Juros das operações de crédito têm 23ª alta consecutiva

Jornal GGN – De acordo com dados da Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade (ANEFAC), as taxas de juros cobradas nas operações de crédito tiveram a oitava alta do ano em agosto e a vigésima terceira elevação consecutiva.

Entre as seis linhas de crédito para pessoa física pesquisadas, somente uma não alterou sua taxa de juros no mês, enquanto as outras cinco registraram seus juros, entre eles o juros do comério, do rotativo do cartão de crédito, do cheque especial e do empréstimo pessoal de bancos. Em média, a taxa de juros para a pessoa física passou de 8,09% ao mês (154,35% ao ano) em julho para 8,13% ao mês (155,48% ao ano) em agosto, registrando a maior taxa de juros para o mês desde 2003.

Nas linhas de crédito para pessoa jurídicas, todas as três pesquisadas tiveram aumento no mês,. Na média, a a taxa de juros para pessoa jurídica passou de  4,72% ao mês (73,92% ao ano) em julho para 4,75% ao mês (74,52% ao ano) em agosto, também a maior taxa desde agosto de 2003.

O aumento pode ser atribuído ao cenário econômico recessivo, que, com a alta da inflação e do desemprego e consequente redução da renda das famílias, causa um crescimento no risco de inadimplência. Além disso, as expectativas econômicas para este ano continuam negativas, fazendo com que as instituições financeiras aumentem suas taxas de juros para compensar eventuais perdas com a inadimplência.

Miguel José Ribeiro de Oliveira, especialista da ANEFAC, também diz que a tendência é que as taxas de juros das operações de crédito continuem subindo. “Sempre existe a expectativa de que o Banco Central possa vir a reduzir a taxa básica de juros (Selic) nos próximos meses e este fato pode igualmente contribuir para a redução das taxas de juros das operações de crédito”, afirma.

 

Redação

4 Comentários

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  1. Os seus empresários conseguem

    Os seus empresários conseguem ser estúpidos até mesmo nisso… A economia obviamente em queda e os seus bancos decidem aumentar os juros quando deveriam fazer o contrário? Fazendo com que os devedores que estão com dificuldades para pagar mas estão pagando passarem a não conseguirem mais pagar? Enforcando o ganso que bota os ovos para forçá-lo a botar mais ovos?

  2. Enquanto isso no “1o. mundo”, cartões oferecidos com 0% de juros

    E também ZERO% em “balance transfer” (transferência de saldo entre cartões) e “no annual fee” (taxa anual).

    Fora “bonus & rewards”.

    Pena que moramos em Marte, dominados por seres do lado escuro da Lua…

    https://www.lendingtree.com/info/creditcards-introapr?SpId=lt-cc-msn-6-17507-50&esourceid=6220166&cchannel=content&csource=MSN&ccontent=MSNStopInterest

     

    1. Grande Márcia!!!

      Esta é a difierença entre um país capitalista e outro colonizado.

      O Brasil não possui economista com capacidade e coragem de levar o país ao capitalismo.

  3. ASSIM NÃO DÁ1

    A banca mantém o governo como refém na renuneração dos juros da dívida da união. Os juros reais beiram aos 5% a.a.

    Assim, tranquilamente oferecem ao público essas taxas de juros estratosférica, irreais e não compatíveis com a realidade do país aos incautos e endividados permanentes, que pagam por absoluta necessidade de rolar suas dívidas impagáveis. Se os bancos não emprestam a esses, não tem problema, pois todo o excedente é aplicado em titulos da dívida pública, diariamente. Garantia de liucros fáceis e seguros em detrimento da realidade do país.

    O calote geral seria a melhor atitude dos devedores, incluindo aí a união, estados e municípios. Derrocada geral do sistema assasino vigente. Pagar para ver, essa é a hora!

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