oposição ao Golpe não tiverem chances de vencer, sendo mais radical, se forem banidos do pleito eleitoral. 2018, se existir, = Eleição de fachada!

    Qualquer ameaça de continuidade do Golpe capitaneado pela família Marinho, que é a família que manda no Brasil, de adentrar ao Poder alguém que possa ameaçar seu Poder e os seus interesses econômicos e de seus dois parceiros de empreitada Golpista: o Mercado Financeiro e o Imperialismo Norte-Americano será resolvida na base da supressão de Eleição Direta para Presidente (a) do Brasil.

    Para não acontecer o descrito acima a sociedade organizada precisa adentrar e comandar, em todas as camadas sociais: classe média e médio-alta tradicionais, classes C, D, E, o Fora Temer!

    Se a Rede Globo conseguir montar um Palanque nas ruas e na velha mídia e organizar o seu Fora Temer! perderemos, quase certo, a batalha de eleições diretas para antes ou para outubro de 2018.

    Estamos no tempo da escolha:

    Ou voltamos à Democracia com a sociedade organizada no comando da redemocratização com o Fora Temer! e realização de eleições diretas;

    Ou se realizará o Golpe dentro do Golpe, caso a Rede Globo e não a sociedade organizada for quem comande o Fora Temer! e o Pós-Temer.

    Certamente, se tem no TSE o Processo de degola de Temer – (da chapa Dilma/Temer), alinhado com a realidade breve: a insustentável permanência de Temer na Presidência da República.

    Entregou as reformas neoliberais e o Fora Temer! já não será mais tabu na Rede Globo & velha mídia, ponderando que o Fora Temer! e Eleição Direta não caminham juntos para os comandantes do Golpe.

    Depois de sancionadas as reformas neoliberais virá o maçante convencimento da sociedade por parte da Rede Globo & Cia. de que o Congresso, porque está escrito na Constituição, é quem está apto para eleger o novo Presidente do Brasil, Presidente, que estará descolado da imagem de partícipe das reformas e do caos econômico e social existente.

    Constituição que não valeu para depor uma Presidenta honesta, pois, não ficou comprovado por parte dela nenhum Crime de responsabilidade, motivo cabível para o Impeachment, como está escrito na Lei máxima do País.

    Mas, como sabemos a Constituição vale ou não vem ao caso conforme a ocasião no mundo paralelo da Rede Globo & velha mídia + Legislativo e Judiciário aliados do Golpe.

    O engraçado de toda esta História é que a Rede Globo & velha mídia fará de conta que não teve nenhuma participação na chegada ao Poder de Temer e no caos econômico e social advindo do Golpe contra Dilma Rousseff.

    Algumas considerações a mais.

    Temer será deposto, assim que ficar insustentável sua permanência, condicionada sua queda ao pós entrega das reformas neoliberais e alienação do patrimônio público possíveis, não significa que terá uma prisão decretada, que terá uma perseguição midiática, nada disto, apenas irá para o ostracismo das notícias, idêntico o Demóstenes Torres, o José Roberto Arruda e em breve como acontecerá com os tucanos graúdos: José Serra e Aécio Neves. Ajudou a velha mídia e nunca bandeou de lado, esquecido é, quando perde a serventia, mas, não existe a traição de leva-lo ao cadafalso.

    Eduardo Cunha cumpre o papel de ameaça ao Temer para não titubear nas reformas que a Rede Globo, o Mercado e o Império querem, e, tem o outro papel de ser a desculpa para a imparcialidade da Lava-Jato e, álibi para prender e/ou impugnar a candidatura Lula. Foi condenado por 15 anos e não ouvi falar que o Moro mandou Cunha devolver um tostão do que amealhou em ilicitudes para os cofres públicos.

    No momento certo, uma tornozeleira e soltam o Cunha. Ele está preso sabendo de antemão o papel que cumpre na prisão e sabendo que será solto no momento oportuno. Se o Golpe dentro do Golpe vingar logo e for conseguido o intento de adiar as eleições de 2018 conquista a liberdade em três tempos com a desculpa de que teve bom comportamento e que colaborou com a Justiça para elucidar casos de corrupção, é tudo muito óbvio.

    Sérgio Cabral está preso para ver se associam, se ele delata Lula, igual Eike Batista. Esta é a função das prisões, não está ligada a enriquecimento ilícito. É para atingir à candidatura Lula. Serão soltos no momento oportuno.

    Eu não acredito na candidatura Dória, se existir Eleição em 2018 e se a Rede Globo + velha mídia e aliados do Golpe no Judiciário, no Mercado e no Império não conseguirem barrar uma candidatura de esquerda e defensora dos interesses nacionais. Dória está perdendo a esportiva, anda muito de mau-humor e sem a mínima abertura ao contraditório e às críticas. Ele é um Serra com currículo de “não-Político”. Vão criar um Collor mais aprimorado para concorrer em uma Eleição sem risco de um fiasco, penso eu.

    O quadro Político atual me lembra muito 1984.

    O povo nas ruas a pedir o fim da Ditadura, hoje, o fim do Governo Temer.

    O povo nas ruas a pedir Diretas Já como hoje.

    Porém, podemos assistir ao Golpe dentro do Golpe e um Colégio Eleitoral se incumbindo de eleger indiretamente o sucessor de Temer. Seria uma vitória de Pirro das ruas. O que se assemelha com 1984: se elege indiretamente um novo Presidente e este fica 4 ou 5 anos no Poder com a desculpa de que precisa de tempo para consertar as coisas. Neste interim a Rede Globo e aliados do Golpe fabricam um novo Caçador de Marajás para substituir o Presidente eleito indiretamente pelo Congresso e se adia as eleições diretas de 2018 para, provavelmente, 2021, se até lá for possível a garantia de um candidato da direita ou extrema-direita (candidatura do epicentro do Golpe) vencer.

    Este é o quadro desejado, claro, que o caos econômico e social gerado pelo Golpe pode abreviar todas as articulações do epicentro Golpista. E, provocar uma convulsão social, a ponto de a Rede Globo não ter mais a hegemonia da narrativa e controle, a mão de ferro, do Judiciário, Executivo e Legislativo. E, terem de aceitar uma nova Eleição Direta.

    Só a hegemonia do discurso e da ação da sociedade organizada pode debelar o Golpe dentro do Golpe e o fim das eleições diretas no Brasil, a Globo montou um Palanque, pode ser decretado o adiamento da Eleição Presidencial em 2018.

    Ninguém dá Golpe para entregar o Poder logo em seguida. Em um País de tradição pacífica da população, que nem vendo a proposta de trabalhar até morrer sai da casinha o Golpe dentro do Golpe pode ser aceito, ter apoio e ser assimilado até que caia a ficha novamente e a população despenque com a popularidade do Presidente eleito pela via indireta.

    1. Acho que hoje está mais do

      Acho que hoje está mais do que claro que o maior problema do brasil atende pelo nome de Grupo Globo.

      Tenho certeza de centenas de milhares já perceberam isto. Então, porque não acabamos com ela?

      Se centenas de milhares marcharem dispostos até a morrer para tranformar este império do mal em escombros, não haverá polícia que consiga evitar a rebelião.

      Se isto acontecesse hoje no Brasil, tenho absoluta certeza de que nosso destino seria completamente diferente.

      A globo representa o que de pior existe neste país. É URGENTE que seja destruida e seus proprietários, até os bisnetos, elimindados.

    2. Nassif, suba essa análise na

      Nassif, suba essa análise na página principal, ela é muito boa. É bem isso mesmo que o autor descreve.

  19. Deve ser por isso que nos EUA não existem tribunais eleitorais

    Deve ser por isso que nos EUA não existem tribunais eleitorais,, prá que mesmo: para uma meia dúzia de nababos comprados tomarem o lugar de milhões de eleitores…. podridão por podridão, já temos o Judiciário de cabo a rabo…só para se ter uma idéia do quanto putrefato é o TSE, o Fux é um dos ministros…

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=UlEWIdtKS-0%5D

  20. Já eu, convivendo com a

    Já eu, convivendo com a arraia miúda tenho uma percepção bastante diferente da coisa: são “bestializados”, como diria Aristides Lobo, ou seja, a indiferença é grande. Não sabem o que está acontecendo, não conseguem somar 1+1 e para eles são “todos iguais”. De tão midiotizados, conformam-se enquando o país é destruído. Não tem a percepção ampla da coisa como é exigido dos leitores desse blog. Para eles, análises sofisticadas como são feitas aqui não passam de ficção científica.

    Sim, existe preocupação com o futuro, mas não passa do nível de incerteza. Consciência do que ocorre, ninguém da arraia miúda tem. Nem na classe média coxinha imbecil, diga-se. Agravante: esse povo, a massa silenciosa, acredita no que a Globo manda que acreditem e ponto final.

    Discordando com o artigo acho que tudo o que ocorre foi planejado, ou seja, a desarticulação do sistema político visa mesmo semear o caos. Caos controlado pela mídia. Não há espaço para esmiuçar melhor aqui, mas com certeza um dos objetivos é abrir o caminho para um “Salvador da Pátria” sob controle da mídia. Mas a coisa é pior, muito pior do que se imagina, mas em duas palavras: neofeudalismo neoliberal. O Brasil, como a Grécia, está servindo de experimento para o caos total numa sociedade desarticulada dominada pelo dinheiro.

    Respostas mais completas só terei quando tive em mãos os relatórios psicológicos dos brasileiros preparados pela CIA. Aí saberemos a verdade.

  21. Timing

    Os golpistas não conseguiram culpar Lula a tempo de proteger os tucanos. Agora, sem poder sufocar por mais tempo algumas delações, será tudo ou nada, e tentarão colocar Lula no mesmo barco de todos “os políticos” e apostar as fichas no Dória. 

  22.  
    Perdão, caro Nassif, mas

     

    Perdão, caro Nassif, mas nem Lula nem Dilma são culpados pelo terrível pecado que você lhes imputou. Com outro candidato a vice que não fosse Temer, o PMDB não teria sequer aceitado a aliança com o PT. Tudo indica que Temer era o chefe visível e também oculto “de tudo” no PMDB, já em 2010:

    Por ampla maioria, PMDB escolhe Temer como vice de Dilma

    Logo após a proclamação do resultado, o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), olhou para os jornalistas e, com gestos, disse: “Barba, cabelo e bigode”. Os convencionais do PMDB aprovaram neste sábado (12), por ampla …

    Por Congresso em Foco – 12/06/2010

    Com ampla maioria dos votos dos convencionais, Michel Temer torna-se o candidato a vice na chapa de Dilma Rousseff, do PT

    Mário Coelho

    Logo após a proclamação do resultado, o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), olhou para os jornalistas e, com gestos, disse: “Barba, cabelo e bigode”. Os convencionais do PMDB aprovaram neste sábado (12), por ampla maioria dos votos, a coligação com o PT na chapa que vai concorrer à presidência da República em outubro. Além disso, a convenção nacional do partido, realizada hoje em Brasília, chancelou o nome do presidente da Câmara e da legenda, Michel Temer (SP), como o candidato a vice-presidente.

    http://congressoemfoco.uol.com.br/noticias/por-ampla-maioria-pmdb-escolhe-temer-como-vice-de-dilma/

    1. Tem razão Severino

      Vc tem toda a razão. Numa coligação não é o candidato a presidente que escolhe o vice e sim o partido coligado.

  23. Se o Temer não entregar a reforma da previdência e trabalhista,

    Se o Temer não entregar a reforma da previdência e trabalhista, no dia seguinte será defenestrado da presidência pela Casa Grande.

  24. SOMOS NÓS CONTRA ELES, QUAL A
    SOMOS NÓS CONTRA ELES, QUAL A DÚVIDA ?
    O FATOS ESTÃO AÍ,MORO E JUDICIÁRIO SÓFERRAM
    O PT E SEUS GRANDES NOMES, PAUTAS E ACORDOS LESA PÁTRIAS DO MP E PGR,ENTREGA DO PATRIMÔNIO PÚBLICO A PREÇO DE BANANA,ORA DILMA E LULA NÃO TEM NADA A PERDER,VÃO PRA CIMA LOGO DESTA GENTE, PRECISAMOS DE VCS E OLHA,ATÉ OS EMPRESÁRIOS PRODUTIVOS PRECISAM DO EMBATE OU BATALHA FINAL,É ENFRENTAR OS MOLEQUES IRRESPONSÁVEIS DA NAÇÃO !!

  25. São dois pontos centrais para

    São dois pontos centrais para o País.

    Recuperar a economia e acabar com a lava jato e enquadrar as corporações.

    Quem melhor sintetizar esses dois pontos, será o melhor candidato.

     

  26. Mas eu acredito é na rapaziada………..

    Trump nos Estados Unidos e João Doria Junior no Brasil. Como ja dizia a musica “conjução sol e sol é fogo”. Não sei qual dos dois é mais pernostico, mimado e cabeça oca. Se dariam bem.

    Nelson Jobim um mal menor? Sei la, o Nassif dizia o mesmo sobre Temer em relação ao dificil fim do governo Dilma…

    Enfim, Temer, Luis Roberto Barroso são bons exemplos de representantes daquilo que Lima Barreto muito bem exemplificou no seu caricatural Os Bruzundangas. Não colocaria Barroso e Temer exatamente no mesmo circulo, ainda acho que Barroso não seja tão superficial quanto Temer, porém tanto um quanto outro dão importância demais às ditas aparências… E não seria esse o mal do brasileiro?

  27. “(…)o tema imbatível da

    “(…)o tema imbatível da campanha de 2018 será o da reversão do desmonte.”    Você foi na veia, Nassif.  A questão subsequente é:  com que base parlamentar se dará a reversão, se a preocupação, hj e para todo o sempre, é com a eleição do chefe do Executivo? Sem maioria sólida, nem Santo Lula consegue fazer verão, e, mesmo após um golpe PARLAMENTAR, até o momento não se vê estratégia alguma das esquerdas, visando à conquista de vagas (muitas) no Congresso.

  28. Chega de anistia ampla, geral e irrestrita!

    Os empresários, banqueiros que investiram no golpe tem muito poder e dinheiro.

    Compraram o legislativo, judiciário e tinham as empreiteiras como concorrentes, tiraram elas do caminho!

    Então, se eles entenderem que ganharão menos dinheiro mantendo o golpe, eles vão querer a “Democracia de volta”, pois só numa democracia e com transparência, os pagadores de impostos voltarão!

    O golpe como disse o Mercadante, foi um estelionato, é um simples assalto de um pais praticado pela elite, mas usando o judiciário, pois até agora só o povo está perdendo…

    Acho que o melhor seria não negociar, pois as leis que eles estão implantando nos levará voltar a ser talvez o pais mais desigual do planeta e isso vai fazer o povo acordar.

    E sem negociação, eles terão que deixar o poder e ai coloque-se a justiça contra eles e descendentes e ai se faz a busca de bens dos golpistas para ressarcir o golpe em qualquer lugar do planeta para onde eles fugirem.

    Mais uns 5 anos teremos este quadro, então que ong’s, pessoas possam acompanhar o que está sendo vendido para rastrear o propina e avisar aos compradores que qualquer compra deverá ser retomada pelo Brasil com ou sem indenização!

    Afinal de contas comprar produtos fruto de roubo, e todos fora do Brasil, sabem que foi golpe, correm este risco!

     

    1. A premissa básica para

      A premissa básica para qualquer concerto e definição de futuro do Brasil é a punição aos principais envolvidos e agentes do golpe.

      Por mim, a Globo seria estatizada, os três patetas saíriam sem um tostão furado.

    2. Partilho a mesma lógica
      Com o impedimento sem crime, rasgou se a constituição e agora vivemos o estado de exceção. A segurança jurídica virou uma bolha de sabão, certamente vai estourar no curto prazo.

  29. Se precedente for

    Se precedente for observado…

    Considerando a mentalidade grotesca da elite que patrocina o golpe e considerando o precedente de que o golpe à brasileira seguiu os mesmos passos do golpe paraguaio teremos Temer ou preposto, se ele se mostrar muito inepto, por longos anos. 

    E o interessante é que o mesmo roteiro tentou-se implantar na Rússia com a narrativa inicial lavajatiana da corrupção. Mas como Putin não faz questão de ser republicano para preservar a biografia expondo o país como Dilma, enfrentou os protestos. Cômico foi ver Estados Unidos e Alemanha, no dia seguinte, levantando a bola para a opinião pública mundial pedindo a libertação dos presos. Desde quando esses países se preocupam com prisões ilegais? Sei…no Brasil pode e na Rússia não.

    E essa piada de expulsar a Venezuela do Mercosul enquanto o Paraguai mata manifestante para manter a ilegalidade? É a cara do nosso premier Aloisio 1 milhão e desse grotesco governo ilegal.

    E o Moro cometeu um erro político grave essa semana ao demonstrar desprezo pelo Bolsonaro visto que o seu último grupo de apoio estridente era essa direita amalucada. Mas como todo provinciano Moro almeja a mão do Dória não de um capitão de exército sem lastro entre os emergentes. 

    1. PROTESTOS

      Bem lembrado os protestos na Russia. Não simpatizo nem um pouco com o Putin, mas que houver uma forçada de barra nas tvs do exterior, lá isso houve.

      Nesse mesmo dia houve outros protestos maiores em outros paises e ninguem se lembrou de comentar.

      Se me lembro bem houve no Chile referente as aposentadorias…

      Quanto ao texto do Nassif, concordo com quase tudo. 

      Eu entendo que se esta dando muita atenção ao politiqueiro como João Doria. Não tem consistencia nem conteudo!

       

  30. Essa analogia do jogo

    Essa analogia do jogo politico com xadrez nao pode ser aplicado a alguns politicos.

    Muitos desses politicos que embarcaram no golpe em 2014 estavam mais jogando poquer do que xadrez.

    Politicos como Aecio, com toda vidraca de vidro que tinha poderia tentar a presidencia em 2018, 2022 ou ate um pouco mais tarde se jogasse o jogo politico como xadrez mas ao inves disso deu um “ALL IN” em 2014 e nao sei se ele consegue se reeleger como Senador em 2018.

    Outros que embarcaram junto com o PSDB como a Marta Sublicy, Chico Buarque, etc encerraram a sua carreira politica na votacao do impeachment. 

  31. Um Brasil temeroso, refém da sabotagem, da corrupção e traição

     

    Dentre tantos fatos publicados decorrentes do sujo golpe contra Dilma/PT, abaixo, apenas alguns deles, suficiente para nos levar a acreditar que o pior está a caminho, bem perto, que possivelmente, lançará a enfraquecida economia golpista em caos definitivo de consequências trágicas e irreversíveis, para o Brasil e para o nosso povo:

    1)      No Jornal do Brasil de 03/12/2016, na entrevista de Eduardo Miranda ao cientista político Luiz Alberto de Vianna Moniz Bandeira sobre o envolvimento de Moro e Janot com os Estados Unidos contra o Brasil. Consta dessa reportagem que “representantes da Lava Jato, como o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e o juiz de primeira instância Sérgio Moro, avançam nos prejuízos provocados ao país e à economia nacional. Segundo o professor, os “vínculos notórios” de Moro e Janot com instituições norte-americanas explicam a situação atual das empresas brasileiras.” O cientista político é conhecido por dissecar poderio norte-americano na desestabilização de países;

    2)      Segundo o Globo de hoje, os leilões de poços no pré-sal devem representar reforço de R$ 24 bilhões no caixa do governo. A julgar pelas manjadas privatizações FHC/PSDB a preços de bananas, notadamente, o grande escândalo do irrisório preço que a ex CVRD foi privatizada, deste modo, deve estar acontecendo com as atuais privatizações  de bilionários poços de petróleo, configurando outra vez, crime de lesa pátria. Tudo, realizado como de sempre, apressadamente, sem transparência alguma.

    3)      Por conta da divulgada seletiva caçada aos incontáveis criminosos corruptos, os golpistas causaram gigantescos prejuízos à nossa economia, contribuindo para precipitar diversas ações nos EUA contra a Petrobras, bem como, paralisações de grandes obras da Petrobras envolvendo empresas construtoras nacionais e toda a cadeia produtiva, ultrapassando em uma escala imensurável aos prejuízos da corrupção que eles alegam combater. Parece que o objetivo seria desestruturar, desmoralizar e descapitalizar grandes empresas brasileiras, estatais e privadas, como a Petrobras, Odebrecht e outras importantes mais.

    Nessa mesma linha destruidora, agora, os golpistas incluíram grandes frigoríficos brasileiros responsáveis por bilionárias exportações para o muito competitivo e exigente mercado externo de carnes, mercado este, construído em décadas de muitos investimentos e trabalhos, para serem desmantelados de um dia para o outro. A quem interessa?

    Nesse desmantelamento geral, até mesmo, o Banco do Brasil, com várias agências irrefletidamente fechadas em estratégicos pontos de Copacabana. As poucas agências que restaram, vez por outra, fechadas, faltando dinheiro, caixas inoperantes, etc. Total desmoralização. A quem interessa?;

    4)      A sociedade ainda não percebeu os gigantescos danos que logo mais estarão afetando nossa economia por milhares e milhares de demitidos por conta da terceirização. Dos demitidos, apenas uma parcela de trabalhadores retornará ao trabalho, ganhando menos, ou muito menos, se levar em conta os benefícios obtidos ao longo dos anos, totalizado na remuneração. O impacto dessa desastrada terceirização no fraco comércio e indústria, será devastador. Logo mais, milhares de portas estarão arriando;

    5)      Outro grande dano causado pelos golpistas, logo mais em alguns anos, poderá ser visto na saúde pública e na educação, pelo criminoso congelamento das despesas públicas por vinte anos;

    6)       Somado as graves suspeitas já existentes, mais as recentes envolvendo Aécio e Serra, a podridão até agora divulgada (até agora) fechando cerco a toda ou quase toda  liderança golpista, torna o desgoverno Temer insustentável. Uma grande desmoralização, interna e externa. Se o desgoverno Temer não for imediatamente deposto, vai sendo confirmando o acelerado desmantelamento da democracia brasileira. Os prejuízos para a nossa economia serão os mais devastadores possíveis.

     

    Fora Temer!

     

  32. Fator Bolsonaro

    Luís Nassif conversa com políticos importantes e daí tira suas conclusões, bastante ponderadas. Mas políticos importantes não conversam com jornalistas, apenas tentam, sutilmente, impor seus pontos de vista. Se o ponto de vista de um político qualquer (da Direita) for defendido pelos poucos jornalistas decentes que sobraram, Nassif, Jânio de Freitas, Mino, terá uma repercussão enorme.

    Nenhum grande jornal entrevistará Lula como foi feito com Getúlio, pós-golpe 1945 e pré eleições 1950. Mas Nassif não conversa com anônimos, não haveria tempo para isso. Eu converso com anônimos na rua e ouço coisas de enrubescer Garrastazu Médici, o mais sanguinário ditador da História Brasileira. Trata-se do fator Bolsonaro. Já vi vários coitados, gente humilíssima, dizer que votariam nele para presidente. Esses onze por cento do primeiro trimestre de 2017 podem se tornar uma avanlanche de votos em 2018. Em março de 1989, ninguém daria um dólar pela candidatura de Fernando Collor. Diziam até que era uma falsa candidatura, para forçar Mário Covas a aceitá-lo como vice, o que foi recusado. Quando abril terminou, Collor já era o primeiro em todas as pesquisas. Nem a Direita confiava nele, mas foi tudo o que restou, se não tem tu, vai tu mesmo. Ninguém imaginava que a grande imprensa embarcaria numa aventura tãoperigosa como aquela. Mas embarcou.

    A Globo apoiou o confisco na hora. Mas a espetacular recessão provocada, fez com que procurassem alguns atos de corrupção do Collor, que eram iguais aos do tempo de Sarney, para apeá-lo do poder. No final, até o STF inocentou Collor de toda aquela roubalheira. Se Bolsonaro chegou a 11 por cento, o fascismo está galopando solto nas estepes brasileiras (Avenida Paulista, Vieira Solto, Eixo Monumental). Cuidado com o que vem por aí. Ah, Collor provocou a maior recwssão da História até então. Aí, apareceram Temer, Aécio, Meirelles, Serra e záz! Todos os recordes foram quebrados.

    1. Faz sentido

      E o pior é que Bolsonaro pode crescer surfando nas consequências mais trágicas do golpe: o aumento da violência. 
      Se a imprensa tornar a violência o inimigo número 1 do Brasil, ridicularizando o humanismo da esquerda e dando espaço para verborragias de Bolsonaro, os bandidos podem vir ser para Bolsonaro o que os marajás foram para Collor.

      Depois eles controlam Bolsonaro que já demonstrou que só é corajoso para falar.

  33. HAHAHA

    >> Com vento e mídia a favor, até o padre baloeiro de Florianópolis torna-se Santos Dumont. Na hora da prova dos 9, soçobram.

    <3 Nassif!

     



     

  34. Xadrez…

    Estarrecedor, principalmente neste parágrafo. 

    1.   Manutenção de Temer

    Atuando como consultor de Michel Temer, Gilmar Mendes adiantou duas possibilidades possíveis de sobrevivência: “a separação da chapa, condenando apenas Dilma; o impeachment da chapa, mantendo os direitos políticos de Temer, que seria reconduzido à presidência por uma nova votação.”

    1. Temer TEM UM CHEQUE nominativo, em seu favor. ISSO em qualquer tribunal do mundo não deixaria margem a tergiversações. É a chamada PROVA “preto no branco”.

    2. Pouco se fala que o MARQUETEIRO da chapa, FOI MARQUETEIRO INDIVIDUAL para Scaf, em São Paulo, com TOTAL APOIO DO PMDB/TEMER/E SUA “MULA”. Temer “cavou” CAIXA DOIS para o PMDB. Não somos ingênuos de pensar que “TEMER” buscaria financiamento para a chapa PT/PMDB. Declarou ainda o Marcelo, que a contribuição foi “mista”. Acredito! Não cairiamos na patacuada de caixa dois, quando todos estavam querendo comer o nosso fígado…MAS NINGUÉM NUNCA QUIS COMER O FÍGADO DO PMDB, E ESTE O ABSORVEU ATÉ COM CHEQUE NOMINATIVO/ E “MULA”. 

    3. Marcelo O. Declarou amizade a Scarf e pediu que o dinheiro fosse para este. 

    4. COMO JUSTIFICAR, de maneira palatável, ao Brasil e o mundo que UM “FICHA SUJA” (APÓS JULGAMENTO COLEGIADO NO STE), PODERÁ SER CANDIDATO INDIRETO? ISSO É UMA BOMBA H! E VAI EXPLODIR NA CABEÇA DELES. AH VAI! 

     

  35. Vão inabilitar o PT

    Prezado Nassif,

    Cabe uma análise mais aprofundada do balão de ensaio que estão fazendo com o PP.

    Ao incluir um partido político em uma Ação Civil por Improbidade Administrativa e querer obrigá-lo a pagar o valor absurdo pleiteado pelo Ministério Público, na prática se está buscando a sua inviabilidade.

    Esse fato inédito, nessa altura do jogo, mostra que se isso colar, o próximo é o PT, que ficará sem recursos para as eleições que se aproximam e na prática não terá condições de eleger os seus.

    Assim, qualquer partido no futuro poderá ficar na linha de tiro dos donos do sistema, quando ameaçarem a hegemonia de fato com o apoio das urnas. Ou seja, mais uma vez a substituição do poder de escolha do povo, pelas tramas obscuras do bastidores do verdadeiro poder.

    Isso é assustador e parece surreal que estejamos vivendo uma coisa dessas poucos meses depois de um dos períodos de maior otimismo interno e de projeção do País perante o mundo. E em pleno século XXI!

    Acho que esse tema está sendo subestimado e merece ser mais aprofundado no blog.

    1. Caro Elias,
      O problema de se

      Caro Elias,

      O problema de se tentar mover uma Ação Civil por Improbridade Administrativa contra o PT nos mesmos moldes da que foi movida contra o PP está em comprovar que parlamentares do PT recebiam “mesadas” das empreiteiras, algo que não foi comprovado, nem mesmo mencionado nas delações todas. Aliás, provavelmente no início da Lava-Jato a PGR, a PF e SM contavam como certa uma inundação de delações de petistas que, para se salvar, iriam “entregar” todos os “crimes” de Lula, Dilma e toda a cúpula do PT, só que isso simplesmente não aconteceu. Comparando-se o número de parlamentares de outros partidos implicados nas delações com o número de parlamentares do PT, é gritante a diferença. Portanto, caso tentem alguma coisa por essa via – em meio à toda a sujeira do PSDB que começa a aparecer – ficará muito difícil para a República de Curitiba justificar uma medida extrema como essa. Por isso, acho que não será por essa via que virá o próximo ataque a Lula e ao PT.

  36. Uma formatura.

    Colação de grau de uma turma de Letras da UFMG. A reitora já havia proibido qualquer manifestação política e se houvesse, a colação de grau seria cancelada. Após terminada a cerimônia, nossas jovens professoras de Português ergueram os braços e começaram: “Fora Temer, fora Temer, fora Temer!”. A moda já pegou, quero ver quem vai segurar…

  37. Design do post
    Nassif, contrataram um estagiário em Design Gráfico? rs…
    Não adianta um belo texto como o seu sem uma arte bacana pra ilustrar. Tá melhorando.

    Abraço!

  38. Lista Fechada e multa bilionária no PT

    Fico aqui pensando, a direita nunca gostou da ideia de lista fechada porque leva a um voto mais ideológico e a direita não gosta de ideologia (só da sua). 

    A tese mais abraçada é de que com o voto em lista se garantiria o foro privilegiado dos atuais parlamentares. Faz sentido. É muito óbvio. 

    Por outro lado, em um sistema de lista fechada, sem campanhas individuais, só partidárias, uma multa bilionária inviabiliza o partido e sua campanha. Provavelmente o PT será alvo de uma multa assim como o PP.

    A Lava Jato, por meio de Deltan, já disse que não quer conta com o PSDB. Imagine o PT empobrecido e sem possibilidade de bancar campanhas individuais por empecilho do sistema de lista fechada, enquanto o PSDB nada em dinheiro da burguesia em 2018. 

    Será essa a bala de prata para inviabilizar a volta de Lula ou quem ele indicar? Ninguém dá golpe para devolver o poder ao golpeado na sequência, 1964 ensinou isso. Nada que vem da direita em matéria eleitoral é para melhorar a qualidade da democracia.

  39. Neste exato momento o

    Neste exato momento o empresário e ministro do STF, Gilmar Mendes, se encontra na cidade de São José dos Campos, interior de SP.

    Mendes participa de um evento da tal “LIDE”, empresa vinculada ao prefeito da cidade de São paulo, o empresário João Dória Jr. (PSDB), com início às 12:00, onde proferirá a palestra “A Justiça e Desenvolvimento do País”.

    Tal evento ocorre no Hotel Golden Tulip, no interior do Shopping Collinas, no barirro nobre Jardim Collinas .

    O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos marca presença protestando em frente ao local.

  40. A Mídia Grande teme revoltas viradas à esquerda

    “A Folha, uma das que mais estimulou a intolerância dos últimos anos, lança um manual se propondo a praticar um jornalismo propositivo, que afaste o discurso de ódio.

    O que está em jogo, inicialmente, é a tentativa de recuperar credibilidade.”

    A Mídia Grande não trabalha mais com o conceito de credibilidade a um bom tempo porque seu público leitor-telespectador – o que restou – não se propõe a construir um país civilizado e está mesmo é preocupado em manter baixa a competição por posições de status na sociedade, enquanto seus associados no exterior tem como principal foco impedir a inclusão dos batalhadores e miseráveis nessa competição porque tal inclusão permitiria que gênios (saídos dessas classes pobres) se desenvolvessem e desenvolvessem nossas empresas e instituições governamentais.

    Manter 80% da população longe da competição pelas posições de status são o elo que une o terço psicopatizado da classe média e os verdadeiros estrategistas do golpe (que estão no exterior, longe dessa bomba relógio chamada Brasil) – este elo é nutrido e garantido pela Mídia Grande, como que num trabalho de intermediação. O típico empresário psicopatizado do terço conservador da classe média não assiste Jornal Nacional porque confia na factualidade do conteúdo da Globo, mas sim porque sabe que a Globo está do seu lado nesse grande jogo de trapaça que é a luta de classes.  Há, portanto, que se considerar uma outra possibilidade para explicar a nova postura da Mídia Grande – uma possibilidade que tem a ver com o equilíbrio de forças nesse grande jogo de trapaça.

    A Folha percebeu os novos ventos virando grande parte da população para esquerda – se houver convulsões sociais em 2018, durante o período eleitoral, os direitistas serão massacrados nas ruas. Massacrados significa mortos (no sentido de seus corpos passarem a ser corpos de defuntos – é literal). A Folha percebeu isto: se a estratégia original do golpe era atiçar o terço progressista da classe média para tentar ser vanguarda da revolução (como tentou ser nos anos 60) e as últimas medidas do governo – fim do ciência sem fronteiras, por exemplo – dão um tom de desespero na implementação dessa estratégia, agora eles estão temendo que seus direitistas mais impulsivos comecem a matar “petistas” como que numa tentativa desesperada de provocar insurreições sociais que justificassem o endurecimento do regime e o cancelamento das eleiçoes. Eles passaram a temer isto porque perceberam que essas insurreições vão acabar muito mal pra eles se, é claro, os ventos continuarem soprando na direção em que estão soprando agora.

     

    PS: o termo “petista” no contexto desse artigo (e na mente psicopatizada do terço conservador da classe média) se refere a pessoas que querem incluir os batalhadores e miseráveis na disputa pelas posições de status na sociedade.     

  41. Os flancos

    No que prevê o ítem 1 da Peça 4 , não sendo o melhor para o país , seria o cenário mais  favorável para eleição de Lula.A tese do quanto pior , melhor .

  42. Coelho da cartola?

    Caro Nassif,

    Sou economista, meu caro, não existe absoltumente nenhum coelho da cartola para os golpistas no que diz respeito a questão econômica.

    É o titanic afundando mesmo.

    Pode ser que eles tIram algum coelho da cartola no campo político, como o caso de um novo regime, o Parlamentarismo ou Semi parlamentarismo, como no caso da França. Algo muito improvável, acho.

    As forças progressistas estarão no centro do PODER CENTRAL em 2019, acredito piamente nisto.

    CIRO-HADDAD JÁ.

  43. Mediocridade de Temer

     

    Imagino ser exatamente sua mediocridade o fator preponderante para ter sido escolhido como vice. Nunca imaginaram que uma ameba poderia ter a petulância de querer dar um golpe.

     

  44. Nassif,

    por que as esquerdas temem tanto a Rede Globo? O Temer é um morto vivo, a Globo não. Sem esse câncer não haveria golpe.

  45. O Padre Baloeiro

    “Com vento e mídia a favor, até o padre baloeiro de Florianópolis torna-se Santos Dumont.”

    Muito boa a piada, apesar de um tanto quanto trágica…

    Mas nós, manezinhos de Floripa, viemos para por os “pingos nos is”! 

    Orrash!!! O padre não era de Florianópolis e nem de Santa Catarina. O nosso Dumont trágico era do Paraná e alçou o vôo fatal de Paranaguá, litoral do PR, e tinha o objetivo de ir para Ponta Grossa no interior do PR.

    Dois dias depois acharam restos de balões perto da Ilha de São Francisco do Sul, litoral norte de SC, mas o corpo só foi encontrado a 100 km da costa de Macaé/RJ mais de dois meses depois…

    Podemos então mudar para  “o padre baloeiro conterrâneo do Moro”…

    1. Rommulus, a ideia da morte

      Rommulus, a ideia da morte cruzada é sensacional e, talvez, a melhor solução para crises institucionais no presidencialismo.

      O problema, volto a repetir, é que a solução para o golpe passa pelo parlamentarismo puro, desses que o presidente é uma figura decorativa, como já cantou a pedra o jeniau Barroso. Com a atual maneira de se eleger a Câmara (ou coisas piores, tipo voto distrital), é o antídoto contra esquerdas e salvacionismos à direita, garantindo a paz dos cemitérios na política.

  46. Adeus audiência da Globo News. Perda de credibilidade.

    Sou professor no curso de Direito. Era lugar comum, os colegas citar a Globo News como fonte de informação. Hoje, há uma repulsa, negação, descrédito, frente as contradiçoes da classe média. Adeus audiência da Globo News.

  47. na mão do batman

    O MT pode cair na mão do batman ao ser cassado no TSE, porque não teria foro privilegiado nem prestígo da sociedade. Isso seria o auge dos justiceiros por fidelizar à besta e terem a adesão de esquerdistas. No xadrez político brasileiro, haja coração!

  48. Vamos fingir que foi sem querer..

    .. é uma perspectiva bem “inusitada”, mas a cada dia que passa eu desconfio mais fortemente que o capital nacional vai pedir ajuda para o Lula.. vão formar uma frente, incluindo parte do PMDB (Renan) e tentarão reeditar o lulismo..

    .. e enterrar tudo o que aconteceu nos últimos 2 anos..

    .. vamos fingir que foi sem querer.. perdoar (quase) todo mundo e seguir em frente..

    .. palpite..

    .. seja como for, espero que – caso isso aconteça – o Lula venda super caro sua ajuda..

    (qual a base do raciocínio? Bem, eu estimei no ano passado que lá prá jun/jul/2017 as pessoas iriam estar se matando nas ruas, estilo Espírito Santo, tá ligado, né? Pois é.. tic.. tac.. tic.. tac..)

  49. Uma versão dessa musica do

    Uma versão dessa musica do final do artigo foi usada na campanha do FHC a prefeitura que o Janio Quadros ganhou.

  50. Já corrigiram, o padre

    Já corrigiram, o padre baloeiro naõ era de Floripa, era do… Paraná. Mas aqui se prende atabaque no carnaval. É . daqui há uns dias conto direitinho. Fomos hoj na PM  fazer o resgate do atabque, com perdão da rima.

    Quantoa a peça do xadrez  intitulado ”grande mídia”’ , só faz mais do mesmo: manipula a opinião pública. Dá uma matérias contra os golpistas e seus aliados , aí a boiada bate palminhas e diz: tão vendo, tão vendo seus esquerdopatas, eles são ”imparciais”. Aí é só lançar quem eles quiserem .Lançar às alturas ou na  lama. Mas com convicção!

  51. O GOLPE E A DESTERRITORIALIZAÇÃO DO BRASIL

    Caro Nassif,

    Ao fazer um retrospecto da série Xadrez do Golpe, há tempos venho matutando sobre um aspecto da história recente do Brasil que não aparece nas discussões que acompanho, mas que julgo ser de importância capital. Tomo a liberdade de fazer aqui uma pequena digressão sobre o tema TERRITÓRIO, DESTERRITORIALIZAÇÃO E RETERRITORIALIZAÇÃO para tratar do que acontece no Brasil em anos recentes.

    TERRITÓRIO

    O conceito de território é amplo, sendo abordado em ciências sociais, no direito, na geopolítica e na economia. Em termos pragmáticos, o Estado-Nação é a expressão máxima do conceito de território, na medida em que toda sociedade constituída nesses termos o faz sobre uma determinada porção da superfície terrestre, que estabelece como seu território. Para fins de comparação, embora exista uma porção da América do Sul reconhecida como território dos índios Yanomami, na prática esse território (pelo conceito etnográfico) está distribuído em áreas que estão dentro do território de três Estados-Nação: Brasil, Venezuela e Guianas. Isso significa que o território de uma sociedade constituída como estado-nação deve ter três requisitos básicos:

    1) a sociedade que ocupa ou reivindica um território deve ter capacidade bélica de impedir que estranhos a essa sociedade venham a ocupa-lo e/ou poder de dissuasão de qualquer atitude hostil (por meio de alianças com outros estados-nação, etc.);

    2) a sociedade que ocupa ou reivindica um território deve possuir um código legal que regule as ações individuais e coletivas no sentido da boa convivência entre todos os integrantes dessa sociedade e do aprimoramento individual e coletivo, superando-se os conflitos de interesse e resguardando a sociedade da violência;

    3) o terceiro requisito se refere ao conjunto de atitudes, crenças e vínculos de natureza variada que consolidam a noção comum de que esse território pertence à sociedade e do qual cada indivíduo é tributário e fiador, manifestando-se em símbolos, história pessoal e coletiva, tradições, etc. (podemos nascer em território brasileiro, mas é necessário sermos educados para assimilar todos esses aspetos, de modo que na idade adulta estajamos devidamente integrados na sociedade brasileira, com sentimentos positivos – isto é, a favor da idéia de Brasil, independentemente da inclinação política, condição sócioeconômica, de gênero ou etnia).

    O Estado, nesse sentido, é o meio pelo qual a sociedade garante a sua existência em determinado território, na medida que cabe ao Estado a manutenção da integridade territorial e a vigilância sobre as fronteiras (requisito 1), a administração da aplicação das leis e a condução dos negócios públicos no interesse maior da sociedade (requisito 2) e propiciar os meios para a formação e o aprimoramento das novas gerações (requisito 3). Resumindo, o território nacional existe quando o Estado está presente.

    DESTERRITORIALIZAÇÃO

    O termo desterritorialização designa aquela condição em que um indivíduo ou mesmo a sociedade como um todo se vê alienada do território em que vive, seja pela ameaça de violência física por parte de estranhos ou concidadãos, seja pela ausência ou desrespeito ao código legal e à conduta ética dos negócios públicos, seja pelo esfacelamento ou colapso da imagem que a sociedade tem de si mesma, pela perda de referências comuns de identidade, cultura, etc.

    A desterritorialização ocorre fundamentalmente quando o Estado que a sociedade constituiu não consegue ou se recusa a cumprir as atribuições inerentes a esses três requisitos, e isso, invariavelmente, resulta em violência. Na Ucrânia, por exemplo, há uma crise decorrente do conflito com separatistas filiados à Rússia, que lutam pela secessão de províncias no Leste do país (desterritorialização pelo requisito 1). Como exemplos de desterritorialização pelo requisito 2 pode-se citar o caso de Mianmar, em que a longa crise política decorrente do questionamento da legitimidade do governo militar só foi superada com eleições gerais, o mesmo ocorrendo na África do Sul até a eleição de Mandela. A desterritorialização relacionada ao requisito 3 tem como exemplo mais significativo o colapso da antiga Iugoslávia e a guerra civil na Síria, uma vez que o conflito atual não se resume à oposição política ao ditador Bashar-Al-Assad, mas abrange diferentes matrizes religiosas e etnias.

     E o Brasil? Nosso retrospecto histórico sugere que a manutenção da integridade do território nacional se deveu a inúmeros fatores, mas entre eles não está a capacidade das forças armadas em defender a imensa fronteira continental, muito menos as águas territoriais. Ocorre que nenhum país vizinho desenvolveu-se o suficiente para ter condições de desafiar o poderio militar brasileiro e ser bem sucedido (Paraguai). Deu-se o contrário, o país ocupou território alheio (Bolívia) e interveio em disputas territoriais (Guerra do Chaco) pela extrema fragilidade dos países envolvidos. A despeito da condição de potencia militar regional, a facilidade com que o tráfico de armas e drogas, o contrabando de mercadorias e a remessa ilegal de metais preciosos ou raros operam no território brasileiro não deixa dúvidas de que o Estado é falho, omisso ou conivente (seus agentes) com essa situação.

    Com relação à desterritorialização pelo requisito 2, ou seja, a não aplicação das leis para o benefício da sociedade como um todo e a condução dos negócios públicos para o aprimoramento da sociedade (melhor educação, saúde, etc.), depreende-se facilmente que essa é a principal característica do Estado Brasileiro ao longo da história, assinalando-se que os avanços ocorridos nos dois mandatos de Lula e, em menor intensidade, no primeiro mandato de Dilma, constituem um marco histórico, superando aqueles ocorridos antes da ditadura civil-militar e após a Constituição de 1988.

    A desterritorialização pelo requisito 3 é um fenômeno intermitente ao longo de nossa história, mas chama a atenção nesse quesito a atuação da imprensa, dos meios de comunicação como um todo e a emergência das redes sociais. No caso mais recente, é significativo que, logo após a apuração dos votos nas eleições de 2014, tenha surgido a imagem do “país dividido” disseminada pela grande mídia e pelas redes sociais, com mapa e tudo! No presente, são sintomas dessa modalidade de desterritorialização:

    > Movimentos de secessão dos estados do Sul;

    > A estigmatização da população negra e pobre, alijada de serviços de saúde, educação e segurança pública;

    > A violência (inclusive institucional) contra indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais;

    > A violência contra mulheres, homossexuais, transgêneros, crianças e adolescentes;

    > O controle de prisões e porções do território por facções criminosas (milícias incluídas);

    > A permanência de condições de trabalho análogas à escravidão, seja no meio rural, seja nas cidades;

    > A precarização das relações de trabalho, fomentando a perda do principal referencial de cidadania, que é a capacidade de gerar renda;

    > A conivência e omissão dos agentes públicos com a degradação ambiental em diferentes escalas;

    > O aniquilamento da política pela vinculação das agremiações partidárias e de representação da sociedade (sindicatos, confederações esportivas, etc.) aos interesses dos seus dirigentes;

    > A atuação do poder judiciário, marcada pela morosidade ou pela conivência com os “grandes interesses” (leia-se poder político-econômico), que assegura a manutenção das desigualdades sociais e econômicas;

    > O crescimento da indústria da segurança privada, preenchendo a lacuna deixada (propositalmente, diga-se de passagem) pelos agentes encarregados da segurança pública;

    > O individualismo exacerbado e o comportamento autorreferente, resultante do colapso da educação e da convivência social, que se reflete no abandono dos espaços públicos (praças, ruas, parques, etc.)

    > A deterioração da liberdade de expressão, abrangendo não só a violência contra a livre manifestação de idéias e pensamentos, mas também a violência deliberada decorrente da manifestação de idéias e pensamentos hostis a pessoas e instituições.

    Em suma, vemos a desterritorialização cada vez maior, à medida que cresce a violência na periferia das cidades e no campo, à medida que aumenta o desemprego e as pessoas desistem de procura-lo, à medida que setores da economia se retraem, com reflexo nas porções do território vinculadas às diferentes atividades econômicas, e por aí vai. Essa é a marca do Governo Temer, desterritorialização contínua e intensificada, esse o grande golpe que assistimos. Quando uma família de baixa renda deixa de receber qualquer benefício social pago pelo Governo, o reflexo se dá na porção do território brasileiro em que essa família vive, por menor que seja. O mesmo ocorre com uma pessoa que perde o emprego, quando alguém é assassinado por criminosos (fardados ou não), quando uma mulher é espancada em público ou dentro de casa. Porque nós não vivemos suspensos no ar, nós vivemos na terra, nossa presença define o espaço em que vivemos, como indivíduos e como coletividade. O golpe de 2016 desterritorializa o Brasil, porque alija a grande maioria dos brasileiros do território a que tem direito de viver dignamente, já que a razão de ser do Estado é fornecer as garantias para que assim seja.

    RETERRITORIALIZAÇÃO

    Compreende o movimento coordenado, articulado politicamente, para a reinserção da totalidade da sociedade na totalidade do território que reivindica a si para viver. No caso do Brasil, implica em mudar nossas referências políticas, sociais, econômicas, culturais e, não menos importante, territoriais.

    Porque o território nacional não pode ser confundido com mercadoria, sujeita a compra e venda ao sabor do mercado. O território é tão sagrado quanto as vidas humanas que nele habitam e que dele necessitam para viver com dignidade. O ribeirinho que vive nos igarapés da Amazônia é tão importante quanto o operário da fábrica de automóveis no ABC ou o trader da BM&F. Porque o ribeirinho, com seu modo de vida, pode conservar o maior ecossistema do Brasil e um dos mais importantes do planeta, mas se seu filho quiser ter outro modo de vida, ele deve ter a oportunidade de fazê-lo, por meio de uma educação ampla, assegurada boas condições de saúde e sem ameaças à sua integridade física ou mental.

    Um novo pacto social requer, necessariamente, um novo pacto territorial, que transcenda os estigmas das desigualdades regionais historicamente constituídas. Esse talvez seja o fundamento, o alicerce para todas as chamadas grandes reformas estruturais, a reforma agrária, a reforma política e a reforma tributária.

    Essa reterritorialização será consequencia direta da superação do golpe de 2016 e da derrota política das forças que vem atuando para a manutenção da miséria política, econômica e cultural em que estamos, que se reflete no território brasileiro. É nesse sentido que a importância de Luiz Inácio Lula da Silva se destaca ainda mais, conhecedor que é dos distantes rincões desse imenso país (ele foi o único homem público de expressão nacional que percorreu o Brasil de Norte a Sul e de Leste a Oeste, quando se preparava para o pleito presidencial de 2002). Há muito o que fazer para resistir à calamidade do presente e tornar o futuro uma promessa de esperança. E a esperança está nas pessoas enquanto a terra sob seus pés guarda, pacientemente, o prazer e a delícia do bem viver.

  52. A vaga do Nassif

    Gosto do Nassif e de seus comentários, mas quando ele se surpreende com a cegueira de Lula, Dilma, PT e gangue do golpe com a mediocridade do Temer, seria bom ele relembrar de suas críticas a Dilma por ela ter deixado um vice com “notório saber”  afastado da articulação política e de ter sugerido em seus comentários para que a presidente o alçasse ao patamar de articulador politico do governo, digo, do golpe, portanto há mais uma vaga no time dos privados da visão.

  53. Depois do “rompimento do

    Depois do “rompimento do Renan” do temer, ele se torna um candidato “natural” (Isso se houver alguma coisa natural nesse golpe!) ao cargo de presidente num colégio eleitoral.

    O Temer já pode ser caçado e assim a lei se cumprirá, o judiciário acertará seu passo…

    Será que é isso?

    Claro que não!

    O Renan o substituiria e alem de astuto, é confiável aos donos do golpe, ele nunca os satisfariam integralmente, mas nunca os decepcionariam totalmente, como o Temer – um fiasco!

    Ele traria a segurança que os políticos com vias de serem processados precisam, pois ele mesmo é um deles e com a astúcia, com a melhor conversa e uma rejeição menor que o temer e aécio – ele conversa com LULA!

    E é uma jogada de marketing na qual ele rejeita o mais rejeitado, ele se torna um com o povo, até dando conselhos…

    Os pagadores de impostos talvez até voltariam…

    O Povo anseia por solução mágica…

    Só que não existe almoço grátis…

    Teria um preço a ser pago em suaves mensalidades nos próximos 20 anos!

    Ai o Brasil seria cozinhado em fogo brando, não teriam os golpistas as reformas que queriam e o povo vai amargar a terceirização e PEC 55!

    Seria a vitória dos juros!

    Ficaríamos com notas entre 4 e 5, nunca o suficiente para passar, mas com a esperança que seria possível passar!

    Voltamos a ser o pais do futuro!

    Esse é o Renan…

    Ele não é anti-temer e nas manifestações de 2013 esfriou tudo que chegou no congresso!

    Isso prolongaria o golpe, pela maior astúcia do Renan, e sepultaria de vez a lava jato, calma e silenciosamente!

    E numa única canetada e com muita fala mansa ele mataria 2018!

  54. Será que Temer cai mesmo?

    Daqui a pouco vai completar um ano de previsões do fim do “governo” do traíra ilegítimo e ele continua lá, apoiado que é por poderosas e pouco visíveis forças do mercado financeiro internacional (o Club Bilderberg).

  55. Reverter TUDO

    Quando a democracia for restabelecida a primeira providência terá que ser a anulação formal  de TODOS os atos praticados por este “governo” ILEGÍTIMO.

  56. Gilmar (Mendes) seria um tapa

    Gilmar (Mendes) seria um tapa na cara da opinião pública.

    Gilmar Mendes presidente da República é o tapa na cara que a opinião pública e publicada precisam levar. E não apenas por ser o exemplo vivo da cara-de-pau da Junta Golpista, mas também porque – voltamos a repetir – a fase final do golpe, que é a inviabilização não apenas das esquerdas, mas também de “gente de fora” (Marina, Bolsonaro etc etc etc), para alcançar o poder via parlamentarismo e adiamento/cancelamento das presidenciais de 2018.

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